Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.net/publication/288006960 Valor da imagem infravermelha na avaliação da dor Article · January 2005 CITATIONS 34 READS 880 3 authors, including: Some of the authors of this publication are also working on these related projects: Publication special edition of Medical Thermography View project Stereotactic Neurosurgery simulation, planning and post-op View project Marcos Brioschi Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo 220 PUBLICATIONS 2,004 CITATIONS SEE PROFILE Cláudio Fernandes Correa 43 PUBLICATIONS 820 CITATIONS SEE PROFILE All content following this page was uploaded by Marcos Brioschi on 03 June 2016. The user has requested enhancement of the downloaded file. https://www.researchgate.net/publication/288006960_Valor_da_imagem_infravermelha_na_avaliacao_da_dor?enrichId=rgreq-3420263cee87a88daa92b2c6878c3283-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI4ODAwNjk2MDtBUzozNjg4OTI4NzU2ODk5ODVAMTQ2NDk2MjMyMzY4MA%3D%3D&el=1_x_2&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/publication/288006960_Valor_da_imagem_infravermelha_na_avaliacao_da_dor?enrichId=rgreq-3420263cee87a88daa92b2c6878c3283-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI4ODAwNjk2MDtBUzozNjg4OTI4NzU2ODk5ODVAMTQ2NDk2MjMyMzY4MA%3D%3D&el=1_x_3&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/project/Publication-special-edition-of-Medical-Thermography?enrichId=rgreq-3420263cee87a88daa92b2c6878c3283-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI4ODAwNjk2MDtBUzozNjg4OTI4NzU2ODk5ODVAMTQ2NDk2MjMyMzY4MA%3D%3D&el=1_x_9&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/project/Stereotactic-Neurosurgery-simulation-planning-and-post-op?enrichId=rgreq-3420263cee87a88daa92b2c6878c3283-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI4ODAwNjk2MDtBUzozNjg4OTI4NzU2ODk5ODVAMTQ2NDk2MjMyMzY4MA%3D%3D&el=1_x_9&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/?enrichId=rgreq-3420263cee87a88daa92b2c6878c3283-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI4ODAwNjk2MDtBUzozNjg4OTI4NzU2ODk5ODVAMTQ2NDk2MjMyMzY4MA%3D%3D&el=1_x_1&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Marcos-Brioschi?enrichId=rgreq-3420263cee87a88daa92b2c6878c3283-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI4ODAwNjk2MDtBUzozNjg4OTI4NzU2ODk5ODVAMTQ2NDk2MjMyMzY4MA%3D%3D&el=1_x_4&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Marcos-Brioschi?enrichId=rgreq-3420263cee87a88daa92b2c6878c3283-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI4ODAwNjk2MDtBUzozNjg4OTI4NzU2ODk5ODVAMTQ2NDk2MjMyMzY4MA%3D%3D&el=1_x_5&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/institution/Hospital_das_Clinicas_da_Faculdade_de_Medicina_da_Universidade_de_Sao_Paulo?enrichId=rgreq-3420263cee87a88daa92b2c6878c3283-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI4ODAwNjk2MDtBUzozNjg4OTI4NzU2ODk5ODVAMTQ2NDk2MjMyMzY4MA%3D%3D&el=1_x_6&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Marcos-Brioschi?enrichId=rgreq-3420263cee87a88daa92b2c6878c3283-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI4ODAwNjk2MDtBUzozNjg4OTI4NzU2ODk5ODVAMTQ2NDk2MjMyMzY4MA%3D%3D&el=1_x_7&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Claudio-Correa-3?enrichId=rgreq-3420263cee87a88daa92b2c6878c3283-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI4ODAwNjk2MDtBUzozNjg4OTI4NzU2ODk5ODVAMTQ2NDk2MjMyMzY4MA%3D%3D&el=1_x_4&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Claudio-Correa-3?enrichId=rgreq-3420263cee87a88daa92b2c6878c3283-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI4ODAwNjk2MDtBUzozNjg4OTI4NzU2ODk5ODVAMTQ2NDk2MjMyMzY4MA%3D%3D&el=1_x_5&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Claudio-Correa-3?enrichId=rgreq-3420263cee87a88daa92b2c6878c3283-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI4ODAwNjk2MDtBUzozNjg4OTI4NzU2ODk5ODVAMTQ2NDk2MjMyMzY4MA%3D%3D&el=1_x_7&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Marcos-Brioschi?enrichId=rgreq-3420263cee87a88daa92b2c6878c3283-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI4ODAwNjk2MDtBUzozNjg4OTI4NzU2ODk5ODVAMTQ2NDk2MjMyMzY4MA%3D%3D&el=1_x_10&_esc=publicationCoverPdf ABSTRACT The authors review the utility of infrared imaging, knowed as infrared thermography or skin thermometry, in the diag- nosis of neurological and musculoskeletal conditions. Infrared imaging is noninvasive, does not involve the use of ioni- zing radiation and is a safe procedure, may facilitate the determination of spinal nerve root and distal peripheral nerve dysfunction, contributes to the evaluation of possible autonomic nervous system dysfunction and of spinal disorders, may be useful in documenting peripheral nerve and soft tissue injuries, such as spasm, and myositis, is helpful in the di- agnosis of reflex sympathetic dystrophy and can be used to follow the course of patients after spinal surgery. In those applications, infrared imaging does not stand alone as a primary diagnostic foot, it is a test of physiological function that may aid in the interpretation of the significance of information obtained by other tests. In recent years, an increasing number of correlative studies have been published. Few of these studies can be characterized as well-controlled. Infra- red imaging has a great value for study of pain. Keywords: Infrared imaging, sympathetic nervous system, pain. 514 Artigo de Revisão REV. DOR 2005 - Jan/fev/mar - 6 (1): 514-524 VALOR DA IMAGEM INFRAVERMELHA NA AVALIAÇÃO DA DOR VALUE OF INFRARED IMAGING IN PAIN EVALUATION Marcos Leal Brioschi1 Samuel Abramavicus2 Claudio Fernandes Corrêa3 RESUMO Os autores revisam o valor da imagem infravermelha (IR), também conhecida por termografia ou termometria cu- tânea, no diagnóstico de certas condições álgicas neurológicas e musculoesqueléticas. Esta imagem é um procedi- mento seguro, não-invasivo e não envolve radiação ionizante, pode facilitar a determinação de disfunções da raiz ner- vosa espinhal e nervos periféricos distais, contribui para avaliação de possíveis disfunções do sistema nervoso autô- nomo e distúrbios medulares, é útil na documentação de lesões de nervos periféricos e tecidos moles, como de es- tiramentos musculares e de ligamentos, inflamação, espasmos musculares e miosites, é auxiliar no diagnóstico da dis- trofia simpático-reflexa e pode ser utilizada no seguimento de pacientes após procedimento de cirurgia medular. Nes- tas aplicações, a IR não está sozinha como uma ferramenta diagnóstica primária. É um teste da função fisiológica que pode auxiliar na interpretação obtida por outros exames. Nos últimos anos, houve um aumento no número de estu- dos publicados relativos a IR. Muitos destes estudos podem ser caracterizados como bem controlados. A imagem in- fravermelha é de grande valor para o estudo da dor. Unitermos: Imagem infravermelha, sistema nervoso simpático, dor. 1 - Doutor pela Universidade Federal do Paraná. Médico Pesquisador do Centro de Dor da Clínica Neurológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Membro da Academia Americana de Termologia. Membro Aspirante do Colégio Brasi- leiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem. Presidente da Sociedade Brasileira de Termologia. 2 - Médico do Centro de Dor da Clínica Neurológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. 3 - Doutor em Neurocirurgia pela Universidade Federal de São Paulo. Chefe da Clínica de Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital 9 de Julho, São Paulo. Endereço para correspondência: Marcos Leal Brioschi E-mail: infrared@infrared.med.br 515 Valor da imagem infravermelha na avaliação da dor Brioschi ML, Abramavicus S, Corrêa CFREV. DOR 2005 - Jan/fev/mar - 6 (1): 514-524 INTRODUÇÃO O imageamento infravermelho (IR) é um procedi- mento diagnóstico que mensura a energia infraver- melha emitida pelo corpo. Estas medidas se expres- sam na forma de imagens de alta resolução que constituem a base para serem utilizadas no diagnós- tico de condições neuromusculares dolorosas como discopatias, síndrome de dor miofascial, miosites, lesões musculoligamentosas, radiculopatias, distro- fia simpático-reflexa,síndromes do túnel do carpo e do tarso, lesões esportivas, síndromes compressivas neurovasculares do desfiladeiro torácico e inflama- ções de artrites, tendinites e bursites (Figura 1). As duas técnicas para realizar imageamento térmico são por termografia infravermelha, sem contato e por cristal líquido, com contato. A última abandonada devi- do a alta tecnologia do imageamento infravermelho. A radiação eletromagnética IR tem comprimento de onda entre 1 e 1000 µm. Ligeiramente mais lon- ga que a luz visível, situa-se no espectro entre a luz vermelha e as microndas. Por ser uma onda eletro- magnética não necessita de um meio para se pro- pagar, pode se deslocar no vácuo com a velocidade da luz. O corpo humano emite raios IR na faixa es- pectral de 0,7 a 15 µm. Estes raios são invisíveis a olho nu e indicam o grau de agitação entre as molé- culas, esta pode ser percebida por suas proprieda- des de aquecimento, porém a mão humana não é capaz de perceber mudanças de temperatura me- nos de 2oC a 4oC. Já os equipamentos de imagem IR detectam mudanças térmicas de 0,05oC a 0,1oC e demonstram-nas como um mapa térmico. OBJETIVO Devido seu recente uso em nosso meio1-10, os au- tores revisam o valor da imagem IR no diagnóstico de certas condições álgicas neurológicas e muscu- loesqueléticas. VISÃO GERAL A temperatura corporal tem sido utilizada como in- formação de disfunção há milhares de anos. No sécu- lo XX, a termometria de contato mostrou que em pes- soas normais diferenças de temperatura entre lados AA BB CC DD EE FF Figura 1: Imagens infravermelhas realizadas pelos autores. A. Hiporradiação em dermátomo de nervo mediano bilate- ral em paciente com síndrome do túnel do carpo bilateral. B. Hiporradiação “em luva” em membro superior esquerdo em paciente com síndrome de dor regional complexa, tipo 1. C e D. Radiculopatia S1 esquerda, observar hiper-radia- ção paralombar esquerda e hiporradiação em dermátomo S1 a partir da nádega. E. Miopatia de músculos extensores do punho direito, presença de hiper-radiação em faixa, porção proximal do antebraço posterior. F. Hiper-radiação em topografia de músculo trapézio direito, com hiper-radia- ção focal mais intensa sobre ponto-gatilho miofascial em rombóides (ponto verde na imagem). 516 Valor da imagem infravermelha na avaliação da dor Brioschi ML, Abramavicus S, Corrêa CF REV. DOR 2005 - Jan/fev/mar - 6 (1): 514-524 opostos do tronco e das extremidades não excedem 0,38±0,31oC11-13. Estudos sugerem que temperaturas acima de 0,5oC são indicativas de disfunção14-17. A aplicação sistemática de tais diferenças de ra- diação IR, expressa em temperatura, para detecção de distúrbios neuromusculares foi introduzida em 1973 por Duesing18. Neste estudo, mudanças de ra- diação IR foram correlacionadas com distribuição sensitiva de nervos em radiculopatias lombossa- crais. Estudos subseqüentes relataram correlação entre condição dolorosa e padrões IR anormais19-22. Assim como correlação direta da intensidade de dor com assimetria IR23-26. BASE FISIOLÓGICA FISIOLOGIA NORMAL - SIMETRIA TÉRMICA CUTÂNEA A homeostase da temperatura central é mantida por mecanismos de retroalimentação controlados por um centro termorregulador no hipotálamo. Neurônios ter- mossensíveis estimulam-se com aumento de tempera- tura do sangue que passa pelos núcleos pré-ópticos. A inibição dos neurônios simpáticos do hipotálamo poste- rior reduz o tônus dos plexos venosos subcutâneos cau- sando vasodilatação com concomitante perda de calor e hiper-radiação. Esta perda (hiper-radiação) é acentuada pela redução do fluxo sangüíneo dos plexos venosos em resposta à constrição das anastomoses arteriovenosas subcutâneas inervadas pelo sistema simpático. O controle central da radiação cutânea afeta am- bos os lados do corpo uniformemente e simultanea- mente, resultando em padrões infravermelhos simé- tricos. Em estudo de radiação IR facial, troncular e das extremidades em indivíduos normais, a imagem IR cutânea em 32 territórios nos lados direito e es- querdo do corpo foram simétricas. A diferença mé- dia de temperatura foi somente 0,24±0,073oC16. FISIOLOGIA ANORMAL A radiação infravermelha cutânea reflete o fluxo sangüíneo da pele, sendo assim alterada nas vascu- lopatias, doenças inflamatórias, traumáticas reumá- ticas e infecciosas, mas também nas neuropatias devido seu controle pelo sistema nervoso autôno- mo. Um número crescente de pesquisas dá suporte às observações clínicas e experimentais da intera- ção entre fibras nervosas simpáticas e vias aferen- tes16,27,28. Assim, pacientes com dor apresentam ima- gens IR anormais associadas a alterações vasomo- toras. Tais disfunções não podem ser demonstradas por estudos radiológicos convencionais, como de coluna espinhal, até que mudanças estruturais ocorram. As alterações IR estão muito mais relacio- nadas à função fisiológica do que a morfologia em si. Embora a imagem IR seja análoga a estudos de condução nervosa, ela reflete as alterações de pe- quenas fibras nervosas simpáticas enquanto que, os estudos de condução nervosa demonstram a ati- vidade de grossas fibras mielinizadas tipo A. Diferenças significativas de radiação IR entre áreas opostas do corpo podem ser sugestivas de vasculo- patias, doenças inflamatórias, traumáticas reumáti- cas e infecciosas, mas também de lesão nervosa, uma vez que os mecanismos vasomotores resultam em assimetrias infravermelhas. No estágio agudo da lesão nervosa periférica, a área afetada fica mais hi- per-radiante. À medida que o nervo se regenera a área afetada torna-se mais hiporradiante que o lado oposto29. Como a assimetria infravermelha é um mar- cador de anormalidade, o paciente serve como seu próprio controle. Um estudo de imagem IR com 24 pacientes com lesões nervosas revelou diferença média de temperatura de 1,55oC entre o lado afetado e o correspondente normal30. Em estudo comparan- do indivíduos normais com pacientes com hérnia dis- cal intervertebral comprovada ou dor lombar mecâni- 517 Valor da imagem infravermelha na avaliação da dor Brioschi ML, Abramavicus S, Corrêa CFREV. DOR 2005 - Jan/fev/mar - 6 (1): 514-524 ca tratada com injeção intervertebral facetaria com anestésico local, Mahoney, Mcculloch e Csima31 e Mahoney et al.32 concluíram que padrões radiográfi- cos IR lombares e de extremidades não tinham valor diagnóstico. Estes estudos foram criticados devido a erros metodológicos33,34. Edeiken e Shaber35 sugeri- ram que estudos controlados duplos-cegos deveriam ser feitos antes da imagem IR ser reconhecida como um procedimento médico confiável. Recentemente estes estudos têm surgido e validado a imagem IR como um método diagnóstico eficaz26,36-42. IMAGEM IR NAS RADICULOPATIAS A disfunção de raiz nervosa é acompanhada por uma alteração de radiação IR ipsilateral no dermá- tomo correspondente. Nas lesões em nível lombos- sacral pode haver uma extensão hiper-radiante line- ar paramediana na região sacral, imagem “em cha- ma” (heat flame), correspondente aos ramos cutâ- neos do ramo posterior do nervo espinhal envolvi- do43, além da diminuição da radiação IR no dermá- tomo, achado típico vista em cerca de 80% dos ca- sos de discopatias crônicas. Vários mecanismos gerais e autonômicos têm si- do propostos para explicar a fisiopatologia das mu- danças de radiação IR nas doenças neuromuscula- res. Entre os mecanismos gerais propostos esta: hi- peratividade muscular localizada44, estimulação anti- drômica de nervos sensitivos45-54 e ativação de nervos sinuvertebrais43,55-58. Entre os mecanismos autonômi- cos propostos esta: estimulação de nervos espinhais parassimpáticos no gânglio dorsal59-65, estimulação do sistema simpático vasodilatador66-69, estimulação da vasoconstrição simpática70-77 e regulação segmen- tar por reflexo somato-simpático78-83. Embora cada um destes mecanismos propostos tenha seu mérito, é provável que a base fisiopatológica das alterações na imagem IR inclua parte de todas estas teorias. Es- tes mecanismos são discutidos mais profundamente em revisão realizadapor Hamilton84. Embora os testes neuroanatômicos tradicionais indiquem que os corpos de neurônios pré-ganglio- nares simpáticos estão confinados em níveis lombar superior e torácico, Mitchell62 relatou a presença de corpos de neurônios pré-ganglionares em todos os níveis da medula espinhal. Este estudo foi compro- vado por Randall et al.85, que encontraram tanto evi- dências anatômicas quanto fisiológicas para entra- da de fibras pré-ganglionares em todos os níveis lombares do tronco simpático. Muitos estudos atribuíram as alterações de radia- ção IR à ativação antidrômica anormal da raiz sen- sitiva. No livro de Mountcastle50 é postulado que um estímulo nociceptivo estimula terminações nervosas livres enviando impulsos para corpos de neurônios sensitivos no gânglio da raiz dorsal. Isto resulta na liberação de neurotransmissores, como adenosina trifosfato50, substância P86,87, acetilcolina, bradicinina e histamina49 que inibe o efeito vasoconstritor do sistema nervoso simpático. O estudo infravermelho de pacientes com com- pressão de raiz nervosa quase sempre revela altera- ções assimétricas de radiação no dermátomo en- volvido. Há um crescente número de artigos cientí- ficos documentando a alta correlação entre a ima- gem IR e estudos radiológicos convencionais88-95. ESTUDOS PROSPECTIVOS Estudos prospectivos com imagem IR tem de- monstrado alta sensibilidade e correlação com ou- tros métodos de imagem. Em estudos prospectivos comparando imagem IR com tomografia computa- dorizada em pacientes com lombociatalgia a corre- lação entre os dois métodos de imagem foi de 84%76. Índices semelhantemente altos de sensibili- dade foram observados em pacientes que foram 518 Valor da imagem infravermelha na avaliação da dor Brioschi ML, Abramavicus S, Corrêa CF REV. DOR 2005 - Jan/fev/mar - 6 (1): 514-524 tratados cirurgicamente90,96,97. A sensibilidade da imagem IR foi maior do que mielografia ou tomogra- fia em dois desses estudos76,90. Estudo realizado por Kim e Cho98 em 1458 casos de herniação discal lombar, a imagem IR teve alta sensi- bilidade com sintomas clínicos, 89,5%, quando com- parada a outros estudos radiológicos. O nível anatômi- co da herniação discal na imagem IR foi igual a mielo- grafia, tomografia e ressonância magnética em 79,1%, 78,8%, 76,6% dos casos respectivamente. Após ope- ração cirúrgica os achados radiográficos IR correlacio- naram-se 82,4% com os resultados clínicos. ESTUDOS RETROSPECTIVOS Diversos estudos retrospectivos demonstraram al- ta sensibilidade da imagem IR (acima 90%) assim co- mo boa correlação com outras modalidades de ima- gem. Em um grande estudo envolvendo 805 pacien- tes com dor cervical e lombar, a imagem IR revelou boa correlação com mielografia (lombar – 95%, cer- vical – 81%), tomografia (lombar – 80%, cervical 81%) e eletroneuromiografia (EMG) (lombar 68%, cervical 70%)(36). Diversos outros estudos retrospec- tivos mostraram que a média de correlação entre imagem IR, mielografia e tomografia foi 80%-85% para avaliação cervical e 85%-90% para avaliação lombar36,99,100. A correlação entre imagem IR e EMG foi cerca de 10% menor100,101. Em um estudo comparan- do resultados de avaliação lombar por imagem IR e ressonância magnética a correlação foi 85%102. A imagem IR e o potencial evocado cortical so- matossensório demonstraram igual sensibilidade no diagnóstico da radiculopatia lombossacral (77%). Os resultados de ambos os testes coincidiram em 70% dos pacientes, com 62% de achados positi- vos. Ambos adicionaram confirmação objetiva da radiculopatia em 14% dos pacientes quando outros testes foram negativos103. SENSIBILIDADE, ESPECIFICIDADE, ACURÁCIA Diversos estudos descrevem a alta acurácia, sen- sibilidade e especificidade da imagem IR na avalia- ção de discopatias lombares. A imagem IR tem cor- relação positiva com outros estudos diagnósticos (EMG, tomografia, mielografia) em pacientes com discopatia lombar associada a radiculopatia90,104. Em estudos cegos comparando imagem IR com mielografia, tomografia e/ou cirurgia, a sensibilidade da imagem IR foi 80%-100% e a especificidade 58%-75%105-107. Sherman, Barja e Bruno108 demons- traram em estudo cego alta sensibilidade entre os achados radiográficos IR e a presença de dor crôni- ca em pacientes em uma variedade de condições. Muitos estudos prospectivos e retrospectivos com imagem IR lombar ou cervical mostraram especifici- dade entre 75% a 100%76,90,97,109. Em estudo com 61 pacientes com dor lombar houve uma correlação de 84% entre imagem IR e mielografia90. Além do mais, este estudo demons- trou que a imagem IR predisse corretamente anor- malidade em 92% dos pacientes que foram para ci- rurgia, enquanto que a mielografia foi preditiva em 81%. Em outros estudos avaliando a função discal lombar, os resultados da imagem IR correlaciona- ram-se bem com mielografia, tomografia e EMG (80%-90%)90,106,110,111. Resultados semelhantes foram obtidos pela avaliação das lesões discais cervi- cais110-111 Quando comparado aos achados clínicos, a acurácia da imagem IR e EMG foi 92% e 83% res- pectivamente89. Nas radiculopatias lombossacrais clinicamente evidentes com radiografia IR positiva, a EMG foi negativa em 23%. Além disso, as radio- grafias IR foram negativas em somente 10% dos pacientes com EMG e achados clínicos positivos101. Segundo Takahashi, Takahashi e Moriya94 queixas de dor, dor a pressão muscular, fraqueza muscular e 519 Valor da imagem infravermelha na avaliação da dor Brioschi ML, Abramavicus S, Corrêa CFREV. DOR 2005 - Jan/fev/mar - 6 (1): 514-524 alterações sensitivas estavam correlacionadas res- pectivamente em 60,9%, 69,3%, 71,8% e 71,8% com alterações infravermelhas em pacientes com discopatia lombar. A sensibilidade e especificidade das alterações infravermelhas em relação aos sinto- mas e sinais foram aproximadamente 30% e 80%, respectivamente. Houve uma correlação de 0,57 en- tre a diminuição de radiação do membro afetado com o escore da Associação Japonesa de Ortope- dia. Os autores concluíram que a alteração infraver- melha deve ser considerada um sinal independente na radiculopatia lombar. A alta especificidade suge- re que radiações normais indicam regiões assinto- máticas. E a gravidade dos sintomas pode ser avali- ada pela magnitude da assimetria infravermelha. Em estudo realizado por Thomas et al.112 em pa- cientes com dor lombar crônica a imagem IR foi anormal em 92%, enquanto que a ressonância magnética em 89%, a tomografia em 87% e a mie- lografia em 80%. A imagem IR correlacionou-se com a RM em 94% dos casos e com a tomografia em 87% dos casos. Os achados infravermelhos anormais podem ser confirmados durante procedimento cirúrgico. Quando os nervos espinhais são diretamente manipulados no intra-operatório, as alterações infravermelhas observadas antes da operação ci- rúrgica podem ser vistas mais claramente espe- cialmente o dermátomo afetado. Após êxito ci- rúrgico de liberação do nervo, a imagem IR geral- mente reverte ao normal93,113. A imagem pode não reverter ao normal em pacientes com graves le- sões de fibras nervosas. Nestas circunstâncias o resultado radiográfico IR deve ser visto com cui- dado e ser mais criterioso. Finalmente, a imagem IR pode ser difícil de interpretar em pacientes com doença bilateral particularmente se a distri- buição é simétrica. FIDEDIGNIDADE Em estudos cegos, o índice de concordância in- terobservador foi de 80% a 100%103,107,114,115. A persis- tência dos resultados ao longo do tempo é outro ín- dice de confiabilidade. Padrões IR individuais per- manecem simétricos ao longo do tempo em contro- les normais, e assimétrico (anormais) em pacientes submetidos a repetidos exames a menos que a anormalidade subjacente seja corrigida16,116. IMAGEM IR NAS LESÕES NERVOSAS PERIFÉRICAS DISTAIS Embora uma lesão nervosa aguda seja acompa- nhada por aumento da emissão infravermelha ao longo da distribuição do nervo sensitivo lesado, a área torna-se hiporradiante nos seus últimos está- gios27. Este fato tem sido bem documentado em ca-sos clínicos de lesões nervosas16,28,29,117-119. Brelsford e Uematsu120 confirmaram em uma série de bloqueios de nervos periféricos um claro padrão infravermelho correspondente às áreas de distribuição dos nervos periféricos em extremidades. Estes achados confir- maram o clássico estudo de Richter E. Woodruff73 sobre resistência elétrica cutânea e lesão de nervos periféricos, assim como os estudos de suor-amido de Guttmann121 que demonstram alteração sensitiva topograficamente sobreposta à área de atividade glandular alterada. IMAGEM IR NAS LESÕES MEDULARES Uma das contribuições da imagem IR é sua capacidade de mapear previamente mudanças de radiação cutâneas obscuras. A capacidade da imagem IR filmar e detectar súbitas mudanças de radiação cutânea de alterações vasomotoras tor- na-a capaz de demonstrar alterações de radia- ção associadas com lesões intramedulares, in- cluindo a siringomielia122-124. 520 Valor da imagem infravermelha na avaliação da dor Brioschi ML, Abramavicus S, Corrêa CF REV. DOR 2005 - Jan/fev/mar - 6 (1): 514-524 IMAGEM IR NAS DESORDENS FASCIAIS, MUSCULARES E NÃO RADICULARES (NÃO SEGMENTAR) A imagem IR pode ter um papel adjuvante no diag- nóstico das patologias não segmentares, não radicu- lares, musculares e fasciais. As estruturas envolvidas incluem músculos, tendões, aponeuroses, ligamen- tos, cápsulas articulares, articulações, pele e tecido subcutâneo. As condições patológicas envolvendo estas estruturas que podem estar associadas a anor- malidades infravermelhas incluem inflamações e lesões agudas ou crônicas como estiramentos, rupturas, torções, contusões e pontos-gatilhos miofasciais. A imagem IR pode auxiliar na detecção de patologias musculares e/ou fasciais no caso de queixas subjetivas, como dor lombar e cervical ou extremidades que tem um mielograma ou tomografia negativa. Uma radiografia IR pode ter anormalidades em presença de alterações ana- tômicas que podem indicar radiculopatia. Na avaliação de lesões musculares e/ou lesões fasciais, uma imagem IR anormal é fato de que a dor é real e presente. Pode ser de valor não somente no diagnóstico e documentação do problema, mas também no seguimento do paciente. O diagnóstico precoce é valioso porque o sucesso terapêutico de uma lesão muscular e/ou fascial (p.ex. lombar e/ou cervical) depende de um tratamento agressivo imediato da lesão aguda. O atraso no trata- mento e o desenvolvimento de problemas adicionais como a síndrome de dor miofascial ou até mesmo dor mantida pelo simpático, diminuem a chances de res- tabelecimento completo e prolonga a recuperação125. ESPASMOS MUSCULARES Na presença de espasmos musculares ou miopatias, o aumento de radiação na imagem IR corresponde aproxi- madamente ao formato do músculo em espasmo126,127. Os achados infravermelhos devem ser correlacionados com os achados clínicos para ser considerada significativa. AVALIAÇÃO DE LESÕES A imagem IR pode ser útil na avaliação de lesão nervosa, muscular e/ou de fáscias. Lesões não compli- cadas musculares ou ligamentares, como estiramento e ruptura parcial, são demonstráveis na radiografia IR como aumento da radiação sobre o tecido lesado, en- quanto que membros hiporradiantes são sinais de hi- peratividade simpática e cicatrização tardia128-131. SÍNDROME DE DOR MIOFASCIAL O diagnóstico de síndrome de dor miofascial pode ser complexo. A imagem IR é um método diagnóstico útil para verificar a presença desta síndrome126,1132-134. Uma imagem típica de um ponto-gatilho sintomático consiste de uma área hiperradiante, focal, discóide, geralmente 5-10 mm de diâmetro e pelo menos 1oC acima da temperatura adjacent135,136. Quando pontos- gatilhos sintomáticos resolvem clinicamente e a dor desaparece, os achados IR geralmente revertem ao normal25. Embora, em casos de dor crônica, às vezes, eles se convertem em regiões hiporradiantes. Estas imagens IR e de outros distúrbios musculares e/ou fasciais não seguem distribuições de dermátomo. SÍNDROME DE DOR REGIONAL COMPLEXA Para o sucesso terapêutico do paciente com dor crônica há necessidade de diagnóstico preciso e cla- ro, particularmente nos casos de síndrome de dor re- gional complexa (SDRC). A imagem IR é um teste útil no diagnóstico diferencial da SDRC. Nos estágios ini- ciais deste distúrbio nervoso periférico distal, a ima- gem IR pode revelar súbitas mudanças de radiação re- lacionadas com a instabilidade vasomotora inicial137. O diagnóstico precoce pode evitar medidas terapêuticas desnecessárias ou complicadas como simpatectomia lombar ou torácica em pacientes com lesão crônica. Dependendo da causa da lesão e tempo de evo- 521 Valor da imagem infravermelha na avaliação da dor Brioschi ML, Abramavicus S, Corrêa CFREV. DOR 2005 - Jan/fev/mar - 6 (1): 514-524 lução a área afetada pode apresentar-se mais hipor- radiante ou hiperradiante na imagem IR em relação ao lado oposto. Em muitos pacientes, a radiação da área sintomática é muitos graus diferentes da do la- do não afetado, e o déficit neurológico tem correla- ção com o grau de radiação26. Geralmente, a extremi- dade afetada torna-se mais hiperradiante após lesão aguda; em muitos pacientes a radiação do membro lesado torna-se mais hiporradiante após 4 a 5 meses, devido vasoconstrição. Com a lesão crônica, esta di- ferença se acentua, pois ocorre atrofia por desuso. Uematsu et al.138 utilizaram a imagem IR para avali- ar 803 pacientes com síndrome de dor crônica. Os pa- cientes com imagem IR anormal foram divididos na- queles que tinham SDRC tipo 1 (com evidência de le- são de raiz nervosa) e tipo 2 (distrofia simpático-refle- xa). Houve 42 casos com SDRC tipo 2 (distrofia simpá- tico-reflexa) dos quais 67% tinham menos do que 2oC no lado afetado. A EMG não foi diagnóstica exceto nos casos de lesão nervosa associada (SDRC tipo 1). Na análise prospectiva de 185 pacientes, Gulevich et al.139 obtiveram sensibilidade de 93% e especificidade 89% no diagnóstico da SDRC tipo I com imagem IR. Uma das terapias na SDRC é o bloqueio da ativi- dade simpática pelo bloqueio do gânglio estrelado ou bloqueio lombar ou simpatectomia cirúrgica tan- to na cadeia lombar quanto cervicotorácica. No es- tudo de Uematsu et al.138, dois terços dos pacientes com evidências de diminuição de radiação cutânea no membro lesado beneficiaram-se com bloqueios simpáticos. O efeito do bloqueio simpático pode ser monitorado pela imagem IR137,140-142. Após bloqueio, a imagem IR pode ser útil na monitorização do aumen- to de radiação cutânea da extremidade lesada143. CONSIDERAÇÕES FINAIS O diagnóstico de anormalidades neurológicas e musculoesqueléticas por imagem IR é baseado na assimetria infravermelha entre os lados normal e sintomático, mudança no gradiente de radiação normal dos membros ou entre os lados medial e la- teral, ou um distúrbio no padrão normal fisiológico de distribuição da radiação. A imagem IR além de procedimento adjuvante no diagnóstico de vasculo- patias, doenças reumáticas e inflamatórias infeccio- sas é também em condições neurológicas e muscu- loesqueléticas selecionadas. Quando história clínica ou exame físico não são claros, a imagem IR pode ser valiosa no diagnóstico de pacientes pelas seguintes razões: • Quando os resultados de exames anatômicos não são claros ou contraditórios, a informação adicional fornecida pela imagem IR anormal pode sugerir um diagnóstico que até prove o contrário é o correto. • A imagem IR pode detectar alterações nervosas sensitivas e autonômicas. Nos casos que se proce- de com terapia conservadora, a imagem IR tem al- ta sensibilidade e é um método efetivo na detecção de radiculopatias e neuropatias periféricas distais. • A imagem IR é um teste fisiológico que comple- menta observações anatômicas e estruturais ob- tidas por outras técnicas radiológicas (radiografia, mielografia, tomografia e ressonância magnética), especialmente quando o resultado destas não é claro ou não se correlaciona com a clínica. No processo de decisão terapêutica a imagem IR deve ser resguardada como parte de umainforma- ção a ser integrada sempre com outros dados clíni- cos. A imagem IR não demonstra a presença de dor, mas sim as alterações vasomotoras nas mesmas áreas de projeção. O número crescente de artigos a respeito das aplicações da imagem IR tem definido seu papel na prática médica tornando-a de grande valor no estu- do da dor, especialmente na documentação por imagem das alterações vasomotoras envolvidas. 522 Valor da imagem infravermelha na avaliação da dor Brioschi ML, Abramavicus S, Corrêa CF REV. DOR 2005 - Jan/fev/mar - 6 (1): 514-524 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Montoro AF, Barbosa EM. Teletermografia e câncer de mama. AMB Rev Assoc Med Bras 1981;27(2):66-8. 2. Elpo V, Theuvenete WJ, Neves RD, et al. Termografia para o mapeamento e mensuramento das artérias perfurantes. Arq Catarin Med 1988;17(4):197-200. 3. Alves MLD, Andrade J, Cherri J, et al. Papel da termografia na seleção de nó- dulos tireoideanos de indicação cirúrgica. Arq Bras Endocrinol Metab 1988;32(4):97-9. 4. Andrade Filho AC. Teletermografia: princípios físicos, fisiológicos e fisiopatoló- gicos da produção da imagem e suas indicações na clínica de dor e reabilita- ção. Acta Fisiátrica 6(2):55-59, 1999. 5. Gödke F, Mog GRH, Pereira PC, et al. Determinação de pontos de predisposi- ção às úlceras isquêmicas em usuários de cadeiras de rodas. Dissertação de Mestrado em Engenharia Elétrica e Informática Industrial - Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná, 2004. 6. Vieira LR, Souza JL, Zaro MA, et al. O uso da termografia como método auxiliar no diagnóstico da síndrome de estresse tibial medial. Rev Bras Med Esporte 9(6):439-446, 2003. 7. Vieira LR, Zaro MA, Cervieri A, et al. Uso da termografia como técnica auxiliar na recuperação de atletas. Anais do X Congresso Brasileiro de Biomecânica 1:387-390, 2003a. 8. Brioschi ML; Corrêa CF; Colman D, et al. Dor crônica em membros superiores: avaliação por termografia infravermelha. Rev Soc Bras Estudo da Dor 5(3):35, 2004. 9. Brioschi ML, Macedo JF, Macedo RAC. Termometria cutânea: novos conceitos J Vasc Br 2003;2(2):151-60. http://www.jvascbr.com.br/03-02-02/03-02-02- 151/03-02-02-151.pdf 10. Brioschi ML, Colman D, Loures, DRR, et al. Termo-coronário-angiografia: pa- dronização do método e primeiras aplicações clínicas no Brasil. Rev Bras Cir Cardiovasc 17(2):123-127, 2002. 11. Eddy HC, Taylor HP. Experiences with the dermatherm (tycos) in relation to pe- ripheral vascular disease. Am Heart J 1931:6:683-689. 12. Gratt BM, Sickles EA. Electronic facial thermography: an analysis of asympto- matic adult subjects. J Orofac Pain. 1995 Summer;9(3):255-65. 13. Kim YS, Chin DK, Zhang HY. Correlation between pain scale and D.I.T.I. in lum- bar disc herniations. (abstract) Thermol Österr 7(1):26. 1997. 14. Saidman J. Diagnostic et traitement des maladies de la colonne vertebrate. Pa- ris, G Doin, 1949. 15. Stary O. The pathogenesis of discogenic disease. Rev Czech Med. 1956,2(1):1-16. 16. Uematsu S. Thermographic imaging of cutaneous sensory segment in patients with peripheral nerve injury. Skin-temperature stability between sides of the body. J Neurosurg. 1985 May;62(5):716-20a. 17. Uematsu S, Edwin DH, Jankel WR, et al. Quantification of thermal asymmetry. Part 1: Normal values and reproducibility. J Neurosurg. 1988 Oct;69(4):552-5. 18. Duensing F, Becker P, Rittmeyer K. Thermographic findings in lumbar disc pro- trusions. Arch Psychiatr Nervenkr. 1973 Mar 19;217(1):53-70. 19. Raskin MM, Martin-Lopez M, Sheldon JJ. Lumbar thermography in discogenic diseases. Radiology. 1976 Apr;119(1):149-52. 20. Tichauer ER. The objective collaboration of basic pain through thermography. J Occup Med. 1977 Nov;19(11):727-31. 21. Hobbins WB. Thermography and pain. Prog Clin Biol Res. 1982;107:361-75. 22. Herry CL, Frize M. Quantitative assessment of pain-related thermal dysfunction through clinical digital infrared thermal imaging. Biomed Eng Online. 2004 Jun 28;3(1):19. 23. Ahn EK, Lee YC, Zhan HY. Correlation Between Pain Scale and Infrared Ther- mogram in Unilateral Pain Patients After Nerve Block. (abstract). J Korean Med Thermol 2002, 2(1):59 24. Zhang HY, Chin DK, Cho YE, et al. Correlation between Pain Scale and Infrared Thermogram in Lumbar Disc Herniation. J Korean Med Thermol 2002, 2(1):1-7. 25. Hakguder A, Birtane M, Gurcan S, et al. Efficacy of low level laser therapy in myofascial pain syndrome: an algometric and thermographic evaluation. La- sers Surg Med. 2003;33(5):339-43. 26. Huygen FJ, Niehof S, Klein J, et al. Computer-assisted skin videothermography is a highly sensitive quality tool in the diagnosis and monitoring of complex regional pain syndrome type I. Eur J Appl Physiol. 2004 May;91(5-6):516-24. Epub 2004 Jan 21. 27. Pulst M, Haller P. Thermographic assessment of impaired sympathetic function in peripheral nerve injuries. J Neurol. 1981;226(1):35-42. 28. Park ES, Park CI, Jung KI, et al. Comparison of sympathetic skin response and digital infrared thermographic imaging in peripheral neuropathy. Yonsei Med J. 1994 Dec;35(4):429-37. 29. White JC, Sweet WH. Pain and the Neurosurgeon: A 40-Year Experience. Springfield, IL, Charles C Thomas, 1969, pp.87-98. 30. Uematsu S. Symmetry of skin temperature comparing one side of the body to the other. Thermology, 1985;1:4-7b. 31. Mahoney L, Mcculloch J, Csima A. Thermography in back pain I. Thermography as a diagnostic aid in sciatica. Thermology 1985;1:43-50. 32. Mahoney L, Patt N, Mcculloch J, et al. Thermography in back pain II. Relation of thermography to back pain. Thermology 1985;1:51-54. 33. Uematsu S, Haberman J, Pochaczevsky R, et al. Thermography as a diagnos- tic aid in thermography: A comentary on experimental methods, data interpre- tation and conclusions. Thermology 1985;1:55-58a. 34. Uematsu S, Haberman J, Pochaczevsky R, et al. Relation of thermography to back pain. A commentary. Thermology 1985;1:59-60b. 35. Edeiken J, Shaber G. Thermography: a reevaluation. Skeletal Radiol. 1986;15(7):545-8. 36. Hubbard JE, Hoyt C. Pain evaluation in 805 studies by infrared imaging. Ther- mology 1986;1:161-166. 37. Herrick RT, Herrick SK. Thermography in the detection of carpal tunnel syndrome and other compressive neuropathies. J Hand Surg [Am]. 1987 Sep;12(5 Pt 2):943-9. 38. LaBorde TC. Thermography in diagnosis of radiculopathies. Clin J Pain. 1989 Sep;5(3):249-53. 39. Bruehl S, Lubenow TR, Nath H, et al. Validation of thermography in the diagno- sis of reflex sympathetic dystrophy. Clin J Pain. 1996 Dec;12(4):316-25. 40. Zhang HY, Kim YS, Cho YE. Thermatomal changes in cervical disc herniations. Yonsei Med J. 1999 Oct;40(5):401-12. 41. Hirschl M, Katzenschlager R, Ammer K, et al. Double-blind, randomised, place- bo controlled low level laser therapy study in patients with primary Raynaud's phenomenon. Vasa. 2002 May;31(2):91-4. 42. Kastberger G, Stachl R. Infrared imaging technology and biological applicati- ons. Behav Res Methods Instrum Comput. 2003 Aug;35(3):429-39. 43. Pedersen H, Blunck C, Gardner E. The anatomy of lumbosacral posterior rami and meningeal branches of spinal nerve (sinu-vertebral nerves); with an experi- mental study of their functions. J Bone Joint Surg Am. 1956 Apr;38-A(2):377-91. 44. Cooper T, Randall WC, Hertzman AB. Vascular convection of heat from active muscle to overlying skin. J Appl Physiol. 1959 Mar;14(2):207-11. 45. Bayliss WM. On the origin from the spinal cord of the vasodilator fibres of the hind limb and on the nature of these fibres. J Physiol 1901;26:173-209. 46. Foerster O. The dermatomes in man. Brain 1933;56:1-39. 47. Celander O, Folkow B. A comparison of the sympathetic vasomotor fibre control of the vessels within the skin and the muscles. Acta Physiol Scand. 1953 Oct 6;29(2-3):241-50. 48. Folkow B. Nervous control of blood vessels. Physiol Rev. 1955 Jul;35(3):629-63. 49. Beck L. Histamine as the potential mediator or active reflex dilation. Fed Proc. 1965 Nov-Dec;24(6):1298-310.50. Mountcastle VB. Medical Physiology. Ed 13. St Louis, CV Mosby, 1974. 51. Howe JF, Loeser JD, Calvin WH. Mechanosensitivity of dorsal root ganglia and chronically injured axons: A physiological basis for the radicular pain of nerve 523 Música no controle da dor: uma possibilidade terapêutica complementar Eliseth R.L., Maria J.P.S.REV. DOR 2005 - Jan/fev/mar - 6 (1): 514-524 root compression. Pain. 1977 Feb;3(1):25-41. 52. Kenins P. Identification of the unmyelinated sensory nerves which evoke plas- ma extravasation in response to autonomic stimulation. Neurosci Lett. 1981 Sep 1;25(2):137-41. 53. Wall P, Devor M. Sensory afferent impulses originate from dorsal root ganglion as well as from the periphery in normal and nerve injured rats. Pain. 1983 Dec;17(4):321-39. 54. Gee MD, Lynn B, Cotsell B. The relationship between cutaneous C fibre type and anti- dromic vasodilatation in the rabbit and the rat. J Physiol. 1997 Aug 15;503 ( Pt 1):31-44. 55. Williams PL, Warwick R. Functional Neuroanatomy of Man. Philadelphia, WB Saunders, 1975. 56. Wexler CE. Atlas of Thermographic Lumbar Patterns. Tarzana, CA, Thermogra- phic Services Inc., 1983. 57. LeRoy P. Intraoperative thermography. In.: Abernathy M, Uematsu S. Medical Ther- mography, Washington, DC, American Academy of Thermology, 1986, pp.293-295. 58. Groen GJ, Baljet B, Drukker J. Nerves and nerve plexuses of the human verte- bral column. Am J Anat. 1990 Jul;188(3):282-96. 59. Kure K, Nitta Y, Tuzi M, et al. Demonstration of special parasympathetic nerve fibers in the dorsal or posterior roots of the lumbar region of the spine. Quart J Exper Physiol 1928;18:333-334. 60. Kure K, Saegusa G, Kawaguchi K, et al. On the parasympathetic (spinal paras- ympathetic) fibers in the dorsal roots and their cells origin in the spinal cord. Quart J Exper Physiol 1930;20:51-66. 61. Kiss F. Sympathetic elements in cranial and spinal ganglia. J Anat 1932;66:488-498. 62. Mitchell GAG. Anatomy of the Autonomic Nervous System, London, Livingstone, 1955. 63. Price J, Mudge AW. A subpopulation of rat dorsal root ganglion neurons is ca- techolaminergic. Nature. 1983 Jan 20;301(5897):241-3. 64. Stevens RT, Hodge CJ Jr, Apkarian AV. Catecholamine varicosites in cat dorsal root ganglion and spinal ventral roots. Brain Res. 1983 Feb 14;261(1):151-4. 65. Vega JA, Amenta F, Hernandez LC, et al. Presence of catecholamine-related enzymes in a subpopulation of primary sensory neurons in dorsal root ganglia of the rat. Cell Mol Biol. 1991;37(5):519-30. 66. Doupe J, Cullen CH, Macauley LJ. Studies in denervation: circulation in skin and proximal parts of limbs. J Neurol Psychiat 1943; 6:129-132. 67. Fox RH, Edholm OG. Nervous control of the cutaneous circulation. Br Med Bull. 1963 May;19:110-4. 68. Bell C. Vasodilator neurons supplying skin and skeletal muscles of limbs. J Au- ton Nerv Syst. 1983 Mar-Apr;7(3-4):257-62. 69. Joyner MJ, Halliwill JR. Sympathetic vasodilatation in human limbs. J Physiol. 2000 Aug 1;526 Pt 3:471-80. 70. Sherrington CS. Experiments in examination of the peripheral distribution of the fibres of the posterior roots of some spinal nerves I. Phil. Tr. (London) 1892;184:641-763. 71. Head H. On disturbances of sensation with special reference to the pain of vis- ceral disease. Brain 1893;16:1-133. 72. Sherrington CS. Experiments in examination of the peripheral distribution of the fibres of the posterior roots of some spinal nerves II. Phil. Tr. (London) 1898;190:45-187. 73. Richter CP, Woodruff BG. Lumbar sympathetic dermatomes in man determined by electrical skin resistance method. J Neurophysiol 1945;8:323-338. 74. Owens S, Atkinson ER, Lees DE. Thermographic evidence of reduced sympathetic tone with transcutaneous nerve stimulation. Anesthesiology. 1979 Jan;50(1):62-5. 75. McLachlan EM, Janig W. The cell bodies of origin of sympathetic and sensory axons in some skin and muscle nerves of the cat hindlimb. J Comp Neurol. 1983 Feb 20;214(2):115-30. 76. Perelman RB, Adler D, Humphreys M. Comparison of lumbosacral thermo- grams with CT scans. In.: Abernathy M, Uematsu S. Medical Thermography, Washington, DC, American Academy of Thermology, 1986, pp.127-133. 77. Head H, Campbell AW, Kennedy PG. The pathology of herpes zoster and its bea- ring on sensory localization. Rev Med Virol. 1997 Sep;7(3):131-143. 78. Melzack R, Wall PD. Pain mechanisms. A new theory. Science. 1965 Nov 19;150(699):971-9. 79. Gross D. Pain and autonomic nervous system. Hippokrates. 1969 Mar 15;40(5):168-75. 80. Sato A, Schmidt RF. Somatosympathetic reflexes: afferent fibers, central path- ways, discharge characteristics. Physiol Rev. 1973 Oct;53(4):916-47. 81. Abram SE, Asiddao CB, Revnolds AC. Increased skin temperature during trans- cutaneous electrical stimulation. Anesth Analg. 1980 Jan;59(1):22-5. 82. Gandhavadi B, Rosen JS, Addison RGI. Autonomic pain-features and methods of assessment. Postgrad Med. 1982 Jan;71(1):85-90. 83. Rozanov NN, Lebedev VP. Late somatosympathetic reflex responses in the tho- racic and lumbar white rami communicantes. Fiziol Zh SSSR Im I M Secheno- va. 1982 Aug;68(8):1076-83. 84. Hamilton B. An overview of proposed mechanisms underlying thermal dysfunc- tion. In.: Abernathy M, Uematsu S. Medical Thermography, Washington, DC, American Academy of Thermology, 1986, pp.6-18. 85. Randall WC, Cox JW, Alexander WF et al. Direct examination of sympathetic outflow in man. J Appl Physiol. 1955 May;7(6):688-98. 86. Jessell T, Tsunoo A, Kanazawa I et al. Substance P: depletion in the dorsal horn of rat spinal cord after section of the peripheral processes of primary sensory neurons. Brain Res. 1979 May 25;168(2):247-59. 87. Jessell TM. Substance P in nociceptive sensory neurons. Ciba Found Symp. 1982;(91):225-48. 88. Ching C, Wexler CE. Peripheral thermographic manifestation of lumbar disc di- sease. Appl Radiol 1978;100:53-58. 89. Wexler CE. Thermographic evaluation of trauma (spine). Acta Thermographica 1980;5-3-10. 90. Pochaczevsky R, Wexler CE, Meyers PH et al. Liquid crystal thermography of the spine and extremities. Its value in the diagnosis of spinal root syndromes. J Neurosurg. 1982 Mar;56(3):386-95. 91. Pochaczevsky R, Feldman F. Contact thermography of spinal root compression syndromes. AJNR Am J Neuroradiol. 1982 May-Jun;3(3):243-50. 92. Mills GH, Davies GK, Getty CJ et al. The evaluation of liquid crystal thermo- graphy in the investigation of nerve root compression due to lumbosacral late- ral spinal stenosis. Spine. 1986 Jun;11(5):427-32. 93. Ping Z, You FT. Correlation study on infrared thermography and nerve root signs in lumbar intervertebral disk herniation patient: a short report. J Manipulative Physiol Ther. 1993 Mar-Apr;16(3):150-4. 94. Takahashi Y, Takahashi K, Moriya H. Thermal deficit in lumbar radiculopathy. Correlations with pain and neurologic signs and its value for assessing sympto- matic severity. Spine. 1994 Nov 1;19(21):2443-9; discussion 2449-50. 95. Feng T, Zhao P, Liang G. Diagnostic significance of topical image of infrared thermograph on the patient with lumbar intervertebral disc herniation - a com- parative study on 45 patients and 65 normal control. Zhongguo Zhong Xi Yi Jie He Za Zhi. 1998 Sep;18(9):527-30. 96. Newman RI, Seres JL, Miller EB. Liquid crystal thermography in the evaluation of chronic back pain: a comparative study. Pain. 1984 Nov;20(3):293-305. 97. Gillstrom P. Thermography in low back pain and sciatica. Arch Orthop Trauma Surg. 1985;104(1):31-6. 98. Kim YS, Cho YE. Pre and postoperative thermographic imaging in lumbar disc herniations. In.: Ammer K, Ring EFJ. The thermal image in medicine and bio- logy. Uhlen-Verlag, Vien, 1995 99. Adams WJ, Lloyd IT. Empirical evaluation of the chronic pain diagnosis. Aca- demy of Neuro-Muscular Thermography, first annual meeting, May 1985; Pos- tgraduate Medicine 1986; special edition pp.86-89. 100. Weinstein S, Weinstein G. A clinical comparison of cervicalthermography with EMG, CT scanning, myelography and surgical procedures in 500 patients. Aca- demy of Neuro-Muscular Thermography, first annual meeting, May 1985; Pos- tgraduate Medicine 1986a; special edition pp.65-72. 524 Música no controle da dor: uma possibilidade terapêutica complementar Eliseth R.L., Maria J.P.S. REV. DOR 2005 - Jan/fev/mar - 6 (1): 514-524 101. Fischer AA, Chang CH, Kuo JC. The value of thermography in the diagnosis of radi- culopathy as compared with electrodiagnosis. Arch Phys Med Rehabil 1983;64:526. 102. Goldberg G. Thermography and magnetic resonance imaging correlated in 31 cases. Academy of Neuro-Muscular Thermography, first annual meeting, May 1985; Postgraduate Medicine 1986; special edition pp.54-58. 103. Fischer A, Rim A, Chang C. Correlation between thermographic findings and somatosensory cortical evoked potentials in lumbosacral radiculopathies. Thermology 1986,2:29-33. 104. Nakano KK. Liquid crystal contact thermography in the clinical evaluation of traumatic low back pain. Hawaii Med J. 1984 Dec;43(12):480, 482-3. 105. Chafetz N, Wexler CE, Kaiser JA. Neuromuscular thermography of the lumbar spine with CT correlation. Spine. 1988 Aug;13(8):922-5. 106. Uricchio J, Walbroel C. Blinded reading of electronic thermography. Academy of Neuro-Muscular Thermography, first annual meeting, May 1985; Postgradu- ate Medicine 1986; special edition pp.47-53. 107. Brown R, Bassett LW, Wexler CE, et al. Thermography as a screening moda- lity for nerve fiber irritation in patients with low back pain: A pilot study. Aca- demy of Neuro-Muscular Thermography, Second annual meeting, September 1986; Modern Medicine. 108. Sherman RA, Barja RH, Bruno GM. Thermography correlates of chronic pain: analysis of 125 patients incorporating evaluations by a blind panel. Arch Phys Med Rehabil. 1987 May;68(5 Pt 1):273-9. 109. Uricchio JV. Eletronic thermography. J Fla Med Assoc. 1983 Oct;70(10):889-94. 110. Adatto KN, Phillips SI, Manale BL, et al. CT and thermogram, a comparison of 91 patients. Ortho Trans 1985;9:215. 111. Weinstein SA, Weinstein G. Clinical perspectives in patients with back and neck pain: A review of 2,000 patients. Academy of Neuro-Muscular Thermo- graphy, Second annual meeting, September 1986b; Modern Medicine. 112. Thomas D, Cullum D, Siahamis G, et al. Infrared thermographic imaging, mag- netic resonance imaging, CT scan and myelography in low back pain. Br J Rheumatol. 1990 Aug;29(4):268-73. 113. Hubbard JE, Hoyt C. Pain evaluation by electronic infrared thermography: corre- lations with symptoms, EMG, myelogram and CT scan. Thermology 1985;1:26-35. 114. Wexler CE, Chafetz N. Cervical, thoracic and lumbar thermography in the eva- luation of symptomatic workers’ compensation patients – a blinded study. Aca- demy of Neuro-Muscular Thermography, Second annual meeting, September 1986; Modern Medicine. 115. Plaugher G, Lopes MA, Melch PE, et al. The inter- and intraexaminer reliability of a paraspinal skin temperature differential instrument. J Manipulative Physiol Ther. 1991 Jul-Aug;14(6):361-7. 116. Clark RP. Human skin temperature and its relevance in physiology and clinical assessment. In.: Ring FE, Phillips B. Recent advances in medical thermology. New York, plenum press, 1984, pp.5-15. 117. Krupatkin AI. The diagnosis of nerve trauma late. Zh Vopr Neirokhir Im N N Burdenko. 1990 Sep-Oct;(5):28-31. 118. Gratt BM, Shetty V, Saiar M, et al. Electronic thermography for the assessment of inferior alveolar nerve deficit. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol En- dod. 1995 Aug;80(2):153-60. 119. Ellis W, Cheng S. Intraoperative thermographic monitoring during neurogenic thoracic outlet decompressive surgery. Vasc Endovascular Surg. 2003 Jul-Aug;37(4):253-7. 120. Brelsford KL, Uematsu S. Thermographic presentation of cutaneous sensory and va- somotor activity in the injured peripheral nerve. J Neurosurg. 1985 May;62(5):711-5. 121. Guttmann L. Topographic studies of disturbances of sweat secretion after complete lesions of peripheral nerves. J Neurol Psychiatr 1940;8:197-210. 122. Williams B. Orthopaedic features in the presentation of syringomyelia. J Bone Joint Surg Br. 1979 Aug;61-B(3):314-23. 123. Ishigaki T, Sakuma S, Okae S, et al. Infrared imaging in syringomyelia: Corre- lation with the laterality of the syrinx. Thermology 1986;1:135-141. 124. Koyanagi I, Iwasaki Y, Isu T, et al. Thermographic findings of syringomyelia. No Shinkei Geka. 1988 Sep;16(10):1149-54. 125. Birklein F, Kunzel W, Sieweke N. Despite clinical similarities there are signifi- cant differences between acute limb trauma and complex regional pain syndro- me I (CRPS I). Pain. 2001 Aug;93(2):165-71. 126. Fischer AA. Documentation of myofascial trigger points. Arch Phys Med Re- habil. 1988 Apr;69(4):286-91. 127. Kovac C, Krapf M, Ettlin T et al. Methods for detection of changes in muscle tonus. Z Rheumatol. 1994 Jan-Feb;53(1):26-36. 128. Devereaux MD, Parr GR, Lachmann SM et al. The diagnosis of stress fractu- res in athletes. JAMA. 1984 Jul 27;252(4):531-3. 129. Devereaux MD, Parr GR, Lachmann SM, et al. Thermographic diagnosis in athletes with patellofemoral arthralgia. J Bone Joint Surg Br. 1986 Jan;68(1):42-4. 130. Ben-Eliyahu DJ. Infrared thermographic imaging in the detection of sympathe- tic dysfunction in patients with patellofemoral pain syndrome. J Manipulative Physiol Ther. 1992 Mar-Apr;15(3):164-70. 131. DiBenedetto M, Yoshida M, Sharp M et al. Foot evaluation by infrared imaging. Mil Med. 2002 May;167(5):384-92. 132. Fischer AA, Chang CH. Temperature and pressure threshold measurements in trigger points. Thermology, 1986;1:212-215. 133. Kruse RA Jr, Christiansen JA. Thermographic imaging of myofascial trigger points: a follow-up study. Arch Phys Med Rehabil. 1992 Sep;73(9):819-23. 134. Diakow PR. Differentiation of active and latent trigger points by thermography. J Manipulative Physiol Ther. 1992 Sep;15(7):439-41. 135. Fischer AA. Diagnosis and management of chronic pain in physical medicine and rehabilitation, In.: Ruskin AP. Current therapy in psychiatry. Philadelphia, WB Saunders, 1984, pp.123-145. 136. Fischer AA. The present status of neuromuscular thermography. Academy of Neuro-Muscular Thermography, first annual meeting, May 1985; Postgraduate Medicine 1986; special edition pp.26-33. 137. Uematsu S. Computerized infrared thermographic imaging in evaluation of di- sorders in the peripheral and central nervous system, In: Youmans JR. Neuro- logic surgery. WB Saunders, 3ed. 1990. 138. Uematsu S, Hendler N, Hungerford, et al. Thermography and electromyo- graphy in the diagnosis of chronic pain syndromes and reflex sympathetic dystrophy. Electromyogr Clin Neurophysiol. 1981 Feb-Mar;21(2-3):165-82. 139. Gulevich SJ, Conwell TD, Lane J, et al. Stress infrared telethermography is useful in the diagnosis of complex regional pain syndrome, type I (formerly re- flex sympathetic dystrophy). Clin J Pain. 1997 Mar;13(1):50-9. 140. Chuang TY, Yen YS, Chiu JW, et al. Intraoperative monitoring of skin tempera- ture changes of hands before, during, and after endoscopic thoracic sympa- thectomy: using infrared thermograph and thermometer for measurement. Arch Phys Med Rehabil. 1997 Jan;78(1):85-8. 141. Schurmann M, Gradl G, Wizgal I, et al. Clinical and physiologic evaluation of stellate ganglion blockade for complex regional pain syndrome type I. Clin J Pain. 2001 Mar;17(1):94-100. 142. Schick CH, Fronek K, Held A, et al. Differential effects of surgical sympathetic block on sudomotor and vasoconstrictor function. Neurology. 2003 Jun 10;60(11):1770-6. 143. Kim YC, Bahk JH, Lee SC, et al. Infrared thermographic imaging in the as- sessment of successful block on lumbar sympathetic ganglion. Yonsei Med J. 2003 Feb;44(1):119-24. RECEBIMENTO: 29/11/2004 APROVAÇÃO: 15/03/2005 View publication stats https://www.researchgate.net/publication/288006960
Compartilhar