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Metodos de Irrigacao

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Métodos de Irrigação
Índice
1.	Introdução	2
2. Objetivos	3
2.1. Objetivo Geral	3
2.2. Objetivos Específicos	3
3. Métodos de irrigação	4
3.1. Irrigação superficial	4
3.2. Irrigação por aspersão	5
3.3. Irrigação localizada	6
3.4. Sistemas de subsuperfície	7
4. Critérios básicos para seleção dos sistemas	8
4.1 Recursos Hídricos	8
4.2. Solo	9
4.3. Clima	10
4.4. Cultura	12
5. Conclusão	13
6. Referencias Bibliográficas	14
1. Introdução
Desde o início dos tempos o Homem tem vindo a usar a Terra como uma das ferramentas para o seu sustento e desenvolvimento através da criação de campos agíicolas, e com o passar dos anos a agricultura tem desenvolvido um papel fundamentral a nível social e económico desde os países menos até os mais desenvolvidos. Por outro lado o desenvolvimento destas culturas depende essencialmente da água na cultura, e porque a a água da chuva não tem sido suficiente para o efeito, surgi então a necessidade de transferir a água dum sistema ou canal para a camada do solo que tem esta cultura(Irrigando), o presente trabalho surge com o objectivo de descrever os principais métodos de irrigação, sua utilização e funcionamento.
2. Objetivos
2.1. Objetivo Geral
· Descrever os métodos de irrigação.
2.2. Objetivos Específicos
· Conceitualizar a rega;
· Falar do funcionamento e aplicação de cada método;
· Identificar as vantagens e desvantagens usadas em cada método de irrigação;
 
3. Métodos de irrigação 
Irrigação: É uma técnica que consiste em aplicar a quantidade de água neccessária ao solo n os momentos adequados, para que a espécie vegetal cultivada possa expressar todo o seu potencial produtivo.
A irrigação destina-se a transferir a água dum sistema condutor ou canais para a camada de solo que contém as raízes das plantas. Este processo pode ocorrer segundo três formas diferentes:
i. Superficialmente;
ii. Subterraneamente;
iii. Por aspersao.
3.1. Irrigação superficial 
Esta é também conhecida como a irrigação por gravidade, visto que a água é aplicada diretamente sobre a superfície do solo e pelo efeito da gravidade se movimenta e infiltra no solo. Dentre varios e diferentes metodos de irrigação por superfície, os mais divulgados e que tem dado melhores resultados sao os seguintes: 
a) Irrigação por sulcos: Consiste na inundação parcial e temporária, por condução da água na superfície do solo, através de pequenos canais ou sulcos, paralelos às fileiras das plantas, durante o tempo necessário para que a água infiltrada ao longo do sulco seja suficiente para armazenar no perfil de solo a quantidade de água necessária à irrigação da cultura. 
Na irrigação por sulcos, em relação aos demais sistemas de irrigação por superfície, a vazão aplicada por unidade de largura pode ser reduzida substancialmente e há maior tolerância às condições topográficas adversas. A menor área molhada possibilita a redução das perdas de água por evaporação em culturas com maior espaçamento. Por exemplo, em pomares, a irrigação por sulcos pode ser considerada como uma forma de irrigação localizada pois é possível molhar somente uma fração da superfície do terreno (30 a 80%). Por possibilitar a redução da área molhada, permite cultivar o solo e realizar colheitas logo após as irrigações. Este sistema de irrigação exige, em geral, mais mão-de-obra por unidade de área que os sistemas pressurizados e experiência profissional do irrigante para distribuir a água do canal secundário para os sulcos e controlar a vazão durante a irrigação. Por outro lado, a flexibilidade operacional desse sistema permite elevar a eficiência de irrigação, por possibilitar o ajuste da vazão aplicada às variações da taxa de infiltração do solo durante um evento de irrigação e entre irrigações.
b) Irrigação por inundação: a irrigação por inundação proporciona a aplicação de água as plantas utilizando- se da superfície do solo e da energia potencial como meio de condução e distribuição da água. Solos de textura media a fina, terrenos com declividade uniforme inferior a 2% e culturas tolerantes ao excesso hídrico são propícios a esse tipo de irrigação.
Exemplos: Algodão, Feijão, Cebola, Milho, Aveia e Arroz.
	Vantagens
	Desvantagens
	Economia de energia
	Restrito para culturas resistentes ao encharcamento
	Controle de ervas daninhas
	Facilita a incidência de Mosquitos
	Economia de mão-de-obra
	Maior gasto da água comparado com os outros métodos
	Aproveitamento máximo da água da chuva
	Perda de área de cultivo para a construção de taipas e canais
3.2. Irrigação por aspersão
Nestes sistemas, a água é distribuída na forma de gotas sobre a cultura e superfície do solo, imitando o efeito da chuva. A formação das gotas é obtida pela passagem da água pressurizada através de orifícios existentes em dispositivos mecânicos chamados aspersores ou sprays.
	Vantagens
	Desvantagens
	Terrenos com qualquer declividade (ate 30%)
	Custo inicial elevado
	Mantem a fertilidade natural do solo
	Requer mão-de-obra habilitada
	Não exige sistematização do terreno
	Causar erosão no solo
	Pode ser empregada em qualquer tipo de solo, mesmo os com altas taxas de infiltração
	Entupimento dos aspersores, minimizados pelos filtros
Os sistemas de irrigação por aspersão podem ser divididos basicamente em dois tipos: 
i. Sistemas convencionais: são aqueles que utilizam os componentes convencionais de aspersão (motobombas, tubulações e aspersores), e que podem ser movimentados manualmente pelo campo (móveis), cobrindo em cada posição um setor da área irrigada ou permanecer parados (fixos) na mesma posição ao longo do período de produção e cobrindo toda a área irrigada ou setores específicos. 
ii. Sistemas mecanizados: são sistemas onde os aspersores ou sprays são montados em estruturas metálicas que se movem ao longo da área para efetuar a irrigação. Estes sistemas podem se movimentar com o auxílio de um trator, ou de sistemas automatizados com movimentos linear ou circular, com a operação elétrica ou com a utilização da pressão existente na tubulação. Enquadram-se no sistema mecanizado, o pivô central, um dos mais conhecidos no Brasil, e o carretel enrolador.
iii. Pivô Central
Consiste de uma única lateral, que gira em torno do centro de um círculo (pivô). Segmentos da linha lateral metálica são suportados por torres em formato de "A" e conectados entre si por juntas flexíveis. Um pequeno motor elétrico, colocado em cada torre, permite o acionamento independente destas.O suprimento de água é feito através do ponto pivô, requerendo que a água seja conduzida até o centro por adutora enterrada, ou que a fonte de água esteja no centro da área. Pivôs podem ser empregados para irrigar áreas de até 117 ha. O ideal, todavia, é que a área.
Não ultrapasse 50 a 70 ha, embora o custo por unidade de área tende a reduzir à medida que aumenta a área. Quanto a limitações de topografia, alguns autores afirmam que, para vãos entre torres de até 30 metros, declividades de até 30% na direção radial podem ser suportadas, enquanto outros autores indicam que essa declividade máxima só pode ser tolerada na direção tangencial (ao longo dos círculos). Pivôs centrais com laterais muito longas, quando não corretamente dimensionados em função da taxa de infiltração da água no solo, podem apresentar sérios problemas de erosão no final da lateral, devido à alta taxa de aplicação de água necessária nessa área. Podem também apresentar problemas de "selamento" (impermeabilização) da superfície, em função da textura do solo. São sistemas que permitem alto grau de automação.
iv. Deslocamento Linear
A lateral tem estrutura e mecanismo de deslocamento similar à do pivô central, mas desloca-se continuamente, em posição transversal e na direção longitudinal da área. Todas as torres deslocam-se com a mesma velocidade. O suprimento de água é feito através de canal ou linha principal, dispostos no centro ou na extremidade da área. A água é succionada diretamente do canal, ou mangueiras são empregadas para conectar hidrantes da linha principal à linha lateral.A bomba desloca-se junto com toda a lateral, o que requer conexões elétricas mais complica ou a utilização de motores de combustão interna. É recomendado para áreas retangulares planas e sem obstrução
3.3. Irrigação localizada
Na irrigação localizada a água é aplicada sobre o solo em uma área restrita, preferencialmente debaixo da área sombreada pela copa da cultura ou perto do caule, buscando umedecer somente o volume de solo explorado pelo sistema radicular da planta. Esses sistemas utilizam pequenas vazões, quando comparados a outros sistemas de irrigação, devido o emprego de emissores com diâmetros de saída reduzidos submetidos a baixas pressões. Em função do tipo de emissor utilizado, os sistemas de irrigação localizada podem ser classificados em:
a. Sistema por gotejamento: O sistema de irrigação por gotejamento é usado para todas as fruteiras que são comercializadas e hortaliças, tais como tomate, pimentão, melão, melancia, abóbora e abóbora japonesa, entre outras. Como o gotejamento não molha as folhas, o seu uso ajuda a evitar doenças comuns nas hortaliças que se agravam com o molhamento da folha. O gotejamento é mais indicado para solo com mais argila do que para solo com mais areia. O gotejamento é o sistema de irrigação que mais economiza água, porque em um dado tempo sai pouca água mangueira de polietileno de 16 ou 18 mm pelos gotejadores. Essa quantidade de água que sai num dado tempo é chamada de vazão. Os gotejadores são os “botões” ou furos pelos quais a água sai da mangueira e molha o solo e os gotejadores mais encontrados nas casas de comércio são os de 1, 2, 4, 6 e 8 litros por hora. Em regiões onde ocorrem chuvas regulares em períodos de pelo menos quatro meses, é recomendável o uso de dois gotejadores por planta em uma única linha lateral, no caso da bananeira, mamoeiro, maracujazeiro; no caso de plantas de maior porte, pode se usar três gotejadores por planta, caso da mangueira e laranjeira, por exemplo. Já no sertão (semiárido) deve-se usar duas linhas laterais por fileira de plantas com pelo menos dois gotejadores por linha lateral, isto é, quatro gotejadores por planta ou mais. Os gotejadores podem ser comprados no comércio, sendo que nas condições de pressão da bomba mais baixa evitar o uso de gotejadores auto compensantes. Para um gotejador funcionar bem é necessária uma pressão equivalente a 7 metros ou mais de diferença de nível entre o reservatório e área a ser irrigada. 
b. Sistemas de microaspersão: O sistema de microaspersão usa microaspersores que jogam água em gotas como chuva, só que em uma pequena área em forma de um círculo. O raio de ação do microaspersor varia conforme a vazão e a pressão na tubulação. Os microaspersores de maior vazão têm maior raio de alcance da água e os de menores vazão, menores raios de alcance. Aconselha-se usar microaspersores de vazão acima de 40 l/hora.. 
Os microaspersores podem ser usados para diversas plantas, tanto fruteiras de maior espaçamento como manga, limão, laranja e acerola, como em fruteiras de espaçamento menor como bananeira e mamoeiro. Também é bem aceito em horticultura. Os microaspersores podem ser colocados um por planta, como é o caso de fruteiras de maior espaçamento, como mangueira, laranja e limão ou podem ser colocados um para duas plantas ou um para quatro plantas, como é o caso da bananeira e do mamoeiro. Se for colocar um microaspersor para quatro plantas, como é o caso da bananeira, adquirir microaspersores de vazão acima de 50 litros por hora, pois a água deve sempre chegar em volta das plantas para molhar suas raízes. O sistema de microaspersão pode ser instalado em qualquer tipo de solo, isto é, com muita areia ou com muita argila, ou com muito barro. Em solo ou terra muito arenosa esse sistema é um dos mais indicados. Os microaspersores podem ser comprados no comércio, sendo que nas condições de pressão da bomba mais baixa evitar o uso de microaspersores auto compensantes. Para um microaspersor funcionar bem é necessário uma pressão equivalente a 13 metros ou mais de diferença de nível entre o reservatório e área a ser irrigada.
3.4. Sistemas de subsuperfície 
Na irrigação de subsuperfície, a aplicação de água é realizada abaixo da superfície do solo, diretamente nas raízes das culturas, aproveitando a ocorrência do fenômeno de ascensão capilar, onde a água se eleva ao longo do perfil do solo por diferença de potencial total. Este tipo de aplicação é atingido com a utilização dos seguintes sistemas:
 Gotejamento Subterrâneo ou subsuperficial: Neste caso, as linhas de gotejamento são enterradas no solo às profundidades que permitam que a água aplicada atinja o volume explorado pelas raízes;
 Elevação do lençol freático: Esse sistema é empregado em áreas onde existe a ocorrência de camadas de impedimento subsuperficiais, que permite saturar o perfil do solo e controlar a profundidade do nível do lençol freático, deixando-o próximo às raízes das plantas. Esta condição é típica de locais com problemas de encharcamento. A elevação do nível freático pode ser atingida mediante o uso de estruturas de drenagem ou de linhas de irrigação enterradas.
Sistemas de subirrigação em ambientes protegidos: Além dos sistemas de campo, existem os sistemas utilizados em ambiente protegido que utilizam do princípio de aplicação de água diretamente nas raízes das culturas
4. Critérios básicos para seleção dos sistemas 
4.1 Recursos Hídricos 
Os recursos hídricos podem ser de natureza superficial (rios, lagos, represas, etc.) ou subterrânea (aquíferos freáticos ou confinados). Os principais parâmetros relativos aos recursos hídricos e suas implicações na seleção de sistemas de irrigação são: 
Potencial hídrico - Deve ser avaliado em função da vazão e do volume total disponível. A vazão disponível deve ser estimada utilizando-se critérios probabilísticos e o volume total em função da capacidade de armazenamento de água ou da necessidade de construção de reservatórios. A grandeza do potencial hídrico pode determinar a eficiência de irrigação necessária para que se possa irrigar toda a área. Necessitando-se de alta eficiência de irrigação, os sistemas por aspersão e microirrigação devem ser preferidos. 
Localização da fonte da água - A situação topográfica do recurso hídrico, em relação à área irrigada, tem grande influência no esquema de distribuição de água, no manejo e no custo do sistema de irrigação. Sempre que possível, a escolha do local de captação da água deve ser feita de forma a minimizar a altura de recalque e as distâncias de condução e distribuição, devendo-se preferir o fluxo por gravidade. A altura de recalque da água é um dos principais fatores relacionados ao consumo de energia; aumentando-se essa altura em relação à altura manométrica total, maiores deverão ser os níveis de eficiência dos sistemas de irrigação. 
Qualidade da água - É determinada pela quantidade e natureza do material sólido em suspensão e em solução. A quantidade de sólidos em suspensão pode limitar os sistemas de microirrigação. Essa exigência é menor em sistemas por aspersão e pouco significativa nos sistemas por superfície. Por outro lado, os sistemas de microirrigação possibilitam o uso de águas com maiores níveis de salinidade. Alto regime de umidade no solo reduz a concentração de sais na zona radicular e os perigos da salinidade, melhora a capacidade de manejar solos salinos ou sódicos, e possibilita a utilização de águas mais salinas na irrigação. Custo da água – Depende, primariamente, da disponibilidade, localização e qualidade da água. O maior custo da água exige maior eficiência de irrigação, o que pode ser mais facilmente obtido com sistemas de microirrigação e aspersão. Relativamente ao conceito, à gestão e à estrutura dos custos, convém distinguir entre os custos da água superficial e subterrânea. A água superficial tem sido considerada como um bem livre, cuja gestão é feita preferencialmente por entidades públicas, com custos de obtenção relativamente baixos, fundamentalmente vinculados aos gastos de uma obra pública. Poroutro lado, a água subterrânea tem tido um conceito de bem econômico e sua gestão tem sido feita principalmente por entidades privadas e seu custo é mais elevado, estando vinculado tanto aos investimentos quanto aos custos da energia e da mão-de-obra na gestão e distribuição. 
4.2. Solo
Os fatores do solo mais importantes para a seleção de sistemas de irrigação são: capacidade de água disponível, capacidade de infiltração, aeração, salinidade, profundidade efetiva e variabilidade espacial. 
Capacidade de água disponível - Todos os fatores que resultam em grande capacidade de água disponível do solo sem, contudo, restringir a aeração, tendem a favorecer o uso dos sistemas de irrigação por superfície, pelos quais é relativamente eficiente aplicar grandes volumes de água com baixa frequência. Reciprocamente, solos com baixa capacidade de água disponível requerem irrigações frequentes e com pequeno volume, o que pode ser mais bem atendido por sistemas de irrigação por aspersão e microirrigação. As propriedades do solo que afetam a capacidade de água disponível são: 
Profundidade efetiva – Solos pouco profundos sobre rochas, cascalho, camadas adensadas ou com lençol freático permanentemente alto, ou a presença de qualquer outra camada obstrutiva, têm uma pequena capacidade de água disponível. Estes solos não devem ser submetidos a operações de sistematização; mesmo pequenas profundidades de corte poderiam expor horizontes improdutivos, ou camadas compactadas, ou mesmo, o lençol freático. Nestes casos, a irrigação por sulcos e faixas de infiltração não são aconselháveis. Em condições de lençol freático elevado, a irrigação subterrânea deve ser considerada como uma das possibilidades viáveis. Apenas quando houver um sistema de drenagem subterrânea eficiente e a possibilidade de um controle rigoroso da quantidade de água aplicada é que a irrigação superficial pode ser aventada. Já a possibilidade de um controle efetivo da quantidade de água aplicada torna os sistemas de irrigação por aspersão e microirrigação mais adequados aos solos rasos. 
Textura - Define-se a textura pela distribuição das partículas de solo por tamanho. O Solo é chamado arenoso quando tem maior porcentagem de partículas com diâmetros entre 0,02mm e 2,0mm; limoso (ou siltoso), maior porcentagem de partículas entre 0,02mm e 0,002mm; argiloso quando predominam partículas com diâmetros inferiores a 0,002mm. A capacidade de campo e o ponto de murcha permanente estão relacionados com a textura do solo e constituem os principais fatores que afetam a disponibilidade de água. Tanto os solos arenosos quanto os muito argilosos têm um pequeno intervalo entre os limites superior e inferior de água disponível e, consequentemente, favorecem a utilização de sistemas de microirrigação e alguns sistemas de aspersão que possibilitam a aplicação frequente de água com baixo volume. Como as perdas de água, nos sistemas por superfície, estão relacionadas à percolação observada durante a fase de avanço e ao escoamento no final da parcela durante a fase de reposição, não se deve esperar por níveis satisfatórios de eficiência dos sistemas por sulcos ou faixas de infiltração nesses tipos de solo. Particularmente, a irrigação por inundação deve ser utilizada, preferencialmente, em solos mais argilosos, com baixa capacidade de infiltração. Os solos de textura mediana, tendo amplo intervalo de água disponível, são os mais apropriados a todos os sistemas de irrigação. O ideal seria que esses solos apresentassem as seguintes proporções entre as frações constituintes: 25% de água, 25% de ar, 45% de partículas minerais e 5% de matéria orgânica. 
Estrutura - A estrutura é definida pelo arranjo das partículas do solo. Um solo com estrutura granular é o mais conveniente para a agricultura, pela maior capacidade de armazenar e disponibilizar água e nutrientes para as plantas. Os solos bem estruturados têm argila em quantidade suficiente para formar aglutinados e permitir a irrigação por qualquer sistema. Por outro lado, solos sem estruturação, não agregados, de grãos simples, como os arenosos, dificultam o uso de sistemas de irrigação por superfície. 
Taxa de infiltração da água no solo - A taxa de infiltração é um fator básico de projeto para todos os métodos de irrigação. No caso de irrigação por sulcos e faixas, determina o comprimento ótimo da parcela para uma dada vazão de entrada e declividade do terreno. No caso de aspersão, a intensidade de aplicação de água determina o tamanho e a capacidade dos aspersores e o espaçamento entre eles. Em geral, baixas velocidades de infiltração de água no solo permitem maiores comprimentos das parcelas para irrigação por superfície, resultando sistemas mais econômicos e com maior flexibilidade para operações mecanizadas. Para terrenos em declive, a baixa velocidade de infiltração propicia o escoamento superficial, quando se utiliza irrigação por aspersão com intensidade de aplicação não compatível com a capacidade de infiltração, aumentando os riscos de erosão. Neste caso, a intensidade de aplicação de água dos aspersores não deve superar a velocidade de infiltração básica da água no solo. A aspersão convencional e a microaspersão permitem uma melhor compatibilização entre a intensidade de aplicação e a velocidade de infiltração. Já alguns sistemas de aspersão mecanizados, como o pivô central e o autopropelido, não permitem a mesma flexibilidade operacional e podem ser limitantes em solos com reduzida velocidade de infiltração. 
Reciprocamente, velocidade de infiltração elevada, típica de solos arenosos, representa um grande inconveniente à implantação de sistemas. 
Salinidade do solo - Os solos salinos ocorrem comumente em regiões áridas e semi-áridas, onde a precipitação é menor que a demanda evaporativa da atmosfera. Esse desequilíbrio produz acúmulo de sais solúveis no solo, nocivos às plantas, ao longo do tempo, podendo tornar o solo estéril. O acúmulo de sal no solo pode se intensificar se houver irrigação com água salina, principalmente na ausência um eficiente sistema de drenagem subterrânea. Pela análise química, pode-se avaliar a extensão dos problemas atuais e potenciais com salinidade do solo. Em locais cuja salinidade do solo constitui problema, a irrigação por sulcos e subterrânea deve ser evitada. Os sulcos possibilitam a formação de uma zona salina na distância intermediária entre eles, geralmente o local onde se desenvolvem as plantas. Se os sulcos forem construídos próximos, ou coincidindo com as linhas de plantio, a irrigação pode ser manejada para reduzir o efeito prejudicial do excesso de sais. 
4.3. Clima
Vento - A ocorrência de ventos fortes ou grandes variações de velocidade e direção constitui importante limitação à aspersão, pois diminui acentuadamente a uniformidade de distribuição de água por aspersores e microaspersores e pode reduzir a eficiência de aplicação. A uniformidade é mais prejudicada nos sistemas cujos aspersores operam estacionados, como na irrigação por aspersão convencional e rolamento lateral, ou nos sistemas que irrigam faixas relativamente grandes, como os aspersores autopropelidos. Para diminuir o efeito do vento na uniformidade de distribuição de água pode-se utilizar quebra-ventos, reduzir a distância entre aspersores ou a largura da faixa irrigada, ou irrigar somente quando a velocidade do vento é pequena. Porém, essas práticas aumentam consideravelmente o custo da irrigação. Os sistemas pivô central e deslocamento linear, com aspersores pouco espaçados, apresentam um desempenho menos influenciado pelo vento. Os sistemas de irrigação por superfície, subterrânea e por gotejamento não são prejudicados pela ocorrência de ventos e devem ser preferidos nestas condições. 
Temperatura e umidade relativa - Altas temperaturas e baixa umidade relativa têm efeito direto sobre as perdas de água por evaporação nos sistemas de aspersão. Estas perdas podem ser consideradas altas quando ultrapassam 15%. Alta temperatura e baixa umidade relativa também favorecem a perda de água pela planta, atravésda transpiração, requerendo a aplicação de lâminas de irrigação relativamente grandes. Deve-se considerar também a evaporação da água retida pela vegetação, quando se utilizam sistemas por aspersão, e perda direta do solo, na área não cultivada nas entrelinhas de plantio, principalmente em grandes espaçamentos. A caracterização desses processos como perda efetiva de água ainda é controvertida, porém é pouco provável que essa água apresente à planta o mesmo benefício da água absorvida pelas raízes. O problema aumenta de importância ao se considerar irrigação por aspersão com alta frequência e alto grau de pulverização, em que grande parte da lâmina aplicada pode ser interceptada pelo dossel vegetativo e não atingir o solo. As perdas de água por evaporação em irrigação por sulcos e faixas são pequenas e desprezíveis para o sistema por gotejamento; já na irrigação por inundação e microaspersão podem ser significativas. 
Precipitação - A importância da irrigação para a produção agrícola depende do regime de chuvas durante o período de desenvolvimento das culturas. Nas regiões onde é praticamente impossível obter alguma produção contando-se apenas com as chuvas, diz-se que a irrigação é obrigatória; sendo a irrigação necessária apenas para complementar ou suplementar a ação das chuvas, diz-se que a irrigação é suplementar. Quanto menor a quantidade de água necessária por irrigação, menos importante é essa prática para a atividade agrícola. O investimento de capital em irrigação deve ser compatível com a sua importância para a produção; assim, quando as chuvas contribuem com a maior parte da água necessária, menores deverão ser os investimentos com irrigação, justificando-se os sistemas de irrigação por superfície, desde que não sejam necessários grandes investimentos em sistematização, e a aspersão com equipamentos portáteis. 
Geadas - A irrigação muitas vezes é utilizada como uma técnica de proteção de plantas em regiões cujo de riscos de geadas é frequente durante a estação de crescimento das plantas. A irrigação por aspersão, desde que prudentemente utilizada, é um método efetivo para proteção das plantas contra geadas leves e intermitentes, especialmente em frutas e hortaliças. A razão de aplicação de água até a temperatura de – 4oC não precisa ser superior a 2 mm h-1. À medida que a temperatura torna-se mais baixa, e a velocidade do vento aumenta, a intensidade de aplicação de água deverá ser maior, podendo chegar a 15 ou 20 mm h-1 em condições de temperatura próximas de – 9oC e vento de 12 km h-1. Entre os sistemas de irrigação, somente a aspersão apresenta condições para proteção das plantas contra geadas menos severas. O inconveniente é que o sistema deve ser capaz de promover a aplicação de água simultaneamente a toda a área cultivada durante o período com temperatura inferior a 0oC e, para isso, o sistema deve ser dimensionado para esse fim. 
4.4. Cultura
Sistema de plantio - O sistema de irrigação por sulco adapta-se bem às culturas em linhas. Os sistemas de aspersão e gotejamento também são bem adaptados a esse sistema de cultivo. Quando o espaçamento entre linhas não comportar a confecção de sulcos, sem prejuízos à densidade de plantio, como se verifica nos cereais de pequeno porte (trigo, centeio, cevada) ou em algumas culturas olerícolas, pode-se adotar o sistema de irrigação por faixas, que também é bem adaptado às culturas semeadas a lanço. A irrigação por aspersão, por sua característica de aplicação de água em área total, adapta-se muito bem às culturas que ocupam toda superfície do terreno. Para frutíferas, que ocupam parcialmente a superfície do terreno, a irrigação por aspersão apresenta menor eficiência de aplicação de água, podendo ser vantajosamente substituída pelos sistemas de microirrigação. Mesmo a irrigação por sulcos pode ser mais eficiente que a aspersão, pois permite a localização da aplicação na região de interesse. 
Altura das plantas - As culturas de grande porte como milho, cana-de-açúcar e muitas culturas fibrosas requerem a colocação dos aspersores a uma altura compatível, aumentando o consumo de energia para proporcionar a aplicação de água acima da vegetação e reduzindo a uniformidade de distribuição de água e a eficiência de aplicação. Nestas condições, o deslocamento das tubulações nas mudanças de posições de linhas laterais, nos sistemas de aspersão portáteis, é muito dificultado, a não ser que se construam carreadores para favorecer essa operação. Culturas com altura superior a 3 m limitam a utilização dos sistemas tipo pivô central e deslocamento linear; o sistema rolamento lateral adapta-se somente a culturas rasteiras. Exceto a aspersão, todos os outros sistemas de irrigação não apresentam nenhuma restrição quanto ao porte da cultura. 
Profundidade do sistema radicular - As culturas com sistema radicular profundo são capazes de explorar maior volume de solo e, consequentemente, requerem irrigações menos frequentes e com maiores lâminas, comparativamente às culturas com raízes menos profundas. Culturas com sistema radicular profundo são mais eficientemente irrigadas por sistemas de irrigação por superfície; com raízes rasas, como por exemplo, a bananeira e cebola, requerem irrigações frequentes e leves, sendo, neste caso, mais eficientes os sistemas de irrigação por aspersão e microirrigação. 
Estádios de crescimento - Muitas culturas requerem irrigações leves e frequentes durante a germinação e em períodos subsequentes, quando ainda jovens com sistema radicular raso. Nesta condição os sistemas de irrigação por aspersão são mais convenientes, porém devem ser utilizados aspersores com baixa intensidade de aplicação e pequeno grau de pulverização para não facilitar a formação de crosta superficial e dificultar a germinação das sementes. Nos estádios de crescimento e maturação não há especial preferência por um sistema de irrigação e outros fatores podem determinar a escolha. Durante o período de colheita, algumas culturas não suportam molhamento da parte aérea, como por exemplo, o algodão, e isto limita o uso da aspersão
5. Conclusão 
Após a elaboração do presente relatório concluo que a irrigação possui um papel fundamental para o desenvolvimento agrícola, social e económico, existem para o efeito vários métodos de irrigar divindindo-se em superficial, subterrâneo e por aspersão.
Na irrigação superficial, a água escorre pela superficie de modo a infiltrar-se no solo para humedecimento da zona radicular da cultura.
Na irrigação subterrânea, a água é fornecida quer pela ascensão capilar a partir do lençol freático, quer através de flutuações deste, controladas.
E na irrigação por aspersão, a água é distribuida sob a forma de precipitação que depois se infiltra no solo.
A irrigação tem por objectivo, tendo em conta as condições topográficas da região, o tipo de solo e a cultura, manter o solo a uma humidade optima para o desenvolvimento da cultura, devendo o método escolhido ser o mais económico.
6. Referencias Bibliográficas 
· Eng. ENGELEN, J.W. & Eng. BRITO, Rui, Apontamentos de Rega e Drenagem, FACULDADE DE AGRONOMIA UEM, 	Feverreiro, 1982;
· TESTEZLAF Roberto, IRRIGAÇÃO- Métodos, sistemas e aplicações: UNICAMP, 2017;ssss
· CASTRO Nilza, Apostila de Irrigação: Setembro, 2003;
· COELHO Eugenio, PARIZOTTO Ildos, SILVA Alisson- Sistema e manejo de Irrigação de baixo custo para agricultura familiar: Cruz das Palmeiras, 2014.
Elaborado por: Italino C. Mbazima5

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