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61Competir ou cooperar: eis a questão!
Educação Física
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misso, criatividade, fantasia e expressividade, representadas de diver-
sas formas, próprias de cada cultura. As regras existem sem a rigidez 
aplicada aos esportes, mas são previamente discutidas e combinadas 
pelos participantes, que poderão modificá-las ou não, de acordo com 
o interesse do grupo. 
O jogo é uma atividade livre que deve ser realizada sem o caráter 
da obrigatoriedade. Possibilita a liberdade e a criação, permitindo o 
surgimento de outras formas de jogar, implica um sentido e um signifi-
cado que, com o tempo, passam a fazer parte da cultura do grupo, co-
munidade, povo ou nação que o inventou. Você pode perceber isto se 
buscar um jogo que é típico em sua região, mas que poderá ter carac-
terísticas diferentes ou nem existir em outra região do país.
Sua importância, enquanto Conteúdo Estruturante da disciplina de 
Educação Física, está na representação das raízes históricas e culturais 
de diversos povos, bem como as transformações ocorridas ao longo do 
tempo que possam ter causado modificações no modo como se joga 
determinado jogo em várias partes do mundo. É importante, também, 
considerar o jogo em seu processo de criação, recriação e readapta-
ção, levando-se em conta as possíveis influências políticas, econômi-
cas e sociais pelas quais tenha passado, dando-lhe uma nova configu-
ração e uma compreensão crítica. Enfim, é uma produção humana que 
tem um “(...) significado dentro da produção coletiva dos homens vi-
vendo em sociedade” (BRUHNS, 1996, p.29).
O jogo, enquanto fenômeno social, está relacionado aos processos 
de produção que aconteceram desde sua invenção. A integração entre 
as atividades relacionadas ao trabalho e o jogo se manifestavam possi-
bilitando perpetuação de hábitos transmitidos de geração em geração. 
Você percebe o quanto os jogos tinham e têm um significado impor-
tante na vida dos seres humanos?
Com as novas possibilidades de desenvolvimento da economia, 
desde o final do século XVIII, e com a intensificação da produção in-
dustrial, os valores se modificaram, impondo alterações no modo e nas 
condições de vida. A classe dominante condenava as atividades popu-
lares, como os jogos, pois viam nelas uma ameaça à ordem imposta 
pelo modo de produção capitalista. Para a elite (econômica, política e 
62 Jogos
Ensino Médio
62 Introdução
Ensino Médio
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intelectual), o jogo, além de provocar “desvio de atenção sobre a vida 
santificada”, não contribuía para o restabelecimento das forças neces-
sárias para a retomada do trabalho. 
Percebendo as potencialidades desse caráter de insubordinação e 
de criação inerentes ao jogo, a classe dirigente procurou dar destaque 
ao esporte e minimizar a importância social do jogo. Nesse contexto, 
surgiu a padronização do esporte que objetivava disciplinar por meio 
da aceitação da idéia de que regras rígidas devem ser seguidas por to-
dos, para o bem e a ordem social. Sobre esporte, você pode buscar in-
formações interessantes no texto de apresentação desse conteúdo es-
truturante e seus respectivos Folhas.
Apesar das interferências históricas, políticas e econômicas, o jogo 
praticado atualmente ainda apresenta algumas características originais, 
especialmente quanto ao seu caráter lúdico e espontâneo.
 Você já observou com que prazer as crianças, adolescentes e adul-
tos jogam futebol na rua ou num espaço improvisado qualquer? Você 
e seus colegas jogam vôlei, basquete ou qualquer outra modalidade 
apenas para se divertir, criando regras próprias acordadas por todos? 
Será que, mesmo de maneira descontraída e sem regras rígidas, vo-
cê não estaria jogando para competir? E com quem você estaria com-
petindo: consigo mesmo para superar-se ou com o outro para provar 
quem é o melhor?

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