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Resumo sobre ética profissional

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CURSO: Análise e Desenvolvimento de Sistemas 
POLO DE APOIO PRESENCIAL: Higienópolis 
SEMESTRE: 1° Semestre 
COMPONENTE CURRICULAR / TEMA: ÉTICA E CIDADANIA 
NOME COMPLETO DO ALUNO: Bruno Brandão Costa Silva, Maria Beatriz da Silva Souza, Sabrina Vitoria Alves dos 
Santos, Viales Bispo de Figueredo, Mohamed Magid Salem 
TIA: 22506152, 22516042, 22514341, 22510680, 22508775 
NOME DO PROFESSOR: MAURICIO DE CASTRO E SOUZA 
 
INTRODUÇÃO 
A divisão entre Esfera Pública e Esfera Privada foi criada devido a necessidade de esclarecer a diferença entre o “meu” 
e o “nosso”. 
Dentro de um país democrata como o nosso, é de suma importância conhecermos essas esferas, a fim de vivermos 
bem em sociedade. 
ESFERA PÚBLICA 
Entre os séculos XVIII E XIX, houve o surgimento da esfera pública que foi marcado na Europa, pela decomposição dos 
poderes feudais, da igreja, realeza e nobreza, que se cindem em elementos privados e públicos, permitindo o 
surgimento de uma esfera autônoma que se contrapõe ao poder do estado. A esfera pública, assim era entendida por 
Habermas, "como espaço de mediação entre estado e sociedade, que permite a discussão pública em um 
reconhecimento comum da força da razão e a riqueza da troca de argumentos entre indivíduos, confrontos de ideias e 
de opiniões esclarecidas. A noção dessa esfera para Habermas, se concentra na "opinião" pública, compreendendo a 
opinião como "reputação", algo que ainda se encontra no âmbito da consideração, um modo de ver que precisa passar 
pela aprovação do todo: "opinion no sentido de uma concepção incerta, que primeiro ainda teria de passar pelo teste 
da verdade, liga-se a "opinion no sentido de um modo de ver da multidão, questionável no cerne" 
A esfera pública é consequência de um processo mais longo e profundo de transformação social, que Habermas situa 
entre o final da Idade Média e a Idade Moderna, com a ascensão do capitalismo. A categoria do "público" é a 
consequência não desejada das mudanças socioeconômicas que ocorreram de forma gradual, eventualmente 
precipitadas pelas aspirações de uma burguesia bem-sucedida e cada vez mais consciente de si. Nesse sentido, 
Habermas postula uma homologia causal de cultura e economia, originada pela troca e movimentação de mercadorias 
e notícias, que são processos criados pelo comércio capitalista de longa distância. A economia doméstica foi 
substituída pela atividade produtiva. 
 
O QUE DEVE SER CONTADO COMO PERTENCENDO À ESFERA PÚBLICA? 
Pertence à esfera pública, o sujeito portador de opinião pública. Constituindo-se no espaço independente da 
influência do poder do estado, em que os atores sociais tornam públicas, ou melhor deixam públicas suas opiniões, 
seus pontos de vista sobre questões de interesse da sociedade, promovendo o debate de deliberações coletivas em 
prol de um bem comum. 
Desta forma, podemos dizer que a esfera pública envolve a reunião de indivíduos igualitariamente em propriedades 
públicas ou privadas, inclusive as apropriações de meios virtuais, para o estabelecimento da comunicação pública. 
Também estão inclusas as ações de debates públicos (políticos, filosóficos, científicos e artísticos) e é essencial para a 
efetiva participação democrática e para o processo democrático. 
Porém, com o constante crescimento tecnológico e das mídias de massa, a “opinião pública” não mais é formada 
apenas por discussões abertas e racionais, mas também por meio da manipulação e do controle – por exemplo, na 
publicidade. 
Com isso, precisamos sempre manter o controle do que consumimos online, para que não sejamos influenciados por 
opiniões “comercializadas”, permitindo que possamos sempre contribuir com nossa individualidade e ponto de vista 
pessoal dentro da esfera pública 
 
ESFERA PRIVADA 
 O termo “privado”, em sua acepção original, tem o sentido mesmo de privação. Para Arendt (2008, p. 68), ser privado 
da realidade significa ser destituído de coisas essenciais à vida, isso é, ser despojado da possibilidade de ser visto e 
ouvido por outros. Ou seja, “privado de uma relação objetiva com eles decorrente do fato de ligar-se e separar-se 
deles mediante um mundo comum de coisas, e privado da possibilidade de realizar algo mais permanente que a 
própria vida”. Na ausência de outros, o homem privado não se dá a conhecer e, portanto, não existe. 
Segundo Aredt, viver na esfera privada significa estar privado de ser ouvido e visto por todos numa comunidade 
política em que os indivíduos partilham objetivamente uma ação política num espaço comum - a polis. Até a era 
moderna, a propriedade era um lugar sagrado. A riqueza da propriedade agrícola estava associada à proteção dos 
deuses. Porém, na modernidade a propriedade sagrada perdeu o caráter sagrado sendo expropriada em favor de uma 
burguesia e aristocracia em contínua ascensão. 
Com a crise vivida pelo Capitalismo no final do século XIX e que culminou com a grande depressão econômica mundial 
vivida a partir de 1929, a atuação do Estado na produção de bens públicos, sejam produtos ou serviços, se 
intensificou. Chega-se então aos nossos dias, onde o conceito de privado nos remete às questões do mercado e da 
privacidade do indivíduo e, por outro lado, o público passa a ser identificado com o Estado e o espaço onde ocorrem 
as relações políticas da sociedade. Porém, o atual estado das coisas nos permite perceber uma série de questões não 
resolvidas, sejam elas pertinentes à esfera econômica ou à esfera social. Como estão postas atualmente, as grandes 
dicotomias Estado e sociedade, governo e sociedade de mercado, lei e contrato, justiça comutativa (a do mercado) e 
justiça distributiva (a ligada ao Estado) e, em resumo, público e privado, não atendem mais às demandas de uma 
sociedade complexa como a nossa. Faz-se necessário, portanto, que sejam propostas novas formas de interação entre 
esses diversos níveis de atuação da sociedade, de forma que sejam atendidas as demandas e respondidas as grandes 
questões sociais, políticas e econômicas.

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