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FILOSOFIA MITO MATERIAL E EXERCÍCIO MODULO I

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Módulo II - Mito
Um mito[5] é uma narrativa sobre a origem de alguma coisa (origem dos astros, da Terra, dos
homens, das plantas, dos animais, do fogo, da água, dos ventos, do bem e do mal, da saúde e
da doença, da morte, dos instrumentos de trabalho, das raças, das guerras, do poder etc.).
A palavra mito vem do grego, mythos, e deriva de dois verbos: do verbo mytheyo (contar, narrar,
falar alguma coisa para outros) e do verbo mytheo (conversar, contar, anunciar, nomear,
designar). Para os gregos, mito é um discurso pronunciado ou proferido para ouvintes que
recebem como verdadeira a narrativa, porque confiam naquele que narra; é uma narrativa feita
em público, baseada, portanto, na autoridade e na confiabilidade da pessoa do narrador. Essa
autoridade vem do fato de que ele ou testemunhou diretamente o que está narrando ou recebeu
a narrativa de quem testemunhou os acontecimentos narrados.
Quem narra o mito? O poeta-rapsodo[1]. Quem é ele? Por que tem autoridade? Acredita-se que
o poeta é um escolhido dos deuses, que lhe mostram os acontecimentos passados e permitem
que ele veja a origem de todos os seres e de todas as coisas para que possa transmiti-la aos
ouvintes. Sua palavra - o mito - é sagrada porque vem de uma revelação divina. O mito é, pois,
incontestável e inquestionável.
Registre-se que a origem do mundo e de tudo o que nele há também já foi objeto de narrativas
mitológicas. Veja-se, por exemplo:
a. Encontrando o pai e a mãe das coisas e dos seres, isto é, tudo o que existe decorre de
relações sexuais entre forças divinas pessoais. Essas relações geram os demais deuses: os
titãs (seres semi-humanos e semidivinos), os heróis (filhos de um deus com uma humana ou de
uma deusa com um humano), os humanos, os metais, as plantas, os animais, as qualidades,
como quente-frio, seco-úmido, claro-escuro, bom-mau, justo-injusto, belo-feio, certo-errado etc.
A narração da origem é, assim, uma genealogia, isto é, narrativa da geração dos seres, das
coisas, das qualidades, por outros seres, que são seus pais ou antepassados.
Tomemos um exemplo da narrativa mítica:
b. Houve uma grande festa entre os deuses. Todos foram convidados, menos a deusa Penúria,
sempre miserável e faminta. Quando a festa acabou, Penúria veio, comeu os restos e dormiu
com o deus Poros (o astuto engenhoso). Dessa relação sexual, nasceu Eros (ou Cupido), que,
como sua mãe, está sempre faminto, sedento e miserável, mas, como seu pai, tem mil astúcias
para se satisfazer e se fazer amado. Por isso, quando Eros fere alguém com sua flecha, esse
alguém se apaixona e logo se sente faminto e sedento de amor, inventa astúcias para ser
amado e satisfeito, ficando ora maltrapilho e semimorto, ora rico e cheio de vida.
c. Encontrando uma rivalidade ou uma aliança entre os deuses que faz surgir alguma coisa no
mundo. Nesse caso, o mito narra ou uma guerra entre as forças divinas, ou uma aliança entre
elas para provocar alguma coisa no mundo dos homens.
O poeta Homero, na Ilíada, que narra a guerra de Troia, explica por que, em certas batalhas, os
troianos eram vitoriosos e, em outras, a vitória cabia aos gregos. Os deuses estavam divididos,
alguns a favor de um lado e outros a favor do outro. A cada vez, o rei dos deuses, Zeus, ficava
com um dos partidos, aliava-se com um grupo e fazia um dos lados - ou os troianos ou os
gregos - vencer uma batalha.
A causa da guerra, aliás, foi uma rivalidade entre as deusas. Elas apareceram em sonho para o
príncipe troiano Paris, oferecendo a ele seus dons e ele escolheu a deusa do amor, Afrodite. As
outras deusas, enciumadas, fizeram-no raptar a grega Helena, mulher do general grego
Menelau, e isso deu início à guerra entre os humanos.
d. Encontrando as recompensas ou os castigos que os deuses dão a quem os desobedece ou a
quem os obedece.
Como o mito narra, por exemplo, o uso do fogo pelos homens? Para os homens, o fogo é
essencial, pois com ele se diferenciam dos animais, porque tanto passam a cozinhar os
alimentos, a iluminar caminhos na noite, a se aquecer no inverno, quanto podem fabricar
instrumentos de metal para o trabalho e para a guerra.
Um titã, Prometeu, mais amigo dos homens do que dos deuses, roubou uma centelha de fogo e
a trouxe de presente para os humanos. Prometeu foi castigado (amarrado num rochedo para
que as aves de rapina, eternamente, devorassem seu fígado) e os homens também foram
castigados (cf. A caixa de Pandora).
Vemos, portanto, que o mito narra a origem das coisas por meio de lutas, alianças e relações
sexuais entre forças sobrenaturais que governam o mundo e o destino dos homens. Como os
mitos sobre a origem do mundo são genealogias, diz-se que são cosmogonias e teogonias.
A palavra gonia vem de duas palavras gregas: do verbo gennao (engendrar, gerar, fazer nascer
e crescer) e do substantivo genos (nascimento, gênese, descendência, gênero,
espécie). Gonia, portanto, quer dizer: geração, nascimento a partir da concepção sexual e do
parto. Cosmos, como já vimos, quer dizer mundo ordenado e organizado. Assim, a
cosmogonia é a narrativa sobre o nascimento e a organização do mundo, a partir de forças
geradoras (pai e mãe) divinas.
Teogonia é uma palavra composta de gonia e theós, que em grego significa: as coisas divinas,
os seres divinos, os deuses. A teogonia é, portanto, a narrativa da origem dos deuses, a partir
de seus pais e antepassados.
A Filosofia, ao nascer, é, como já dissemos, uma cosmologia, uma explicação racional sobre a
origem do mundo e sobre as causas de transformações e repetições das coisas; para isso, ela
nasce de uma transformação gradual dos mitos ou de uma ruptura radical com os mitos?
Continua ou rompe com a cosmogonia e a teogonia?
Respostas dadas:
A primeira delas foi dada no fim do século XIX e começo do século XX, quando reinava um
grande otimismo sobre os poderes científicos e capacidades técnicas do homem. Dizia-se,
então, que a Filosofia nasceu por uma ruptura radical com os mitos, sendo a primeira
explicação científica da realidade produzida pelo Ocidente.
A segunda resposta foi dada a partir de meados do século XX, quando os estudos dos
antropólogos e dos historiadores mostraram a importância dos mitos na organização social e
cultural das sociedades e como os mitos estão profundamente entranhados nos modos de
pensar e sentir de uma sociedade. Por isso, dizia-se que os gregos, como qualquer outro povo,
acreditavam em seus mitos e que a Filosofia nasceu, vagarosa e gradualmente, do interior dos
próprios mitos, como uma racionalização deles.
Atualmente, consideram-se as duas respostas exageradas e afirma-se que a Filosofia,
percebendo as contradições e as limitações dos mitos, foi reformulando e racionalizando as
narrativas míticas, transformando-as numa outra coisa, numa explicação inteiramente nova e
diferente.
Assim, temos algumas diferenças entre filosofia e mito:
1) O mito pretendia narrar como as coisas eram ou tinham sido no passado imemorial,
longínquo e fabuloso; voltando-se para o que era antes que tudo existisse tal como existe no
presente. A Filosofia, ao contrário, preocupa-se em explicar como e por que, no passado, no
presente e no futuro (isto é, na totalidade do tempo), as coisas são como são.
2) O mito narrava a origem através de genealogias e rivalidades ou alianças entre forças divinas
sobrenaturais e personalizadas. A Filosofia, ao contrário, explica a produção natural das coisas
por elementos e causas naturais e impessoais. O mito falava em Urano, Ponto e Gaia; a
Filosofia fala em céu, mar e terra. O mito narra a origem dos seres celestes (os astros),
terrestres (plantas, animais, homens) e marinhos pelos casamentos de Gaia com Urano e
Ponto. A Filosofia explica o surgimento desses seres por composição, combinação e separação
dos quatro elementos - úmido, seco, quente e frio, ou água, terra, fogo e ar.
3) O mito não se importava com contradições, com o fabuloso e o incompreensível, não só
porque esses eram traços próprios da narrativa mítica, como também porque a confiança e a
crença no mito vinham da autoridadereligiosa do narrador. A Filosofia, ao contrário, não admite
contradições, fabulação e coisas incompreensíveis, mas exige que a explicação seja coerente,
lógica e racional; além disso, a autoridade da explicação não vem da pessoa do filósofo, mas da
razão, que é a mesma em todos os seres humanos.
Resolvido esse problema, no que tange as diferenciações entre mito e filosofia, temos ainda um
último a solucionar: o que tornou possível o surgimento da Filosofia na Grécia no final do século
VII e no início do século VI a.C.? Quais as condições materiais, isto é, econômicas, sociais,
políticas e históricas que permitiram o surgimento da Filosofia?
Podemos apontar como principais condições históricas para o surgimento da Filosofia na
Grécia:
4.1. As viagens marítimas, que permitiram aos gregos descobrir que os locais que os mitos
diziam habitados por deuses, titãs e heróis eram, na verdade, habitados por outros seres
humanos e que as regiões dos mares que os mitos diziam habitados por monstros e seres
fabulosos não possuíam nem monstros nem seres fabulosos. As viagens produziram o
desencantamento ou a desmistificação do mundo, que passou, assim, a exigir uma explicação
sobre sua origem, explicação que o mito já não podia oferecer;
4.2. A invenção do calendário, que é uma forma de calcular o tempo segundo as estações do
ano, as horas do dia, os fatos importantes que se repetem, revelando, com isso, uma
capacidade de abstração nova ou uma percepção do tempo como algo natural e não como um
poder divino incompreensível;
4.3 A invenção da moeda, que permitiu uma forma de troca que não se realiza através das
coisas concretas ou dos objetos concretos trocados por semelhança, mas uma troca abstrata,
uma troca feita pelo cálculo do valor semelhante das coisas diferentes, revelando, portanto,
uma nova capacidade de abstração e de generalização;
4.4 O surgimento da vida urbana, com predomínio do comércio e do artesanato, dando
desenvolvimento a técnicas de fabricação e troca, e diminuindo o prestígio das famílias da
aristocracia proprietária de terras, por quem e para quem os mitos foram criados; além disso, o
surgimento de uma classe de comerciantes ricos, que precisava encontrar pontos de poder e de
prestígio para suplantar o velho poderio da aristocracia de terras e de sangue (as linhagens
constituídas pelas famílias), fez com que se procurasse o prestígio pelo patrocínio e estímulo às
artes, às técnicas e aos conhecimentos, favorecendo um ambiente em que a Filosofia poderia
surgir;
4.5. A invenção da escrita alfabética, que, como a do calendário e a da moeda, revela o
crescimento da capacidade de abstração e de generalização, uma vez que a escrita alfabética
ou fonética, diferentemente de outras escritas - como os hieróglifos dos egípcios ou os
ideogramas dos chineses - supõe que não se represente uma imagem da coisa que está sendo
dita, mas a ideia dela, o que dela se pensa e se transcreve;
4.6. A invenção da política, que introduz três aspectos novos e decisivos para o nascimento da
Filosofia:
1. A ideia da lei como expressão da vontade de uma coletividade humana que decide por si
mesma o que é melhor para si e como ela definirá suas relações internas. O aspecto legislado e
regulado da cidade - da polis - servirá de modelo para a Filosofia propor o aspecto legislado,
regulado e ordenado do mundo como um mundo racional.
2. O surgimento de um espaço público, que faz aparecer um novo tipo de palavra ou de
discurso, diferente daquele que era proferido pelo mito. Neste, um poeta-vidente, que recebia
das deusas ligadas à memória (a deusa Mnemosyne, mãe das Musas, que guiavam o poeta)
uma iluminação misteriosa ou uma revelação sobrenatural, dizia aos homens quais eram as
decisões dos deuses que eles deveriam obedecer.
Com a polis, isto é, a cidade política, surge a palavra como direito de cada cidadão de emitir em
público sua opinião, discuti-la com os outros, persuadi-los a tomar uma decisão proposta por
ele, de tal modo que surge o discurso político como a palavra humana compartilhada, como
diálogo, discussão e deliberação humana, isto é, como decisão racional e exposição dos
motivos ou das razões para fazer ou não fazer alguma coisa.
A política, valorizando o humano, o pensamento, a discussão, a persuasão e a decisão racional,
valorizou o pensamento racional e criou condições para que surgisse o discurso ou a palavra
filosófica.
3. A política estimula um pensamento e um discurso que não procuram ser formulados por
seitas secretas dos iniciados em mistérios sagrados, mas que procuram, ao contrário, ser
públicos, ensinados, transmitidos, comunicados e discutidos. A ideia de um pensamento que
todos podem compreender e discutir, que todos podem comunicar e transmitir, é fundamental
para a Filosofia. 
O Mito da Caverna narrado por Platão no livro VII do Republica é, talvez, uma das mais
poderosas metáforas imaginadas pela filosofia, em qualquer tempo, para descrever a situação
geral em que se encontra a humanidade. Para o filósofo, todos nós estamos condenados a ver
sombras a nossa frente e tomá-las como verdadeiras. Essa poderosa crítica à condição dos
homens, escrita há quase 2500 anos, inspirou e ainda inspira inúmeras reflexões pelos tempos
afora.
Como já mencionado, a narrativa mitológica é um discurso que foi desconstruído pela filosofia,
por inúmeras razões. Talvez o motivo mais evidente é que o mito está baseado em algum
fundamento dogmático, que serve como ponto de partida para o discurso filosófico. Afinal, por
qual motivo alguém acredita ou concorda com determinada afirmação? Buscar as causas e
fundamentos é um movimento que incessantemente a filosofia coloca em prática.Esta condição
da filosofia é metaforicamente representada no mencionado Mito da Caverna. Tal mito revela,
simultaneamente, a condição de cegueira e de clareza da filósofa ou filósofo, que busca, por
singelos movimentos, romper os grilhões da caverna e compreender os problemas do mundo.
Na sequência segue trecho do mito mencionado:
SÓCRATES – Figura-te agora o estado da natureza humana, em relação à ciência e à
ignorância, sob a forma alegórica que passo a fazer. Imagina os homens encerrados em
morada subterrânea e cavernosa que dá entrada livre à luz em toda extensão. Aí, desde
a infância, têm os homens o pescoço e as pernas presos de modo que permanecem
imóveis e só vêem os objetos que lhes estão diante. Presos pelas cadeias, não podem
voltar o rosto. Atrás deles, a certa distância e altura, um fogo cuja luz os alumia; entre o
fogo e os cativos imagina um caminho escarpado, ao longo do qual um pequeno muro
parecido com os tabiques que os pelotiqueiros põem entre si e os espectadores para
ocultar-lhes as molas dos bonecos maravilhosos que lhes exibem.
GLAUCO - Imagino tudo isso.
SÓCRATES - Supõe ainda homens que passam ao longo deste muro, com figuras e
objetos que se elevam acima dele, figuras de homens e animais de toda a espécie,
talhados em pedra ou madeira. Entre os que carregam tais objetos, uns se entretêm em
conversa, outros guardam em silêncio.
GLAUCO - Similar quadro e não menos singulares cativos!
SÓCRATES - Pois são nossa imagem perfeita. Mas, dize-me: assim colocados, poderão
ver de si mesmos e de seus companheiros algo mais que as sombras projetadas, à
claridade do fogo, na parede que lhes fica fronteira?
GLAUCO - Não, uma vez que são forçados a ter imóveis a cabeça durante toda a vida.
SÓCRATES - E dos objetos que lhes ficam por detrás, poderão ver outra coisa que não
as sombras?
GLAUCO - Não.
SÓCRATES - Ora, supondo-se que pudessem conversar, não te parece que, ao falar
das sombras que vêem, lhes dariam os nomes que elas representam?
GLAUCO - Sem dúvida.
SÓRATES - E, se, no fundo da caverna, um eco lhes repetisse as palavras dos que
passam, não julgariam certo que os sons fossem articulados pelas sombras dos
objetos?
GLAUCO - Claro que sim.
SÓCRATES - Em suma, não creriam que houvesse nada de real e verdadeiro fora das
figuras que desfilaram.
GLAUCO - Necessariamente.
SÓCRATES - Vejamos agorao que aconteceria, se se livrassem a um tempo das
cadeias e do erro em que laboravam. Imaginemos um destes cativos desatado, obrigado
a levantar-se de repente, a volver a cabeça, a andar, a olhar firmemente para a luz. Não
poderia fazer tudo isso sem grande pena; a luz, sobre ser-lhe dolorosa, o deslumbraria,
impedindo-lhe de discernir os objetos cuja sombra antes via. Que te parece agora que
ele responderia a quem lhe dissesse que até então só havia visto fantasmas, porém que
agora, mais perto da realidade e voltado para objetos mais reais, via com mais
perfeição? Supõe agora que, apontando-lhe alguém as figuras que lhe desfilavam ante
os olhos, o obrigasse a dizer o que eram. Não te parece que, na sua grande confusão,
se persuadiria de que o que antes via era mais real e verdadeiro que os objetos ora
contemplados?
GLAUCO - Sem dúvida nenhuma.
SÓCRATES - Obrigado a fitar o fogo, não desviaria os olhos doloridos para as sombras
que poderia ver sem dor? Não as consideraria realmente mais visíveis que os objetos
ora mostrados?
GLAUCO - Certamente.
SÓCRATES - Se o tirassem depois dali, fazendo-o subir pelo caminho áspero e
escarpado, para só o liberar quando estivesse lá fora, à plena luz do sol, não é de crer
que daria gritos lamentosos e brados de cólera? Chegando à luz do dia, olhos
deslumbrados pelo esplendor ambiente, ser-lhe ia possível discernir os objetos que o
comum dos homens tem por serem reais?
GLAUCO - A princípio nada veria.
SÓCRATES - Precisaria de algum tempo para se afazer à claridade da região superior.
Primeiramente, só discerniria bem as sombras, depois, as imagens dos homens e outros
seres refletidos nas águas; finalmente erguendo os olhos para a lua e as estrelas,
contemplaria mais facilmente os astros da noite que o pleno resplendor do dia.
GLAUCO - Não há dúvida.
SÓCRATES - Mas, ao cabo de tudo, estaria, decerto, em estado de ver o próprio sol,
primeiro refletido na água e nos outros objetos, depois visto em si mesmo e no seu
próprio lugar, tal qual é.
GLAUCO - Fora de dúvida.
SÓCRATES - Refletindo depois sobre a natureza deste astro, compreenderia que é o
que produz as estações e o ano, o que tudo governa no mundo visível e, de certo modo,
a causa de tudo o que ele e seus companheiros viam na caverna.
GLAUCO - É claro que gradualmente chegaria a todas essas conclusões.
SÓCRATES - Recordando-se então de sua primeira morada, de seus companheiros de
escravidão e da idéia que lá se tinha da sabedoria, não se daria os parabéns pela
mudança sofrida, lamentando ao mesmo tempo a sorte dos que lá ficaram?
GLAUCO - Evidentemente.
SÓCRATES - Se na caverna houvesse elogios, honras e recompensas para quem
melhor e mais prontamente distinguisse a sombra dos objetos, que se recordasse com
mais precisão dos que precediam, seguiam ou marchavam juntos, sendo, por isso
mesmo, o mais hábil em lhes predizer a aparição, cuidas que o homem de que falamos
tivesse inveja dos que no cativeiro eram os mais poderosos e honrados? Não preferiria
mil vezes, como o herói de Homero, levar a vida de um pobre lavrador e sofrer tudo no
mundo a voltar às primeiras ilusões e viver a vida que antes vivia?
GLAUCO - Não há dúvida de que suportaria toda a espécie de sofrimentos de
preferência a viver da maneira antiga.
SÓCRATES - Atenção ainda para este ponto. Supõe que nosso homem volte ainda para
a caverna e vá assentar-se em seu primitivo lugar. Nesta passagem súbita da pura luz à
obscuridade, não lhe ficariam os olhos como submersos em trevas?
GLAUCO - Certamente.
SÓCRATES - Se, enquanto tivesse a vista confusa -- porque bastante tempo se
passaria antes que os olhos se afizessem de novo à obscuridade -- tivesse ele de dar
opinião sobre as sombras e a este respeito entrasse em discussão com os
companheiros ainda presos em cadeias, não é certo que os faria rir? Não lhe diriam que,
por ter subido à região superior, cegara, que não valera a pena o esforço, e que assim,
se alguém quisesse fazer com eles o mesmo e dar-lhes a liberdade, mereceria ser
agarrado e morto?
GLAUCO - Por certo que o fariam.
SÓCRATES - Pois agora, meu caro GLAUCO, é só aplicar com toda a exatidão esta
imagem da caverna a tudo o que antes havíamos dito. O antro subterrâneo é o mundo
visível. O fogo que o ilumina é a luz do sol. O cativo que sobe à região superior e a
contempla é a alma que se eleva ao mundo inteligível. Ou, antes, já que o queres saber,
é este, pelo menos, o meu modo de pensar, que só Deus sabe se é verdadeiro. Quanto
à mim, a coisa é como passo a dizer-te. Nos extremos limites do mundo inteligível está a
idéia do bem, a qual só com muito esforço se pode conhecer, mas que, conhecida, se
impõe à razão como causa universal de tudo o que é belo e bom, criadora da luz e do
sol no mundo visível, autora da inteligência e da verdade no mundo invisível, e sobre a
qual, por isso mesmo, cumpre ter os olhos fixos para agir com sabedoria nos negócios
particulares e públicos. (PLATÃO, 1956, pp. 287-291).
Para resumir alguns pontos importantes. Imaginemos uma caverna separada do mundo externo
por um alto muro, cuja entrada permite a passagem da luz exterior. Desde seu nascimento,
geração após geração, seres humanos ali vivem acorrentados, sem poder mover a cabeça para
a entrada, nem locomover-se, forçados a olhar apenas a parede do fundo, e sem nunca terem
visto o mundo exterior nem a luz do sol. Acima do muro, uma réstia de luz exterior ilumina o
espaço habitado pelos prisioneiros, fazendo com que as coisas que se passam no mundo
exterior sejam projetadas como sombras nas paredes do fundo da caverna. Por trás do muro,
pessoas passam conversando e carregando nos ombros figuras de homens, mulheres, animais
cujas sombras são projetadas na parede da caverna. Os prisioneiros julgam que essas sombras
são as próprias coisas externas e que os artefatos projetados são os seres vivos que se movem
e falam. Um dos prisioneiros, tomado pela curiosidade, decide fugir da caverna. Fabrica um
instrumento com o qual quebra os grilhões e escala o muro. Sai da caverna, e no primeiro
instante fica totalmente cego pela luminosidade do sol, com a qual seus olhos não estão
acostumados; pouco a pouco, habitua-se à luz e começa ver o mundo. Encanta-se, deslumbra-
se, tem a felicidade de, finalmente, ver as próprias coisas, descobrindo que, em sua prisão, vira
apenas sombras. Deseja ficar longe da caverna e só voltará a ela se for obrigado, para contar o
que viu e libertar os demais. Assim como a subida foi penosa, porque o caminho era íngreme e
a luz ofuscante, também o retorno será penoso, pois será preciso habituar-se novamente às
trevas, o que é muito mais difícil do que habituar-se à luz. De volta à caverna, o prisioneiro será
desajeitado, não saberá mover-se nem falar de modo compreensível para os outros, não será
acreditado por eles e correrá o risco de ser morto pelos que jamais abandonarão a caverna.
A caverna, diz Platão, é o mundo sensível onde vivemos. A réstia de luz que projeta as sombras
na parede é um reflexo da luz verdadeira (as ideias) sobre o mundo sensível. Somos os
prisioneiros. As sombras são as coisas sensíveis que tomamos pelas verdadeiras. Os grilhões
são nossos dogmas, preconceitos, nossa confiança em nossos sentidos e opiniões. O
instrumento que quebra os grilhões e faz a escalada do muro é a dialética. O prisioneiro curioso
que escapa é o filósofo. A luz que ele vê é a luz plena do ser, isto é, o bem, que ilumina o
mundo inteligível como o sol ilumina o mundo sensível. O retorno à caverna é o diálogo
filosófico. Os anos despendidos na criação do instrumento para sair da caverna são o esforço
da alma, descrito na Carta Sétima, para produzir a "faísca" do conhecimento verdadeiro pela
"fricção" dos modos de conhecimento. Conhecer é um ato de libertação e iluminação.
O Mito da Caverna apresenta a dialética como movimento ascendente de libertação do nosso
olhar que nos libera da cegueira para vermos a luz das ideias. Mas descreve também o retorno
do prisioneiro para ensinar aos que permaneceram na caverna como sair dela.Há, assim, dois
movimentos: o de ascensão (a dialética ascendente), que vai da imagem à crença ou opinião,
desta para a matemática e desta para a intuição intelectual e à ciência; e o de descensão (a
dialética descendente), que consiste em praticar com outros o trabalho para subir até a
essência e a ideia. Aquele que contemplou as ideias no mundo inteligível desce aos que ainda
não as contemplaram para ensinar-lhes o caminho. Por isso, desde Mênon, Platão dissera que
não é possível ensinar o que são as coisas, mas apenas ensinar a procurá-las.
Os olhos foram feitos para ver; a alma, para conhecer. Os primeiros estão destinados à luz
solar; a segunda, à fulguração da ideia. A dialética é a técnica liberadora dos olhos do espírito.
O relato da subida e da descida expõe como dupla violência necessária: a ascensão é difícil,
dolorosa, quase insuportável; o retorno à caverna, uma imposição terrível à alma libertada,
agora forçada a abandonar a luz e a felicidade. A dialética, como toda a técnica, é uma
atividade exercida contra uma passividade, um esforço para concretizar seu fim forçando um
ser a realizar sua própria natureza. No mito, a dialética faz a alma ver sua própria essência -
conhecer - vendo as essências (ideia) - o objeto do conhecimento -, descobrindo seu
parentesco com elas. A violência é libertadora porque desliga a alma do corpo, forçando-a a
abandonar o sensível pelo inteligível.
O Mito da Caverna nos ensina algo mais, afirma o filósofo alemão Martin Heidegger, num
ensaio intitulado "A doutrina de Platão sobre a verdade", que interpreta o mito como exposição
platônica do conceito da verdade. Desse ensaio, destacamos alguns aspectos:
A ideia do Bem, correspondente ao sol, não só ilumina todas as outras, isto é, torna todas as
outras visíveis para o olho do espírito, mas é também a ideia suprema, tanto porque é a
visibilidade plena porque é a causa da visibilidade de todo o mundo inteligível. A filosofia,
conhecimento da verdade, é conhecimento da ideia do bem, princípio incondicionado de todas
as essências. Assim como o sol permite aos olhos ver, assim o bem permite à alma conhecer. A
luz é a meditação entre aquele que conhece e o aquilo que se conhece.
Outra narrativa antiga é a “Caixa de Pandora” que é um mito grego que narra a chegada da
primeira mulher à Terra e, com ela, a origem de todas as tragédias humanas. Essa história é
apresentada na obra Os Trabalhos e os Dias, do poeta grego Hesíodo, que viveu no século VIII
a.C.
Prometeu, deus cujo nome em grego significa "aquele que vê o futuro", doou aos homens o
fogo e os ensinou as técnicas para acendê-lo e mantê-lo. Zeus, o soberano dos deuses,
enfureceu-se com esse ato, porque o segredo do fogo deveria ser mantido entre os deuses. Por
isso, ordena a Hefesto, deus do fogo e das habilidades técnicas, que criasse uma mulher que
fosse perfeita e que a apresentasse à assembleia dos deuses. Atena, a deusa da sabedoria e
da guerra, vestiu essa mulher com uma roupa branquíssima e adornou-lhe a cabeça com uma
guirlanda de flores, montada sobre uma coroa de ouro. Hefesto a conduziu pessoalmente aos
deuses e todos ficaram admirados; cada um lhe deu um dom particular. Atena lhe ensinou as
artes que convêm ao seu sexo, como a arte de tecer. Afrodite lhe deu o encanto, que
despertaria o desejo dos homens. As Cárites, deusas da beleza, e a deusa da persuasão
ornaram seu pescoço com colares de ouro. Hermes, o mensageiro dos deuses, concedeu-lhe a
capacidade de falar, juntamente com a arte de seduzir os corações por meio de discursos
insinuantes. Depois que todos os deuses lhe deram seus presentes, ela recebeu o nome de
Pandora, que em grego quer dizer "todos os dons".
Finalmente, Zeus lhe entregou uma caixa bem fechada e ordenou que ela a levasse como
presente a Prometeu. Entretanto, ele e Pandora não quiseram receber a caixa e recomendou a
seu irmão, Epimeteu, que também não aceitasse nada vindo de Zeus. Epimeteu, cujo nome
significa "aquele que reflete tarde demais", ficou encantado com a beleza de Pandora e a tomou
como esposa.
Pandora, não resisitindo à curiosidade, abriu a caixa e de lá escaparam todos os males que, a
partir de então, assolam a humanidade e que tornam miserável a existência dos homens. Ao
fechá-la, amedrontada diante do que via, deixou aprisionada na caixa a Esperança, uma
criatura alada que estava prestes a voar que é a única forma por meio da qual os homens
podem suportar todo mal que se abateu sobre eles.
Esse mito, como muitos outros, tem versões diferentes. Numa delas, por exemplo, a Esperança
chega a escapar da caixa, e é graças a ela que os homens conseguem enfrentar todos os
males e não desistem de viver. Além disso, nessa outra narrativa, o presente de Hermes não é
a capacidade de seduzir, mas sim a falsidade. Fala-se, ainda, que não era uma caixa o que
Pandora levava, mas um vaso. Essas variações, aliás, mostram como os mitos sofriam
modificações à medida que eram narrados.
Na Grécia antiga, em suma, é importante ressaltar essa "familiaridade" das pessoas com os
deuses. Os mitos formavam, para os gregos daquele tempo, um sistema complexo, que
explicava praticamente todos os elementos de sua cultura. Eles estavam organizados num
conjunto coerente, lógico; em termos amplos, era uma maneira de ver o mundo, de explicá-lo e
compreendê-lo.
O conteúdo relata-nos o modo como os gregos compreendiam a natureza feminina, acentuando
sua beleza, sensualidade e poder de destruição para o homem, diz Fernando Segolin, professor
de Literatura da Pontifícia Universidade Católica (PUC), de São Paulo.
A importância de compreendermos tal metáfora reside, essencialmente, na condição de
entendermos que a memória que constrói a imagem da mulher é pautada por fato que
culminam em uma imagem complexa, na medida em que ela parece catalisar a culpa pelos
males da humanidade. Se pensarmos na versão do Pecado Original, como trata a Bíblia
Sagrada, teremos uma outra construção da imagem da mulher que lhe confere características
negativas.
A curiosidade, o poder de sedução e a beleza da mulher formam uma imagem de pouca
confiança e a apresentam ao mundo dentro de uma complexa dualidade – desejada e temida
pelos males que poderá causar.
Uma leitura sob a ótica da ideologia que perpassa o texto permite-nos compreender que a fúria
de Zeus pode ser atribuída ao fato de que ao poder dominante sempre interessa a alienação
dos dominados, pois o conhecimento leva o homem a enxergar a realidade e, diante desta, de
questionar suas incoerências. Logo, o homem, dotado de conhecimento, torna-se crítico e,
desse modo, indesejável ao poder dominante.
Sob a mesma perspectiva, podemos dizer que, sendo o homem – dominante – em função da
memória que o define como um ser dotado de força e coragem, a imagem da mulher –
dominada – em função da memória que a define frágil e dependente do homem – uma vez
descrita por ele, não poderia ser constituída de elementos capazes de desfazer a relação de
dominação entre ambos.
 
[5]Texto adaptado da obra Convite à Filosofia, Unidade 1, A Filosofia, Capítulo 1 Origem da Filosofia da
autoria de Marilena Chauí, Editora Ática, São Paulo, 2000.
 
[1] É o nome dado a um artista popular ou cantor que, na antiga Grécia, ia de cidade em cidade recitando
poemas.
 
Exercício 1:
Exercício 1
“Na Grécia Antiga utilizava-se de narrativas para
explicar o surgimento e o porquê de determinadas
coisas ou situações. Tais narrativas tinham grande
aceitabilidade pelo povo grego sendo que estes, pelo
menos num primeiro momento, escutavam e aceitavam
como verdades incontestáveis”. O texto em questão
sintetiza a utilização:
 
 
A)
A) da filosófica.
 
B)
B) da epistemologia.
 
C)
C) da teogonia.
 
D)
D) do mito
E)
E) da cosmogonia.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 2:
Exercício 2
Considere as assertivas abaixo e assinale a alternativa
que contenha assertivas que são incorretas.
I. O mito pretendia narrar como as coisaseram ou
tinham sido no passado memorial, longínquo e fabuloso;
voltando-se para o que era antes que tudo existisse tal
como existe no presente.
A Filosofia, ao contrário, preocupa-se em explicar como
e por que, no passado, no presente e no futuro (isto é,
na totalidade do tempo), as coisas são como são.
II. O mito narrava a origem através de genealogias e
rivalidades ou alianças entre forças divinas
sobrenaturais e personalizadas.
A Filosofia, ao contrário, explica a produção natural das
coisas por elementos e causas naturais e impessoais.
III. O mito falava em Urano, Ponto e Gaia; a Filosofia
fala em céu, mar e terra. O mito narra a origem dos
seres celestes (os astros), terrestres (plantas, animais,
homens) e marinhos pelos casamentos de Gaia com
Urano e Ponto.
A Filosofia explica o surgimento desses seres por
composição, combinação e separação dos quatro
elementos - úmido, seco, quente e frio, ou água, terra,
fogo e ar.
IV. O mito se importava com contradições, com o
fabuloso e o compreensível, não só porque esses eram
traços próprios da narrativa mítica, como também
porque a confiança e a crença no mito vinham da
autoridade religiosa do narrador.
A Filosofia, ao contrário, admite contradições, fabulação
e coisas incompreensíveis, não exige que a explicação
seja coerente, lógica e racional; a autoridade da
explicação vem da pessoa do filósofo, não da razão.
 
A)
a) Apenas a I;
 
B)
b) Apenas a II;
 
C)
c) Apenas a I e a IV; 
 
D)
d) Apenas a II e a IV;
 
E)
e) Apenas a I e a III.
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 3:
Exercício 3
Ao interpretarmos o Mito da Caverna, podemos dizer
que estão corretas as assertivas:
I - A Caverna, segundo Platão, é o mundo sensível onde
vivemos.
II - As sombras são as coisas sensíveis que tomamos
por verdadeiras.
III - Os grilhões são os nossos dogmas, preconceitos,
nossa confiança em nossos sentidos e opiniões.
IV - O prisioneiro curioso que escapa é o filósofo.
V - O Mito da Caverna apresenta a dialética como
movimento ascendente de libertação do nosso olhar que
nos libera da cegueira para vermos a luz das ideias.
 
A)
A) Apenas a I.
 
B)
B) Apenas a II.
 
C)
C) Apenas III e IV.
 
D)
D) Apenas IV e V.
 
E)
E) Todas estão corretas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 4:
Exercício 4
A respeito da narrativa mítica na sociedade grega é
correto afirmar:
 
 
A)
A) aqueles que a ouviam não recebiam de bom grado as
narrativas proferidas.
 
B)
B) aqueles que a ouviam recebiam de bom grado as narrativas
proferidas, tendo em vista que o narrador era um deus.
 
C)
C) aqueles que a ouviam recebiam de bom grado as narrativas
proferidas, tendo em vista que confiavam no narrador por ser
esse considerado um escolhido dos deuses.
 
D)
D) embora as narrativas míticas tivessem sido reveladas por
revelações divinas eram sempre passíveis de contestação.
 
E)
E) o narrador sempre havia presenciado os fatos que narrava.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
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Exercício 5:
Exercício 5
As narrativas mitológicas sempre procuraram explicar
as mais variadas questões que atormentavam os serem
humanos. Dentre essas questões encontra-se a narração
da origem. Qual é o nome das narrativas mitológica que
tinham por objeto explicar a origem as coisas?
 
A)
A) teogonia.
 
B)
B) cosmogonia.
 
 
C)
C) genealogia
 
D)
D) aporia.
 
E)
E) sofismo.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 6:
Exercício 6
A narrativa sobre o nascimento e a organização do
mundo, a partir de forças geradoras (pai e mãe) divinas
denomina-se:
 
A)
A) teogonia.
 
B)
B) cosmogonia
 
C)
C) genealogia.
 
D)
D) aporia.
 
E)
E) sofismo.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 7:
Exercício 8
Podemos apontar como principais condições históricas
para o surgimento da Filosofia na Grécia. Assinale a
alternativa INCORRETA.
 
A)
 A) As viagens marítimas.
 
B)
B) O surgimento da vida rural. 
 
C)
C) A invenção do calendário.
 
D)
D) A invenção da moeda.
 
E)
E) A invenção da escrita alfabética e da política
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 8:
Exercício 9
Além de tentarem explicar a origem das coisas as
narrativas mitológicas são, muitas vezes, meios de se
transmitir valores morais e intelectuais. Uma das
narrativas mais famosas é o “Mito da Caverna”. Assinale
a alternativa que contenha a obra e o autor na qual se
encontra essa narrativa:
 
 
A)
A) A Política, de Aristóteles
 
B)
B) Ética à Nicômaco, de Arístóteles
 
C)
C) A República, de Platão. 
D)
D) O Banquete, de Platão.
 
E)
E) Fédon, de Platão.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 9:
Exercício 11
 
Além de tentarem explicar a origem das coisas as
narrativas mitológicas são, muitas vezes, meios de se
transmitir valores morais. Uma das narrativas mais
famosas é a “Caixa de Pandora”. Assinale a alternativa
que contenha a obra e o autor na qual se encontra essa
narrativa:
 
A)
A) A Política, de Aristóteles
 
B)
B) Ética à Nicômaco, de Arístóteles
 
C)
C) A República, de Platão.
 
D)
D) O Banquete, de Platão.
 
E)
E) Os Trabalhos e os Dias, de Hesíodo.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
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Exercício 10:
Sobre o Mito da Caverna comenta a filósofa Marilena Chauí: “[a] descrição
platônica é dramática: o caminho em direção ao mundo exterior é íngreme e
rude; o prisioneiro libertado sofre e se lamenta de dores no corpo; a luz do sol o
cega; ele se sente arrancado, puxado para fora por uma força incompreensível”
(CHAUÍ, M. Introdução à História da Filosofia: Dos pré-socráticos a Aristóteles.
São Paulo: Cia. Das Letras, 2002, p. 260). Assinale a alternativa correta à luz
deste comentário:
A)
A ruptura dos dogmas e o acesso ao conhecimento filósofico
não é considerado um caminho díficil.
B)
A ruptura dos dogmas e o acesso ao conhecimento filósofico é
considerado um caminho díficil.
C)
Não existe ruptura dos dogmas, o filósofo sempre segue um
caminho fácil.
D)
O acesso ao conhecimento filósofico é uma tarefa isolada e
que possui pouca repercussão social, daí o motivo do retorno à
caverna.
E)
A ruptura dos dogmas e o acesso ao conhecimento filósofico é
considerado um caminho fácil.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
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Exercício 11:
O Mito da Caverna apresenta dois movimentos do prisioneiro. Primeiro, o
movimento ascendente de libertação do olhar intelectual, mas,
posteriormente, o retorno do prisioneiro a caverna. Na alegoria este
descenso ilustra:
A)
a degradação do olhar intelectual.
B)
a responsabilidade social do filósofo de libertar os demais e o
papel comunitário da filosofia.
C)
o fracasso da filosofia.
D)
o pensamento dogmático.
E)
a fraqueza do filósofo diante dos dogmas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
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Exercício 12:
Diferente da filosofia, o discurso mitológico possui seu
fundamento nos dogmas. Sobre esta afirmação é correto dizer
que:
A)
está equivocada, pois o mito e a filosofia são discursos
semelhantes.
B)
está equivocada, pois a filosofia também se baseia nos
dogmas.
C)
está correta, pois os mitos não assumem a atitude filosófica de
questionamento.
D)
está correta, apesar do mito não rivalizar com a filosofia.
E)
está equivocada, o mito depende de um questionamento e
busca descontruir os dogmas.
O aluno respondeue acertou. Alternativa(C)
Comentários:
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Exercício 13:
Sobre as diferenças entre mito e filosofia, é correto
afirmar que:
A)
A filosofia narra como as coisas eram ou tinham sido no
passado imemorial, longínquo e fabuloso; voltando-se para o
passado. O mito, por sua vez, se preocupa com questões
presentes e busca desconstruir os dogmas.
B)
O mito narra a origem através de genealogias e rivalidades ou
alianças entre forças divinas sobrenaturais e personalizadas.
A Filosofia, ao contrário, explica a produção natural das coisas
por elementos e causas naturais e impessoais.
C)
 O mito se importa com contradições, com o fabuloso e o
incompreensível, portanto busca apresentar justificativas
objetivas sobre como o conhecimento é produzido. A filosofia,
ao contrário, depende de um fundamento exterior e
desconhecido.
D)
Não há diferenças importantes entre mito e filosofia, pois
ambos dependem dos dogmas.
E)
A filosofia admite contradições e coisas incompreensíveis, logo
se assemlha ao discurso mitológico.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
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Exercício 14:
Sobre as condições históricas para o surgimento da
Filosofia na Grécia, é correto afirmar que:
A)
as viagens marítimas não desempenharam um papel
importante. 
B)
o surgimento da vida urbana e o avanço das atividade
econômicas contribuiram para a aproximação e debate entre
os indivíduos.
C)
não se relaciona com a invenção da política.
D)
não dependeu da invenção da escrita alfabética.
E)
se relaciona com os dogmas, apenas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
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Exercício 15:
Sobre o Mito da Caverna comenta a filósofa Marilena Chauí: “[a] descrição
platônica é dramática: o caminho em direção ao mundo exterior é íngreme e
rude; o prisioneiro libertado sofre e se lamenta de dores no corpo; a luz do sol o
cega; ele se sente arrancado, puxado para fora por uma força incompreensível”
(CHAUÍ, M. Introdução à História da Filosofia: Dos pré-socráticos a Aristóteles.
São Paulo: Cia. Das Letras, 2002, p. 260). Considerando este comentário, assinale
a alternativa correta:
A)
o mito da caverna não ilustra o movimento de questionamento
da filosofia.
B)
este mito não é importante para a história da filosofia.
C)
apresenta um caminho fácil de acesso ao conhecimento
filosófico.
D)
apresenta um caminho difícil de acesso ao conhecimento
filosófico.
E)
o mito da caverna ilustra o movimento de questionamento da
filosofia, mas também do seu fracasso.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
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Exercício 16:
Exercício 12
No mito “Caixa de Pandora” quando a caixa é aberta
inúmeros males escapam e passam a assolar os seres
humanos. No entanto, ao ser fechada a caixa ainda
guarda:
 
 
 
A)
A) o otimismo.
 
B)
B) a felicidade.
 
C)
C) a esperança.
 
D)
D) a harmonia.
 
E)
E) a solidariedade
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
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Exercício 17:
Exercício 7
Na filosofia grega as genealogias narram a origem das
mais variadas questões. Dentre as narrativas temos
aquelas que tem por objeto a origem dos deuses. Assim,
a narrativa da origem dos deuses, a partir de seus pais e
antepassados é denominada:
 
A)
A) teogonia.
 
 
B)
B) cosmogonia.
 
C)
C) genealogia.
 
D)
D) aporia.
 
E)
E) sofismo.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
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Exercício 18:
Exercício 10
Considere as assertivas abaixo e assinale a alternativa
que contenha apenas as assertivas que são corretas.
I – No “Mito da Caverna” a caverna representa o mundo
sensível.
II – No “Mito da Caverna” a caverna representa o
mundo inteligível.
III - O instrumento que quebra os grilhões e faz a
escalada do muro é a dialética.
IV - As sombras são as ideias sensíveis que
consideramos verdadeiras.
 
A)
A) I e II
 
B)
B) I e III 
 
C)
C) I e IV
 
D)
D) II e III
 
E)
E) II e IV
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
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