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ARTIGO IZANA_095624

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFLEXÕES SOBRE A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NA 
EDUCAÇÃO ESPECIAL 
 
 
 
 
 
Izana Cabral 
 
 
 
 
 
 
 
SANTA CRUZ DO ARARI-PA 
2024
1 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI 
 
 
 
 
REFLEXÕES SOBRE A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NA 
EDUCAÇÃO ESPECIAL 
 
 
 
 
 
 
Izana Cabral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTA CRUZ DO ARARI-PA 
2024 
Trabalho de Conclusão apresentado ao Curso 
Educação Especial e Inclusiva do Centro 
Universitário UNIFAVENI, como requisito 
parcial para obtenção do grau de latu sensos. 
 
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DEDICO ESTE TRABALHO A MEUS PAIS QUE COM TANTO AMOR E CARINHO ME 
DERAM TODA EDUCAÇÃO QUE UMA CRIANÇA PRECISAVA TER. 
 
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AGRADECIMENTOS 
 
 Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado a oportunidade de 
chegar a mais esta etapa da vida. 
Agradeço aos meus pais que com amor e carinho me ensinaram a viver 
a vida decentemente e baseada nos valores éticos e morais. 
Agradeço à minha família pelo incentivo que até agora me tem dado. 
Agradeço também aos meus amigos que contribuem com a minha 
formação ao longo desse processo. 
Agradeço ao meu esposo que sempre está do meu lado me dando todo 
apoio possível quando mais preciso. 
Agradeço aos professores da Faveni que contribuem com a minha 
formação acadêmica. 
 
 
 
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“O coração da criança recebe e acolhe as diferenças com mais naturalidade, 
afinal ninguém é igual”. 
Ricardo V. Barradas 
 
 
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RESUMO 
 
O presente artigo aborda a questão da avalição dos alunos com necessidades 
educacionais especiais, tendo como base as estratégias de ensino que são 
utilizadas, a fim de que aconteça um processo de inclusão desses alunos que 
precisam de um espaço acolhedor dentro da sala de aula. Existem políticas 
educacionais que de fato inserem os alunos com necessidades educacionais 
especiais e cuidam para que eles recebam uma educação comum, com 
materiais adaptados, de modo que aconteça uma avalição mais próxima da 
realidade educacional de cada aluno. Os alunos são sujeitos de aprendizagem 
e carecem de uma atenção maior, visando o acolhimento dele como ele é, sem 
tentar moldar a sua vida. As práticas pedagógicas devem ser feitas de maneira 
coletiva, de modo que possam sanar os problemas relacionados à inclusão 
desses alunos. A presença de alunos com deficiência na escola causa uma 
´serie de reflexões que precisam de análises profundas, garantindo que todos 
tenham acesso a uma educação de qualidade. 
 
Palavras-chave: Avaliação; Alunos; Deficiência; Práticas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
Sumário 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................7 
2. DESENVOLVIMENTO.....................................................................................8 
3. UM POUCO DA HISTÓRIA ACERCA DA EDUCAÇÃO DE ALUNOS COM 
NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS................................................9 
4. AVALIAÇÃO E SEUS DESAFIOS DENTRO DA 
ESCOLA............................................................................................................12 
5. OS EDUCANDOS DENTRO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL SENDO 
INCLUÍDOS DENTRO DO ENSINO 
REGULAR..........................................................................................................15 
6. ENFRENTANDO OS DESAFIOS E INCLUINDO A AVALIAÇÃO DA 
APRENDIZAGEM DENTRO DAS ESCOLAS REGULARES............................15 
7. CONCLUSÃO................................................................................................18 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. INTRODUÇÃO 
A escola é um espaço que recebe todos os alunos, sendo que dentre 
eles estão aqueles que são portadores de alguma deficiência educacional ou 
física. Ela é a porta de entrada para que esses alunos sejam acolhidos, de 
modo que pode oferecer uma educação que seja realmente inclusiva e que 
tenha métodos de avaliação pertinentes à realidade educacional de cada aluno, 
indo ao encontro das suas necessidades. 
Os alunos que adentram na escola são dotados de diferenças e 
carregam dentro de si anseios diferentes. Por isso, a escola precisa se adaptar 
aos alunos com necessidades educacionais especiais, ofertando um ensino 
que vá ao encontro desses alunos, ajudando cada um deles a se sentirem 
acolhidos, amados e respeitados. 
Alguns anos atrás os alunos com algum tipo de deficiências tinham que 
frequentar outras escolas denominadas de especiais, cercadas de 
especialistas. Hoje em dia esse cenário mudou e surge a necessidade de ter 
alunos dentro das classes regulares de ensino, sendo que eles são pessoas 
como qualquer outra, sendo que carecem de uma atenção diferenciada. 
Ainda existem discussões acerca desse tema, pois muitas escolas ainda 
não estão preparadas para fazer uma avalição da aprendizagem desses alunos 
ou não contam com o auxílio de profissionais qualificados para que possam 
atender as demandas que surgem da vida desses alunos. 
A pesquisa justifica-se pela necessidade de se debater o tema na 
sociedade, priorizando os alunos que apresentam alguma necessidade 
especial, fazendo uma reflexão acerca da avaliação da aprendizagem desses 
sujeitos que merecem toda atenção possível. 
O objetivo geral é identificar aspectos da avaliação da aprendizagem dos 
alunos que estão inseridos no contexto da educação especial, visando uma 
aproximação com as práticas pedagógicas que são utilizadas dentro da sala de 
aula, mostrando que é possível uma educação especial que seja de fato 
coerente com a realidade de cada aluno. Os objetivos específicos são os 
seguintes: analisar a importância da avaliação para a aprendizagem dos alunos 
com necessidades educacionais especiais, de modo que sejam inseridos 
8 
 
dentro de práticas educativas diversas; pesquisar acerca da avaliação dos 
alunos com necessidades educacionais espaciais, mostrando que é preciso 
inovar dentro da sala de aula; descrever a importância do acolhimento desses 
alunos dentro da sala de aula, de modo que se sintam responsáveis pelo seu 
próprio conhecimento. 
A metodologia utilizada para a realização dessa pesquisa foi qualitativa, 
isto é, por meio da consulta em livros e materiais disponíveis em PDF na 
internet, fundamentando de maneira clara acerca do tema abordado. 
O trabalho tem relevância cientifica, sendo que as faculdades e alunos 
podem se valer do tema para aprofundar os conhecimentos, visando sempre o 
debate cientifico acerca da temática pesquisada. O lado social também poderá 
ter acesso a essa pesquisa, pois o tema é amplo e exige debates que sejam de 
fato eficazes para uma convivência dentro da sociedade. 
A avaliação da aprendizagem na educação especial carece de reflexões 
importantes, trazendo para a realidade escolar um debate que ajude a sanar os 
problemas enfrentados dentro da sala de aula. Os alunos precisam de aulas 
que de fato ajude a ter o conhecimento necessário e de profissionais que 
estejam atentos e aptos para fazer o atendimento adequado desses alunos. 
 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
 As reflexões acerca da avaliação da aprendizagem dos alunos com 
necessidades educacionais especiais devem antes de tudo, passar por um 
processo de colaboração entre os profissionais da escola. Os autores 
apresentados nesse trabalho querem justamente debater o tema, tornando-o 
mais acessível a todos, de modo que conheçam mais acerca desse tema que é 
muito importante para inserção desses alunos dentro da sala de aula. 
 
 
 
 
 
9 
 
3. UM POUCO DA HISTÓRIA ACERCA DA EDUCAÇÃO DE ALUNOS COM 
NECESSIDADES EDUCACIONAISESPECIAIS 
 
 
 Durante muito tempo esse tema tem causado debates entre 
especialistas que se dedicam a esse estudo, visando uma educação especial 
mais inclusiva e que atendesse as necessidades dos alunos dentro da sala 
regular de ensino. Nesse sentido, pedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos, 
fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, médicos e profissionais da educação 
especial, vêm juntando forças para ajudar sanar o problema da inclusão dentro 
das escolas em terras brasileiras. De acordo com Ribeiro (2006, p.54): 
[...] resultantes da ação de forças e agentes sociais novos, como as 
classes sociais em luta, os Estados Nacionais e seus interesses em 
promover a escolarização, a aceleração das mudanças produtivas, a 
importância do conhecimento científico, a valorização da escola como 
promotora da educação de trabalhadores, a luta emancipatória da 
mulher, a descoberta da criança e da pesquisa psicológica. Nem por 
isto, a escola e a escolarização têm significado uma experiência 
exitosa e isenta de crise. 
 
 Sabe-se que esse processo de inclusão nem sempre foi bem aceito, 
sendo que nos tempos passados os alunos com NEE não eram bem vistos, 
pois ficavam sempre para traz e muitas vezes eram abandonadas em praça 
pública, simplesmente porque tinham algum tipo de deficiência seja ela física 
ou intelectual. A valorização de alunos assim aconteceu após lutas históricas, 
fruto da união entre profissionais que queriam uma educação mais inclusiva e 
que valorizasse todos os alunos. 
 Em terras brasileiras houve uma segregação das pessoas que não 
tinham condições financeiras, de modo que eram totalmente excluídas da 
sociedade e não tinham também acesso à educação de qualidade. Um pretexto 
racista da época era que as famílias dos alunos que eram culpadas pela falta 
de inclusão deles dentro das escolas, pois não tinham meios financeiros para 
custear a educação de suas proles (PATTO, 1993). Por isso, verifica-se a 
importância da educação especial, pois ela poderia representar uma alternativa 
para atender os alunos que eram considerados incapazes de aprender porque 
eram pobres ou tinham alguma deficiência. 
 É possível trazer presente que a educação especial tenha surgido da 
Europa, em meados do século XVIII, sendo que esse trabalho começou a ser 
feito pelas instituições de alunos surdos e cegos, garantindo a educação de 
10 
 
alunos portadores de alguma deficiência e lutavam pelos direitos iguais, tendo 
como argumento que todos eram da raça humana. A partir desse século é 
possível perceber que o privilégio da nobreza chega ao fim e alunos com NEE 
começam adentrar as escolas, mas de forma limitada, sendo que eram ainda 
separados em instituições próprias. Bueno (1993, p.27) diz que: 
[...] a história nos mostra que a Educação Especial não nasceu para 
dar oportunidade a crianças que, por anormalidades específicas, 
apresentavam dificuldades na escola regular. A Educação Especial 
nasceu voltada para a oferta de escolarização a crianças cujas 
anormalidades foram aprioristicamente determinadas como 
prejudiciais ou impeditivas para sua inserção em processos regulares 
de ensino. 
 
 Com a expansão da educação especial no Brasil em meados do século 
XX, se abriu oportunidades para que os alunos com NEE pudessem fazer parte 
da educação, sendo valorizados, amados e respeitados, garantindo um acesso 
inovador dentro das escolas, sendo que a grande maioria desses alunos era 
proveniente de famílias carentes. Com isso, as escolas públicas passaram 
selecionar os alunos, incluindo apenas os alunos considerados sem deficiência 
e deixando de lado os alunos portadores de alguma NEE. Nos anos 60 já havia 
altos índices de exclusão de alunos dentro das escolas, talvez pelas suas 
características, sejam elas orgânicas, emocionais ou até mesmo culturais. Os 
alunos que porventura fracassassem na escola eram visto como portadores de 
alguma NEE e que não competia a escola sanar o problema. 
 Surgem então no Brasil na década de 70 as classes especiais nas 
escolas comuns, que eram destinadas aos alunos com deficiência mental leve, 
ou seja, os alunos que poderiam ter a possibilidade de estarem adquirindo 
aprendizado através do repasse dos conteúdos. Por outro lado, conforme os 
estudos de Schneider (1974), Paschoalick (1981), Cunha (1988) e Machado 
(1994) os alunos que eram atendidos não eram de fato incluídos, pois os 
problemas eram amenizados em parte. Nesse sentido, as famosas classes 
especiais estavam preocupadas com os atendimentos, deixando de lado o 
processo de integração desses alunos, valorizando um aprendizado de 
qualidade. 
 Surge então na década de 60 na Europa o movimento de integração, 
que veio justamente para propor que os alunos com NEE fossem incluídos em 
escolas regulares, colocando frente a frente a educação especial e a educação 
11 
 
regular. No Brasil esse movimento veio ganhar força a partir dos anos 80, mas 
antes disso a educação especial já estava a caminho com alguns documentos 
elaborados nos 70 (MENDES, 1994). Esses documentos ainda excluíam os 
alunos com deficiência, mas aos poucos essa discussão foi avançando. 
 A partir dos anos 90, em 1994, surge a divulgação da Declaração de 
Salamanca (UNESCO, 1994), trazendo a inclusão como ponto de debate, 
evidenciando que todos os alunos com NEE ou não deveriam ser incluídos 
dentro das escolas regulares. Com isso, as escolas tinham que passar por 
mudanças significativas, possibilitando o acesso desses alunos dentro das 
classes regulares de ensino. 
 Os discursos feitos em favor dos alunos com NEE aos poucos vão 
ganhando espaço dentro das escolas, passando a ser debatido pelos 
acadêmicos. Com isso surgiram algumas leis no Brasil, dentre elas está a LDB 
(Lei nº 9.394/96), a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da 
Educação Inclusiva (BRASIL, 2008), que apresenta a educação especial de 
modo mais concreta, ajudando a sanar o problema da exclusão dentro das 
escolas públicas. De acordo com Brasil (2008, p.6): 
 A educação especial se organizou tradicionalmente como 
atendimento educacional especializado substitutivo ao ensino 
comum, evidenciando diferentes compreensões, terminologias e 
modalidades que levaram a criação de instituições especializadas, 
escolas especiais e classes especiais. Essa organização, 
fundamentada no conceito de normalidade/anormalidade, determina 
formas de atendimento clínico terapêuticos fortemente ancorados nos 
testes psicométricos que definem, por meio de diagnósticos, as 
práticas escolares para os alunos com deficiência. 
 
 Por isso, a educação especial passa a ser de caráter complementar e os 
alunos passaram a adentrar a sala comum. Entra em cena o Atendimento 
Educacional Especializado que passa acompanhar esses alunos, contando 
com profissionais qualificados que ajudam a ter uma educação de qualidade. 
Segundo Brasil (2008, p.16): 
O atendimento educacional especializado identifica, elabora e 
organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as 
barreiras para a plena participação dos alunos, considerando as suas 
necessidades específicas. As atividades desenvolvidas no 
atendimento educacional especializado diferenciamse daquelas 
realizadas na sala de aula comum, não sendo substitutivas à 
escolarização. Esse atendimento complementa e/ou suplementa a 
formação dos alunos com vistas à autonomia e independência na 
escola e fora dela. 
 
12 
 
 Pode-se dizer que a educação especial conta com um programa de 
atendimento eficaz e que tem contribuído com a formação de muitos 
profissionais, garantindo que todos possam fazer um atendimento de 
qualidade, acolhendo bem os alunos com NEE. O AEE deve garantir a 
participação efetiva dos alunos dentro da sala de aula regular, de modo que 
possam conviver com os demais alunos. 
 
 
 
4. AVALIAÇÃO E SEUS DESAFIOS DENTRO DA ESCOLA 
 
 Sabe-se que existem muitas políticas ligadas à educação,que englobam 
também a educação especial em uma perspectiva de inclusão dos alunos com 
NEE. As estratégias de ensino ainda são poucas, sendo que esses alunos 
devem ser acolhidos de maneira coerente e participativa dentro da sala de 
aula. Quando se faz uma acolhida de qualidade, logo convém destacar que 
esses alunos devem ser acolhidos como indivíduos que querem aprender. 
Porém, em muitas escolas isso ainda não acontece na prática. 
 As escolas devem sempre levar em consideração que os alunos com 
NEE precisam aprender através das interações com os colegas. Por isso, o 
processo de transmissão de conhecimentos deve sempre acontecer de forma 
coletiva, sem excluir ninguém. Quando acontece esse processo de interação 
dentro da sala de aula, os alunos tendem a evoluir em termos de aprendizado. 
O convívio escolar possibilita esses alunos a terem uma aproximação melhor 
até com os membros de suas famílias e demais grupos sociais. Para que isso 
aconteça os docentes devem estar atentos a isso. 
 Os sistemas de ensino ainda apresentam muitas falhas com relação a 
esse processo de interação social dentro da sala de aula, pois a falta de 
qualificação profissional tem levado muitos educadores à ruína no que diz 
respeito ao acolhimento desses alunos portadores de deficiências. Faltam 
métodos para que aconteça uma avaliação da aprendizagem mais coerente 
com a realidade dos alunos, pois ainda não se observa uma avalição da 
aprendizagem que atinja realmente os alunos que precisam dela. 
13 
 
 As exigências feitas pelas políticas de inclusão são muitas e carecem de 
práticas pedagógicas que atendam as necessidades dos alunos com NEE, 
visando sempre uma avalição consistente e que traga benefícios para todos 
eles (CARNEIRO, GARCIA E MICHELS, 2011). As propostas educativas 
devem de fato incluir esses alunos, garantindo que todos possam conviver bem 
dentro da sala de aula, se ajudando mutuamente. O AEE deve fazer um 
atendimento que priorize os alunos, fazendo um diagnóstico que os levem a 
uma educação em conjunto aprendendo de forma igualitária dentro da sala de 
aula. Deve existir sempre um diálogo que deve ser baseado sempre nas 
maneiras de se transmitir uma aprendizagem de qualidade. Os professores 
devem sempre buscar alternativas para aplicar avalições que façam sentido 
para a vida dos alunos, mostrando que os caminhos educativos são diversos. 
 É preciso que as escolas contenham salas de recursos multifuncionais, 
de modo que favoreça uma inclusão mais eficaz, dando a possibilidade de uma 
educação fundamentada e sempre baseada na acessibilidade dos alunos com 
NEE. Os professores devem sempre atentar para fazer as adaptações das 
atividades desenvolvidas dentro da sala de aula, buscando sempre estratégias 
que facilite o aprendizado desses alunos. Segundo Michels e Garcia (2010, 
p.15: 
A ideia de processo de ensino desapareceu do debate. Por outro 
lado, o termo aprendizagem é amplamente mencionado, mas definido 
como atividade individual para a qual devem ser organizados 
ambientes e recursos além da composição de grupos heterogêneos. 
 
 É preciso que cada atividade seja desenvolvida de acordo com a 
necessidade do educando, de modo que garanta um aprendizado que seja 
eficaz e que priorize uma avaliação humanizada, superando os desafios que 
ainda existem dentro da sala de aula. Ferreira e Ferreira (2004, p.42) dizem o 
seguinte: 
Na aparência das formulações curriculares os objetivos gerais 
identificam-se com os da educação regular, mas ao olharmos os 
objetivos desenvolvidos em sala de aula, estes se afastam da área 
acadêmica ou escolar, ficando mais centrados em atividades de 
natureza prática, repetitivas e de pouco significado cultural, bastante 
distante daquilo que está proposto para todos os alunos na escola 
regular. 
 
 Outro desafio que ainda existe dentro das escolas é quando os alunos 
percebem que não estão se enquadrando na escola regular, pois nem sempre 
14 
 
as escolas estão preparadas para atender essas demandas e muitas delas não 
estão preocupadas com esses alunos. Esses educandos precisam participar de 
todas as atividades que são desenvolvidas dentro do espaço escolar, para que 
possam aprender de maneira significativa. 
 Outro desafio que é comum encontrar em algumas escolas é a 
contratação de profissionais que são pagos para auxiliar os professores dentro 
da sala de aula, sendo que estes muitas vezes não são qualificados para 
atender essas demandas. Na prática dos professores acabam não incluindo 
esses alunos, deixando para esse profissional a responsabilidade de transmitir 
o conhecimento. Esses profissionais acabam sendo auxiliares dos alunos. 
Dessa forma, de que adianta o aluno com NEE está matriculado se não 
consegue interagir com seus colegas dentro da sala de aula? A contratação de 
monitores está prevista na Política Nacional de Educação Especial na 
perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008, p.17) prevendo o seguinte: 
 Cabe aos sistemas de ensino, ao organizar a educação especial na 
perspectiva da educação inclusiva, disponibilizar as funções de 
instrutor, tradutor/intérprete de Libras e guia intérprete, bem como de 
monitor ou cuidador aos alunos com necessidade de apoio nas 
atividades de higiene, alimentação, locomoção, entre outras que 
exijam auxílio constante no cotidiano escolar. 
 
 É preciso manter uma organização que realmente valorize os alunos 
com NEE, garantindo que haja um diálogo dentro da sala de aula que traga 
benefícios para os alunos, inserindo-os dentro de um sistema de aprendizagem 
coerente com a realidade escolar. 
 Convém falar de outro desafio que ainda é comum encontrar que se 
trata da resistência de algumas escolas no processo de inclusão dos alunos 
com NEE e quando acolhem não garantem uma avaliação da aprendizagem 
que traga benefícios para a vida desses alunos. Alguns educadores não estão 
preocupados em acolher esses alunos talvez pela falta de qualificação ou 
porque ignoram esses alunos como se não fizessem parte do cotidiano escolar. 
 Alguns educadores conseguem dar abertura para esses alunos, fazendo 
um lindo acolhimento dentro da sala de aula, garantindo um processo de 
aprendizagem pautado na convivência com os colegas e com os materiais 
devidamente adaptados. O trabalho deve ser sempre em conjunto, de modo 
que esses alunos possam estar inseridos dentro da sala de aula e contar com 
profissionais preparados e humanizados. 
15 
 
5. OS EDUCANDOS DENTRO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL SENDO 
INCLUÍDOS NO ENSINO REGULAR 
 
 Ainda existem inúmeras barreiras dos alunos com deficiência quando se 
trata de inclusão escolar. Professores, famílias e alunos muitas vezes não 
sabem a quem recorrer quando a escola não está aberta para o acolhimento 
desses alunos. Às vezes os alunos com NEE se sentem incomodados em viver 
dentro de algumas escolas regulares, pois nem sempre conseguem ter uma 
acolhida eficaz. Para que esses alunos consigam ter boas relações pessoais 
dentro das escolas é preciso que os professores sejam qualificados. Cabe 
destacar que é nas escolas regulares que os alunos conseguem se 
desenvolver de forma eficaz, tendo um aprendizado de qualidade em todas as 
áreas da vida. 
 Os estudos que vem surgindo nos tempos atuais às vezes são a favor e 
às vezes contra a educação especial. Mas, por outro lado esse estudo quer 
contribuir com a inclusão de alunos com NEE, de modo que todos se sintam 
bem acolhidos dentro da sala de aula, garantindo que haja um ensino que 
ajude transformar a vida desses alunos. 
 
 
6. ENFRENTANDO OS DESAFIOS E INCLUINDO A AVALIAÇÃO DA 
APRENDIZAGEM DENTRO DAS ESCOLAS REGULARES 
 
 
 A educação especial só se efetivará dentro das escolas regulares de 
ensino a partir do momento em que os educadores trabalharem coletivamente, 
garantindo que todos os alunos tenham uma experiência de aprendizado que 
dure por toda vida. O professor regente deve terantes de tudo uma formação 
adequada, de modo que consiga perceber as deficiências que aparecem dentro 
da sala de aula, trabalhando para que todos os alunos possam fazer uma 
experiência rica em termos de conhecimento. É preciso que todos os 
profissionais envolvidos na educação mantenham o foco em ajudar esses 
alunos a terem uma aprendizagem que realmente faça sentido para a vida 
deles. 
 Os professores têm como principal missão o ato de ensinar e devem 
fazer isso sem fazer qualquer espécie de discriminação, acolhendo todos os 
16 
 
alunos, mesmo que sejam portadores de alguma deficiência. O plano de ensino 
deve sempre priorizar a formação de todos os alunos, garantindo que haja 
adaptações para os alunos portadores de alguma deficiência, seja ela física, 
emocional, intelectual, etc. As estratégias de ensino dentro da sala de aula 
devem abarcar todos os alunos, garantindo uma educação de qualidade. 
Portanto, a avaliação da aprendizagem deve ser um momento de 
conhecimento dos alunos, visando o aprendizado que tiveram durante os 
percursos formativos que fazem. 
 O tema da avalição ainda causa polêmicas no meio educacional, pois 
muitas vezes eles são desfocados e não atinge o objetivo que é fornecer uma 
aprendizagem de qualidade dentro das escolares regulares, acolhendo os 
alunos portadores de algum tipo de deficiência. Avaliar com notas ou conceitos 
muitas vezes atrasa o desenvolvimento dos alunos, principalmente quando são 
portadores de alguma NEE. A avaliação não deve se resumir apenas com a 
prática dos conteúdos dentro da sala de aula, pois dispersaria os alunos em um 
mundo estranho e sem participação coletiva. Esteban (2010, p.11) diz que a 
avaliação é um: 
Processo intencional e sistemático de coleta, análise e interpretação 
de informações sobre conhecimentos, capacidades, atitudes e 
processos cognitivos dos sujeitos, em que se estima o valor ou mérito 
desses processos e/ou resultados, com a finalidade de produzir 
conhecimento para orientar a tomada de decisões relativas ao 
processo educacional ou a políticas educacionais. Diretamente 
relacionada à dinâmica pedagógica, entrelaça-se a questões de 
poder, mantendo fortes vínculos com demandas sociais e com 
políticas públicas. Termo polissêmico, seu estudo, formulação e 
prática estão em permanente tensão, traz marcas dos diálogos que 
estabelece com diferentes contextos, ideologias, culturas e 
perspectivas teóricas. 
 
 As avaliações devem sempre se preocupar com o aprendizado de todos 
os alunos, fazendo adaptações para aqueles alunos portadores de alguma 
deficiência. Às vezes os docentes se preocupam mais com o aspecto 
quantitativo, se esquecendo de que os alunos são seres humanos e que 
precisam de uma educação que seja verdadeira e coerente. 
 A avaliação da aprendizagem tem como objetivo central introduzir os 
alunos no mundo do conhecimento, levando em consideração todos os alunos, 
independentemente de quem sejam. O professor, cujo papel é o de educar, 
17 
 
sendo mediador do conhecimento, deve sempre estar atento para que esse 
processo de avaliação inclua todos os alunos. 
 Os alunos com deficiência devem receber toda atenção possível quando 
são avaliados, de modo que os professores devem ser especialistas nesse tipo 
de educação, a fim de que avaliem de forma coerente com a necessidade que 
os alunos trazem consigo. Alguns professores acham que não são capazes de 
fazer avaliações, sendo que carecem de profissionais qualificados que 
acompanhe esse processo dentro da sala regular de ensino. Os professores 
devem ter o cuidado ao preparar avaliações, sendo que elas devem ser 
adaptadas, para melhor avaliação. 
 Os instrumentos de avalição devem ser os amis diversos possíveis, pois 
para que um professor avalie um aluno surdo é preciso que se façam 
avaliações específicas para esse aluno, sendo que o docente deve também ter 
conhecimento de LIBRAS. Esses ajustes devem ser feitos ao longo do caminho 
educativo, de modo que os alunos se sintam sempre amparados e acolhidos 
durante o processo da avaliação da aprendizagem. 
 Outra questão importante é quando se prepara avaliações para os 
alunos que são portadores de deficiência intelectual, pois não tem o domínio da 
escrita e carecem de outros instrumentos de avaliação. O uso de imagens, 
informações adicionais, apoio de um ledor, etc, devem fazer parte das 
ferramentas utilizadas pelos docentes durante esse processo de avaliação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
7. CONCLUSÃO 
 O presente trabalho trouxe algumas reflexões acerca da avaliação da 
aprendizagem na educação especial, contribuindo com professores e demais 
profissionais que estuam o tema, de modo que saibam atuar dentro das 
escolas regulares com mais liberdade e autonomia. 
 Foi possível conhecer a história resumida da educação dos alunos com 
necessidades educacionais especiais, dando uma volta no seu contexto 
histórico, de modo que ficou claro algumas questões do passado, olhando 
como os alunos portadores de NEE eram excluídos da sociedade naquela 
época. 
 Enfatizou-se que ainda nos tempos atuais algumas escolas não 
conseguem se adaptar a esses alunos e acabam entrando em um processo de 
seleção desses alunos, segregando-os e deixando-os para traz porque não tem 
profissionais qualificados para atender essas demandas, que carecem um olhar 
atento. 
 A avaliação da aprendizagem ainda tem seus desafios dentro das 
escolas, pois nem sempre ela acontece visando o conhecimento que os alunos 
adquirirem no decorrer da caminhada escolar, mas prezam apenas pelo 
quantitativo, o que torna ainda mais claro o processo de exclusão de alunos 
com NEE. 
 Os alunos com NEE devem ser incluídos dentro das escolas regulares, 
pois existem leis que amparam esses sujeitos, sendo que os educadores 
devem estar sempre em consonância com essas leis para que a educação 
especial faça parte de todas as escolas. Excluir não resolve o problema, pois é 
preciso que todos lutem por uma educação que de fato possa olhar para esses 
alunos com um olhar diferenciado. 
 Para enfrentar os desafios é preciso que todos os professores trabalhem 
unidos, ofertando um ensino de qualidade e fazendo adaptações no processo 
de avaliação da aprendizagem, garantindo que esses alunos possam usufruir 
de um sistema educativo que acolhe e que contribui com uma educação 
melhor. Para que ocorra uma inclusão humana, solidária e fraterna, os 
docentes devem ser humanos e menos preconceituosos. 
19 
 
 
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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CARNEIRO, M. S. C., GARCIA, R. M. C.; MICHELS, M. H. Implicações da 
diversificação na dinâmica das salas multimeios na rede municipal de 
Florianópolis: o caráter conservador da perspectiva inclusiva na 
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	1. INTRODUÇÃO

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