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Aula 04 - contabilidade geral

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4 Razonetes. Balancetes de Verificação. Livros de Escrituração. Depreciação. 
 
RAZONETES 
 
Razonetes são representações gráficas dos lançamentos feitos em uma conta, normalmente acompanhados dos 
saldos inicial e final da conta. Facilitam o entendimento da evolução do saldo da conta. 
 
Seu nome deriva da denominação do “Livro Razão”, que é um livro que controla os saldos em lançamentos feitos 
em cada conta contábil. 
 
Exemplos: 
1) Montar razonetes das contas envolvidas nos fatos contábeis abaixo: 
a) Compra de Mercadorias em dinheiro, no valor de R$ 3.000; 
b) Pagamento de uma conta de energia elétrica, em dinheiro, no valor de R$ 500; 
c) Recebimento de duplicata, em dinheiro, no valor de R$ 1.00 
 
2) Montar razonetes das contas envolvidas nos fatos contábeis abaixo: 
a) Compra a prazo de mercadorias, no valor de R$ 5.000; 
b) Pagamento de uma compra a no valor de R$ 4.000; 
c) Pagamento antecipado de uma compra a prazo, com desconto de 10%. 
 
3) Montar razonete de Duplicatas a Receber de janeiro de 201X, com as informações: 
a) saldo da conta em 01.01.201X: $ 5.000 
b) recebimento duplicata: $ 1.000 
c) emissão duplicata contra cliente: $ 500 
d) baixa duplicata não recebida: $ 1.500 
 
BALANCETES DE VERIFICAÇÃO 
 
O balancete de verificação é uma técnica que permite verificar se o método das partidas dobradas foi aplicada 
adequadamente. 
 
Pode ser feito de várias formas. Na sua forma mais simples, é a relação de todas as contas com o total de lança-
mentos a débito feitos em cada conta registrados em uma coluna e o total de lançamentos a crédito em outra. 
 
Também pode ser elaborado somente com o saldo final das contas. 
 
Elaborado o balancete, verifica-se se o total de débitos é igual ao de créditos (deve ser, em decorrência da utiliza-
ção do método das partidas dobradas). 
 
Ele ajuda a verificar se houve algum erro nos lançamentos, embora não detecte todas as situações de erros pos-
síveis. 
 
Exemplo Prático: 
Considere-se os seguintes lançamentos: 
 
1) D – Caixa...........................................10.000 
 C – Vendas........................................10.000 
 
2) D – Mercadorias..................................3.000 
 C – Fornecedores.................................3.000 
 
3) D – Máquinas e Eqptos........................ 6.000 
 C – Fornecedores................................. 6.000 
 
A partir deles, monte o balancete de verificação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Elaborado o balancete, verifica-se se o total de débitos é igual ao de créditos (deve ser, em decorrência da utiliza-
ção do método das partidas dobradas). 
 
O balancete ajuda a verificar se houve algum erro nos lançamentos, embora não detecte todas as situações de 
erros possíveis. 
 
Vejamos o seguinte exemplo prático: 
 
Considere-se os seguintes lançamentos: 
 
1) Caixa a Vendas............................................... 10.000 
2) Mercadorias a Fornecedores............................. 3.000 
3) Máquinas e Equipamentos a Fornecedores....... 6.000 
A partir deles, monte o balancete de verificação. 
 
OBSERVAÇÃO: O balancete também pode ser feito com mais informações, como o saldo inicial das contas, o 
total de débitos, o total de créditos, o saldo final, etc. 
Embora o balancete ajude a verificar se não houve “esquecimento” de debitar ou creditar alguma conta, ele não 
detecte muitos outros erros possíveis. 
 
LIVROS DE ESCRITURAÇÃO 
 
Os livros de escrituração são os documentos onde ficam registrados os lançamentos contábeis e alguns atos ad-
ministrativos da entidade. 
 
A escrituração feita com observância das formalidades legais faz prova a favor do contribuinte dos fatos nela re-
gistrados, uma vez comprovados por documentos hábeis. 
 
Categorias dos Livros de Escrituração. 
a) Livros Fiscais; 
b) Livros Sociais; 
c) Livros Trabalhistas; 
d) Livros Contábeis. 
 
Formalidades dos Livros Contábeis 
Os livros contábeis tem de ser escriturados por contabilista com registro no CRC e obedecer a algumas formalida-
des, intrínsecas e extrínsecas. 
 
Formalidades intrínsecas: obedecerá às formalidades intrínsecas a escrituração que for feita: 
a) em idioma e moeda nacionais; 
b) com respeito às normas do CFC; 
c) em obediência à ordem cronológica; 
d) sem intervalos em branco, entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as margens. 
 
Formalidades extrínsecas: obedecerá às formalidades extrínsecas o livro contábil que contiver: 
a) autenticação pela Junta Comercial (alguns livros estão dispensados de autenticação, como o Razão); e 
b) lavratura de termos de abertura e encerramento do livro. 
 
Escrituração Digital e em Fichas 
Atualmente, alguns livros empresariais são escriturados digitalmente (SPED – Sistema Público de Escrituração 
Digital). 
 
Além disso, podem ser substituídos por folhas ou fichas impressas, desde que numeradas. 
 
Classificação dos Livros Contábeis 
 
a) Quanto à sua obrigatoriedade: 
b) Quanto ao critério ou ordem a ser seguida na escrituração: 
 
 
 
 
 
 
 
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c) Quanto à abrangência dos fatos contábeis registrados: 
 
Livros Contábeis em Espécie 
 
Os principais livros contábeis são: 
• Diário; 
• Razão; 
• Caixa; 
• Contas Correntes; 
• Registro de Duplicatas. 
 
Livro Diário: é um livro obrigatório, principal e cronológico, que registra todos os fatos contábeis em ordem crono-
lógica de dia, mês e ano. 
É o principal livro contábil e o único exigido pela legislação contábil de todas as empresas. 
 
Livro Razão: é um livro facultativo pela legislação comercial (Código Civil) e obrigatório pela legislação fiscal para 
empresas que adotam a tributação pelo Lucro Real. 
Além disso, é principal e sistemático. 
 
Livro Caixa: é um livro facultativo, auxiliar e cronológico, onde são registrados os fatos que envolvem movimenta-
ção financeira, inclusive a bancária. 
Embora seja considerado um livro facultativo pela legislação contábil, é obrigatório, pela legislação fiscal, para as 
empresas optantes pelo Lucro Presumido para o IRPJ e pelo SIMPLES, se não fizerem escrituração contábil na 
forma da lei comercial. 
 
Livro Contas Correntes: é um livro facultativo, auxiliar e sistemático, onde são registrados os fatos que envolvam 
direitos e deveres da empresa, como aqueles relacionados às contas Clientes, Fornecedores e Bancos. 
 
Livro de Registro de Duplicatas: é um livro obrigatório para empresas que trabalham com emissão de duplica-
tas. É auxiliar e sistemático. 
 
DEPRECIAÇÃO 
 
A depreciação corresponde a uma estimativa da perda de valor de bens do ativo imobilizado, sujeitos a desgaste 
pelo uso, ação da natureza ou por se tornarem obsoletos. 
 
A depreciação gera uma despesa, que deve ser apropriada mensalmente (embora normalmente as questões de 
prova falem de depreciação anual), cuja contrapartida é a conta “Depreciação Acumulada”, cuja natureza é de 
retificadora do ativo, vinculada à conta que representa o bem depreciado. 
 
VEDAÇÕES 
 
a) terrenos, exceto em relação a benfeitorias e construções; 
b) bens que aumentam de valor com o tempo, como antiguidades e obras de arte; 
c) bens para os quais sejam registradas contas de amortização ou exaustão; 
d) bens móveis ou imóveis que não estejam intrinsicamente relacionados à produção ou comercialização de bens 
e serviços pela entidade 
 
BASE DE CÁLCULO 
 
É o custo de aquisição do bem, incluindo os gastos necessários à colocação do bem em funcionamento, e acrés-
cimos posteriores, tais como correção monetária e reavaliação. Se houver valor residual, deverá ele ser deduzido 
desse valor para encontrar-se a base de cálculo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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INÍCIO DA DEPRECIAÇÃO 
 
De acordo com a legislação, a depreciação de um bem não é calculada a partir da data de sua aquisição, mas sim 
a partir do mês em que o bem for colocado em funcionamento ou em condições de produzir, se esta for diferente 
da data de aquisição.MÉTODOS DE DEPRECIAÇÃO 
 
a) Método Linear ou das Cotas Constantes; 
b) Método da Soma dos Dígitos Decrescente; 
c) Método da Soma dos Dígitos Crescente; 
 
TAXA DE DEPRECIAÇÃO 
 
A taxa de depreciação define o percentual da base de cálculo que será considerado como o valor da depreciação 
mensal ou anual. 
As taxas máximas de depreciação são definidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, e variam de acordo 
com a vida útil do bem, de forma que até o final de sua vida útil ele esteja totalmente depreciado. Quanto maior a 
vida útil do bem, menores as taxas de depreciação anual e mensal. Quanto menor a vida útil, maiores as taxas de 
depreciação. 
 
TAXA PADRÃO DE DEPRECIAÇÃO 
 
A taxa padrão de depreciação deve ser utilizada, sempre que não for o caso de depreciação acelerada. 
Exemplos de taxas normais de depreciação anuais definidas pela Receita Federal: 
 
 
 
TAXA DE DEPRECIAÇÃO ACELERADA NORMAL 
 
Se o bem for utilizado em mais de um turno de 8 horas, a depreciação poderá ser acelerada, de acordo com os 
seguintes coeficientes de multiplicação: 
 
 
 
TAXA DE DEPRECIAÇÃO ACELERADA INCENTIVADA 
 
A depreciação acelerada incentivada é aquela prevista pela legislação fiscal, de forma excepcional e expressa, em 
determinadas situações. 
 
Assim, por exemplo, para estimular a renovação do parque industrial, a lei pode prever que os bens de capital 
adquiridos em determinado período poderão ser depreciados em um prazo menor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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VALOR LÍQUIDO CONTÁBIL 
 
Valor líquido contábil é a diferença entre o valor do bem e o de sua depreciação acumulada, e representa o quan-
to se estima que a entidade pode obter, naquele momento, com a venda do bem. 
 
Quando o bem estiver totalmente depreciado, o valor líquido contábil coincidirá com o valor residual. 
 
CONTABILIZAÇÃO DA DEPRECIAÇÃO 
 
a) Reconhecimento da Depreciação 
Mensalmente, a entidade deve proceder ao seguinte lançamento para reconhecimento da depreciação: 
D – Despesas de Depreciação 
C – Depreciação Acumulada 
 
Exemplo: considere um veículo adquirido por R$ 80.000 em 01/07/2018. Admitindo que sua via útil seja de 5 
anos, e o valor residual de R$ 10.000, calcule o valor da depreciação pelo método linear no ano de 2018. 
 
Resolução: Como o veículo será depreciado por 6 meses (julho a dezembro), a taxa de depreciação será de 
10% (metade de 20%, que é a taxa anual). 
Além disso, como há valor residual, a depreciação será calculada sobre a diferença entre o valor do veículo (R$ 
80.000,00) e o valor residual (R$ 10.000,00), o que dá R$ 70.000,00. 
Aplicando-se 10% sobre R$ 70.000,00, temos R$ 7.000,00, que é o valor da depreciação em 2018. 
 
O lançamento a ser feito em 31/12/2018, então, ficará, assim: 
D – Despesas de Depreciação................... 7.000 
C – Depreciação Acumulada..................... 7.000 
 
CONTABILIZAÇÃO DA DEPRECIAÇÃO 
 
Mensalmente, a entidade deve proceder ao seguinte lançamento para reconhecimento da depreciação: 
D – Despesas de Depreciação 
C – Depreciação Acumulada 
 
b) Baixa de Bem Depreciado 
Quando da baixa de um bem depreciado, seja por venda, por doação ou por qualquer outra razão, deverá também 
ser baixada a conta “Depreciação Acumulada” correspondente. 
 
No caso de venda, se o bem for alienado por um valor maior do que seu valor líquido (valor bem menos deprecia-
ção acumulada), a diferença será considerada como uma receita. Caso contrário, teremos uma despesa. 
 
Exemplo: considere que, no balanço de uma entidade, conste um veículo de R$ 120.000, depreciado em R$ 
40.000, da forma abaixo: 
Veículo Placa ABC 1234................... 120.000 
(‒) Depreciação Acumulada............ (40.000) 
Considere ainda que referido bem tenha sido vendido à vista, por R$ 90.000, via transferência bancária. Nesse 
caso, o lançamento a ser feito é o seguinte: 
 
D – Bancos Conta Movimento........... 90.000 
D – Depreciação Acumulada............. 40.000 
C – Veículo Placa ABC 1234.............. 120.000 
C – Ganho na Alienação Bens............ 10.000 
 
MÉTODO DA SOMA DOS DÍGITOS 
 
Esse método faz com que, em cada período, o valor da depreciação não seja linear, podendo ser aplicado de 
duas formas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
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a) Quotas Decrescentes (mais comum): nele, primeiramente se faz uma soma com os números de 1 até o nú-
mero de anos de vida útil do bem. Após, para cada período de depreciação, deve-se multiplicar o valor a ser de-
preciado a cada ano pela fração cujo denominador é a soma obtida e o numerador, para o primeiro ano, é o tempo 
de vida útil do bem; para o segundo ano é o tempo de vida útil menos 1; para o terceiro, o tempo de vida útil me-
nos 1; e assim sucessivamente até o último ano, quando o numerador será 1. 
 
Exemplo: depreciação de um bem de R$ 10.000, com vida útil de 4 anos. 
1º Passo: soma dos dígitos de 1 a 4, para obter o denominador S: S= 1+2+3+4 = 10. 
2º Passo: cálculos anuais de depreciação. 
- Primeiro Ano → 4/10 X 10.000 = 4.000 
- Segundo Ano → 3/10 X 10.000 = 3.000 
- Terceiro Ano → 2/10 X 10.000 = 2.000 
- Quarto Ano → 1/10 X 10.000 = 1.000 
 
b) Quotas Crescentes: é semelhando ao método das cotas decrescentes, trabalhando-se também com uma fra-
ção cujo denominador é obtido pela soma dos dígitos de 1 até o número de anos de vida útil do bem. A diferença 
é que, no primeiro ano, adota-se como numerador o número 1; no segundo, o número 2; no terceiro, o número 3; 
e assim sucessivamente, até o último. 
Exemplo: depreciação de um bem de R$ 150.000,00, com vida útil de 5 anos. 
 
1º Passo: soma dos dígitos de 1 a 5, para obter o denominador S: 
S = 1+2+3+4+5 = 15. 
2º Passo: cálculo anuais de depreciação. 
- Primeiro Ano → 1/15 X 150.000 = 10.000 
- Segundo Ano → 2/15 X 150.000 = 20.000 
- Terceiro Ano → 3/15 X 150.000 = 30.000 
- Quarto Ano → 4/15 X 150.000 = 40.000 
 
DEPRECIAÇÃO DE BENS ADQUIRIDOS USADOS 
 
No caso de aquisição de bens usados que serão posteriormente depreciados pela entidade, seu prazo de depre-
ciação será o maior entre: 
a) Metade do prazo de vida útil do bem quando adquirido novo. 
b) Restante do prazo de vida útil do bem, considerado este em relação à primeira instalação ou utilização deste 
bem. 
 
Exemplo: Empresa adquire, em 12/07/X4, uma máquina usada de vida útil original estimada em 5 anos, tendo sido 
fabricada em 10/04/X1. 
 
O prazo de depreciação será o maior entre: 
a) Metade do prazo de vida útil do bem: 2 anos e 6 meses (metade de 5 anos). 
b) Restante do prazo de vida útil: a depreciação total ocorreria em março de X6 (5 anos após fabricação). Adquiri-
da em abril de X4, restariam à época 25 meses (9 + 12 + 4) até total depreciação. 
 
Assim, o maior valor é o da metade do prazo de vida útil, que é de 2 anos e 6 meses, sendo este o prazo para 
depreciação do bem a partir do momento em que foi adquirido. Ou seja, a taxa de depreciação seria de 40% ao 
ano. 
 
AMORTIZAÇÃO 
 
A amortização consiste no reconhecimento da perda do valor do ativo intangível ao longo do tempo. 
Exemplos de elementos sujeitos à amortização: patentes, direitos autorais, concessões e custos ou direitos sobre 
benfeitorias em imóveis de terceiros. 
 
Assim como acontece com a depreciação de bens do Ativo Imobilizado, a despesa de amortização para cada 
período deve ser reconhecida no resultado, tendo como contrapartida “Amortização Acumulada”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REQUISITOS PARA AMORTIZAÇÃO 
 
Para que seja aplicada a amortização, devem ocorrer duas situações simultâneas: 
a) Prazo de duração limitada. 
b) Inexistência de indenização ao final do prazo de fruição do direito. 
 
TAXA DE AMORTIZAÇÃO 
 
Assim como ocorre com a depreciação, a taxa de amortização é definida em função do tempo de utilização do 
bem, podendo decorrer da lei ou de contrato. 
Ex.: para um direito válido por 5 anos, a taxa anual de amortização é de 20%. 
 
FORMA DE CÁLCULO 
 
Calcula-se a amortização da mesma forma que se calcula a depreciação pelo método linear (ou das quotascons-
tantes). 
 
CONTABILIZAÇÃO 
 
A contabilização da amortização é feita de forma semelhante à da depreciação, debitando-se uma conta de des-
pesa e creditando-se a conta redutora do ativo “Amortização Acumulada”: 
D – Despesas com Amortização 
C – Amortização Acumulada 
 
EXEMPLO: Uma empresa registrou, em 1/4/2013, uma patente no valor de R$ 100.000,00, sendo o prazo de pro-
teção concedido por lei (prazo de exclusividade) de 10 anos, o qual deve ser contado a partir do registro. Nesse 
caso: 
 
a) Em razão do reconhecimento da amortização, o resultado do exercício de 2013 será diminuído em R$ 
10.000,00. 
b) A taxa de amortização anual será de 20%. 
c) O valor da patente está totalmente amortizado no balanço de 31/12/2022. 
d) No balanço de 31/12/2015, o valor da amortização acumulada será de R$ 27.500,00. 
e) A conta Amortização Acumulada, pelo fato de ser do Ativo, possui natureza devedora. 
 
EXAUSTÃO 
A exaustão corresponde à perda de valor, decorrente de sua exploração, de direitos cujo objeto sejam recursos 
minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração. 
 
Sobre o assunto, duas observações: 
a) As máquinas e equipamentos de extração mineral ou florestal tanto podem ser exauridos como depreciados. 
b) Não se aplica a exaustão a jazidas inesgotáveis ou de fim indeterminável, como as de água mineral. 
 
CÁLCULO DA EXAUSTÃO 
 
1. Cálculo de Exaustão de Recursos Minerais 
 
No caso de recursos minerais, a exaustão deverá ser feita no menor prazo, considerados o de duração da con-
cessão e o de esgotamento dos recursos da mina. 
 
Exemplo 1: 
- Custo da concessão: R$ 100.000 
- Prazo concessão: 25 anos. 
- Prazo esgotamento dos recursos: 40 anos. 
- Taxa de Exaustão anual = 4% 
- Despesa Anual Exaustão = 4% X 100.000 = 4.000,00. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Exemplo 2: 
- Custo da concessão: R$ 100.000 
- Prazo concessão: 25 anos. 
- Capacidade estimada mina: 10.000 m3 
- Produção anual: 1.000 m3 
- Taxa Exaustão anual = 10% 
- Despesa Exaustão = 10% X 100.000 = 10.000,00. 
 
2. Cálculo de Exaustão de Recursos Florestais 
 
Nesse caso, diferente do previsto para os minerais, a legislação do Imposto de Renda só permite o cálculo de 
exaustão se o prazo para o esgotamento dos recursos florestais for inferior ao de exploração, calculando-se a 
exaustão em função do prazo de esgotamento. 
 
Exemplo: A empresa Papeliptus Papéis Ltda adquire em 01/07/20X1, por R$ 1.000.000, plantação de eucaliptos 
de 500 hectares, possuindo o prazo de 10 anos para extrair as árvores. A extração anual é de 100 hectares. Nes-
se caso: 
 
a) Não deve ser contabilizada a exaustão, uma vez que o prazo de exaurimento dos recursos florestais é superior 
ao do direito exploração. 
b) Não deve ser contabilizada a exaustão, uma vez que o prazo de exaurimento dos recursos florestais é inferior 
ao do direito exploração. 
c) O valor de despesas de exaustão que deve ser reconhecido em dez/X1 é de R$ 200.000,00. 
d) O valor de despesas de exaustão que deve ser reconhecido em dez/X1 é de R$ 100.000,00. 
e) O valor de despesas de exaustão que deve ser reconhecido em dez/X1 é de R$ 50.000,00. 
 
LIVRO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL - LALUR 
 
O LALUR é um livro fiscal exigido das empresas que apuram o IRPJ pela sistemática do lucro real. 
 
Possui duas partes: 
- Parte A: destinada aos lançamentos de ajuste do lucro líquido do período (adições, exclusões e compensações); 
- Parte B: destinada exclusivamente ao controle dos valores que não constem da escrituração comercial, mas que 
devam influenciar a determinação do lucro real de períodos futuros. 
 
O LALUR dispensa registro prévio na Junta Comercial, mas deve conter termos de abertura e de encerramento 
assinados pelo representante legal da empresa e por contabilista legalmente habilitado. 
Atualmente, é apresentado normalmente em sua forma eletrônica: e-LALUR. 
 
LEI 6.404/76 
 
A Lei 6.404/76, mais conhecida como “Lei das Sociedades Anônimas”, estabelece regras que devem ser obedeci-
das por esse tipo de sociedade. 
 
Embora suas disposições interessam mais ao campo do Direito Empresarial, ela também em cobrada, sob certos 
aspectos, em Contabilidade, especialmente no que se refere às demonstrações contábeis. 
 
As disposições da Lei das S/A devem ser seguidas pelas: 
a) Sociedades Anônimas (fechadas e abertas); e 
b) Sociedades de Grande Porte, assim consideradas aquelas sociedades ou conjunto de sociedades sob controle 
comum que tiverem, no exercício social anterior, ativo total superior a R$ 240.000.000,00 (duzentos e quarenta 
milhões de reais) ou receita bruta anual superior a R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais). 
 
Para provas de Contabilidade, independentemente do porte da entidade (exceto se a mesma foi microempresa 
optante pelo Simples Nacional), deve-se levar em consideração as disposições da Lei 6.404/76. 
 
A Lei 11.638/07 trouxe grandes alterações na Lei 6.404/76, devendo o candidato estar atento a essas alterações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ATIVOS DIFERIDO E PERMANENTE 
Algumas vezes, estudando para concursos, o candidato se depara com termos como “Ativo Diferido” e “Ativo 
Permanente”. 
 
Tais divisões não são mais usadas na Contabilidade, desde 2008, sendo que: 
 
a) O Ativo Diferido representava os recursos aplicados na realização de despesas que, por contribuírem para a 
formação do resultado de mais de um exercício social futuro, somente eram apropriadas às contas de resultado à 
medida e na proporção em que essa contribuição influencia a geração do resultado de cada exercício; e 
 
b) O Ativo Permanente era um termo, atualmente em desuso mas que por vez ainda é utilizado, que designava a 
soma dos Ativos Imobilizado, Intangível e Diferido. 
Existem alguns índices de análise de demonstrações contábeis que ainda se utilizam do termo “At ivo Permanen-
te”. 
 
TÉCNICAS CONTÁBEIS 
 
As diversas atividades desenvolvidas pela Contabilidade podem ser divididas em quatro grande grupos: 
 
a) Escrituração: registro dos fatos contábeis em livros próprios, por meio de lançamentos. 
b) Elaboração de Demonstrações Contábeis: elaboração de quadros padronizados que trazem informações 
sobre a situação patrimonial, financeira e econômicas das entidades, visando atender aos usuários da informação 
contábil. 
c) Auditoria: verificação da correção e correta apresentação das informações contábeis, emitindo-se um relatório 
com a opinião do auditor sobre as informações contábeis. 
d) Análise de Demonstrações Contábeis: estudo da situação patrimonial, econômica e financeira da entidade, 
bem como de seu desempenho em um determinado período, através de índices definidos. 
 
VALOR JUSTO, VALOR PRESENTE E VALOR EM USO 
 
Valor Justo: o valor justo (fair value) é definido como o valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um pas-
sivo liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com a ausência de 
fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória. 
 
Valor Presente: o valor presente (present value) é o valor do ativo ou passivo descontados eventuais juros implí-
citos que componham seu valor. O ajuste ao valor presente é obrigatório para ativos e passivos decorrentes de 
operações de longo prazo ou de curto prazo no caso de efeitos relevantes. 
 
Valor em Uso: o valor em uso é definido como o valor presente de fluxos de caixa futuros estimados, que devem 
resultar do uso de uma ativo ou de uma unidade geradora de caixa. 
Em outras palavras, ele traduz o quanto se espera que um determinado ativo gere de ganhos para a entidade ao 
longo de sua vida útil. 
 
AÇÕES, DEBÊNTURES, PARTES BENEFICIÁRIAS E BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO 
 
a) Ações: títulos emitidos pela sociedade anônima e que representam parte de seu capital social. Sempre dão 
direito à participação nos lucros, mas podem ou não conceder o direito a voto nas assembleias. 
 
b) Debêntures: títulos emitidos pela sociedade anônima e que representam uma dívidada mesma para quem 
adquiriu o título. Não dão direito a voto, mas podem dar direito a participação nos lucros. 
 
c) Partes Beneficiárias: dão direito a participação dos lucros, mas não direito a voto. Podem ser vendidas ou 
doadas pela entidade. Somente podem ser emitidas por companhias fechadas. 
 
d) Bônus de subscrição: conferem aos seus titulares o direito de subscrever ações quando do aumento do capi-
tal social autorizado no estatuto.

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