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Curso de Fisioterapia 6° semestre on line Prof. Renata Brito Faculdade IBES Antiguidade Idade Média Renascimento Industrialização Grandes Guerras Forte preocupação com as pessoas que apresentavam “diferenças incômodas” (doenças). Os médicos na Antigüidade conheciam os agentes físicos e os empregavam em terapia. Utilizavam a eletroterapia, sob forma de choques com peixe elétrico, no tratamento de certas doenças. O uso da ginástica estava unicamente nas mãos dos sacerdotes e que somente eram empregadas com fins terapêuticos, ou seja, os movimentos do organismo humano, quando estudados, racionalizados e planejados, eram utilizados no tratamento das disfunções orgânicas já estabelecidas, já instaladas. A Cinesioterapia deu um salto importante já na Grécia antiga, em razão dos Jogos Olímpicos. Na Idade Média as “diferenças incômodas” são consideradas como algo a ser “exorcizado”. Não havia nenhuma condição de educação, saúde e conforto. Houve uma interrupção no avanço dos estudos e da atuação na área da saúde. O corpo humano foi considerado algo como “inferior” e as camadas mais privilegiadas (nobreza e o clero) desenvolveram uma atividade física dirigida para um objetivo determinado - aumento da potência física. As ordens religiosas eram inimigas do corpo, pois valorizavam a alma e o espírito. Volta a preocupação com o Corpo Saudável. Retomada dos estudos relativos ao cuidados com o corpo e revitalização do culto ao físico. Entre a Idade Média e o Renascimento, após a estagnação houve uma retomada não somente dirigida ao tratamento, mas também uma preocupação com a manutenção das condições normais. Entre 1779-1849 Don Francisco y Ondeano Amorós, dividiu a ginástica em quatro pontos, o terceiro ponto era a cinesioterapia (atuação terapêutica através de exercícios). Na Alemanha em 1847 foi definida uma educação física com objetivos preventivos e corretivos. Em 1864 a Sociedade Médica de Berlim, definiu ginástica para pessoas sãs e ginástica para enfermos. Mercurialis apresentou princípios definidos para a ginástica médica que compreendiam: 1-) exercícios para conservar um estado saudável já existente; 2-) regularidade no exercício; 3-) exercícios para indivíduos enfermos cujo estado pode exacerbar-se; 4-) exercícios individuais especiais para convalescentes; 5-) exercícios para pessoas com ocupações sedentárias. “direcionamento puramente curativo” Houve o desenvolvimento das cidades, bem como surgiram condições sanitárias precárias, jornadas de trabalho estafantes, e condições alimentares insatisfatórias que provocaram a proliferação de novas doenças. O surgimento de novas patologias e epidemias exigiram da medicina um desenvolvimento nos estudos. A atenção ao "tratamento" faz surgir a idéia de atendimento hospitalar. Mais tarde, ainda no século XIX, surgem as especializações médicas. A Fisioterapia parece ter seguido a mesma direção dividindo-se em diferentes especialidades. Surge a preocupação das classes dominantes para não perder ou diminuir a sua fonte de riqueza e bem estar gerados pela força de trabalho das classes baixas. O exercício físico e as outras maneiras de atuar caracterizam a Fisioterapia no século XX. A fisioterapia como profissão nasceu em meados do século XX, devido às duas guerras mundiais. I Guerra Mundial (1914 a 1918) II Guerra Mundial (1939 a 1945) As guerras causaram um grande número de lesões e ferimentos graves que necessitavam de uma abordagem de reabilitação para reinserir as pessoas afetadas novamente em uma vida ativa. Inicialmente executada por voluntários nos campos de batalha, a fisioterapia acompanhou as grandes mudanças e transformações do século XX . Surgem as escolas de cinesioterapia, para tratar ou reabilitar os lesados, ou mutilados que necessitavam readquirir um mínimo de condições para retornar a uma atividade social integrada e produtiva. Exercícios de alongamento no membro inferior esquerdo. Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945) – indivíduos com seqüelas físicas - Industrialização - novos equipamentos - Assistência “curativa”, “recuperadora” e “reabilitadora”. “produziram um grande contingente de pessoas que precisavam de tratamento para se recuperar ou reabilitar e readquirir um mínimo de condições para voltar a uma atividade social integrada e produtiva”. O surgimento da Fisioterapia no Brasil no eixo Rio - São Paulo foi influenciada pela vinda da família Real ao Brasil. Napoleão Bonaparte acabou por contribuir indiretamente com o desenvolvimento dos primeiros serviços organizados de Fisioterapia no Brasil, ao invadir Portugal e fazer com que a família real portuguesa desembarcasse no país em 1808. O surgimento das primeiras escolas de ensino médico destacam-se como a grandiosa obra dos portugueses no país, em particular os avanços obtidos na cidade do Rio de Janeiro. No século XIX, os recursos fisioterápicos faziam parte da terapêutica médica, e assim há registros da criação, no período compreendido entre 1879 e 1883, do serviço de eletricidade médica da USP, e também do serviço de hidroterapia no Rio de Janeiro, existente até os dias de hoje, sob denominação de "Casa das Duchas". II Guerra Mundial Industrialização Técnico em fisioterapia > fisioterapista > fisioterapeuta (1959) 1879 - 1883 - Serviço de Eletricidade Médica e Hidroterapia do RJ 1884 - 1° Serviço de Fisioterapia da América do Sul – Hospital de Misericórdia do RJ (Dr. Artur Silva) 1919 – Departamento de Eletricidade Médica (hoje, USP) – Dr. Raphael Penteado de Barros - Médicos de Reabilitação – Faculdade de medicina da USP 1929 – Dr. Waldo Rolim de Moraes – Serviço de Fisioterapia do Instituto Radium Arnaldo Vieira de Carvalho 1929 até 1969 – Profissão exercida sem regulamentação (Recursos fisioterapêuticos eram exercidos sob prescrição médica) 1969 - o Presidente Costa e Silva sofre um A.V.C. Sensibilizados com o bom tratamento dado ao Presidente pelos Fisioterapeutas, a Junta Militar resolve decretar a criação da profissão; os Ministros da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, decretam a criação das profissões de FISIOTERAPIA e T. O. e seus auxiliares em 13 de outubro de 1969. 1951 – 1° Curso de Formação em técnicos em Fisioterapia (USP) Fisioterapistas (duração 1 ano) 1954 – Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação – ABBR – Curso Técnico em Reabilitação 1958 - Lei 5.029 criou anexo à Cadeira de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, o Instituto Nacional de Reabilitação (INR). Projeto da OMS, Organização Panamericana de Saúde e World Confederation for Physical Therapy. Foi neste Instituto que se iniciou o primeiro Curso de Fisioterapia com padrão internacional mínimo e duração de dois anos. 1963 – Parecer 388/63 auxiliar médico 1964 – Instituto de Reabilitação criou o 1° curso superior de Fisioterapia 1969 – Decreto-Lei n° 938/69 – Criada a profissão de Fisioterapeuta e Terapeuta Ocupacional 1975 – Criado o COFFITO e CREFITOs Outra conquista importante foi a fixação de um currículo mínimo para os Cursos de Fisioterapia, em 28 fevereiro de 1983 através da Lei 5.340, e o estabelecimento das novas Diretrizes Curriculares para os Cursos de Fisioterapia, com ampla discussão por parte dos profissionais e docentes, pelo MEC e CNE, em 2001. Parecer 388/63 Decreto-lei 938/69 Lei 6.316 de 1975 Código de Ética do Fisioterapeuta Resoluções do COFFITO: Decreto 9.640/84, Lei 8.856/94. Um dos primeiros documentos oficiais que definiram a ocupação do fisioterapeuta e os limites de seu trabalho e da sua atividade. 1. O fisioterapeuta é definido como auxiliar médico; 2. O Parecer explicita que ao fisioterapeuta compete realizar tarefas de caráter terapêutico; 3. O Parecer restringe a execução dessas tarefas a uma condição: que sejam desempenhadasob a orientação e responsabilidade do médico; 4. O fisioterapeuta se caracteriza como sendo um membro da equipe de reabilitação em saúde mas que, por outro lado, não compete a ele o diagnóstico de doença ou deficiência a ser corrigida; 5. O Parecer destaca que ao fisioterapeuta cabe executar técnicas e aprendizagens de exercícios e acrescenta que esta atividade só podem ser feitas pelo fisioterapeuta quando recomendadas pelo médico; 6. O Parecer finaliza explicando que o fisioterapeuta é por definição um Técnico em Fisioterapia, mas que deve ter uma formação de nível superior. Segundo documento oficial que apresenta considerações definindo o que deve consistir do fisioterapeuta. Este documento deu início ao processo de definição até os dias de hoje. Estabeleceram que: 1. Art. 2 O fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional, diplomados por escolas e cursos reconhecidos, são profissionais de nível superior; 2. Art. 3 É atividade privativa do fisioterapeuta executar métodos e técnicas fisioterápicas com a finalidade de restaurar, desenvolver e conservar a capacidade física do paciente; 3. Art 5 Os profissionais de que tratam os artigos 3 e 4 poderão, ainda, no campo das atividades específicas de cada um: I- Dirigir serviços em órgão e estabelecimentos públicos ou particulares, ou assessorá-los tecnicamente; II- Exercer o magistério nas disciplinas de formação básica do profissional, de nível superior ou médio; III- Supervisionar profissionais e alunos em trabalhos técnicos e práticos. Decretada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo Presidente da República, criando o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, constitui um novo documento que, de certa forma, refere-se as atividades do fisioterapeuta em um dos seus artigos. Art. 1º São criados o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, com a incumbência de fiscalizar o exercício das profissões de Fisioterapeuta e Terapeuta Ocupacional . § 1º Os Conselhos Federal e Regionais a que se refere este artigo constituem, em conjunto, uma autarquia federal vinculada ao Ministério do Trabalho. § 2º O Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional terá sede e foro no Distrito Federal e jurisdição em todo o País e os Conselhos Regionais em Capitais de Estados ou Territórios. Art. 12. O livre exercício da profissão de Fisioterapeuta e Terapeuta Ocupacional, em todo território nacional, somente é permitido ao portador de Carteira Profissional expedida por órgão competente. Art. 13 Para o exercício da profissão na Administração Pública Direta ou Indireta, nos estabelecimentos hospitalares, nas clínicas, ambulatórios, creches, asilos ou exercícios de cargo, função ou emprego de assessoramento, chefia ou direção, será exigida como condição essencial a apresentação da Carteira Profissional de Fisioterapeuta ou Terapeuta Ocupacional. Art. 1 - O Fisioterapeuta e o Terapeuta Ocupacional prestam assistência ao homem, participando da promoção, tratamento e recuperação de sua saúde; Art. 7 - São deveres do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional nas respectivas áreas de atuação: IV- Utilizar todos os conhecimentos técnicos e científicos ao seu alcance para prevenir ou minorar o sofrimento do ser humano e evitar seu extermínio; Art. 21 - O Fisioterapeuta e o Terapeuta Ocupacional participam da promoção de assistência à comunidade, em âmbito nacional e internacional. De todos os Documentos que regulamentam a profissão do Fisioterapeuta, o único cujo conteúdo parece ir além da concepção de uma assistência em nível curativo ou reabilitador, é o Código de Ética do Fisioterapeuta. COFFITO – Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional - www.coffito.org.br CREFITO – Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional - www.crefito7.org.br SINFITO – Sindicato dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais - www.sinfitobahia.org.br ABENFISIO – Associação Brasileira de Ensino em Fisioterapia www.abenfisio.com.br ABENFISIO Fisioterapia pneumofuncional pela Resolução COFFITO n.º 188, de 9 de dezembro de 1998, nomenclatura substituída por Fisioterapia Respiratória pela Resolução COFFITO n.º 318, de 30 de agosto de 2006. Fisioterapia neurofuncional pela Resolução COFFITO n.º 189, de 9 de dezembro de 1998. Acupuntura pela Resolução COFFITO n.º 219, de 14 de dezembro de 2000, não-exclusiva; foi precedida pela normativa pioneira de 22 de junho de 1985, a histórica Resolução COFFITO n.º 60, e as complementações de n.º 97 e 201. Quiropraxia e osteopatia pela Resolução COFFITO n.º 220, de 23 de maio de 2001; Fisioterapia traumo-ortopédico-funcional pela Resolução COFFITO n.º 260, de 11 de abril de 2004, complementada pela Resolução COFFITO n.º 279, de 15 de setembro de 2004; Fisioterapia esportiva pela Resolução COFFITO n.º 337, de 8 de novembro de 2007; http://pt.wikipedia.org/wiki/9_de_dezembro http://pt.wikipedia.org/wiki/9_de_dezembro http://pt.wikipedia.org/wiki/1998 http://pt.wikipedia.org/wiki/Fisioterapia_Respirat%C3%B3ria http://pt.wikipedia.org/wiki/30_de_agosto http://pt.wikipedia.org/wiki/2006 http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Fisioterapia_neurofuncional&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/9_de_dezembro http://pt.wikipedia.org/wiki/9_de_dezembro http://pt.wikipedia.org/wiki/1998 http://pt.wikipedia.org/wiki/Acupuntura http://pt.wikipedia.org/wiki/14_de_dezembro http://pt.wikipedia.org/wiki/2000 http://pt.wikipedia.org/wiki/22_de_junho http://pt.wikipedia.org/wiki/1985 http://pt.wikipedia.org/wiki/Quiropraxia http://pt.wikipedia.org/wiki/Osteopatia http://pt.wikipedia.org/wiki/23_de_maio http://pt.wikipedia.org/wiki/2001 http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Fisioterapia_traumo-ortop%C3%A9dico-funcional&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Fisioterapia_traumo-ortop%C3%A9dico-funcional&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Fisioterapia_traumo-ortop%C3%A9dico-funcional&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Fisioterapia_traumo-ortop%C3%A9dico-funcional&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Fisioterapia_traumo-ortop%C3%A9dico-funcional&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/11_de_abril http://pt.wikipedia.org/wiki/2004 http://pt.wikipedia.org/wiki/15_de_setembro http://pt.wikipedia.org/wiki/15_de_setembro http://pt.wikipedia.org/wiki/2004 http://pt.wikipedia.org/wiki/Fisioterapia_esportiva http://pt.wikipedia.org/wiki/8_de_novembro http://pt.wikipedia.org/wiki/2007 Fisioterapia do trabalho pela Resolução COFFITO n.º 351, de 13 de junho de 2008; foi precedida pela normativa inicial de n.º 259, de 18 de dezembro de 2003, que listou atribuições na área. Fisioterapia dermatofuncional pela Resolução COFFITO n.º 362, de 20 de maio de 2009; Fisioterapia em saúde coletiva pela Resolução COFFITO n.º 363, de 20 de maio de 2009; Fisioterapia oncofuncional pela Resolução COFFITO n.º 364, de de 20 de maio de 2009; Fisioterapia uroginecofuncional pela Resolução COFFITO n.º 365, de 20 de maio de 2009. http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Fisioterapia_do_trabalho&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/13_de_junho http://pt.wikipedia.org/wiki/2008 http://pt.wikipedia.org/wiki/18_de_dezembro http://pt.wikipedia.org/wiki/2003 http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Fisioterapia_dermatofuncional&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/20_de_maio http://pt.wikipedia.org/wiki/2009 http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Fisioterapia_em_sa%C3%BAde_coletiva&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/20_de_maio http://pt.wikipedia.org/wiki/2009 http://pt.wikipedia.org/wiki/Fisioterapia_oncofuncional http://pt.wikipedia.org/wiki/20_de_maio http://pt.wikipedia.org/wiki/2009 http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Fisioterapia_uroginecofuncional&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/wiki/20_de_maio http://pt.wikipedia.org/wiki/2009