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www.cers.com.br 1 www.cers.com.br 2 3 Exemplos de Débitos e Créditos. Atos Administrativos e Fatos Contábeis. Fatos Permutativos e Modificativos. Lançamento. Razonetes. Balancetes de Verificação. EXEMPLOS DE DÉBITOS E CRÉDITOS EM CONTAS CONTÁBEIS Preencha as lacunas a seguir com “débito” ou “crédito” e os respectivos valores: a) Uma empresa adquiriu R$ 10.000 em mercadorias, mediante transferência bancária. Nesse caso, deverá fazer um ____________ de R$_________ na conta Mercadorias e um _____________ de R$__________ na conta Bancos. b) Uma empresa adquire veículo de R$ 60.000, financiando 100% do bem. Nesse caso, deverá fazer um ____________ de R$__________ na conta Financiamentos e um ____________ de R$__________ na conta Veículos. c) Uma empresa adquiriu uma máquina no valor de R$ 250.000, pagando metade à vista e metade financiada. Nesse caso, deverá fazer um ______________ de R$___________ na conta Máquinas e Equipamentos; um ______________ de R$ __________ na conta Bancos e um ________________ de R$___________ em Financi- amentos. d) Dois amigos resolver abrir um empresa LTDA juntos, com um capital social de R$ 100.000. No momento da assinatura do contrato social, deverá ser feito um ______________ de R$___________ na conta Capital Social e um ______________ de R$ __________ na conta Capital a Integralizar. e) No caso anterior, um dos sócios integraliza R$ 30.000 em dinheiro. Deve ser feito um ______________ de R$___________ na conta Capital a Integralizar e um ______________ de R$ ___________ em Caixa ou Bancos. f) Uma empresa vende à vista um veículo de valor contábil de R$ 50.000, pelo valor de R$ 60.000. Nesse caso, deverá ser feito um ______________ de R$___________ na conta Veículos; um ______________ de R$___________ em Caixa ou Bancos; e um ________________ de R$____________ em Receita na Venda de Bens do Ativo Imobilizado. g) Uma empresa vende à vista um veículo de R$ 90.000, com depreciação acumulada de R$ 60.000, pelo valor de R$ 20.000. Nesse caso, deverá ser feito um ______________ de R$___________ na conta Veículos; um ______________ de R$___________ em Depreciação Acumulada; um ______________ de R$___________ em Caixa ou Bancos; e um ________________ de R$____________ em Receita na Venda de Bens do Ativo Imobilizado. ATOS ADMINISTRATIVOS E FATOS CONTÁBEIS ADMINISTRATIVO O ato administrativo não produz de imediato qualquer alteração no Patrimônio e normalmente não é registrado na contabilidade. Se contabilizado, o é em contas de compensação. Exemplos: assinatura de contrato, admissão de empregados, aval e fiança em favor de terceiros. FATO CONTÁBIL O fato contábil (também chamado de fato administrativo) causa uma modificação quantitativas e/ou qualitativas no patrimônio da entidade. Podem ser permutativos ou modificativos. a) Fatos permutativos. Os fatos contábeis permutativos somente alteram a composição do patrimônio, causando uma permuta (troca) de valores em contas do ativo, passivo ou patrimônio líquido, não causando uma variação no valor do patrimônio líquido. Por somente alterarem a composição do patrimônio, produzem o que se chama de alteração qualitativa do mes- mo. www.cers.com.br 3 Exemplos de fatos permutativos: compra de bens, resgate de uma aplicação financeira, pagamento de uma dupli- cata. b) Fatos modificativos. Os fatos modificativos alteram o valor do patrimônio líquido, produzindo as chamadas variações quantitativas. Sempre envolvem pelo menos uma receita ou uma despesa. Os fatos modificativos, por sua vez, podem ser simples ou compostos, podendo ainda ser aumentativos ou dimi- nutivos. Serão simples se envolverem somente uma conta patrimonial e uma receita ou despesa. Se envolverem receita, serão aumentativos. Se envolverem despesa, serão diminutivos. Serão compostos (ou mistos) se envolverem pelo menos duas contas patrimoniais e também uma receita ou des- pesa. Se envolverem receita, serão aumentativos. Se envolverem despesa, serão diminutivos. Vamos fazer um resumo disso: LANÇAMENTO Lançamento contábil é o registro em contas de um fato contábil (contas patrimoniais e resultado) ou de ato admi- nistrativo (compensação). O processo de lançamento de atos ou fatos contábeis é chamado de escrituração. Todos os registros em contabilidade são feitos por meio de lançamentos. Métodos de Escrituração. Historicamente, foram dois os métodos utilizados para escrituração: • Método das Partidas Simples: também denominado unigrafia, não é mais utilizado. • Método das Partidas Dobradas: criado por Luca Pacioli, é utilizado atualmente, e é bilateral, isto é, em cada lan- çamento, para cada débito deve haver pelo menos um crédito, e vice-versa, e a soma dos débitos deve ser igual à dos créditos. Também é chamado de digrafia. Nele, cada lançamento tem pelo menos duas “pernas”: uma que debita determina conta e uma que credita outra conta. Pode haver mais de um débito ou crédito, porém a soma de todos os débitos deve ser igual a dos créditos. Elementos Essenciais do Lançamento. Todo lançamento deve trazer os seguintes elementos essenciais: a) Local e data b) Conta(s) debitada(s) c) Contas(s) creditada(s) d) Histórico (descrição sucinta da operação realizada) e) Valor Exemplos: a) Uma empresa adquiriu R$ 10.000 em mercadorias, mediante transferência bancária. b) Uma empresa vende à vista um veículo de valor contábil de R$ 50.000, pelo valor de R$ 60.000. Plano de Contas As contas usadas nos lançamentos devem constar do Plano de Contas da entidade, que é um documento que traz a relação das contas contábeis e informações adicionais, como sua finalidade, a natureza de seu saldo, se é analítica ou sintética, etc. Fórmulas de Lançamento Existem 4 (quatro) fórmulas de lançamentos, de acordo com o número de contas debitadas e de contas credita- das: a) Lançamentos de 1ª fórmula: www.cers.com.br 4 Caracterizam-se por serem compostos por 1 (uma) conta debitada e 1 (uma) conta creditada. É o tipo de lança- mento mais simples. Ex.: compra de veículo à vista, no valor de R$ 25.000,00 D – Veículos......................R$ 25.000,00 C – Caixa...........................R$ 25.000,00 b) Lançamentos de 2ª fórmula: Apresentam somente 1 (uma) conta debitada e mais de uma creditada. Ex.: recebimento de duplicata de R$ 5.000 com juros de 10%. D – Caixa................................. R$ 5.500 C – Duplicatas a Receber.......... R$ 5.000 C – Juros Ativos ....................... R$ 500 c) Lançamentos de 3ª fórmula: Mais de 1 (uma) conta debitada e somente 1 (uma) creditada. Ex.: pagamento de duplicata de R$ 10.000 com juros de 5%. D – Duplicatas a Pagar..............R$ 10.000 D – Juros Passivos..................... R$ 500 C – Caixa...................................R$ 10.500 d) Lançamentos de 4ª fórmula: Mais de 1 (uma) conta debitada e mais de 1 (uma) conta creditada. Ex.: Venda à vista por R$ 8.000 máquina de valor original de R$ 10.000 e depreciada em R$ 4.000. D – Caixa........................................... R$ 8.000 D – Depreciação Acumulada............. R$ 4.000 C – Máquinas e Equipamentos.............R$ 10.000 C – Receita Venda Bens Ativo Imobil... R$ 2.000 OBSERVAÇÃO Além da forma que vimos, que é a mais comum, os lançamentos podem ser representados de outra forma, apon- do-se a preposição “a” antes da conta creditada. No caso de débito ou crédito em mais de uma conta, usa-se a expressão “diversos”. Vejamos os exemplos a seguir: a) Empresa adquire R$ 10.000 em mercadorias, mediante transferência bancária. Mercadorias a Bancos 10.000 b) Empresa vende à vista um veículo de valor contábil de R$ 50.000, pelo valor de R$ 60.000. Bancos a Diversos a Veículos 50.000 a Ganho de Capital 10.000 60.000 c) Pagamento de duplicata à vista de R$ 10.000 com juros de 5%. Diversosa Caixa Duplicatas a Pagar 10.000 Juros Passivos 500 10.500 d) Venda à vista por R$ 8.000 de máquina de valor original de R$ 10.000 e depreciada em R$ 4.000. Diversos a Diversos Bancos 8.000 Depreciação Acumulada 4.000 a Veículos 10.000 a Ganho de Capital 2.000 12.000 www.cers.com.br 5 RAZONETES Razonetes são representações gráficas dos lançamentos feitos em uma conta, normalmente acompanhados dos saldos inicial e final da conta. Facilitam o entendimento da evolução do saldo da conta. Seu nome deriva da denominação do “Livro Razão”, que é um livro que controla os saldos em lançamentos feitos em cada conta contábil. Exemplos: 1) Montar razonetes das contas envolvidas nos fatos contábeis abaixo: a) Compra de Mercadorias em dinheiro, no valor de R$ 3.000; b) Pagamento de uma conta de energia elétrica, em dinheiro, no valor de R$ 500; c) Recebimento de duplicata, em dinheiro, no valor de R$ 1.00 2) Montar razonetes das contas envolvidas nos fatos contábeis abaixo: a) Compra a prazo de mercadorias, no valor de R$ 5.000; b) Pagamento de uma compra a no valor de R$ 4.000; c) Pagamento antecipado de uma compra a prazo, com desconto de 10%. 3) Montar razonete de Duplicatas a Receber de janeiro de 201X, com as informações: a) saldo da conta em 01.01.201X: $ 5.000 b) recebimento duplicata: $ 1.000 c) emissão duplicata contra cliente: $ 500 d) baixa duplicata não recebida: $ 1.500 CORREÇÃO DE LANÇAMENTOS Há três técnicas para correção de lançamentos: a) estorno; b) transferência; c) modificação. a) Estorno: técnica que sempre pode ser usada, consiste na anulação do lançamento errado, como a realização de um lançamento “invertido”, debitando-se as contas creditadas e creditando-se as debitadas no lançamento errôneo. b) Transferência: técnica que pode ser usada quando houver erro nas contas utilizadas. c) Complementação: técnica que pode ser usada quando houver erro no valor do lançamento. ARRENDAMENTO MERCANTIL FINANCEIRO Conceito O CPC 06 estipula que o contrato de arrendamento transmite o direito de controlar o uso de ativo por um certo tempo em troca de contraprestação. Para avaliar se o contrato transfere o direito de controlar o uso de ativo identificado por um período de tempo, a entidade deve avaliar se, durante todo o período de uso, o cliente possui o seguinte: a) o direito de obter substancialmente todos os benefícios econômicos do uso dos ativos identificados; e b) o direito de direcionar o uso dos ativos identificados. Intervenientes a) Arrendador: quem possui a propriedade jurídica do bem e que o aluga ao arrendatário; b) Arrendatário: quem possui a posse do bem e o utiliza pelo prazo previsto no contrato, mediante contrapresta- ção. www.cers.com.br 6 MODALIDADES DE ARRENDAMENTO O arrendamento pode ser operacional ou financeiro. a) arrendamento financeiro: transfere substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade do ativo subjacente. O ativo deve ser registrado na contabilidade do arrendatário. b) arrendamento operacional: não transfere substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à proprie- dade do ativo subjacente. O ativo deve ser registrado como sendo do arrendador. O CPC 06 traz algumas situações que poderiam levar a concluir que o arrendamento é financeiro: (a) o arrendamento transfere a propriedade do ativo subjacente ao arrendatário ao final do prazo do arrendamen- to; (b) o arrendatário tem a opção de comprar o ativo subjacente a preço que se espera que seja suficientemente mais baixo do que o valor justo na data em que a opção se tornar exercível, para que seja razoavelmente certo, na data de celebração do arrendamento, que a opção será exercida; (c) o prazo do arrendamento é equivalente à maior parte da vida econômica do ativo subjacente, mesmo se a propriedade não for transferida; (d) na data da celebração do arrendamento, o valor presente dos recebimentos do arrendamento equivale subs- tancialmente à totalidade do valor justo do ativo subjacente; (e) o ativo subjacente é de natureza tão especializada que somente o arrendatário pode usá-lo sem modificações importantes; (f) se o arrendatário puder cancelar o arrendamento, mas as perdas do arrendador associadas ao cancelamento são arcadas pelo arrendatário; (g) se o arrendatário tiver a capacidade de continuar o arrendamento por período secundário, com aluguel que seja substancialmente menor que o aluguel de mercado. COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS O Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, foi criado em 2005 com o objetivo de produzir normas contábeis em convergência com as internacionais. É composto pelos representantes das seguintes entidades (2 por entidade): a) ABRASCA - Associação Brasileira das Companhias Abertas; b) APIMEC NACIONAL - Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais; c) BM&FBOVESPA S.A. Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros; d) CFC - Conselho Federal de Contabilidade; e) IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil; f) FIPECAFI - Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras. O CPC emite pronunciamentos técnicos, orientações e interpretações. A partir destes trabalhos, os órgãos regula- dores tem emitido suas normas próprias, permitindo assim a uniformização do processo de produção de normas. O CFC é um desses órgão reguladores, portanto, as normas técnicas emitidas pelo CFC tem os pronunciamentos do CPC como sua base. Entretanto, os pronunciamentos técnicos não têm força de norma, enquanto que aque- las emanadas de órgãos reguladores, entre eles o CFC, tem força de norma. A aprovação dos Pronunciamentos Técnicos, das Orientações e das Interpretações se dará, sempre, por no mí- nimo 2/3 (dois terços) dos membros do CPC. Além dos 12 membros atuais, serão sempre convidados a participar representantes dos seguintes órgãos: • Banco Central do Brasil; • Comissão de Valores Mobiliários (CVM); • Secretaria da Receita Federal; • Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).
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