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Prévia do material em texto

www.bvbooks.com.br
Os Caminhos Sobrenaturais da Realeza revela sua 
verdadeira identidade como um filho do Rei dos reis – herdeiro real do 
eterno Reino de Deus.
Bill Johnson e Kris Vallotton denunciam a “mentalidade de mendigo” 
que muitos cristãos têm e apresenta sua herança real através do ato 
definitivo da redenção de Cristo.
Como um membro da família real de Deus você pode:
• Partilhar do poder da graça do rei e de sua misericórdia
• Pensar e agir com a autoridade dele
• Revelar as qualidades reais para as futuras gerações
• Promover a honra e a humildade – com confiança
• Cultivar seu amor pelos outros
As experiências sobrenaturais e pessoais do autor o convencerá de 
seu próprio status real e o inspirará a reivindicar do seu Pai – o Rei dos 
reis – o presente de sua herança.
Teste do Príncipe e Escravo – Somos filhos e filhas do Próprio Deus; 
portanto, não somos “escravos” no reino, mas “príncipes” e “prince-
sas”. John Maxwell (Developing the Leader Within You. Nashville, Thomas Nel-
son Publishers, 1993) projetou este teste para ajudá-lo a crescer nos 
atributos da realeza, que foram definidos e discutidos ao longo deste 
livro. Seja honesto com você mesmo e veja quem você é.
Os Caminhos Sobrenaturais
Kris Vallotton
& Bill Johnson
Bill Johnson, o autor bem-sucedido de The Supernatural 
Power of a Transformed Mind (O Poder Sobrenatural de uma 
Mente Transformada), já compartilhou os seus sólidos conhe-
cimentos bíblicos com milhares de pessoas em todo o mundo.
Kris Vallotton é o fundador da Bethel School of Super-
natural Ministry em Redding, Califórnia. Ele colidera a igreja 
Bethel Church com Bill Johnson. Ele é autor de Developing a 
Supernatural Lifestyle (Desenvolvendo um Estilo de Vida So-
brenatural) e de Basic Training for the Prophetic Ministry (Trei-
namento Básico para o Ministério Profético). Kris e Kathy estão 
casados há 31 anos e têm quatro filhos e sete netos.
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daRealeza
EDIÇÃO REVISADA
E ATUALIZADA
Os Caminhos 
Sobrenaturais da 
Realeza
Por
Kris Vallotton
&
Bill Johnson
 
A mensagem que este livro contém é tão potente que pode 
incitar uma revolução de pensamento, coração e ação no Cor-
po de Cristo! Temos experimentado uma Reforma na Igreja, 
mas agora é hora de uma Invasão Real se iniciar. O objetivo de 
Kris Valloton é demolir a “mentalidade escrava” e impulsio-
nar os verdadeiros cristãos avante em direção à verdadeira fé, 
poder e impacto. O Sobrenatural Caminho para a Realeza vai 
transformar sua vida!
– James W. Goll
Cofundador da Encounters Network; Autor de A arte perdida da intercessão, 
The Seer e The Coming Prophetic Revolution
Kris Valloton é uma das pessoas mais memoráveis que já 
conheci. Esperava que este livro fosse marcante, como de fato 
o é. É impossível identificar as fronteiras entre sua vida, sua 
mensagem e sua missão. Em Kris Valloton, todas as três se 
fundem numa impressionante e bela aventura. O leitor se-
guramente terá aqui uma experiência de mudança de vida. 
Aproveite!
– Jack Taylor
Presidente do Dimensions Ministries em Melbourne, Flórida.
O Sobrenatural Caminho para a Realeza está destinado a se 
tornar um clássico e é bem oportuno em um mundo em que 
há pouco pelo que ter esperança. O livro está repleto de uma 
esperança capaz de transportar alguém das trevas da aflição 
para o seu destino... é uma leitura indispensável.
– Dr. Myles Munroe
CEO, Ministério Bahamas Faith; Autor de Redescobrindo O Reino
Kris Valloton é um pastor com um dom profético inco-
mumente poderoso. Ele também é um amigo – um amigo de 
Deus, um amigo para Heidi e para mim, e um íntimo, e inten-
samente estimado, amigo para os estudantes da escola de mi-
nistério e para os famintos que buscam a Deus de toda parte 
que têm experimentado a alegria de serem tocados por Deus 
através do coração de Kris.
Aqueles que lerem este livro serão movidos para as profun-
dezas de seu ser pela revelação do amor de Deus trazida por 
Kris de uma forma como nunca a entenderam. Ele desvenda 
o verdadeiro evangelho que eleva os redimidos à condição de 
filho e à realeza, trazendo nesse processo vida ao coração que 
foi sufocado pelo peso da rejeição e da opressão.
– Rolland e Heidi Baker
Ministérios Iris
Uau! O inimigo realmente vai odiar este livro! Isso me faz 
amar O Sobrenatural Caminho para a Realeza ainda mais! Uma 
vez mais, o mestre na arte de contar histórias, Kris Valloton, 
juntamente com Bill Jonhson são verdadeiramente bem-suce-
didos em mostrar através das Escrituras que, no momento em 
que se recebe a Cristo, não foi apenas comprado para si algum 
pedaço de terra, Deus simplesmente lhe confia a fazenda toda 
– e isso nem mesmo foi pedido a Ele. Tudo é seu! Sem que saiba 
disso, você é o rei, o CEO, o chefe em sua herança do Reino, com 
todos os benefícios que o diabo espera que você não descubra. 
Esse livro vai ensiná-lo a viver a vida abundante que Deus pla-
nejou de antemão para você, bastando apenas abraçá-la.
–Steve Shultz
The Elijah List www.elijahlist.com
Os Caminhos 
Sobrenaturais da 
Realeza
Por
Kris Vallotton
&
Bill Johnson
 
bvbooks
VALLOTTON, Kris; JOHNSON, Bill. Os Caminhos 
Sobrenaturais da Realeza. bvbooks 2018.
ISBN 978-85-8158-176-7
1ª edição Março | 2015
2ª edição Maio | 2018
Impressão e Acabamento
Categoria Vida Cristã 
bvbooks
BV Films Editora Eireli.
Rua Visconde de Itaboraí, 311 
Centro | Niterói | RJ | 24.030-090
55 21 2127-2600 | www.bvbooks.com.br
Editor rEsponsávEl
Claudio Rodrigues
AdAptAção CApA E 
diAgrAmAção
Laércio Filho
trAdução
Lara Freitas
Fernanda Mello
Caio Amorim
Roseli Lima
rEvisão tExtuAl
Evelyn Rodrigues
Edição publicada sob permissão contratual com Destiny 
Image.
Originally published in the USA by Shippensburg, 
PA USA. The Supernatural Ways of Royalty by Kris Vallotton 
and Bill Johnson. Copyright 2006 – Bill Johnson e Kris 
Vallotton – USA
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9610/98. 
É expressamente proibida a reprodução deste livro, no seu 
todo ou em parte, por quaisquer meios, sem o devido con-
sentimento por escrito.
As passagens bíblicas utilizadas nesta obra foram, majorita-
riamente, da Bíblia King James Fiel 1611 (BKJ), salvo indica-
ção específica. Todos os direitos reservados.
Os conceitos concebidos nesta obra não, necessaria-
mente, representam a opinião da bvbooks, selo editorial 
BV Films Editora Eireli. Todo o cuidado e esmero foram 
empregados nesta obra; no entanto, podem ocorrer fa-
lhas por alterações de software e/ou por dados contidos 
no original. Disponibilizamos nosso endereço eletrônico 
para mais informações e envio de sugestões: 
faleconosco@bvbooks.com.br
Todos os direitos em língua portuguesa reservados à 
bvbooks Editora © 2015.
Impresso no Brasil | Printed in Brazil
Dedicatória
Dedico este livro a todos os Santos do mundo que, 
como José, estão tentando encontrar seu caminho 
da prisão para o palácio.
Então, Samuel contou ao povo a conduta do rei, e a escreveu em 
um livro, e o colocou diante do Senhor. E Samuel despediu todo o 
povo, cada homem para a sua casa.
(1 Samuel 10:25)
Sumário
Prefácio por Bill Johnson ..............................................................13
Reconhecimentos ..........................................................................15
Introdução .....................................................................................17
PARTE 1:
NOSSO CHAMADO REAL
Capítulo 1:
Os Apuros da Escravidão ..............................................................23
Capítulo 2:
Mendigos do Castelo ou Príncipes do Palácio ..............................27
Capítulo 3:
Masmorras e Dragões ...................................................................43
Capítulo 4:
Um Nivelamento Real (por Bill Johnson ) ....................................57
Capítulo 5:
Lagartos no Palácio .......................................................................69Capítulo 6:
Treinando para Reinar ..................................................................83
Capítulo 7:
Adivinhe Quem Vem Para o Jantar? ............................................97
PARTE II
INTRODUZINDO OS ATRIBUTOS DA REALEZA
Capítulo 8:
Super-Heróis no Santuário ................................................111
Capítulo 9:
O Caminho Até o Topo .......................................................119
Capítulo 10:
Honra: A Estrada de Tijolos Amarelos ..............................133
Capítulo 11:
A Realeza Anseia por Estar Junta .....................................149
Capítulo 12:
Defendendo os Decretos do Rei ........................................163
Capítulo 13:
Os Cães da Ruína guardam as Portas do Destino ............181
PARTE III
INTRODUZINDO A AUTORIDADE E A 
RESPONSABILIDADE DA REALEZA
Capítulo 14:
O Serviço Secreto de Sua Majestade .................................201
Capítulo 15:
Passando o Bastão (por Bill Johnson) ...............................217
Capítulo 16:
Construindo Alianças Estratégicas com 
Aliados Celestiais ...............................................................235
Capítulo 17:
Preservando o Planeta ......................................................249
Prefácio
Ao longo da história, grandes movimentos de Deus aba-
laram nações inteiras. Cada derramamento do Espírito 
acrescentou percepções e experiências necessárias que ajuda-
ram a restaurar a Igreja ao seu propósito eterno. No entanto, 
junto à nova paixão e às conversões em massa, Deus sempre 
acrescentou outro fator: um novo elemento de ofensa. Pare-
ce ser o caminho de Deus. É a Sua maneira de separar o casual 
do apaixonado, os famintos dos satisfeitos. Para o desespera-
do “todo amargo é doce”. Deus está forjando o Seu povo à Sua 
semelhança com o fogo do avivamento.
O derramamento do Espírito sempre traz uma maior cons-
ciência da nossa pecaminosidade. Alguns dos maiores hinos 
de confissão e arrependimento foram escritos durante esses 
períodos. A revelação do nosso pecado e indignidade é, po-
rém, apenas metade da equação necessária. A maioria dos avi-
vamentos não passa desse ponto e, portanto, não consegue 
sustentar um movimento de Deus até que ele se torne um es-
tilo de vida. É difícil construir algo substancial a partir de algo 
negativo. A outra metade da equação é o quão santo Ele é ao 
nosso favor. Quando se percebe isso, nossa identidade muda 
e nossa fé abraça o propósito de nossa salvação. Em algum 
momento, temos de ir além de simplesmente sermos “peca-
dores salvos pela graça”. À medida que aprendermos a viver 
a partir de nossa posição em Cristo, realizaremos as maiores 
14 Os Caminhos Sobrenaturais da Realeza
façanhas de todos os tempos. O que uma geração pode reali-
zar a partir dessa revelação está muito além da compreensão.
Os Caminhos Sobrenaturais da Realeza é uma resposta a 
tal clamor do coração – um clamor erguido pela igreja, pelo 
próprio Deus, e até mesmo pela natureza (veja Rm 8). Kris 
 Vallotton nos leva a uma viagem extremamente excitante 
através do seu testemunho e das frescas revelações das Escri-
turas que tornaram isso possível. Poucos trilharam esse ca-
minho antes. Alguns o rejeitaram com medo de se tornarem 
orgulhosos, tendo escolhido a imaturidade perpétua como re-
sultado disso. Muito do que se deseja na vida é encontrado 
na tensão entre realidades conflitantes. Assim, para os fracos 
na fé, a confiança parece ser arrogância. A fé deve se elevar 
além do padrão aceito para se tornar em um estilo de vida que 
represente com precisão o vitorioso Filho de Deus. Devemos 
confiar mais na capacidade de Deus em nos guardar do que 
confiamos na capacidade do diabo em enganar.
Kris e eu temos andado juntos em aliança por quase 28 
anos. Tenho assistido essa revelação transformadora do ho-
mem e tenho visto a graça curadora de Deus sendo derrama-
da sobre uma vida quebrantada. Hoje, Kris serve o Corpo de 
Cristo como um homem extraordinariamente dotado, um 
testemunho vivo da força de Deus sendo “aperfeiçoada na 
fraqueza”.
Este livro é uma leitura necessária para todos que dese-
jam ir além do status quo, além do estilo de vida confortável 
procurado por muitos. Este livro nos treina para a eternida-
de, agora.
– Bill Johnson
Autor de Quando o Céu Invade a Terra
Reconhecimentos
Mãe – Obrigado por me amar durante os tempos difíceis e 
por sempre acreditar em mim.
Bill Derryberry – Sua vida é uma inspiração para mim. Seu 
amor me trouxe plenitude.
Nancy – Você ajudou a tornar meus sonhos realidade.
Danny, Dann, Charlie, Steve e Paul – Vocês ajudaram a 
moldar minha vida, minhas ideias e meu destino. Obrigado.
Vanessa e Allison – Obrigado pelas centenas de horas que 
vocês se entregaram a este trabalho. Este livro nunca teria 
acontecido sem o talento e o apoio de vocês.
Time Bethel – Uau! Vocês são incríveis! É um privilégio 
servir com todos vocês.
Bill e Beni – Todos precisam de amigos como vocês, que es-
tendem sobre a graça em tempos difíceis e que veem bondade 
nos anos escuros. Estou em dívida com vocês pelo resto da mi-
nha vida. Vocês dois alteraram o curso da história da minha fa-
mília. Bill, obrigado por escrever este primeiro livro comigo.
Earl – Embora você tenha ido para casa, sua vida continua 
através de mim. Obrigado por me adotar. Sou eternamente 
grato pela herança.
Kathy – Você é a mulher dos meus sonhos!
Introdução
Indigentes a Príncipes 
O Conto de Um Rei.
A escravidão é relegada aos filhos de um deus menor. É a 
condição de escravos que ainda têm de descobrir sua li-
berdade no outro lado do rio do batismo e ainda se encon-
tram presos pelo príncipe negro da tortura e do tormento. É 
ele que os leva a uma vida de pobreza, dor e depressão através 
de um jogo diabólico de ilusão. Ele espera conseguir esconder 
sua verdadeira identidade para sempre. Esse mal príncipe ali-
menta seus cativos com as venenosas rações da religião, con-
vencendo-os de que vão saciar a fome de suas almas por jus-
tiça. Esses escravos, de olhos vendados pelo próprio pecado, 
pensam que estão trabalhando pela própria liberdade e se es-
forçam para pavimentar o caminho para fora da prisão com ti-
jolos construídos a partir do barro de lodo da justiça própria. 
No entanto, sem saber, eles estão construindo suas próprias 
câmaras de morte tijolo por tijolo. Pior ainda, dentro da mes-
ma escuridão eles dão à luz filhos, gerando, por fim, legados 
de escravidão a partir da mentalidade de desesperança.
No entanto, em uma colina lá longe, um Cordeiro que vi-
rou Leão desceu a esse campo de extermínio através do por-
tal do Gólgota. Forçando Sua entrada pelas portas do inferno, 
18 Os Caminhos Sobrenaturais da Realeza
Ele enfrentou o príncipe das trevas na mãe de todas as ba-
talhas. Com três cravos e uma coroa de espinhos, o Capitão 
do Exército derrotou o diabo, desarmando eternamente suas 
armas de destruição: o pecado, a morte, o inferno e a sepul-
tura. O pecado não pôde seduzi-Lo, a morte não pôde derro-
tá-Lo, o inferno não pôde mantê-Lo e a sepultura não pôde 
segurá-Lo. Com testemunhas oculares e guerreiros a serviço, 
Ele foi levantado da superfície da terra. O planeta estremecia 
para liberar seus cativos enquanto o Céu trovejava por receber 
seu tesouro. Eles não estavam esperando apenas a redenção 
das almas resgatadas, mas a coroação dos filhos que estavam 
para ser revelados. Pois, pelo Seu sangue, o Santo do Resplen-
dor comprou podres e esfarrapados pecadores, recriando-nos 
como Seus justos, Santos reis em exercício.
Não somos apenas soldados da cruz; somos herdeiros do 
trono. A natureza divina permeia nossa alma, transforma 
nossas mentes, transplanta nossos corações e transfigura 
nossos espíritos. Fomos feitos para sermos vasos de Sua gló-
ria e veículos de Sua luz.
Talvez sejamos mais bem exemplificados pela linda filha 
que vai subir ao trono através do casamento, porque ela está 
noiva do Príncipe da Paz. A Câmara Nupcial está sendo cons-
truída, a festa está sendo preparada e a Noivaestá se apron-
tando. Alternativamente, podemos ser chamados Filhos de 
Deus, Noiva Comprometida, Sacerdócio Real, Menina dos 
Seus Olhos e uma Nova Criação, mas, acima de tudo, uma 
coisa é certa: nós temos cativado o coração do nosso Amado. 
 Ardendo de desejo, Ele montou em Seu cavalo branco, reuniu 
uma comitiva majestosa e está fazendo Seu caminho em dire-
ção ao planeta!
Entretanto, de volta à terra, o povo de Deus está se er-
guendo e começando a brilhar nesta presente escuridão. Seu 
Exército Real está espalhando a glória do Rei sobre toda a 
terra enquanto tomamos o domínio deste planeta de volta 
do derrotado. Equipados com a luz do Pai, Seus filhos estão 
Introdução 19
encontrando o tesouro enterrado no coração dos homens, 
que antes estava coberto por rochas de ofensa, espinhos de 
traição e relíquias de religião. Armados com o poder do Es-
pírito Santo e comissionados a representar o Filho do Rei, 
estamos curando os enfermos, ressuscitando os mortos e de-
salojando demônios. Como resultado, escravos estão se tor-
nando príncipes e o reino deste mundo já está se tornando o 
Reino do nosso Deus!
Parte 1: 
Nosso Chamado Real
Capítulo 1
Os Apuros da Escravidão
A terra não pode suportar quando 
um escravo se torna rei sobre ela
Tudo começou em um dia reluzente de verão no primei-
ro ano do novo milênio, quando Nancy, minha assisten-
te pessoal, entrou em meu escritório parecendo bastante per-
turbada. Depois de uma conversa curta decidi arriscar per-
guntar-lhe o que a estava incomodando. Nancy tem uma re-
putação de dizer a verdade. Com seu olhar penetrando minha 
alma, ela disse: “Às vezes você diz coisas que ferem os sen-
timentos das pessoas. Você é importante para as pessoas ao 
seu redor, e parece completamente inconsciente do quanto 
as pessoas valorizam o que pensa delas. Você está devastan-
do as pessoas com suas palavras.” Ela continuou, lembrando-
-me de um comentário que tinha feito anteriormente. Acha-
va que estava sendo engraçado, mas, ao invés disso, aparen-
temente eu tinha feito dela a minha última vítima. Pedi-lhe 
desculpas, mas, honestamente, eu realmente não pensei mui-
to naquilo. Afinal, pensei, Nancy é muito sensível e eu tinha fica-
do acostumado a ser “mal compreendido” a maior parte da minha 
vida. Dei prosseguimento ao meu dia e praticamente esqueci-
-me da nossa conversa.
Naquela noite, ao ir para a cama e adormecer, eu tive um 
sonho. No sonho, uma voz repetia esta passagem das Escritu-
ras: “Por três coisas se inquieta a terra; e por quatro que ela não 
consegue suportar: Pelo servo, quando reina” (Pv 30:21-22a). 
24 Os Caminhos Sobrenaturais da Realeza
Às três da manhã, eu acordei me sentindo tonto, mas com um 
profundo sentimento de pesar. Sentei-me contra a cabeceira e 
tentei reunir meus pensamentos.
Então, ouvi o Senhor, que também parecia triste, pergun-
tar-me: “Você sabe por que a terra não pode suportar quando 
um escravo se torna rei sobre ela?”
“Não”, eu disse: “Mas tenho a sensação de que Você vai me 
dizer.”
O Senhor continuou: “Um escravo nasce na insignificância. 
Enquanto cresce, ele aprende com a vida que não tem qual-
quer valor e que suas opiniões realmente não importam. Por-
tanto, quando se torna um rei, ele é importante para o mundo 
em torno de si, mas ainda se sente insignificante em seu rei-
no interior. Em consequência disso, ele não mede suas pala-
vras ou a maneira como se comporta. Ele acaba por destruir 
as pessoas que é chamado a liderar. Você, meu filho, é um es-
cravo que se tornou um rei.”
Através das primeiras horas da manhã, o Senhor começou a 
me ensinar sobre a minha identidade de príncipe. Ele me levou 
a vários trechos das Escrituras e me mostrou o quão importan-
te é que Seus líderes se portem como príncipes e princesas, por-
que somos filhos e filhas do Rei. O primeiro exemplo que Ele 
me mostrou foi o de Moisés. Ele me perguntou: “Você sabe por 
que Moisés teve que ser criado na casa de Faraó?”
Eu respondi: “Não.”
“Moisés nasceu para liderar a libertação dos israelitas da 
escravidão. Moisés teve que ser criado na casa de Faraó para 
que pudesse aprender a ser um príncipe e não ter uma men-
talidade de escravo. Um líder que é escravo internamente não 
pode libertar aqueles que estão na escravidão exterior. Os 
primeiros 40 anos da vida de Moisés foram tão importantes 
quanto os 40 anos que passou no deserto.”
Quando o Senhor disse isso foi aberta para mim uma porta 
para a experiência de Moisés. Comecei a imaginar o que deve 
Os Apuros da Escravidão 25
ter sido para ele ser criado como um filho do rei. Ele sempre 
devia estar certo de que era importante. Ele devia estar acos-
tumado a ter as pessoas prestando atenção ao que ele dizia e 
fazia. Ele devia ter se acostumado a ser aceito e amado. Estou 
certo de que todos riam de suas piadas, mesmo quando elas 
não eram engraçadas!
Por Moisés saber que era importante, ele tinha confiança. 
Vi que, sem essa confiança, ele provavelmente nunca se senti-
ria capacitado a fazer qualquer coisa para ajudar seus irmãos 
hebreus. Na verdade, se ele tivesse sido criado como um es-
cravo poderia nunca ter-lhe ocorrido fazer qualquer coisa a 
respeito da injustiça que percebeu. Como um príncipe e um 
hebreu, o contraste entre a sua situação e a deles criou um 
conflito em sua alma a respeito do qual ele tinha que fazer 
algo. Era injusto ele ser bem tratado e eles não. Eles também 
eram importantes.
Infelizmente, quando tentou intervir para ajudá-los pela 
primeira vez, a mentalidade de escravos deles os impediu de 
entender de onde ele havia sido enviado. Ele pensou que eles 
mereciam ser tratados como ele era, mas eles pensaram que 
ele estava apenas tentando ser importante quando realmen-
te não era: “Quem fez de você um príncipe?” As mentalidades 
estavam em completo conflito.
Quanto mais eu pensava sobre o tipo de pessoa que Moi-
sés devia ter sido, mais via o tipo de pessoa que podemos ser 
quando somos ensinados que somos importantes e quando 
não somos inseguros sobre quem somos. Também percebi 
que não era como Moisés. Como vou descrever no próximo 
capítulo, não cresci com a ideia de que eu era importante. Isso 
me levou a desenvolver um conjunto de comportamentos que 
alguém como Moisés provavelmente nunca teria apresenta-
do. Mesmo depois que eu fui salvo, muitos desses comporta-
mentos ficaram por perto. Vi que o confronto de Nancy era 
sobre mais do que simplesmente ela ser sensível e eu ser mal 
interpretado, que foi o jeito que quis interpretar. Era sobre 
26 Os Caminhos Sobrenaturais da Realeza
fazer coisas que sempre fiz, mas que já não são consistentes 
com o que Deus diz que eu sou.
Mais importante, vi que se continuasse a fazer essas coi-
sas iria, finalmente, como o Senhor tinha dito, destruir as 
pessoas que estava tentando liderar. Sabia que esse confron-
to seria provavelmente um dos muitos que viriam na estra-
da para sair da escravidão e entrar na minha identidade como 
um príncipe. Também sabia que se não começasse a andar por 
esse caminho isso custaria tremendamente não apenas para 
mim, mas também para aqueles ao meu redor.
Este livro compartilha as experiências e revelações que o 
Senhor tem usado para me ensinar como deixar a escravidão 
para trás e pensar, agir e andar na autoridade e no poder do 
meu chamado real e sacerdotal. Haja vista que essa formação 
começou quando eu estava em uma posição de liderança em 
minha igreja, o Senhor deixou claro que o que estava apren-
dendo não era só para me transformar, mas para me equipar 
para ajudar a promover uma cultura de realeza ao meu re-
dor. Isso resultou em ter o privilégio de supervisionar uma 
escola de ministério, onde o objetivo principal é ensinar aos 
crentes como andar como príncipes e princesas. Antes de co-
meçarmos a escola, o Senhor me disse: “Eu quero que você en-
sine aos alunos como se comportar na presença da realeza. 
Elessão chamados à realeza, para influenciar, e para gover-
nar e reinar. Como precursores, vou fazer de vocês um povo 
de influência.”
O objetivo deste livro é compartilhar a revelação que o Se-
nhor me deu e que agora repasso aos meus alunos e às igrejas 
que supervisiono. Oro para que, enquanto vem comigo nesta 
jornada, você descubra sua própria identidade como um prín-
cipe ou princesa e comece a experimentar de todos os benefí-
cios de viver no palácio do Rei!
Capítulo 2
Mendigos do Castelo ou 
Príncipes do Palácio
Você sempre vai reproduzir ao seu redor o 
ambiente que cultiva dentro de si.
– Sofrendo a Perda –
Nos meses seguintes ao meu encontro com Nancy, desco-
bri que as raízes da mentalidade escrava poderiam ser 
rastreadas por todo o caminho de volta à minha concepção. 
As circunstâncias do meu nascimento e da minha educação 
me levaram a acreditar em mentiras sobre mim mesmo que 
me afastaram da realidade da minha identidade em Cristo.
Minha mãe liderava as líderes de torcida do ensino médio 
e meu pai era a estrela dentre os jogadores de futebol quando 
eles se apaixonaram um pelo outro. Foi um caso de amor de 
conto de fadas até que minha mãe ficou grávida de mim fora 
do casamento. Era década de 1950, época em que a sociedade 
via a imoralidade com olhos muito piores que hoje. Quando o 
meu avô (pai da minha mãe) descobriu que ela estava grávida, 
renegou tanto a minha mãe quanto o meu pai, apesar de eles 
terem fugido e casado antes de eu nascer.
Um ano depois, meu pai surpreendeu meu avô surgindo na 
porta dos fundos de sua casa. Antes de o meu avô ter a chance 
de mandá-lo embora, meu pai caiu de joelhos e implorou por 
seu perdão. Meu avô o perdoou naquela manhã, mas nenhum 
deles sabia do desastre que viria em breve.
28 Os Caminhos Sobrenaturais da Realeza
Dois anos mais tarde, apenas um ano após a minha irmã 
nascer, meu pai estava pescando quando uma enorme tem-
pestade veio de repente e virou o barco. Meu pai salvou meu 
tio, levando-o para a margem, e depois voltou para recupe-
rar o barco. Ele nunca mais voltou. Meu pai se afogou naque-
la noite tempestuosa em 1958. Naquela mesma noite, uma 
equipe de busca e salvamento foi organizada para encontrar 
meu pai. Por volta da meia-noite, meu avô o retirou da parte 
inferior da represa Anderson. A minha vida e a vida da minha 
família foram mudadas para sempre.
A morte do meu pai criou um profundo sentimento de per-
da e de medo do abandono em minha alma. Logicamente, 
crianças de três anos de idade não entendem qual é o signifi-
cado da palavra morte. Tudo o que sabia era que ele tinha ido 
embora e eu temia que minha mãe viesse a ser a próxima. Por 
muitos anos depois disso, levantava-me várias vezes ao lon-
go da noite e andava até o quarto da minha mãe, verificando 
se ela ainda estava lá. Anos mais tarde, ela me disse que fre-
quentemente acordava e me encontrava em pé ao lado da sua 
cama, apenas olhando para ela.
– Da Tragédia ao Lixo –
Minha mãe se casou de novo duas vezes. Nosso primei-
ro padrasto entrou em nossas vidas quando eu tinha cin-
co anos de idade. Ele deixou claro para a minha irmã e para 
mim que ele se casou com a minha mãe, e nós éramos apenas 
a bagagem que veio junto com o prêmio. Para piorar a situa-
ção, ele era um alcoólatra violento. A brutalidade tornou-se 
um modo de vida para nós. As regras de casa para a sobrevi-
vência eram: “Calem a boca e fiquem fora do caminho.” Meu 
padrasto costumava dizer: “Crianças são para serem vistas, 
não ouvidas.” Seu ponto era claro: “Você não é importante, 
ninguém se preocupa com você, e ninguém dá a mínima para 
o que você pensa.”
Mendigos do Castelo ou Príncipes do Palácio 29
Mesmo quando ficávamos fora de problemas, ainda não sa-
bíamos com que tipo de humor ele estaria. Uma vez, enquan-
to estava bêbado, ele me segurou com uma mão, puxou minha 
calça para baixo, e começou a me bater com a fivela do cinto. 
O sangue começou a correr por ambas as minhas pernas. Mi-
nha mãe, gritando e chorando, finalmente conseguiu me levar 
para longe dele.
Além de ser fisicamente abusivo, meu padrasto parecia ter 
uma agenda para nos livrar de todas as nossas memórias do 
meu pai real. Ele era muito ciumento com relação ao amor da 
minha mãe, e vinha nos atormentar quando ela nos mostra-
va qualquer carinho. Destruiu todos os pertences do nosso 
pai e nos proibia de ver qualquer um dos parentes do nosso 
pai. Olhando para trás, posso ver que o diabo o estava usando 
para destruir nossas identidades. Minha mãe finalmente se 
divorciou dele quando eu tinha 13 anos de idade.
Quando eu tinha 15 anos, minha mãe voltou a se casar no-
vamente. Miseravelmente, as regras da casa permaneceram 
as mesmas. A violência continuava e a sobrevivência depen-
dia de que todas nós, as crianças, nos tornássemos invisíveis e 
permanecêssemos imperceptíveis.
Infelizmente, sei que o que experimentei ao crescer é mui-
to comum. As circunstâncias podem ser diferentes, mas aque-
les de nós que experimentaram o abandono e o abuso em 
nossa juventude, mesmo que isso tenha sido simplesmente 
o ter nascido de “forma prematura” como eu fui, interioriza-
mos a mensagem de que somos vergonhosos, não desejados e 
insignificantes. O resultado dessas mentiras é que podemos 
desenvolver padrões de comportamento que são projetados 
para nos proteger de um mundo hostil. Porque já experimen-
tamos ataques nos níveis mais fundamentais da nossa iden-
tidade, pensamos que temos que fazer o que for preciso para 
matar a dor e, simplesmente, sobreviver.
30 Os Caminhos Sobrenaturais da Realeza
Uma das minhas táticas de sobrevivência foi desenvolver 
um senso de humor sarcástico. Meu humor girava em tor-
no de trazer as pessoas para baixo e fazer com que se sentis-
sem estúpidas e insignificantes. Claro que, normalmente, não 
percebia que estava fazendo com que elas se sentissem mal, 
mas, inconscientemente, pensava que destruir a autoestima 
das outras pessoas me ajudaria a me sentir melhor comigo 
mesmo. Eu brincava com as pessoas sobre suas deficiências, 
pensando que estava apenas sendo engraçado, mas cada riso 
custava a alguém um pedaço de seu coração.
Mesmo tendo encontrado Cristo aos 18 anos, passaram-
-se muitos anos antes que eu começasse a tratar a minha 
baixa autoestima. Como resultado, meu comportamento con-
tinuou e eu ainda não tinha ideia do quanto estava devastan-
do as pessoas com o meu humor. Deveria ter compreendido 
isso, porque eu era a principal vítima do meu próprio humor. 
Frequentemente, fazia das minhas falhas a força das minhas 
próprias piadas. Eu tinha ficado acostumado a me sentir mal 
comigo mesmo por um longo tempo. A cultura da dor aprisio-
nou a minha alma dentro de mim, mas o Senhor estava deter-
minado a me ajudar a fugir dessa prisão.
– Aprendendo a Amar a Si Mesmo –
Quando Nancy me confrontou sobre os danos que meu hu-
mor estava causando, percebi que não era apenas uma chama-
da para despertar para o fato de que eu estava machucando as 
pessoas. A maior revelação, para mim, foi a de que as pessoas 
valorizavam o que eu tinha a dizer. Sempre acreditei no que o 
meu padrasto tinha plantado em mim: as pessoas realmente 
não se importavam com o que eu pensava ou dizia. A consta-
tação de que eu tinha valor iniciou o processo de desenrai-
zamento das mentiras a meu respeito nas quais acreditava e 
me ajudou a descobrir quem eu realmente era. Deus havia me 
chamado de príncipe, e percebi que o encontro com Nancy e 
Mendigos do Castelo ou Príncipes do Palácio 31
a interação que tive com o Senhor seria apenas o primeiro de 
muitos passos que Deus usaria para me levar para fora da mi-
nha prisão e para dentro do Seu palácio.
Eu tive outro encontro, cerca de um ano mais tarde, que se 
tornou o próximo passo na minha jornada para fora da escra-
vidão. Tudo começou em uma noite fria de inverno de um do-
mingo de dezembro. Cheguei atrasado à igreja e, quando abri 
a porta da frente do edifício, o vento quase arrancou a por-
ta de suas dobradiças. A reuniãode oração já estava em anda-
mento quando entrei no local. Cerca de cem pessoas estavam 
orando apaixonadamente, por isso tentei me mover sem fa-
zer barulho de modo a não perturbar a reunião. Ao que passei 
pela porta, Bill, nosso líder sênior, cumprimentou-me. Ele ti-
nha o sorriso mais estranho de todos no rosto. Ele me entre-
gou algo que estava dobrado ao meio. Fiquei confuso com sua 
expressão enquanto olhava para o pedaço de papel. Finalmen-
te, percebi que era um cheque, mas meus olhos incrédulos lu-
tavam para comunicar o montante ao meu cérebro. Enquanto 
ficava claro para mim, comecei a gritar: “Alguém acabou de 
me dar três mil dólares! Ei, pessoal, alguém acabou de me dar 
TRÊS MIL DÓLARES!”’
Bill, rindo histericamente, disse: “É melhor você olhar para 
o cheque novamente!” Olhei para o cheque de novo e percebi 
que nele estava, de fato, escrito TRINTA MIL DÓLARES! Eu 
quase desmaiei.
Comecei a saltar para cima e para baixo, gritando: “Trinta 
mil dólares! Alguém acabou de me dar TRINTA MIL DÓLA-
RES!” Estava tão atordoado que, durante vários minutos, mal 
podia falar. Olhei para a assinatura e percebi que nem sabia 
quem era a pessoa que tinha me dado o dinheiro. Esse mistério 
definitivamente engrossava o enredo e trazia mais entusiasmo.
Muitos dias se passaram antes de eu finalmente descobrir 
a identidade do homem benevolente. Ele era novo em nos-
so círculo de comunhão e tinha participado de uma classe em 
32 Os Caminhos Sobrenaturais da Realeza
que eu tinha ensinado anteriormente naquele mesmo ano. 
Uma noite, enquanto orava, ele sentiu o Senhor dizer-lhe 
para me dar uma parte de sua herança.
Escrevi-lhe um cartão para expressar minha gratidão, mas 
a coisa mais estranha aconteceu em seguida. Evitei esse ho-
mem completamente durante vários meses depois de ele ter 
me dado esse presente inacreditável.
Primeiramente, o que eu estava fazendo não era tão ób-
vio, mas, com o passar do tempo, tornou-se mais evidente. Eu 
o via em uma determinada sala da igreja, virava e andava em 
outra direção.
Em uma ocasião, corri para o banheiro dos homens, pergun-
tando-me se conseguiria chegar lá a tempo e, assim que entrei 
no banheiro, notei que ele estava lá. Ele estava de costas para 
mim e não tinha me visto, então eu corri para fora. Tive que 
correr todo o caminho até o outro lado do edifício para encon-
trar outro banheiro. Enquanto estava correndo ao redor do pré-
dio, um pensamento me ocorreu: “Algo está errado comigo!” Eu 
realmente não tinha a menor ideia de por que estava me com-
portando de forma tão estranha, e isso me incomodou.
Quando fui para a cama naquela noite, eu não conseguia 
dormir. Estava frio e escuro, e o vento estava uivando. Parecia 
que eu estava lá desde sempre. Fiquei olhando para o relógio, 
esperando o dia amanhecer, me mexendo, me virando e pon-
derando sobre o porquê de eu estar me comportando de modo 
tão peculiar. Eu não conseguia tirar o meu pobre comporta-
mento de fora da minha cabeça. Minha mente voltou-se para 
as outras vezes ao longo dos anos em que eu tive os mesmos 
sentimentos em relação a outras pessoas que me valorizaram 
de uma forma especial. Pensei sobre quantos desses relacio-
namentos eu tinha sabotado ao não permitir que as pessoas 
me amassem. Percebi que amava presentear as pessoas, mas 
nunca gostava de receber delas. Ainda assim, o meu compor-
tamento não fazia sentido.
Mendigos do Castelo ou Príncipes do Palácio 33
Finalmente, em desespero, busquei o Senhor em oração: 
“Senhor, você sabe o que está errado comigo?”
“Sim,” Ele respondeu imediatamente.
“O que é?” Perguntei com cautela.
“Você realmente quer saber?” Ele perguntou.
Essa foi uma pergunta reveladora. Estava realmente bas-
tante nervoso sobre descobrir o que havia de errado comi-
go, porque eu tinha vivido na negação por um longo tempo. 
John Maxwell certa vez disse: “As pessoas mudam quando se 
machucam tanto que têm de mudar, aprendem o suficiente a 
ponto de quererem mudar, ou recebem o suficiente para se-
rem capazes de mudar.” Reconheci que estava me machucan-
do tanto que precisava mudar!
“Sim, eu quero, Senhor,” eu respondi.
Jesus disse: “O problema é que você não se ama o suficiente 
para se sentir digno de trinta mil dólares. Você está com medo de 
que, se aquele cara generoso viesse a conhecê-lo, ele se arrepende-
ria de ter-lhe dado o dinheiro. É por isso que não quer que ele che-
gue perto.”
Minha ansiedade foi crescendo. Eu já não podia negar que 
precisava de ajuda. Perguntei: “O que devo fazer?”
“Aprenda a amar a si mesmo tanto quanto Eu o amo. Quando 
o fizer, você vai esperar que as pessoas o amem mais à medida que 
elas começarem a conhecê-lo melhor!” Ele respondeu.
Estava atordoado. Não podia acreditar no que era a raiz do 
meu problema. Até esse ponto, o amor que não tinha por mim 
mesmo nunca tinha sido exposto assim. Eu sabia que os ou-
tros me amavam (especialmente minha esposa e filhos), e eu 
sabia que o Senhor me amava. Não tinha percebido que eu 
não me amava.
Através daquela experiência, aprendi que sempre que al-
guém nos valoriza mais do que valorizamos a nós mesmos 
tendemos a sabotar nosso relacionamento com essa pessoa. 
34 Os Caminhos Sobrenaturais da Realeza
Secretamente, não queremos que elas cheguem perto o sufi-
ciente para saberem que não somos tão bons quanto elas pen-
sam que somos.
Da minha observação como pastor, um dos melhores 
exemplos disso são os adultos solteiros que estão procu-
rando uma companhia e não conseguem encontrar a “pes-
soa certa” ou alguém “suficientemente bom”. Muitas dessas 
pessoas têm problemas em ir além da amizade com o sexo 
oposto e, quando a amizade começa a quebrar os limites ex-
teriores de seus corações, entrando no átrio interior de suas 
almas, elas começam a fazer coisas para destruir o relaciona-
mento. Elas têm medo de que seu amado venha a olhar pro-
fundamente dentro delas e veja as imperfeições que estão 
convencidas de que ele verá. É com o tempo que aprendemos 
a amar a nós mesmos da maneira que Deus nos ama e a nos 
vermos com os olhos de nosso Pai.
– Nunca o Suficiente –
Há outra mentira que impede os escravos de experimen-
tarem a verdade de sua identidade em Cristo. Mencionei 
anteriormente que, quando se é treinado para se sentir insig-
nificante, você desenvolve habilidades de sobrevivência para 
tentar evitar a dor dessa realidade. Um escravo se utiliza de 
habilidades de sobrevivência, porque acredita que a vida é um 
grande mundo de “cada um por si”. Essa mentalidade de po-
breza é o principal atributo de um escravo. Quer um escravo 
tenha experimentado a pobreza em suas finanças ou no amor 
e na afirmação, todos os escravos têm a crença comum de que 
nunca haverá o suficiente para eles. Eles vivem no medo, lu-
tando com a sensação de que o poço está prestes a secar.
Deus nunca teve a intenção de que vivêssemos na pobre-
za em qualquer área de nossas vidas. A Bíblia está cheia de 
promessas de provisão de Deus para o Seu povo. Salomão dis-
se: “Eu fui jovem, e agora eu sou velho; ainda assim eu não vi 
Mendigos do Castelo ou Príncipes do Palácio 35
o justo abandonado, nem a sua semente mendigando o pão.” 
(Sl 37:25). Jesus deixou isso ainda mais claro quando disse:
Por isso eu vos digo: Não vos preocupeis pela vossa vida, 
pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem 
quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida 
mais do que a comida, e o corpo mais do que o vestuário? Olhai 
para as aves do céu; pois elas não semeiam, nem colhem, nem 
ajuntam em celeiros; e vosso Pai celeste as alimenta. Não sois 
vós muito melhores do que elas? Mas quem de vós, com suas 
preocupações, poderá acrescentar um côvado à sua estatura? E 
quanto as vestes, por que vos preocupeis? Olhai para os lírios 
do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam; e eu 
vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, vestiu-
-se como um deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, 
que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vestirámuito 
mais a vós, Oh pequena fé? Portanto, não fiqueis cuidadosos, 
dizendo: O que comeremos ou o que beberemos, ou com que 
nos vestiremos? (Porque todas estas coisas os gentios buscam). 
Porquanto vosso Pai celeste sabe que necessitas de todas estas 
coisas. Mas buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, 
e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não fiqueis cui-
dadosos, pois, com o amanhã, porque o amanhã cuidará de si 
mesmo. Suficiente é ao dia o seu próprio mal. (Mt 6:25-34).
– As Aventuras de Eddie –
Quando minha esposa, Kathy, e eu adotamos o nosso fi-
lho Eddie, vi em primeira mão como a mentalidade de po-
breza pode conduzir as pessoas a viverem em uma realidade 
que as cega tragicamente para a prosperidade que Deus pre-
tende dar-lhes. Eddie cresceu na pobreza material, mas suas 
atitudes e comportamento tipificam a mentalidade de sobre-
vivência que pode ser vista em pessoas que crescem em lares 
financeiramente estáveis, mas experimentam a escassez em 
outras áreas de suas vidas.
36 Os Caminhos Sobrenaturais da Realeza
Em 1990, começamos a trabalhar com o Departamento de 
Condicional do Condado de Trinity, em Lewiston, California. 
O Departamento ordenou a todas as crianças que estavam em 
liberdade condicional em Lewiston que viessem ao nosso gru-
po de jovens. Duas vezes por semana jogávamos basquete-
bol e voleibol e, no intervalo, eu pregava para eles. Eddie era 
um jovem de 14 anos de idade que vinha toda semana. A mãe 
e o pai de Eddie eram ambos viciados em drogas, de modo 
que Eddie foi largado para se erguer por conta própria. Ele era 
um garoto alto, de pele morena e cabelos castanhos. Embora 
não estivesse em liberdade condicional, ele gostava de jogar 
basquete com a gente. Ele frequentava os projetos junto com 
as crianças rudes, mas geralmente era muito calado. Pouco a 
pouco chegamos a conhecê-lo.
Cerca de um ano depois que conhecemos Eddie, decidimos 
tentar adotá-lo. Fizemos algumas pesquisas e descobrimos 
que havia duas maneiras de ganhar a custódia dele. Podería-
mos convencer seus pais divorciados a assinarem a custódia 
para nós ou poderíamos ir ao tribunal e lutar por ele. Decidi-
mos tentar convencer seus pais.
Levei Eddie ao apartamento de sua mãe, como tinha feito 
muitas vezes antes (ele costumava ficar com a gente aos fins 
de semana), mas dessa vez fui até a porta com ele. Meu cora-
ção estava disparado e percebi que não havia luzes acesas lá 
dentro. Pensei que ninguém estava em casa, mas enquanto 
Eddie forçava para abrir a porta eu podia ver uma figura sen-
tada no chão, encolhida perto do canto da sala escura. Era a 
sua mãe. Não havia móveis e era nojento além de qualquer 
descrição. A sala estava congelando. Soube mais tarde que 
eles não tinham eletricidade há meses.
Sua mãe estava obviamente passando por uma “ressaca” 
depois do êxtase da droga. Ela estava tremendo, com seus 
olhos imóveis em círculos pretos profundos, e seu cabelo em-
baraçado e fibroso. Ela olhou para mim e perguntou: “O que 
você está fazendo aqui?”
Mendigos do Castelo ou Príncipes do Palácio 37
“Eu quero a custódia do seu filho,” eu disse, nervoso.
Ela olhou para Eddie, que estava segurando as lágrimas: 
“Ok, você pode ficar com ele!” Ela disse, baixando a voz em 
vergonha enquanto assinava os papéis da custódia.
Saímos de lá e dirigimos para Lewiston para falar com o pai 
de Eddie. O ambiente no carro estava tranquilo, enquanto mi-
nha mente era inundada pelas imagens do que tinha acaba-
do de ver. Meu coração estava pesado e partido. Perguntei-me 
quantos “Eddies” mais haveria lá fora no mundo. Eu só podia 
esperar o melhor quando imaginava como o seu pai seria.
Cerca de 30 minutos depois, chegamos à casa de seu pai. 
Parecia uma casa típica de usuários de drogas. O jardim da 
frente estava recheado de carros antigos e lixo. Quando nos 
aproximamos da porta da frente, meu coração disparou e 
vi que a porta já tinha sido aberta. Eddie entrou na minha 
frente e eu o segui. Enquanto entrávamos na casa, notei que 
havia vários homens e mulheres sentados no chão. Alguns 
outros estavam deitados em sofás. A sala estava cheia de fu-
maça. Um homem pequeno e forte, coberto de tatuagens, 
estava olhando para nós.
Ele disse, com voz irritada: “O que você quer?” Eu mal con-
seguia encontrar palavras, meu coração parecia estar batendo 
fora do meu peito.
“Eu quero a custódia do seu filho”, eu soltei.
Ele olhou para Eddie, que estava envergonhado, e disse: 
“Você quer viver com ele?” Ele perguntou.
“Sim,” respondeu Eddie.
“Tudo bem, pode me dar os papéis que vou assiná-los!” Ele 
rabiscou sua assinatura em letras grandes e jogou os papéis de 
volta para mim.
Partimos imediatamente. Fiquei contente de sair de lá 
sem arrumar briga, e Eddie estava animado para começar 
sua nova vida.
38 Os Caminhos Sobrenaturais da Realeza
O ano seguinte foi repleto de muitas risadas e um monte 
de lágrimas enquanto Eddie se ajustava ao seu novo estilo de 
vida. Pouco a pouco, começamos a reconhecer as característi-
cas da mentalidade de pobreza em Eddie. Isso, obviamente, 
tinha sido formado em seu coração durante sua dura infância.
Jantamos juntos como família na maior parte do tempo. 
Enquanto comíamos nossas refeições, Eddie mantinha o olho 
no alimento que sobrava. Sempre havia muito, mas Eddie pa-
recia preocupado que fosse faltar. Quando as tigelas eram 
esvaziadas em cerca da metade delas, ele enchia o prato nova-
mente e, em seguida, escondia comida em torno do seu pra-
to e em seu guardanapo. O resto de nós apenas fingia que não 
percebia, mas isso nos deixava tristes.
O primeiro Natal de Eddie com a gente foi emocionante. 
Aprendemos que ele realmente nunca tinha tido um Natal, 
porque sua mãe vendia todos os presentes que ele recebia para 
adquirir drogas. Decidimos ir ao extremo e encher as crianças 
de presentes. Gastamos centenas de dólares e distribuímos o 
dinheiro igualmente entre todos eles. Havia tantos presentes 
que mal podíamos ver a árvore.
Finalmente, o dia de Natal veio e sentamos juntos para 
abrir os presentes. A família toda estava tendo uma explosão 
de alegria ao assistir Eddie abrir os presentes. Ele era como 
uma criança pequena. O único problema era que ele não dei-
xava ninguém pegar seus presentes uma vez que eles fossem 
abertos. Mais tarde, à noite, depois do jantar, Eddie sussur-
rou algo no ouvido de Kathy. Kathy preparou meias para cada 
uma das crianças e as encheu de pequenos presentes. Jason e 
Eddie tinham histórias em quadrinhos em suas meias. O úni-
co problema era que ela tinha colocado acidentalmente qua-
tro livros na de Jason e apenas dois na de Eddie. Eddie queria 
saber por que Jason recebeu mais do que ele.
Eddie sempre estava com medo de que não teria o sufi-
ciente. Um espírito de pobreza geralmente conduz escravos 
Mendigos do Castelo ou Príncipes do Palácio 39
a desenvolverem uma mentalidade de sobrevivência. O medo 
da falta é baseado em mentiras e, até que essas mentiras se-
jam quebradas, as pessoas não conseguem reconhecer a pro-
visão de Deus em suas vidas. Quando Eddie se tornou parte 
da nossa família, tinha tudo o que precisava e queria. Sua ve-
lha vida se foi. Contudo, até que deixasse de acreditar naque-
las mentiras ele não conseguiria relaxar e aproveitar a vida 
com a gente. Felizmente, Eddie está livre de sua velha men-
talidade. Ele tem crescido para ser um jovem incrível e se for-
mou na faculdade (Estamos muito orgulhosos dele).
Escravos têm uma mentalidade de pobreza. Eles sempre 
acham que seus recursos são limitados. Acreditam que quan-
do alguém recebe algo isso tira um pouco da provisão que po-
deria ser deles. Supõem que a bênção de alguém traz um custo 
para eles.
A história do filho pródigo em Lucas 15 ilustra esse ponto 
com clareza. Tendo desperdiçado sua herança, o filho mais 
novo chegou em casa em busca de refúgio. Seu pai estava 
tão animado em vê-lo que fez uma festa. Ele estava guardan-
do o novilho gordo para tal ocasião, e, finalmente, era hora 
de comemorar. Todosforam à festa, exceto o irmão mais ve-
lho; que ficou fora no campo. Quando seu pai não viu o ir-
mão mais velho na festa, ele foi procurá-lo. Ele o encontrou 
lá fora, sozinho.
“Por que não está vindo para comemorar?” O pai perguntou.
O irmão mais velho gritou: “Você deu-lhe o vitelo gordo, 
mas nem sequer me deu uma cabra!”
Seu pai estava atordoado. Ele olhou para o seu filho, focan-
do em sua alma com os olhos de um pai amoroso, e disse: “Eu 
dei a ele o novilho gordo, mas você possui a fazenda” (resumo 
de Lucas 15:11-31).
Por que raios o irmão mais velho saiu à espera de seu pai para 
que lhe desse uma cabra quando ele possuía a fazenda intei-
ra? Ele falhou em reconhecer que era um filho e não um servo.
40 Os Caminhos Sobrenaturais da Realeza
A revelação da nossa verdadeira identidade irá destruir o 
espírito de pobreza em nossas vidas. Até que isso aconteça, 
vamos continuar a pensar que há limites sobre o que pode-
mos ter. Como resultado, ficamos com ciúmes de quem rece-
be algo que não temos. Isso transborda para todos os aspectos 
de nossas vidas, incluindo trabalho, amigos e posições dentro 
da igreja.
– Um Reino de Finanças –
Infelizmente, a maioria de nós na igreja ainda está pensan-
do como o irmão mais velho. Perdemos de vista o fato de que 
não apenas trabalhamos na fazenda. Somos filhos e filhas do 
Dono, e o nosso pai tem muito! Acredito que essa revelação 
vai mudar totalmente a nossa forma de pensar e planejar o 
nosso futuro. A maioria de nós ainda está olhando para a nos-
sa provisão (o que o nosso extrato bancário diz) para ajudar a 
determinar a nossa visão e, portanto, estamos vivendo den-
tro dos limites de nossas possibilidades em vez de vivermos 
pautados em Suas bênçãos.
Por exemplo, se estamos construindo um novo edifício, ar-
gumentamos que devemos desistir de algum outro projeto 
para cobrir o custo. No entanto, temos sido chamados a viver 
além da razão e muito além das fronteiras das nossas pró-
prias habilidades. Se não podemos fazer mais do que meros 
homens, então não vamos dizer aos outros que somos uma 
parte da igreja de um Deus vivo. Temos de realizar mais do 
que o Elk’s Club1 se vamos chamar Deus de nosso pai. Isso nos 
obriga a viver pela fé na provisão de Deus. Quando confiamos 
diariamente em Deus como nosso provedor, então vamos 
usufruir dos recursos do Céu (Sei que existe uma real necessi-
dade de verdadeira mordomia no Corpo de Cristo, mas muito 
1 Espécie de instituição de caridade americana (N.T.).
Mendigos do Castelo ou Príncipes do Palácio 41
do que é chamado mordomia na Igreja é simplesmente medo 
que se disfarçou de sabedoria).
Paulo disse isso melhor: “O meu Deus, suprirá todas as 
vossas necessidades, segundo as suas riquezas, em glória, por 
Cristo Jesus” (Fl 4:19). Entendeu? Ele disse: “Deus suprirá to-
das as vossas necessidades, segundo as suas riquezas, em gló-
ria”. Ele não está me suprindo conforme a minha necessidade, 
mas segundo as Suas riquezas.
Muitas vezes eu perguntei às pessoas o que elas faziam 
para ganhar a vida. Algumas delas disseram: “Eu vivo pela 
fé.” Eu aprendi ao longo dos anos que essa declaração normal-
mente significa: “Eu não tenho um emprego. Eu dependo de 
pessoas que fazem doações ao meu ministério.” A crença im-
plícita é que as pessoas que recebem um salário não precisam 
crer em Deus para o seu sustento. Essa ideologia é problemá-
tica. Se pararmos de viver pela fé quando começarmos a rece-
ber uma renda regular, então reduziremos a nossa provisão à 
nossa capacidade de fazer acontecer ao invés de confiar na ca-
pacidade do Senhor em prover.
A mentalidade de escravo pode ser encontrada em todos 
os níveis da sociedade e em todas as esferas da vida. A con-
ta bancária de uma pessoa não traz qualquer indicação de que 
ela está experimentando a provisão de Deus ou não. Uma pes-
soa pode ter um monte de coisas, mas ainda assim sentir-se 
insegura e temer que algo possa acontecer-lhe e ela venha a 
perder tudo. Quando escravos adquirem dinheiro ou coisas, 
eles tendem a extrair sua identidade disso. A verdade é que o 
homem não é medido pelo que ele tem, mas pelo que o tem. 
Algumas pessoas possuem casas, mas às vezes parece que as 
casas possuem pessoas.
Quando vivemos apenas para obter coisas, ou trabalha-
mos tanto que não temos tempo para os relacionamentos 
importantes que temos em nossas vidas, eu me pergunto se 
nós temos coisas ou se elas nos têm. O que vejo é que há uma 
42 Os Caminhos Sobrenaturais da Realeza
diferença entre ser rico e ser próspero. As pessoas prósperas 
se recusam a serem reduzidas aos seus respectivos saldos fi-
nanceiros e suas riquezas não as têm. Elas não se preocupam 
com o dinheiro, porque sabem que sempre haverá o suficien-
te. A autoestima das pessoas ricas está diretamente ligada ao 
“demonstrativo de Lucros e Perdas” delas. Elas gastam uma 
grande quantidade de energia, seja perseguindo o dinheiro, 
seja tentando mantê-lo. Não quero dizer que não devamos ter 
grandes hábitos de trabalho. Só quero dizer que os príncipes 
não trabalham por dinheiro, mas, ao invés disso, eles traba-
lham para Deus.
Quando um pobre recebe uma grande quantidade de di-
nheiro, a pergunta que precisa ser respondida é: “Deus ga-
nhou uma fortuna ou perdeu um homem?” Pobres muitas 
vezes perdem de vista suas prioridades quando recebem di-
nheiro, mas príncipes não extraem sua identidade a partir 
do que têm, porque sabem que a sua identidade não depen-
de de seu desempenho ou de suas posses. Príncipes possuem 
coisas, mas nunca deixam que as coisas os possuam. O resul-
tado é que eles são capazes de experimentar a vida sem as 
preocupações que Jesus lhes prometeu e são livres para bus-
car primeiro o reino, sabendo que tudo de que precisam lhes 
será acrescentado.
A terra prometida dos príncipes está cheia das bênçãos 
do Pai. Ele quer derramar o Seu amor em nós, derramar Suas 
bênçãos em nós, e dar mais do que podemos conter. Os Sal-
mos colocam isso de uma forma melhor: “Louvai ao Senhor. 
Abençoado é o homem que teme ao Senhor, que se delei-
ta grandemente em seus mandamentos. Sua semente será 
poderosa sobre a terra; a geração dos retos será abençoada. 
Fartura e riquezas estarão em sua casa, e sua justiça dura 
para sempre” (Sl 112:1-3).
Continua...
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