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P ro fe ss or E nz o B en ve ng a Termodinâmica Professor Enzo Benvenga Questão 1 Um gás segue o processo adiabático indicado pelo gráfico PxV. Qual trabalho realizado pelo gás? (γ = 1, 67) Questão 2 Um mol de um gás ideal, com γ = 7/5, está contido num recipiente, inicialmente a 1 atm e 27◦C. O gás é, sucessivamente: 1 P ro fe ss or E nz o B en ve ng a 1. comprimido isobaricamente até 3/4 do volume inicial Vo; 2. aquecido, a volume constante, até voltar à temperatura inicial; 3. expandido a pressão constante até voltar ao volume inicial; 4. resfriado, a volume constante, até voltar à pressão inicial. Calcule o trabalho total realizado pelo gás. Questão 3 0,1 mol de um gás ideal, com CV = 3 2R, descreve o ciclo representado na figura abaixo no plano (P, T). Calcule ∆W , ∆Q e ∆U para os processos AB, BC, CA e para o ciclo. Questão 4 Um mol de um gás ideal, contido num recipiente munido de um pistão móvel, inicialmente a 20◦C, se expande isotermicamente até que seu volume aumenta de 50%. A seguir, é contráıdo, mantendo a pressão 2 P ro fe ss or E nz o B en ve ng a constante até voltar ao volume inicial. Finalmente, é aquecido, a vo- lume constante, até voltar à temperatura inicial. Desenhe o diagrama PxV e calcule o trabalho total realizado pelo gás neste processo. Questão 5 Um mol de gás hélio, com CV = 3 2R, inicialmente a 10 atm e 0◦C, sofre uma expansão adiabática reverśıvel até atingir a pressão atmosférica, como primeiro estágio num processo de liquefação do gás. Calcule a temperatura final e o trabalho realizado pelo gás na expansão. Questão 6 Um mol de um gás ideal, com CV = 3 2R, a 17◦C, tem sua pressão reduzida à metade por um dos quatro processos seguintes: 1. a volume constante; 2. isotermicamente; 3. adiabaticamente; 4. por expansão livre. Para um volume inicial Vi, calcule, para cada um dos quatro processos, o volume e a temperatura finais, ∆W e ∆U . Questão 7 Um gás ideal de coeficiente adiabático γ é submetido ao ciclo ABCA mostrado na figura, onde AB é um segmento de reta. Calcule o rendi- mento do ciclo. 3 P ro fe ss or E nz o B en ve ng a Questão 8 Um mol de um gás ideal diatômico γ = 7/5 descreve o ciclo ABCDA mostrado na figura, onde P é medido em bar e V em L. Calcule a eficiência de um motor térmico operando segundo esse ciclo. Questão 9 Um gás ideal com γ = 5/3 sofre uma expansão isotérmica em que seu volume aumenta em 50%, seguida de uma contração isobárica até o 4 P ro fe ss or E nz o B en ve ng a volume inicial e de aquecimento, a volume constante, até a temperatura inicial. Calcule o rendimento desse ciclo. Questão 10 Um mol de um gás ideal descreve o ciclo ABCDA mostrado na figura no plano (P, T), onde T = T1 e T = T2 são isotermas. Calcule o trabalho total associado ao ciclo, em função de P0, V0, T1 e T2. Questão 11 A figura a seguir, onde AB e CD são adiabáticas, representa o Ciclo de Otto, esquematização idealizada do que ocorre num motor a gasolina de quatro tempos. 5 P ro fe ss or E nz o B en ve ng a AB representa a compressão rápida (adiabática) da mistura de ar com vapor de gasolina, de um volume inicial V0 para V0/r (r = taxa de compressão); BC representa o aquecimento a volume constante devido à ignição; CD é a expansão adiabática dos gases aquecidos, movendo o pistão; DA simboliza a queda de pressão associada à exaustão dos gases da combustão. A mistura é tratada como um gás ideal de coeficiente adiabático γ. Mostre que o rendimento do ciclo é dado por: η = 1− TD − TA TC − TB = 1− ( 1 r )γ−1 (1) Questão 12 O Ciclo Diesel, representado na figura a seguir, onde AB e CD são adiabáticas, esquematiza o que ocorre num motor Diesel de quatro tempos. 6 P ro fe ss or E nz o B en ve ng a A diferença em relação ao Ciclo de Otto é que a taxa rc = V0/V1 de compressão adiabática é maior, aquecendo mais o ar e permitindo que ele inflame o combust́ıvel injetado sem necessidade de uma centelha de ignição: isto ocorre a pressão constante, durante o trecho BC; a taxa de expansão adiabática associada a CD é re = V0/V2. Mostre que o rendimento do Ciclo Diesel é dado por: η = 1− 1 γ ( TD − TA TC − TB ) = 1− 1 γ · ( 1 re )γ − ( 1 rc )γ (1/re)− (1/rc) (2) Questão 13 Um mol de um gás varia segundo os processos 1 → 2 e 2 → 3. Se o gás realiza um trabalho W e P2 = αP3, determine a temperatura do gás no estado 1. 7 P ro fe ss or E nz o B en ve ng a Questão 14 Demonstre que o trabalho de uma adiabática é dado por: W = PfVf − PiVi (1− γ) (3) Em seguida, determine qual é a quantidade de calor a ser transferida ao nitrogênio, no processo de aquecimento isobárico desse gás, para realizar um trabalho de 2 J. Questão 15 Como resultado do aquecimento isobárico em ∆T = 72K, um mol de um determinado gás ideal ganha uma quantidade de calor Q = 1,60 kJ. Encontre o trabalho realizado pelo gás, a variação de sua energia interna e o valor de γ = CP/CV . 8 P ro fe ss or E nz o B en ve ng a Questão 16 Um mol de um gás monoatômico ideal realiza o ciclo mostrado na figura abaixo. O processo BC é uma expansão adiabática: Pb = 10 atm; Vb = 10−3 m3 e Vc = 8Vb. Calcule, para o ciclo, o calor adicionado ao gás; o calor que é expelido pelo gás; o trabalho total realizado pelo gás e o rendimento deste ciclo. Questão 17 A figura mostra um recipiente, com êmbolo, contendo um volume ini- cial Vi de gás ideal, inicialmente sob uma pressão Pi igual à pressão atmosférica, Pat. Uma mola não deformada é fixada no êmbolo e num anteparo fixo. Em seguida, de algum modo é fornecida ao gás uma certa quantidade de calor Q. Sabendo que a energia interna do gás é U = (3/2)PV , a constante da mola é k e a área da seção transver- sal do recipiente é A, determine a variação do comprimento da mola em função dos parâmetros intervenientes. Despreze os atritos e consi- dere o êmbolo sem massa, bem como sendo adiabáticas as paredes que 9 P ro fe ss or E nz o B en ve ng a confinam o gás. Questão 18 Certa quantidade de oxigênio (considerado aqui como gás ideal) ocupa um volume vi a uma temperatura Ti e pressão pi. A seguir, toda essa quantidade é comprimida, por meio de um processo adiabático e quase estático, tendo reduzido o seu volume para vf = vi/2. Indique o valor do trabalho realizado sobre esse gás. Questão 19 Uma certa massa de gás ideal realiza o ciclo ABCD de transformações, como mostrado no diagrama pressão x volume da figura. As curvas AB e CD são isotermas. Pode-se afirmar que: 10 P ro fe ss or E nz o B en ve ng a a) o ciclo ABCD corresponde a um ciclo de Carnot. b) o gás converte trabalho em calor ao realizar o ciclo. c) nas transformações AB e CD o gás recebe calor. d) nas transformações AB e BC a variação da energia interna do gás é negativa. e) na transformação DA o gás recebe calor, cujo valor é igual à variação da energia interna. Questão 20 Um gás em uma câmara fechada passa pelo ciclo mostrado no diagrama PxV da figura abaixo. A escala do eixo horizontal é definida por Vs = 4 m3. Calcule a energia ĺıquida adicionada ao sistema em forma de calor durante um ciclo completo. 11 P ro fe ss or E nz o B en ve ng a Gabarito 1. W = 57,3 kJ. 2. W = 208 J. 3. 4. W = 176 J. 5. Tf = −164, 3◦C e W = 2045 J. 6. 12 P ro fe ss or E nz o B en ve ng a 7. η = 1 3 − 1 3γ 8. η = 8, 3% 9. η = 8% 10. W = R (T2 − T1) +RT2 ln ( P0V0 RT2 ) −RT1 ln ( RT1 P0V0 ) 11. Demonstração. 12. Demonstração. 13. T1 = W R(α−1) 14. Veja o Apêndice 2; Q = 7 J. 15. W = 600 J; ∆U = 1000 J e γ = 1, 6. 16. QAB = 1468 J; QCA = −552, 3 J; W = 915,7 J e η = 62, 4%. 17. x = −( 3kVi A +5PatA)+ √ ( 3kVi A +5PatA) 2 +16kQ 8k 18. 5 2 (pivi) ( 20,4 − 1 ) 19. Alternativa E. 20. -30 J. Apêndice 1 - Trabalho de uma Isotérmica Como sabemos, o trabalho é dado pela área abaixo da curvaque re- presenta a transformação. Observe, portanto, a curva que denota a transformação isotérmica. 13 P ro fe ss or E nz o B en ve ng a Note que podemos escrever o trabalho na forma integral da seguinte maneira: W = ∫ P · dV (4) Devemos, agora, definir os limites de integração, isto é, os limites que definem a isoterma. W = ∫ V2 V1 P · dV (5) Pela Equação de Clapeyron, sabemos que: W = ∫ V2 V1 nRT V · dV (6) Como n, R e T são termos constantes, temos: W = nRT ∫ V2 V1 dV V (7) 14 P ro fe ss or E nz o B en ve ng a Logo, W = nRT ln V2 V1 (8) Apêndice 2 - Trabalho de uma Adiabática Assim como na isotérmica, o trabalho da adiabática pode ser escrito como uma integral definida entre os estados iniciais e finais. No en- tanto, há uma maneira mais simples de escrever o trabalho. Antes disso, veja o gráfico abaixo, que define uma curva adiabática. A prinćıpio, devemos definir três relações importantes para as trans- formações adiabáticas reverśıveis. São elas: • Relação de Mayer: CP − CV = R • Coeficiente de Poisson: γ = CP/CV • Lei geral dos gases para uma adiabática reverśıvel: PV γ = cte. 15 P ro fe ss or E nz o B en ve ng a Agora, podemos analisar, com base na Primeira Lei da Termodinâmica, a transformação adiabática: ∆U = Q−W (9) Para uma adiabática, Q = 0. Assim, ∆U = −W (10) Como sabemos, podemos representar a energia interna de um gás nos termos da capacidade caloŕıfica molar: ∆U = nCV∆T (11) Retornando à relação (10), temos: W = −nCV∆T (12) Essa é uma das formas de escrever o trabalho de uma adiabática. No entanto, podemos, ainda, reescrever essa expressão, a fim de utilizar somente os parâmetros fornecidos pelo gráfico. Sabemos que: CP = CV +R (13) CP = CV γ (14) Com base nas relações acima, temos: CV γ = CV +R (15) Dessa maneira, CV (γ − 1) = R (16) CV = R (γ − 1) (17) 16 P ro fe ss or E nz o B en ve ng a Substituindo em (12), temos: W = − nR (γ − 1) ∆T (18) Abrindo a expressão, W = nR (1− γ) (Tf − Ti) (19) W = 1 (1− γ) (nRTf − nRTi) (20) Pela Equação de Clapeyron, temos, por fim: W = PfVf − PiVi (1− γ) (21) 17
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