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Ensino da Língua Materna

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conforme as exigências do contexto. Então, não só o aluno deve dominar além 
de seu dialeto, o dialeto padrão na sociedade, mas também deve ele saber usar 
a linguagem para os mais diversos fins.
Evidentemente, a Linguística, como é chamada a ciência que adota tal concepção, conta com uma 
variedade muito grande de tendências, incorporando aspectos colocados de lado em seus primórdios 
como, por exemplo, a função pragmática da linguagem e as realidades do sentido, do texto e da 
enunciação. São exemplos o Funcionalismo, a Sociolinguística, a Semântica, dentre outros. No entanto, 
tais perspectivas ainda resistem em abordar dimensões mais amplas como as do discurso e do contexto 
social, dimensões que são essenciais quando se tem por tarefa ensinar a língua.
Embora o conhecimento trazido pela perspectiva científica da linguagem seja fundamental para um 
bom ensino, uma postura estritamente técnica diante da língua pode levar a uma prática que é indiferente 
aos problemas práticos que o cotidiano constantemente impõe no uso da língua. Embora seja essencial, 
para se falar comunicativamente uma língua, o domínio de suas regras de funcionamento, é certo que não 
é possível falar sem conhecer as regras sociais de interação verbal e não verbal. E isso deve ser ensinado 
em sala de aula.
ATIVIDADE DE PORTFÓLIO
Antes de passar para o próximo tópico, em que apresentaremos uma visão discursiva do ensino 
da língua materna, assista um trecho do filme Entre os muros da escola [6] e resuma as posições em 
conflito (do professor e dos alunos) acerca do objeto de ensino em questão: o imperfeito do 
indicativo. 
FÓRUM 06
O que fazer para que os alunos passem a gostar das aulas de português?
É comum crianças e adolescentes detestarem “aula de português”. Segundo Luft (1995), isso se 
dá porque os professores de português procuram o método mais difícil para o ensino, aquele através 
de regras gramaticais – que tanto aterrorizam os alunos, que saem das aulas com a sensação de que 
nada sabem sobre o idioma.
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