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RESUMO FORMAÇÃO CIDADÃ UNIDADES 3 E 4

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CULTURA DE MASSA
A palavra cultura surgiu da síntese entre a palavra germânica kultur, que faz referência às questões espirituais de uma comunidade, e a palavra francesa civilization, que define as realizações materiais de um povo. Edward Tyler (1832-1917) lançou a união dos termos formando, em inglês, culture, para tratar de todo o complexo de conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outro hábito adquirido pelo ser humano na vida em sociedade (LARAIA, 1986). Mais tarde, o termo cultura também adquiriu sentidos de sistema simbólico, sistema estrutural, essência semiótica, etc.
Já o termo massa surgiu após as grandes mudanças do século XIX, como os movimentos migratórios, que você verá mais adiante. Esse termo também apareceu no século XX, com a influência de jornais, filmes e rádios na vida das pessoas. Massa se refere a um agrupamento espontâneo de gente de qualquer categoria social. São indivíduos anônimos que não se conhecem entre si e também não se organizam para atingir objetivos em comum.
A cultura de massa, então, funciona como uma instituição social que compete com instituições mais antigas como família, religião e partidos políticos.
Em relação à transição da sociedade antiga para a sociedade moderna, percebe-se que as análises são focadas em três questões: a divisão do trabalho, a industrialização e a urbanização.
Durkheim (1858-1917), por exemplo, em Da divisão do trabalho social, explica como a especialização do trabalho enfraquece a consciência coletiva. Assim, o indivíduo isolado não se reconhece como parte de um todo e é levado para a anomia e, até mesmo, ao suicídio. Mais tarde, Tönnies (1855-1936) faz a oposição entre sociedade antiga e sociedade moderna. Para ele, a vida coletiva e o sentimento de pertencimento a um grupo são fortes elementos no âmbito da sociedade tradicional. Por outro lado, a sociedade moderna é marcada pela presença de indivíduos atomizados e que não são sensíveis às questões da coletividade.
Já Karl Marx (1818-1883) foca na questão econômica e destaca as contradições sociais e a luta de classes, pois essas teriam posições contrárias. Segundo ele, a nova forma de gerar riqueza transforma não apenas a infraestrutura, mas também a superestrutura (educação, leis, religião, etc). Max Weber (1864-1920) trata dos conceitos de comunidade e sociedade, já abordados anteriormente por Tönnies. Weber reflete sobre as questões econômicas e sobre as formas de racionalidade. Ele aponta que cada sociedade tem uma forma de racionalidade, seja ela mágica, religiosa, etc. No caso da sociedade moderna, o que há é uma racionalidade burocrática – o Estado se expande demais e, como as demais organizações de massa, provoca mudanças nos indivíduos.
Justamente nesse contexto de crítica à desintegração social, surge a expressão “sociedade de massa”.
A respeito dessas críticas, é importante destacar a obra de Gustave Le Bon (1841-1931). Ele é um dos primeiros a explorar o tema da multidão, em A psicologia das multidões. Ele trata o poder das multidões como uma característica universal e que marca as últimas etapas das civilizações ocidentais. “A multidão é uma identidade onde os indivíduos estão submetidos a uma alma coletiva, pois ela tem a sua própria natureza. A multidão é feminina, impulsiva, móvel, dominada por uma mentalidade ‘mágica’. Ela é influenciável, seduzida por sentimentos simples e exagerados, tem a moral degradada e é intolerante e autoritária.”
Os membros da massa, porém, estão fisicamente separados, são anônimos e não têm oportunidade de se misturar como os participantes de uma multidão. A massa é representada por aqueles que adotam um comportamento de massa. Ou seja, aqueles que tomam uma posição diante de um grande dilema nacional, se interessam pelo processo e pelo resultado de um julgamento de um crime divulgado na imprensa, participam de um grande movimento migratório. Além disso, a massa é formada por gente de qualquer profissão, status social, classe e vinculações culturais. Possui uma organização frágil e, portanto, não consegue agir de forma unida e integrada. Para Ortega y Gasset, o homem-massa é marcado pela postura violenta e por promover o esgarçamento da sociedade.
Teoria Hipodérmica: também conhecida como Teoria da Seringa ou Teoria da Bala. Os primeiros termos fazem alusão ao tecido do corpo humano, que, sendo atingido por uma substância, pode espalhá-la pelo restante do corpo. No caso, a comparação é com o público e com a forma como ele pode ser atingido fortemente pela informação veiculada. Já a expressão “Teoria da Bala” reforça a ideia de atingir um alvo, que, no caso, é o público. Para essa abordagem, o homem-massa perde os seus vínculos com a sociedade devido à falência de instituições como igreja e família; e os meios de comunicação têm a tarefa de reinseri-lo na sociedade. Assim, os efeitos dos meios de comunicação não são objeto de estudo, pois são dados como certos.
Teoria Crítica: segundo a Teoria Crítica da sociedade, a razão se transformou em instrumento do “sistema”. A razão deixa de ser crítica e passa a ser uma técnica para administrar o status quo. Dessa forma, a racionalidade, base da civilização industrial, seria um alicerce podre. A indústria cultural, formada pelos mass media, faz parte do desenvolvimento da razão degenerada e é um dos principais instrumentos para fazer a sociedade funcionar. Segundo essa abordagem, há um processo de massificação, e o indivíduo não consome cultura de forma crítica e contestatória.
Agenda-setting: de acordo com o agenda-setting, os temas midiáticos se tornam o assunto do dia a dia do público. O foco não é a forma como os mass media fazem as pessoas pensarem, mas sim no que eles fazem essas pessoas pensarem. Os meios de comunicação de massa causam um agendamento. A visão de mundo dos indivíduos provém da agenda estipulada pelos mass media
Espiral do Silêncio: para a Teoria da Espiral do Silêncio, a imposição dos mass media, nessa perspectiva de massificação, resulta no enclausuramento dos indivíduos no silêncio quando eles têm opiniões diferentes das divulgadas nos veículos de comunicação. A ideia parte do princípio de que os indivíduos buscam evitar o isolamento e se associam a opiniões dominantes. Contudo, se defendem um ponto de vista minoritário, eles se recolhem no silêncio, pois o custo social de sua posição é grande.
Edgar Morin e a cultura de massa: Já no começo da obra, Morin (2002) traz novidades. Ele conta que, no contexto do início do século XX, quando o poder industrial se estendeu por todo o mundo e a colonização da África e da Ásia chegou ao apogeu, emergiu a segunda industrialização – aquela que se processa nas imagens e nos sonhos. Morin também trata da segunda colonização – que penetra na alma humana. Para ele, o progresso contínuo da técnica adentra o interior do ser humano e lá derrama mercadorias culturais. Isso ocorre por meio da segunda industrialização mencionada, a industrialização do espírito, e também da segunda colonização, a da alma. A terceira cultura, abordada na obra, é aquela proveniente da imprensa, do cinema, do rádio, da televisão e que se desenvolve ao lado das culturas clássicas e nacionais. Em relação à dinâmica da indústria cultural, Morin aponta para os reflexos da intervenção estatal nos conteúdos gerados. De acordo com o autor, enquanto o sistema privado seria vivo e divertido no processo de adaptar a sua cultura ao público, o sistema estatal seria forçado por sempre tentar adaptar o público à sua cultura. Edgar Morin foca seus estudos nos processos culturais que se desenvolvem sob o impulso do capitalismo privado, fora da esfera da orientação estatal, seja religiosa ou pedagógica. O autor também anuncia a contradição inerente da cultura de massa: invenção-padronização. Esse é o mecanismo de adaptação do público à indústria e vice-versa. Dessa forma, entende que é preciso criar algo novo para atrair o público. Mas, ao mesmo tempo, é necessário tornar a novidade um padrão que atinja toda a massa. O funcionamento da indústria culturaldepende das relações burocracia-invenção e padrão-individualidade.
Hannah Arendt e a cultura de massa: A principal diferença entre a sociedade e a sociedade de massa é que a primeira precisava de cultura. Ela dava valor e retirava valor dos objetos culturais quando os transformava em mercadorias, mas não os “consumia”. Os objetos continuavam sendo simples objetos, mas não desapareciam. Já no caso da sociedade de massa, a cultura não é necessária; a diversão é que é necessária. Nesse contexto, os produtos da indústria de diversões são consumidos como quaisquer outros bens de consumo. O fenômeno da arte deveria então ser o ponto de partida para qualquer discurso sobre cultura, já que apenas as obras de arte são feitas com o único objetivo do aparecimento.
Um termo ao qual a autora recorre em diversos momentos do seu trabalho é “filisteísmo” – é marcado pela preocupação interessada da burguesia com a cultura. Antes, o burguês era filisteu por não se interessar por cultura, pela falta de valor dela. Depois, passa a se interessar por cultura, mas continua filisteu (prático, utilitarista), pois se interessa apenas pelo grande valor dado à cultura na sua sociedade.
ÉTICA PROFISSIONAL, SOCIAL E POLÍTICA
“Ética” significa, portanto, tanto a disciplina que reflete criticamente sobre o saber ético encarnado nos costumes e modos de ser, como esse próprio saber. O mesmo se verifica com a palavra “moral”, que servirá para designar tanto o objeto de estudo — a moral — quanto o estudo crítico do objeto — a Filosofia Moral. No que respeita à tradição filosófica, os termos “moral” e “ética” designam, portanto, o mesmo campo de fenômenos e o mesmo domínio de reflexão. Isto é, são sinônimos.
. Segundo Aristóteles (1987), o caminho final das ações é o bem, mas não sem uso da faculdade racional; isto é, se faço uso da minha faculdade racional, logo chegarei ao bem como resultado de minha reflexão. Apesar de podermos chegar ao bem por meio do exercício racional, as virtudes podem ser alcançadas por meio de dois conhecimentos: o teórico, que é resultado da educação recebida; e o prático, que é constituído pelos hábitos.
A ética está associada ao comportamento do indivíduo na vida coletiva, na medida em que este se torna objeto de reflexão. Portanto, de modo geral, podemos dizer que a moral é aquilo que compete às leis morais às quais os indivíduos estão submetidos: hábitos, tradições e costumes. Por outro lado, a ética consiste na conduta individual do indivíduo frente aos demais e à filosofia moral; isto é, à reflexão sobre a conduta moral de uma sociedade. A ética apresenta, então, esse caráter duplo: tanto do indivíduo quanto da reflexão filosófica moral. Assim, também chegamos às duas esferas que compõem a vida: a privada e a pública. Ainda de acordo com Aristóteles (1987), o que fundamenta essa duplicidade de ação da ética na conduta humana é a justiça.
Na modernidade, encontramos a teoria do filósofo Immanuel Kant acerca do dever moral. Para Kant, o dever moral frente ao que é justo é fruto da capacidade prática da razão: “A razão pura é por si prática e dá [ao homem] uma lei universal, que chamamos lei moral” (KANT, 2005, p. 107). Nesse sentido, Kant entende que o dever sempre se dá em três possibilidades de ação: � aquela que é feita de acordo como o dever, mas não pelo dever, e sim por interesse; � aquela que é feita também de acordo com o dever, mas não pelo dever, e sim por uma questão de hábito; � e, por fim, a ação que é feita conforme o dever e pelo dever.
Assim, Kant garante a autonomia da vontade frente à ação e a assegura por meio do que ele chama de “imperativo categórico”, que é aquilo que une a autonomia da vontade à sua universalidade. Isto é, quando Kant argumenta que para avaliarmos se estamos agindo por dever, ou seja, realizando uma ação moral, devemos nos perguntar se a nossa ação, guiada pela nossa vontade, poderia se tornar universal. Desse modo, o filósofo consegue unir a vontade individual com o dever moral universal entre os indivíduos.
O conceito de deontologia vem do grego (junção entre deon, “dever”, e logos, “razão e/ou ciência”) e, na contemporaneidade, designa uma teoria normativa segundo a qual as ações devem ser julgadas de forma utilitária: de acordo como as suas necessidades, permissões e proibições.
Percival escreveu a primeira versão de Medical jurisprudence, publicada em 1803. Inicialmente um panfleto, tal obra se tornou o primeiro código de ética médica, sendo composta de quatro partes: 1. conduta profissional no hospital e em outros lugares de cuidado médico, 2. conduta profissional nas práticas gerais ou privadas, 3. conduta dos médicos para os apothicaires, 4. deveres profissionais nas circunstâncias que requerem o conhecimento da lei.
A vida vulgar: a felicidade não está associada ao sumo bem, uma vez que essa é sempre confundida com o prazer e gozo. � A vida política: a felicidade está relacionada à honra, e não ao sumo bem. A vida contemplativa: é a que se associa ao sumo bem, uma vez que a razão é própria ao homem; “o que é próprio de cada coisa é, por natureza, o que há de melhor e de aprazível para ela; e, assim, para o homem a vida conforme a razão é a melhor e a mais aprazível, já que a razão, mais que qualquer outra coisa, é o homem”.
MODELOS DE DEMOCRACIA
O sistema segundo o qual os cidadãos debatem em público e deliberam questões relativas aos seus interesses pessoais ou coletivos pode ser chamado de democracia direta. A democracia direta tem como uma das suas principais características o fato de a população não delegar o seu poder de decisão, pois o cidadão expressa, de maneira pessoal e direta, a sua opinião. Era assim que aconteciam as assembleias atenienses nas praças públicas, de forma horizontal.
No Brasil, a democracia direta se manifesta por meio de instrumentos ainda pouco utilizados, apesar de normatizados na Constituição Federal, que assim define (BRASIL, 1988): Art. 14 A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I — plebiscito; II — referendo; III — iniciativa popular.
De forma majoritária, o conceito moderno de democracia representativa é conhecido pela forma de democracia eleitoral e plebiscitária existente. Essa noção de democracia está diretamente ligada ao ideal de participação popular.
ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS E O TERCEIRO SETOR
Os autores Salamon e Anheier (1996) definem que uma organização do terceiro setor deve apresentar cinco características específicas: 1. devem ser organizadas; 2. devem ser privadas; 3. devem ser sem fins lucrativos; 4. devem ser autogovernáveis; 5. devem ser voluntariadas.
Nesse sentido, uma organização da sociedade civil que atue no terceiro setor deve apresentar-se de forma organizada, isto é, ter algum grau de institucionalização; ser privada, ou seja, separada da esfera pública do governo; não possuir distribuição de lucros; ser autônoma em suas ações de comando; e, por fim, apresentar algum grau de participação voluntária nas suas ações.
Vale reforçar que o terceiro setor é composto pelas iniciativas privadas que não visam lucros, isto é, iniciativas dentro da esfera pública que não são feitas pelo Estado, e sim pelas pessoas, ao colocarem em prática a sua cidadania. Isso normalmente ocorre de forma voluntária e espontânea.
Há inúmeras organizações que fazem parte do terceiro setor, o que às vezes pode causar até mesmo confusão em relação à sua nomenclatura: Associação; Entidade; Utilidade pública; Organização Social (OS); Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP); Organização Não Governamental (ONG); Filantrópica; Cooperativas sociais; Instituição; Fundação; Organização religiosa; Institutos.
. Assim, em 2014 e 2015 foram criadas as legislações, que ficaram conhecidas como o Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (MROSC). São as seguintes leis que fundamentam o terceiro setor na atualidade: Constituição Federal de 1988; Lei nº. 9.637, de 15 de maio de 1998; Lei nº.9.790, de 23 de março de 1999; Lei nº. 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil); Lei nº. 12.101, de 27 de novembro de 2009; Lei nº. 13.019, de 31 de julho de 2014; Lei nº. 13.151, de 28 de julho de 2015; Lei nº. 13.204, de 14 de dezembro de 2015
O Termo de Colaboração, segundo a Lei nº. 13.240/2015, art. 2º, inciso VII, é o “[...] instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco propostas pela administração pública que envolvam a transferência de recursos financeiros” (BRASIL, 2015, documento on-line). Nesse Termo, as finalidades necessárias para que se desenvolvam as atividades das OSCs partem da administração pública, que busca parcerias para a execução de seus programas, projetos e políticas públicas.
O Termo de Fomento, segundo a Lei nº. 13.240/2015, art. 2º, inciso VIII, é definido como o “[...] instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco propostas pelas organizações da sociedade civil, que envolvam a transferência de recursos financeiros” (BRASIL, 2015, documento on-line). Aqui as propostas das ações — que objetivam atender a uma finalidade pública social — partem das OSCs, que buscam na administração pública os recursos de que necessitam para a implementação dos seus projetos.
O Acordo de Cooperação, por sua vez, de acordo com a Lei nº. 13.240/2015, art. 2º, inciso VIII-A, é o “[...] instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades de 8 Organizações públicas e o terceiro setor: marco regulatório interesse público e recíproco que não envolvam a transferência de recursos financeiros”.
IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS
O ciclo das políticas públicas (policy cycle) é um ciclo deliberativo, constituído pelos seguintes estágios: identificação do problema; formação da agenda; formulação de alternativas; tomada de decisão; implementação; avaliação.
Segundo os estudos de Souza (2006), algumas vertentes do ciclo da política pública focalizam nos participantes dos processos decisórios, ao passo que outras focam no processo de formulação.
Seguindo os estudos de Secchi (2010), podemos considerar que há dois modelos de implementação das políticas públicas: o de cima para baixo (modelo top-down, centralizado, aplicação do governo para a sociedade) e o de baixo para cima (modelo bottom-up, descentralizado, aplicação da sociedade para o governo). No modelo de cima para baixo, poucos atores participam das decisões e das formas de implementação. Trata-se de uma concepção hierárquica da administração pública, sendo as decisões cumpridas sem indagações. No modelo de baixo para cima, os favorecidos pelas políticas, atores públicos e privados, são chamados para participar do processo.
Agora que você analisou cada um dos modelos é capaz de identificar alguma diferenciação entre eles? A implementação de uma política pública, segundo a perspectiva top-down, terá sua atenção inicial voltada para os documentos que formalizam os detalhes da política a ser implementada (objetivos, elementos de punição ou recompensa, delimitação do grupo ao qual se destina, etc.) para, a partir de então, se analisar em campo as falhas da implementação. Já pela perspectiva bottom-up, teremos uma observação empírica de como a política pública tem sido aplicada na prática, quais estratégias utilizadas pelos implementadores e policy makers, os problemas e obstáculos práticos, para a partir de então verificar como a política pública deveria ser, ou seja, entender os porquês das desconexões, e tentar compreender como o processo de elaboração da política pública chegou a imprecisões prescritivas.
O PROCESSO MIGRATÓRIO COMO FATOR SOCIAL E ECONÔMICO
Inicialmente, o maior número de migrantes veio de Goiás, segundo o censo realizado em 1957, que apontou como oriundos desse estado 3.152 migrantes. Entretanto, a partir de 1958, uma grande seca na região Nordeste promoveu o deslocamento de 4 mil flagelados em direção aos canteiros de obras da nova capital. Ainda assim, no ano de 1958, os operários goianos compunham 52% da população da Cidade Livre (Figura 1), acampamento que reunia a maior parte dos candangos. Portanto, tem-se dois fatores principais na formação do perfil do migrante que construiu Brasília: a proximidade geográfica (Goiás) e as dificuldades econômicos advindas das secas que assolavam a região Nordeste.
O campo político também foi significativamente influenciado pela presença dos migrantes. A sobreposição dos ambientes públicos urbanos, onde viviam a maior parte dos imigrantes, e o âmbito privado do trabalho forneceram todo tipo de combustível para a construção de identidades de classe, consciência da condição de migrante, bem como para a formação de movimentos sociais, sindicais e políticos característicos da periferia do capitalismo mundial. Aliás, os migrantes, como afirma o cientista social Nozaki (2009, p. 305), situam-se “nas periferias da periferia do capitalismo”.
Em contrapartida, em vez de influir com a sua própria cultura na nova terra, pode ocorrer o processo de desterritorialização do migrante. Esse processo pode ser descrito brevemente como uma quebra de vínculos com um território originário.
Outro impacto dos migrantes na sociedade, sobretudo nas grandes cidades brasileiras, foi o da “favelização”. 
HISTÓRIA DA ARTE
Partindo dessa colocação, você pode entender a arte como reflexo da sociedade, ou seja, como algo profundamente ligado à cultura e aos sentimentos de um povo.
�Artes plásticas: englobam alguns tipos de artes visuais. Referem-se a expressões artísticas que utilizam técnicas de produção que manipulam materiais para construir formas e imagens. A ideia é que tais formas e imagens revelem uma nova concepção estética e a visão poética do artista plástico. Entre as artes plásticas, estão: arquitetura, pintura, desenho, escultura, gravura e fotografia. � 
Artes cênicas: consistem no estudo das expressões performáticas apresentadas em um palco e relacionadas com a dança, o teatro, a linguagem verbal ou a música. � 
Artes visuais: são todas as artes que apresentam realidade ou imaginação percebida pelo olhar como processo criativo.

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