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Sociologia organizacional: da cultura do poder à valorização do pessoal Do ponto de vista da Sociologia das Organizações, uma empresa ou uma instituição, nada mais é do que um conjunto de pessoas trabalhando e se relacionando organizadamente na busca de um objetivo comum, formando uma unidade social, considerando quatro estágios no seu processo evolutivo: poder, papel, tarefa e pessoa. Estágio 1 – Poder: Uma empresa ou uma instituição, via de regra, nasce centrada no poder, isto é, cria uma unidade centralizadora que determina e decide tudo, procurando controlar todas as variáveis externas e internas, administrando diretamente seus impactos sobre a organização. Muitas empresas, entretanto, permanecem nesta fase durante muito tempo, gerando uma profunda dependência nas pessoas em termos de decisões e prejudicando o desenvolvimento da organização. É comum, em empresas ou outras organizações, onde este estágio se apresenta com forte predominância, ouvirmos frases do seguinte tipo: manda quem pode, obedece quem tem juízo. Estágio 2 – Papel: Passa a seguir a fase do papel. Com o crescimento da empresa ou da instituição, o poder começa a delegar. Esta delegação ocorre de forma bastante controlada e se apoia em normas, regulamentos, circulares, etc. Na realidade pouco ou quase nada existe de delegação, pois a liberdade de atuação está condicionada ao cumprimento rigoroso das normas e regulamentos aprovados pelo próprio poder. Em organizações onde predomina esta situação, são ouvidas frases como esta: Você pode errar dentro das normas, mas não acerte fora delas. Estas organizações, geralmente, apresentam fortes instrumentos de controle e pressão para garantir o perfeito cumprimento dessas normas. Estágio 3 – Valorização da tarefa: A realidade centrada na tarefa começa a ocorrer quando surge a necessidade de se garantir o alcance de determinados resultados que exigem uma grande interação de diferentes especialistas lotados em diversas áreas. Formam-se os chamados grupos de trabalho ou grupos tarefa. É o momento que surgem sérios questionamentos quanto às normas, muitas vezes elas atrapalham o bom andamento do trabalho e dificultam o alcance dos resultados desejados. Começa haver uma maior valorização e reconhecimento das competências profissionais. Em uma organização que vive o estágio da tarefa as pessoas começam a ter maiores oportunidades de realização profissional e se ouvem frases do tipo: Você vale pelo que você produz. Estágio 4 – As pessoas: A organização centrada na pessoa, além de oferecer a possibilidade de realização profissional abre um leque de alternativas claras para a realização pessoal. Pessoas são consideradas, ouvidas e os relacionamentos internos vivem uma realidade de compreensão e apoio mútuos, de busca constante de consenso. A distribuição dos trabalhos procura respeitar as preferências pessoais e as atividades menos estimuladoras são repartidas igualmente. É o triunfo do indivíduo dentro da realidade interna das organizações. Estes estágios são também construtivos. De forma mais simplificada, podemos dizer que a realidade de uma entidade centrada na pessoa só poderá ser construída a partir do instante em que ela atingir um determinado grau de maturidade e houver criado, internamente, um clima de valorização da responsabilidade que só se obtém na realidade centrada na tarefa. Os estágios de poder e do papel tornam as pessoas bitoladas, desestimulam a criatividade e a intuição, e, as próprias ações de treinamento estão voltadas para que os indivíduos aprendam a obedecer e a seguir normas e regras e não desenvolverem o seu potencial criativo. Para que uma empresa atinja o seu potencial ótimo no seu relacionamento pessoal é necessário que ela desperte alguns valores essenciais dentro do grupo, dentre eles: Integridade: é essencial que as práticas do dia a dia sejam construídas com base na honestidade, ética, respeito, virtudes que formam a integridade. Do contrário, a empresa dá oportunidade para que os funcionários ajam sem considerar a obrigatoriedade da verdade e da preocupação com o próximo. Coletividade: cada colaborador deve pensar além de si mesmo todos os dias. Isso significa que ele deve exercer a sensibilidade e o altruísmo com os colegas, ajudando em momentos de dificuldade. Que fique bem claro que esse tipo de comportamento está longe de passar a mão na cabeça de quem fez algo errado ou antiético. É importante que cada um assuma a responsabilidade pelo o que fez. Do mesmo modo, é fundamental que você entenda os motivos de cada um e não sai julgando ninguém pelos corredores da firma. Responsabilidade: falei dessa característica acima e acredito que seja necessário destacá-la também de outra forma. O trabalhador deve exercer suas funções diariamente tendo em mente que qualquer entrega que ele faça é importante e que afeta diretamente nos resultados do time e da empresa como um todo. Esse tipo de sentimento faz parte da responsabilidade que o colaborador deve ter para realizar suas tarefas com produtividade sem perder a qualidade. Criatividade: essa característica não está conectada somente ao mundo das artes. Não importa qual seja o ramo da empresa em que você trabalha, é fundamental que os funcionários sejam incentivados a serem criativos. Por exemplo, a criatividade pode ajudar na solução de problemas e na otimização de processos. Proatividade: a empresa deve criar um ambiente em que seja possível ser criativo e também proativo. O funcionário tem que se sentir confortável para sugerir mudanças de procedimento, novas funcionalidades, ideias fora da caixa e muitos outros pontos que cooperam não somente para alcançar os resultados, mas para motivar a todos a fazerem o mesmo. Quando estes 5 principais pontos são atingidos em uma corporação é mais fácil criar, sustentar e espalhar a cultura organizacional. Referência: https://administradores.com.br/noticias/a-sociologia-das-organizacoes https://administradores.com.br/noticias/a-sociologia-das-organizacoes
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