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Prof. Luiz Paulo Andrioli Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP lpma@usp.br Biologia do Desenvolvimento: ACH4067 AULA_12_ORGANOGÊNESE INTEGRANDO NÍVEIS de ORGANIZAÇÃOORGANISMO SISTEMAS ÓRGÃOS TECIDOS CÉLULAS BIOMOLÉCULAS ORGANELAS 2 TECIDO • O tecido é formado por um conjunto de células (iguais e outras diferentes), com atividade coordenada entre si; • As células podem ter origem em locais diferentes do tecido onde se encontram em dado momento; • Tecidos além das células são caracterizados pelo material extracelular produzidas e secretadas pelas células do tecido no seu entorno. • Principais tecidos animais: - epitelial - conjuntivo - muscular - nervoso 3 TECIDOS CÉLULAS MATRIZ EXTRACELULAR FUNÇÃO PRINCIPAL Epitelial Células poliédricas justapostas Pequena quantidade Revestimento da superfície e cavidades do corpo, secreção Conjuntivo Vários tipos, fixas ou migratórias Abundante e diversificada Apoio, proteção e outras funções especializadas Nervoso Formada por muitos, prolongamentos Nenhuma Transmissão do impulso nervoso Muscular Células são alongadas Moderada Contração 4 PRINCIPAIS TECIDOS TECIDO EPITELIAL • Revestimento: forma camadas de células contíguas que revestem a superfície externa da pele e outras partes mais internas do corpo, • Ou geração de glândulas que produzem e secretam hormônios; • Por isso, apresentam as mais variadas funções: • Isolamento, proteção, transporte, absorção, percepção, revestimento; • Tecidos epiteliais tem origem principalmente ectodérmica, mas também endodérmica e até mesmo mesodérmica. 5 6 TECIDO EPITELIAL REVESTIMENTO POLARIDADE: diferenças podem ocorrer em uma mesma célula: domínios morfológicos e fisiológicos distintos para funções diferentes conforme a região da célula ORGANIZAÇÃO CELULAR organelas, moléculas 7 TECIDO EPITELIAL REVESTIMENTO 8 TECIDO EPITELIAL GLANDULAR TECIDO CÉLULAS MATRIZ EXTRACELULAR FUNÇÃO PRINCIPAL Epitelial Células poliédricas justapostas Pequena quantidade Revestimento da superfície e cavidades do corpo, secreção Conjuntivo Vários tipos, fixas ou migratórias Abundante e diversificada Apoio, proteção e outras funções especializadas Nervoso Formada por muitos, prolongamentos Nenhuma Transmissão do impulso nervoso Muscular Células são alongadas Moderada Contração 9 PRINCIPAIS TECIDOS TECIDO CONJUNTIVO • O tecido conjuntivo é formado por células e material extracelular (substância fundamental e fibras). A importância desses elementos varia de tecido para tecido. 10 • As células encontradas em um tecido conjuntivo podem ser células geradas naquele tecido ou não; • Além disso, as células podem ser residentes ou transitórias. • A substância fundamental (amorfa)/ é um gel amorfo semi-sólido bem hidratado contendo glicosaminoglicanos conjugados a proteoglicanos e glicoproteínas. • Na matriz intersticial também estão as fibras (proteínas fibrosas) que podem ser de 3 tipos principais de acordo com as necessidades do tecido. • Na matriz extracelular (intersticial) estão as células. A matriz é composta de substância amorfa + fibras TECIDO CONJUNTIVO • Conjuntivo propriamente dito: forma um contínuo com tecidos epitelial, nervoso, muscular assim como entre os conjuntivos viabilizando o funcionamento desses tecidos e sua integração; • Com função de suporte (estrutural e de interação entre células e tecidos); • Conjuntivo especializado: funções especializadas (cartilaginoso, ósseo, sanguíneo, adiposo). 11 TECIDO CONJUNTIVO 12 TECIDO CÉLULAS MATRIZ EXTRACELULAR FUNÇÃO PRINCIPAL Epitelial Células poliédricas justapostas Pequena quantidade Revestimento da superfície e cavidades do corpo, secreção Conjuntivo Vários tipos, fixas ou migratórias Abundante e diversificada Apoio, proteção e outras funções especializadas Nervoso Formada por muitos, prolongamentos Nenhuma Transmissão do impulso nervoso Muscular Células são alongadas Moderada Contração 13 PRINCIPAIS TECIDOS TECIDO NERVOSO • Constituído por bilhões/trilhões de neurônios e um número ainda maior de conexões formando uma rede de comunicação que se estende por todo corpo (sistema nervoso); • Além dos neurônios, também formado pelas células da glia, que promovem suporte e proteção aos neurônios; • Função: detectar e transmitir informações de estímulos sensoriais internos e externos para analisar, organizar e coordenar respostas ambientais/ funcionamento do organismo; • Integra e coordena a função dos vários órgãos; • Tecido nervoso se origina a partir do tecido ectodérmico no embrião. 14 NEURÔNIO - corpo celular: contém núcleo e citoplasma com as organelas que produzem neurotransmissores e inclusões - dendritos: expansões citoplasmáticas numerosas que recebem os estímulos - axônio: extensão única e longa do neurônio condutora do impulso nervoso para outras células 15 TECIDO NERVOSO Impulso nervoso Geração e condução do impulso ocorre pela alteração de cargas elétricas na membrana Sinapse estrutura responsável pela transmissão do impulso entre as células 16 TECIDO NERVOSO TECIDO CÉLULAS MATRIZ EXTRACELULAR FUNÇÃO PRINCIPAL Epitelial Células poliédricas justapostas Pequena quantidade Revestimento da superfície e cavidades do corpo, secreção Conjuntivo Vários tipos, fixas ou migratórias Abundante e diversificada Apoio, proteção e outras funções especializadas Nervoso Formada por muitos, prolongamento s Nenhuma Transmissão do impulso nervoso Muscular Células são alongadas Moderada Contração 17 PRINCIPAIS TECIDOS 18 • Muitas células são capazes de contração e movimentação, mas a locomoção e outros movimentos corporais dos animais multicelulares são realizados pela contração sincronizada das células musculares; • Células longas que podem ser estriadas ou não (lisas); • Células estriadas possuem alternância de discos claros e escuros devido à disposição ordenada dos seus elementos contráteis intra e intermoleculares. Formam as células dos músculos esquelético e cardíaco; • Músculo esquelético realiza movimento voluntário, diferente do músculo liso e cardíaco. TECIDO MUSCULAR MÚSCULO ESTRIADO 19 A unidade estrutural básica do músculo: miofibrila formada pela fusão de vários miotubos TECIDO MUSCULAR TIPOS de MÚSCULO 20 TECIDO MUSCULAR ESQUELÉTICO HISTOGÊNESE • Três tecidos embrionários: ectoderme, endoderme e mesoderme (além da linhagem germinativa); • São gerados ao final da gastrulação nos embriões animais triblásticos. 21 22 • É normalmente considerado que a formação do tubo neural inicia a organogênese nos animais; • Mas nem sempre a formação do tubo neural inicia ao término da gastrulação; • Como em Xenopus e em humanos! ORGANOGÊNESE 23 • A mesoderme é o tecido que gera praticamente todos os órgãos entre a ectoderme (parede do corpo) e a endoderme (tubo digestivo) durante o desenvolvimento embrionário; ORGANOGÊNESE • O tecido ósseo é um exemplo disto. 24 •OSSIFICAÇÃO INTRAMEBRANOSA •OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL • Células ósseas são formadas a partir de células cartilaginosas • Células ósseas são formadas diretamente de células mesenquimais (sem células cartilaginosas como precursoras) FORMAÇÃO DO TECIDO ÓSSEO (OSTEOGÊNESE) FORMAÇÃO DO TECIDO ÓSSEO (OSTEOGÊNESE) 25 • OSSIFICAÇÃO INTRAMEBRANOSA • OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL 26 OSSIFICAÇÃO INTRAMEBRANOSA • A ossificação intramembranosa é típica de ossos chatos do crânio e da face; • Esse tipo de ossificação é realizado a partir da diferenciação de células mesenquimais; • Células mesenquimais, por sua vez, podem ter origem a partir de células da crista neural ou da mesoderme. FORMAÇÃO DO TECIDO ÓSSEO (OSTEOGÊNESE) 27 • Inicialmente as células do embrião são consideradas como sendo de dois tipos: células epiteliais e células mesenquimais: CÉLULAS MESENQUIMAIS 28 • As células mesenquimais constituem populações de células multipotentes;• E a diferenciação de células mesenquimais resulta em vários tipos de células, como condrócitos, osteoblastos, adipócitos e fibroblastos; • As células mesenquimais originadas a partir de células da crista neural diferenciam-se em vários tipos celulares no início da embriogênese; • Enquanto as células mesenquimais que perduram como células tronco até a fase adulta são células descendentes principalmente da mesoderme. CÉLULAS MESENQUIMAIS 29 • Céls geradas a partir do tubo neural dos vertebrados; • Já rotulados como o 4º tecido embrionário; • Se desprendem do tecido neural, migram, e vão colonizar outras regiões do embrião onde vão se diferenciar em células precursoras para as mais diferentes linhagens e estruturas. CÉLULAS DA CRISTA NEURAL 30 • As céls da crista neural são geradas a partir da região dorsal do tubo neural; • Elas delaminam do tubo neural como um grupo de células; • E depois, pela inibição de contato entre essas células; • Elas se afastam e migram paralelamente ao tubo neural para baixo. CÉLULAS DA CRISTA NEURAL 31 • Uma característica notável das células da crista neural é que elas se formam partir do epitélio do tubo neural; • E passam por uma transição epitélio- mesênquima, ao longo de toda sua extensão; • Migrando para diferentes porções subjacentes do corpo. CÉLULAS DA CRISTA NEURAL 32 • Contribuem para a formação dos mais diferentes órgãos; • Especialmente na região da cabeça; • Gerando uma anatomia nos vertebrados, claramente distinta de outros deuterostômios. CÉLULAS DA CRISTA NEURAL • Na cabeça: contribuem com maior ou menor participação do que outros tecidos para formar: • Ossos, cartilagem, tecido conectivo da face e crânio; • Neurônios, glia e glândulas. 33 OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL • Formação da maioria dos ossos longos do corpo e da região posterior do crânio; • Células mesenquimais geram células cartilaginosas que são substituídas por células ósseas; FORMAÇÃO DO TECIDO ÓSSEO (OSTEOGÊNESE) • A mesoderme é formada patir da gastrulação e durante neurulação; • No final do processo são gerados quatro tipos de mesoderme no tronco; • Cada qual gerador de diferentes tecidos. 34 FORMAÇÃO DA MESODERME DO TRONCO 35 • Ossos endocondrais são formados a partir de céls mesenquimais cartilaginosas do tronco que são substituídas por células ósseas; • Ossos das costelas, vértebras e dos membros; • Os membros são formados a partir das placas laterais; • Costelas, vértebras e membros são formadas de mesoderme paraxial. OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL 36 OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL • Na verdade, as células ósseas são geradas a partir de células do esclerótomo; • Que é um tecido derivado da mesoderme paraxial. 37 OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL •Ocorre em etapas. FORMAÇÃO DO TECIDO ÓSSEO (OSTEOGÊNESE) 38 • (A) Céls mesenquimais do esclerótomo são comprometidas em céls cartilaginosas; • (B) Céls mesenquimais comprometidas são condensadas (compactadas) e passam a ser condrócitos (cartilagem); • (C) Condrócitos proliferam, secretam matriz cartilaginosa e formam o molde do osso; • (D) Condrócitos param de se dividir e aumentam de volume (hipertrofiam), formando um colar, definindo a taxa de extensão do osso; OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL 39 OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL • (D) Condrócitos hipertrofiados secretam material para a formação da matriz óssea e tb secretam fator angiogênico que induz céls mesenquimais formarem vasos sanguíneos, além de fator parácrino indutor de osteoblastos; • (E) Condrócitos entram em apoptose e osteoblastos passam a ocupar a região; • (F) Osteoblastos coordenam formação da matriz mineral; 40 • As etapas do processo de ossificação são controladas por sucessivos eventos integrados de indução (fatores parácrinos) e pela atuação de fatores de transcrição; OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL • O comprometimento nas células de esclerótomo é mediado pelo fator de transcrição Pax1 que vai ativar outros genes e preparar para novas sinalizações. • Células da notocorda secretam o fator parácrino Sonic hedgehog (Shh) induzindo o comprometimento de células do esclerótomo para células condrocitais (precursoras das céls cartilaginosas); 41 • Células mesenquimais competentes respondem para BMPs e FGFs; • Que desencadeiam a expressão de proteínas de adesão NCAM e N-caderinas possibilitando a adesão celular (compactação dos condrócitos); • E a expressão de Sox 9, fator de transcrição que desencadeia a expressão e secreção de proteínas de cartilagem como colágeno 2 e agrican e comprometimento para a proliferação celular. OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL 42 • Sinalização subsequente (Wnt) leva a proliferação dos condrócitos; • E de BMPs ao estágio de pré-hipertrofia dos condrócitos; • Quando o fator de transcrição RunX2 é expresso e desencadeia a expressão do fator Indian hedgehog (Ihh); • O bloqueio da indução por BMPs leva ao estágio de hipertrofia, quando os condrócitos secretam VEGF induzindo a vascularização do osso em formação; OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL 43 • O pré-condrócito é a célula que pode tanto gerar o osteoblasto quanto o condrócito; • Se pré-condrócitos recebem Ihh, disparam uma via para expressão de RunX2 e possibilita a diferenciação deste precursor em osteoblasto; • A maturação de osteoblasto para osteócito é conseguida pelo fator de transcrição osterix. OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL 44 • O osso longo tem sua formação através do centro de ossificação primária ao longo da diáfise do osso, que leva ao aumento do tamanho do osso durante a fase embrionária e fetal; • Enquanto o centro de ossificação secundário na epífise do osso é um processo tardio da fase fetal até adolescência; • A deposição avança em direção a diáfise até se tornar uma estrutura única. OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL 45 • O centro de ossificação secundária tb ocorre pela substituição de céls cartilaginosas por céls ósseas, levando a ossificação local; • No periósteo, superfície do osso, ocorre o aumento da espessura do osso, principalmente durante a infância até a adolescência. OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL Número do slide 1 INTEGRANDO NÍVEIS de ORGANIZAÇÃO TECIDO Número do slide 4 TECIDO EPITELIAL Número do slide 6 Número do slide 7 Número do slide 8 Número do slide 9 TECIDO CONJUNTIVO TECIDO CONJUNTIVO TECIDO CONJUNTIVO Número do slide 13 TECIDO NERVOSO Número do slide 15 Número do slide 16 Número do slide 17 Número do slide 18 Número do slide 19 Número do slide 20 Número do slide 21 Número do slide 22 Número do slide 23 Número do slide 24 Número do slide 25 Número do slide 26 Número do slide 27 Número do slide 28 Número do slide 29 Número do slide 30 Número do slide 31 Número do slide 32 Número do slide 33 Número do slide 34 Número do slide 35 Número do slide 36 Número do slide 37 Número do slide 38 Número do slide 39 Número do slide 40 Número do slide 41 Número do slide 42 Número do slide 43 Número do slide 44 Número do slide 45
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