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MINISTÉRIO FAMÍLIAS DE DEUS - ESTUDO PARA A FAMÍLIA 
1 
 
Feliz é a pessoa que acha a sabedoria e que consegue compreender as coisas” (Provérbio 3.13) 
 
I. UM PROJETO CHAMADO FAMÍLIA 
 
1. O problema de estar só. 
Há momentos em que o homem necessita ficar só. Isso, porém, não significa passar toda a sua vida 
isolado das outras pessoas. 
Adão, por exemplo, viveu sua fase de isolamento antes da chegada de Eva. Deus certamente queria 
que ele aprendesse algumas coisas. 
Aliás, em Lamentações 3.27,28 está escrito que “bom é para o homem suportar o jugo de sua 
mocidade; assentar-se solitário e ficar em silêncio; porquanto Deus o pôs sobre ele”. Assim, ficar sozinho 
durante alguns instantes para refletir sobre a vida, para orar, não significa viver em isolamento 
indefinidamente. O pastor inglês John Donne, “nenhum homem é uma ilha”. 
 
Aliás, quando Deus viu o homem vivendo algum tempo sem companhia, afirmou que isso não era bom 
(Gn 2.18). 
 
2. A solução para quem está só. 
Adão tinha grandes responsabilidades no Éden (Gn 1.15), vivia confortavelmente, desfrutava de plena 
saúde, mas precisava de uma adjutora que lhe fosse idônea. 
E ninguém faz nada significativo estando só. 
Para resolver esse drama, o Senhor — enquanto Adão dormia — criou Eva e, após, trouxe-a para ele. 
(Pv 18.22; O que acha uma esposa acha o bem e alcançou a benevolência do SENHOR. e, Pv 19.14 A casa e 
os bens vêm como herança dos pais; mas do SENHOR, a esposa prudente) 
 
Isso nos revela uma verdade: é Deus quem dá o cônjuge. Esse foi o primeiro casamento. JOVEM ? 
 
O Senhor sabia da necessidade de complementação e companheirismo que Adão tinha e criou uma 
estratégia perfeita, da própria substância de Adão, não do pó da terra, extraiu um novo ser. 
Havia, portanto, identidade entre eles. 
E, como se sabe, é preciso existir identidade (não igualdade) para haver complementariedade. Diz um 
sábio ditado africano: “Se quiser ir rápido, vá sozinho; se quiser ir longe, vá com alguém”. 
 
Isso serve perfeitamente para a vida em família. Para se ir longe, precisa-se seguir com alguém. 
E a família é a melhor companhia. 
 
A força da união familiar traz vida longa (Sl 128.3,6 Tua esposa, no interior de tua casa, será como a videira 
frutífera; teus filhos, como rebentos da oliveira, à roda da tua mesa. Eis como será abençoado o homem que teme ao 
SENHOR! O SENHOR te abençoe desde Sião, para que vejas a prosperidade de Jerusalém durante os dias de tua 
vida, vejas os filhos de teus filhos. Paz sobre Israel!) e faz dos filhos flechas nas mãos do valente (Sl 127.4 Como 
flechas na mão do guerreiro, assim os filhos da mocidade. ). 
 
Além de livrar o homem da solidão, a família pode levar o homem a conquistas impressionantes (Dt 
32.30 Como poderia um só perseguir mil, e dois fazerem fugir dez mil, se a sua Rocha lhos não vendera, e o 
SENHOR lhos não entregara? ). Glória a Deus pelo seu plano maravilhoso. 
 
3. A vida a dois. 
 Após um período solitário de espera, Adão foi presenteado com uma linda esposa. Eva 
complementava Adão física, emocional, intelectual e espiritualmente. 
 
No texto de Gênesis 2.23,24 E disse o homem: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; 
chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada. Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, 
tornando-se os dois uma só carne. , pode-se perceber a alegria de Adão ao recebê-la. 
MINISTÉRIO FAMÍLIAS DE DEUS - ESTUDO PARA A FAMÍLIA 
2 
 
Ele agradeceu a Deus em forma de poesia, ao mesmo tempo em que fez uma declaração de amor 
eterno a Eva! Adão esperou em Deus (“dormia”) e isso valeu muito a pena. 
Você está disposto a esperar em Deus? 
 
II. EM QUE CONSISTE A FAMÍLIA 
 
1. A família é o ponto de convergência entre Deus e os homens. 
Paulo compara o casamento entre homem e mulher à união entre Cristo e a Igreja (Ef 5.23-32) e isso 
ele faz porque a família é o ponto de convergência entre céu e terra. 
 
A constituição da família, no Éden, realizou um novo milagre na criação humana. 
 
Deus, de um (Adão), fez dois (Adão e Eva) e, com o casamento, de dois o Senhor tornou a fazer 
um (Gn 2.24 Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne. 
— o casal). 
 
Assim, uma vez unidos matrimonialmente, eles voltaram a ser vistos pelo Senhor como “uma só carne”. 
 
Deus estava firmando uma aliança com eles e Ele mesmo faria parte daquilo (1Co 7.39). A mulher está 
ligada enquanto vive o marido; contudo, se falecer o marido, fica livre para casar com quem quiser, mas 
somente no Senhor. 
 
Sua glória estaria presente. A partir da família, Deus trataria com os homens. (O quê somos aqui na 
IBFC?) 
 
Afinal, todos os projetos significativos de Deus são plurais. Se alguém chegou ao sucesso sozinho tem 
alguma coisa tem! 
Envolvem a formação de uma equipe. 
É, pois, através da família que o Senhor ordena a bênção ao mundo. 
 
2. A família é o campo de treinamento de Deus. 
Observa-se claramente nas Escrituras que a família é o campo de treinamento usado por Deus para 
preparar o ser humano para as experiências da vida. 
 
A família é uma célula da vida em sociedade (social) (Êx 2.7-9, Então, disse sua irmã à filha de Faraó: 
Queres que eu vá chamar uma das hebréias que sirva de ama e te crie a criança? Respondeu-lhe a filha de 
Faraó: Vai. Saiu, pois, a moça e chamou a mãe do menino. 
 
Analisando cuidadosamente, vê-se que as experiências vivenciadas no seio familiar são preparações 
para o viver em sociedade. 
 
Os conflitos familiares de José, por exemplo, foram indispensáveis para fazer dele um “sucesso” na 
casa de Potifar, na prisão e, por fim, no governo egípcio. 
A mesma coisa pode ser dita em relação a Isaque, Jacó, Davi, Paulo, eu e você. 
Que tal agradecer a Deus pela magnífica experiência de viver em família, mais especificamente, 
de viver na sua família? 
 
3. A família é a única possibilidade de realização total do homem. 
O rapaz e a moça jamais serão totalmente felizes se não estiverem em família. 
Deus mandou Jacó voltar para sua terra para poder reparar os erros do seu passado (Gn 31.3); 
O filho pródigo, também teve que retornar, a fim de curar as feridas familiares (Lc 15.17-19). 
 
De outra forma eles nunca seriam felizes, pois não existe felicidade solitária. 
MINISTÉRIO FAMÍLIAS DE DEUS - ESTUDO PARA A FAMÍLIA 
3 
 
Como o homem é um ser imperfeito, carente de complemento, ninguém conseguirá ser feliz 
fechando-se numa redoma de emoções egoístas. 
É preciso morrer para si mesmo, renunciar às paixões da alma, a fim de viver em prol de um projeto 
plural de Deus chamado família, para que o homem não fique só, parafraseando a ideia de Jesus em 
relação à semente (Jo 12.24). Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não 
morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto. 
 
Da mesma forma que o crente não pode viver fora do corpo de Cristo, não existe realização pessoal 
total fora da família. 
Seja na casa dos pais, enquanto solteiro, ou no momento de criar um novo núcleo familiar, quando 
deverá ter o seu próprio espaço geográfico (casa), o jovem somente alcançará o centro da vontade de Deus 
se estiver vivendo em família, dentro dos princípios traçados pelo Senhor. 
 
III. ENSINAMENTOS RECEBIDOS NA FAMÍLIA 
 
1. É na família que se cresce enquanto ser humano. 
Nesse grande laboratório divino, o homem conhece a si mesmo. 
É ali que as aptidões são desenvolvidas. 
Jesus, certamente, tornou-se carpinteiro por causa da profissão de seu pai José. 
A mesma coisa deve ter acontecido com os filhos de Zebedeu, Tiago e João, que eram pescadores. 
Com o crescimento pessoal, aprende-se a ser forte, bem como a superar os obstáculos da vida. 
Esse processo aconteceu com João Batista (Lc 1.80), com Jesus (Lc 2.39,40,52) e também acontece 
com cada pessoa. Esseé o projeto de Deus. 
 
Para existir crescimento, porém, é necessário admitir as tensões. 
 
Se nos lares houvesse apenas “paz e amor”, as pessoas entrariam em choque com a realidade da vida 
“exterior”. 
 
Por tal razão, nas famílias sempre existem conflitos interpessoais. 
 
Alguns crônicos, outros não, pois é por causa da tempestade que as árvores fincam mais 
fortemente suas raízes no solo. 
 
2. É na família que aprendemos a depender dos semelhantes. 
É interessante como o bebê humano somente sobrevive se houver intervenção dos pais. 
 
Ele precisa aprender com outra pessoa a fazer quase tudo, diferentemente do que acontece com os 
animais irracionais, os quais, em regra, sobrevivem praticamente sozinhos, pois foram dotados de estrutura 
genética e psicológica distinta. 
 
Na família aprende-se o mandamento de que precisamos do outro para viver (Ec 4.9,10 É melhor serem 
dois, Porque se caírem, um levanta o companheiro; ai, porém, do que estiver só; pois, caindo, não haverá quem o 
levante.). 
 
Impressionante como Caim se esqueceu disso, pois em Gênesis 4.9 Deus perguntou a ele sobre Abel, 
ao que respondeu: “[...] não sei; sou eu guardador do meu irmão?”. 
 
Ele era exatamente o guardador de Abel, mas a rivalidade o cegara. 
 
Todos nós somos guardadores uns dos outros. Para isso Deus nos colocou em família. 
 
 
 
MINISTÉRIO FAMÍLIAS DE DEUS - ESTUDO PARA A FAMÍLIA 
4 
 
3. É na família que conhecemos a Deus. 
Deus estabeleceu a família como o primeiro lugar de adoração. 
Um lugar em que se conhece o Senhor - Dt 11.18,19; Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso 
coração e na vossa alma; atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por frontal entre os olhos. 
Ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentados em vossa casa, e andando pelo caminho, e deitando-
vos, e levantando-vos. Escrevei-as nos umbrais de vossa casa e nas vossas portas, 
2Tm 1.5 pela recordação que guardo de tua fé sem fingimento, a mesma que, primeiramente, habitou em tua avó 
Lóide e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também, em ti. 
2Tm 3.15 e que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a 
salvação pela fé em Cristo Jesus. 
O ponto de partida de Deus para a realização do seu projeto, que começou no Éden, é a família. 
Deus tratou também com a família de Noé, por exemplo, e salvou a raça humana da extinção. 
Com a linhagem (família) de Abraão e de Davi, Deus se fez conhecer e dela nasceu o Messias (Mt 
1.1,2). Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. Abraão gerou a Isaque; Isaque, a Jacó; 
Jacó, a Judá e a seus irmãos; 
 
É óbvio que hoje o homem moderno deturpou esse sentido original (2Tm 3.1-4). Sabe, porém, isto: nos 
últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, 
blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos,irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio 
de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, 
 
Muitas das famílias atuais levam as crianças a um total desconhecimento do Criador, ensinando 
mentiras, levando-as ao hedonismo e ao materialismo, porém cabe ao cristão fazer a vontade de Deus — 
ser um diferencial nesta geração. 
 
Talvez não se consiga, com isso, mudar a cosmovisão (visão de mundo) relativista da sociedade, nem 
suas práticas pecaminosas, mas certamente os fiéis serão um luzeiro na escuridão (Fp 2.15 para que vos 
torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual 
resplandeceis como luzeiros no mundo, ). 
E isso faz toda a diferença. 
 
CONCLUSÃO 
Viver em família é a mais emocionante aventura da vida. 
Conviver com pessoas diferentes e suportá-las em amor é, sem dúvida, um exercício extraordinário de 
fé e obediência e de cumplicidade, de parceria com o Projeto de Deus: FAMÍLIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MINISTÉRIO FAMÍLIAS DE DEUS - ESTUDO PARA A FAMÍLIA 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lição 2- o primeiro problema enfrentado em família 
"Porque, onde há inveja e espírito faccioso, aí há perturbação e toda obra perversa." 
(Tg 3.16) A inveja transtorna qualquer ambiente, mas Deus, pela sua Palavra e pelo seu Espírito, 
transforma maldição em bênção. 
A inveja, é o único pecado envergonhado, dizia o médico espanhol Ramón Cajal, ganhador do Prêmio 
Nobel de medicina em 1906: "A inveja é tão vergonhosa que ninguém se atreve a confessá-la" 
APRENDER a respeito da responsabilidade de cuidar de nossos irmãos, tanto na família como na igreja; 
CONTRIBUIR para que os inevitáveis conflitos familiares não transformem a família, campo de treinamento 
de Deus, em campo de batalha da carne; 
MOSTRAR que a inveja é pecado e o antídoto para combatê-la é o ensino das Escrituras. 
Gênesis 4.1-10 
1. E conheceu Adão a Eva, sua mulher, e ela concebeu, e teve a Caim, e disse: Alcancei do Senhor um 
varão. 
2. E teve mais a seu irmão Abel; e Abel foi pastor de ovelhas, e Caim foi lavrador da terra. 
3. E aconteceu, ao cabo de dias, que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor. 
4. E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura; e atentou o Senhor para 
Abel e para a sua oferta. 
5. Mas para Caim e para a sua oferta não atentou. E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o seu 
semblante. 
https://sub-ebd.blogspot.com/2016/04/licao-2-o-primeiro-problema-enfrentado.html
MINISTÉRIO FAMÍLIAS DE DEUS - ESTUDO PARA A FAMÍLIA 
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6. E o Senhor disse a Caim: Por que te iraste? E por que descaiu o teu semblante? 
7. Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti? E, se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e para ti será 
o seu desejo, e sobre ele dominarás. 
8. E falou Caim com o seu irmão Abel; e sucedeu que, estando eles no campo, se levantou Caim contra o 
seu irmão Abel e o matou. 
9. E disse o Senhor a Caim: Onde está Abel, teu irmão? E ele disse: Não sei; sou eu guardador do meu 
irmão? 
10. E disse Deus: Que fizeste? A voz do sangue do teu irmão clama a mim desde a terra. 
INTRODUÇÃO 
Desejar os bens alheios é cobiça, mas ficar enfurecido pelo sucesso do próximo é inveja, um ato claramente 
indigno, desprezível, que traz perturbação (Tg 3.16). 
Alguém pode mentir por uma causa nobre (como salvar uma vítima de sequestro), ou orgulhar-se alegando 
amor próprio, mas isso nunca acontece em relação a essa obra da carne, porquanto a inveja sempre traz 
consigo desonra, como dizia o médico espanhol Ramón Cajal, ganhador do Prêmio Nobel de medicina em 
1906: "A inveja é tão vergonhosa que ninguém se atreve a confessá-la". É uma queda, uma fraqueza, um 
desvario, presente apenas na espécie humana. Aconteceu com Caim, representação do velho homem, da 
natureza humana decaída que pode comprometer severamente uma família. É preciso, pois, mortificar este 
sentimento abominável, com o objetivo de manter a harmonia nos lares! 
I - CAIM E ABEL 
1. O começo de tudo. 
Conflito entre irmãos é uma constante na Bíblia. Começou com Caim e Abel. Vamos ao caso deles. 
Naquela sociedade primitiva, Adão e Eva tiveram dois filhos. 
Cada um deles buscou o sucesso do seu próprio modo. Caim seguiu a profissão do pai (Gn 2.15). Era 
lavrador (Gn 4.2). Sabe-se que trabalhar na agricultura exige muito esforço. É necessário preparar a terra, 
lançar a semente, regar, proteger das pragas, manter limpo o terreno em redor da plantinha, saber o 
momento da colheita e fazê-lo tempestivamente, armazenando a colheita em local adequado. Era, portanto, 
muito trabalhador. Abel, porém, desenvolveu-se como pastor de ovelhas (Gn 4.2). 
 
O esforço dele consistia basicamente em levar os bichos para pastar e mantê-los protegidos. Assim, ambos 
trabalhavam muito, porém não é possível avaliar qual dos dois tinha mais sucesso navida. Afinal, não se 
podem comparar resultados de trabalhos com objetivos distintos; os dois desenvolveram bem suas 
atribuições. 
 
A Bíblia não relata nenhum conflito nessa época. Pode-se arriscar até dizer que eles eram unidos. Ao que 
tudo indica, o sucesso de um não incomodava o outro. Não havia, em tese, competição entre eles. Nem 
inveja, que só ocorre entre iguais. Esse é o retrato de muitas famílias. Enquanto não há concorrência, não 
há conflito. A vida desenvolvia-se aparentemente de modo normal quando, de repente, tudo mudou. Em um 
momento, Abel foi honrado por Deus e Caim não. Um se destacou em relação ao outro. Eis aí o ponto 
importante da presente história. 
 
MINISTÉRIO FAMÍLIAS DE DEUS - ESTUDO PARA A FAMÍLIA 
7 
 
2. Irmãos em conflito. 
Um dia, a primeira criança nascida e amada neste mundo, sobre a qual os pais certamente depositavam 
grande expectativa (talvez acreditando ser ele aquele que feriria a cabeça da serpente - Gn 3.15; 4.1), 
trouxe, do fruto do seu suor, uma oferta para Deus. É possível que, em seu coração maligno (1 Jo 3.12), 
Caim tivesse arrazoado que aquele seria o momento de sua coroação, de sua exaltação, de sua 
confirmação como o herdeiro da promessa de Gênesis 3.15. Entretanto, para surpresa geral, Deus somente 
aceitou o sacrifício de seu irmão. 
As palavras bíblicas são contundentes sobre a sua reação: "Mas para Caim e para a sua oferta não atentou. 
E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o seu semblante" (Gn 4.5). Isso demonstra que o primogênito, 
antes da resposta do Altíssimo, estava bem, com feições simpáticas, quem sabe até alegre; afinal, o 
resultado de muito tempo de trabalho árduo era oferecido gratuitamente ao Senhor. 
O que a oferta do caçula (que se esforçara, em tese, menos que ele) tinha de melhor? Foi uma grande 
decepção. A ira contra o Criador transformou-se rapidamente em inveja contra seu irmão. Agora, Abel era 
um competidor, um concorrente. Um obstáculo ao seu sucesso. Sem demora, aquele que se sentia 
injustiçado armou um plano para destruir o oponente. 
 
3. A chama da misericórdia divina. 
No momento em que a ira (hb. hãrãd) de Caim se acendeu (o termo hebraico usado denota estar irado com 
muito ardor), Deus apiedou-se dele. Está escrito: "E o SENHOR disse a Caim: Por que te iraste? E por que 
descaiu o teu semblante? Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti? E, se não fizeres bem, o pecado 
jaz à porta, e para ti será o seu desejo, e sobre ele dominarás" (Gn 4.6,7). Deus estava dizendo que a porta 
da reconciliação estava aberta. 
O Senhor não o estava tratando com a rigidez de um juiz, mas com o carinho de um Pai. - Não erre. Pare. 
Volte para mim. O mesmo conselho do Espírito Santo foi repetido no Novo Testamento. Está escrito: "Irai-
vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira. Não deis lugar ao diabo" (Ef 4.26,27). Porém foi 
exatamente o que Caim fez: irou-se contra Deus, deu lugar ao Diabo, mentiu ao chamar Abel ao campo e ali 
matou seu irmão. Quantos cristãos desprezam a voz de Deus e seguem os sentimentos do seu coração (Mc 
7.21-23)? A chama da misericórdia divina estava acesa, mas o ardor da inveja do primogênito de Adão foi 
mais forte. 
 
4. O primeiro fratricídio. 
Caim convidou seu irmão para ir ao campo e ali o matou (Gn 4.8). Aquele campo, quantas vezes, fora palco 
de brincadeiras entre os irmãos? Certamente algumas vezes Abel ajudou seu irmão a trazer para casa 
alguma verdura ou fruta daquele lugar, bem como é possível que Caim tenha ajudado Abel com as ovelhas 
que por ali pastavam. 
O campo, naquele dia, foi uma emboscada. Não era mais a campina da amizade, do companheirismo, mas, 
agora, da morte. Interessante que Deus, depois do fratricídio, perguntou ao fraticida sobre o paradeiro da 
vítima, tendo ele oferecido uma das respostas mais descabidas e ímpias de todos os tempos: - "Não sei; 
sou eu guardador de meu irmão?" (Gn 4.9). Impressionante! O lavrador primitivo não percebeu que sua 
MINISTÉRIO FAMÍLIAS DE DEUS - ESTUDO PARA A FAMÍLIA 
8 
 
missão era ser guardador de seu irmão! Deus colocou o dedo na ferida. Caberia a um irmão cuidar do outro. 
Essa era a regra para eles e também para você e seus irmãos, em sua família e na Igreja! 
Pense 
Por qual motivo Deus perguntou a Caim por Abel, se o Senhor sabia de tudo que estava 
acontecendo? 
 
Ponto Importante 
Deus espera que cada pessoa seja guardadora de seus irmãos. Essa era a maior obrigação de Caim, 
mas ele não a cumpriu e foi severamente punido. E nós? 
 
II - RIVALIDADES ENTRE IRMÃOS 
1. Um problema histórico. 
A rivalidade entre irmãos é um problema familiar histórico. Os casos são abundantes na Bíblia. Ismael 
perseguia a Isaque (Gl 4.29), Esaú e Jacó eram rivais desde o ventre (Gn 25.22,23), os irmãos de José 
tinham inveja dele (Gn 37.11), Miriã e Arão cobiçaram a posição de Moisés (Nm 12.1,2), os irmãos de Davi 
o desprezavam (1 Sm 16.11; 17.28), dentre muitos outros casos. Assim, todas as famílias, 
independentemente da época em que viveram, são capazes de criar grandes zonas de conflitos entre 
irmãos. Cabe, porém, aos membros das famílias buscarem ao Senhor, para que haja controle sobre os 
impulsos da carne. Paulo roga que guardemos a unidade do Espírito pelo vínculo da paz (Ef 4.1, 3). Essa 
regra serve tanto para a igreja como para a família. 
2. Um problema importante. 
Todo problema vivido dentro da família é relevante, pois quebra a unidade no lugar em que as pessoas têm 
a obrigação de se amarem. "Amem-se ou pereçam", dizia certo poeta americano. Ademais, está escrito: 
"Mas, se alguém não tem cuidado dos seus e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que 
o infiel" (1 Tm 5.8). 
3. Um problema inevitável. 
Por outro lado, os problemas familiares são inevitáveis. Sempre existirão conflitos. Cedo ou tarde. 
Pequenos ou grandes. Com todos ou só com alguns. Isso faz parte da natureza humana decaída. Até na 
família terrena do Filho de Deus houve conflitos. Assim, não existem famílias sem problemas, mas há como 
os membros permanecerem sempre unidos (Pv 24.3,4). Não se pode permitir que o campo de treinamento 
de Deus (a família) se transforme no campo de batalha da carne. O Senhor pode estabelecer uma paz 
inefável e duradoura (Jo 14.27). 
Pense 
Como vencer os maus pensamentos que insuflam inveja em nossos corações, como os que sobrevieram ao 
primogênito de Adão? 
 
Ponto Importante 
Somente dando ouvidos à voz de Deus, é possível resistir à tentação. Caim preferiu destruir seu irmão a 
mudar sua conduta. Ele servia ao maligno. 
III - VENCENDO O INIMIGO 
MINISTÉRIO FAMÍLIAS DE DEUS - ESTUDO PARA A FAMÍLIA 
9 
 
1. O pecado envergonhado. 
Caim teve inveja de Abel e, por isso, o matou, pois essa obra da carne é um pecado que incute o desejo de 
não querer a felicidade do outro. Ela danifica profundamente as estruturas relacionais, pois é a podridão dos 
ossos (Pv 14.30). Isso, porém, frequentemente acontece nas famílias, o que torna a convivência muito difícil 
(Pv 27.4). Quando Caim cedeu à inveja, "descaiu-lhe o seu semblante" (Gn 4.5), e por fim cometeu o 
fratricídio. 
O primogênito de Adão sabia que não conseguiria a aprovação de Deus com o seu ato. Isso não era 
importante para ele, pois queria apenas que Abel fosse aniquilado! 
2. Triunfo familiar. 
Deus sabia dos abundantes problemas familiares. Então o Senhor estabeleceu uma ordem muito clara aos 
judeus (Dt 11.19-21). O Manual do Fabricante, a Bíblia Sagrada, deixou prescrito um antídoto para que os 
problemas familiares não se tornem uma doença fatal na família, como aconteceu no caso de Caim e Abel: 
o ensino da Palavra a tempo e fora de tempo (2 Tm 4.1,2). 
Pense 
Somente o ensino da Palavra de Deus na família é suficiente para debelar toda a maquinação invejosa ou 
faz-se preciso um acompanhamento psicológico também? 
Ponto Importante 
Através do ensino da Bíblia Sagrada, conhecemos quem é Deus e quemsomos nós, o que é um excelente 
antídoto para a inveja, uma doença da alma. 
 
A Bíblia Sagrada, deixou prescrito um antídoto para que os problemas familiares não se tornem uma 
doença fatal na família, como aconteceu no caso de Caim e Abel: o ensino da Palavra a tempo e fora de 
tempo (2 Tm 4.1,2). 
SUBSÍDIO 1 
"Vamos enfrentar os fatos - a ideia de ser o número um, de ter poder, sucesso, dinheiro e prestígio, é muito 
sedutora. 
Essa ideia tem sido o 'coração' do mal desde que Lúcifer comparou o que possuía com o que Deus tinha. 
Ele sentiu-se roubado na parte que recebeu. 
A inveja também obscureceu a mente de Caim, afastando-o da verdade. Como resultado, o sangue de seu 
irmão Abel correu sobre a terra amaldiçoada e a história se alterou tragicamente. Os temas ciúme, inveja e 
cobiça percorrem os séculos. 
Os irmãos de José tiveram inveja do favor de seu pai Jacó, e cobiçavam o papel de filho favorito. Certo ou 
errado, Jacó escolheu José para um lugar especial na família. Deus, por sua presciência, deu sonhos a 
José, que estava sendo preparado, sem saber, para sofrimentos e triunfos futuros. 
A inveja é geralmente baseada no temor - medo de perder algo. A inveja é sempre uma emoção egoísta. 
Deus deu sonhos a José, e então seus irmãos perderam o prestigio. Quando Jacó presenteou José com 
uma túnica multicolorida, o orgulho e a auto-estima dos irmãos foram feridos, produzindo a necessidade de 
retaliação. 
Muitos dos nossos problemas são resultado direto de um coração invejoso. Devemos nos observar 
cuidadosamente" (DORTH, Richard W. Orgulho Fatal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, pp. 68,69,75). 
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SUBSÍDIO 2 
"O Assassinato de um Irmão Crédulo (Gn 4.1-16) 
Na estrutura geral, esta história é muito semelhante à anterior. Tem um cenário (Gn 4.1-5), um ato de 
violação (4.8), uma cena de julgamento (4.9-15) e a execução da sentença (4.16). 
A história dos primeiros dois rapazes nascidos a Adão e Eva (1) realça as repercussões do pecado dentro 
da unidade familiar. Os rapazes, Caim e Abel (2), tinham temperamentos notavelmente opostos. Caim 
gostava de trabalhar com plantas cultiváveis. Abel gostava de estar com animais vivos. Ambos tinham uma 
disposição de espírito religioso. 
Os filhos de Adão levaram sacrifícios ao SENHOR (3) [...] 
Caim não suportava que algum outro ficasse em primeiro lugar. A preferência do Senhor por Abel encheu 
Caim de raiva. Só Caim podia ser o "número um". 
O Senhor [...] abordou Caim e lhe deu um aviso. Deus não o condenou diretamente, mas [...] informou Caim 
que ele estava em real perigo. Em hebraico, a palavra aceitação (7) é, literalmente, 'levantamento', e está 
em contraste com descaiu (6). Um olhar abatido não é companhia adequada de uma consciência pura ou 
de uma ação correta. O ímpeto das perguntas de Deus era levar Caim à introspecção e ao arrependimento" 
(Comentário Bíblico Beacon. Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 43). 
 
CONCLUSÃO 
Na vida em família é preciso ter cuidado. Repentinamente, como se deu no episódio estudado, o velho 
homem pode surgir poderosamente contra a vontade de Deus. Até o cristão mais espiritual pode ser tentado 
e cair, cometendo um pecado horrível. Não há inatingíveis. Todos os humanos são fracos, por isso carecem 
da graça do Senhor, que falou: "E as coisas que vos digo digo-as a todos: Vigiai" (Mc 13.37). 
 
HORA DA REVISÃO 
1. Segundo a lição, qual a diferença entre cobiça e inveja? 
Cobiça: querer o que o outro tem. Inveja: ficar enfurecido pelo sucesso alheio. 
2. Qual era a missão dada por Deus a Caim em relação a Abel? 
Ser guardador de seu irmão (Gn 4.9). 
3. Segundo a lição, qual o único pecado "envergonhado"? 
A inveja. 
4. Segundo a lição, cite um antídoto deixado por Deus para que os problemas não se tornem uma 
doença fatal para a família. 
O ensino da Palavra de Deus. 
5. Em qual passagem da Bíblia Jesus manda que todos vigiemos? 
Marcos 13.37. 
 
 
 
 
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Lição 3 - As diferentes mudanças sociais da família 
TEXTO DO DIA 
 "Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza do vosso coração, vos permitiu repudiar vossa mulher; mas, 
ao princípio, não foi assim." (Mt 19.8) 
SÍNTESE 
A sociedade, ao longo dos tempos, admitiu a formação de variados arranjos familiares. Entretanto, o padrão 
divino para a família estabelecido no Éden não se alterou, pois a Palavra de Deus não muda. 
AGENDA DE LEITURA 
SEGUNDA - Gn 2.18 - Família monogâmica: uma ideia de Deus 
QUINTA - Gn 30.1,2; 1 Rs 11.3 - A poligamia e suas consequências 
TERÇA - Gn 2.22 - Família monogâmica: um presente de Deus 
SEXTA - Ml 2.15,16; Mt 19.6,8 - Casamento indissolúvel: a vontade de Deus 
QUARTA - Gn 4.23 - Lameque, o primeiro caso de bigamia 
SÁBADO - 1 Tm 3.2; Tt 1.6 - A família tradicional como requisito ministerial 
Objetivos 
COMPREENDER a importância da família em todos os tempos, elencando os diferentes tipos de família 
inventados ao longo da história; 
CONHECER o padrão divino para a família, conscientizando-se de que a afetividade não é suficiente para a 
vida a dois, sendo necessária a oficialização do momento da aliança entre Deus e a nova família; 
DISCORRER sobre a monogamia como modelo bíblico de família. 
Interação 
Professor, é imprescindível haver um bom relacionamento entre os docentes de uma mesma classe, pois 
isso influencia diretamente no trabalho a ser realizado. Por isso, agende uma reunião com seu(s) colega(s), 
a fim de ouvir e sugerir novas ideias, discutir o tema do trimestre, desenvolver estratégias e atividades para 
a classe, etc. Faça desse momento um estreitamento de laços. Independente de quantos professores 
existam na classe, todos devem trabalhar com um só propósito, o que só é possível se houver um bom 
diálogo. Assim, realizarão muito mais pela classe, uma vez que, ao planejar as atividades do trimestre e 
dividir as tarefas entre todos, ninguém ficará sobrecarregado e o trabalho será bem mais dinâmico. 
 
Orientação Pedagógica 
 
Estimado professor, selecione imagens que demonstrem os diferentes tipos de família inventados ao longo 
da história (tópico I). Elas podem ser extraídas de revistas, livros ou da internet. Promova uma discussão 
sobre o assunto à medida que expõe gradativamente as imagens, a fim de que não haja dispersão. Caso 
não disponha de algum recurso para exposição, distribua as imagens entre os alunos para que cada um 
participe, mas não deixe de realizar a atividade. No final da aula, proponha que seus alunos pesquisem 
durante a semana as estatísticas de casamento e divórcio no Brasil, bem como sobre curiosidades como o 
número de solteiros e o tempo médio de duração do casamento. Se preferir, selecione alguns alunos e peça 
que se organizem para apresentar os dados da pesquisa na próxima semana. 
https://sub-ebd.blogspot.com/2016/04/licao-3-as-diferentes-mudancas-sociais.html
MINISTÉRIO FAMÍLIAS DE DEUS - ESTUDO PARA A FAMÍLIA 
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Texto bíblico 
Mateus 19.1-8 
1. E aconteceu que, concluindo Jesus esses discursos, saiu da Galileia e dirigiu-se aos confins da Judeia, 
além do Jordão. 
2. E seguiram-no muitas gentes e curou-as ali. 
3. Então, chegaram ao pé dele os fariseus, tentando-o e dizendo-lhe: É lícito ao homem repudiar sua mulher 
por qualquer motivo? 
4. Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que, no princípio, o Criador os fez macho e fêmea 
5. e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher, e serão dois numa só carne? 
6. Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem. 
7. Disseram-lhe eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la? 
8. Disse-lhes ele: Moisés,por causa da dureza do vosso coração, vos permitiu repudiar vossa mulher; mas, 
ao princípio, não foi assim. 
 
INTRODUÇÃO 
O mais antigo e elementar agrupamento humano, denominado família, em torno do qual a história da 
civilização se desenvolve, adquiriu inúmeros e diferentes contornos ao longo das gerações, de acordo com 
a cultura de cada povo que se espalhava pela face da Terra. 
 
A deturpação começou como fruto da existência de um padrão de vida distante da presença do Senhor 
adotado por Caim e seus descendentes (Gn 4.23) e continuou até os dias hodiernos, com arranjos 
legalizados em dissonância da Palavra de Deus. O Senhor, porém, gravou na natureza humana o seu 
projeto familiar original, desde cedo, o qual foi inaugurado no Éden: a família tradicional monogâmica, 
genuinamente bíblica, formada a partir de pais e filhos. 
 
I - DIREITO E FAMÍLIA 
1. Conceito. 
A família traduz-se como um grupo social indispensável para o estabelecimento de uma civilização forte e 
duradoura. Ela é a célula-mãe de todas as instituições sociais. A definição de família, à luz do direito, pode, 
entretanto, assumir várias conotações, dependendo da cultura e da época da sociedade que se analisa. 
Contudo, independentemente da cultura ou mesmo dos aspectos históricos, há certa convergência em 
estabelecer que a família se constitui no grupo social composto por pessoas ligadas pela consanguinidade, 
afinidade e/ou pela existência de vínculos matrimoniais. Entre os hebreus é certo garantir que a expressão 
família abrangia muito além de cônjuges e descendentes, pois incluía também os parentes por afinidade e 
os escravos (Gn 47.12), não obstante somente os filhos pudessem herdar os bens. 
A exceção era para o caso de não haver filhos, em que a herança iria para o escravo mais antigo, nascido 
na casa (Gn 15.2-4). 
MINISTÉRIO FAMÍLIAS DE DEUS - ESTUDO PARA A FAMÍLIA 
14 
 
 
2. Relevâncias jurídicas e sociais. 
O cuidado com as questões familiares apresenta-se como algo tão importante para a sociedade que existe 
uma área do direito dedicada exclusivamente a esse estudo - o Direito de Família. 
 
Nas grandes cidades do Brasil, por exemplo, o Poder Judiciário destina juízes para julgarem apenas causas 
que envolvam essas questões (divórcio, pensão alimentícia, guarda de filhos, direito de visitas dos filhos, 
dentre outras), pois reconhece a relevância da matéria para o bem estar das pessoas. É a vida de todos nós 
que está em pauta. O assunto, portanto, é vital não apenas na seara espiritual, mas em todos os aspectos 
da existência. Um tema caro, sensível e urgente. 
 
3. Variantes históricas. 
Dentre os tipos de famílias inventadas socialmente, mas que nunca tiveram aprovação de Deus podemos 
citar a poligamia (um marido e várias esposas), poliandria (uma esposa e vários maridos), e casamento em 
grupo (não há casais fixos, e as crianças são criadas pela comunidade inteira). 
Observa-se, ainda, uma novidade nessa área, nunca antes conhecida na história, o casamento entre 
pessoas do mesmo sexo. É bem verdade que a prática homossexual possui registros históricos nas 
sociedades desde a antiguidade, mas nunca as relações homoafetivas (para usar um termo pós-moderno) 
foram estabelecidas como modalidade de família, nem muito menos se ouviu falar de que pudessem adotar 
filhos! 
Pense 
Será que Deus se importa com o tipo de família que é constituída socialmente? 
Ponto Importante 
O amor de Deus não permite que Ele fique indiferente a questões que prejudiquem o desenvolvimento 
humano 
 
II - A FAMÍLIA DURANTE OS SÉCULOS 
1. O padrão divino. 
No livro de Gênesis Deus estabeleceu o padrão para a família. Está escrito: "Portanto, deixará o varão o 
seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne" (Gn 2.24). E Jesus 
complementou: "Portanto, o que Deus ajuntou, não o separe o homem" (Mc 10.9). A família começa, assim, 
com homem e mulher, quando eles deixam a casa de seus pais e se unem para formar um novo núcleo 
familiar. Simples assim. Qualquer outra variação familiar carece de respaldo bíblico. 
 
A poligamia, por exemplo, foi tolerada por Deus em determinados períodos, mas vê-se claramente, na 
Bíblia, as funestas consequências sofridas por quem andou por esse caminho (Gn. 30.1,2; 1 Rs 11.3). O 
fato é: o padrão de Deus para o casamento é que ele seja monogâmico (cada qual deve ter apenas um 
cônjuge), heterossexual (realizado entre homem e mulher), monossomático (os cônjuges devem se tornar 
uma só carne) e indissolúvel (deve durar para sempre). 
 
MINISTÉRIO FAMÍLIAS DE DEUS - ESTUDO PARA A FAMÍLIA 
15 
 
2. O homem como chefe da família. 
Na Bíblia, a cultura familiar era eminentemente patriarcal, ou seja, o pai era o chefe da família. Isso estava 
na raiz da prática social (Gn 3.16). Não se encontra, por outro lado, nenhuma referência bíblica de 
sociedade que fosse matriarcal. 
O pai, assim, no Antigo Testamento, tinha direitos de vida e morte sobre os membros da sua família (Dt 
21.11-21). Por outro lado, o mais antigo ascendente paterno no clã familiar (avô, bisavô, etc.) detinha 
autoridade sobre toda a descendência (Gn 9.25,27; 27.27-40; 48.15,20; 49) e, caso houvesse 
desobediência, a morte poderia ser o castigo (Dt 21.18-21). 
 
Cabia, ainda, ao pai a instrução religiosa e secular dos membros da família (Êx 12.12.26; Dt 6.20). No Novo 
Testamento, manteve-se o princípio. O pai continuou sendo o cabeça da família, devendo ser submissos a 
ele a esposa e os filhos. 
 
 
3. Afetividade é suficiente? 
Há um novo padrão de família se estabelecendo, não só no Brasil, mas em muitos países do mundo: a 
união estável entre homem e mulher. O casal passa a viver junto, mas não se casa. Nisso há uma 
importante questão de natureza espiritual. 
 
Pergunta-se: O casal em união estável tem a bênção de Deus? A afetividade é suficiente para a formação 
de um núcleo familiar? Homem e mulher podem unir-se para construir uma nova família, 
independentemente do casamento? Dizem os críticos do casamento: "O casamento é só um pedaço de 
papel. Para que casar?" E é verdade! O casamento é um pedaço de papel. Como a escritura de um imóvel, 
o documento de um carro e o dinheiro também se resume a um papel, mas não se vê ninguém 
desprezando tais documentos. 
 
O casamento é um pedaço de papel que chancela o momento da aliança entre Deus e a nova família que 
desabrocha, devendo, por isso, ser amado e respeitado. Um documento que estabelece um novo status 
social aos nubentes, que cria direitos e deveres, que faz com que, aos olhos de Deus, não sejam vistas 
mais duas pessoas, mas apenas uma. A Bíblia diz: "Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem 
mácula; porém aos que se dão à prostituição e aos adúlteros Deus os julgará" (Hb 13.4). 
Pense 
Alguns jovens, não crentes, pensam que o casamento é algo muito complicado, e acreditam que é melhor 
que o rapaz e a moça primeiro passem a morar juntos e, depois, se der certo, pensem em casar. 
Ponto Importante 
O padrão divino para a família é a melhor experiência da vida. O Senhor, que fez a família, sabe que 
começar bem no casamento faz toda a diferença no futuro. 
 
III - A MONOGAMIA COMO MODELO BÍBLICO 
1. No Antigo Testamento. 
MINISTÉRIO FAMÍLIAS DE DEUS - ESTUDO PARA A FAMÍLIA 
16 
 
Os homens que andaram com Deus tiveram, em regra, relacionamentos monogâmicos, mesmo no período 
anterior à lei Mosaica. As exceções resumem-se quase que exclusivamente a Jacó (por contingências 
culturais contrárias à sua vontade) e Davi (por causa de alianças políticas). Adão, Sete, Enoque, Noé, 
Isaque, os filhos de Jacó, Moisés, Arão, Josué, Samuel, Jó, Ezequiel, Oseias, dentre muitos outros tiveram 
casamentos monogâmicos, não obstante a sociedade admitisse a poligamia. 
 
No caso de Abraão, a opção de coabitar com Agar foi de sua mulher, atendendo a um costume antigo, mas 
quando Sara pediu que ele despedisse a escrava egípciae Ismael, Abraão mandou-os embora sem 
nenhuma herança. Assim, a rigor, tecnicamente, Abraão não foi bígamo. Por fim, quando ele casou com 
Quetura, sua segunda esposa, Sara já havia falecido. 
 
2. No Novo Testamento. 
Do mesmo modo, no tempo de Jesus, a família judaica surgia predominantemente de casamentos 
monogâmicos. Em Mateus 19.3 Jesus é questionado pelos fariseus sobre a dissolução de um casamento. 
Em Mateus 22.23-28, por outro lado, os saduceus questionaram Jesus sobre um problema teológico em 
relação à lei do levirato (Gn 38.7-11). A questão de fundo, portanto, era a importância, diante de Deus, do 
casamento entre um homem e uma mulher. 
 
 
 
3. Atualidade nacional. 
No Brasil, o Código Civil de 1916 apresentava o marido como o chefe da família, sendo a esposa e os filhos 
hierarquicamente inferiores, devendo obediência ao primeiro; já os filhos ilegítimos (adulterinos e 
incestuosos) não eram considerados herdeiros. 
 
O casamento era indissolúvel. O divórcio veio a ser permitido apenas em 1977. Com a Constituição Federal 
de 1988, a família, legalmente, perdeu o modelo patriarcal, ao deixar isonômicos os direitos do marido e da 
mulher na sociedade conjugal, bem como colocou fim a uma longa história de discriminações com relação à 
filiação, tanto de natureza pessoal como hereditária. Diante de recentes decisões do Supremo Tribunal 
Federal, está sendo admitido o casamento entre pessoas do mesmo sexo e, inclusive, a adoção de crianças 
por casais homoafetivos. Lamentável! O pastor norte-americano John Macarthur, logo após a Suprema 
Corte daquele país aprovar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, publicou uma carta aberta 
afirmando que a aprovação do casamento gay não altera o conceito de Deus. Suas palavras 
consubstanciam uma irretorquível verdade, que incomoda uma geração que se esqueceu do padrão de 
Deus para o viver em sociedade. 
Pense 
Reconhecendo a lei humana a existência de arranjos matrimoniais diferentes da monogamia, o que fazer? 
Aprovar a lei dos homens ou ficar com a de Deus? 
Ponto Importante 
A união entre marido, mulher e filhos foi o projeto de família escolhido pelo Senhor para a humanidade. 
MINISTÉRIO FAMÍLIAS DE DEUS - ESTUDO PARA A FAMÍLIA 
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SUBSÍDIO I 
"Uma casa deve ser edificada sobre a obediência a Deus, em cada experiência prática humana da vida. Um 
lar deve ser edificado sobre a decisão de papai e mamãe de terem as suas ações adequadas ao plano de 
Deus. Se quisermos pensar na casa como uma estrutura, essa variedade de sabedoria é a base. Se o 
marido e a esposa não estabelecerem o seu casamento sobre um compromisso de conhecer a Deus 
pessoalmente, e traduzir o seu relacionamento com Ele na vida prática, a sua família e a sua casa não 
serão estáveis. 
Desde muito cedo em nosso casamento, minha esposa Cynthia e eu assumimos um compromisso. [...] 
'Tudo o que a Bíblia disser, nós faremos". Se alguma vez discordamos de alguma coisa, consultamos as 
Escrituras, não como meio de coagir um ao outro, mas com um espírito de busca do pensamento de Deus - 
permitindo que a Palavra dEle seja o nosso desempate. 
 
O nosso casamento está longe de ser perfeito, mas nós temos uma boa parceria. A nossa casa, com os 
nossos quatro filhos, não deixou de ter problemas importantes em algumas ocasiões, mas esse 
compromisso - estou convencido - salvou o nosso lar da autodestruição e deu aos nossos filhos uma 
plataforma estável de onde podem iniciar as suas próprias vidas" (SWINDOLL, Charles R. Vivendo 
Provérbios. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, pp. 131, 132). 
 
CONCLUSÃO 
Famílias pós-modernas são formadas por filhos rebeldes que não obedecem a Deus nem respeitam seus 
pais e por cônjuges que buscam, cada vez mais, o divórcio. Não há mais lugar para Jesus e para a Bíblia na 
maior parte dessas famílias! Qual o fim disso tudo? O que fazer? Está escrito: "Porém, se vos parece mal 
aos vossos olhos servir ao SENHOR, escolhei hoje a quem sirvais [...] porém eu e a minha casa serviremos 
ao Senhor" (Js 24.15). 
 
 
 
HORA DA REVISÃO 
 
1. Cite três características que o casamento deve ter. 
Monogâmico, heterossexual e indissolúvel. 
2. Por que a família deve ser preservada nos moldes bíblicos? 
Porque a família, nos moldes bíblicos, é a "célula mãe" da sociedade, que a preserva de deterioração. 
3. Cite dois exemplos de homens de Deus que foram polígamos. 
Jacó e Davi. 
4. Em qual versículo bíblico está o padrão que Deus estabeleceu para a família? 
Gênesis 2.24. 
5. Segundo a lição, em qual ano, no Brasil, a família perdeu legalmente o modelo patriarcal? 
 
MINISTÉRIO FAMÍLIAS DE DEUS - ESTUDO PARA A FAMÍLIA 
18 
 
Em 1988, com a promulgação da Constituição Federal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MINISTÉRIO FAMÍLIAS DE DEUS - ESTUDO PARA A FAMÍLIA 
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Lição 4 - Preparando-se para construir uma família 
TEXTO DO DIA: 
"E pelo conhecimento se encherão as câmaras de todas as substâncias preciosas e deleitáveis." (Pv 24.4) 
SÍNTISE: 
Deus tem interesse em abençoar os jovens na construção de um novo lar, mas, para isso, todos devem se 
submeter ao plano divino. 
AGENDA DE LEITURA 
SEGUNDA - Gn 24.2-4 - Escolhendo o cônjuge no lugar certo 
QUINTA - Gn 34.1 - Passeando no lugar errado 
TERÇA - Gn 26.34,35 - Escolhendo o cônjuge no lugar errado 
SEXTA - Pv 18.22 - Alcançando o favor de Deus 
QUARTA - Gn 29.9-11 - Passeando no lugar certo 
SÁBADO - 2 Co 6.14-18 - Prendendo-se a um jugo desigual 
Objetivos 
CONSCIENTIZAR-SE de que a construção de uma nova família, dentro do propósito de Deus, exige 
preparação; 
ASSUMIR o compromisso de observar o padrão divino nas fases de namoro e noivado; 
DEFINIR o casamento como uma bênção que deve ser almejada por todo e qualquer jovem. 
INTERAÇÃO 
Professor, é necessário que haja um bom relacionamento entre os docentes da classe dos jovens. Porém, 
queremos chamar a atenção para a relação professor-aluno. É muitíssimo importante que você construa um 
vínculo afetivo e de confiança com aqueles que Deus lhe confiou pra ensinar e orientar. Evite aquele 
contato apenas semanal e extremamente superficial. Se eles confiarem em você, receberão de bom grado o 
seu ensino, seguirão suas orientações, ouvirão seus conselhos, etc. Por outro lado, a proximidade com eles 
proporcionará a você um melhor conhecimento sobre suas vidas, e isso é algo que todo professor de Escola 
Dominical deve buscar com afinco. Na próxima lição, falaremos mais sobre essa busca. 
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA 
Prezado docente, inicie a aula com a apresentação, pelos alunos, dos resultados da pesquisa solicitada na 
aula passada (sobre as estatísticas de casamento e divórcio no Brasil, bem como sobre curiosidades como 
o número de solteiros e o tempo médio de duração do casamento). 
Essa apresentação vai abrir a discussão sobre a aula de hoje, que vai tratar da preparação necessária à 
construção de uma nova família, debaixo da orientação divina. Reflita com os alunos, por alguns instantes, 
sobre as causas de tantos casamentos destruídos, muitas vezes em tão pouco tempo, e por que isso ocorre 
até mesmo entre cristãos. Conclua dizendo que, para existir um casamento abençoado e duradouro, é 
preciso observar o padrão divino desde a fase preparatória (namoro e noivado). 
TEXTO BÍBLICO 
Gênesis 29.9-20 
9. Estando ele ainda falando com eles, veio Raquel com as ovelhas de seu pai; porque ela era pastora. 
https://sub-ebd.blogspot.com/2016/04/licao-4-preparando-se-para-construir.html
MINISTÉRIO FAMÍLIAS DE DEUS - ESTUDO PARA A FAMÍLIA 
20 
 
10. E aconteceu que, vendo Jacó a Raquel, filha de Labão, irmão de sua mãe, e as ovelhas de Labão, 
irmão de sua mãe, chegou Jacó, e revolveu a pedra de sobre a boca do poço, e deu de beber às ovelhas de 
Labão, irmão de sua mãe. 
11. E Jacó beijou a Raquel, e levantou a sua voz, e chorou. 
12. E Jacó anunciou a Raquel que era irmão de seu paie que era filho de Rebeca. Então, ela correu e o 
anunciou a seu pai. 
13. E aconteceu que, ouvindo Labão as novas de Jacó, filho de sua irmã, correu-lhe ao encontro, e 
abraçou-o, e beijou-o, e levou-o à sua casa. E contou ele a Labão todas estas coisas. 
14. Então, Labão disse-lhe: Verdadeiramente és tu o meu osso e a minha carne. E ficou com ele um mês 
inteiro. 
15. Depois, disse Labão a Jacó: Porque tu és meu irmão, hás de servir-me de graça? Declara-me qual será 
o teu salário. 
16. E Labão tinha duas filhas; o nome da mais velha era Leia, e o nome da menor, Raquel. 
17. Leia, porém, tinha olhos tenros, mas Raquel era de formoso semblante e formosa à vista. 
18. E Jacó amava a Raquel e disse: Sete anos te servirei por Raquel, tua filha menor. 
19. Então, disse Labão: Melhor é que eu ta dê do que a dê a outro varão; fica comigo. 
20. Assim, serviu Jacó sete anos por Raquel; e foram aos seus olhos como poucos dias, pelo muito que a 
amava. 
 
INTRODUÇÃO 
O propósito de Deus na vida do seu povo, em regra, é que ninguém esteja só, não obstante alguns, por 
escolha própria ou determinação de Deus, não constituirão uma nova família, como foi o caso do profeta 
Jeremias (Jr 16.2). 
Vale dizer que, mesmo solteiro, é possível ser feliz (aliás, tudo leva a crer que o profeta Daniel (Dn 1.9), e o 
apóstolo Paulo (1 Co 7.7,8), homens de grande envergadura espiritual, eram solteiros). A felicidade de uma 
pessoa não se resume ao casamento. Não obstante, o casamento feito no Senhor é uma grande fonte de 
alegria (Ec 9.9). Para a construção de um lar sólido e feliz é indispensável uma boa preparação, o que 
envolve muitas coisas, mas serão citados, aqui, para fins didáticos, somente sete passos: esperar no 
Senhor, escolha certa, preparação intelectual (profissional), trabalho, namoro, noivado e casamento. Esses 
passos não estão elencados cronologicamente, mas todos eles devem ser dados. 
 
I - O CAMINHO DO AMOR 
1. Esperar com paciência. 
Adão foi criado por Deus e ficou sozinho no Éden, esperando nEle, não se sabe por quanto tempo. Isso não 
é tão ruim quanto parece, antes pelo contrário. O fato de se estar só traz benefícios circunstanciais para o 
jovem (Lm 3.26-28). Assim, foi excelente para Adão ter suportado o "jugo" da mocidade. Muitas vezes ele 
deve ter se sentado sozinho na relva verde, sem ninguém para conversar, quando tudo em volta era 
silêncio, e então pôde refletir sobre a vida e buscar a Deus. 
 
MINISTÉRIO FAMÍLIAS DE DEUS - ESTUDO PARA A FAMÍLIA 
21 
 
Sem Eva, por algum tempo, o primeiro homem colocou umas coisas importantes em ordem (por exemplo: 
deu nome aos animais e cuidou do jardim), bem como, certamente, compreendeu suas limitações 
emocionais, pois ficou frente a frente consigo mesmo e também com Deus, vindo a conhecer melhor o seu 
Criador. 
 
Posteriormente o Todo-Poderoso disse não ser bom que o homem estivesse só e, em consequência, 
anestesiou a Adão (fê-lo dormir), e retirou uma costela do homem, preenchendo com carne o lugar e, em 
seguida, o presenteou com uma formosa mulher, celebrando na sequência o primeiro casamento. 
 
2. Fazendo a escolha certa. 
Quando, enfim, termina a espera, inicia-se a fase do deslumbramento. O primeiro olhar, aquele que chama 
a atenção e desestabiliza, é, em regra, inesquecível (o que não significa necessariamente amor à primeira 
vista). Foi o que aconteceu na vida do patriarca Jacó (Gn 29.10,11). Aquele que tinha esperado em Deus 
durante tanto tempo (diferentemente de seu irmão Esaú, que casara fora da vontade de Deus - Gn 
26.34,35), teve enorme emoção ao se encontrar com sua amada. Mas por que ele chorou? Porque Jacó 
percebera que Raquel, mais que uma mulher bonita, era também a bênção há tanto tempo esperada. Ele 
percebeu que a ponte afetiva entre eles tinha sido construída por Deus. Não se tratava só de aparência 
física, mas, sobretudo, de providência divina. Jacó podia ver que Deus estava naquele negócio. 
 
3. A conquista. 
Depois do primeiro olhar, chegou o momento da conquista. A Bíblia não narra com detalhes todos os fatos. 
Entretanto deixa claro que Jacó esperou, ainda, um mês inteiro para agir (Gn 29.14-18). 
A estratégia, certamente, ele estava construindo em Deus. O Senhor criou uma circunstância, e Jacó a 
aproveitou, seguindo os costumes locais. Como deve acontecer ainda hoje, o relacionamento precisava ter 
a bênção do pai da moça. O esforço de Jacó em trabalhar sete anos por Raquel seria o preço para ter em 
seus braços aquela que ele tanto amava. Isso nos mostra que, mesmo Deus aprovando o relacionamento, 
não significa que será fácil o caminho até o casamento. 
Pense 
Para encontrar o grande amor da vida é preciso que o jovem crie estratégias humanas de conquistas? 
Ponto Importante 
O Senhor é quem mais se interessa pela construção de um novo lar em sua presença. 
 
II - NAMORO E NOIVADO 
1. Contextualização bíblica. 
a) Namoro. 
Em toda a história bíblica não se visualiza o namoro como etapa de algum relacionamento, pelo menos não 
como conhecemos atualmente, pois, normalmente os casamentos eram arranjados pelos próprios pais dos 
nubentes, alguns logo que os filhos nasciam, envolvendo, inclusive, pagamento pecuniário (dote) pela mão 
da noiva (Gn 34.10,11; Jz 14.2). Assim, não havia, em regra, esse contato prévio, haja vista que os pais 
desempenhavam esse importante papel no estabelecimento do novo lar. 
MINISTÉRIO FAMÍLIAS DE DEUS - ESTUDO PARA A FAMÍLIA 
22 
 
 
b) Noivado. 
Se por um lado na Bíblia não existe a palavra namoro, por outro as ocorrências da palavra noivado são 
abundantes, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, sendo este um compromisso muito sério, que 
inibia, inclusive, o homem de ir à guerra (Dt 20.7). 
 
Caso houvesse fornicação nesse período, o castigo seria o apedrejamento (Dt 22.22-29). Essa era a 
situação da qual Maria poderia ser acusada, ao ter concebido do Espírito Santo, e foi por isso que José 
intentou deixá-la secretamente (Mt 1.18,19). 
 
2. Significados. 
O namoro corresponde a uma importante fase do relacionamento humano, que deve ser marcado, 
sobretudo, por intimidade intelectual e emocional. Nada mais. Tudo que passar disso, foge do propósito de 
Deus. É aqui onde os jovens observam se existe verdadeiro amor no relacionamento, que, óbvio, precisa 
ser recíproco e igualmente forte. Vê-se, por exemplo, que Jacó, somente depois de trinta dias que havia 
conhecido Raquel, fez uma proposta de compromisso. Nesse período de "pré-namoro" Jacó estava 
analisando a sua pretendente, certamente procurando descobrir seus gostos pelas coisas, seus projetos, 
seus ideais de vida etc. Depois disso foi que ele teve coragem de "pedir a mão dela". Seu "namoro" estava 
programado para durar sete anos, porém as coisas se complicaram muito (Gn 29.21-30). 
 
Por outro lado, o noivado, fase do relacionamento humano tão relevante quanto o namoro, caracteriza-se 
por intimidade intelectual, emocional, mas também econômica. Nesse momento da vida dos nubentes, os 
preparativos para o casamento já ficam mais concretos. Começam os planejamentos para as compras 
essenciais do novo lar. A intimidade, nesse momento, não deve avançar além daquilo que é a vontade de 
Deus, para que não se percam as bênçãos decorrentes de um relacionamento centrado nEle (1 Ts 4.3). 
Nada de intimidades físicas. 
Pense 
O namoro e o noivado são fases da vida que são decididas pelos próprios jovens, ou é o Senhor quem 
prepara esses encontros? 
Ponto Importante 
Os encontros significativos na vida do crente fiel são promovidos pelo Senhor (Pv 19.14), como aqueles que 
aconteceram entre Isaque e Receba, e Jacó e Raquel. 
III - CASAMENTO 
1. Significado. 
Depois de aguardar um tempo bastante longo, Jacó casou-se com Raquel (Gn 29.30). Ele soube aguardar a 
chegada do tempo de Deus. Agora, enfim, a intimidade física seria o ponto alto, pois eles se tornariam uma 
só carne. 
 
2. Meios de subsistência.MINISTÉRIO FAMÍLIAS DE DEUS - ESTUDO PARA A FAMÍLIA 
23 
 
O casamento pressupõe a existência de um caminho marcado pelo amor, que perpassa pelo namoro e 
noivado. Porém, antes de casar, os nubentes precisam garantir os meios de subsistência (trabalho) e, para 
tanto, necessitam de preparação intelectual. 
 
O emprego deve, sempre, anteceder ao casamento, pois ninguém deve casar e ser sustentado pelos pais. 
Deus, antes de fazer o casamento de Adão e Eva, deu ao marido uma "casa" (Gn 2.8) e um emprego (Gn 
2.15). Ademais, está escrito: "Com a sabedoria se edifica a casa, e com a inteligência ela se firma; e pelo 
conhecimento se encherão as câmaras de todas as substâncias preciosas e deleitáveis" (Pv 24.3,4). Assim, 
a preparação intelectual fornece conhecimento (ciência), que propicia os meios para a subsistência material 
da família. 
 
3. Solteiro, mas feliz. 
Há alguns, como Jacó, que esperaram muito tempo, e Deus lhes providenciou um casamento. Outros, 
porém, igualmente fiéis ao Senhor, ficaram sem se casar, como foi o caso de Jeremias (Jr 16.2). Por que 
isso acontece? A resposta: soberania divina. Não devemos questionar os porquês dos propósitos divinos, 
mas, como servos, cabe-nos agradecer ao Senhor pelo dom da vida e pela sua presença conosco. Afinal, 
está escrito: "Canta alegremente, ó estéril que não deste à luz! Exulta de prazer com alegre canto e 
exclama, tu que não tiveste dores de parto! Porque mais são os filhos da solitária do que os filhos da 
casada, diz o Senhor" (Is 54.1). 
 
Pense 
O que o jovem cristão deve fazer para conseguir um emprego, com o objetivo de realizar o sonho do 
casamento e manter com dignidade seu lar? 
Ponto Importante 
A preparação intelectual é indispensável para, quando chegar o tempo certo, o Senhor usar o conhecimento 
adquirido a fim de que, pelo trabalho, a casa se encha de bens (Pv 24.4). 
 
SUBSÍDIO 
"Por causa da forte influência tribal e da unidade do clã na sociedade patriarcal, os pais consideravam seu 
dever e prerrogativa assegurar esposas para seus filhos (Gn 24.3; 38.6). Normalmente, a noiva em 
perspectiva, assim como o noivo, simplesmente concordava com os arranjos feitos de acordo com os 
interesses da família e da lealdade à tribo. [...] O casamento com mulheres estrangeiras era 
desaconselhado (Gn 24.3; 26.34,35; 27.46; 28.8) e mais tarde foi totalmente proibido (Êx 34.16; Dt 7.3; Ed 
10.2,3,10,11) [...]. Casamentos mistos eram tolerados apenas no caso dos exilados (por exemplo, José, 
Gênesis 41.45; Moisés, Êx 2.21) e dos reis apenas por razões políticas. 
 
Por outro lado, havia em Israel a oportunidade para casamentos baseados no namoro. O jovem podia 
declarar a sua preferência (Gn 34.4; Jz 14.2). [...] Na época do Antigo Testamento as mulheres não eram 
mantidas como reclusas, como nos países muçulmanos, e podiam sair às ruas com o rosto descoberto (cf. 1 
Sm 1.13). Elas cuidavam das ovelhas (Gn 29.6; Êx 2.16), carregavam água (Gn 24.13; 1Sm 9.11), colhiam 
MINISTÉRIO FAMÍLIAS DE DEUS - ESTUDO PARA A FAMÍLIA 
24 
 
nos campos (Rt 2. 3) e visitavam outros lares (Gn 34. 1). Dessa maneira, os jovens tinham a liberdade de 
procurar a futura noiva sozinhos" (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 388). 
 
CONCLUSÃO 
O jovem cristão deve entender o tempo de Deus para sua vida. Às vezes, tudo parece que não vai dar 
certo. Decepções amorosas, condições materiais desfavoráveis, incertezas etc., tudo fustiga o jovem que 
espera em Deus pelo seu novo lar. O ideal é seguir o conselho bíblico: "Lançando sobre ele toda a vossa 
ansiedade, porque ele tem cuidado de vós" (1 Pe 5.7). Um dia, ainda que demore, a promessa de Deus 
cumprir-se-á. 
HORA DA REVISÃO 
 
1. Segundo a lição, como os namorados devem se relacionar? 
Devem relacionar-se somente no campo intelectual e emocional. 
2. Segundo a lição, como os noivos devem se relacionar? 
Intensa intimidade intelectual, emocional e social. 
3. Mencione dois personagens bíblicos que esperaram em Deus pelo casamento. 
Adão e Jacó. 
4. Segundo a lição, para obter os meios de subsistência, antes do casamento, qual "passo" deve 
ser dado pelo jovem? 
Preparação intelectual. 
5. Qual profeta do Antigo Testamento que Deus determinou que não se casasse? 
 
Jeremias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lição 5 - Deixando pai e mãe 
TEXTO DO DIA: 
"Seus filhos erijam, crescem com o trigo, saem, e nunca mais tornam para elas." (Jó 39.4) 
SÍNTESE 
A ordem de deixar pai e mãe não significa desprezá-los, abandoná-los, pois o dever de honrá-los 
permanece para sempre. 
AGENDA DE LEITURA 
https://sub-ebd.blogspot.com/2016/04/licao-5-deixando-pai-e-mae.html
MINISTÉRIO FAMÍLIAS DE DEUS - ESTUDO PARA A FAMÍLIA 
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SEGUNDA - Gn 2.24 - A origem do mandamento 
QUINTA - Gn 24.67 - Isaque cumpre o mandamento 
TERÇA - Gn 12.1 - Deus reitera o mandamento 
SEXTA - Mt 19.5; Mc 10.7 - Jesus ratifica o mandamento 
QUARTA - Gn 24.58 - Rebeca obedece ao mandamento 
SÁBADO - Ef 5.31 - Paulo confirma o mandamento 
OBJETIVOS 
- MOSTRAR que para a construção de uma nova família, é imprescindível deixar pai e mãe; 
- SABER que o afastamento em relação aos pais deve acontecer nas dimensões geográfica, psicológica e 
financeira; 
- EXPLICAR o aparente conflito entre o mandamento de honrar pai e mãe e o de deixá-los para iniciar outro 
núcleo familiar. 
INTERAÇÃO 
Professor, você sabe dizer quantos e quem são seus alunos? Infelizmente, muitos de nós não sabemos. É 
imprescindível que você conheça o perfil de sua turma: a estrutura familiar (mora sozinho ou com os pais? 
Pais crentes? Separados?). O nível de escolaridade (estuda?), vida profissional (onde e em que trabalha?), 
tempo de evangelho ("nasceu no evangelho?"), etc... Se sua turma é pequena, essa tarefa não lhe trará 
maiores dificuldades, porém, se a classe for numerosa, sugiro que elabore um questionário e peça que 
todos respondam, explicando qual a finalidade. Assim, você terá uma série de informações, em um só 
momento, e perceberá que conhecer sua turma fará diferença na hora de planejar suas aulas e elaborar 
suas estratégias de ensino. 
Orientação Pedagógica 
 
Estimado docente, o assunto de hoje é de extrema relevância para a vida de seus alunos, portanto cuide 
para que ninguém saia com dúvida. Para começar, lance a seguinte pergunta: "O que pode acontecer no 
casamento do rapaz e da moça os quais não deixaram pai e mãe geográfica, psicológica e financeiramente, 
desobedecendo a ordem divina?" Espere que seus alunos respondam e registre todas as colocações no 
quadro ou em outro recurso disponível. Deixe que todos, sem exceção, participem da tarefa, 
independentemente de você concordar ou não com a resposta. Após, comece a analisar, junto com eles, 
cada uma das afirmações. Aproveite para elogiar os participantes e desfazer eventuais equívocos, tendo o 
cuidado de não causar constrangimentos, pois isso pode desestimular novas participações. 
TEXTO BÍBLICO 
Efésios 5.31-33 
31. Por isso, deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e serão dois numa carne. 
32. Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja. 
33. Assim também vós, cada um em particular ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher 
reverencie o marido. 
Efésios 6.1-3 
1. Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. 
2. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, 
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26 
 
3. para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra. 
INTRODUÇÃO 
O primeiro mandamento de Deus para o homem (não o maior mandamento) é que, antes de casar, deve 
deixar seus pais (Gn 2.24). Esse paradigma para o casamento foi estabelecido de maneira tão veemente 
por Deus porque, talvez, essa fosse a única forma de quebrar o forte elo que liga pais e filhos, para poder 
surgir um novo entesocial, a nova família. Como Deus é sábio! Tal acontecimento, identificado como 
individuação, tem alcance geográfico, psicológico e financeiro, não significando o distanciamento entre pais 
e filhos, mas colocando limites. 
 
Adão e Eva foram os únicos humanos que se casaram, e não tiveram de deixar pai e mãe, mas todos os 
demais devem cumprir a determinação divina. É certo que isso, às vezes, pode ser difícil. Entretanto não se 
trata de uma faculdade, mas de uma obrigação do novo casal. Afinal o verbo está no imperativo: deixará! Ao 
longo da história bíblica, os casais que serviram a Deus cumpriram integralmente essa norma divina. 
I - O PRIMEIRO MANDAMENTO 
 
1. Requisito para a perfeita união. 
Toda nova família deve ter características próprias, para ter uma união perfeita. Isso é impreterível para que 
haja crescimento e uma identidade familiar própria. O novo casal, assim, precisa ter suas experiências 
pessoais e resolver seus problemas, sem haver intromissão de nenhuma outra pessoa. Esse mandamento 
mencionado no Éden foi reiterado para Abraão (Gn 12.1-3). Ele o obedeceu e também o ensinou a seus 
descendentes. 
 
Tanto Abraão, como Isaque e Jacó, conquanto fossem nômades parte do tempo de suas vidas, habitando 
em tendas (Hb 11.9), tinham, cada um, a sua própria habitação (Gn 24.67; 31.34)! Eles sabiam conservar a 
cultura familiar, sem deixar de atender a esse importante mandamento. 
 
2. Individuação. 
A filosofia chama de individuação o fenômeno através do qual um organismo se singulariza dentro da 
espécie, sem abandonar as características comuns dos seus pares. Era isso que o Senhor queria que 
acontecesse com o novo casal. Estar junto dos familiares é um compromisso perene da nova família (não 
deve se excluir das celebrações familiares - aniversários, Natal, dia dos pais, das mães etc.). Entretanto a 
singularização do ente familiar que se formou é imperiosa. Foi Deus quem pensou assim. 
 
O Senhor chancelou esse fenômeno na biologia dando a cada ser vivo um código genético distinto. Não 
existem, como se sabe, zebras com as mesmas listras, nem leopardos com pintas iguais, nem seres 
humanos que apresentem impressões digitais idênticas (ainda que sejam gêmeos univitelinos). Até os 
cristais de gelo, microscopicamente analisados, demonstram formações moleculares díspares. Essa 
construção idiossincrática faz parte da natureza. Assim, quando uma nova família surge, ela precisa de um 
"DNA social" próprio. 
 
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27 
 
3. Menção na Bíblia. 
Na Bíblia, Deus fala de individuação em Jó 39, mencionando como esse fenômeno acontece na família das 
cabras monteses (vv. 1-4), cujos filhos, quando crescem e ficam fortes, partem e "nunca mais tornam para 
elas". Os filhos das cabras monteses precisam viver sua própria história, identificando-se como indivíduos, 
sem abrir mãos dos ensinamentos recebidos dos pais (indispensáveis à sobrevivência). O certo é que, "à 
sombra" dos seus pais, elas jamais poderiam cumprir integralmente o projeto do Criador. Por isso, os 
descendentes caprinos procurarão suas próprias montanhas para estabelecerem suas famílias. 
Pense 
Por que Deus estabeleceu como requisito para a formação de uma unidade nEle (marido e mulher) a 
quebra de outra unidade perfeita (pais e filhos)? 
Ponto Importante 
Na família, os filhos devem aprender com os pais, mas, em tempo oportuno, devem sair de casa para 
ensinar também aos seus próprios filhos. Esse é o ciclo da vida. 
 
II - ALCANCE DO MANDAMENTO 
 
1. Afastamento geográfico. 
Toda família precisa de "espaço" para crescer. Para isso Deus mandou que o novo casal, antes de se unir, 
saísse da casa dos pais. Observe-se uma planta. Ela precisa de um espaço que seja só dela (veja o que 
acontece quando o trigo divide um pequeno espaço geográfico com o joio - Mt 13.28-30 - é um problema). 
 
A grande dificuldade é que as raízes do joio e do trigo podem se entrelaçar, diante da proximidade territorial. 
Isso significa que o trigo precisa de um espaço individual, próprio. A mesma coisa acontece com a nova 
família. 
 
2. Afastamento psicológico. 
A planta precisa da luz solar para fazer a fotossíntese e crescer. Entretanto, essa radiação trará certo 
incômodo a ela nos horários mais quentes do dia. Isso porém é necessário. Utilizando o mesmo raciocínio, 
pode-se dizer que os pais não devem privar seus filhos dos eventuais desafios psicológicos. É preciso que 
cada nova família adquira individualidade, tomando suas próprias decisões. Por mais que "doa" ver os filhos 
passarem por certos "percalços" no novo contexto familiar, o bloqueio emocional ao novo casal, pelos pais, 
(impedir que deixe psicologicamente os genitores) ensejará prejuízo. Um escritor antigo dizia que "em mar 
calmo todo barco navega bem". 
 
As lutas, dificuldades, surgirão para que possa despontar a nova liderança do lar: o marido. É bem verdade 
que o Código Civil e a Constituição Federal não distinguem liderança entre homem e mulher, no seio da 
família, mas a Bíblia estabelece. E, por isso, essa nova liderança precisa surgir, mas não aparecerá se não 
houver autonomia psicológica. Esse afastamento proporciona, à nova família e aos pais, a chance de um 
relacionamento mais íntimo com o Criador, na confiança que Ele é o socorro na hora da angústia (Sl 46.1) 
e, contra os incômodos do sol causticante, Ele é a sombra (Sl 121.5-6). 
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3. Afastamento financeiro. 
A ordem de "deixar pai e mãe" também atinge a parte financeira, porém o dever dos pais ajudarem 
financeiramente os filhos (2 Co 12.14) e vice-versa (Mc 7.10-13) nunca terminará diante de Deus, bem 
como perante a lei civil, a qual usa como parâmetro para definir o valor da "pensão alimentícia" o trinômio 
"necessidade-possibilidade-proporcionalidade". Isto é, o dever de pagar reciprocamente alcança pais e 
filhos, na medida da necessidade e possibilidade de cada um, aplicando o critério da proporcionalidade para 
achar o valor justo. Há, porém, pais que possuem renda suficiente, mas exigem, para comprar supérfluos, 
aportes financeiros mensais do filho casado. Por outro lado, existem filhos casados que, 
irresponsavelmente, querem viver à custa dos pais. 
 
Os dois extremos estão errados e causam sérios conflitos no lar. Frise-se, por fim, que nenhuma ajuda que 
inviabilize a administração do lar de quem contribui vem de Deus, porque isso não tem origem no amor, mas 
em um sentimento indevido de posse dos pais sobre o (a) filho(a) recém-casado(a), ou vice-versa. 
Pense 
Por que tantos pais querem manter o controle sobre o filho após ele se casar? Seria isso amor ou egoísmo? 
Ponto Importante 
Deixar o filho seguir seu próprio caminho, para construir um novo lar, como acontece com as cabras 
monteses (Jó 39.4), é sinal de amor. Reter o que Deus liberou é egoísmo! 
III - CONFLITO ENTRE MANDAMENTOS 
Há, na Bíblia, dois mandamentos que aparentemente se contradizem: deixar e também honrar pai e mãe. 
1. Honrando pai e mãe. 
Sejam bons ou maus, os pais devem ser honrados incondicionalmente. Entretanto se surgirem conflitos 
entre o cônjuge e um dos pais, a Bíblia é clara: "deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher". 
O cônjuge deve ter sempre a prioridade! Os interesses dos parceiros são superiores aos desejos dos 
sogros e filhos. Deus disse a Abraão: "ouça a voz de sua mulher" (Gn 21.12). Os interesses de Sara eram 
mesquinhos, pois o problema foi criado por ela e Deus faria Isaque ser o herdeiro independentemente de 
qualquer coisa. Entretanto, mesmo sendo doloroso, o Senhor determinou que Abraão abrisse mão do filho 
Ismael e Agar, por atenção a Sara. A honra aos pais, porém, não pode ensejar em qualquer espécie de 
humilhação ao cônjuge. 
 
2. Deixando pai e mãe. 
Enquanto estiverem em casa, os filhos deverão ser totalmente obedientes aos pais, no Senhor. Quando secasarem, porém, "deixarão pai e mãe", ou seja, os filhos devem sair da casa, construir seu próprio 
patrimônio e tomar suas próprias decisões na vida, para que a unidade do novo casal não seja 
comprometida. Por tal motivo, é comum observar pessoas com sérios conflitos familiares, quando acontece 
o caso de os pais continuarem intervindo nas decisões dos filhos casados. 
 
É bom lembrar, porém, que, mesmo com o casamento dos filhos, a honra àqueles que deram toda a 
atenção e carinho durante a infância, adolescência e juventude aos filhos, ainda persistirá. Interessante que, 
MINISTÉRIO FAMÍLIAS DE DEUS - ESTUDO PARA A FAMÍLIA 
29 
 
logo após falarem sobre o dever do novo casal de deixar pai e mãe, Jesus e o apóstolo Paulo acrescentam 
sempre o dever de honrá-los (Mt 19.5,19; Mc 10.7,19 e Ef 5.31; 6.2), ou seja, um mandamento não invalida 
o outro. 
 
3. Filhos que podem morrer cedo. 
O primeiro mandamento com promessa é honrar pai e mãe, porque na primeira infância os filhos ficam, 
diante de Deus, com grande dívida com seus pais e o momento propício para o pagamento é quando os 
genitores não puderem mais cuidar de si próprios. Então Deus garante ao filho atencioso que viverá muito, 
para poder cuidar de seus pais na velhice! Dessa maneira, o Senhor harmoniza as responsabilidades dentro 
da família. Não há ninguém sobrecarregado e outro sem nenhuma obrigação. Todos têm um papel 
específico. O Senhor é justo. 
Pense 
Quando o filho deixar os pais para construir um novo lar, pode esquecer o que seus genitores fizeram por 
ele durante a vida? 
Ponto Importante 
Sobre os filhos penderá, sempre, o dever de honrar os pais até o fim, entretanto o dever de estarem em 
submissão cessa com o casamento do filho. 
O primeiro mandamento com promessa é honrar pai e mãe, porque na primeira infância os filhos ficam, 
diante de Deus, com grande dívida com seus pais e o momento propício para o pagamento é quando os 
genitores não puderem mais cuidar de si próprios. 
 
SUBSÍDIO 1 
"O casamento bíblico começa 'deixando' (a fundação), é sustentado 'apegando-se' (o processo) e resulta 
em uma carne (o resultado). Deixar implica em uma transformação radical do básico e forte relacionamento 
pré-conjugal, entre o homem e a mulher e seus respectivos pais, e, desta maneira, todos os demais 
relacionamentos. A Bíblia não defende o abandono dos pais e parentes para se casar (1 Tm 5.8), mas 
espera uma transformação radical no relacionamento entre pais e filhos, de modo que uma nova unidade se 
forme, pelo casamento. 
 
É importante que um casal recém-casado perceba que é de seu interesse modificar o seu relacionamento 
com seus pais. A raiz de muitos maus relacionamentos com os parentes do cônjuge frequentemente 
devem-se ao fato de que os pais ou os filhos não são capazes de transformar o seu relacionamento, [...], a 
fim de que se torne uma carne. [...] Um indivíduo não pode se casar e se comportar como uma pessoa 
solteira, no que diz respeito à administração do tempo, hábitos alimentares e associação com amigos e 
parentes. No entanto, a Bíblia se concentra no mais básico de todos os relacionamentos, que é o de pai e 
filho, para enfatizar a necessidade de mudanças fundamentais, que devem ocorrer no casamento" (ADEI, 
Stephen. Seja o Líder que Sua Família Precisa. 1.ed.Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 110). 
 
SUBSÍDIO 2 
MINISTÉRIO FAMÍLIAS DE DEUS - ESTUDO PARA A FAMÍLIA 
30 
 
"Deixará ('ãzabh) raiz primitiva; soltar, i. e., abandonar, permitir etc.: - encomendar-se, entregar-se, deixar, 
abandonar, desamparar, ajudar, retirar, mudar, dar de mão. 
 
Verbo derivado de duas raízes separadas. Na Bíblia hebraica, a mais comum é 'ãzabhI, que significa partir, 
abandonar, desamparar, soltar. A palavra pode ser usada para designar a partida para um novo local (2 Rs 
8. 6) ou para separar-se de outra pessoa (Gn 44.22 Rt 1.16). Quando o pai de Zípora a encontrou sem 
Moisés, perguntou: 'Por que deixastes o homem?' (Êx 2. 20). Um homem deve deixar os seus pais para se 
casar (Gn 2. 24). Deixar na mão é uma expressão idiomática que significa confiar (Gn 39. 6). A palavra 
também pode ter uma conotação muito mais negativa. Os israelitas abandonaram suas cidades depois que 
o exército fugiu (1 Sm 31.7) o sinal supremo de derrota (e frequentemente do juízo de Deus) eram cidades 
abandonadas (Is 17.9; Jr 4.29; Sf 2.4). Os profetas conclamavam o povo para que abandonassem, antes, 
os ídolos e o pecado (Is 55.7; Ez 20.8; 23.8)" (Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. 2.ed. Rio 
de Janeiro: CPAD, p. 1834) 
 
CONCLUSÃO 
Os pais e filhos que forem fiéis ao mandamento mais antigo de Deus para a família - ao casar, deixar pai e 
mãe - desfrutarão do ciclo da vida familiar em conformidade com a vontade do Criador. E isso é muito bom 
e proveitoso. 
Obedecer às ordens do Senhor não é um peso, mas um privilégio, pois a obediência garante um futuro de 
paz e a fruição de toda a sorte de bênçãos divinas (Lv 26.3-10). 
 
HORA DA REVISÃO 
1. Qual o primeiro mandamento com promessa? 
"Honrar pai e mãe" (Êx 20.12). 
2. Segundo a lição, em que consiste o fenômeno da individuação? 
É o fenômeno através do qual um organismo se singulariza dentro da espécie, sem abandonar as 
características comuns dos seus pares. 
3. Como os pais devem tratar os seus filhos casados? 
Podem aconselhar, mas não interferir. 
4. Por que os filhos devem deixar o lar após o casamento? 
Para dar início a um novo ciclo familiar. 
5. Quais tipos de afastamentos, entre pais e filhos, devem ser feitos após o casamento? 
Afastamentos geográfico, psicológico e financeiro. 
 
 
 
 
 
 
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Lição 6 - O papel do marido na família 
TEXTO DO DIA: 
"Marido, ame a sua esposa, assim como Cristo amou a Igreja e deu a sua vida por ela." (Ef 5.25) 
SÍNTESE 
A justificação por meio da fé é acompanhada de muitos benefícios, o que motiva o crente a manter sua 
fidelidade a Deus, independente das circunstâncias. 
 
AGENDA DE LEITURA 
SEGUNDA - Gn 2.19 - Criado para ser líder 
QUINTA - Gn 22.7-9 - Isaque aceita a liderança de Abraão 
TERÇA - Êx 20.12-O dever dos filhos 
SEXTA - Ef 5.23,24 - A liderança do marido no lar 
QUARTA - 1 Pe 3.6 -Sara aceita a liderança de Abraão 
SÁBADO - 1 Tm 3.4,5 - O obreiro aprovado 
OBJETIVOS 
SABER que, por decisão divina, o marido exerce a função de líder da família, ressaltando a distinção entre 
submissão e subserviência; 
DISCORRER sobre a liderança do marido no núcleo familiar, seja ela espiritual, sobre a esposa ou sobre os 
filhos; 
APRENDER com os exemplos bíblicos de liderança familiar, sem deixar de refletir sobre as lideranças 
ineficazes. 
INTERAÇÃO 
 
Professor, vamos tocar hoje em dois pontos que talvez pareçam irrelevantes, mas que fazem muita 
diferença na Escola Dominical: pontualidade e assiduidade. É recomendável que você chegue antes de 
seus alunos e prepare o ambiente para a aula, além de recebê-los gentilmente. 
A Bíblia diz: "[...] se é ensinar, haja dedicação ao ensino" (Rm 12.7). Quanto à assiduidade, observe-se que 
o professor que ama a Escola Dominical é presença constante nela, mesmo quando não vai ministrar a 
aula, pois tem prazer de prestigiar seu colega e aprender com ele. Agindo assim, você estará demonstrando 
o valor que dá aos seus alunos, aos seus colegas docentes, bem como ao ensino bíblico e à tarefa para a 
qual foi vocacionado. Lembre-se que você é referência para eles. 
 
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA 
 
Professor, sabemos que, por decisão divina, o marido exerce a função de líder da família, e que a mulher 
deve ser submissa a ele. Contudo, é fácil confundir submissão com subserviência. Por isso, de início, 
escreva as duas palavras em tiras de papel ou de cartolina e fixe no quadro, ou em outro recurso disponível.

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