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Ebook - Bitcoin e Criptomoedas - Criptomaníacos

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Fabrício Santos
BITCOIN
CRIPTOMOEDAS
BITCOIN 
e Criptomoedas
Um guia essencial sobre 
conceitos e tecnologia
Bitcoin e Criptomoedas
Dedicatória e agradecimentos
Esta é minha primeira publicação e, por isso, a dedicatória 
pode ser mais extensa do que o usual.
Como em tudo na vida, inicio lembrando a Deus e minha família, base e motivo 
de minha existência. A minha esposa, pais, irmãos e sobrinhos: meu carinho e 
amor.
Não poderia também deixar de agradecer a equipe da Criptomaníacos, a qual 
faço parte por mais de um ano e me sinto em casa, entre amigos. A iniciativa 
partiu graças ao apoio e suporte da empresa.
Agradeço também ao Gustavo Gonçalves, Marcos Lobo e ao Everton Nogueira 
pelo aprendizado no projeto Vibook e as boas conversas sobre blockchain.
Fica o agradecimento e apoio aos verdadeiros mestres Tim Connelly e Maura 
Sparks sobre as lições sobre o funcionamento do mercado tradicional e sua 
relação com blockchain, através da AccuChain.
Ao Arjen Breedt, eterna gratidão pelos ensinamentos quando iniciei no merca-
do, amizade, ajudas e grande amizade.
Por fim, dedico esta obra a cada entusiasta ou profissional do mercado de crip-
tomoedas, que vem conquistando espaço, desbravando caminhos e construin-
do pontes para o surgimento de um mundo com real liberdade. 
https://www.youtube.com/channel/UCEkg0hhWS_oxD24f_6C9Qbw
https://www.facebook.com/criptomaniacosoficial/
https://www.instagram.com/criptomaniacosoficial/
https://t.me/criptomaniacosbr
https://twitter.com/Criptomaniacos_
https://criptomaniacos.io
Dedicatória e agradecimentos 
Considerações iniciais
O que é criptografia e o que isso tem a ver com moeda digital?
O que é bitcoin e criptomoedas?
Quem criou o bitcoin?
Quem imprime bitcoins?
O que não é o bitcoin
Bitcoin é pirâmide?
Bitcoin é ilegal?
Altcoins são golpe?
Protegendo suas moedas contra golpes
Pirâmides e falsas promessas
Mantendo a sua chave de acesso em segurança
O que são Satoshis? A divisibilidade do bitcoin
Como as criptomoedas obtêm valor de mercado?
É possível que as criptomoedas consigam adoção 
em grandes massas?
O exemplo da internet
Como isso tudo se relaciona com as criptomoedas?
Por que o BTC não possui lastro?
O que é lastro?
E o lastro do ouro?
Para concluir...
Pix e a moeda digital do banco central. Seriam 
elas criptomoedas?
O conceito de criptomoeda?
Quer dizer que o Pix e o real digital não são criptomoedas?
Quer dizer que o Pix e o real digital não são bons?
4 ditados populares do mundo das criptomoedas
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Um guia essencial sobre conceitos e tecnologia
Índice
Bitcoin e Criptomoedas
1. Invista o dinheiro da cachaça, não o do leite! 
2. Exchange não é carteira
3. Não são as suas chaves, não são as suas moedas 
4. Não tenha criptomoeda de estimação
Conclusão
Bitcoin, blockchain e a analogia das caixas de vidro
Características da blockchain do bitcoin
Descentralizada
Anônima e transparente
Confiável e Imutável
Uso além das criptomoedas
O que é a mineração? Conheça a analogia dos cofres do banco
A analogia dos cofres do banco
A explicação da analogia 
Deixando a analogia de lado
Escassez e prova de trabalho no bitcoin e sua semelhança com o ouro
O valor do ouro: escassez
O valor do ouro: trabalho
Bitcoin e o ouro
O que são Altcoins?
Forks
Ethereum
Ethereum 2.0 
Stablecoins
O que é DeFi e como funciona?
O que é DeFi?
Como funciona uma DeFi? Smart contracts e dapps
Considerações Finais
Sobre o autor
Sobre a Criptomaníacos
Apêndice de Termos Úteis
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Um guia essencial sobre conceitos e tecnologia
 Considerações iniciais
Diferente de poucos anos atrás, pagamentos online e novas tecnologias para 
serviços financeiros já não assustam. Hoje em dia, um grande número de pes-
soas já ouviu falar sobre bitcoin e outras criptomoedas.
O problema é que a maior parte das pessoas não faz ideia de como os criptoa-
tivos funcionam e muitos dos que se aproximam para aprender mais sobre as 
moedas digitais focam exclusivamente em valor financeiro. 
Não há nada de mal em conhecer as criptomoedas com o intuito de alocar in-
vestimentos e ter esperança em uma valorização futura. Mas entrar num mer-
cado por mera especulação sem conhecer o ativo em questão é muito delica-
do. Ainda mais quando se trata de um ativo de alto risco.
Este não é um livro para ensinar como “ficar milionário” com bitcoin. Mesmo 
assim, ele tem a intenção de tornar investidores iniciantes do mercado de crip-
tomoedas mais maduros, já que conhecimento é poder. 
Este é um livro para que você entenda de forma simples o funcionamento do 
bitcoin, das tecnologias por trás das moedas digitais e os conceitos impor-
tantes do mercado. Através de textos simples, analogias e comparações; você 
vai entender com facilidade termos usados no setor e que causam muita con-
fusão.
A maior parte do conteúdo aqui postado vem de artigos autorais escritos para 
diversos sites sobre criptomoedas. Portanto, você pode ler em sequência ou 
mesmo ir diretamente para um tópico de seu interesse. Apesar de 
recomendável, a leitura de um capítulo anterior não é requisito obrigatório 
para aprender sobre um tema qualquer listado no sumário. 
Por fim, alguns conceitos podem se repetir com o decorrer do livro. É intencio- 
nal. Reforçar alguns conhecimentos antes de adquirir novos fará com que sua 
jornada seja mais leve e produtiva. A leitura se torna mais leve assim, e as novas 
informações podem então se enraizar na sua mente.
05
Bitcoin e Criptomoedas
O que é criptografia e o que isso tem a ver 
com moeda digital?
Com o avanço da tecnologia, alguns temas que eram considerados de difícil en-
tendimento já são realidade em nosso cotidiano. Por exemplo, ao entrarmos 
no nosso WhatsApp lemos uma mensagem de que o aplicativo usa criptografia 
de ponta a ponta. Moedas como o bitcoin também recebem o nome de cripto-
moedas. Mas afinal, o que quer dizer criptografia?
O termo criptografia surgiu da fusão entre as palavras gregas "kryptós" e 
"gráphein" que significam "oculto" e "escrever". Numa tradução direta, "escrita 
oculta".
A criptografia é um sistema de cálculos matemáticos que codificam dados do 
usuário para que só o seu destinatário possa ler. Isso evita que pessoas usem 
esses dados para o mal, protegendo a informação transmitida. 
O conceito básico é tão simples como aquela brincadeira de criança que usa 
símbolos para substituir as letras do alfabeto, criando mensagens secretas 
para os seus amigos. Sendo assim, somente quem possui a chave para decifrar 
a mensagem será capaz de acessar seu conteúdo e entender o seu sentido.
Na computação, a ideia de criptografia pode ser comparada à brincadeira mas 
com técnicas, níveis e algoritmos de proteção muito superiores, é claro.
Voltando ao nosso exemplo do WhatsApp, a criptografia usada permite que 
apenas você e o destinatário de sua mensagem possam decifrar as mensagens 
trocadas. Nas comunicações digitais a criptografia auxilia na proteção dos con-
teúdos transmitidos entre duas ou mais fontes evitando a interceptação de es-
piões, por exemplo.
Isso acontece porque o programa somente decodifica os textos enviados para 
quem compartilha de sua chave. É a chave que faz com que uma sequência de 
números e letras aparentemente aleatórias passe a ser convertida na men-
sagem original. Ao entendermos que a criptografia é uma forma de escrita 
secreta concluímos que ela pode ser usada para proteger a identidade e a pri-
vacidade do usuário.
Criptomoeda é o nome dado para uma moeda digital que usa em seu código 
conceitos avançados de criptografia justamente para buscar a segurança, pro-
teção e, muitas vezes, privacidade entre os seus usuários. Uma das moedas 
digitais pioneiras no ambiente de criptomoedas é o bitcoin.Ela se encontra na 
liderança em adoção e capitalização de mercado.
Ainda vale esclarecer um ponto que por vezes causa confusão. Muitos chamam 
as criptomoedas de moedas virtuais. O termo virtual não parece ser o mais a- 
dequado, quando pesquisamos os conceitos em um dicionário. Mesmo que 
seja comum ouvir o termo e até mesmo que órgãos governamentais já tenham 
chamado as criptomoedas assim, a expressão não é muito bem aceita pela co-
munidade e entusiastas do setor.
Segundo Oxford Languages, virtual significa:
1 - existente apenas em potência ou como faculdade. Sem efeito real; 
2 - que poderá vir a ser, existir, acontecer ou praticar-se. Prático, factível. 
Com as definições esclarecidas, vemos que elas não se aplicam às criptomoe-
das, já que são reais (apesar de utilizarem a tecnologia computacional para e- 
xistirem). No próximo capítulo vamos entender melhor o que é o bitcoin e as 
criptomoedas.
06
Um guia essencial sobre conceitos e tecnologia
Com o avanço da tecnologia, alguns temas que eram considerados de difícil en-
tendimento já são realidade em nosso cotidiano. Por exemplo, ao entrarmos 
no nosso WhatsApp lemos uma mensagem de que o aplicativo usa criptografia 
de ponta a ponta. Moedas como o bitcoin também recebem o nome de cripto-
moedas. Mas afinal, o que quer dizer criptografia?
O termo criptografia surgiu da fusão entre as palavras gregas "kryptós" e 
"gráphein" que significam "oculto" e "escrever". Numa tradução direta, "escrita 
oculta".
A criptografia é um sistema de cálculos matemáticos que codificam dados do 
usuário para que só o seu destinatário possa ler. Isso evita que pessoas usem 
esses dados para o mal, protegendo a informação transmitida. 
O conceito básico é tão simples como aquela brincadeira de criança que usa 
símbolos para substituir as letras do alfabeto, criando mensagens secretas 
para os seus amigos. Sendo assim, somente quem possui a chave para decifrar 
a mensagem será capaz de acessar seu conteúdo e entender o seu sentido.
Na computação, a ideia de criptografia pode ser comparada à brincadeira mas 
com técnicas, níveis e algoritmos de proteção muito superiores, é claro.
Voltando ao nosso exemplo do WhatsApp, a criptografia usada permite que 
apenas você e o destinatário de sua mensagem possam decifrar as mensagens 
trocadas. Nas comunicações digitais a criptografia auxilia na proteção dos con-
teúdos transmitidos entre duas ou mais fontes evitando a interceptação de es-
piões, por exemplo.
Isso acontece porque o programa somente decodifica os textos enviados para 
quem compartilha de sua chave. É a chave que faz com que uma sequência de 
números e letras aparentemente aleatórias passe a ser convertida na men-
sagem original. Ao entendermos que a criptografia é uma forma de escrita 
secreta concluímos que ela pode ser usada para proteger a identidade e a pri-
vacidade do usuário.
Criptomoeda é o nome dado para uma moeda digital que usa em seu código 
conceitos avançados de criptografia justamente para buscar a segurança, pro-
teção e, muitas vezes, privacidade entre os seus usuários. Uma das moedas 
digitais pioneiras no ambiente de criptomoedas é o bitcoin. Ela se encontra na 
liderança em adoção e capitalização de mercado.
Ainda vale esclarecer um ponto que por vezes causa confusão. Muitos chamam 
as criptomoedas de moedas virtuais. O termo virtual não parece ser o mais a- 
dequado, quando pesquisamos os conceitos em um dicionário. Mesmo que 
seja comum ouvir o termo e até mesmo que órgãos governamentais já tenham 
chamado as criptomoedas assim, a expressão não é muito bem aceita pela co-
munidade e entusiastas do setor.
Segundo Oxford Languages, virtual significa:
1 - existente apenas em potência ou como faculdade. Sem efeito real; 
2 - que poderá vir a ser, existir, acontecer ou praticar-se. Prático, factível. 
Com as definições esclarecidas, vemos que elas não se aplicam às criptomoe-
das, já que são reais (apesar de utilizarem a tecnologia computacional para e- 
xistirem). No próximo capítulo vamos entender melhor o que é o bitcoin e as 
criptomoedas.
07
usuário 1 usuário 2
chave pública 
usuário 2 
chave privada
usuário 2 
"Nós vivemos no século XXI mas ainda estamos usando estruturas organizacio-
nais do século 16. O bitcoin é um dos melhores exemplos de como uma orga- 
nização descentralizada, ponto a ponto, pode resolver problemas que essas 
organizações antigas não podem." Dee Hock — Fundador da Visa. 
Quando eu era criança, por vezes via na televisão artigos futuristas que diziam 
que um dia ia chegar em que as pessoas não precisariam mais de andar com 
notas de dinheiro em suas carteiras, pois aparelhos portáteis teriam a solução 
para enviar e receber dinheiro de forma eletrônica, simples e rápida. Que não 
haveriam problemas graves de segurança ao portar valores ou dificuldade de 
se devolver trocos. 
Talvez de forma ainda modesta, essa realidade já é presente em nossos dias. 
Podemos usar da internet para fazer pagamentos online, usar nosso cartão de 
crédito para compras virtuais e o smartphone já é uma ferramenta comum 
para pagamentos via aplicativos bancários. 
O que não pensávamos na época era que um sistema de pagamentos online 
poderia tirar o poder dos grandes bancos e governo e passar o controle do di- 
nheiro aos usuários de sua rede! Sim, esta é uma das muitas maravilhas trazi-
das a nós por algumas das criptomoedas. 
Como já vimos, criptomoedas são moedas digitais que usam a criptografia para 
garantir a segurança de sua rede. A mais famosa delas, e a primeira descentra- 
lizada, é o bitcoin.
O bitcoin é uma forma de moeda digital, criada e transacionada por via 
eletrônica. Bitcoin pode ser usado para adquirir bens e serviços eletronica-
mente. Podemos usar Bitcoins da mesma forma que nossa moeda tradicional. 
Já existem diversas lojas e setores que aceitam pagamento via bitcoin, além de 
cartões pré-pagos com recarga em ativos digitais. Pensado como forma de pa-
gamento, o bitcoin e as outras criptomoedas são como dinheiro convencional, 
só que é negociado digitalmente.
Bitcoin e Criptomoedas
O que é bitcoin e criptomoedas?
No entanto, a característica mais importante do bitcoin, e o que o torna dife- 
rente da moeda fiduciária tradicional, é que ele é descentralizado. Ele é um sis-
tema de pagamento eletrônico baseado no modelo que conhecemos como 
“peer to peer”, que significa “pessoa para pessoa” ou “ponto a ponto”. Sendo 
assim, não existe um banco para controlá-lo ou emiti-lo. 
Na verdade, ninguém controla o Bitcoin. Bitcoins não são impressos como o 
banco central imprime nossas notas de reais - eles são extraídos por pessoas 
que correm seu software por computadores em todo o mundo, chamados de 
mineradores, usando um algoritmo que resolve problemas matemáticos. Estes 
mesmos princípios básicos se aplicam a muitas das outras criptomoedas.
Não seria realmente maravilhoso tomar as rédeas em relação a sua vida finan-
ceira e saber que é você que tem o poder sobre seu dinheiro, e não os bancos 
e o governo? 
08
Um guia essencial sobre conceitos e tecnologia
"Nós vivemos no século XXI mas ainda estamos usando estruturas organizacio-
nais do século 16. O bitcoin é um dos melhores exemplos de como uma orga- 
nização descentralizada, ponto a ponto, pode resolver problemas que essas 
organizações antigas não podem." Dee Hock — Fundador da Visa. 
Quando eu era criança, por vezes via na televisão artigos futuristas que diziam 
que um dia ia chegar em que as pessoas não precisariam mais de andar com 
notas de dinheiro em suas carteiras, pois aparelhos portáteis teriam a solução 
para enviar e receber dinheiro de forma eletrônica, simples e rápida. Que não 
haveriam problemas graves de segurança ao portar valores ou dificuldade de 
se devolver trocos. 
Talvez de forma ainda modesta, essa realidade já é presente em nossos dias. 
Podemos usar da internet para fazer pagamentos online, usar nosso cartãode 
crédito para compras virtuais e o smartphone já é uma ferramenta comum 
para pagamentos via aplicativos bancários. 
O que não pensávamos na época era que um sistema de pagamentos online 
poderia tirar o poder dos grandes bancos e governo e passar o controle do di- 
nheiro aos usuários de sua rede! Sim, esta é uma das muitas maravilhas trazi-
das a nós por algumas das criptomoedas. 
Como já vimos, criptomoedas são moedas digitais que usam a criptografia para 
garantir a segurança de sua rede. A mais famosa delas, e a primeira descentra- 
lizada, é o bitcoin.
O bitcoin é uma forma de moeda digital, criada e transacionada por via 
eletrônica. Bitcoin pode ser usado para adquirir bens e serviços eletronica-
mente. Podemos usar Bitcoins da mesma forma que nossa moeda tradicional. 
Já existem diversas lojas e setores que aceitam pagamento via bitcoin, além de 
cartões pré-pagos com recarga em ativos digitais. Pensado como forma de pa-
gamento, o bitcoin e as outras criptomoedas são como dinheiro convencional, 
só que é negociado digitalmente.
No entanto, a característica mais importante do bitcoin, e o que o torna dife- 
rente da moeda fiduciária tradicional, é que ele é descentralizado. Ele é um sis-
tema de pagamento eletrônico baseado no modelo que conhecemos como 
“peer to peer”, que significa “pessoa para pessoa” ou “ponto a ponto”. Sendo 
assim, não existe um banco para controlá-lo ou emiti-lo. 
Na verdade, ninguém controla o Bitcoin. Bitcoins não são impressos como o 
banco central imprime nossas notas de reais - eles são extraídos por pessoas 
que correm seu software por computadores em todo o mundo, chamados de 
mineradores, usando um algoritmo que resolve problemas matemáticos. Estes 
mesmos princípios básicos se aplicam a muitas das outras criptomoedas.
Não seria realmente maravilhoso tomar as rédeas em relação a sua vida finan-
ceira e saber que é você que tem o poder sobre seu dinheiro, e não os bancos 
e o governo? 
O bitcoin foi apresentado pela primeira vez em 2008 num grupo de discussão 
chamado The Cryptography Mailing e a rede foi inaugurada em 2009. O desen-
volvedor do sistema (ou o grupo que o desenvolveu) criou o pseudônimo Sa-
toshi Nakamoto para preservar seu nome verdadeiro. Até hoje a identidade de 
Satoshi é desconhecida. 
De toda forma, a criatura é muito mais importante que seu criador: Satoshi Na-
kamoto propôs um sistema de pagamento eletrônico com base em prova 
matemática. A ideia era produzir uma moeda independente de qualquer auto- 
ridade central, transferível eletronicamente com taxas muito baixas de 
transação. 
Quem criou o bitcoin?
09
Bitcoin e Criptomoedas
Quando ouvi pela primeira vez sobre uma moeda que não era controlada por 
um banco, minha cabeça ficou confusa e foi difícil entender a resposta sobre 
quem é responsável por emitir novas moedas: ninguém... Mas como assim!?
Bitcoins são limitados, e como a ideia era realmente não serem emitidos por 
bancos, Satoshi Nakamoto teve uma ideia genial para a emissão de novas 
moedas: um software, de tempos em tempos, solta uma sequência de núme- 
ros com um valor em bitcoins, de forma criptografada. Quem consegue que-
brar essa sequência leva o bitcoin! Computadores muito potentes fazem esse 
trabalho, chamado mineração. O nome lembra a mineração do ouro, que vai 
sendo descoberto aos poucos através do trabalho dos mineiros. Falaremos 
mais sobre esse processo em capítulos futuros deste mesmo livro. Geral-
mente, todas as criptomoedas que são mineradas partilham deste conceito.
No caso do BTC, os mineradores são os computadores. O bitcoin é usado digi-
talmente por uma comunidade de pessoas, onde qualquer pessoa pode parti- 
cipar. Bitcoins são "extraídos", usando o poder de computação em uma rede 
distribuída. 
É essa mesma rede que também processa e valida as transações feitas com a 
moeda virtual. Ao conhecer sobre mineração, temos mais algo interessante 
para acrescentar: os bancos podem simplesmente produzir mais dinheiro para 
cobrir a dívida nacional, assim desvalorizando sua moeda. Já o Bitcoin e muitos 
dos ativos digitais possuem um limite pré-definido de emissão, o que tende a 
manter seu poder de compra eser uma forte ferramenta contra a inflação.
Quem imprime bitcoins? 
10
Um guia essencial sobre conceitos e tecnologia
O que não é o bitcoin
A alguns meses atrás fui convidado para um almoço em família. Um daqueles 
almoços onde a principal atração são as perguntas indiscretas dos parentes 
mais velhos. Ao passar pela comum sabatina sobre a minha vida neste tipo de 
eventos, uma querida tia me perguntou: 
- E você? O que tem feito de sua vida? Trabalha de que?
Quando respondi que trabalho no setor de criptomoedas fui pouco compreendido, 
tendo que responder de forma mais simples e direta:
 - Tia, trabalho com bitcoin.
 
Logo que ouviu minha resposta, ela, muito assustada, me aconselhou que eu 
revisse minhas escolhas, já que eu havia decidido trabalhar com uma “pirâmide 
financeira”.
Foi naquele momento que entendi que, tão importante quanto saber o que era 
o bitcoin, era também necessário conseguir explicar claramente que bitcoin 
não é diretamente ligado à golpes, desonestidades e até crimes mais graves. O 
foco deste capítulo, portanto, é deixar algumas opiniões e fatos sobre o que o 
bitcoin não é. 
Mas, para os que ainda estão um pouco confusos sobre o que ele é, deixo as 
palavras contidas no site bitcoin.org, que traz rapidamente o que é o conceito 
sobre este ativo digital:
“Bitcoin é uma rede que funciona de forma consensual onde foi possível criar 
uma nova forma de pagamento e também uma nova moeda completamente 
digital. É a primeira rede de pagamento descentralizada (ponto a ponto) onde 
os usuários é que gerenciam o sistema, sem necessidade de intermediador ou 
autoridade central. Da perspectiva do usuário, bitcoin funciona como dinheiro 
para a Internet. “
Após esclarecer ainda mais o que o bitcoin é, vamos às respostas para 
perguntas sobre o que não é o bitcoin.
11
Apesar da legislação sobre o tema ser incompleta, frágil e controversa, o uso de 
bitcoin no Brasil não é ilegal. Existe um grupo de pessoas que insistem em dizer 
que a criptomoeda é usada para fins ilícitos e isso mancha a “legalidade” da 
moeda.
Pense nos crimes de lavagem de dinheiro, compra de armas, tráfico… A maior 
parte de todos os crimes que envolvem dinheiro não são realizados com crip-
tomoedas. Segundo a pesquisa da empresa Elliptic, publicada em 2018 no 
Reino Unido, apenas 1% das transações de bitcoin são para fins ilegais. 
Bitcoin é ilegal?
Bitcoin e Criptomoedas
Apesar de sabermos que a resposta é não, por que os assuntos sobre cripto-
moedas e pirâmides financeiras se misturam tanto?
O primeiro ponto a se lembrar é que golpes existem com todos os sistemas fi-
nanceiros. Desde a época do escambo, pessoas de má fé tentam se aproveitar 
de pessoas mais inocentes. 
Furto, venda enganosa, cartão clonado, roubo de senhas… Pessoas maldosas 
existem em todos os ambientes, e no meio das criptomoedas não seria dife- 
rente. O bitcoin é utilizado por pessoas de má fé para vender sonhos de retor-
nos com valores fixos e promessas milionárias.
Realmente, pela sua absurda valorização, as pessoas que obtiveram BTC no 
início de sua rede ficaram ricas. Mas a curva de crescimento do preço não 
tende a ser mais tão agressiva e não existe nenhuma garantia sobre o futuro.
Prometer retornos e porcentagens fixas é uma atitude suspeita e improvável 
de acontecer. O mercado é incerto. Ninguém pode prever o preço do bitcoin 
com garantias. Analistas apenas escrevem sobre probabilidades. Eles se uti-
lizam de gráficos para analisar os possíveis trajetos do mercado.
Portanto, se alguém te perguntar se bitcoin é pirâmide, você já sabe como res- 
ponder: não é! O que acontece é que algumas pirâmides se utilizam do bitcoin 
para promover seus golpes, assim como outras utilizam dinheiro físico para tal.Bitcoin é pirâmide?
12
Um guia essencial sobre conceitos e tecnologia
Sobre as altcoins, nome dado para moedas alternativas ao bitcoin, temos 
muitas confiáveis e bem famosas, como a Ethereum e a Litecoin. Teremos um 
capítulo para falar sobre elas mais adiante.
Aqui, a recomendação é: não compre ou invista em uma moeda que você não 
conheça bem. Existem diversas promessas de “novos bitcoins” pelo mercado, 
prometendo valorização, mas que no fim não passam de projetos enganosos e 
com o intuito de levar o seu dinheiro embora. Se você é novo no mercado, fique 
em moedas mais conhecidas (e estude sobre elas). Caso tenha experiência, 
com certeza você perceberá quando um projeto não é muito confiável.
Caso alguém te pergunte se investir em altcoins é golpe, responda que o mer-
cado de criptomoedas possui algumas moedas que demonstraram durante 
anos possuírem boa tecnologia, aceitabilidade e apresentam certa validação no 
setor. Portanto, muitas são confiáveis. 
Altcoins são golpe?
Com o aumento da popularidade das 
criptomoedas e o uso em camadas 
mais populares, é bem provável que 
o número de transações ilícitas com 
criptomoedas caia ainda mais.
Mais uma vez caímos naquela situ-
ação: pessoas má intencionadas e- 
xistem em todos os países e usando 
diversos meios de transações finan-
ceiras, sendo o BTC só uma entre 
tantas formas.
13
Portanto, se alguém perguntar se BTC é ilegal, claramente responda que não é 
ilegal e que não há mal possuir bitcoins ou usá-los como meio de pagamento. 
Por fim, você pode argumentar que o governo pede que você declare seus bit-
coins e criptomoedas para a receita. Como você declararia algo se fosse ilegal? 
Não faz muito sentido, não é mesmo?
Protegendo suas moedas contra golpes
Existem duas grandes questões a serem consideradas para quem está inician-
do no mercado de criptomoedas:
A primeira já iniciamos o assunto no capítulo anterior ao respondermos se bit-
coin é pirâmide. Já sabemos que não. Mas como é possível identificar empresas 
que se utilizam das criptomoedas para apresentar serviços e produtos fraudu-
lentos? Uma segunda preocupação é como manter suas moedas seguras.
Sobre as altcoins, nome dado para moedas alternativas ao bitcoin, temos 
muitas confiáveis e bem famosas, como a Ethereum e a Litecoin. Teremos um 
capítulo para falar sobre elas mais adiante.
Aqui, a recomendação é: não compre ou invista em uma moeda que você não 
conheça bem. Existem diversas promessas de “novos bitcoins” pelo mercado, 
prometendo valorização, mas que no fim não passam de projetos enganosos e 
com o intuito de levar o seu dinheiro embora. Se você é novo no mercado, fique 
em moedas mais conhecidas (e estude sobre elas). Caso tenha experiência, 
com certeza você perceberá quando um projeto não é muito confiável.
Caso alguém te pergunte se investir em altcoins é golpe, responda que o mer-
cado de criptomoedas possui algumas moedas que demonstraram durante 
anos possuírem boa tecnologia, aceitabilidade e apresentam certa validação no 
setor. Portanto, muitas são confiáveis. 
Bitcoin e Criptomoedas
Pirâmides e falsas promessas
Alguns famosos vendedores de cursos alegam apenas querer ajudar ao próxi-
mo ao fornecer o conteúdo que abriram as portas da riqueza. Mas se querem 
fazer caridade, por qual motivo cobram para liberar parte de seu material?
Existem diversos cursos bons, uma lista de livros úteis e essenciais para en-
tender o mercado. Existem plataformas confiáveis para se aprender trading de 
criptomoedas ou acompanhar sinais de operações do mercado. Mas somente 
acredite no que o bom senso mostra ser possível.
Ninguém pode te garantir riquezas. O mercado de criptomoedas é de alto 
risco. Assim sendo, você pode ganhar muito dinheiro, assim como perder. Os 
cursos te ajudarão a analisar gráficos, entender conceitos e gerenciar o risco. E 
isso é bom! Só é uma má situação se alguém te vende a ilusão de riqueza fácil 
e garantida. Fuja de promessas falsas, ambiciosas demais e vazias.
Falando em ambição, este é um mal de alguns iniciantes do mercado: a ilusão 
por trás de números de ganhos fictícios é mais forte que a prudência e a 
pesquisa sobre a viabilidade de uma empresa. Seja ambicioso e procure lucro! 
Mas antes disso, seja racional e pesquise o mercado antes de tomar qualquer 
decisão.
Empresas sérias te mostrarão o alto risco de investir em criptomoedas. Apesar 
de oferecer bons produtos e fazer seu melhor, não vão garantir lucro. Todo o 
mercado financeiro é assim: ativos de risco podem trazer grandes retornos da 
mesma forma que podem gerar algum prejuízo.
Não deixe que o desejo de ser rico te faça acreditar que é possível obter lucros 
garantidos e com altas taxas de rendimento. Se uma empresa parece suspeita, 
não se arrisque. São muitos os casos diários de pessoas que perdem dinheiro 
com este tipo de fraude, dentro e fora do mercado de criptomoedas.
Para quem entra no mercado, possivelmente uma das melhores decisões seja 
somente comprar ativos digitais em corretoras de boa reputação e guardar, 
para esperar uma possível valorização. Se você quer ir um pouco além, procure 
empresas que ofereçam mais do que apenas sinais de trading. Procure por 
serviços que te ensinem como o mercado e a análise dos ativos funcionam. 
Educação é um ponto essencial para o seu sucesso.
Mas alerte a todos que não devemos investir em nenhum projeto em que não 
conheçamos muito bem a ideologia, planejamento, time, tecnologia etc.
Desde o início disse que este não é um livro que ensina como ficar milionário 
com criptomoedas. É necessário ser categórico sobre isso porque existem cen-
tenas de cursos e guias que prometem altos lucros com ativos digitais.
A situação é tão séria que o Facebook e o Google restringiram as propagandas 
sobre moedas digitais em suas plataformas de anúncios, como o Adsense. A 
verdade é que se alguém tivesse a fórmula mágica de se tornar milionário, não 
precisaria vender cursos com o tema para se sustentar, não é mesmo? 
14
É isso! Espero que você tenha entendido a 
importância de saber o que o bitcoin não é, 
a fim de poder saber quais respostas dar 
quando for questionado em situações deli-
cadas, como relatei.
Ter claramente estes conceitos em sua 
mente ainda te protegerá de situações ar-
riscadas, como falaremos um pouco mais 
a seguir.
Um guia essencial sobre conceitos e tecnologia
Alguns famosos vendedores de cursos alegam apenas querer ajudar ao próxi-
mo ao fornecer o conteúdo que abriram as portas da riqueza. Mas se querem 
fazer caridade, por qual motivo cobram para liberar parte de seu material?
Existem diversos cursos bons, uma lista de livros úteis e essenciais para en-
tender o mercado. Existem plataformas confiáveis para se aprender trading de 
criptomoedas ou acompanhar sinais de operações do mercado. Mas somente 
acredite no que o bom senso mostra ser possível.
Ninguém pode te garantir riquezas. O mercado de criptomoedas é de alto 
risco. Assim sendo, você pode ganhar muito dinheiro, assim como perder. Os 
cursos te ajudarão a analisar gráficos, entender conceitos e gerenciar o risco. E 
isso é bom! Só é uma má situação se alguém te vende a ilusão de riqueza fácil 
e garantida. Fuja de promessas falsas, ambiciosas demais e vazias.
Falando em ambição, este é um mal de alguns iniciantes do mercado: a ilusão 
por trás de números de ganhos fictícios é mais forte que a prudência e a 
pesquisa sobre a viabilidade de uma empresa. Seja ambicioso e procure lucro! 
Mas antes disso, seja racional e pesquise o mercado antes de tomar qualquer 
decisão.
Empresas sérias te mostrarão o alto risco de investir em criptomoedas. Apesar 
de oferecer bons produtos e fazer seu melhor, não vão garantir lucro. Todo o 
mercado financeiro é assim: ativos de risco podem trazer grandes retornos da 
mesma forma que podem gerar algum prejuízo.
Não deixe que o desejo de ser rico te faça acreditar que é possível obter lucros 
garantidose com altas taxas de rendimento. Se uma empresa parece suspeita, 
não se arrisque. São muitos os casos diários de pessoas que perdem dinheiro 
com este tipo de fraude, dentro e fora do mercado de criptomoedas.
Para quem entra no mercado, possivelmente uma das melhores decisões seja 
somente comprar ativos digitais em corretoras de boa reputação e guardar, 
para esperar uma possível valorização. Se você quer ir um pouco além, procure 
empresas que ofereçam mais do que apenas sinais de trading. Procure por 
serviços que te ensinem como o mercado e a análise dos ativos funcionam. 
Educação é um ponto essencial para o seu sucesso.
Desde o início disse que este não é um livro que ensina como ficar milionário 
com criptomoedas. É necessário ser categórico sobre isso porque existem cen-
tenas de cursos e guias que prometem altos lucros com ativos digitais.
A situação é tão séria que o Facebook e o Google restringiram as propagandas 
sobre moedas digitais em suas plataformas de anúncios, como o Adsense. A 
verdade é que se alguém tivesse a fórmula mágica de se tornar milionário, não 
precisaria vender cursos com o tema para se sustentar, não é mesmo? 
15
Já que não existe um órgão regulador na maioria dos ativos digitais, a responsa-
bilidade pelo uso e segurança das moedas é exclusivamente sua. Caso você 
erre o endereço de envio ou perca a sua chave, não haverá onde pedir ajuda ou 
solicitar estornos. Por isso, cuide muito bem de senhas e dados, além de não se 
expor na internet. 
Nunca use sua carteira cripto em dispositivos pouco confiáveis. Se você baixa 
todos os tipo de programas piratas, clica em qualquer link que chega em seu 
email e não se preocupa com sua exposição online, a segurança de suas 
moedas pode estar num nível abaixo do esperado.
Lembre-se também que as criptomoedas foram criadas para serem mantidas 
sem intermediários. Assim sendo, não é ideal que se use exchanges para guar-
dar todas as suas economias. São muitos os casos de atividade hacker em cor-
retoras. 
Pensando nisso, assuma a responsabilidade sobre a segurança de seus va-
lores. Estude mais sobre as wallets para computador e celular. Existem 
também carteiras físicas de criptomoedas, conhecidas como Hard Wallets. Elas 
podem ser usadas como um fator de segurança adicional. 
Bitcoin e Criptomoedas
Mantendo a sua chave de acesso em segurança
Alguns famosos vendedores de cursos alegam apenas querer ajudar ao próxi-
mo ao fornecer o conteúdo que abriram as portas da riqueza. Mas se querem 
fazer caridade, por qual motivo cobram para liberar parte de seu material?
Existem diversos cursos bons, uma lista de livros úteis e essenciais para en-
tender o mercado. Existem plataformas confiáveis para se aprender trading de 
criptomoedas ou acompanhar sinais de operações do mercado. Mas somente 
acredite no que o bom senso mostra ser possível.
Ninguém pode te garantir riquezas. O mercado de criptomoedas é de alto 
risco. Assim sendo, você pode ganhar muito dinheiro, assim como perder. Os 
cursos te ajudarão a analisar gráficos, entender conceitos e gerenciar o risco. E 
isso é bom! Só é uma má situação se alguém te vende a ilusão de riqueza fácil 
e garantida. Fuja de promessas falsas, ambiciosas demais e vazias.
Falando em ambição, este é um mal de alguns iniciantes do mercado: a ilusão 
por trás de números de ganhos fictícios é mais forte que a prudência e a 
pesquisa sobre a viabilidade de uma empresa. Seja ambicioso e procure lucro! 
Mas antes disso, seja racional e pesquise o mercado antes de tomar qualquer 
decisão.
Empresas sérias te mostrarão o alto risco de investir em criptomoedas. Apesar 
de oferecer bons produtos e fazer seu melhor, não vão garantir lucro. Todo o 
mercado financeiro é assim: ativos de risco podem trazer grandes retornos da 
mesma forma que podem gerar algum prejuízo.
Não deixe que o desejo de ser rico te faça acreditar que é possível obter lucros 
garantidos e com altas taxas de rendimento. Se uma empresa parece suspeita, 
não se arrisque. São muitos os casos diários de pessoas que perdem dinheiro 
com este tipo de fraude, dentro e fora do mercado de criptomoedas.
Para quem entra no mercado, possivelmente uma das melhores decisões seja 
somente comprar ativos digitais em corretoras de boa reputação e guardar, 
para esperar uma possível valorização. Se você quer ir um pouco além, procure 
empresas que ofereçam mais do que apenas sinais de trading. Procure por 
serviços que te ensinem como o mercado e a análise dos ativos funcionam. 
Educação é um ponto essencial para o seu sucesso.
Tire um tempo para ver qual das opções é a 
mais indicada para sua realidade. Uma boa 
opção pode incluir deixar pequenos saldos 
para trading em corretoras confiáveis e o 
restante em uma carteira em um computador 
livre de vírus e más práticas de uso.
Desde o início disse que este não é um livro que ensina como ficar milionário 
com criptomoedas. É necessário ser categórico sobre isso porque existem cen-
tenas de cursos e guias que prometem altos lucros com ativos digitais.
A situação é tão séria que o Facebook e o Google restringiram as propagandas 
sobre moedas digitais em suas plataformas de anúncios, como o Adsense. A 
verdade é que se alguém tivesse a fórmula mágica de se tornar milionário, não 
precisaria vender cursos com o tema para se sustentar, não é mesmo? 
16
O que são Satoshis? A 
divisibilidade do bitcoin
Já que não existe um órgão regulador na maioria dos ativos digitais, a responsa-
bilidade pelo uso e segurança das moedas é exclusivamente sua. Caso você 
erre o endereço de envio ou perca a sua chave, não haverá onde pedir ajuda ou 
solicitar estornos. Por isso, cuide muito bem de senhas e dados, além de não se 
expor na internet. 
Nunca use sua carteira cripto em dispositivos pouco confiáveis. Se você baixa 
todos os tipo de programas piratas, clica em qualquer link que chega em seu 
email e não se preocupa com sua exposição online, a segurança de suas 
moedas pode estar num nível abaixo do esperado.
Lembre-se também que as criptomoedas foram criadas para serem mantidas 
sem intermediários. Assim sendo, não é ideal que se use exchanges para guar-
dar todas as suas economias. São muitos os casos de atividade hacker em cor-
retoras. 
Pensando nisso, assuma a responsabilidade sobre a segurança de seus va-
lores. Estude mais sobre as wallets para computador e celular. Existem 
também carteiras físicas de criptomoedas, conhecidas como Hard Wallets. Elas 
podem ser usadas como um fator de segurança adicional. 
Um guia essencial sobre conceitos e tecnologia
Tire um tempo para ver qual das opções é a 
mais indicada para sua realidade. Uma boa 
opção pode incluir deixar pequenos saldos 
para trading em corretoras confiáveis e o 
restante em uma carteira em um computador 
livre de vírus e más práticas de uso.
O bitcoin possui um limite máximo de moedas em circulação: 21 milhões de 
unidades. Com um preço unitário alto e com um número total de moedas 
baixo, é preciso haver uma forma de dividir um bitcoin em frações.
Além disso, a divisibilidade é uma característica essencial para o dinheiro. 
Sendo assim, cada bitcoin pode ser dividido em cem milhões de partes. O 
nome escolhido para cada pequena fração é Satoshi, em homenagem ao 
fictício nome do criador da moeda. Representando em numerais, temos:
1 satoshi = 0,00000001 BTC
Mesmo que num primeiro momento esta divisão pareça exagerada em seu 
número de casas decimais, o tempo vem mostrando que Satoshi Nakamoto 
pensava de forma certa a longo prazo. 
No ano de 2020, o centavo do peso argentino já valia menos que um Satoshi. 
Isso sem contar com moedas fracas como os bolívares venezuelanos, que 
valem bem menos que a menor fração do bitcoin.
Portanto, caso a moeda digital continue a crescer e a valorizar como o espera-
do, os Satoshis podem passar a ser a referência principal de cálculos e 
transações, já que um bitcoin alcançaria valores menosacessíveis para 
aquisição, considerando uma unidade completa.
17
Modelo popular 
de Hard Wallet
Como as criptomoedas obtêm 
valor de mercado?
Você já parou para pensar como o preço da maior parte dos ativos, produtos e 
serviços são calculados? Alguns fatores precisam ser levados em conta para 
que o preço possa ser justo, concorda?
Por exemplo, a matéria prima e o custo de produção pode afetar o preço de 
um produto. Geralmente, uma roupa de algodão vale menos que uma de 
couro por causa do preço de sua matéria-prima e custo de confecção.
Assim, ao pensarmos que muitas moedas como o bitcoin exigem uma máquina 
de grande poder de processamento e energia elétrica para extraí-lo; temos em 
mente que existe um custo de emissão das moedas, o que afetará seu preço. 
É improvável que um bitcoin passe a valer menos que o preço gasto com equi-
pamentos e energia elétrica necessária para sua “extração”.
Um fator ainda mais importante para o cálculo do preço das criptos é a lei de 
oferta e procura de um ativo. 
Um dos motivos de procura pode vir pela usabilidade. Um ativo ou produto 
que resolve um problema real tende a ser visto como algo útil e, consequente-
mente, mais buscado e melhor avaliado. 
O bitcoin e as criptomoedas em geral são usados para envio de valores de 
forma rápida, simples e barata. Mais que isso, resolve o problema do controle 
dos bancos e governos sobre o dinheiro, dando independência financeira aos 
participantes de sua rede.
Outro motivo que causa procura é a especulação. Neste caso, investidores de-
cidem comprar um ativo na esperança da valorização do mesmo, ainda que 
não o utilizem em ampla escala. 
Vemos que o mercado de criptomoedas também é especulativo, já que grande 
parte do volume do setor se movimenta pelas exchanges, nome usado para as 
corretoras e casas de câmbio entre moeda fiduciária, como o real, e as criptos.
Bitcoin e Criptomoedas
Vemos assim que existe real procura pelo bitcoin e criptomoedas, mas como 
será a oferta desses ativos?
No caso do bitcoin, existe um limite máximo de 21 milhões de unidades de 
moedas. Sendo assim, uma oferta limitada e uma procura que cresce com o 
passar dos anos pode influenciar de forma direta no preço. Quando um produ-
to possui oferta reduzida e procura crescente, a tendência é que aconteça a 
valorização.
A lei de oferta e procura se mostra eficiente ao analisarmos o preço das cripto-
moedas. Não importa se a procura é por especulação ou usabilidade (na minha 
opinião, ocorre pelos dois motivos): quanto mais populares as criptomoedas se 
tornam, mais o preço sobe. Mas até que ponto a usabilidade e especulação 
podem trazer mais pessoas para o mercado? Veremos sobre o assunto no 
próximo capítulo.
Antes de terminar é muito importante enfatizar um outro ponto: bitcoin e 
muitas outras criptomoedas possuem um limite bem definido de emissão. Por 
isso, as moedas digitais não sofrem com a inflação, como as moedas governa-
mentais. 
Enquanto vemos os bancos centrais de diversos países ligarem suas impresso-
ras para emitir mais e mais dinheiro, o bitcoin continua sem mudar o seu plano 
de emissão. Assim, as criptomoedas tendem a ter maior valorização frente a 
moedas fiduciárias, que estão a todo momento a criar novas unidades de 
forma pouco controlada.
18
Você já parou para pensar como o preço da maior parte dos ativos, produtos e 
serviços são calculados? Alguns fatores precisam ser levados em conta para 
que o preço possa ser justo, concorda?
Por exemplo, a matéria prima e o custo de produção pode afetar o preço de 
um produto. Geralmente, uma roupa de algodão vale menos que uma de 
couro por causa do preço de sua matéria-prima e custo de confecção.
Assim, ao pensarmos que muitas moedas como o bitcoin exigem uma máquina 
de grande poder de processamento e energia elétrica para extraí-lo; temos em 
mente que existe um custo de emissão das moedas, o que afetará seu preço. 
É improvável que um bitcoin passe a valer menos que o preço gasto com equi-
pamentos e energia elétrica necessária para sua “extração”.
Um fator ainda mais importante para o cálculo do preço das criptos é a lei de 
oferta e procura de um ativo. 
Um dos motivos de procura pode vir pela usabilidade. Um ativo ou produto 
que resolve um problema real tende a ser visto como algo útil e, consequente-
mente, mais buscado e melhor avaliado. 
O bitcoin e as criptomoedas em geral são usados para envio de valores de 
forma rápida, simples e barata. Mais que isso, resolve o problema do controle 
dos bancos e governos sobre o dinheiro, dando independência financeira aos 
participantes de sua rede.
Outro motivo que causa procura é a especulação. Neste caso, investidores de-
cidem comprar um ativo na esperança da valorização do mesmo, ainda que 
não o utilizem em ampla escala. 
Vemos que o mercado de criptomoedas também é especulativo, já que grande 
parte do volume do setor se movimenta pelas exchanges, nome usado para as 
corretoras e casas de câmbio entre moeda fiduciária, como o real, e as criptos.
Um guia essencial sobre conceitos e tecnologia
Vemos assim que existe real procura pelo bitcoin e criptomoedas, mas como 
será a oferta desses ativos?
No caso do bitcoin, existe um limite máximo de 21 milhões de unidades de 
moedas. Sendo assim, uma oferta limitada e uma procura que cresce com o 
passar dos anos pode influenciar de forma direta no preço. Quando um produ-
to possui oferta reduzida e procura crescente, a tendência é que aconteça a 
valorização.
A lei de oferta e procura se mostra eficiente ao analisarmos o preço das cripto-
moedas. Não importa se a procura é por especulação ou usabilidade (na minha 
opinião, ocorre pelos dois motivos): quanto mais populares as criptomoedas se 
tornam, mais o preço sobe. Mas até que ponto a usabilidade e especulação 
podem trazer mais pessoas para o mercado? Veremos sobre o assunto no 
próximo capítulo.
Antes de terminar é muito importante enfatizar um outro ponto: bitcoin e 
muitas outras criptomoedas possuem um limite bem definido de emissão. Por 
isso, as moedas digitais não sofrem com a inflação, como as moedas governa-
mentais. 
Enquanto vemos os bancos centrais de diversos países ligarem suas impresso-
ras para emitir mais e mais dinheiro, o bitcoin continua sem mudar o seu plano 
de emissão. Assim, as criptomoedas tendem a ter maior valorização frente a 
moedas fiduciárias, que estão a todo momento a criar novas unidades de 
forma pouco controlada.
19
É possível que as criptomoedas consigam 
adoção em grandes massas? 
Bitcoin e Criptomoedas
É inegável que as criptomoedas, lideradas pelo bitcoin, já ocupam um lugar in-
teressante no portfólio de investidores mais arrojados. E, com o passar dos 
anos, espera-se que mais espaço se abra para este novo formato de investi-
mento.
Mas existem algumas preocupações: será que as criptomoedas vão ficar mais 
no campo das especulações ou serão usadas no nosso dia a dia como fazemos 
com o dinheiro tradicional?
O exemplo da internet
A internet levou um tempo considerável para que se tornasse o que conhece-
mos nos dias de hoje. A verdade é que sua concepção se deu em plena guerra 
fria e a função dela era garantir a comunicação entre os militares de forma 
segura. As bases militares americanas, assim, podiam manter a comunicação 
mesmo se os meios tradicionais de comunicação da época fossem destruídos.
Portanto, no início, a internet tinha uso restrito. E mesmo com a criação de um 
modelo público e aberto, a adoção dessa nova rede não se deu de forma ime-
diata. Em seus primórdios, a internet era acusada de vínculo com usos imorais 
e criminosos. Muitas empresas eram receosas de postar informações sobre 
seu negócio online, já que tinham medo de ter sua reputação prejudicada.
Vale dizer também que no início a internet era lenta, com poucos recursos e 
menos acessível. Assim como toda tecnologia recente, usar a internet para 
transações financeiras era encaradocom muita desconfiança nos quesitos 
eficácia, usabilidade e segurança. 
Lembro-me de quando eu precisava esperar dar meia noite e usar uma inter-
net discada para navegar online. O horário não era por escolha: pela madruga-
da, até às seis da manhã, era mais barato entrar na internet, que custava o 
mesmo que uma ligação local.
Com o tempo a internet mostrou seus benefícios, aliou-se a outras tecnologias 
para ser rápida e acessível. Uniu-se com os dispositivos portáteis como celu-
lares, sendo essencial nos aparelhos modernos. O que era estranho, restrito e 
de uso duvidoso, virou indispensável nos nossos dias. Também virou um mer-
cado extremamente lucrativo.
Algumas das empresas que viram logo no início o potencial da internet se tor-
naram gigantes de seus mercados. Como exemplos podemos citar a primeira 
loja virtual de livros, a Amazon, que foi fundada em 1994. Um pouco depois, em 
1998, foi fundada a Google, que dispensa qualquer tipo de apresentações. Não 
é novidade para ninguém que estas duas companhias figuram entre as princi-
pais do mundo, na atualidade.
Em 2020, em meio à pandemia de COVID-19, a internet possibilitou trabalhos 
remotos, compras sem sair de casa, prestação de serviço e educação à distân-
cia. Além disso, cada vez mais usamos a internet para nos comunicar e interagir 
com o mundo ao redor.
Se você perguntasse para as pessoas a algumas décadas atrás se elas acredita-
vam que a internet seria tão presente e benéfica em nossa vida, existe uma boa 
chance de que parte delas respondesse que não… 
20
Qual a possibilidade de que as criptomoedas estejam mais presentes em 
nosso cotidiano, sendo usadas como forma de pagamento em comércio, 
serviços básicos e transações de pequenos valores? Lembrar como a internet 
surgiu e o seu progresso pode nos ajudar a entender um possível caminho 
para o futuro dos ativos digitais.
Aceitamos 
Um guia essencial sobre conceitos e tecnologia
A internet levou um tempo considerável para que se tornasse o que conhece-
mos nos dias de hoje. A verdade é que sua concepção se deu em plena guerra 
fria e a função dela era garantir a comunicação entre os militares de forma 
segura. As bases militares americanas, assim, podiam manter a comunicação 
mesmo se os meios tradicionais de comunicação da época fossem destruídos.
Portanto, no início, a internet tinha uso restrito. E mesmo com a criação de um 
modelo público e aberto, a adoção dessa nova rede não se deu de forma ime-
diata. Em seus primórdios, a internet era acusada de vínculo com usos imorais 
e criminosos. Muitas empresas eram receosas de postar informações sobre 
seu negócio online, já que tinham medo de ter sua reputação prejudicada.
Vale dizer também que no início a internet era lenta, com poucos recursos e 
menos acessível. Assim como toda tecnologia recente, usar a internet para 
transações financeiras era encarado com muita desconfiança nos quesitos 
eficácia, usabilidade e segurança. 
Lembro-me de quando eu precisava esperar dar meia noite e usar uma inter-
net discada para navegar online. O horário não era por escolha: pela madruga-
da, até às seis da manhã, era mais barato entrar na internet, que custava o 
mesmo que uma ligação local.
Com o tempo a internet mostrou seus benefícios, aliou-se a outras tecnologias 
para ser rápida e acessível. Uniu-se com os dispositivos portáteis como celu-
lares, sendo essencial nos aparelhos modernos. O que era estranho, restrito e 
de uso duvidoso, virou indispensável nos nossos dias. Também virou um mer-
cado extremamente lucrativo.
Algumas das empresas que viram logo no início o potencial da internet se tor-
naram gigantes de seus mercados. Como exemplos podemos citar a primeira 
loja virtual de livros, a Amazon, que foi fundada em 1994. Um pouco depois, em 
1998, foi fundada a Google, que dispensa qualquer tipo de apresentações. Não 
é novidade para ninguém que estas duas companhias figuram entre as princi-
pais do mundo, na atualidade.
Em 2020, em meio à pandemia de COVID-19, a internet possibilitou trabalhos 
remotos, compras sem sair de casa, prestação de serviço e educação à distân-
cia. Além disso, cada vez mais usamos a internet para nos comunicar e interagir 
com o mundo ao redor.
Se você perguntasse para as pessoas a algumas décadas atrás se elas acredita-
vam que a internet seria tão presente e benéfica em nossa vida, existe uma boa 
chance de que parte delas respondesse que não… 
21
22
Como isso tudo se relaciona com as criptomoedas?
Para matar esta charada de forma fácil, sugiro que você pergunte para as pes-
soas ao seu redor se elas acreditam que as criptomoedas são úteis e benéficas 
para as nossas vidas, a ponto de serem integradas ao nosso cotidiano.
A mesma descrença do passado da internet paira em torno do atual momento 
dos ativos digitais. Mas o que impede que as criptomoedas tomem um cami- 
nho parecido? Blockchain, que é a tecnologia por trás delas, é extremamente 
útil para finalidades além das finanças, como o registro de documentos ou ge- 
renciamento de cadeias de produção.
E reflita bem: os que acreditam que o PIX ou internet banking possuem a 
mesma função que as criptomoedas como o bitcoin, não entendem a re- 
volução que elas trazem ao nos libertar de intermediários e terceiros, como 
bancos e instituições financeiras.
Existem diversas empresas que oferecem os mesmos serviços dos bancos, de 
forma mais barata, descentralizada e aberta, colocando parte ou até mesmo 
todo o controle dos serviços na mão de seus participantes.
E, por fim, as acusações de que criptomoedas são usadas apenas com fins ile-
gais já vem perdendo força. Como já discutimos, será que o problema são as 
criptomoedas ou as pessoas desonestas que usam os diversos meios mone-
tários para fraudes?
O mundo sofre bruscas mudanças com o passar dos anos e com os avanços da 
tecnologia. Basta olharmos ao nosso redor e observar esta realidade. Quem 
pode garantir que as criptomoedas não vão repetir, nem que seja em uma pe-
quena parcela, o sucesso de adoção da internet? Somente o futuro nos trará as 
respostas. Em caso positivo, já estou posicionado! E você?
Bitcoin e Criptomoedas
Ao acompanhar o livro até aqui, você já tem um maior conhecimento acerca do 
mercado e conceitos básicos sobre criptomoedas. Agora é hora de aprofundar 
um pouco mais sobre a tecnologia por trás das moedas digitais e explorar 
pontos técnicos, sempre de forma simples e fácil.
De forma geral, temos a tendência de dizer que bitcoin é um ativo digital, ou 
criptomoeda, revolucionário que tem seu protocolo construído em uma tecno-
logia chamada blockchain.
Imagine-se lendo a explicação acima sem ter um mínimo conhecimento sobre 
o tema envolvido… Seria um bom conceito para você? Imagine, indo mais além, 
o grande número de pessoas que possui informação limitada a temas sobre 
tecnologia. A chance de que essas pessoas entendam o que é bitcoin é bem 
pequena.
Em 2016, quando ainda estava a pouco tempo neste mercado, traduzi um 
artigo para um famoso portal sobre criptomoedas que me ajudou a ter melhor 
uma forma de explicar o que é blockchain para pessoas iniciantes. Ele faz uma 
analogia entre caixas de vidro e a blockchain.
O bitcoin é uma moeda que precisa apenas de uma grande rede de computa-
dores conectados para que seja confiável. Diferente das moedas tradicionais, 
você não precisa de um banco para transacionar e nem de um órgão regulador 
para que o controle. O nome desta rede de computadores por trás do Bitcoin 
é chamada de blockchain, ou cadeia de blocos.
A dúvida mais recorrente é: se é um dinheiro que está em meu computador, o 
que me impede de copiar e colar suas unidades, assim como faço com os 
outros arquivos que possuo?
Esta é uma ótima pergunta e entender o funcionamento da tecnologia fica mais 
fácil se a compararmos com caixas de vidro. Vamos lá? Essa é a minha versão 
atualizada da analogia das caixas de vidro.
Imagine que a blockchainé como um enorme cofre, feito com caixas de vidros 
sobrepostas. Pela transparência do vidro, todos podem ver o conteúdo de 
cada caixa do cofre, mas o acesso a essas caixas só é possível através de uma 
chave. Sendo assim, quando uma pessoa acessa uma caixa vazia pela primeira 
vez, ela recebe sua chave privada.
Aqui já conseguimos esclarecer alguns pontos que causam confusão sobre a 
tecnologia do Bitcoin. Dizemos que a rede é transparente, mas é segura e 
anônima. Assim como caixas de vidro, você pode ver as informações da rede, 
mas sem sua chave você não pode alterar o “conteúdo” de uma carteira.
Lembre-se que você não consegue saber o dono de cada caixa. Você apenas 
pode visualizar o que há dentro dela. Sendo assim, fica claro entender o que é 
um sistema transparente e anônimo ao mesmo tempo.
Ah… mas e a questão de copiar e colar arquivos para se criar mais bitcoins?
Assim como o dono de uma caixa não poderia copiar e colar novas caixas, um 
usuário da rede também não terá esse poder. Ter uma caixa no cofre não te dá 
o direito e poder de criar mais caixas. Assim também, participar da rede não te 
dá permissão para criar mais blocos ou moedas.
Blockchain é o nome da rede onde o protocolo Bitcoin funciona. O nome quer 
dizer cadeia de blocos. Nessa cadeia, toda pessoa pode ver o conteúdo de 
todos os demais endereços Bitcoin. Apesar dos proprietários serem anônimos, 
todos os participantes estão cientes da existência de cada endereço. 
Quando alguém abre uma carteira bitcoin, está criando um novo endereço na 
blockchain e a chave privada que "desbloqueia" esse endereço. É por isso que 
você não pode "copiar e colar" bitcoin. No máximo, você poderia duplicar uma 
chave privada.
Lembre-se também que qualquer pessoa que tiver acesso à sua chave privada, 
pode acessar o seu saldo e transferi-lo. Por isso você deve cuidar e proteger 
sua chave privada, não dando o acesso a mais ninguém.
Viu como é fácil entender os conceitos por trás das criptomoedas e 
da blockchain?
O que acontece, muitas vezes, é que pelo fato do mundo das criptomoedas 
possuir termos, conceitos e definições novas, nem sempre encontramos expli-
cações menos técnicas. Isso confunde a maior parte de nós e afasta um bom 
número de pessoas que poderiam adotar a tecnologia.
Agora que você já conhece mais sobre o tema, que tal você compartilhá-lo com 
os amigos para que eles possam aprender mais? Além de fornecer um impor-
tante conhecimento, você ainda pode ganhar um novo assunto para conversar 
na sua roda de amigos.
Sabemos que um dono de caixa até poderia copiar 
e clonar uma chave, mas o conteúdo dentro da 
caixa não seria duplicado por isso. Da mesma 
forma, um usuário da rede blockchain pode até 
copiar e clonar sua chave de acesso à rede, chama-
da de chave privada, mas fazer uma cópia da chave 
não afetaria o conteúdo do bloco. Portanto, não há 
duplicação de bitcoins…
Agora que você conhece um pouco mais da analo-
gia, vamos novamente explicar o que é blockchain 
de uma forma um pouco mais técnica. Sem muito 
esforço, tenho certeza que ao menos alguns pontos 
serão mais claros para você a partir de agora.
O que é lastro?
Uma dúvida recorrente desde os iniciantes no mundo das criptomoedas até 
economistas renomados é sobre como funcionaria um suposto lastro da 
moeda digital. 
Esse tipo de questionamento, por mais que interessante, é de fácil entendi-
mento quando aprendemos os conceitos de termos importantes e o funciona-
mento do mercado financeiro tradicional.
O lastro era um depósito em ouro que servia de garantia ao papel-moeda. Isso 
quer dizer que um governo só podia emitir uma quantidade de dinheiro estatal 
em proporcionalidade com as suas reservas físicas do metal precioso.
O motivo de manter a paridade da moeda fiduciária com o ouro era evitar que 
alguns países abusassem da emissão de notas, o que poderia causar a inflação 
desenfreada, dentre outros problemas. O modelo ficou mundialmente conhe-
cido como padrão-ouro.
Um guia essencial sobre conceitos e tecnologia 23
Por que o BTC não possui lastro?
Infelizmente, muitas vezes 
as autoridades governa-
mentais quebravam este 
padrão para que pudessem 
financiar o custeio de guer-
ras. E foi após a segunda 
guerra que aconteceu a 
primeira grande alteração 
neste sistema.
No fim da segunda guerra, um acordo foi feito e o padrão-ouro foi substituído 
por um conhecido por padrão dólar-ouro. Assim, o câmbio de muitos países 
passaram a fixar suas taxas de câmbio em relação ao dólar dos Estados 
Unidos.
Ao acompanhar o livro até aqui, você já tem um maior conhecimento acerca do 
mercado e conceitos básicos sobre criptomoedas. Agora é hora de aprofundar 
um pouco mais sobre a tecnologia por trás das moedas digitais e explorar 
pontos técnicos, sempre de forma simples e fácil.
De forma geral, temos a tendência de dizer que bitcoin é um ativo digital, ou 
criptomoeda, revolucionário que tem seu protocolo construído em uma tecno-
logia chamada blockchain.
Imagine-se lendo a explicação acima sem ter um mínimo conhecimento sobre 
o tema envolvido… Seria um bom conceito para você? Imagine, indo mais além, 
o grande número de pessoas que possui informação limitada a temas sobre 
tecnologia. A chance de que essas pessoas entendam o que é bitcoin é bem 
pequena.
Em 2016, quando ainda estava a pouco tempo neste mercado, traduzi um 
artigo para um famoso portal sobre criptomoedas que me ajudou a ter melhor 
uma forma de explicar o que é blockchain para pessoas iniciantes. Ele faz uma 
analogia entre caixas de vidro e a blockchain.
O bitcoin é uma moeda que precisa apenas de uma grande rede de computa-
dores conectados para que seja confiável. Diferente das moedas tradicionais, 
você não precisa de um banco para transacionar e nem de um órgão regulador 
para que o controle. O nome desta rede de computadores por trás do Bitcoin 
é chamada de blockchain, ou cadeia de blocos.
A dúvida mais recorrente é: se é um dinheiro que está em meu computador, o 
que me impede de copiar e colar suas unidades, assim como faço com os 
outros arquivos que possuo?
Esta é uma ótima pergunta e entender o funcionamento da tecnologia fica mais 
fácil se a compararmos com caixas de vidro. Vamos lá? Essa é a minha versão 
atualizada da analogia das caixas de vidro.
Imagine que a blockchain é como um enorme cofre, feito com caixas de vidros 
sobrepostas. Pela transparência do vidro, todos podem ver o conteúdo de 
cada caixa do cofre, mas o acesso a essas caixas só é possível através de uma 
chave. Sendo assim, quando uma pessoa acessa uma caixa vazia pela primeira 
vez, ela recebe sua chave privada.
Aqui já conseguimos esclarecer alguns pontos que causam confusão sobre a 
tecnologia do Bitcoin. Dizemos que a rede é transparente, mas é segura e 
anônima. Assim como caixas de vidro, você pode ver as informações da rede, 
mas sem sua chave você não pode alterar o “conteúdo” de uma carteira.
Lembre-se que você não consegue saber o dono de cada caixa. Você apenas 
pode visualizar o que há dentro dela. Sendo assim, fica claro entender o que é 
um sistema transparente e anônimo ao mesmo tempo.
Ah… mas e a questão de copiar e colar arquivos para se criar mais bitcoins?
Assim como o dono de uma caixa não poderia copiar e colar novas caixas, um 
usuário da rede também não terá esse poder. Ter uma caixa no cofre não te dá 
o direito e poder de criar mais caixas. Assim também, participar da rede não te 
dá permissão para criar mais blocos ou moedas.
Blockchain é o nome da rede onde o protocolo Bitcoin funciona. O nome quer 
dizer cadeia de blocos. Nessa cadeia, toda pessoa pode ver o conteúdo de 
todos os demais endereços Bitcoin. Apesar dos proprietários serem anônimos, 
todos os participantes estão cientes da existência de cada endereço. 
Quando alguém abre uma carteira bitcoin, está criando um novo endereço na 
blockchain e a chave privada que "desbloqueia" esse endereço. É por isso quevocê não pode "copiar e colar" bitcoin. No máximo, você poderia duplicar uma 
chave privada.
Lembre-se também que qualquer pessoa que tiver acesso à sua chave privada, 
pode acessar o seu saldo e transferi-lo. Por isso você deve cuidar e proteger 
sua chave privada, não dando o acesso a mais ninguém.
Viu como é fácil entender os conceitos por trás das criptomoedas e 
da blockchain?
O que acontece, muitas vezes, é que pelo fato do mundo das criptomoedas 
possuir termos, conceitos e definições novas, nem sempre encontramos expli-
cações menos técnicas. Isso confunde a maior parte de nós e afasta um bom 
número de pessoas que poderiam adotar a tecnologia.
Agora que você já conhece mais sobre o tema, que tal você compartilhá-lo com 
os amigos para que eles possam aprender mais? Além de fornecer um impor-
tante conhecimento, você ainda pode ganhar um novo assunto para conversar 
na sua roda de amigos.
No ano de 1971, os Estados Unidos abandonaram o padrão dólar-ouro pela 
necessidade de financiar outra guerra, desta vez a Guerra do Vietnã. A partir 
daí, as emissões de dinheiro estatal não foram mais definidas por lastro em 
metais nem outro ativo. Na verdade, atualmente os governos usam a confiança 
do povo em seus políticos, programas econômicos e bancos centrais para justi-
ficar novas emissões.
E mesmo quando essa confiança é fraca, as autoridades legais podem fazer 
com que a moeda tenha curso forçado, onde simplesmente existe um decreto 
governamental garantindo o seu valor e obrigando seu uso.
Assim vemos que cobrar um lastro para o bitcoin é um assunto delicado, visto 
que o próprio dinheiro tradicional que usamos já não é pareado com nenhum 
outro ativo.
Sabemos que um dono de caixa até poderia copiar 
e clonar uma chave, mas o conteúdo dentro da 
caixa não seria duplicado por isso. Da mesma 
forma, um usuário da rede blockchain pode até 
copiar e clonar sua chave de acesso à rede, chama-
da de chave privada, mas fazer uma cópia da chave 
não afetaria o conteúdo do bloco. Portanto, não há 
duplicação de bitcoins…
Agora que você conhece um pouco mais da analo-
gia, vamos novamente explicar o que é blockchain 
de uma forma um pouco mais técnica. Sem muito 
esforço, tenho certeza que ao menos alguns pontos 
serão mais claros para você a partir de agora.
Uma segunda pergunta frequente é: se as moedas possuíam lastro em ouro, 
existia algum outro ativo em que o ouro também era lastreado? O ouro servia 
de lastro, mas não era lastreado em outro ativo. 
O motivo de se usar o ouro como referência vem pelo fato dele ser um metal 
nobre, com diversos usos e de alta demanda. Além disso, ele é escasso, o que 
o faz ser altamente valorizado.
O lastro era um depósito em ouro que servia de garantia ao papel-moeda. Isso 
quer dizer que um governo só podia emitir uma quantidade de dinheiro estatal 
em proporcionalidade com as suas reservas físicas do metal precioso.
O motivo de manter a paridade da moeda fiduciária com o ouro era evitar que 
alguns países abusassem da emissão de notas, o que poderia causar a inflação 
desenfreada, dentre outros problemas. O modelo ficou mundialmente conhe-
cido como padrão-ouro.
24
E o lastro do ouro?
Bitcoin e Criptomoedas
Infelizmente, muitas vezes 
as autoridades governa-
mentais quebravam este 
padrão para que pudessem 
financiar o custeio de guer-
ras. E foi após a segunda 
guerra que aconteceu a 
primeira grande alteração 
neste sistema.
No fim da segunda guerra, um acordo foi feito e o padrão-ouro foi substituído 
por um conhecido por padrão dólar-ouro. Assim, o câmbio de muitos países 
passaram a fixar suas taxas de câmbio em relação ao dólar dos Estados 
Unidos.
É possível comparar o bitcoin como um 
ouro digital: ele possui casos de uso 
que vão além do uso como dinheiro. 
Mais que isso, a demanda tem crescido 
com o passar dos anos e seu modelo 
de emissão é baseado em escassez.
Ao acompanhar o livro até aqui, você já tem um maior conhecimento acerca do 
mercado e conceitos básicos sobre criptomoedas. Agora é hora de aprofundar 
um pouco mais sobre a tecnologia por trás das moedas digitais e explorar 
pontos técnicos, sempre de forma simples e fácil.
De forma geral, temos a tendência de dizer que bitcoin é um ativo digital, ou 
criptomoeda, revolucionário que tem seu protocolo construído em uma tecno-
logia chamada blockchain.
Imagine-se lendo a explicação acima sem ter um mínimo conhecimento sobre 
o tema envolvido… Seria um bom conceito para você? Imagine, indo mais além, 
o grande número de pessoas que possui informação limitada a temas sobre 
tecnologia. A chance de que essas pessoas entendam o que é bitcoin é bem 
pequena.
Em 2016, quando ainda estava a pouco tempo neste mercado, traduzi um 
artigo para um famoso portal sobre criptomoedas que me ajudou a ter melhor 
uma forma de explicar o que é blockchain para pessoas iniciantes. Ele faz uma 
analogia entre caixas de vidro e a blockchain.
O bitcoin é uma moeda que precisa apenas de uma grande rede de computa-
dores conectados para que seja confiável. Diferente das moedas tradicionais, 
você não precisa de um banco para transacionar e nem de um órgão regulador 
para que o controle. O nome desta rede de computadores por trás do Bitcoin 
é chamada de blockchain, ou cadeia de blocos.
A dúvida mais recorrente é: se é um dinheiro que está em meu computador, o 
que me impede de copiar e colar suas unidades, assim como faço com os 
outros arquivos que possuo?
Esta é uma ótima pergunta e entender o funcionamento da tecnologia fica mais 
fácil se a compararmos com caixas de vidro. Vamos lá? Essa é a minha versão 
atualizada da analogia das caixas de vidro.
Imagine que a blockchain é como um enorme cofre, feito com caixas de vidros 
sobrepostas. Pela transparência do vidro, todos podem ver o conteúdo de 
cada caixa do cofre, mas o acesso a essas caixas só é possível através de uma 
chave. Sendo assim, quando uma pessoa acessa uma caixa vazia pela primeira 
vez, ela recebe sua chave privada.
Aqui já conseguimos esclarecer alguns pontos que causam confusão sobre a 
tecnologia do Bitcoin. Dizemos que a rede é transparente, mas é segura e 
anônima. Assim como caixas de vidro, você pode ver as informações da rede, 
mas sem sua chave você não pode alterar o “conteúdo” de uma carteira.
Lembre-se que você não consegue saber o dono de cada caixa. Você apenas 
pode visualizar o que há dentro dela. Sendo assim, fica claro entender o que é 
um sistema transparente e anônimo ao mesmo tempo.
Ah… mas e a questão de copiar e colar arquivos para se criar mais bitcoins?
Assim como o dono de uma caixa não poderia copiar e colar novas caixas, um 
usuário da rede também não terá esse poder. Ter uma caixa no cofre não te dá 
o direito e poder de criar mais caixas. Assim também, participar da rede não te 
dá permissão para criar mais blocos ou moedas.
Blockchain é o nome da rede onde o protocolo Bitcoin funciona. O nome quer 
dizer cadeia de blocos. Nessa cadeia, toda pessoa pode ver o conteúdo de 
todos os demais endereços Bitcoin. Apesar dos proprietários serem anônimos, 
todos os participantes estão cientes da existência de cada endereço. 
Quando alguém abre uma carteira bitcoin, está criando um novo endereço na 
blockchain e a chave privada que "desbloqueia" esse endereço. É por isso que 
você não pode "copiar e colar" bitcoin. No máximo, você poderia duplicar uma 
chave privada.
Lembre-se também que qualquer pessoa que tiver acesso à sua chave privada, 
pode acessar o seu saldo e transferi-lo. Por isso você deve cuidar e proteger 
sua chave privada, não dando o acesso a mais ninguém.
Viu como é fácil entender os conceitos por trás das criptomoedas e 
da blockchain?
O que acontece, muitas vezes, é que pelo fato do mundo das criptomoedas 
possuir termos, conceitos e definições novas, nem sempre encontramos expli-
cações menos técnicas. Isso confunde a maior parte de nós e afasta um bom 
número de pessoasque poderiam adotar a tecnologia.
Agora que você já conhece mais sobre o tema, que tal você compartilhá-lo com 
os amigos para que eles possam aprender mais? Além de fornecer um impor-
tante conhecimento, você ainda pode ganhar um novo assunto para conversar 
na sua roda de amigos.
No ano de 1971, os Estados Unidos abandonaram o padrão dólar-ouro pela 
necessidade de financiar outra guerra, desta vez a Guerra do Vietnã. A partir 
daí, as emissões de dinheiro estatal não foram mais definidas por lastro em 
metais nem outro ativo. Na verdade, atualmente os governos usam a confiança 
do povo em seus políticos, programas econômicos e bancos centrais para justi-
ficar novas emissões.
E mesmo quando essa confiança é fraca, as autoridades legais podem fazer 
com que a moeda tenha curso forçado, onde simplesmente existe um decreto 
governamental garantindo o seu valor e obrigando seu uso.
Assim vemos que cobrar um lastro para o bitcoin é um assunto delicado, visto 
que o próprio dinheiro tradicional que usamos já não é pareado com nenhum 
outro ativo.
Existe uma quantidade de ouro limitada na terra. Quanto mais se garimpa, 
menos metal sobra no solo. Portanto, a retirada do metal fica mais escassa.
De forma semelhante, há um número limitado de bitcoins de acordo com o 
protocolo criado. Quanto mais se minera, menos bitcoins restam para serem 
extraídos também.
Sabemos que um dono de caixa até poderia copiar 
e clonar uma chave, mas o conteúdo dentro da 
caixa não seria duplicado por isso. Da mesma 
forma, um usuário da rede blockchain pode até 
copiar e clonar sua chave de acesso à rede, chama-
da de chave privada, mas fazer uma cópia da chave 
não afetaria o conteúdo do bloco. Portanto, não há 
duplicação de bitcoins…
Agora que você conhece um pouco mais da analo-
gia, vamos novamente explicar o que é blockchain 
de uma forma um pouco mais técnica. Sem muito 
esforço, tenho certeza que ao menos alguns pontos 
serão mais claros para você a partir de agora.
Pinos de processadores 
são banhados em ouro
Pix e a moeda digital do banco central. 
Seriam elas criptomoedas?
Concluímos assim que o modelo monetário fiduciário atual não trabalha com o 
sistema de lastro. E existe um ponto negativo nisso: os governos podem emitir 
moeda descontroladamente, causando uma inflação também sem controle.
O bitcoin foi planejado desde sua concepção para ter uma emissão controlada, 
definida e com limite bem estabelecido. Não é necessário confiar em nenhum 
órgão nem é preciso garantias adicionais para que esse limite seja cumprido: o 
código é aberto e apenas temos que confiar na própria matemática e com-
putação.
Além do mais, o bitcoin possui um modelo de emissão que lembra a extração 
do ouro, que era o ativo escolhido para lastrear as moedas fiduciárias, quando 
este modelo era vigente.
Sendo assim, dizer que o bitcoin precisa de um lastro em outro ativo, seja digi-
tal ou físico, é um argumento que pode ser refutável pelas informações aqui 
apresentadas. A inflação, vilã da perda do lastro das moedas governamentais, 
não assombra o principal ativo do mercado de criptomoedas: no bitcoin a in-
flação é controlada, reduzida e um dia será levada a zero.
No final do ano de 2020, o anúncio de um novo sistema de pagamento eletrôni-
co ganhou manchetes e destaque em noticiários econômicos de todo o Brasil. 
A chegada do Pix foi vista como uma grande evolução na forma de se transferir 
dinheiro.
Transações instantâneas a qualquer momento do dia e gratuidade para pes-
soas físicas e MEI: estes são alguns dos benefícios trazidos pelo Pix. 
Dando ainda passos maiores, o Brasil está na lista dos primeiros países que en-
caram de forma séria a criação de uma moeda digital. De acordo com o G1, no 
25
Para Concluir...
Um guia essencial sobre conceitos e tecnologia
dia 20 de agosto de 2020, o Bacen (Banco Central) informou que criou um 
grupo de estudos para discutir a possível emissão dessa moeda.
Com a boa aceitação do Pix, o banco central acredita que criar a versão digital 
do real é uma consequência da modernização do mercado financeiro. No início 
de novembro de 2020, o ministro da Economia, Paulo Guedes, reafirmou a 
posição do Bacen ao dizer que o Brasil teria uma moeda digital.
Com as novidades comentadas acima, muitos entusiastas do mundo das crip-
tomoedas se perguntam se essas iniciativas não fazem com que o uso de bit-
coin e altcoins percam completamente o sentido… 
Criptomoedas são criadas para serem transferidas de forma mais rápida, com 
taxas baixas e a qualquer hora do dia. E o Pix oferece tudo isso. Seria o fim da 
era das criptomoedas e o surgimento da era das moedas digitais estatais?
Ao acompanhar o livro até aqui, você já tem um maior conhecimento acerca do 
mercado e conceitos básicos sobre criptomoedas. Agora é hora de aprofundar 
um pouco mais sobre a tecnologia por trás das moedas digitais e explorar 
pontos técnicos, sempre de forma simples e fácil.
De forma geral, temos a tendência de dizer que bitcoin é um ativo digital, ou 
criptomoeda, revolucionário que tem seu protocolo construído em uma tecno-
logia chamada blockchain.
Imagine-se lendo a explicação acima sem ter um mínimo conhecimento sobre 
o tema envolvido… Seria um bom conceito para você? Imagine, indo mais além, 
o grande número de pessoas que possui informação limitada a temas sobre 
tecnologia. A chance de que essas pessoas entendam o que é bitcoin é bem 
pequena.
Em 2016, quando ainda estava a pouco tempo neste mercado, traduzi um 
artigo para um famoso portal sobre criptomoedas que me ajudou a ter melhor 
uma forma de explicar o que é blockchain para pessoas iniciantes. Ele faz uma 
analogia entre caixas de vidro e a blockchain.
O bitcoin é uma moeda que precisa apenas de uma grande rede de computa-
dores conectados para que seja confiável. Diferente das moedas tradicionais, 
você não precisa de um banco para transacionar e nem de um órgão regulador 
para que o controle. O nome desta rede de computadores por trás do Bitcoin 
é chamada de blockchain, ou cadeia de blocos.
A dúvida mais recorrente é: se é um dinheiro que está em meu computador, o 
que me impede de copiar e colar suas unidades, assim como faço com os 
outros arquivos que possuo?
Esta é uma ótima pergunta e entender o funcionamento da tecnologia fica mais 
fácil se a compararmos com caixas de vidro. Vamos lá? Essa é a minha versão 
atualizada da analogia das caixas de vidro.
Imagine que a blockchain é como um enorme cofre, feito com caixas de vidros 
sobrepostas. Pela transparência do vidro, todos podem ver o conteúdo de 
cada caixa do cofre, mas o acesso a essas caixas só é possível através de uma 
chave. Sendo assim, quando uma pessoa acessa uma caixa vazia pela primeira 
vez, ela recebe sua chave privada.
Aqui já conseguimos esclarecer alguns pontos que causam confusão sobre a 
tecnologia do Bitcoin. Dizemos que a rede é transparente, mas é segura e 
anônima. Assim como caixas de vidro, você pode ver as informações da rede, 
mas sem sua chave você não pode alterar o “conteúdo” de uma carteira.
Lembre-se que você não consegue saber o dono de cada caixa. Você apenas 
pode visualizar o que há dentro dela. Sendo assim, fica claro entender o que é 
um sistema transparente e anônimo ao mesmo tempo.
Ah… mas e a questão de copiar e colar arquivos para se criar mais bitcoins?
Assim como o dono de uma caixa não poderia copiar e colar novas caixas, um 
usuário da rede também não terá esse poder. Ter uma caixa no cofre não te dá 
o direito e poder de criar mais caixas. Assim também, participar da rede não te 
dá permissão para criar mais blocos ou moedas.
Blockchain é o nome da rede onde o protocolo Bitcoin funciona. O nome quer 
dizer cadeia de blocos. Nessa cadeia, toda pessoa pode ver o conteúdo de 
todos os demais endereços Bitcoin. Apesar dos proprietários serem anônimos, 
todos os participantes estão cientes da existência de cada endereço. 
Quando alguém abre

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