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Aula 3 ao 9 mes

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10/10/2023
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SDE0028 – Histologia e Embriologia
Aula 9: 3º ao 9º mês – período fetal
• Durante o período embrionário: ser unicelular 
de 0,1mm ser multicelular: coração 
funcionando desde a terceira semana, sugando 
o dedo e medindo 3 cm: crescimento na ordem 
de 300 vezes!
• Durante o período fetal:9a a 40a semana: cresce 
17 vezes (comprimento de 50 cm)
Ghelman, 2000
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO 
FETAL
Histologia e Embriologia
AULA 9: INTRODUÇÃO À HISTOLOGIA E TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO
Introdução
No fim do período embrionário, na oitava semana, o embrião adquire um aspecto
humano, então passa a ser denominado, ao iniciar o terceiro mês (na nona semana),
de feto.
O desenvolvimento durante o período fetal está relacionado com a diferenciação dos
tecidos e órgãos que surgiram durante o período embrionário e com o crescimento
do corpo, diminuindo a diferença entre a cabeça e o corpo. No fim do primeiro
trimestre, o comprimento vértice-nádega do feto é igual ao da largura da palma da
mão.
Histologia e Embriologia
AULA 9: INTRODUÇÃO À HISTOLOGIA E TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO
A língua começa a se formar e
o trato gastrointestinal se
separa do trato
genitourinário.
É nesta fase que o coração
atinge uma freqüência
máxima com
aproximadamente 170 bpm.
Histologia e Embriologia
AULA 9: INTRODUÇÃO À HISTOLOGIA E TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO
10 º semana – 8º semana de fecundação
O bebê mede em torno de 30 mm.
Pesa aproximadamente 35 g.
A face fetal, no ultrassom, fica bem
definida em perfil. O tórax e abdome
também ganham boa evidência. Os
membros são facilmente observados em
estado de flexão, com as pernas quase
sempre entrecruzadas. Podem-se
observar claramente mãos e pés. A
genitália externa está começando a se
formar.
Histologia e Embriologia
AULA 9: INTRODUÇÃO À HISTOLOGIA E TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO
11 º semana – 9º semana de fecundação
Mede em torno de 50 mm. Pesa
aproximadamente 45 g.
Começa a aparecer o estômago e a
bexiga. O bebê agora fica mais ativo,
podendo inclusive chutar; mas a mamãe
ainda não pode senti-lo.
A placenta e o cordão umbilical estão
assumindo suas funções.
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12 º semana – 10º semana de fecundação
 o útero já é palpável acima da 
sínfise pubiana
 Tamanho do feto : 6 – 7 cm / 13 g
 Aparecem os centros de 
ossificação 
 Diferenciação dos dedos 
 Desenvolvimento do nariz e pele 
 Cabelos rudimentares 
 Genitália externa começa a se 
definir 
 Iniciam movimentos espontâneos 
12 º semana – 10º semana de fecundação
O cérebro já pode transmitir mensagens. 
Os movimentos são mais fortes. As 
pálpebras se fecham e não reabrirão antes 
da 26ª semana, aproximadamente. 
A visualização do sexo fetal nesta fase já é 
possível pelo ultrassom, mas como se 
baseia na inclinação do tubérculo genital 
em relação ao plano da coluna vertebral, 
será sempre prudente a confirmação no 
4º ou 5º mês. 
Feminino menor que 30°Masculino maior que 60°
13 º semana – 11º semana de fecundação
Pesa aproximadamente 73 g. 
Os principais órgãos estão funcionando. O 
fígado secreta bile, e o pâncreas, insulina.
A ossificação da coluna vertebral é nítida. 
14 º semana – 12º semana de fecundação
Pesa em torno de 93 g. 
O bebê já pode sorrir e franzir a testa. 
Começa a exercitar a respiração, a sugar e 
a engolir. 
Os rins estão funcionando. 
O fígado já produz glóbulos vermelhos. 
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15 º semana – 13º semana de fecundação
Pesa aproximadamente 117 g.
Sua cabeça ainda mede cerca de metade do
comprimento do corpo.
O corpinho começa a ser revestido pelo lanugo
(pelinhos finos e curtos).
A partir desta semana o sexo já pode ser definido, mas
dependerá da posição, do aparelho com boa definição
de imagem e da experiência do profissional que realiza
o exame.
Na 16ª semana de gestação - ele já
tem quase todos os órgãos
desenvolvidos.
Agora o bebê já cresceu tanto que
não pode ser visto inteiro no visor do
ultrassom. É estudado por partes.
Todas as articulações já se movem.
Os olhos ainda estão fechados, mas
as mãos e os pés começam a mover-
se, embora sua mãe quase não
perceba.
17 º semana – 15º semana de
fecundação
Pesa aproximadamente 181 g. 
Agora iniciam-se as matrizes das 
unhas nos dedos das mãos e 
pés. 
A movimentação do bebê é 
intensa, mas a mãe ainda não 
consegue percebê-lo bem. 
Introdução
Imagem por 
ultrassonografia de 
feto com 17 
semanas. Cortesia de 
Denise Schiel 
Santiago
Na 18ª - 16ª semana da fecundação
Mede em torno de 22 cm. Pesa
aproximadamente 220 g.
Nos bebês femininos, os ovários estão 
diferenciados e nos masculinos os 
testículos iniciam sua descida para a 
bolsa escrotal. 
As glândulas sudoríparas se 
desenvolvem. 
19 º semana – 17º semana de
fecundação
Mede em torno de 24,4 cm. Pesa 
aproximadamente 275 g. 
Os sistemas circulatório, 
digestivo e urinário já estão 
funcionando harmoniosamente. 
O bebê deglute regularmente 
líquido amniótico e urina líquido 
estéril. Agora você poderá 
começar a sentir pequenos 
chutes. O vérnix caseoso, uma 
proteção cremosa para a pele, 
está se formando. 
Na 20ª - 18ª semana da fecundação
Mede em torno 26,2 cm. Pesa 
aproximadamente 330 g. 
A partir desta semana a maioria das 
gestantes sente as movimentações do 
bebê. Sobrancelhas, cílios e mamilos 
começam a aparecer. 
21 º semana – 19º semana de
fecundação
Mede em torno de 28 cm. Pesa
aproximadamente 400 g.
A face do bebê é rosada e enrugada. O lanugo
começa a ser substituído por pelos mais
grossos.
Obs: Da 21ª até a 24ª semana considera-se o
melhor período para o exame MORFOLÓGICO
FETAL, pelo qual todos os órgãos serão
detalhadamente avaliados. É um exame
específico para rastreamento de malformações
fetais.
Na 20ª - 18ª semana da fecundação
Mede em torno 26,2 cm. 
Pesa aproximadamente 330 g. 
A partir desta semana a maioria das 
gestantes sente as movimentações do 
bebê. 
Sobrancelhas, cílios e mamilos 
começam a aparecer. 
21 º semana – 19º semana de fecundação
Mede em torno de 28 cm. Pesa aproximadamente 400
g.
A face do bebê é rosada e enrugada. O lanugo começa a
ser substituído por pelos mais grossos.
Obs: Da 21ª até a 24ª semana considera-se o melhor
período para o exame MORFOLÓGICO FETAL, pelo qual
todos os órgãos serão detalhadamente avaliados. É um
exame específico para rastreamento de malformações
fetais( circulação fetal, placentária (cordão umbilical) e
materna (artérias uterinas).
Neste período a confirmação do sexo fetal deverá
ocorrer com total segurança.
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22 º semana – 20º semana de fecundação 
Mede em torno de 29 cm. 
Pesa aproximadamente 470 g. 
As unhas já estão presentes. 
23 º semana – 21º semana de fecundação
Mede em torno de 30,5 cm.
Pesa aproximadamente 560 g.
Agora já está mais forte, podendo chutar
com mais vigor. Já pode segurar com as
mãos e dar cambalhotas.
24 º semana – 22º semana de fecundação
Pele enrugada / deposição de gordura
Cabeça grande, olhos reconhecíveis
Período canalicular:
desenvolvimento de brônquios e
bronquíolos já é quase completo
Se nascer : tentará respirar, mas muitos
morrem pois alvéolos não estão formados
24 º semana – 22º semana de fecundação
Nesta etapa já 
mexe os 
braços e as 
pernas, 
pisca os 
olhos, chupa 
os dedos e, 
inclusive, tem 
seus 
primeiros 
acessos de 
soluço. 
26 º semana – 24º semana de fecundação
Mede em torno de 35,6 cm. Pesa
aproximadamente 915 g.
A pele vai ficando mais espessa e opaca.
As terminações nervosas responsáveis pelo
gosto aparecem na língua e nas bochechas. A
dentição começa nesta fase. Os intestinos
apresentam os primeiros movimentos
peristálticos.
O sistema auditivo já está funcionando. Reage
aos ruídos externos.
27 º semana – 25º semana de fecundação
Mede em torno de 37,4 cm. 
Pesa aproximadamente 1.050 g. 
As funções cerebrais estão mais sofisticadas. 
As pálpebras já se abrem. Assim, percebe a 
diferença de luminosidade se você está em um 
ambiente escuro ou claro; mas não ficacom os 
olhos abertos por muito tempo, apenas dá 
umas ”espiadinhas”. 
Bocejando
27 º semana – 25º semana de fecundação
Suas impressões digitais são agora bem 
definidas, tanto nas mãos como nos pés. 
Dependendo da intensidade, ouve o som da 
música e até o barulho da rua. 
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28 º semana – 26º semana de fecundação 
Mede em torno de 38,6 cm. 
Pesa aproximadamente 1.210 g. 
Com o aumento do peso corporal e a 
musculatura mais desenvolvida, o bebê 
continua bem ativo. 
29 º semana – 27º semana de fecundação
Mede em torno de 39,8 cm. 
Pesa aproximadamente 1.380 g. 
A penugem (lanugo) agora vai 
desaparecendo, ficando apenas nas costas 
e nos ombros. 
30 º semana – 28º semana de fecundação 
Mede em torno de 41 cm. 
Pesa aproximadamente 1560 g. 
O espaço do útero vai diminuindo, 
restringindo seus movimentos.
Normalmente após este tempo o bebê já 
fica na posição cefálica, ou seja, de ponta 
cabeça, que é a posição correta. 
31 º semana – 29º semana de fecundação
Mede em torno de 42,2 cm. 
Pesa aproximadamente 1.750 g. 
As unhas dos dedos das mãos já cobrem 
todo o leito ungueal. 
Os núcleos de ossificação do fêmur estão 
presentes, indicando amadurecimento 
ósseo adequado. 
32 º semana – 30º semana de fecundação 
Mede em torno de 43,5 cm. 
Pesa aproximadamente 1.950 g. 
Começam as contrações fisiológicas do 
útero, preparando-se lentamente para o 
trabalho de parto. Você pode sentir a 
barriga “endurecer” por curtos períodos 
de tempo. São contrações muito leves e 
não rítmicas. 
A temperatura corporal do bebê é 
parcialmente autocontrolada. 
33 º semana – 31º semana de fecundação
Mede em torno de 44,5 cm. 
Pesa aproximadamente 2.160 g. 
A penugem que cobria o corpo continua 
desaparecendo. 
O bebê começa a armazenar ferro, cálcio e 
fósforo. Afinal precisa de reservas para 
enfrentar a vida fora do útero. 
34 º semana – 32º semana de fecundação 
Mede em torno de 45,7 cm. 
Pesa aproximadamente 2.380 g. 
O vérnix caseoso que reveste a pele para 
protegê-la está espesso e a lanugem 
(lanugo) quase não existe mais. 
35 º semana – 33º semana de fecundação
Mede em torno de 46,5 cm. 
Pesa aproximadamente 2.590 g. 
De agora em diante o crescimento será 
mais lento mas contínuo e continuará a 
engordar. 
Os pulmões começam a produzir 
“surfactante”, uma substância que faz com 
que eles sequem para deixarem de ser 
imaturos. 
36 º semana – 34º semana de fecundação 
Mede em torno de 47,4 cm. 
Pesa aproximadamente 2.815 g. 
Agora se espera que a barriga da mãe vá 
“abaixando”, à medida que o bebê encaixe 
mais. 
É comum a preocupação das mães em 
relação ao cordão umbilical enrolado no 
pescoço. 
37 º semana – 35º semana de fecundação
Mede em torno de 48,4 cm. 
Pesa aproximadamente 3.020 g. 
O bebê ainda está em processo de ganho 
de massa corporal, mas ao final desta 
semana já é considerado maduro. 
Caso o trabalho de parto comece 
espontaneamente, o recém-nascido não 
será prematuro. 
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38 º semana – 36º semana de fecundação
Mede em torno de 49,2 cm. 
Pesa aproximadamente 3.230 g. 
As contrações uterinas ainda não rítmicas 
continuam, preparando o útero para o 
trabalho de parto. 
Fique atenta às movimentações do bebê e à 
eventual perda de líquido. 
39 º semana – 37º semana de
fecundação
Mede em torno de 49,8 cm. 
Pesa aproximadamente 
3.400 g. 
Os pulmões estão 
completamente maduros, e 
continuam os movimentos 
respiratórios para enfrentar 
o contato com o ar ao 
nascer 
40 º semana – 38º semana de fecundação
Mede em torno de 50 cm. 
Pesa aproximadamente 3.500 g. 
Ao final desta semana ocorrerá o parto. 
Parabéns! Seu bebê cresceu de apenas uma pequena 
célula para mais de 200 milhões. 
Em alguns casos a duração da gestação pode ser 
superior a 40 semanas, mas o acompanhamento 
médico é fundamental neste período para garantir o 
bem-estar tanto da mãe como do bebê. 
O nascimento ocorre 266 dias (38 semanas) após a fertilização. O hipotálamo do feto
dá início ao trabalho de parto pela secreção do hormônio liberador de corticotrofina, o
qual estimula a hipófise anterior a produzir adrenocorticotrofina. Esse hormônio
provoca a secreção de cortisol pelo córtex da adrenal.
O cortisol está envolvido na síntese de estrógenos. O aumento de estrógeno
estimula a liberação de oxitocina pela hipófise posterior e a síntese de prostaglandinas
pela decídua. Essas substâncias provocam a contratilidade do miométrio.
As contrações uterinas, inicialmente espaçadas, forçam um cone de âmnio, com o
córion liso que o envolve, para dentro do canal cervical, o qual responde com uma
lenta dilatação. O tampão mucoso que fechava o canal cervical desprende-se.
Eventos do período fetal
temperatura corporal do recém-nascido.
3° mês: crescimento do corpo; ossificação; definição da genitália; produção de
urina; o feto começa a se mover, mas a mãe não sente devido ao seu pequeno
tamanho
4° mês: crescimento do corpo; ossificação; nos ovários, há a formação dos folículos
primordiais; presença dos cabelos, cílios, lanugo e verniz caseoso;o feto chupa o
dedo
5° mês: os movimentos do feto são reconhecidos pela mãe; surgimento do tecido
adiposo multilocular, especializado na produção de calor, o que ajudará a manter a
temperatura corporal do recém-nascido.
Eventos do período fetal
6° mês: formação do tecido adiposo unilocular, com consequente ganho de peso; 
produção de surfactante; eritropoese no baço; reabertura das pálpebras.
7° mês: o sistema nervoso central amadureceu até o estágio no qual ele pode 
dirigir os movimentos rítmicos da respiração e controlar a temperatura do corpo; 
eritropoese começa a ocorrer na medula óssea; devido ao formato do útero e ao 
peso do feto, ele fica de cabeça para baixo; começa a descida dos testículos para o 
escroto.
8° mês: orientação espontânea à luz.
9° mês: aperta a mão firmemente; perda do lanugo.
Gêmeos: depende da divisão completa do embriobasto em dois; divisão 
incompleta: gêmeos siameses
Gêmeos monozigóticos ou idênticos
(30% dos tipos de gemiparidade)
Gêmeos Siameses:
Toracopagos (40%) – unidos pelo tórax
Xifópagos (34%) – unidos pela parede anterior do abdome
Pigopagus (18%) – unidos pelas nádegas
Ischiopagos (6%) – unidos pelo ísquio
Craniopagos (2%) –unidos pela cabeça.
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Fetos de gêmeos xifópagos, cujo esqueleto foi corado pela Alizarina vermelha 
(Fotografia pertencente ao acervo do Departamento de Ciências Morfológicas, 
UFRGS).
Gato natimorto com uma cabeça e dois troncos.
Placentação
Durante a gravidez, o endométrio é
designado como decídua (deciduus,
uma queda), porque é a camada do
útero que irá descamar no parto.
Conforme a sua localização, a
decídua pode ser subdividida em:
decídua basal, que está entre o
embrião e o miométrio; decídua
capsular, que está entre o embrião e
a luz do útero, e decídua parietal,
que é o restante da decídua
Com o crescimento do embrião, a
decídua capsular faz saliência na
cavidade uterina e funde-se com a
decídua parietal, obliterando a luz do
útero. A decídua capsular degenera e
desaparece
- Corte sagital do útero gravídico de quatro e nove semanas e de cinco meses: DB – decídua basal; DC –
decídua capsular; DP – decídua parietal; SC – saco coriônico; SA – saco amniótico; SV – saco vitelino;
CV – córion viloso; CL – córion liso. Baseado em Moore, K. L. Embriologia básica. 2.ed. Rio de Janeiro:
Interamericana, 1984. p.79.
Placentação
A placenta é constituída pela
decídua basal e pelo córion viloso,
portanto, tem um componente
materno e outro fetal.
O termo placenta vem do grego
plakous, que significa bolo
achatado. A partir do quarto mês, o
córion viloso divide-se em 10 a 38
áreas de grupos de vilosidades,
chamadas cotilédones.
No término da gestação, a
placenta mede cerca de 20cm de
diâmetro e 3cm de espessura e
pesa 500g
Cerca de 30min após o nascimento, a placenta é expulsa. A sua integridade
deve ser conferida pelo profissional de saúde. A retenção no útero de parte
dos cotilédones causa infecção e hemorragia.
PlacentaçãoDrogas, como álcool e cocaína; gases tóxicos, como o monóxido de carbono e o dióxido de carbono; vírus, como o vírus da
rubéola e o citomegalovírus; a bactéria Treponema pallidum da sífilis, e o protozoário Toxoplasma gondii atravessam a placenta
e prejudicam o desenvolvimento.
O álcool afeta a formação da face e do sistema nervoso, o crescimento e o ganho de peso. A cocaína provoca aborto espontâneo,
malformações do sistema nervoso, retardo no crescimento, parto prematuro e distúrbios comportamentais, como déficit de
atenção.
O vírus da rubéola pode causar surdez (pela lesão do órgão de Corti, estrutura responsável pela audição, presente no ducto
coclear), catarata e glaucoma congênitos e defeitos cardíacos. A infecção pelo citomegalovírus no primeiro trimestre provoca
frequentemente aborto espontâneo e, no período fetal mais avançado, pode resultar em retardo no crescimento intrauterino,
cegueira, distúrbios de audição, neurológicos e neurocomportamentais. O T. pallidum causa surdez congênita, defeitos na face e
no palato, hidrocefalia, anormalidades nos dentes e nos ossos e retardo mental. Quando a mãe não é tratada, ocorrem
natimortos em cerca de um quarto dos casos. A infecção pelo T. gondii pode afetar o desenvolvimento do cérebro e dos olhos e
levar à morte fetal.
Anticorpos maternos, principalmente IgG, são transportados para o feto por endocitose, o que protege o recém-nascido de
algumas doenças comuns na infância, como a varíola, a difteria e o sarampo.
Placentação
A placenta produz hormônios, como hCG, a progesterona, o estrógeno e a
somatomamotrofina coriônica (ou lactogênio placentário humano). A síntese de
estrógeno, entretanto, envolve enzimas presentes também nas adrenais e no
fígado do feto.
A hCG, além de sustentar o corpo lúteo gravídico, estimula a secreção das células
de Leydig no feto do sexo masculino de testosterona, o qual promove a
diferenciação da genitália externa masculina e a descida dos testículos para o
escroto.
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Placentação
A progesterona mantém a decídua, inibindo a contratilidade do miométrio e
desenvolve as glândulas mamárias para a lactação.
O estrógeno aumenta o útero e a genitália externa da mãe, estimula o
crescimento dos ductos mamários e relaxa os ligamentos pélvicos, o que facilita o
parto.
A somatomamotrofina coriônica, que tem uma estrutura similar ao hormônio de
crescimento, influencia o crescimento, a lactação e o metabolismo da glicose e
dos lipídios da mãe. A mãe utiliza a gordura para obter energia, e a glicose fica
disponível para o filho.
Saco e liquido aminiótico e saco vitelino
O saco amniótico é formado pela
membrana amniótica (ou ectoderma
extraembrionário) e pelo mesoderma
extraembrionário somático.
O líquido amniótico é, portanto, urina
hipotônica: 98 a 99% de água e 1 a 2% de
solutos, como proteínas, enzimas,
carboidratos, lipídios, hormônios,
vitaminas e eletrólitos
Saco e liquido aminiótico
O líquido amniótico protege o feto do
dessecamento, de choques mecânicos e de
infecções, permite a sua movimentação e
evita a aderência da pele. Ainda ajuda a
controlar a temperatura corporal, mantendo-
a relativamente constante.
O líquido amniótico também é absorvido
pelos pulmões e, durante o parto, é
eliminado pela boca e pelo nariz através da
pressão exercida sobre o tórax.
Saco vitelino
O saco vitelino é formado pela membrana de Heuser (o endoderma extraembrionário originado pelo hipoblasto) e
pelo mesoderma extraembrionário esplâncnico. A presença de vasos sanguíneos no mesoderma extraembrionário
sustenta troficamente esse anexo embrionário.
Antes da circulação placentária ser estabelecida, nutrientes, como ácido fólico e vitaminas A, B12 e E, são
concentrados no saco vitelino e absorvidos por endocitose. Ainda nele proliferam dois tipos celulares importantes: as
células sanguíneas e as células germinativas primordiais.
Na segunda semana, o embrião é constituído pelo
epiblasto (E) e hipoblasto (H). As células do hipoblasto
migram e revestem a blastocele (B), originando o
endoderma extraembrionário do saco vitelino (SV). As
células do epiblasto originam o ectoderma
extraembrionário do saco amniótico (SA). Entre o
endoderma extraembrionário e o citotrofoblasto (CT), é
depositado o retículo extraembrionário (RE). ST –
sinciciotrofoblasto.
Assuntos da próxima aula:
1. Introdução à histologia e tecido 
epitelial de revestimento

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