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Rod.Augusto Montenegro,km 11,s/n – Parque Guajará – CEP. 66645-001 E-mail:uvzbelem@sesma.pmb.pa.gov.br Tel: (91) 3344-2353/ 3344-2356 DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA Á SAÚDE DIVISÃO DO CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES Normas Técnicas de Profilaxia da Raiva Humana Pós-Exposição e Pré-Exposição RECOMENDAMOS O REPASSE DESTE BOLETIM TÉCNICO A TODOS OS PROFISSIONAIS QUE ESTÃO DIRETAMENTE LIGADOS AO ATENDIMENTO ANTIRRÁBICO HUMANO. 2 Rod.Augusto Montenegro,km 11,s/n – Parque Guajará – CEP. 66645-001 E-mail:uvzbelem@gmail.com Tel: (91) 3344-2353/ 3344-2356 1. ESQUEMA DE PRÉ-EXPOSIÇÃO • Recomenda-se utilizar a via ID para a profilaxia pré-exposição centralizando e agendando o procedimento em locais com profissionais treinados e habilitados. • Para certificar que a vacina por via ID foi aplicada corretamente, observar a formação da pápula na pele. • Se na aplicação pela via ID, eventualmente, a vacina for aplicada erroneamente por via subcutânea ou intramuscular, deve-se repetir o procedimento e garantir que a aplicação seja feita por via intradérmica. • Pessoas com imunossupressão devem ser avaliadas individualmente. • Intercambialidade de via de aplicação (possibilidade de se realizar a substituição de uma via de administração por outra equivalente) pode ser realizada. 1.1 Profissionais que poderão realizar a profilaxia da PRÉ-EXPOSIÇÃO • Médicos veterinários; Zootecnistas; • Estudantes de medicina veterinária e Zootecnia; • Biólogos; • Profissionais que atuam no campo na captura, vacinação, identificação e classificação de mamíferos passíveis de portarem o vírus, bem como funcionários de zoológicos; • Profissionais que lidam diretamente com animais silvestres ou domésticos; • Pessoas que desenvolvem trabalho de campo (pesquisas, investigações eco epidemiológicas) com animais silvestres; • Espeleólogos, guias de ecoturismo, pescadores e outros profissionais que trabalham em ➢ VIA INTRADÉRMICA (ID) ✓ ESQUEMA VACINAL: 2 (duas) doses, nos dias 0 e 7. ✓ VOLUME DA DOSE: 0,2mL. O volume da dose deve ser dividido em duas aplicações de 0,1mL cada e administradas em dois sítios distintos, independente da apresentação da vacina, seja 0,5 mL ou 1,0 mL (dependendo do laboratório produtor). ✓ LOCAL DE APLICAÇÃO: antebraço ou na região de delimitação do músculo deltoide. ➢ VIA INTRAMUSCULAR (IM) ✓ ESQUEMA VACINAL: 2 (duas) doses, nos dias 0 e 7. ✓ DOSE TOTAL: 0,5mL ou 1,0 mL (dependendo do laboratório produtor). Administrar todo o volume do frasco. ✓ LOCAL DE APLICAÇÃO: no músculo deltoide ou vasto lateral da coxa em crianças menores de 2 (dois) anos. NÃO APLICAR NO GLÚTEO. 3 Rod.Augusto Montenegro,km 11,s/n – Parque Guajará – CEP. 66645-001 E-mail:uvzbelem@gmail.com Tel: (91) 3344-2353/ 3344-2356 áreas de risco; • Profissionais e auxiliares de laboratório de virologia e anatomopatologia para raiva. Profissionais que trabalham em situação de alto risco que exercem funções em laboratório de virologia e anatomopatologia para a raiva e captura de morcegos devem repetir a titulação a cada 6 meses. Profissionais que se expõem permanentemente ao risco de infecção devem fazer o controle anual, administrando-se uma dose de reforço sempre que os títulos forem inferiores a 0,5 UI/ml. Não está indicada a repetição de sorologia para profissionais que trabalham em situações de baixo risco, como funcionários de pet shops. 1.2 – Fluxo de titulação A partir do 14º dia após a última dose do esquema de pré-exposição, a unidade de saúde deverá encaminhar o paciente, ao Centro de Controle de Zoonoses para realização da coleta de material biológico (sangue) e envio da amostra ao laboratório. Toda pessoa que tem indicação de esquema pré-exposição deve se submeter ao controle sorológico. OBS.: São considerados casos satisfatórios títulos de anticorpos > 0,5 UI/ml. Em caso de título insatisfatório, isto é, < 0,5 UI/ml, aplicar uma dose de reforço e reavaliar novamente a partir do 14º dia após a aplicação. 2. ESQUEMA DE PÓS-EXPOSIÇÃO ➢ VIA INTRADÉRMICA (ID) ➢ ESQUEMA VACINAL: 4 (quatro) doses, nos dias 0, 3, 7 e 14 ➢ VOLUME DA DOSE: 0,2mL. O volume da dose deve ser dividido em duas aplicações de 0,1mL cada e administradas em dois sítios distintos, independente da apresentação da vacina, seja 0,5 mL ou 1,0 mL (dependendo do laboratório produtor). LOCAL DE APLICAÇÃO: antebraço ou na região de delimitação do músculo deltoide. ➢ VIA INTRAMUSCULAR (IM) ✓ ESQUEMA VACINAL: 4 (quatro) doses, nos dias 0, 3, 7 e 14 ✓ DOSE TOTAL: 0,5mL ou 1,0 mL (dependendo do laboratório produtor). Administrar todo o volume do frasco. ✓ LOCAL DE APLICAÇÃO: no músculo deltoide ou vasto lateral da coxa em crianças menores de 2 (dois) anos. NÃO APLICAR NO GLÚTEO. 4 Rod.Augusto Montenegro,km 11,s/n – Parque Guajará – CEP. 66645-001 E-mail:uvzbelem@gmail.com Tel: (91) 3344-2353/ 3344-2356 A profilaxia pós-exposição contra a raiva não tem contraindicação e deve ser iniciado o mais precocemente possível. A história vacinal do animal agressor não constitui elemento suficiente para dispensa de indicação do esquema de profilaxia contra raiva quando indicado. O período de observação de 10 dias é restrito aos animais cães e gatos, onde se conhece o período de transmissibilidade da doença nestes animais que ocorre por cerca de 2 a 5 dias antes do início dos sintomas persistindo durante toda evolução da doença. A morte do animal ocorre em média entre 5 a 7 dias. Sempre que houver indicação, tratar o paciente em qualquer momento, independente do tempo transcorrido entre a exposição e o acesso a unidade de saúde. É indicada a profilaxia da raiva humana, sorovacinação, sistematicamente, para todos os casos de agressão por morcegos ou qualquer outra espécie de animais silvestres mesmos quando domiciliados ou domesticados. Todo cão ou animal agressor deverá ser mantido sob observação clínica por, pelo menos, 10 (dez) dias em canil de isolamento, ou local apropriado conforme a espécie nas dependências do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), ou observação domiciliar, sob indicação de responsabilidade técnica de profissional habilitado (Lei 8.498 de 4 de janeiro de 2006). 3. SORO ANTIRRÁBICO (SAR) OU IMUNOGLOBULINA ANTIRRÁBICA (IGAR) Havendo possibilidade de identificação da localização da(s) lesão(ões), recentes ou cicatrizadas, deve-se infiltrar o volume total indicado, ou o máximo possível, dentro ou ao redor da(s) lesão(ões). Não é recomendada a administração da IGHAR ou SAR no mesmo grupo muscular de aplicação da vacina. Não realizar a administração do soro antirrábico por via endovenosa. NÃO INDICAR TRATAMENTO PARA AGRESSÕES DE: • Ratazana de esgoto; • Rato de telhado; • Camundongo; • Cobaia ou porquinho-da-índia; • Hamster e coelho. Não realizar a notificação! 5 Rod.Augusto Montenegro,km 11,s/n – Parque Guajará – CEP. 66645-001 E-mail:uvzbelem@gmail.com Tel: (91) 3344-2353/ 3344-2356 Conforme indicação, tanto a IGHAR quanto o SAR devem ser administrados o mais rápido possível. Caso não tenha disponível, administrar no máximo em até 7 dias após a 1° dose de vacina raiva (inativada). Após esse prazo, a administração da IGHAR ou do SAR é contraindicada. • Em situações excepcionais de escassez de IGHAR ou SAR fazer somente infiltração no local da ferida. Quadro com volume máximo de administração de qualquer medicação por grupo muscular. Fonte: adaptada de MALKIN, 2008. *Limite até 2 mL; **Limite até 5 mL. MALKIN, B. Are techniques used for intramuscular injection based on researchevidence? Nurs Times, v. 105, n. 50/51, p. 48-51, 2008. Exemplos de administração de doses de Soro Antirrábico (SAR) e Imunoglobulina Humana Antirrábica (IGHAR) por quilo de peso. O cálculo do Soro Antirrábico (SAR) pode ser realizado por meio da seguinte equação: 𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑑𝑜 𝑝𝑎𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 5 . O cálculo da Imunoglobulina Humana Antirrábica (IGHAR) pode ser realizado por meio da seguinte equação: 𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑑𝑜 𝑝𝑎𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑋 20 150 𝑈𝐼/𝑚𝑙 . 6 Rod.Augusto Montenegro,km 11,s/n – Parque Guajará – CEP. 66645-001 E-mail:uvzbelem@gmail.com Tel: (91) 3344-2353/ 3344-2356 4. CONDUTAS DE PROFILAXIA DA RAIVA HUMANA SEGUNDO A ESPÉCIE ANIMAL ENVOLVIDA E A GRAVIDADE DOS ACIDENTES/EXPOSIÇÃO 4.1. ANIMAL AGRESSOR: CÃO OU GATO TIPO DE EXPOSIÇÃO ANIMAL PASSÍVEL de observação por 10 dias e sem sinais sugestivos de Raiva ANIMAL NÃO PASSÍVEL de observação por 10 dias e com sinais sugestivos de Raiva CONTATO INDIRETO • Tocar ou dar de comer para animais. • Lambedura em pele íntegra. • Contato em pele íntegra com secreções ou excreções de animal, ainda que raivoso ou de caso humano. • Lavar com água e sabão • NÃO INDICAR PROFILAXIA • Lavar com água e sabão • NÃO INDICAR PROFILAXIA LEVE • Mordedura ou arranhadura superficial no tronco ou nos membros, exceto mãos e pés. • Lambedura de lesões superficiais. • Lavar com água e sabão • NÃO INICIAR PROFILAXIA • Manter o animal em observação por 10 dias. Se permanecer vivo e saudável, suspender a observação no 10º dia e encerrar o caso. Se morrer, desaparecer ou apresentar sinais de raiva, indicar VACINA (dias 0,3,7 e 14) • Lavar com água e sabão • INICIAR PROFILAXIA: VACINA (dias 0,3,7 e 14) GRAVE • Mordedura ou arranhadura nas mucosas, no segmento cefálico, nas mãos ou nos pés. • Mordedura ou arranhadura múltiplas ou extensas, em qualquer região do corpo. • Mordedura ou arranhadura profunda, mesmo que puntiforme. • Lambedura de lesões profundas ou de mucosas, mesmo que intactas. • Mordedura ou arranhadura causada por mamífero silvestre • Lavar com água e sabão • NÃO INICIAR PROFILAXIA • Manter o animal em observação por 10 dias. Se permanecer vivo e saudável, suspender a observação no 10º dia e encerrar o caso. Se morrer, desaparecer ou apresentar sinais de raiva, indicar VACINA (dias 0, 3, 7 e 14) e SORO (SAR ou IGHAR). • Lavar com água e sabão • INICIAR PROFILAXIA: VACINA (dias 0,3,7 e 14) e SORO (SAR ou IGHAR). O paciente deve ser orientado a informar imediatamente a unidade de saúde caso o animal morra, desapareça ou se torne raivoso, uma vez que podem ser necessárias novas 7 Rod.Augusto Montenegro,km 11,s/n – Parque Guajará – CEP. 66645-001 E-mail:uvzbelem@gmail.com Tel: (91) 3344-2353/ 3344-2356 intervenções de forma rápida, como a aplicação do soro ou o prosseguimento do esquema de vacinação. Se o animal morrer, entrar em contato com o CCZ para realizar o recolhimento do animal e a amostra de tecido do sistema nervoso central seja encaminhada para um laboratório a pesquisa do vírus rábico. 4.2. ANIMAL AGRESSOR: MAMÍFERO DOMÉSTICO DE INTERESSE ECONÔMICO (BOVÍDEOS, EQUÍDEOS, CAPRINOS, SUÍNOS E OVINOS) TIPO DE EXPOSIÇÃO Mamífero doméstico de interesse econômico (bovídeos, equídeos, caprinos, suínos e ovinos) CONTATO INDIRETO • Tocar ou dar de comer para animais. • Lambedura em pele íntegra. • Contato em pele íntegra com secreções ou excreções de animal, ainda que raivoso ou de caso humano. • Lavar com água e sabão • NÃO INDICAR PROFILAXIA LEVE • Mordedura ou arranhadura superficial no tronco ou nos membros, exceto mãos e pés. • Lambedura de lesões superficiais. • Lavar com água e sabão • INICIAR PROFILAXIA: VACINA (dias 0,3,7 e 14) GRAVE • Mordedura ou arranhadura nas mucosas, no segmento cefálico, nas mãos ou nos pés. • Mordedura ou arranhadura múltiplas ou extensas, em qualquer região do corpo. • Mordedura ou arranhadura profunda, mesmo que puntiforme. • Lambedura de lesões profundas ou de mucosas, mesmo que intactas. • Mordedura ou arranhadura causada por mamífero silvestre • Lavar com água e sabão • INICIAR PROFILAXIA: VACINA (dias 0,3,7 e 14) e SORO (SAR ou IGHAR). 8 Rod.Augusto Montenegro,km 11,s/n – Parque Guajará – CEP. 66645-001 E-mail:uvzbelem@gmail.com Tel: (91) 3344-2353/ 3344-2356 4.3. ANIMAL AGRESSOR: MAMÍFEROS SILVESTRES (RAPOSA, MACACO, SAGUI, ETC.) TIPO DE EXPOSIÇÃO Mamíferos silvestres (raposa, macaco, sagui, etc.) CONTATO INDIRETO • Tocar ou dar de comer para animais. • Lambedura em pele íntegra. • Contato em pele íntegra com secreções ou excreções de animal, ainda que raivoso ou de caso humano. • Lavar com água e sabão • NÃO INDICAR PROFILAXIA LEVE • Mordedura ou arranhadura superficial no tronco ou nos membros, exceto mãos e pés. • Lambedura de lesões superficiais. • Lavar com água e sabão • INICIAR PROFILAXIA: VACINA (dias 0,3,7 e 14) e SORO (SAR ou IGHAR). GRAVE • Mordedura ou arranhadura nas mucosas, no segmento cefálico, nas mãos ou nos pés. • Mordedura ou arranhadura múltiplas ou extensas, em qualquer região do corpo. • Mordedura ou arranhadura profunda, mesmo que puntiforme. • Lambedura de lesões profundas ou de mucosas, mesmo que intactas. • Mordedura ou arranhadura causada por mamífero silvestre *Mamíferos Silvestres – animais como morcegos de qualquer espécie, micos (sagui ou “soim”), macacos, raposas, guaxinins, quatis, gambas, capivaras, cachorros do mato, felídeos selvagens, javalis, entre outros, devem ser classificados como animais de risco, mesmo que domiciliados, haja vista que, nesses animais, a patogenia da raiva não é bem conhecida. 9 Rod.Augusto Montenegro,km 11,s/n – Parque Guajará – CEP. 66645-001 E-mail:uvzbelem@gmail.com Tel: (91) 3344-2353/ 3344-2356 4.4. ANIMAL AGRESSOR: MORCEGOS TIPO DE EXPOSIÇÃO Morcegos CONTATO INDIRETO • Tocar ou dar de comer para animais. • Lambedura em pele íntegra. • Contato em pele íntegra com secreções ou excreções de animal, ainda que raivoso ou de caso humano. • Lavar com água e sabão • INICIAR PROFILAXIA: VACINA (dias 0,3,7 e 14) e SORO (SAR ou IGHAR). LEVE • Mordedura ou arranhadura superficial no tronco ou nos membros, exceto mãos e pés. • Lambedura de lesões superficiais. GRAVE • Mordedura ou arranhadura nas mucosas, no segmento cefálico, nas mãos ou nos pés. • Mordedura ou arranhadura múltiplas ou extensas, em qualquer região do corpo. • Mordedura ou arranhadura profunda, mesmo que puntiforme. • Lambedura de lesões profundas ou de mucosas, mesmo que intactas. • Mordedura ou arranhadura causada por mamífero silvestre Nas agressões por morcegos ou qualquer espécie de mamífero silvestre, deve-se indicar sorovacinação independentemente da gravidade da lesão, ou indicar conduta de reexposição. É preciso avaliar, sempre, os hábitos do cão e do gato e os cuidados recebidos. Podem ser dispensadas do esquema profilático as pessoas agredidas pelo cão, ou gato, que, com certeza, não têm risco de contrair a infecção rábica (Sinais clínicos de raiva em cão e gato: dificuldade para ingerir ou recusa de água, engasgos, salivação excessiva, paralisia de cabeça, pescoço ou qualquer membro, arrastar as pernas, esconder-se, inquietação ou quietude anormal, entre outros). 10 Rod.Augusto Montenegro,km 11,s/n – Parque Guajará – CEP. 66645-001 E-mail:uvzbelem@gmail.com Tel: (91) 3344-2353/ 3344-2356 5. ESQUEMA DE REEXPOSIÇÃO AO VÍRUS DA RAIVA 5.1 Em caso de reexposição em pacientes que fizeram pré-exposição (PrEP): 5.2 - Em caso de reexposição em pacientes que já fizeram pós-exposição (PEPEm caso de reexposicao, com história de esquema anterior completo, não é necessário administrar o soro antirrábico (homologo ou heterólogo). No entanto, o soro poderá ser indicado se houver dúvidas ou conforme a análise de cada caso, exceto nos pacientes imunodeprimidos, que devem receber, sistematicamente, soro e vacina. Para estes casos, recomenda-se que, ao final do esquema, seja realizada a avaliação sorológica após o 14º dia da aplicação da última dose. 6. PROFILAXIA DE PACIENTES FALTOSOS Não é necessário reiniciar a profilaxia de pacientes faltosos. As condutas indicadas para pacientes que não compareceram na data agendada são expostas a seguir: ❖ No caso de o paciente FALTAR PARA A 2ª DOSE, aplicar no dia em que comparecer e agendar a 3ª dose com intervalo mínimo de 4 dias. ❖ No caso de o paciente FALTAR PARA A 3ª DOSE, aplicar no dia em que comparecer e agendar a 4ª dose com intervalo mínimo de 7 dias. ❖ No caso de o paciente FALTAR PARA A 4ª DOSE, aplicar no dia em que comparecer. As doses de vacinas agendadas, no caso de não comparecimento, deverão sempre ser aplicadas em datas posteriores às agendadas, nunca adiantadas. TIPO DE ESQUEMA ANTERIOR ESQUEMA DE REEXPOSIÇÃO COMPLETO ❖ Até 90 dias: Não indicar profilaxia. ❖ Após 90 dias: duas doses de vacina nos dias 0 e 3. INCOMPLETO ❖ Até 90 dias: Administrar as doses faltantes. ❖ Após 90 dias: duas doses de vacina nos dias 0 e 3. • O SAR e a IGHAR não estão indicados. • Independentemente do intervalo de tempo, se o paciente recebeu esquema de PrEP completo, indica-se a profilaxia nos dias 0 e 3. • Se foi aplicada APENAS 1 DOSE DE PREP, essa deve ser desconsiderada e o esquema de profilaxia, indicado para o caso, deve ser iniciado. 11 Rod.Augusto Montenegro,km 11,s/n – Parque Guajará – CEP. 66645-001 E-mail:uvzbelem@gmail.com Tel: (91) 3344-2353/ 3344-2356 Recomenda-se que além do serviço de vacinação, o serviço de saúde que atende o paciente deverá orientar o indivíduo da importância da completitude do esquema vacinal e realizar busca ativa imediata daqueles que não comparecerem nas datas agendadas para administração das doses do esquema prescrito. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Brasil. Normas Técnicas de Profilaxia da Raiva Humana. Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 1ª Edição revisada, Ministério da Saúde, 2014. ______. Lei 9849 de 04 de janeiro de 2006. autoriza o poder executivo a adotar medidas para o controle das populações animais urbanas e rurais, sobre a prevenção e controle das zoonoses, bem como o controle dos animais sinantrópicos, no município de Belém, e dá outras providências. Acesso em: 03 de maio de 2021. ______.Nota Técnica Nº8/2022 – CGZV/DEIDT/SVS/MS. Dispõe sobre as atualizações no Protocolo de Profilaxia pré, pós e reexposição da raiva humana no Brasil. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/r/raiva/imagens/nota-tecnica-n- 8_2022-cgzv_deidt_svs_ms.pdf/view>. Acesso em: 22 dez.2022. ❖ Contamos com a colaboração de todos e colocamo-nos à disposição para qualquer esclarecimento Rod.Augusto Montenegro,km 11,s/n – Parque Guajará – CEP. 66645-001 E-mail:uvzbelem@sesma.pmb.pa.gov.br Tel: (91) 3344-2353/ 3344-2356 SINAN SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVO DE NOTIFICAÇÃO ATENDIMENTO ANTIRRÁBICO HUMANO FICHA DE INVESTIGAÇÃO DE PACIENTES NOTIFICADOS EM OUTRA UNIDADE DE SAÚDE 1 - NOME COMPLETO DO PACIENTE____________________________________ ___________________________________________________________________ 2 - IDADE_______________________ 3 - TELEFONE ( )_________________________ 4 - LOCAL DA 1ª NOTIFICAÇÃO_____________________________________ 5 - LOCAL DO 2ª ATENDIMENTO____________________________________ 6 - ANIMAL AGRESSOR___________________________________________ 7 - VACINA APLICADA DOSE 1ª 2ª 3ª 4ª DIA MÊS *OS PACIENTES NOTIFICADOS EM OUTROS MUNICÍPIO DEVEM SER NOTIFICADOS NOVAMENTE 2 Rod.Augusto Montenegro,km 11,s/n – Parque Guajará – CEP. 66645-001 E-mail:uvzbelem@gmail.com Tel: (91) 3344-2353/ 3344-2356 FICHA DE ATENDIMENTO ANTIRRÁBICO HUMANO De acordo com as Normas Técnicas de Profilaxia da Raiva Humana do Ministério da Saúde, edição revisada, ano 2014: “Deve-se fazer anamnese completa, utilizando-se a Ficha de Atendimento Antirrábico Humano (Anexo 1), visando a indicação correta da profilaxia da raiva humana” (BRASIL, 2014). Rod.Augusto Montenegro,km 11,s/n – Parque Guajará – CEP. 66645-001 E-mail:uvzbelem@sesma.pmb.pa.gov.br Tel: (91) 3344-2353/ 3344-2356 2 Rod.Augusto Montenegro,km 11,s/n – Parque Guajará – CEP. 66645-001 E-mail:uvzbelem@gmail.com Tel: (91) 3344-2353/ 3344-2356 QUESTÕES SOBRE PROFILAXIA DA RAIVA HUMANA QUESTÃO 1: Uma criança de 8 anos, sofreu ferimento profundo na perna proveniente de mordedura de cão, o qual o atacou-a quando passeava de bicicleta em seu bairro, tendo desaparecido em seguida. A criança foi levada à unidade de saúde 12 dias após a agressão. Sua conduta imediata em relação a profilaxia da raiva seria: a) Nada mais a fazer. b) Apenas iniciar profilaxia com vacina. c) Aplicar apenas soro. d) Iniciar profilaxia com vacina e aplicar soro. QUESTÃO 2 – Mulher, 33 anos, gestante, ao tentar retirar um quati de casa, o animal a mordeu no dedo. O quati foi capturado. A mulher procurou a UBS no mesmo dia. Foi possível ver as marcas dos dentes do quati no dedo da mão da mulher. Sua conduta imediata seria: a) Apenas observação do animal por 10 dias; iniciar a vacinação se houver problema com o animal durante o período de observação. b) Iniciar profilaxia com quatro doses de vacina. c) Contraindicado iniciar soro ou vacina. d) Iniciar profilaxia com soro e vacina. QUESTÃO 3: Ao chutar a comida do gato, uma criança de 5 anos foi mordida no braço, ferimento profundo. O animal era observável. A criança foi levada para a unidade de pronto atendimento no mesmo dia para receber pontos, pois o ferimento sangrava muito. O gato está preso e não apresenta nenhum sintoma. Qual conduta deverá ser tomada? a) Apenas observar o animal por 10 dias. b) Iniciar profilaxia com 4 doses de vacina. c) Iniciar vacinação com 2 doses de vacina. d) Iniciar profilaxia com soro e vacina. 3 Rod.Augusto Montenegro,km 11,s/n – Parque Guajará – CEP. 66645-001 E-mail:uvzbelem@gmail.com Tel: (91) 3344-2353/ 3344-2356 QUESTÃO 4: Uma criança de 5 meses, foi arranhada no tronco por um rato. A família mora em favela, o esgoto corre a céu aberto e não há coleta de lixo. Há infestação de ratos em todo local. A família nunca fez profilaxia para raiva. Qual conduta a ser tomada? a) Apenas observação do animal por 10 dias; iniciar a vacinação se houver problema com o animal durante o período de observação. b) Iniciar profilaxia com 4 doses de vacina. c) Nada a fazer em relação a profilaxia da raiva. d) Iniciar profilaxia com soro e vacina. QUESTÃO 5: Uma mulher acorda com um morcego pequeno e escuro em seu colo. Assustada, joga o animal no chão com a mão e levanta-se, ficando o animal caído com movimentos débeis. No quarto dormiam seus dois filhos. A mulher procurou atendimento na UMS pela manhã e relatou a história à enfermeira da triagem. A mulher relata está gravida de 2 meses. Qual a conduta nesse caso? a) Observar o animal por 10 dias e iniciar profilaxia com vacina na mulher. b) Iniciar soro e vacina na mãe. c) Iniciar soro e vacina na mãe e vacina nos dois filhos. d) Iniciar soro e vacina na mãe e em seus dois filhos. Questão 6: Um paciente iniciou profilaxia da raiva tendofeito duas doses de vacina IM nos dias 0 e 3. Por questões operacionais sugeriu-se que seu esquema seja completado por via ID. Qual seria a conduta correta? a) As vias de aplicação não poderão ser intercambiadas, sendo necessário seu encaminhamento para outro município para dá continuidade da via intramuscular. b) Reiniciar o esquema com vacinação intradérmica. c) Aplicar duas doses de 0,2 ml por via ID nos dias 7 e 21. d) Aplicar duas doses de 0,2 ml nos dias 7 e 14. 4 Rod.Augusto Montenegro,km 11,s/n – Parque Guajará – CEP. 66645-001 E-mail:uvzbelem@gmail.com Tel: (91) 3344-2353/ 3344-2356 Questão 7: Uma paciente residente do município de Breves, foi agredida na mão por um gato não vacinado e observável, a mesma compareceu a um Pronto Socorro para receber atendimento e informou que no mês de julho havia sido agredida por um animal de rua, na perna, ferimento superficial e realizou 4 doses de vacina no seu município de residência. Qual conduta a ser realizada nesse caso? a) Aplicar duas doses de 0,2 ml por via ID nos dias 0 e 3 e realizar notificação. b) Observar o animal, fazer a notificação e não realizar profilaxia. c) Realizar 4 doses de vacina e observar o animal por 10 dias, realizar notificação. d) Observar o animal por 12 dias, em caso de desaparecimento do animal, retornar a unidade de saúde para reavaliação. Questão 8: Um homem residente do município de Belém, foi agredido em 2021 na mão por um cão não vacinado e observável. O paciente compareceu a UMS Icoaraci para receber atendimento e realizou 2 doses de vacina, e não compareceu nas outras doses. No ano de 2022 o paciente retornou à unidade para continuar o esquema profilático. Qual a conduta a ser utilizada? a) Reiniciar o esquema de vacinação. b) Reavaliar, caso o animal esteja vivo, não inicia profilaxia e realiza a notificação c) Realizar 02 doses de vacina e observar o animal por 10 dias, realizar notificação. d) Realizar 0,2 ml, via ID nos tempos 0 e 7 e não realiza notificação. Questão 9: Mulher, 32 anos, pesando 54 kg, ao tentar retirar um macaco de casa, o animal a mordeu na mão. A mulher procurou a UBS no mesmo dia. Foi possível ver as marcas dos dentes do macaco no dedo da mão da mulher. Qual a conduta e o volume aplicado quanto ao uso do SAR e ao IGHAR respectivamente: a) Apenas observação do animal por 10 dias; iniciar a vacinação e aplicar 2 ampolas (SAR) ou 3 ampolas (IGHAR). b) Iniciar profilaxia com quatro doses de vacina e aplicar 10.8 ml (SAR) ou 7,2 ml (IGHAR) c) Iniciar profilaxia com três doses vacina e aplicar 7,2 ml (SAR) ou 10,8 ml (IGAR) d) Iniciar profilaxia com quatro doses vacina e aplicar 7,2 ml (SAR) ou 10,8 ml (IGAR). 5 Rod.Augusto Montenegro,km 11,s/n – Parque Guajará – CEP. 66645-001 E-mail:uvzbelem@gmail.com Tel: (91) 3344-2353/ 3344-2356 Questão 10: Em junho de 2022, uma paciente compareceu a UMS, relatando ter sido agredida na perna por um cão de rua, a paciente realizou o soro e duas doses de vacina. No mês de janeiro de 2023, a paciente foi agredida na mão por um gato de rua. Qual a conduta a ser realizada nesse caso? a) Não realizar soro e fazer duas doses da vacina nos dias 0 e 3. b) Não realizar soro e fazer duas doses da vacina nos dias 0 e 7. c) Realizar o esquema completo de soro e vacinação nos dias 0,7,14 e 28. d) Realizar o esquema completo de soro e vacinação nos dias 0, 3, 7 e 14.
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