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Resumo histologia

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE 
 
 
VANESSA ALVES DE SOUZA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO DE HISTOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
2020 
TECIDO EPITELIAL 
O tecido epitelial é avascular, os vasos 
sanguíneos que fornecem os nutrientes e 
removem os resíduos do epitélio 
encontram-se no tecido conjuntivo 
subjacente, realizando as trocas por 
difusão. Possui alta taxa mitótica, e tem 
como funções: Revestir superfícies e 
cavidades, além de proteção, absorção, 
excreção e recepção sensorial. 
▪ Polaridade das células 
epiteliais 
• Domínio Apical → Pode 
ter planura estriada 
(microvilosidades de 
origem endodérmica), 
borda em escova 
(microvilosidades de 
origem mesodérmica), 
estereocílios 
(microprojeções, longas, 
ramificadas ou não, que 
não possuem 
microtúbulos no seu 
interior) ou cílios 
(projeções, organização especial do 
citoesqueleto, formados por 
microtúbulos). 
• Domínio Lateral → 
Possui complexos 
juncionais: Junções 
oclusivas 
(impermeáveis), 
junções de 
ancoragem 
(aderência), junções 
comunicantes 
• Domínio Basal → 
Hemidesmossomos, fixam a membrana 
plasmática à lâmina basal 
 
▪ Membrana Basal 
• Entre o epitélio e o tecido conjuntivo 
subjacente, possuindo uma lâmina basal 
(colágeno do tipo IV, laminina, dividida em 
lâmina lúcida e lâmina densa) de origem 
epitelial e uma lâmina reticular (fibrilas 
reticulares, e colágeno do tipo III) de 
origem conjuntiva. 
 
▪ Tecido epitelial de 
revestimento 
Classificação quanto ao formato: 
• Célula pavimentosa: Achatadas ou planas, 
núcleo achatado, eixo paralelo à região da 
membrana basal é o maior; 
• Célula cúbica: Forma lembra um cubo ou 
hexágono, núcleo esférico; 
• Célula cilíndrica: Células altas e/ou 
alongadas, com núcleos ovais, o maior eixo 
é perpendicular à região da membrana 
basal. 
• Célula transicional: Variam de cuboide à 
cilíndrica, dependendo do estado 
fisiológico do órgão. 
 
Classificação quanto à organização em 
camadas: 
 
• Epitélio simples: Células dispostas em uma 
única camada, lado a lado. Todos os 
núcleos na mesma altura, e todas as células 
em contato com a membrana basal; 
• Epitélio estratificado: Células se 
organizam em duas ou mais camadas, 
sendo seus núcleos observados em várias 
alturas; 
• Epitélio pseudoestratificado: Única 
camada de células, porém núcleos em 
diferentes alturas. Todas as células tem 
contato com a membrana basal, mas nem 
todas alcançam a superfície livre do 
epitélio; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Tecido epitelial glandular: 
• As glândulas tem origem no epitélio de 
revestimento; 
• As células secretoras representam o 
parênquima glandular, enquanto o 
estroma glandular é representado por 
tecido conjuntivo; 
 
Classificação quanto ao número de células: 
• Gl. Unicelular → Células especializadas, 
individualmente; 
• Gl. Multicelular → Reunião de várias 
células; 
Classificação quanto ao local onde a secreção é 
lançada: 
• Gl. Exócrina → Meio externo; 
• Gl. Endócrina → Vasos sanguíneos 
(hormônios); 
Outros tipos de glândulas: 
• Anfícrinas → Secretam tanto para o meio 
externo quanto para os vasos sanguíneos, 
contendo uma porção endócrina e outra 
exócrina; 
Classificação quanto a secreção dos 
mensageiros: 
• Secreção autócrina → O mensageiro 
químico atuará na própria célula 
produtora; 
• Secreção parácrina → O mensageiro 
químico atua nas células próximas da cel. 
produtora; 
• Secreção endócrina → Lançado para a 
corrente sanguínea; 
• Secreção neuroendócrina → Elaborada 
por células nervosas, podendo ser liberada 
na corrente sanguínea; 
• Secreção citócrina → Produzida por uma 
célula e transferida para outra. 
Classificação das glândulas exócrinas 
multicelulares quanto à morfologia do ducto 
excretor: 
• Simples → Apresenta um único ducto 
• Composta → Ducto se ramifica 
repetidamente 
Classificação das glândulas exócrinas 
multicelulares quanto à porção secretora: 
Acinosa (bagos de uva), tubulosa (túbulos 
alongados), túbulonovelada (túbulos de 
trajeto contorcido) e ramificada (se ramifica 
em várias unidades secretoras). 
 
 
Classificação das glândulas exócrinas 
multicelulares quanto ao modo de secretar: 
• Gl. Holócrina → Toda a célula é liberada 
junto com o produto, que se acumula no 
citoplasma até a morte celular; 
• Gl. Merócrina ou écrina → Liberação por 
meio de exocitose, não há perda de 
citoplasma; 
• Gl. Apócrina → Secreção se acumula na 
porção apical da célula, sendo liberada 
junto com parte do citoplasma. 
Classificação das glândulas merócrinas quanto 
ao tipo de secreção elaborada: 
• Gl. Mucosa → Núcleo achatado, deslocado 
para a porção basal, citoplasma 
fracamente corado; 
• Gl. Serosa → Núcleo esférico, na região 
central, citoplasma acentuadamente 
acidófilo 
• Gl. Mista → Constituída tanto por cel. 
serosas quanto mucosas 
Classificação das glândulas endócrinas: 
• Gl. Cordonal → Cordões celulares que 
se anastomosam, separados por vasos 
sanguíneos; 
• Gl. Vesicular ou folicular → Unidades 
secretoras formam vesículas 
(folículos). 
 
TECIDO CONJUNTIVO 
Sustenta e estabelece continuidade 
entre o tecido epitelial e outros 
tecidos. É constituído por variados 
tipos celulares e uma matriz 
extracelular abundante. Divide-se, 
didaticamente, em tecido conjuntivo 
propriamente dito e tecidos 
conjuntivos especiais. 
▪ Tecido conjuntivo 
propriamente dito: 
 
• Altamente vascularizado e inervado, se 
desenvolve a partir do mesênquima; 
 
 
• Matriz extracelular → Elementos 
sintetizados pelo fibroblasto; 
• Elementos fibrosos → Colágeno, 
elastina e fibrilina; 
• Substância fundamental → 
Glicosaminoglicanos, glicoproteínas, 
água de solvatação, íons e sais 
minerais; 
• Colágeno → Proteína fibrosa, 
resistente à tensão, sintetizada no 
citoplasma do fibroblasto. 
o Colágenos fibrilares: I, II, III, V, 
IX, XI → Fibras colagenosas se 
unem e formam feixes; 
o Colágeno do tipo I → Suas 
fibrilas colagenosas se unem, 
formando as fibras colágenas 
clássicas. Possuindo grande 
resistência às forças de tensão, 
sendo inelásticas; 
o Colágeno tipo II → Cartilagens 
e humor vítreo; 
o Colágeno tipo III → Possui 
fibrilas finas, classicamente 
denominadas fibras 
reticulares. Estão presentes na 
membrana basal (lâmina 
reticular) 
• Fibrilina → Constituinte das fibras 
elásticas, são mediadores da adesão 
entre os componentes da matriz 
extracelular; 
• Elastina → Principal componente das 
fibras elásticas. Possui grande 
elasticidade. São mais facilmente 
visualizadas quando se agrupam em 
lâminas elásticas. 
• Glicosaminoglicanos (GAG) → 
Desenvolvimento e sinalização celular, 
angiogênese, crescimento axonal, 
progressão tumoral, metástase, 
anticoagulação, reparo tecidual. São 
importantes para a hidratação da 
matriz extracelular e na manutenção 
da arquitetura tecidual. Quando 
associados à proteínas formam os 
proteoglicanos que se ligam formando 
agregados de proteoglicanos unidos 
por hialuronano. 
 
 
 
 
• Glicoproteínas Estruturais 
Extracelulares → Proteínas associadas 
à glicídios, que medeiam a interação 
entra as células e os elementos da 
matriz extracelular: Fibronectina, 
laminina, entactina e tenascina. 
o Fibronectina → Favorece a 
ligação das células com os 
GAGs, além de sítios de ligação 
para o colágeno, 
heparanosulfato e moléculas 
de adesão. 
o Laminina → Forma de cruz, 
possui sítios de ligação para os 
receptores da família das 
Integrinas, sendo responsável 
pela aderência de células 
epiteliais à membrana basal. 
o Entactina → Presente nas 
membranas basais, modula a 
adesão celular; 
o Tenascina → Adesão celular. 
 
• Sais minerais → Encontram-se nas formas 
cristalina (molecular, ossos) ou iônica nos 
líquidos. Principais: Cl¯, 
HCO3¯, CO3-2 e fosfatos (ânions) e Na+, K+, Ca++ 
eMg++ (cátions). 
• Água de solvatação → Está associada às 
micelas proteicas do citoplasma e da 
matriz extracelular, encontrando-se 
adsorvida à superfície das micelas, 
enquanto a água de embebição está 
adsorvida no interior das micelas. Essas 
moléculas estão quase imobilizadas e não 
são consideradas água líquida; 
 
• Células → Podem ser residentes 
(número e padrão fixos) ou migrantes; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Fibroblastos → É a célula mais 
frequente do tecido conjuntivo 
propriamente dito. Pode estar na 
forma ativa (produzindo matriz, núcleo 
ovoide e grande), inativa (não está 
secretando matriz, forma fusiforme, 
alongada e com poucos 
prolongamentos) ou como 
miofibroblastos (características 
intermediárias entre o fibroblasto e a 
célula muscular lisa); 
• Macrófagos → Originam-se dos 
monócitos do sangue, possui núcleo 
ovoide ou em forma de rim. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No tecido conjuntivo PD eles podem ter 
localização fixa (macrófagos fixos) ou se 
deslocar por movimentos ameboides 
(macrófagos livres). Atuam nos processos de 
defesa do organismo, fagocitando restos 
celulares, material alterado, bactérias, etc, 
além de atuarem como células apresentadoras 
de antígenos. 
• Plasmócitos → Tem origem a partir do 
linfócito B ativado, atuam na produção de 
anticorpos. 
• Mastócitos → Célula globulosa, grande 
com presença de grânulos citoplasmáticos 
basófilos, se originam de células 
agranulares. São responsáveis pela 
produção e armazenamento de 
mediadores químicos dos processos 
inflamatórios (histamina, heparina, etc); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Tecido adiposo: 
• Célula Adiposa → Adipócitos, armazenam 
triglicerídeos (Ac. Graxo + glicerol), quando 
maduros, não se dividem, mas possuem 
vida relativamente longa. Não é possível 
visualizar os lipídeos nos cortes 
histológicos, restando a penas sua imagem 
negativa. São frequentes no tecido 
conjuntivo frouxo, e constituem o tecido 
adiposo, altamente vascularizado. Há dois 
tipos de células adiposas, a célula adiposa 
unilocular e a multilocular. 
o Unilocular → Células volumosas, 
possuem uma única gotícula de 
gordura e poucas organelas, 
núcleo pequeno e deslocado para 
a periferia da célula; Função 
principal: fonte de energia. 
o Multilocular → Célula menor, 
núcleo esférico e 
preferencialmente na região 
central, possui grandes grande 
quantidade de mitocôndrias, e 
várias gotículas lipídicas. Função 
principal: Gerar calor. 
▪ Variedades do tecido 
conjuntivo: 
• Tecido conjuntivo frouxo → Preenche 
espaços entre os feixes musculares, 
sustentação de epitélios (e nutrição), vasos 
sanguíneos e linfáticos. É pouco resistente 
às forças de tensão, sendo flexível. 
Localiza-se logo abaixo dos epitélios, 
constituindo as mucosas (tec. epitelial + 
tec. conj. Frouxo subjacente). 
• Tecido conjuntivo denso → Predomínio de 
elementos fibrosos, feixes de fibras 
colágenas, que conferem muito mais 
resistência, e variam em relação a sua 
orientação: 
o Tec. conj. Denso modelado → As 
fibras encontram-se organizadas, 
seguindo determinada orientação 
(tendões e cápsulas de órgãos); 
o Tec. conj. Denso não modelado → 
Dispõem-se em várias direções 
(derme reticular) 
• Tecido linfoide → células relacionadas a 
defesa imunológica, linfócitos, macrófagos e 
seus precursores, plasmócitos, dentre outras 
células. Possui estroma celular, constituído 
por células reticulares, engajadas com a 
produção de fibras reticulares (fibrilas 
colagenosas predominantemente do tipo III) 
 
SANGUE E HEMATOPOIESE 
• Tipo de tecido conjuntivo em forma de um 
fluído. Responsável pelo transporte de 
oxigênio e nutrientes, remover o dióxido 
de carbono e outros resíduos, além de 
distribuir hormônios e de mecanismos de 
regulação térmica. O sangue é dividido em 
duas fases: Elementos figurados e plasma 
sanguíneo. 
o Elementos figurados → Hemácias, 
leucócitos e plaquetas 
LEUCÓCITOS: Glóbulos brancos, responsáveis 
pela defesa do organismo, realizam migração 
do sangue para os tecidos por meio da 
diapedese e quimiotaxia 
o Plasma → Matriz celular composta 
por 91% de água e 9% proteínas, 
eletrólitos, gorduras, glicose, 
hormônios, etc. As Ptns do plasma 
são de três tipos principais: 
Albuminas, globulinas e 
fibrinogênio. 
HEMÁCIA: Corpúsculos bicôncavos anucleados 
(na maioria dos mamíferos) de citoplasma 
intensamente acidófilo, com área central 
pálida. Nos vertebrados não-mamíferos são 
nucleadas e denominadas eritrócitos, com 
forma discoide. 
 
LINFÓCITOS: Linfoblasto → Pró-linfócitos → 
Linfócitos. 
Os linfócitos podem ser “ativados” ou “não-
ativados”. 
• Linfócitos ativados (ou reativos): 
Pouco frequente em pessoas sadias, 
célula volumosa, com citoplasma 
abundante e de coloração basófila. 
• Linfócitos não-ativados: Núcleo 
esférico ou oval, citoplasma escasso e 
de coloração azul-pálida, célula 
pequena, pode conter grânulos. 
 
NEUTRÓFILOS: Núcleo polissegmentado, 
citoplasma cinza-rosado, contendo grânulos 
extremamente pequenos de difícil visualização 
ao microscópio de luz (são os mais 
abundantes); 
EOSINÓFILOS: Possui 2-3 lóbulos nucleares, 
citoplasma alaranjado devido aos grandes 
grânulos acidófilos; 
BASÓFILOS: Possui 2-3 lóbulos nucleares, 
citoplasma púrpuro-azulado devido aos seus 
grânulos basófilos. 
MONÓCITO: Célula grande, núcleo em forma 
de ferradura(rim), citoplasma abundante e de 
coloração cinza-azulado, com numerosos 
grânulos (lisossomos). 
PLAQUETA: Corpúsculos anucleados (nos 
mamíferos) derivados do megacariócito 
maduro, contendo diferentes grânulos. 
Trombócito é a denominação conferida às 
plaquetas nucleadas dos vertebrados não-
mamíferos, por serem verdadeiras células. 
 
TECIDO CARTILAGENOSO 
Variedade do tecido conjuntivo que apresenta 
consistência firme, mas flexível, capaz de 
absorver e resistir à compressão, além de 
absorver choques mecânicos. 
• Funções: 
o Sustentar tecidos moles; 
o Revestir superfícies articulares 
o Formação e crescimentos dos 
ossos longos; 
o Sustentar o corpo do embrião. 
 
• Composição: Células imersas em uma 
matriz cartilaginosa abundante, que 
não apresenta nem vascularização 
nem inervação própria. 
 
• Tipos celulares: 
o CÉLULAS CONDROGÊNICAS → 
Fusiformes, com o núcleo 
alongado, localizadas nas 
camadas mais interna do 
pericôndrio, podem se 
diferenciar tanto em 
condroblastos quanto em 
células osteoprogenitoras. 
o CONDROBLASTOS → Células 
arredondadas com projeções, 
se localizam próximas à 
superfície da peça de 
cartilagem (entre o 
pericôndrio e a cartilagem 
propriamente dita), possui 
capacidade mitótica, 
produzindo a matriz 
cartilaginosa e sendo 
precursores dos condrócitos. 
o CONDRÓCITOS → Localizam-
se no interior da matriz em 
pequenas lacunas, estão 
envolvidos na síntese e 
renovação da matriz 
cartilaginosa. Aqueles mais 
próximos da periferia 
apresentam um núcleo mais 
ovoides, e aqueles localizados 
mais profundamente 
apresentam núcleo esféricos. 
Os condrócitos podem se 
reunir em grupos isogênicos, 
podendo ser coronários (em 
ninhos) ou axiais (em fileiras). 
 
• Matriz Cartilaginosa: Constituída por 
proteoglicanos, além de elementos 
fibrilares (colágeno tipo I e II e fibras 
elásticas), o elemento predominante 
varia de acordo com o tipo de 
cartilagem. Também ocorre a 
condrectina, proteína de adesão. A 
cartilagem é altamente hidratada, a 
água de solvatação permite a difusão 
de nutrientes e absorção de choques 
mecânicos. 
 
 
• Pericôndrio: Tecido conjuntivo denso, 
que reveste as peças cartilaginosas, 
exceto as cartilagens articulares. 
Divide-se em duas camadas, a mais 
externa (fibrosa→ Fibras col. Tipo I + 
Fibroblastos) e a amis interna (celular 
→ células condrogênicas). Além disso, 
é responsável pela nutrição da peça 
cartilaginosa,e pela eliminação de 
resíduos metabólicos 
 
À medida que a formação do tecido 
cartilaginoso ocorre, os condroblastos 
produzem mais matriz cartilaginosa e acabam 
ficando restritos em compartimentos 
denominados lacunas, nos quais se fixam, 
assumindo características morfológicas de 
condrócitos. 
Os condrócitos formam os grupos isogênicos, 
entre eles, a matriz cartilaginosa possui maior 
quantidade de fibras colagenosas, sendo 
chamada de matriz interterritorial, e ao seu 
redor ela possui maior quantidade de 
proteoglicanos, sendo mais basófila, chamada 
de matriz territorial. 
Obs.: Crescimento intersticial → Ocorre a 
partir de células do mesênquima, que se 
diferenciam em condroblastos, estes 
produzem matriz cartilaginosa, e se 
diferenciam em condrócitos, formando grupos 
isogênicos, esse crescimento é característico 
da vida embrionária. 
Crescimento aposicional → Ocorre a partir do 
momento em que o pericôndrio é formado. Se 
dá pela adição de novas camadas de tecido 
cartilaginoso pela modificação da camada 
condrogênicas do pericôndrio. 
• Tipos de cartilagem: 
HIALINA → A mais abundante no corpo, forma 
a maior parte do esqueleto do embrião, a 
extremidade do nariz, na laringe, nas 
extremidades das costelas, anéis da traqueia, 
brônquios, além de recobrir as superfícies 
articulares dos ossos. Colágeno do tipo II e 
condroitinsulfato. 
ELÁSTICA → Presente na orelha externa, 
meato acústico externo, na epiglote e na 
laringe. Colágeno do tipo II e fibras elásticas. Os 
condrócitos na cartilagem elástica parecem ser 
mais volumosos do que os condrócitos da 
cartilagem hialina. 
FIBROSA → Participa da estruturação dos 
discos intervertebrais, dos meniscos das 
articulações dos joelhos, da sínfise púbica, 
alguns ligamentos e tendões. Seu único tipo de 
crescimento é o intersticial. Caracteriza-se por 
possuir feixes espessos de fibras colágenas do 
tipo I, além das fibras col. Do tipo II, conferindo 
maior resistência à tração. 
 
TECIDO ÓSSEO 
Variedade do tecido conjuntivo, tem como 
funções: 
• Apoio e suporte para as partes moles 
do organismo; 
• Proteção de órgãos internos vitais; 
• Locomoção; 
• Alojar o tecido hematopoiético; 
• Reservatório de íons e sais minerais. 
MÉTODOS PARA ESTUDO DO TECIDO ÓSSEO 
AO MICROSCÓPICO DE LUZ 
• Descalcificação → Visa o estudo da 
parte orgânica do osso (células e 
matriz óssea), é utilizado um quelante 
que quando é removido carreia o 
cálcio, removendo-o do tecido. 
• Desgaste → Visa analisar a parte 
inorgânica do osso, para isso, ele é 
cortado em fragmentos e, 
posteriormente, lixado para obter 
fatias finas, que permitirão a passagem 
de luz pelo microscópio. 
CONSTITUIÇÃO DO TECIDO ÓSSEO: O tecido 
ósseo é constituído por tipos celulares 
(osteoblastos, osteoclastos e osteócitos), 
imersos em uma matriz extracelular calcificada 
(matriz ósseo). Essa matriz é dividida em 
porção orgânica (fibras colagenosas→ 
Colágeno tipo I + subst. Fundamental) e porção 
inorgânica (cálcio, fósforo, e outros minerais). 
Além disso, o osso é recoberto externamente 
pelo periósteo, tecido conjuntivo denso de 
onde saem fibras colagenosas (Fibras de 
Sharpey), responsáveis por fixar o periósteo ao 
osso. É a partir do periósteo que os vasos 
sanguíneos penetram no osso. Revestindo a 
cavidade central dos ossos tem-se o endósteo, 
tecido conjuntivo muito frouxo, que pode se 
resumir a uma única camada. 
 
 
 
• Tipos celulares: 
CÉLULAS OSTEOPROGENITORAS → Células 
derivadas do mesênquima que se diferenciam 
em osteoblastos, são fusiformes e apresentam 
núcleo oval. No osso maduro encontram-se no 
endósteo e revestindo os canais de Havers. 
OSTEOBLASTOS → Célula derivada da cel. 
Osteoprogenitora, tem como unção produzir 
os componentes da matriz óssea. Seus 
prolongamentos são curtos e fazem contato 
com as células vizinhas, onde ocorrem junções 
comunicantes. Localizam-se na superfície do 
tecido ósseo. Existe ainda uma região mais 
clara, entre a matriz óssea propriamente dita e 
os osteoblastos, onde ainda não há total 
calcificação, chamada de osteoide. 
 
Obs.: Quando a matriz óssea ao redor do 
osteoblasto se calcifica, esse passa a ser 
denominado osteócito. 
Obs. 2: No adulto, quando o tecido ósseo está 
totalmente formado, alguns osteoblastos 
tornam-se inativos, se dispondo lado a lado na 
superfície do tecido, sendo chamados de 
células do revestimento ósseo, protegendo a 
superfície e podendo entrar em atividade 
novamente. 
OSTEÓCITOS → Células maduras que derivam 
dos osteoblastos. A região do citoplasma que 
contém o núcleo se localiza na lacuna óssea 
(osteoplasto). Os osteócitos emitem 
prolongamentos que se projetam em 
diferentes direções, percorrendo espaços 
(canalículos ósseos) que intercomunicam as 
lacunas ósseas por meio de junções 
comunicantes. 
 
 
OSTEOCLASTOS → Células grandes derivadas 
de um precursor comum ao dos monócitos. 
Tem capacidade de se deslocar sobre a 
superfície óssea, no tecido se localiza em 
depressões chamadas de Lacunas de 
reabsorção. Sua face voltada para a superfície 
óssea apresenta microprojeções (borda 
pregueada). Essas células realizam a 
 
CLASSIFICAÇÃO ESTRUTURAL: 
• Osso primário → Primeiro a ser 
formado durante o desenvolvimento 
embrionário. Possui numerosos 
osteócitos na matriz óssea, e suas 
fibras colagenosas encontram-se sem 
organização definida. Há poucos sais 
minerais. 
 
• Osso secundário → Histologicamente 
maduro, organizado em lamelas ósseas 
paralelas que estão arranjadas 
concentricamente ao redor de canais. 
Sua matriz óssea é mais calcificada. 
 
SISTEMAS LAMELARES: Presente nos ossos 
compactos constituído por lamelas ósseas 
paralelas. Podem ser classificados em: 
 
• Sistema circunferencial interno e 
sistema circunferencial externo → 
Ambos são formados por lamelas 
ósseas paralelas. O Sistema 
circunferencial externo se localiza logo 
abaixo do periósteo, sendo mais 
desenvolvido que o sistema 
circunferencial interno, que se localiza 
circundando o canal medular. 
• Sistema de Havers (osteon ou sistema 
haversiano) → Composto por lamelas 
ósseas concêntricas ao redor de um 
canal (Canal de Havers), o qual aloja 
uma rede vascular. Intercomunicando 
os canais de Havers existem os canais 
de Volkmann (perpendiculares), esse 
labirinto de canais permite a troca de 
nutrientes, e passagem de nervos. O 
osso compacto apresenta usualmente 
sistemas de Havers, já o osso 
esponjoso não, nele o tecido ósseo 
lamelar é constituído por finas lâminas, 
denominadas trabéculas. 
• Sistema intermediário → Representa 
restos de sistemas de Havers que 
foram parcialmente destruídos. 
 HISTOGÊNESE DO TECIDO ÓSSEO 
(OSSIFICAÇÃO): Produção de matriz orgânica 
→ Deposição de sais minerais, pode ocorrer 
por dois processos distintos: 
• Ossificação endoconjuntiva 
(intramenbranosa) → Na vida 
embrionário, no interior do 
mesênquima (centro primário de 
ossificação), as células 
osteoprogenitoras se diferenciam 
dando origem aos osteoblastos, que 
passam a secretar a matriz óssea. Os 
osteoblastos ao ficarem aprisionados 
na matriz extracelular tornam-se 
osteócitos. 
• Ossificação Endocondral → Necessita 
de um molde pré-estabelecido de 
cartilagem hialina. O pericôndrio da 
região da futura diáfise sofre 
ossificação endoconjuntiva e se 
modifica em periósteo. As células 
condrogênicas se transformam em 
osteoprogenitoras, que darão 
origem aos osteoblastos. Os 
osteoblastos começam a secretar 
matriz óssea, formando um 
cilindro ósseo ao redor do molde 
de cartilagem. Devido à ação dos 
osteoclastos no periósteo, vasos 
sanguíneos penetram na peça de 
cartilagem, trazendo sangue 
oxigenado e cálcio, há a calcificação da 
matriz cartilaginosa, com consequente 
morte dos condrócitos, forma-se um 
amplo espaço (futura cavidade 
medular). 
 
CENTRO SECUNDÁRIO DEOSSIFICAÇÃO: Surgem nas epífises, 
com crescimento radial, como na 
superfície articular não há 
pericôndrio, não se forma o anel 
ósseo, e a cartilagem hialina persiste 
revestindo o osso. 
CARTILAGENS NO OSSO: Ficam 
restritas a dois locais → Nos discos 
epifisários, entre a diáfise e as epífises, 
responsável pelo crescimento longitudinal 
do osso (pode permanecer até os 20 anos), 
e nas superfícies 
articulares. 
REMODELAÇÃO DOS OSSOS: Substituição do 
tecido ósseo envelhecido por um novo, mesmo 
após o osso ter sua forma e tamanho definidos. 
Isso permite a troca de cálcio entre o tecido 
ósseo e o sangue. Ocorre por meio de uma 
cooperação delicada entre o osteoclasto e 
osteoblasto, influenciada por vários 
hormônios: Somatotrofina, hormônios sexuais, 
insulina, calcitonina e paratormônio. Quando 
os osteoblastos são ativados pelo PTH há 
produção de fatores de crescimento e a 
estimulação e o recrutamento dos 
osteoclastos, e assim, ocorre a reabsorção do 
cálcio. O ciclo da remodelação é dividido em 4 
fases: 
• Fase de reabsorção → Os osteoclastos 
multinucleados ativados reabsorvem 
uma discreta área da matriz óssea 
mineralizada; 
• Fase reversa → As células 
osteoprogenitoras migram para a 
lacuna de reabsorção; 
• Fase formadora → Os osteoblastos 
depositam matriz óssea nova, 
inicialmente não-mineralizada 
(osteoide), preenchendo a lacuna de 
reabsorção; 
• Fase de repouso → Uma vez 
submersos no osteoide os 
osteoblastos se diferenciam em 
osteócitos. 
Obs.: A remodelagem ocorre em áreas do 
osso que foram enfraquecidas 
estruturalmente por “fadiga”, por estresse 
mecânico comum ou pela falta de uso. 
 
ARTICULAÇÕES: São os locais de associação 
entre as peças ósseas para formar o 
esqueleto. Podem ser classificadas em: 
Fibrosas, cartilaginosas, sinoviais. 
• Articulações fibrosas → Podem 
ser de dois tipos: Suturas (entre os 
ossos dos crânios) ou sindesmoses 
(unindo as extremidades da tíbia e 
da fíbula); 
• Articulações cartilaginosas → 
Podem ser divididas em dois tipos: 
Primárias (sincondroses → ossos 
unidos por cartilagem hialina) e 
secundárias (sínfises → ossos 
unidos por fibrocartilagem); 
• Articulações sinoviais → As 
superfícies articulares dos ossos 
são revestidas por uma fina 
camada de cartilagem hialina 
TECIDO NERVOSO 
Contém células altamente especializadas, 
pouquíssima matriz extracelular, sendo bem 
vascularizado (elevada atividade metabólica). 
É dividido em duas classes de células: 
Neurônios (células nervosas → conduzem o 
impulso nervoso, que representa alterações na 
carga elétrica da membrana plasmática), e as 
células da glia (sustentação e nutrição dos 
neurônios). 
 
NEURÔNIOS: Responsáveis pela função de 
excitabilidade e de condutibilidade do tecido 
nervoso. A célula nervosa é a unidade 
morfofuncional, transmitindo sinais e 
informações. São células grandes com um 
corpo celular (pericário), de onde partem 
prolongamentos celulares: Os dendritos (único 
ou vários) e o axônio (único). 
• Pericário → Centro trófico da célula, 
contém o núcleo e o citoplasma 
perinuclear. O núcleo é grande e ocupa 
a região central, o citoplasma ao seu 
redor contém grande quantidade de 
RER, que devido a riqueza de 
ribossomos formam aglomerados 
denominados corpúsculos de Nissl. Há 
ainda, uma região de emergência do 
axônio, denominada cone de 
implantação. 
• Dendritos → São prolongamentos 
delicados que partem do pericário, e, 
via de regra, são especializados em 
receber estímulos oriundos de células 
sensoriais e de axônios de outros 
neurônios. Possuem ainda expansões 
da membrana plasmática, 
denominadas espículas, responsáveis 
pelo controle sensorial e seletividade. 
• Axônio → Prolongamento único, que 
emerge do pericário, pode ter mais de 
100 cm de comprimento. Sua região 
terminal comumente se apresenta 
ramificada, constituindo as 
terminações axonais (telodendro), as 
quais possuem expansões 
denominadas botões terminais, onde 
são observadas vesículas sinápticas 
(armazenam neurotransmissores). 
Obs.: Fluxo axoplasmático anterógrado → 
Fluxo em direção à terminação axônica; 
Fluxo axoplasmático retrógrado → Fluxo em 
direção ao pericário. 
Esse trânsito de substâncias e organelas é 
essencial para o axônio (não possui organelas 
fixas), e é dividido em duas fases: Rápida 
(predomínio de organelas com membranas) e 
lenta (predomínio de proteínas solúveis e 
proteínas do citoesqueleto). 
CLASSIFICAÇÃO DOS NEURÔNIOS: (1) a forma 
do pericário, (2) a quantidade de 
prolongamentos, (3) sua função e (4) 
localização. 
• Forma: 
o Neurônio estrelado → 
Pericário lembra a forma de 
uma estrela; 
o Neurônio piramidal → 
Pericário com formato 
triangular; 
o Neurônio piriforme → 
Pericário em forma de uma 
pedra; 
o Neurônio fusiforme → 
Pericário com forma alongada; 
o Neurônio globoso → Pericário 
com forma esférica; 
o Neurônio em cesta → 
Pericário com aspecto de uma 
cesta, onde o axônio emite 
grupos de pequenos ramos 
que envolvem a célula de 
purkinje. 
 
• Quantidade de prolongamentos: 
o Neurônio unipolar → Possui 
um único prolongamento, mas 
pequenas expansões desses 
prolongamentos funcionam 
como receptores sensoriais e 
outros como efetores. São 
comuns em invertebrados, na 
fase embrionária dos 
vertebrados, e em células 
amácrinas da retina; 
o Neurônio bipolar → Possuem 
um dendrito e um axônio 
(neurônios sensoriais do 
epitélio olfativo ou na retina); 
o Neurônio pseudounipolar → 
Apresenta um único 
prolongamento que se 
ramifica próximo ao pericário. 
o Neurônio multipolar → Possui 
um axônio e diversos 
dendritos. É o tipo mais 
frequente. 
 
• De acordo com a função: 
o Neurônios sensoriais ou 
aferentes → Captam as 
informações a partir de 
receptores sensoriais e 
transmitem as informações 
para o SNC; 
o Neurônios motores ou 
eferentes → Inervam e 
regulam a atividade de células-
alvo, transmitindo comandos 
originados no SNC para as 
células musculares e 
glândulas; 
o Interneurônios → Neurônios 
que conectam um neurônio a 
outro, sendo minoria das 
células nervosas. 
 
• Quanto a localização: 
o Centrais → Localizados no 
interior do SNC (subst. Branca 
ou cinzenta), podendo estar 
organizado em camadas ou em 
grupos (núcleos); 
o Periféricos → Neurônios 
localizados na retina ou em 
gânglios do sistema nervoso 
autônomo, podem estar 
organizados em camadas 
(retina) ou em gânglios. 
CÉLULAS DA GLIA (NEUROGLIA): Formam um 
sistema de sustentação crítico para os 
neurônios, além de protege-los. Nas 
preparações histológicas coradas pela 
hematoxilina e eosina (HE) somente os núcleos 
das células da glia são observados. Essas células 
não geram nem transmitem impulsos 
nervosos, mas participam do controle do 
microambiente onde estão os neurônios, 
sendo capazes de se dividir mesmo no adulto. 
Existem 6 tipos de células da glia: Microglia, 
astrócitos, oligodendrócitos, células de 
schwann, células ependimárias, e células 
satélites. 
• Microglia → Células pequenas com 
núcleo oval, citoplasma escasso e 
prolongamentos pequenos e 
irregulares. Possuem capacidade 
fagocitária, representando macrófagos 
pertencentes ao sistema mononuclear 
fagocitário, atuam na remoção de 
resíduos e estruturas danificadas no 
SNC. 
 
• Astrócitos → Possuem núcleo esférico 
e central, numerosos prolongamentos 
citoplasmáticos. Essas células 
participam do metabolismo de 
neurotransmissores e mantém o 
equilíbrio do K+ no microambiente dos 
neurônios. A porção terminal dos seus 
prolongamentos forma dilatações (pés 
terminais), que estabelecem contato 
com os neurônios e com os vasos 
sanguíneos (pés vasculares → formam 
uma camada contínua, isolando os 
capilares). Dessa forma se estrutura a 
barreira hematoencefálica (Célula 
endotelial do capilar + membrana 
basal do capilar + pés vascularesdos 
astrócitos), que controla o trânsito de 
substâncias. Além disso, os pés 
astrocitários estabelecem contato com 
o tecido conjuntivo na superfície do 
SNC (a pia-máter), limitando a livre 
difusão de substâncias, sendo 
denominados pés terminais subpial, 
constituindo a membrana pia-glial. 
 
• Oligodendrócitos → São células 
menores e com menos 
prolongamentos quando comparadas 
aos astrócitos, encontradas no SNC. 
Quando o axônio de um neurônio é 
envolto por prolongamentos do 
oligodendrócito, forma-se uma fibra 
nervosa. Essa fibra pode dar várias 
voltas ao redor do axônio, formando a 
bainha de mielina (fibra nervosa 
mielínica), ou pode envolver o axônio 
sem dar voltas, formando uma fibra 
nervosa amielínica. 
• Células de Schwann → Células 
alongadas com um núcleo achatado, e 
citoplasma relativamente abundante. 
Estão localizadas no SNP, e ao envolver 
um ou vários axônios formam fibras 
nervosas. Enrolando-se muitas vezes 
ao redor do axônio formam a bainha 
de mielina (fibra nervosa mielínica), 
porém se só revestirem o axônio sem 
dar voltas, forma-se uma fibra 
amielínica. Nos locais que representam 
o limite entre duas células de Schwann 
ao longo de um mesmo axônio 
encontram-se interrupções 
denominadas nó de Ranvier. 
• Células ependimárias → Células 
epiteliais cilíndricas ou cúbicas que 
revestem as cavidades do encéfalo 
(ventrículos cerebrais) e o canal central 
da medula espinhal, sendo 
responsáveis pela produção do líquido 
cerebrospinal (líquor). Em algumas 
regiões apresentam cílios que ajudam 
no deslocamento do líquor. Em alguns 
locais do SNC a pia-máter forma pregas 
de tecido conjuntivo altamente 
vascularizado revestido por células 
ependimárias, que apresentam 
microprojeções, essas estruturas são 
denominadas plexos coroides, onde 
ocorre a secreção do líquor. 
GÂNGLIOS NERVOSOS: São agrupamentos de 
pericários de neurônios localizados fora do 
SNC. Os pericários são revestidos por uma 
única camada de células satélites. Os gânglios 
nervosos são envoltos por uma cápsula de 
tecido conjuntivo – Cápsula do gânglio. 
NERVO: Conjunto de feixes de fibras nervosas 
no SNP. 
MENINGES: Constituída por tecido conjuntivo, 
envolvem o encéfalo e a medula nervosa, 
sendo formadas por três camadas: Dura-máter, 
aracnoide e pia-máter. 
TECIDO MUSCULAR 
As células mesenquimais originam os 
mioblastos, que tem capacidade de se contrair, 
que o organismo utiliza para locomoção, 
contrição de estruturas e outros movimentos 
propulsores. Possui células altamente 
especializadas, que tem denominações 
próprias, membrana celular como sarcolema, 
citoplasma como sarcoplasma, retículo 
endoplasmático liso como retículo 
sarcoplasmático, e as mitocôndrias como 
sarcossomos. 
• Funções: 
o Movimentos; 
o Estabilização; 
o Regulação do volume dos 
órgãos; 
o Geração de calor durante a 
contração do músculo. 
• Tipos: 
o Músculo estriado → Existem 
dois tipos de tecido muscular 
estriado: Tecido muscular 
esquelético e tecido muscular 
cardíaco. Nessas células as 
proteínas contráteis 
organizam-se em um padrão 
específico, formando 
miofilamentos, que se 
reúnem em miofibrilas, esse 
arranjo é responsável pelo 
padrão estriado da célula. 
M. Estriado Esquelético → É formado por 
feixes de células muito longas, multinucleadas, 
e com núcleos periféricos. São divididas em 
dois tipos de fibras: De contração rápida (IIA e 
IIB) e lenta(I). 
• ENVOLTÓRIOS DO MÚSCULO ESTRIADO 
ESQUELÉTICO: Epimísio (tecido conjuntivo 
denso, envolve externamente o músculo), 
perimísio (tecido conjuntivo menos denso, 
que circunda grupos de fibras → fascículos) 
e endomísio (delicada rede de fibrilas 
colagenosas associadas a uma lâmina 
externa. 
 
 
 
 
 
 
• CÉLULA MUSCULAR ESTRIADA 
ESQUELÉTICA: Multinucleadas, com 
núcleos periféricos. Externamente à célula 
muscular, existem células satélites 
(pequenas, com um único núcleo), atuando 
como célula regenerativa. A maior parte do 
citoplasma da cel. musc. é preenchida por 
feixes de miofibrilas, cada miofibrila é 
rodeada por cisternas do retículo 
sarcoplasmático, ao microscópio de luz, o 
arranjo das miofibrilas no citoplasma é 
responsável pelas estriações transversais. 
 
A faixa escura é denominada faixa A, 
enquanto a faixa clara é nomeada faixa I. 
No centro de cada faixa A há uma área 
clara, a banda H, a qual é dividida em duas 
partes pela linha M. Por sua vez, a faixa I é 
dividida em duas partes por uma linha Z. A 
REGIÃO DA MIOFIBRILA ENTRE DUAS 
LINHAS Z REPRESENTA A UNIDADE 
MORFOFUNCIONAL DA FIBRA MUSCULAR 
ESTRIADA, SENDO DENOMINADA 
SARCÔMERO. 
 
 
 
 
 
• MIOGÊNESE DA CÉLULA MUSCULAR 
ESTRIADA ESQUELÉTICA: Ocorre a partir 
das células mesenquimais que estruturam 
os somitos → pré-mioblasto → mioblastos 
→ miotubo (miócito jovem) → células 
muscular estriada esquelética ou miofibra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
M. Estriado Cardíaco → Constitui o miocárdio 
do coração, ocorrendo também na parede das 
veias pulmonares, na junção com o coração. Os 
cardiomiócitos são menores quando 
comparados a célula muscular estriada 
esquelética, possuem estriações transversais, e 
um ou dois núcleos centrais. Além das típicas 
estriações transversais, possui também os 
discos intercalares (locais de união entre 
células cardíacas adjacentes → junções de 
adesão, zônula de adesão e desmossomos e 
junções comunicantes, do tipo GAP. 
• CÉLULA MUSCULAR ESTRIADA CARDÍACA: 
Apresentam sarcômeros, porém não há a 
mesma organização dos túbulos T e do 
retículo sarcoplasmático como no músculo 
esquelético, aqui essas estruturas 
constituem díades e não tríades. 
 
 
 
 
 
• CÉLULAS CARDÍACAS ESPECIALIZADAS: 
Sistema próprio de geração de estímulos 
(complexo estimulante do coração), 
composto por células musculares 
modificadas associadas aos cardiomiócitos 
(geração e condução do impulso). 
Estruturas → Nó sinoatrial, nó 
atrioventricular, e o feixe de His 
(interventricular). 
o Nó sinoatrial → Átrio direito, 
próximo à veia cava, células 
fusiformes e esféricas (funcionam 
como marca-passos). 
o Nó atrioventricular → Células 
fusiformes possuem 
prolongamentos que se 
anastomosam, enquanto as células 
esféricas são menos volumosas; 
o Feixe interventricular → Células 
com um ou dois núcleos, 
conhecidas como célula de 
Purkinje. 
 
o Músculo liso→ Estrutura a 
parede de vísceras ocas, 
ocorrendo também na parede 
de vasos sanguíneos, nas vias 
respiratórias, ou em pequenos 
feixes na derme da pele. 
CÉLULAS MUSCULARES LISAS: São fusiformes, 
com um núcleo único e central. Esta sintetiza 
elementos da matriz extracelular, como fibrilas 
colagenosas (col. Tipo III), fibras elásticas e 
proteoglicanos. 
 
O músculo liso é constituído por células SEM 
estriações transversais, que também não 
possuem sistema de túbulos T. Sua membrana 
plasmática, porém, forma reentrâncias 
(cavéolas), as quais estão relacionadas à 
liberação e ao sequestro de cálcio 
citoplasmático. Os filamentos de actina e 
miosina que ocorrem, organizam-se em feixes 
em diversas direções, não se estruturam em 
sarcômeros. 
REGENERAÇÃO: O músculo liso conserva sua 
capacidade mitótica (ex.: útero → mitose, 
vasos sanguíneos → mitose ou a partir de 
diferenciação de periquitos.) 
 
BIBLIOGRAFIA: 
DE BRITO-GITIRANA, LYCIA. Coleção 
Conhecendo: Histologia dos 
Tecidos. 1ª ed. Rio de Janeiro: Publit, 
2013.

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