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trabalho mohamad filme pronto (revisado Carol)jre[1]

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
CAMPUS II – RANGEL 
GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA 
 
 
 
 
ANA CAROLINA M. H. PRESTES – T719801 
IZABELE COSTA DA SILVA – G55BAG5 
JÉSSICA LUNA DUARTE – N0008F3 
MARIA GABRIELA CAMILO LEITE DOS SANTOS – N0195J7 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE PSICANALÍTICA DO FILME ‘FREUD, ALÉM DA ALMA’ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTOS 
2024 
 2 
 
ANA CAROLINA M. H. PRESTES – T719801 
IZABELE COSTA DA SILVA – G55BAG5 
JÉSSICA LUNA DUARTE – N0008F3 
MARIA GABRIELA CAMILO LEITE DOS SANTOS – N0195J7 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE PSICANALÍTICA DO FILME ‘FREUD, ALÉM DA ALMA’ 
 
 
 
 
 
 
Trabalho bimestral apresentado ao 
curso de psicologia do 4°/5° semestre 
da Universidade Paulista como 
requisito para obtenção de nota da 
disciplina de Teoria Psicanalítica. 
Orientador: Prof. Me. Dr. Mohamad 
Abdul Rahim 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTOS 
2024 
 3 
 SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO TEÓRICA 4 
 
2. DESENVOLVIMENTO 8 
 
2.1 DESENVOLVIMENTO 11 
 
3. CONCLUSÃO 21 
 
4. REFERÊNCIAS 24 
 4 
1. INTRODUÇÃO TEÓRICA 
 
O presente trabalho busca trazer reflexões a luz da teoria psicanalítica. Através do 
filme: “Freud, Além da Alma”, (1962), exploraremos sua origem, seus principais 
conceitos e aplicações contemporâneas. 
A psicanálise emerge como uma das mais influentes e duradouras abordagens dentro 
do campo da psicologia e da saúde mental. Fundada no final do século XIX, por 
Sigmund Freud, a psicanálise representa uma teoria complexa e um método clínico 
de investigação das profundezas da mente humana. Esta abordagem, fundamentada 
na investigação dos processos inconscientes, introduziu conceitos e métodos que 
desafiaram as concepções tradicionais sobre a mente e influenciaram profundamente 
não apenas a prática clínica, mas também campos como literatura, arte e cultura. 
Nesta introdução teórica, exploraremos o surgimento da psicanálise, sua definição, e 
três conceitos fundamentais dentro dessa escola de pensamento: Histeria, Complexo 
de Édipo e Associação Livre. 
O advento da psicanálise surge em um período de efervescência intelectual e 
científica na Europa, marcado por transformações sociais, avanços na medicina e nas 
ciências naturais, bem como por mudanças nas concepções sobre a mente e a 
sociedade. Sigmund Freud, um médico neurologista vienense, desempenhou um 
papel crucial nesse contexto, ao desenvolver uma teoria e uma prática clínica que 
visavam desvendar os mistérios da mente humana. A psicanálise, para Freud, era 
uma disciplina que buscava explorar os processos mentais inconscientes, 
compreendendo a mente como um território vasto e complexo, cujas camadas mais 
profundas continham desejos, impulsos e memórias inacessíveis à consciência. 
No final do século XIX, a histeria era uma condição muito comum, principalmente entre 
mulheres, caracterizada por sintomas físicos inexplicáveis, como paralisias, 
convulsões, cegueira temporária e dificuldades respiratórias, sem uma causa 
orgânica identificável. Freud, ao longo de sua prática clínica, percebeu que esses 
sintomas não podiam ser totalmente explicados por fatores físicos, mas tinham 
origens psicológicas profundas. Através de suas observações e experimentação 
clínica, Freud desenvolveu sua teoria de que a histeria era resultado de conflitos 
psicológicos inconscientes, frequentemente enraizados em traumas emocionais ou 
desejos reprimidos. Ele postulou que esses desejos e traumas, muitas vezes de 
 5 
natureza sexual, eram reprimidos na mente inconsciente, mas encontravam 
expressão simbólica nos sintomas físicos da histeria. 
Por exemplo, uma paciente que experimentava paralisia em uma das pernas poderia 
estar expressando simbolicamente um desejo reprimido de evitar uma situação ou 
confrontação emocionalmente perturbadora. 
Freud introduziu o conceito de "conversão histérica", no qual os conflitos emocionais 
e os impulsos inconscientes são convertidos em sintomas físicos, como uma forma 
de aliviar a tensão psicológica. Ele acreditava que esses sintomas histéricos eram 
uma tentativa do inconsciente de expressar e lidar com os conflitos internos de uma 
forma que fosse mais aceitável para a mente consciente. 
A histeria, um dos primeiros fenômenos a capturar a atenção de Freud, foi um ponto 
de partida crucial em sua investigação dos processos mentais inconscientes. Na 
Viena da época, a histeria era diagnosticada em pacientes, predominantemente 
mulheres, que apresentavam sintomas físicos inexplicáveis, como paralisias, 
convulsões e cegueira, sem uma causa orgânica identificável. 
A compreensão de Freud sobre a histeria teve um impacto significativo não apenas 
na prática clínica da psicanálise, mas também na forma como a psicologia e a 
medicina abordavam os distúrbios psicossomáticos. Seus estudos sobre a histeria 
foram cruciais para o desenvolvimento de sua teoria mais ampla sobre o inconsciente 
e os mecanismos de defesa psíquica, que formaram a base da psicanálise e 
continuam a influenciar o campo da saúde mental até os dias de hoje. 
Além disso, Freud desenvolveu técnicas terapêuticas, como a hipnose e, 
posteriormente, a associação livre, para acessar e tratar os conteúdos inconscientes 
associados à histeria. 
Associação Livre é uma técnica terapêutica central na psicanálise, desenvolvida por 
Sigmund Freud como parte do processo de investigação do inconsciente. Essa 
técnica é utilizada para acessar conteúdos mentais que estão além da consciência do 
paciente, permitindo a exploração de pensamentos, sentimentos e memórias que 
podem estar associados aos sintomas psíquicos ou à dinâmica inconsciente. 
Quando um paciente está em análise psicanalítica, o terapeuta encoraja o paciente a 
falar livremente sobre qualquer coisa que venha à mente, sem censura ou restrição. 
 6 
O objetivo é permitir que os conteúdos do inconsciente venham à tona de forma 
espontânea, revelando os processos mentais subjacentes que podem estar 
contribuindo para o sofrimento psíquico do paciente. A Associação Livre baseia-se na 
premissa de que os conteúdos do inconsciente são organizados de forma associativa 
e simbólica, e que a livre associação de ideias pode revelar padrões e significados 
ocultos. Ao permitir que o paciente fale livremente, o terapeuta pode identificar 
padrões recorrentes, lacunas na narrativa e emoções subjacentes que podem indicar 
áreas de conflito ou traumas não resolvidos. 
Essa técnica foi introduzida por Freud como uma alternativa à hipnose, que ele 
inicialmente utilizava em suas sessões terapêuticas. Freud descobriu que a hipnose 
podia restringir a expressão do inconsciente e criar resistência por parte do paciente. 
Com a Associação Livre, Freud percebeu que os pacientes podiam acessar livremente 
seus próprios conteúdos mentais, sem a interferência do terapeuta, facilitando a 
exploração mais profunda dos processos inconscientes. Ele descobriu que permitir 
que os pacientes relatassem livremente seus pensamentos, sentimentos e memórias 
sem censura ou julgamento era uma maneira eficaz de explorar e resolver os conflitos 
subjacentes que alimentavam os sintomas histéricos. 
A Associação Livre é uma técnica flexível e adaptável, podendo ser utilizada em 
diferentes contextos terapêuticos, incluindo psicanálise individual, psicoterapia de 
grupo e outras abordagens psicoterapêuticas. Ela continua sendo uma das técnicas 
mais importantes na práticaclínica da psicanálise e tem sido amplamente adotada em 
outras formas de terapia psicológica. 
Freud postulou que esses sintomas histéricos não eram simplesmente aleatórios, mas 
representavam manifestações simbólicas de conflitos psíquicos inconscientes, 
frequentemente enraizados em traumas emocionais ou desejos reprimidos. Suas 
investigações sobre a histeria foram fundamentais para o desenvolvimento de suas 
teorias sobre o inconsciente e os mecanismos de defesa psíquica. 
Outro conceito central na psicanálise freudiana, abordado no filme “Freud, além da 
alma”, e que abordaremos ao longo desse trabalho, é o Complexo de Édipo. Baseado 
na mitologia grega e aplicado ao desenvolvimento psicossexual da criança. 
 7 
O Complexo de Édipo é um dos conceitos fundamentais na teoria psicanalítica de 
Sigmund Freud, descrevendo um estágio crucial do desenvolvimento psicossexual 
infantil. 
Segundo Freud, o Complexo de Édipo ocorre durante a chamada fase fálica do 
desenvolvimento, por volta dos três a cinco anos de idade, quando a criança 
experimenta desejos inconscientes pelo progenitor do sexo oposto e hostilidade em 
relação ao progenitor do mesmo sexo. Freud derivou esse conceito da mitologia 
grega, especificamente da tragédia de Édipo Rei, em que o herói Édipo 
inadvertidamente mata seu pai e casa-se com sua mãe. 
Para Freud, o Complexo de Édipo é uma manifestação dos impulsos sexuais inatos 
da criança, conhecidos como libido, que são direcionados inicialmente para os pais. 
A criança, ao perceber a diferença de gênero entre os pais, desenvolve desejos 
amorosos pelo genitor do sexo oposto, conhecido como o Complexo de Édipo 
positivo, e hostilidade e rivalidade em relação ao genitor do mesmo sexo, conhecido 
como o Complexo de Édipo negativo. 
A resolução bem-sucedida do Complexo de Édipo é crucial para o desenvolvimento 
emocional e psicossexual saudável da criança. Isso envolve a internalização das 
normas e valores dos pais, a identificação com o genitor do mesmo sexo e a 
sublimação dos desejos incestuosos em atividades socialmente aceitáveis. No 
entanto, se o Complexo de Édipo não for resolvido adequadamente, isso pode resultar 
em conflitos psicológicos e dificuldades emocionais na vida adulta. 
Freud explorou extensivamente o Complexo de Édipo em várias de suas obras. Ele 
considerava esse conceito como uma das pedras angulares de sua teoria 
psicanalítica da personalidade e do desenvolvimento humano. Freud também discutiu 
a importância do Complexo de Édipo na formação das estruturas psíquicas, como o 
id, ego e superego, e sua influência nas relações interpessoais e na dinâmica familiar. 
 
 
 
 
 8 
2. DESENVOLVIMENTO 
 
O filme "Freud, Além da Alma" é uma cinebiografia que mergulha na vida e na obra 
do renomado psicanalista Sigmund Freud. Lançado em 1962, o filme é dirigido por 
John Huston e estrelado por Montgomery Clift no papel de Freud, que foi baseado na 
biografia escrita por Jean-Paul Sartre. 
A trama se desenrola nos primeiros cinco anos da carreira de Freud, começando em 
1885, quando o jovem médico austríaco entra em contato com os primeiros casos de 
histeria. O filme retrata os desafios enfrentados por Freud em sua jornada para 
compreender as profundezas da mente humana, especialmente através da análise da 
histeria. A história se passa em Viena, Áustria, e aborda o período em que Freud 
estava desenvolvendo suas teorias revolucionárias sobre a mente humana. 
Uma das peças fundamentais do enredo é a viagem de Freud para a França, onde 
ele estuda com o renomado médico Charcot, que se dedicava ao estudo da histeria 
na época. Essa experiência influencia significativamente o desenvolvimento das 
teorias de Freud, fornecendo-lhe insights importantes sobre o funcionamento da 
mente. O enredo acompanha Freud desde o início de sua prática médica, quando ele 
começa a tratar pacientes com sintomas de histeria. Desafiado pela complexidade 
desses distúrbios e pela falta de métodos eficazes de tratamento, Freud decide 
investigar mais a fundo a natureza da mente humana. Ao longo do filme, vemos Freud 
confrontando o ceticismo e a resistência da comunidade médica de sua época, que 
não aceita suas ideias inovadoras. Ele enfrenta críticas e desconfiança enquanto 
continua a desenvolver suas teorias. 
Uma parte significativa do enredo é dedicada à relação de Freud com uma de suas 
pacientes, Cecily, cujos distúrbios psicológicos são explorados de forma profunda. 
Essa relação desempenha um papel crucial no desenvolvimento das teorias de Freud 
e na compreensão do funcionamento da mente humana. Cecily é uma paciente que 
procura o Dr. Sigmund Freud em busca de ajuda para superar seus problemas 
psicológicos. Sua história é uma das muitas narrativas utilizadas para ilustrar os 
conceitos e as técnicas da psicanálise. Cecily é uma mulher jovem e aparentemente 
perturbada, que sofre de sintomas que incluem ansiedade, pesadelos e problemas de 
relacionamento. Ao longo das sessões com Freud, ela revela gradualmente eventos 
de seu passado e traumas reprimidos que estão contribuindo para seus sintomas. 
 9 
A relação terapêutica entre Freud e Cecily é central para o filme, pois ela representa 
a aplicação prática das teorias psicanalíticas de Freud. Através do processo de 
análise, Freud ajuda Cecily a explorar seu inconsciente, a enfrentar seus traumas 
passados e a entender as origens de seus problemas emocionais. A história de Cecily 
serve como uma ilustração poderosa dos princípios fundamentais da psicanálise, 
incluindo a importância da interpretação dos sonhos, a análise da transferência e a 
necessidade de confrontar os traumas do passado para alcançar a cura psicológica. 
Embora Cecily seja um personagem fictício criado para o filme, sua história representa 
as muitas experiências reais de pacientes que buscaram ajuda através da psicanálise 
e testemunha o poder transformador da terapia psicológica quando aplicada com 
compaixão e compreensão. 
O filme também explora as relações pessoais de Freud, incluindo seu casamento e 
sua amizade com colegas médicos. Embora o filme contenha elementos fictícios para 
efeitos dramáticos, é baseado em fatos e em grande parte na correspondência e 
escritos de Freud. 
No entanto, é importante notar que Freud teve desavenças com alguns de seus 
discípulos e seguidores, como sua desavença com Breuer como relatado no filme. O 
filme ainda nos mostra que as próprias experiências pessoais de Freud contribuíram 
fortemente para suas descobertas em uma área tão pouco explorada. O filme encerra 
deixando uma reflexão que foi escrita no templo de Delfos, há dois mil anos: 
“Conhece-te a ti mesmo “, logo o filme nos leva a refletir sobre a ideia de conhecermos 
a nós mesmos, deixando a vaidade e orgulho de lado, assim como Freud que não 
permitiu que a cegueira alheia o impedisse de seguir em frente. Apesar do filme ser 
retratado em uma época diferente da atual, é possível afirmar que ainda hoje existem 
preconceitos diante daquilo que é desconhecido, assim como era com a medicina no 
filme. 
No filme, Freud vai além dos limites estabelecidos e busca além do conhecido, por 
fim, aprendemos muito com o filme para a consolidação do nosso entendimento sobre 
a teoria psicanalítica, pois o filme nos faz imergir em como Freud desenvolveu a 
psicanálise mesmo diante das críticas e desafios, o surgimento e entendimento dos 
conceitos presentes no filme e abordados neste trabalho e como era a relação 
terapêutica de Freud com seus pacientes 
 10 
Ao longo da narrativa, somos apresentados às teorias revolucionárias de Freud, como 
o Complexo de Édipo, a interpretação dos sonhos, a estrutura da mente humana (ID, 
Ego e Superego) e o papel do inconsciente. O filme explora as resistências e os 
estigmas enfrentados por Freud e sua teoria psicanalítica, que desafiaram as 
concepções tradicionais da psicologia e dasociedade da época. 
O filme é aclamado tanto por sua precisão histórica quanto por suas performances 
envolventes. Montgomery Clift oferece uma interpretação cativante de Freud, 
capturando sua determinação, sua paixão pela pesquisa e sua luta contra as 
adversidades. Huston habilmente retrata a Viena do final do século XIX, criando uma 
atmosfera rica em detalhes e autenticidade. 
"Freud, Além da Alma" é uma jornada fascinante através da vida e do trabalho de um 
dos pensadores mais influentes do século XX, oferecendo uma visão íntima e 
perspicaz do homem por trás da teoria. Com uma direção habilidosa, performances 
cativantes e um roteiro rico em detalhes históricos e psicológicos, o filme é uma obra-
prima cinematográfica que continua a fascinar e inspirar espectadores ao redor do 
mundo. 
 11 
2.1 DESENVOLVIMENTO 
 
O Filme se inicia com um grupo médico percorrendo a ala de internação, onde é 
informado ao Dr. Meynert sobre uma nova paciente admitida por Freud com quadro 
clínico de histeria, como cegueira, paralisias, tremores. No entanto, Meynert se opõem 
a internação, alegando que os sintomas são falsos, que a histeria é um sinônimo de 
mentira, que o objetivo principal dos sintomas é fugir de suas responsabilidades, atrair 
atenção e causar pena. Neste momento, Freud pede licença e perfura a perna da 
paciente com uma agulha que não esboça nenhuma reação, e então questiona se é 
fingimento. 
Nessa cena, é possível notar o interesse de Freud na Histeria. 
Freud aflito e interessado em saber mais sobre a histeria, foi estudar com o Jean- 
Martin Charcot em Paris, conhecido pelo seu trabalho na área da neurologia e pelos 
estudos da histeria. 
Charcot provou que a histeria não teria a ver com bruxaria ou fingimento, mas que os 
sintomas surgiam após um evento traumático, e desenvolveu a técnica da hipnose 
para investigar e tratar a histeria. 
Freud percebeu que os sintomas histéricos teriam relação com experiências 
traumáticas e conflitos reprimidos, assim desenvolveu a teoria sobre o inconsciente. 
 
 
A Histeria é uma condição psicológica caracterizada por sintomas físicos sem causas 
orgânicas aparentes, são fragmentos de vivências traumáticas reprimidas, algum tipo 
de culpa ou angústia que manifestam em sintomas físicos. 
 12 
Freud acreditava que traumas e desejos eram reprimidos pela consciência, mas que 
a parte da mente inconsciente fazia emergir em sintomas físicos. E, para ele, muitas 
vezes essas repressões tinham conotação sexual. 
 
 
O filme “Freud, Além da alma” também apresenta o surgimento do conceito do 
Complexo de Èpido. 
A cena narra Freud chegando à casa de Carl Von Schlossen, um paciente que atacou 
seu pai com uma faca. A princípio, um ataque sem justificativa. 
Ao visitar seu paciente, Freud olha as obras de literatura, e conversando com o rapaz 
e observando o ambiente, Freud nota um uniforme militar, pergunta ao jovem se 
pertencia a ele, Carl responde que pertence ao seu pai, então Freud o questiona sobre 
o porquê de deixar o uniforme exposto, o jovem responde que tem muito orgulho do 
pai, no entanto, Freud rebate o argumento alegando que mesmo assim atacou o pai, 
Carl não nega o ataque, e diz que foi sem motivo e que deve estar ficando louco, e 
pergunta a Freud se irá interná-lo em manicômio. 
A cena a seguir, trata-se de Freud usando a hipnose para acessar as memórias do 
dia do ataque, fazendo perguntas a Carl. 
 
 
 
 13 
Ao reviver as lembranças durante a hipnose, Carl vai narrando o que aconteceu 
durante a mesa de jantar com o pai, conta sobre o comportamento de seu pai e seu 
olhar de raiva, fala do brilho da faca em cima da mesa, o jovem diz que o encara, um 
gesto visto pelo pai como desafiador, que isso o deixa enfurecido, então o jovem conta 
que o pai irá atacá-lo, que agora se trata dele ou do pai, então ataca o pai primeiro, 
chamando-o de porco imundo. 
Freud questiona o porquê de chamar o pai de porco imundo e o filho conta que o pai 
estuprava uma menina de 17 anos, todas as noites, Simung pergunta quem seria a 
menina, Carl responde que era sua mãe. 
 
 
 
A cena segue com Carl indo até o manequim, retirando a farda, nota-se que o 
manequim tem forma feminina, o paciente começa a abraçar e beijar o manequim. 
 
 
Freud fica atordoado com a cena, solta os braços do jovem do manequim e diz que 
ao acordá-lo não irá se lembrar de mais nada. 
Freud recorda-se de uma conversa com Dr. Meynert, em que indagou a Freud que é 
melhor deixar os escorpiões trancados no escuro. 
Nesta cena, é abordado o complexo de édipo, porque Carl nutria pela mãe um desejo 
amoroso no inconsciente, e a presença do pai é uma ameaça a essa relação, e 
começa a ver o pai como um rival e um empecilho para concretização desse amor, é 
 14 
nesse momento que surge a necessidade de se livrar do pai, por isso o paciente ataca 
o pai, mas não entende o motivo para tal atitude, já que criou essas fantasias pela 
mãe. Vale lembrar que na cena, Carl mostra uma admiração por seu pai, assim 
exercendo uma relação ambivalente, de amor e ódio pelo pai. 
Seguindo o filme, temos o caso de Cecily, que inicialmente é paciente Dr. Breuer e 
que Freud terá um contato inicial, e no decorrer das cenas é possível analisar a 
descoberta da Técnica da Associação Livre. 
Cecily é uma paciente que está cega, Dr. Breuer usa o método de hipnose para 
acessar o seu inconsciente e fazer com que Cecily narre a cena do trauma que veio 
a deixá-la cega. Freud acompanha a sessão de hipnose atento ao fenômeno. 
Cecily conta que acordou com a porta do seu quarto sendo esmurrada, que ao abrir, 
tinham dois médicos, (neste momento Freud pergunta a Breuer “médicos deixaram o 
hospital para dar a notícia?”) que os mesmos tinham ido contá-la sobre seu pai, e que 
a levariam para hospital. Em sua narrativ,a Cecily nota comportamento estranho nas 
enfermeiras ao entrar no hospital, os médicos levaram-a até o quarto em que seu pai 
encontrava-se, contou que tocavam músicas para os pacientes, falou que não poderia 
suportar, e que ao se aproximar do quarto havia mais médicos e foi informada sobre 
a morte de seu pai, e que tinham enfermeiras ali também e que olhavam para ela, que 
pareciam estranhas, os médicos pediram “olhe para ele” e diziam “é seu pai?”, a 
paciente conta que não conseguia olhar. 
Dr Breuer tenta acalmar a paciente, e fala que vai acordá-la, e irá se lembrar de tudo 
que contou e que passará a enxergar, mas isso não acontece. 
 15 
 
Na cena seguinte Freud pede para fazer algumas perguntas para Cecily porque ela 
está próxima da memória, e Breuer dá o comando para que ela responda a Freud. 
Com Cecily hipnotizada, Freud pede para que ela volte no tempo, fala para a paciente 
que está em Nápoles, em seu quarto no hotel, Freud narra a cena, falando que é noite, 
que alguém bate na porta do seu quarto, e pergunta para Cecily o que ela faz, a 
paciente conta que abre a porta, Freud pergunta “sem saber quem está lá fora?”, a 
jovem responde que sabe que são os médicos, Freud questiona “como você tem 
certeza?”, ele pergunta então a paciente se eles estão falando algo, ela responde que 
sim, e Freud pergunta o que estão falando, inquieta Cecily fala que estão falando... 
“Polícia! Abra a porta!” 
 
 
 
Cecily continua contando que a levaram para o hospital, Freud pede para que fale das 
enfermeiras estranhas. A paciente fala das roupas e Freud continua conduzindo com 
falas e perguntas, até que Cecily perceba que na verdade não é um hospital e sim um 
bordel. 
 
 16 
 
 
Freud pergunta o que aconteceu, e Cecily conta que a levaram para o quarto onde 
seu pai estava, que haviam mulheres ao redor da cama, fala que as odeia, que pode 
ver quem matou o seu pai, Freud pergunta como ela matou o seu pai, a paciente 
responde que morreu de luxuria, que morreu no braços da prostituta, que os policiais 
a forçarama olhar para o seu pai, “Este é o seu pai, você o reconhece?”, que havia 
marca de batom em sua boca. 
Dr. Breuer pede para Freud encerrar a sessão. 
 
Freud fala “Cecily, está em Viena agora, ao acordar, vai se lembrar de tudo o que 
disse.” 
 
 
 
 
 17 
 
 
Nesta cena é possível ver mais uma hipnose e Freud explorando as memórias que 
estão reprimidas no inconsciente de Cecily, fazendo com que a paciente seguindo os 
seus questionamentos consiga enxergar além das fantasias, entrando em contato 
com a verdade e trazendo à tona o trauma que sua consciência reprimiu, e quando 
acorda da hipnose ao lembrar do que realmente aconteceu sobre a morte de seu pai, 
consegue enxergar novamente. 
Mas, Cecily ficou enferma novamente, Dr. Breuer pede para que Freud cuide dela. 
 
Freud vai visitar Cecily, agora como sua paciente, e ela relata que está cansada de 
ficar doente, Freud continua a sua análise, e em um determinado momento tenta 
hipnotizar a jovem, vai induzindo- a com palavras a hipnose, que está respirando cada 
vez mais profundamente e pede para que durma, mas a jovem não corresponde aos 
seus comandos e resiste a hipnose. 
Freud volta para casa intrigado, e percebe que não conseguiu hipnotizar Cecily por 
conta do sentimento que ela alimenta pelo Dr. Breuer, em seu inconsciente é como se 
a jovem estivesse traindo seu ex médico. 
Agora Freud pensa em um meio de acessar o inconsciente dela. 
 
Em uma determinada visita a sua paciente, Freud a questiona sobre um desmaio na 
rua da torre vermelha, Cecily responde que “não pode ser lavado”, então Freud 
questiona “o que não pode ser lavado?” 
A jovem responde que foi sua mãe que disse ontem, e conta que derramou vinho tinto, 
e que sua mãe disse “sua estúpida, como é desastrada!”, Freud pergunta se isso a 
magoou, e Cecily responde que sim, porque até sonhou com aquilo, sonhou com as 
palavras da mãe e a torre vermelha. 
 
 18 
 
 
Freud pergunta se a jovem lembra do sonho, a mesma, relata o sonho: 
 
“Eu andava pela beira-mar e, de repente, vi uma torre alta, redonda, vermelha. Havia 
uma inscrição na entrada e um brasão, engraçado, um bastão com uma cobra 
enroscada.” 
Freud pergunta, e a inscrição? 
 
Cecily responde que não lembra, e continua contando o sonho, uma mulher, o corpo 
estava pintado com belas imagens, poderia ser uma egípcia. Um homem alto e bonito 
veio por ela, todo bem-vestido, ela disse: “Sou a Senhora Putiphar, e tentou colocar 
um anel nele, mas o que ele usava, de ouro, impedia. O dela caiu e saiu rolando, 
assim, o homem se virou e correu, ele tropeçou e caiu no chão, a jovem conta que 
correu para ajudá-lo, quando chegou lá, só encontrou roupas. Uma janela na torre se 
abriu, minha mãe olhou, ela apontou, ameaçadora, para a mulher pintada e disse: “O 
sangue vai denunciá-la. Não pode ser lavado, não importa o que faça.” 
 
 
 
 
 19 
Então após o relato do sonho, Freud pergunta, “Como disse que era o nome da mulher 
pintada?” 
Cecily responde: Senhora Putiphar, Freud indaga Putiphar, não era Putiphar 
personagem da Bíblia? A Jovem responde “ela usou pronúncia francesa”, então Freud 
questiona, por pensar em outra palavra parecida? Então Cecily responde “putain”, 
Freud fala “putain” prostituta em francês. 
Então Freud pergunta quem era a Senhora Putiphar? Cecily responde: ela tentou 
seduzir José na Bíblia, ele a rejeitou e fugiu, e ela se vingou. Freud pergunta “quem é 
José?”, a jovem fica confusa e pergunta: como assim? 
Freud pergunta a Cecily se conhece alguém com esse nome, ela responde Dr. Joseph 
Breuer, Freud continua, o Joseph do seu sonho não fez amor com a moça pintada. 
Quem era ela? Conhece alguém que se pinta? 
A jovem diz, era uma egípcia, e Freud pergunta o que a mãe disse para egípcia em 
seu sonho, ela responde “O sangue vai denunciá-la, não pode ser lavado”, e Freud a 
questionada o que sua mãe lhe disse ontem? 
A jovem chega à conclusão de que ela é a moça pintada, e Freud conclui, que foi 
rejeitada por Joseph, e por isso o odeia. Cecily alega que não o odeia, mas Freud 
continua a falar que ainda não pode admitir, mas em seu sonho, a jovem o fez morrer. 
Então a jovem termina falando que não suportará ser essa pessoa. 
 
Freud diz que nenhum de nós consegue encarar nossos desejos, por isso os 
reprimimos, e fala para a sua paciente que encontram um caminho para o 
inconsciente, sem hipnose, com aparentes coincidências, e que os deslizes foram 
sinais. Seus sonhos, com a sua linguagem simbólica lhe disseram a verdade sobre 
seus sentimentos. 
 
 20 
 
A técnica da associação livre, como vimos no trecho acima do filme, é a técnica que 
Freud encontrou para acessar o desejo reprimido no inconsciente, seria a forma de 
encorajar o paciente a falar de forma livre, sem censura, sem vergonha, falar tudo que 
vem à mente, assim fazendo associações com pensamentos reprimidos, deixando 
que desejos e emoções se manifestem em sua consciência, assim revelando o 
processo inconsciente que influenciam os sintomas e comportamentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 21 
3. CONCLUSÃO 
 
Ao longo deste trabalho acadêmico, mergulhamos em um vasto oceano de 
conhecimento, explorando os temas do surgimento da psicanálise, a análise do filme 
"Freud Além da Alma" e os conceitos fundamentais: histeria, complexo de Édipo e 
associação livre. A jornada intelectual que empreendemos foi repleta de descobertas 
fascinantes, discussões profundas e insights reveladores que enriqueceram 
significativamente nosso entendimento da mente humana e da psicanálise como uma 
disciplina. 
O filme apresenta pontos importantes, onde foi possível analisar o surgimento da 
psicanálise em um período conturbado, em que a medicina era baseada somente pelo 
que era visível e mensurável, levando em conta somente os pontos de vista 
anatômicos e fisiológicos. Trazendo à tona um processo de negação da realidade que 
poderia ser evitado através da aceitação de outras verdades e ideologias existentes, 
onde Freud por trazer essas novas concepções enfrentou desafios e críticas, fato 
muito bem retratado no filme. 
Em primeiro lugar, ao explorarmos o surgimento da psicanálise, fomos transportados 
para Viena do final do século XIX, um caldeirão cultural e intelectual efervescente, 
onde Sigmund Freud iniciou sua jornada rumo à revolução na compreensão da psique 
humana. Investigamos as influências filosóficas, científicas e sociais que moldaram 
as teorias freudianas, desde suas raízes na teoria da mente de Franz Anton Mesmer 
até sua ruptura com a psiquiatria tradicional e sua afirmação da importância do 
inconsciente na determinação do comportamento humano. 
O filme nos mostra como Freud foi extremamente importante para quebrar os 
estigmas associados a histeria, onde muitos acreditavam na época que a histeria não 
tinha ligação com doenças orgânicas e não passava de um fingimento de suas 
pacientes ou aqueles que entendiam a histeria como uma doença orgânica, mas de 
origem uterina que só acometia em mulheres, entretanto, Freud pode observar que a 
histeria não tinha nenhuma relação com o útero e, portanto, não atingia apenas 
mulheres como se acreditava, tampouco era um fingimento, mas estava ligado a 
razões psíquicas onde os sintomas apareciam pela manifestação de conflitos 
inconscientes e reprimidos, muitas vezes de natureza sexual, relacionados a traumas 
não resolvidos no passado. No filme também é retratado o complexo de Édipo, onde 
Freud se depara com o jovem Carl Von Schlossen que atacou seu pai com uma faca, 
 22 
aparentemente sem motivo algum, e então o hipnotiza a fim de fazer sugestões e 
perguntas acerca desse evento. 
No filme, o jovem demonstra um forte desejo pela mãe e um ódio pelo pai e é a partir 
do tratamento desse paciente que Freud chega a uma questão substancial para a sua 
teoria: a sexualidade.A partir desse ponto, Freud observa como a sexualidade estava 
presente na infância, portanto, o complexo de Édipo caracteriza uma fase importante 
no desenvolvimento psicossexual da criança. Ele descreveu essa fase como um 
período em que os desejos sexuais da criança se concentram no genitor do sexo 
oposto, enquanto ela experimenta sentimentos de rivalidade e hostilidade em relação 
ao genitor do mesmo sexo. 
Freud viu o complexo de Édipo como uma parte natural e universal do 
desenvolvimento humano, influenciando significativamente a formação da 
personalidade e dos relacionamentos interpessoais. Ele argumentou que a não 
resolução adequada desse conflito poderia levar a distúrbios psicológicos mais tarde 
na vida, como foi possível observar o caso do jovem Carl, sendo assim, para Freud o 
complexo de Édipo era uma peça fundamental na compreensão da psicodinâmica e 
do desenvolvimento humano. 
O caso de Cecily retratado no filme, é abordado neste trabalho de forma crucial para 
o entendimento da histeria e complexo de Édipo, onde a paciente apresentava 
sintomas físicos sem causas aparentes e fazia relatos de cenas confusas e sem 
sentido sobre a morte de seu pai, onde Freud ao perceber algumas contradições no 
discurso, intervém, conduzindo Cecily entrar em contato com a verdade, no caso dela 
Freud inicia usando a hipnose, entretanto, ela passa a resistir às sessões de hipnose, 
levando Freud a atualizar sua técnica. Então após ele observar resistência à hipnose 
pela paciente, Freud desenvolveu a associação livre como uma técnica onde os 
pacientes podiam revelar informações importantes enquanto estavam em estados de 
relaxamento profundo. 
Ele percebeu que, ao permitir que os pacientes falassem livremente, sem direção ou 
julgamento, eles podiam acessar conteúdos inconscientes e revelar pensamentos e 
sentimentos, ele ainda demonstrou como encorajava os pacientes a relatarem 
livremente qualquer pensamento, sentimento ou imagem que viesse à mente, sem 
tentar censurar ou editar. Freud acreditava que essa técnica era essencial para 
explorar os conteúdos inconscientes da mente e entender os processos psicológicos 
 23 
subjacentes. Desde então, a associação livre se tornou uma parte fundamental da 
prática psicanalítica e continua a ser uma técnica importante na psicoterapia 
psicanalítica e em outras abordagens terapêuticas. 
Apesar de ser fortemente criticado, Freud não desistiu da psicanálise e de suas 
teorias. Ele enfrentou críticas ao longo de sua carreira, e manteve-se fiel às suas 
teorias e continuou a desenvolver a psicanálise até o fim de sua vida. Freud foi 
bastante resoluto em suas convicções e defendeu vigorosamente suas ideias, mesmo 
diante de oposição e ceticismo por parte de outros profissionais da área. Ao longo 
deste trabalho, cada membro do grupo teve a oportunidade de contribuir com sua 
expertise e perspectivas únicas, enriquecendo assim o processo de aprendizagem 
coletiva. 
As discussões estimulantes e as reflexões críticas promovidas durante nossas 
reuniões proporcionaram uma compreensão mais ampla e aprofundada dos temas 
abordados, incentivando-nos a questionar preconceitos, a explorar novas ideias e a 
desafiar conceitos estabelecidos. Exploramos os primórdios da psicanálise, desde os 
primeiros passos dados por Sigmund Freud até sua consolidação como uma das mais 
influentes abordagens no campo da psicologia. 
Ao examinarmos o contexto histórico e as influências culturais que moldaram as 
teorias freudianas, fomos capazes de compreender melhor não apenas o 
desenvolvimento da psicanálise, mas também sua relevância duradoura na 
compreensão da mente humana. 
Em última análise, este trabalho agregou um vasto conhecimento ao grupo, ampliando 
nossa compreensão da psicanálise como uma abordagem multifacetada e em 
constante evolução. Ao explorar os temas do surgimento da psicanálise, a análise do 
filme "Freud, Além da Alma" e os conceitos de histeria, complexo de Édipo e 
associação livre, fomos capazes de apreciar a profundidade e a complexidade da 
mente humana, bem como a importância de abordagens holísticas e contextualizadas 
para sua compreensão. Esperamos que as descobertas e insights obtidos neste 
trabalho continuem a nos inspirar e a informar nossas práticas profissionais e pessoais 
no futuro, transformando-nos não apenas como estudantes, mas como indivíduos que 
valorizam a complexidade da mente humana e reconhecem a importância da 
psicanálise como uma ferramenta poderosa na compreensão do ser humano. 
 24 
4. REFERÊNCIAS 
 
1. Freud, S. (1905). Três ensaios sobre a teoria da sexualidade. Editora Imago. 
2. Gay, P. (2006). Freud: Uma vida para o nosso tempo. Companhia das Letras. 
3. Laplanche, J., & Pontalis, J.-B. (2001). Vocabulário da psicanálise. Editora Martins 
Fontes. 
4. Freud, Além da Alma – Filme 1962 
https://youtu.be/TzfWe5CdwvA?si=ot35kPYVB_MMU336 
https://youtu.be/TzfWe5CdwvA?si=ot35kPYVB_MMU336
https://youtu.be/TzfWe5CdwvA?si=ot35kPYVB_MMU336

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