Prévia do material em texto
Redação
Désirée Motta-Roth (Org.)
/
9
J
Laboratório de Leitura e Relação
soolsçq soldJoulld
OÇ5ePaU
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
Revisão de texto
Capa e programação visual
Acad. Patrícia Marcuzzo(IC/CNPq/LabLeR/UFSM)
Prof. Jogo Luiz Roth(Desenho Industrial/UFSM)
Acad. Rogérío Lira(Desenho Industrial/UFSM)
R312 Redação acadêmica : princípios básicos/ Désirée
Motta-Roth(org.). - Santa Mana : Universidade
Federal de Santa Mana, Imprensa Universitária
2001 .
ilP
1. Linguística 2. Redação Acadêmica 3. Português
1. Motta-Roth, Désirée
CDU 806.90-5:003
Ficha catalográfica elaborada por Alenir Início Goularte CRB-1 0/990
Biblioteca Central da UFSM
4' Edição
9' Impressão
Tiragem: 100 exemplares
Direitos reservados às autoras
Laboratório de Leitura e Redação - LabLeR
Para comprar seu exemplar, entre em contato conosco pelo endereço
Prédio do Centro de Educação - Campus Universitário
Camobi - 971 05-900 - Santa Mana - RS
Fone: (55) 220 80 89
E-mail: labler@www. ufsm.br
Homepage: http://www.labler.ce.ufsm.br
P00z
elieW Blues ap leiapaJ apeplsiaAluR
seuiapo[/\[ sei]a6uei]s] sei]a] ap o+uauue]iedaQ
(aNIl) snduueg ou sen6ujl olaloid
oç5epaU a einllal ap oligleioqel
0
bdNO op eiopeslnbsad
(yíl]) ue61qoll/N +o ÁllsiaAluR ep aluellsl/\ eiopeslnbsad
eulieleC) Blues ap
[eiopaJ apep]siaA]uR e]ad SQj6u] uia eio]noC]
elieU\l Blues op leiapaJ opeplsiaAluR
ep epeolldv e0llsJ06ull
a eoluugpeoy oç5epaEJ 'sg16ul ap otunjpy eiossa+oid
(6iO) tlloU-euoH agilsgQ
soolsçq soldJoulld
OÇ5ePOU
sa6puoH a]snqeU e]o]oeig a fiou-eiioN agi]sg(]
epe[uauuoO e]+ei6o]]q]E] 20 L
sa6puoH a]snqeU e]a]oeiE) a fiou-eiioH agi]sg(]
JoeulsqV Z Oln.LldVO
sa6puaH aHsnqeU e]a]oeig a t4ioU-ei]ouy a9i]s9(]
oçssnosl(] a sopellnsaU - ooluugpeoe o61uv 9 01n.UdvO
y[oU- e]]oH agi]sgc]
e16olopoloH - ooluu9peoe o61uv s Olnlldv9
sa6puaH aHsnqeU e]o] eig a t41ou-e]ioH agi]sg(]
einleioll] ep oçslAau - oolwgpeoe o61uv p OlnlldvO
L4}oU- e]]oH agi]sg(]
oç5npoitul - ooluugpeoe o61pv c OlnlldV9
q[oU- e]]oH a9J]s9(]
et4uasaU z Oln.LldV9
[410U- e]]oN agi]sgc]
e5oiad no onbllqnd l. Olnlldvg
OB5eluasaidy
oiuvHns
[eiapaJ apep]siaA]uR eu epe]uauua]dw] '.soA]sinos](] soiau95) ap as]]çuy, eslnbsad ap et4ull e
o[oju[ nap 'ç66 1. uua op]pua+ap 'oq]eqei] asse sa]enS ut4oí' iossa+oid op oçslmadns qos 'sopluO
sopels] sou ue61qolH ap apeplsiaAluR eu aluellslA eiopeslnbsad ouuoo oue uin ap aqojnpues
o16çlsa uin uua 'a iainaU\l zln-l gsoí' iossa+oid op oç5eluolio qos 'eulieleC) blues ap leiopoJ ap
-eplsiaAluR eu sg16ul uua oç5enpeig-sgd ap euuei6oid ou 'Sldvo ep esloq uuoo 'oplAloAuasap
opeiolnop op ot41eqei] op e]ai]p esneo a ope]]nsai g eo/.igaJ ogxa/Jai E 'ie6n] oi]auu]id uu]
'eo/Jpzd og3eo//de a eo/igaJ oPTa/Jai ailua oç5elai euulluJ H
ep no .eollçid oçxal+ai, euin ap ellnsai a 'elie blues ap leiapaJ apeplsiaAlun laniad
ep seilal op eueuuas ll/\x eu 't,66 1. uua olla+ las e no5auioo oollçplp lelialeuu als aaaalj
}to(l lopoAtoS ap olsttna nls oaqO
oç5eluosaidv
r 8 Redação Acadêmica: princípios básicos
de Santa Mana(UFSM) por meio de orientações de alunos de mestrado e de iniciaçã.o científica,
e de publicações e palestras(ver Bibliografia ao final do volume) que tratam de alguma questão
relacionada ao texto acadêmico, sua produção e leitura.
A partir de 1 998, o apoio da FAPERGS (Processo n' 97/01 58.5) possibilitou a criação do
Laboratório de Leitura e Redação, que deveria dar suporte à investigação, ao debate e à
implementação de propostas diferenciadas de ensino de línguas para fins acadêmicos, nas mo-
dalidades presencial e on-//r?e (httD://www.labler.ce.ufsm.br). No mesmo ano, foi criado o Grupo
de Pesquisa/CNPq 'Linguagem como prática social' a partir do Prometo Integrado do CNPq(Pro-
cesso n' 350389/98-5) que tem como um dos seus objetívos investigar gêneros textuais e práti-
cas discursivas adotados por comunidades disciplinares acadêmicas.
Gostaria de agradecer a essas instituições de fomento por possibilitar o processo de pes-
quisa que resultou nesse material didático e por financiar as bolsas de Produtividade em Pesqui-
sa para mim, de Mestrado para Graciela Rabuske Hendges, co-autora neste material didático, e
de Iniciação Científica para as acadêmicas Susana Cristina dos Reis(BIC/FAPERGS), Fernanda
Siqueira (PIBIC/CNPq), Fabiana Kurtz (IC/CNPq), leitoras atentas das primeiras versões dos
capítulos. A elaboração deste material foi possibilitada também pela colaboração da acadêmica
Patrícia Marcuzzo, minha bolsista de Iniciação Científica (IC/CNPq), que atuou como revisora, e
do Professor João Luiz Roth e Rogério Lira, respectivamente orientador e acadêmico do Curso
de Desenho Industrial, que fizeram a programação visual de todo o material.
Em segundo lugar, a ap//cação prof/ca tem sido feita, desde 1 994, inicialmente na forma de
um seminário para produção de textos acadêmicos em inglês e, mais tarde, já em sua forma
atual em português, como a disciplina de Redação Acadêmica do Curso de Mestrado em Letras
da Universidade Federal de Santa Mana. Além disso, as idéias desenvolvidas aqui têm sido
expostas em trabalhos apresentados em diferentes instituições universitárias e congressos de
Lingüística Aplicada.
Em conjunto com Graciela, formada no Mestrado em Letras da UFSM, tentei reunir parte das
informações que nosso grupo considera relevantes para a redação do artigo acadêmico (tam-
bém chamado de artigo científico), do aósfracf (resumo acadêmico) e da resenha, gêneros
freqüentemente utilizados na troca de informações entre pesquisadores e no avanço do estado
da arte das diversas disciplinas que formam o que comumente é chamado de 'academia'
Este material didático tem um objetivo bi-facetado. Uma face aponta para a necessidade de
se fornecerem, a escritores Iniciantes, subsídios que os auxiliem no processo de produção de
textos acadêmicos em nível de pós-graduação. A outra aponta para a necessidade do professor
de leitura e redação acadêmica de contar com um material sistematizado para desenvolver as
habilidades comunicativas de alunos/escritores inexperientes.
100ã ap ouiaAul 'elieH e+ueS
l4}oU-e]]oH agi]sg(]
sot41asuoo suoq eosli ç iln6as ap apeploedeoul lelol et4uluu e uuaAap os uualslsiod onb set41e+ sy
jeliojeuli o oiqos uueilznpoid anb soliçluauioo sosolleA solad 't,66 1. wa oç51pa eilauulid ens ap
-sap 'eoluugpeoy oç5epaU ap osino olad uieiessed anb sounle soe ouuoo uuaq '(SOn) oilat4uld
lieiio] ieleN a (mSJn) oluouuloseN llç)soU se6aloo sç leloodsa uua '.leloos eollçid owoo uua6
-en6u]], bdNO/eslnbsad op odnig op soiquliauu soe iaoapei6e ap elielso6 'zaA euun sleH
seinllal seinln+ lied solnlJ} ap oçlso6ns aoalo+o epeluaulioo el+ei6ollqlq
euun .'uil+ iod ooluuQpeoe osinoslp op soiaug6 saluaia+lp ap lenlxol og5ezlue6io e a oç5un+ e
'soAtlojqo se sat41elop sleuu uua uueioldxa soluln6as solnlldeo SO einllol ep apepllenb a OAje-elou9
-lpne 'olllso ouuoo oç5epai ep soloodse aiqos oçssnoslp aAaiq euun eluasaide L olnlJdeO O
sopluR sopels3 sou ue61qolN ap ap
-eplsioAlun eu 'ojUOUJjenle 'a eiiale16ul eu 08 ap epeogp ep ololul ou oplAloAuasop 'sooluugpeov
sul] lied sg16u] op ou]su] ap a soiau99 ap asllçuy uio solenS m ut4or ap oilauold ot41eqeil
oe aluouieolseq aAap as e3jiç)al oçxol+ai et4ulH oç5eollqnd ap a eslnbsad ap oluaObasqns eoluu
-gpeoe eollçid e 'zoA ens iod 'opuelouanl+ul 'eslnbsad uuo sopeia6 sopep a saQ5euliio+ul laAalo
-sap no ielleAe 'ielelai ap .eoluugpeoe oç5e, epeuluu..iialap euun lied uia6en6ull ep osn o g ounle
op oç5uale ap ooo+ o lenb eu 'oç5epai ap oulsua op eAlleolunuuoo uia6epioqe euin ap illied
o[ua} 's]e]ia]euu sassop a]uauua]uaia+](] so]xa] sop ]eu]+ euulo+ eu iei]uaouoo as e opua] s]e]ia]
-eui sassau epelope uuo6epioqe e oluelua ou 'llsei8 ou oue epeo e sopeollqnd oçs e/yPuõouow
pwn iazey owoC) no solxaJ ia glosa owoO 'eo/uo?J og3ppaU ouioo soAllsa6ns solnlJ} sollnH
6 fiou-ei+oH agi]sg(]
-a+ol op einleialll ep oç5olas e) lenlxal oç5npoid e lied oç5eiedaid e 'sooluugpeoe soiaug6 ap
OB5epai e lied sleiluao uiaoaiedsou anb saQlsanb ieioldxo soul.leA 'olnlldeo oilawlid alsaN
oliçllsiaAlun olxaluoo ou sopelope aluauinuuoo sleuu slenlxol soiaug6 se opueoo+ua 'oç5
-eollqnd ap eoluugpeoe eollçid e aiqos saQ5euuio+u] iazei] OAjtajqo iod uia] 'o]ue]iod 'oiA]] a]s]
ol-Qoaquoo souueslooid 'euuolsls o iepnui lied anb sou-ooaied 'oç5eollqnd essap opepllenb
ep eluole sleuu asllçue euin ap oluaulijilap uua apeplluenb elad epelned oç5eollqnd op eollllod
euin op io]eA o uuauo]]sanb sealç sa]uaia+]p ap saiopes]nbsad eioqui] oç5eollqnd eu apep
-lAllnpoid elad eplpauu g lenloolalul apeplAllnpoid e 'eoluugpeoe einllno eN leuolssl+oid o5edsa
iein6osse ap olauu ouuoo seiollpa lied soiAll a sooluugpeoe soolpgliad lied so61ue ap euulo+
eu apepllenb ap solxa} ielnuuio+ ap oplluas ou opeiluaouoo o5io+sa uun e soliçllsiaAlun saiop
-eslnbsad o saiosso+oid 'sounle opeAal uual ieollqnd a loAaloso lied oçssaid essa seueoliauue
N .;smluigpmt3 se)xa) ilznpoid anb iod I'l
sapeplsiaAlun sep(/c/siuodjo t/s//qnc/) .ie5aiad no anbllqnd. opellp oploatluoo ou
elaseq as(eslnbsad ap sotajoid ap a oç5enpei6-sgd ap sesloq ap 'eol+Jlualo oç5
-elolul ap sesloq ap) ojuouliejoueuj+ ap eolIJlod e 'oilallseiq oliçllsiaAlun euualsls o
t4}oU- eiiop\] agi]sgc]
e5oiod no onbllqnd
Redação Acadêmica : princípios básicos
rência e a qualidade da leitura dessas referências) e o processo de produção textual (a função de
diferentes gêneros acadêmicos, o estilo a adotar, a definição da audiência-alvo, o ciclo de escre-
ver, revisar e editar).
1.2 Redação Acadêmica
Na redação acadêmica, é importante atentar para alguns fatores que, por um lado. oodem
ajudar a delinear o formato e o conteúdo de nosso texto na fase de preparação para escrever.
Por outro, podem ajudar durante o processo de escrita e, mais tarde, na fase de revisão e
edição do produto final da redação. Os fatores que discutimos a seguir foram sistematizados
com base no trabalho de Swales & Feak (1994y sobre redação acadêmica para alunos de
pós-graduação.
1.2.1 Tópico
Para definir o tópico de um texto(sobre o que vamos escrever), a leitura é fundamental. A
atividade de leitura alimenta a escrita, portanto devemos selecionar bibliografia relevante (em
forma e conteúdo) sobre possíveis tópicos dentro da área de estudo. Não há uma ordem especí-
fica na definição do tópico e na leitura do material disponível na área. As vezes, detectamos um
problema a ser estudado a partir de nossa prática no laboratório, em aula, na observação da
mídia, etc. Em seguida, visitamos bibliotecas e navegamos na Internet em busca de publicações
(artigos, resenhas, livros, dissertações e teses) que relatem pesquisas ou reflexões teóricas so-
bre o mesmo tópico. Em outras ocasiões, não temos idéia sobre o que escrever e, ao lermos
algumas dessas publicações, detectamos uma área que carece de estudos mais aprofundados,
pois os problemas relativos a ela ainda não foram totalmente explorados ou solucionados
A seleção da literatura de referência é talvez o passo mais importante na redação de nosso
texto, pois definirá a perspectiva teórica aditada para estudarmos nosso tópico. A qualidade
dessas referências é medida por critérios como:
H a importância dos autores na área(pesquisadores conhecidos, com muitas publicações
em equipe, têm mais chance de ter um trabalho consistente em vista do diálogo que mantêm
com seus pares, do que autores bissextos que publicam individualmente)l
H a qualidade da fonte de onde extraímos os textos escolhidos (artigos acadêmicos
ais positivamente que aque-
;x=J'?r.EI.==!=':=,==E:Js!'=='.:!:i' =.='1:;:::=:: 9.:::,,:s gEnE:=:Ei1,'5.=:i: ~"";
l$ êl!$üi: ? âxi::umipnu n!
(a+ue[p iod w]sse a '] ei]o] E 'eo]]s]t]6u]] lied '8 ei+a] e souuez]]])n 'e16o]o18 ap
ealç eu) olnlldeo olsap leul+ oe L#m olxa} olad opueinooid ' L L olduuax3 ou eulolpauli uua opello olxal oilauulid op setalduuoo
selougia+ai se ieiluooua apod gooA 'uulssy oiauuOu uun a (eulldloslp ep lelolul) m eilal e uliaqa3ai eulolpauu ap solxa+ se sopo}
anb euuio+ lel ap elou90bas uua sopeiauunu oçs 'lelialeuu a+sau solduuaxa ouuoo sopesn oçs souaoxa sorna 'solxal SO
:(C66L 'eiso0 '8
wled) iolialue opnisa uua sopeleulsse ?r auulo+uoo 'soilno Dilua 'oB5eluouueuue
ç OAjjuaoul o o lêjõ' OB5êjeipjãJ""""ãp 'nldelã+ e 'sepn6e seligleildsai
saQ5oo+ul sep aloiiuoo ap ewei6oid o ouuoo 'opOes ç oç5uale ap seplpauu
seuin61e ap oç5ope ep elougnl+ul e opul+al+ai ielsa uuapod sole+ sle.L
eslnbsad ap
saQ5euJJo+ul Í - L ]. o]duuax]
ap ouunsoU
saQ5euuiolul iluinsai no illadai (e
olduiaxa iod 'ouioo OAjtajqo nas oielo iexlap lied se16gleilsa seliçA ÇH
OE3e)uasaide ap sel8g)t?diga a OAltafqO e'Z'l
(ealç eu oluouu
-loat4uoo o opepliellluue+ ieilsuouuap ap OAttajqo) sl/adia lied opuoAaiosa (oçu no padxa) eulldlo
-slp ep oiquuauu uun no (soo16ç)6epad soAltajqo) saluelolul lied opuaAaiosa padxa uun :soAttajqo
sossou iellolldxa souu.iapod lied elouglpne assou uuoo souuaieuoloelai sou ouuoo ilul+ap souu
-aAaC] einllal op e+aiel e lied ?l il iollal o anb olAgid oluauiloat4uoo o a soAltajqo se ouioo uuaq
'io]]a] o aiqos souua} anb seA]]e]oadxa se souuietajoid lied ope]idoide uio} o iei]uooua souiaAa(]
eAou OQ5ewio+ul ap eosnq uua olxal o çial a olunsse o ooot.luoo 'oluouulaAeAoid 'lenb e 'oAle
-elouQlpne assou ap esloaid uua6euuil euin souliet4ua} anb epueuiop eoluugpeoe oç5epai y
e!)uglpny Z'Z'[
et4uasai noloeulsqP 'o61ue olidgid ossou lied aseq owoo sopesn los oçiapod apiel
sleui anb soqooil ap ouunsal ou o saQ5eloue seu çlsa einllal essop apepllenb y oqleqeil ossou
op eo]iga} e]ouQia+ai ouuoo souliaq]oosa anb soiA]] a so61ue se opep]no uuoo io] o]ueuoduu] ]
(opessedeilln ioqes ulln owoo solslA ias uuapod
'o]uauua]uaoai sop]znpoid uuolo+ oçu as 'soiA]] Dele eu iaqes o uioo iezllenle as uia aued ens
ap o5io+sa uun eilsuouuap sopexapul a sopezllenle soolpç)liad ap sopJeilxa so611ie iezllllR soue
ooulo souu1110 sou sopeollqnd solxal uieosnq as aluauuleia6) sot41eqeil sassap elougoai H
l(oç5eollqnd ap opezllenle oxnl+ ullas sal
81. fiou-eUON a9J]s9(]
74 Redação Aca dêmica: princípios básicos
b) conectar informação nova (obtida na pesquisa reportada no artigo, indicada em cinza)
com informação dada (obtida em pesquisa anterior, indicada em preto) e vice-versa:
Exemplo 1 .2
B#l
Bromélia antiacantha ocorreu basicamente
como nQ estudo degAraújo et al. (1998)
nas zonas FPP e MPI,M
presença de indivíduos desta
a à alta salinidade
c) conectar o assunto tratado no texto com a área de pesquisa. Para tanto, podemos
contextualizar o estudo, dando informações acerca do assunto, detectando lacunas no conheci-
mento existente na área:
Informações
que
contextualizam
o tópico do
artigo
Exemplo 1.3
As restingas recobrem cerca de 79% da costa brasileira (Lacerda et à
1 993), onde se estendem desde estreitas até extensas faixas de areia. cot'fi6
B#l
no uioral norte ao t:stado do Rio de Janeiro (Marfins et al. 1 993).:::O bioma de
restinga possui uma vegetação característica devido a uma combinação de
fatores físicos e químicos destas regiões tais como elevado?temperatura,
salinidade, grande deposição de salsugem:,e alta exposição à luminosidade
(Ormond 1960, Franco et al 1984, Henriques et al. 1984 Nas imediações de
fontes de águas. como lagoas e braços das mesmas ai@vegetação torna-se
majgdçnsa, formando florestas (Arauto et al1 1 998
comunidades vegetais das (çstingas da costa brasileira são mnhec da
e.g. Pfadenhauer 1978, Araujo & Henriques 1984, Salva & Somnér 19M
Henriques et al 1986, Arauto & Oliveira 1 988, Pereira & Arauto 1995. Arauto
al. 19981 lvendo. co li BI lelellleiel 2jggia das espécies
vegetais (Ormond 1960, Henriques et al. 1984, Waechter IR lr 1 997)
ndicação de lacuna no
conhecem ento sob re o
tÓPicod) admitir ou discutir falhas no estudo:
Exemplo 1 .4
vale .sa tentar qual.por.gg.trglgLqç.ylnq análise de agregados, este estudo
está sujeito às limitações de certa forma já apontadas anteriormente, tais como
a hetrogeneidade intra-agregados, a mobilidade intergrupos, a dependência da
escala utilizada,entre outras, que, de acordo com a epidemiologia, constituem-
se em..:érioq. impedjmçnt.os....para a inferência causal. Todavia, não é demais
esclarecer não ter sido este o proposito do presente trabalho, mas, sim,
oferecer subsídios para o planejamento e a avaliqçêg..gq..g!!na de serv ços
paro.Jnonitorar as condiçõe:i-de saúde ínfantili. Assim,; em que pese 6
restrições apresentadas, o estudo da mortalidade infantil considerando-se sua
distribuição no .espaço geográfico entendido.çgpQ..p.roduto de transformações
exercidas pelo homem (Santos, 1 979) não só permitiu*a identificação de áreas
Slg..çjggdç...gpqe residem grupos submetidos a um maior risco. como também
M#l
Discussão
de
limitações
no estudo
Essas estratégias servem para dirigir a atenção do leitor para determinados aspectos da pes-
quisa relatada no texto, ajudando-o a organizar a informação e recuperar o ponto de vista do autor.
(ç l.:t,66 1. bleaJ 'g saÍDaS) opesn las e olielnqeo
-oA o souueuoloalas opuenb sjeuliio+ o sesloaid slew seAlleuialle iot41oosa ouioo slel se16gleil
-sa sepao ap olpguuialul iod ope5ueole 'uuo} op leiam ouislleuuio+ uun ÇL{ 'eolwgpeoy OB5epaU
uu] loAalosa e e5auioo opuenb aluaui uia uual gooA anb elouglpne e uioo a ooldgl nos epioqe
gooA anb uuoo .uuol, o uuoo opeuoloenba las apod olxal nos uua auunsse gooA anb olllsa O
ol!)s21 S'Z'l
apuei6 ollnuu apeplllqElieA
euun noluosoide a enulluoo lo+ OBU epanb essa onb uigquuel uueilsow 'BIAepo.L
(666L 'e+soC) '9 euu]] l966L 'gVS]S) JOPeAleS uua lllue+ul aPePlleilouJ eu
QpeAiasqo opuos equlA anb olulloop o
'oluaüéÀljoodáéj
'%L'0Ç";:o %L'6t, aP '(NdOd) le)euoau-s9d* ep ewsauuj$e2atuauueotteldglo+
(Nad) sleleuaau sollqg ap og5iadoid y '%Z'ol ap%lH a oue uun ap $alauoui
llul iod Z'6z ap lyyO oe nopuodsaiioo anb o 'aue uun ap $aiouauu op sollq9
:t L' 1. uelollooo l L66 L op oue ou 'iopeAles uio
l l$ 11g@g@@$g@WR:illB11g$$ Ê$$%S S;Wg$ Wlg%g ã Ê@@ggggg soPellBsaU
y
l
)
uleuliij+uoo opnlsa alsop sopellnsoi SC
ogssnosl(]
SOPeJ+UOOUO
sopellnsai sop
og5E+aidialu l
lann L eloqe.L eu as-emosqOI
soPeJ+uooua
sopellnsai sop
oç5eluasaldv
(866L 'S]N) opDeS ep o]ig+s]u]H o]ad op]znpoid mOU-(]0 ou soplluoo (mlS)
}eplleUOH ap OB5ewio+ul HjiRqii Hdl=.1.Breu.lg.zdlz&eu.l: uunnalu1 '(3981)
ilisJlels3 o el ei6oag ap oilallsei8 oln+lisui oç3epunJ ep sob?llsuao saloias
çglB!!!!pplgqlyntõli!!g!!!!!!Holuauuelaueld op a eAllei+sluluuPe-oolsJJ einlni
eJ+ul aP 'sooluu9uooa-olo9s solJ9illo uua oseq uuooRl:BI«IB19H)B31121111El=lEIUI
aç16atJâep oiuowlAloAuoso(lli op elt4ueduuoO: eles seplulJop opepio ep $eoiç
ulBHIDlõRMNjeMHHjõ elHN13B=leHlhH«IHÜ !nüõauHnllnaa11eEalEnlaosllçue a
elboloPolaN
opnlso
ou sopesn
se)ua uu lpaooJ d
soP
OB5ejuasoldv(''')
(c96L 'sauna :z86L
le }0 UJjed ]ã86L '0Jj0+UON :086L 'Wqa8) {eQU%]] iHtHÜUHãB]i]i]0kHX:DE8 111.:
uia epelouoplAa opôs uuo+ a oduuo) ollnuu çq eploot4uooaisoolwÇuoao
FF11?1plõp !!eülaB!!!!!p!!q!!FFp1181qj!!!y!!!Fl999ylW!!pganb oç5elãi élloilso
oganpollu
opnlsa
o iezllenlxaluoo
lied oç5npoilulL#m
9 L o]duuax]
çiln6as as anb OB5euiio+ul ap odll o uieolpul solnIJlqns se oulloo eja/yeulolpauu op eaiç ep o61ue
uin op sepeillai sua6essed seuun61e oxleqe amasqO olxal o ial oe ieiluooua leA anb oç5euuio+ul
ap odll o iedloolue essod alsa anb opoui ap iollal o ielualio lied solnIJlqns ap osn o g osslp
olduuox] oiaug6 ouusauu op solxal uua sopeiluooua aluaulinuu09 lenlxal oç5ezlue6io ap saQiped
iedloalue apod iollal o anb zoA euin 'sag5euiio+ul ap einllal e ielllloe+ apod lenlxal einlnilsa y
0E3t?ZIUe8J0 tZ'Z'l
91. fiou-eiioH agi]sg(]
Redação Acadêmica: princípios básicos
Exemplo 1 .6
Informal - impreciso / Formal - específico
O autor que o conceito de gênero é produtivo na análi
se do discurso da ciência. Os resultados delqq1111 !!t!!!iiq(!!;weliados
projetos têm sido [.i.]iKaxqn«.] ] n].Jíuano que tange ao desenvolvimen
to regiona
1.2.6 Desenvolvimento da informação
A evolução clara e lógica de uma idéia a outra, conectando-as progressivamente, possibilita
que o leitor acompanhe o desenvolvimento do texto(Idem:21). O uso eficiente de palavras que
desempenham a função de conectores, como por exemplo, 'portanto', 'assim', ;entretanto' e 'por-
que', bem como o uso de pontuação adequada pode ser de grande valia no estabelecimento cle
um desenvolvimento gradativo da informação. Note, no exemplo abaixo, que a expressão 'en-
quanto que' estabelece um contraste entre 'o número de estudantes de doutorado' e 'o número
de bolsas disponíveis:
Exemplo 1 .7
Elementos
de coesãoAnafórico
O número de estudantes quà 'de doutorado tem.mjfos prog
crescido gradualmente nos últimos ãiH$,EHIEUMQgo número de bolsas
disponíveis manteve-se constantej=Í=esulta das anual política
do governo federal
Veja também que, no exemplo, a expressão 'essa situação' resume todo o trecho preceden-
te a ela. O emprego de elementos anafóricos de coesão tais como pronomes demonstrativos
I'esse'/'essa') acompanhados de um substantivo anafórico; ('situação') mantêm o desenvolvi-
mento constante da informação e orientam o leitor na interpretação do texto. Se você substituir a
palavra 'situação' por 'problema' no exemplo acima você obtém uma outra perspectiva da rela-
ção bolsa-aluno:
Exemplo 1 .8
Mais
específico
O número de estudantes qi;;i;i;;êáliNos programas de doutorado tem
crescido gradualmente nos últimos iQÍO de bolsas
atual políticadisponíveis manteve-se constante.
do governo federa
3 Anafórico: que se refere a um termo já mencionado antes. Por exemplo, em 'Sentiu o gosto do açaí. Aquela sensação Ihe
deu prazer', o substantivo se!!saçãe é anafórico porque se refere à idéia anterior de 'sentir o gosto do açaí'. Do mesmo
modo, em 'Ana é gaúcha. Ela é de Santa Mana.', o substantivo Ana é recuperado, mais adiante, pelo pronome anafórico Ela
:ool+Jlualo o61ue. ouuial op ie6nl uua .ooluugpeoe o611ie, oçssaidxa e souualesn 'awnloA alsaN p
'opeiolnop op sounle 'oç5enpei6 ap sounle lied) souuaAalosa uianb lied OAje-oollqOd a
l(Z,e6oip eAou euin ap elouglol+a e ieAoiduuoo no oluouiliadxa uun ielelai 'oiAll
Orou uin ielleAe :olxal o ieollqnd oe iezlleoi souiaianb onb o) olxal op OAjtajqo a euuol H
e oç5elai uia 'souaui olod 'opJnilsuoo g onb woo ielnolued eilaueuu
elad oploat4uooai ios opod Sõiõü36 sassap uin epeC) saluoia+lp saQ5un+ uugl oiAll uun no et4u
-osal euun 'oç5euasslp eulln 'el+ei6ououi euun 'JOPUJsqe uun ' ,ooluuigpeoe o61ue uuO sool+Joadsa
ollnui soAllojqo uuoo sooluu?pede solxal ilznpoid g 'opeplsiaAlun ep olxaluoo ou 'i161paU
s031uügptne soiaugD e'].
OBslAai ap ases eu o5io+so nas iod olei6 aluauueuiala çieol+ iollal oinln+
naS olliosnueui op ejiot4jouli e lied ilnqliluoo oçiopod solieluauuoo snaS opeuluuial iod ol-çp ap
saque olxal nas uiaial lied saiossa+oid o se6aloo soe e5od i.aue ap eiqo euun asenb, Dias 'loA
nos e 'oç5epai ens onb ouisoui 'olxa} nos iezlue6ioai a selgpl ieinlnilsaai uua allsaL4 oçN
saiouauiiod uia sopeolldxa las uiaAap anb sal
-opeAoul soluouulpaooid uuoo seus 'soploalaqelsa uioq sollaouoo woo et41eqeil eolç e as no ealç
eu aseq op sollaouoo se aluauuepet41elap uliaijul+ap as ap apeplssaoou çt4 as 'epule nO sopllqo
sopellnsai sop eAllelllenb oluouulelouassa OB5eljeAe euun laoaulo+ alueuodwl g as nO sopez
-lllln oçs sool+çi6 a selaqel ouioo sleqioA-ogu soluauuala 'eslnbsad ep sopellnsai sop oçssnoslp
eu 'ouioo opouu o lied 'olduuaxa iod 'olualy soied snas iod sepelope oçõepai ap seollçid se
a ealç ens ap ieulldloslp einllno e eluoo uua anal 'oluel lied apeplunuuioo oluenbua eolwgpeoe
eulldloslp eulln ap oiquuaui ouuoo olxal ou euololsod as ouuoo opouu oe oluale ejolsa 'opnlaiq
-oS o]a 'o]]]sa 'ein]ni]sa 'e]+ei6ouo 'eo]]çuiei6 ap so]]a o]eu]sse a a]uauuesopep]no o]xa} o e]a]
soielo oçlsa OBU epule anb soluod salanbe ieol+lluapl o oç5euuio+ul ep oç5ezlue6io e iapualua
e gooA epnje ossl eossad eilno lied assou as ouuoo elle zoA uua olxal o ial dual 'ieslAai ov
.epelolA, einllol euun uuoo
ielsa usos ol-çuiolai essod gooA slodap anb lied (oilolul elp uin ouusauu gle a) seiot4 seuin61e
iod .iesueosap,olxal o iexlap g 'osso lied e16gleilsa eoq euuR oolllio ollildsa a oluauuelouelslp
uuoo o]xa] o]idç)id nos .io] e epuaide gooA anb ÍeiüatiiePtiíli :] leul+ oçslaA eu 'leloadsa opouu
ap 'o olxal op oçslaA epeo e .oçslAai, g olxal ianblenb op opepllenb E lied aAet4o-eiAeled y
o)xa) op luuU oç5e)uasaidy Z,'Z'l
Z,.elpg6eil, ouuoo oilno iod .oç5e
-nlls, oolig+eue OAjjuelsqns op oç51nlllsqns elad opesneo olla+a o g lona aluauuiioliolue opeuuil+e
loJ anb o opujulinsai 'olxal ou aluapooaid ot4ooil oe as-ala+ai .elpg6eil essa, OBssoidxa y
Z 1. fiou- eUON o9Jls9Q
1 8 Redação Académica: princípios básicos
pesquisadores experientes, público leigo?)l
H natureza e organização das informações que incluímos no texto (adotaremos seções
para cada etapa da pesquisa como a revisão da literatura, a metodologia e os resultados, como
no artigo acadêmico experimentalo) .
Assim, podemos nomear três gêneros centrais no meio acadêmico: o artigo, o aÉ)sfracf e a
resenha. O a!.tige é publicado em revistas acadêmicas de diferentes áreas como /Vafure, f?ev/s-
ta de Saúde Pública, Journal of Speech and Hearing Disorders, Revista Brasileira de Biologia,
Journal of Politícal Economy, Angewandt Chemie, Recueíl des Travaux Chimiques des Pays-
Bas. Essas revistas têm periodicidade que varia entre mensal e trimestral e são encontradas em
bibliotecas de universidades ou em sites na Internet como o do Scielo (www.scielo.br) ou o da
CAPES (w)8i}8i:çapes:ge3í:bO que dão acesso a revistas acadêmicas disponíveis on-lhe (você
pode imprimir os artigos).
Os artigos contidos nessas revistas correspondem ao gênero mais usado, na academia
atualmente, como meio de produção e divulgação de conhecimento gerado na atividade de pes-
quisa. Em geral, o artigo estende-se por 10 a 20 páginas, incluindo uma ou duas páginas de
referências a outros artigos e livros relevantes para a discussão do tópico em questão.
O objetivo central do artigo é discutir ou apresentar fatos referentes a um projeto de pesqui-
sa experimental sobre um problema específico(Artigo Experimental) ou apresentar uma revisão
dos livros e artigos publicados anteriormente sobre o tópico (Artigo de Revisão) dentro de uma
área de conhecimento específica. No caso do artigo acadêmico, o autor demonstra habilidade
1) selecionar referências bibliográficas relevantes ao assunto em focos
2) refletir sobre estudos anteriores na areal
3) delimitar um problema ainda não totalmente estudado na areal
4) elaborar uma abordagem para o exame desse problema;
5) delimitar e analisar um corpus representativo do universo sobre o qual se quer alcançar
generalizaçõesl
6) apresentar e discutir os resultados da análise do corpusl
7) finalmente, concluir por meio de generalizações sobre os resultados obtidos no estudo
conectando-as aos estudos prévios dentro da área de conhecimento em questão.
O abs!!.ac! é um resumo do artigo e serve para dar ao leitor uma idéia geral do que vai
encontrar ao ler o texto integral. Normalmente precede o artigo, localizando-se na metade supe-
rior da página de um periódico acadêmico. Como o texto do aósfracfdeve ser uma breve síntese
do artigo, devemos, ao menos, responder as seguintes questões:
H Por que o estudo foi realizado?
em
l.e)Z. \. 'eollqOd apOeS ap souiapeO
06 ap epeogp eu apOes uia sleloos sapeplen61sap sep OB5npoidai e :mpla ap sag51puoa a
lllue+ul apeplleuou\l l.ooz eP /VI/y l 'VAllS 'g IS í' 'U\llVd IV aP d 'lZV : N O eP l/U 'V.LSOO l#m
'eo/UÇJo8 aP eu/a//seja els/AaU í'U 'geoeH 'eqlleqninr op e6ullsaU ep leuoloeN anbied ou
p6u1lsau ap seuoz ooulo uuo oeaoellauuoi8 op OB51soduioo eu a einlnilsa eu oç5elie/\ ( l.ooz)
n[ 'S,\n]S ueA 'g VC] 'a 'J '0 'VH00U laC] 'N 'J 'V 'SV.LlaUJ I''1 '0HIV/\UV0-1UV11900 L#8
as
-a
le
solduüaxa sop se!)ugiajall
wein61+uoo as soioug6 salsa owoo a OQjsonb uua ealç
eu sopesn slew soiaug6 se slenb i l liam g oolwQpeoe olxal uun ilznpoid lied ossed oilauulid o
'uulssy aluauluad oç5ezlioal e a einlelouauiou e opuezlllln 'eliçialll eiqo euun ieslleue a ial eqles
ounle o anb leluauuepun+ g 'eolç essau 'slod 'set4uosai iaAalosa ouioo aiqos oç5elualio uueosnq
aluauualuaObai+ oç5enpei6-sgd a oç5enpei6 ap sounle 'opel oilno iod 'eliçialll elioal eN
(0C:666 1. 'eAllS) elaldwoo eslnbsod ep iolialsod OB5e61nAlp
e lied oolpgliad ou iolne op o5edsa o ein6asse OQ5eolunulioO e 'o61Ue oe oç5elai uua(seu16çd
senp no euin) oçsualxa louaull op oluawnoop uun las ap uugly oluauuepue uuo eslnbsad euun ap
'doeu;sqe o anb op o6uol sleui 'ouinsal uun - .OB5eolunuuoO. e lied o5edso olioo uun opuapiad uuaA
'eolwjnO ap o61ue o 'oluoullaluaoal sleN ealç eu opeollqnd aluauunuioo sjeuli olxol ap odll o ol
-uauuleuololpeil opôs uual ooluugpeoe o61Ue o 'olduuaxa iod 'eo]uu]nC) e ouioo ea]ç ewn uu] oluauu
-zeol+o sooluugpeoe solxal ilznpoid souiessod anb lied slelpiouuilld soQ51puoo oçs ealç assou
wa sopezlllln oçs oluauilewiou sala ouuoo opouu op o solou96 sossop eielo elgpl euun ial
OIAll o OJqos JOPet4uosoJ OP
ielnolued oçslA e opuellolldxa 'oiAll op Alle6au no eAlllsod(souauu no sleuu) oç5elleAe e uualal+ai
anb seiAeled lnloul equasai eu opesn oliçlnqeooA o ola iod opep oç51nqliluoo ep oç5eAoul e
a apepllenb e a ealç e lied oiAll op elouçlloduul e OPuelleAe 'oç5ezlue6io o opOaluoo 'iolne nas
'oiAll assa aiqos selougia+ai çp 'oBlua 'iopetluasoi O eolç e lied alueAalai oç51nqliluoo ewn uuo
lnlllsuoo as a oluouualuaoai opeollqnd lo+ opequasai oiAll o 'oluaulijeiaEyoiAll uin elleAe a ouinsal
anb olxal uun g et4uasai v uuaia+lp soiaug6 se soquie ap soAltajqo se slod 'uuaoaiede so611ie
se anb uua elanbep aluaio+lp oç5as uua 'sooluu9peoe soolpgliad uua epeollqnd g'eiãüõSõ:í v
elouçuodwl leluouiepun+ ap g sopesn uualas e souula}
sop et41oosa e 'oluel lied seiAeled 00€ iapaoxa uiaAap OBU saQlsanb sesta e selsodsai sy
Z,eaiç e lied sopellnsai sassap oç5eol+lu61s e lenO H
Z,sopllqo sopellnsai se slenO
Z,opezlleai lo+ opnlsa o ouuoo
6 1. fiou-e} o a9jls9C]
20
Resenha
Désirée Morta- Roth
,/
\
/
\
-....,--' '"'')/
RESENHAR OU
NAO RESENHAR,
EIS A QUESTÃO!
,/''' '''"''h
,,..=-«...-
/
\ r
'\
ORA. . , ORA. . .
O QUE SERIA UMA
RESENHA?
}'l .p:
E
V
2.1 Para que serve uma resenha afinal?
.iPiiial\. omo o pensador, na ilustração acima, todos nós, em algum momento durante nos-C
da produção intelectual em uma área do saber. Esse produto intelectual pode ter a forma, por
exemplo, de um livro, um filme, uma exposição de pinturas ou um CD de música, e é avaliado sob
o ponto de vista da ciência naquela disciplina.
sa trajetória na universidade, nos questionamos sobre o que é uma resenha. Esse
gênero textual é usado na academia para avaliar- elogiar ou criticar- o resultado
fiou-el+oH) OAje-oollqDd nas ap sapeplssaoau se lied e+uale a aul+ap lo+ne o as :soiAll ielleAe lied oligllio uun iopequasai
oe aoala+o 'o+ueuod 'a io+]a] op oç5uate e]ad oç511aduuoo uua e]]nsai soiA]] i]znpoid uua se]s106u]] sop e]ougpua+ essa Z
lvot:9e6t 'plal+Je9) .oue opep uun uua ope+lo g oolpç)liad uun uua .ogiped ooluugpeoe o61+ie, o anb uuoo falou?obai+
ep eplpauu, euun g iole+ asse sealç seAlloadsai sons uua .o+oeduul iole+, nas olad (q 'e696L 'plallieg) spodaU uo11el/C)
felino/' xapu/ uo/JeJ/C) saoua/OS /p/ooS o a xapu/ uo/lpJ/O agua/OS olad sopeouala oçs sope+lo sleuu soolpgliad SO L
(68Z:Ç66L
oiA11 o it?puauio)all <ie11eAy <iaAai)sa(l< it4uasaidy
ap saque se souiezlleai anb uua
sedela oilenb souliaAloAuasap 'oiAll uun iet4uasoi oe 'onb eolpul sou oiauQ6 ossap asllçue y
.lequasai euün ap t?alsgq ealig)ai t?.in)ni)sa e g lt?nÕ Z'Z
soiAll ap eoluugpeoe etluosai eu oç5uole estou souiaieiluaouoo
'e5uein6as ioleui uioo solxal ilznpoid E soliç lsiaAlun sounle ielllxne ielual lied leluauiepun+
apeplllqet4 euin elos zoAlel soiAll iequasai iaqes 'seilal op sounle lied 'oplluas assaN z(ÇL
-t, 1. 1. :966 1. 't41oU-e]]o]/N) e]uuouoo] uua %0t, a eoluujnO uua soolpgliad sop %çE) uua aoaluooe ç)s ouu
-sauu o anb o]uenbua 'set4uasai uieo]]qnd eo]]éJ06u]] uua ,sopello sleuu soolpç)liad sop oluao iod
elualaS'(gz61. 'uat40 lz86 1. iat4oa8) oluauuloat4uoo ap OB5e61nAlp a OB5npoid ap eulllo+ owoo oo
-luugpeoe o61ue olad opJnlllsqns aluauileolpei lo+ oiAll o apuo 'eolsJJ e 'olduiaxo iod 'ouioo sealç
sei[no anb op io]euu a]uauieA]]eo] ]u61s soiA]] iet4uasai uia oç51pei] euun uio] eo]]sJ06u]] e 'sei]a]
ap eolç ep opeo]]de oduieo uin ias ap OB5un+ ui] ealç epeo op sassaialul se uioo opiooe ap
elou90bai+ lououi no ioleuui uuoo opesn las apod et4uasai oiaug6 o anb iellessai alueuodw1 3
'l seollsçld sabe se no eolsOuu e ouioo sealç seilno uua
OAON euiaulO op oloeduul o(o epule no 'olunsse ouusoui o aiqos no iolne ouusauu olad sopeollqnd
oluawiolialue soiAll se (q 'leinllno oluauulAoui asma (e :aiqos aqes as anb o las opod 'olduuoxa
iod 'oAON euiaulO o aiqos oiAll uun e eolIJio eu no o16ola ou elougia+ai ap oluod o 'uulssy
oluouilpualua nas o lied salueAaloi seulldloslp
seilno ulioo no eplznpoid lo+ eiqo e anb uia iaqes op gole e uioo ieloouoo os uiaAap soliçluouu
-oo snaS olunsse ouusaui o oiqos aluauiiolialue oplznpoid oluauuloat4uoo olad opeuiio+ul elslA
ap oluod ulin ap ilued e eiqo opep euin elleAe o aAaiosap aluauueolseq iopet4uasai o 'iollol oe
iapuole lied oiAll opep uun aiqos eolllio oçluldo euun aoaulo+ oilno o a eosnq uin :salua6iaAuoo
soAltajqo uligl OAalosa anb elanbe a gl anb eossad e anb uia lenlxal oiaug6 uun g et4uasai y uuez
-lue6ioai a uueulquuoo os ooluuQpeoe sme/s ap 'iapod op sag5elai se a ezlue6ioai as (sopei6
-esuoo saioleA se 'sepelope sua6epioqe se 'saied se allua opet411ued iaqes o 'ecoa uia saiolne
se o selioo} se) eulldloslp eu oluaulijoat4uoo o 'saQ5eollqnd secou ap OB5eljeAe ep sgAeilv
LZ t4}oH-eiiolNagilsgG
Reda ção Acadêmica: princípios básicos
Em geral, essas ações tendem a aparecer nessa ordem e podem variar em extensão, de
acordo com o que queremos enfatizar em nossa análise do livro, ou em freqüência, de acordo
com as características da obra ou o estilo do resenhador. Assim, se o autor recebeu um prêmio
Nobel, poderemos dedicar maior espaço no texto para seu currículo (atendendo assim a um
provável interesse do público) do que se esse autor estiver apenas iniciando sua carreira acadê-
mica. Por outro lado, dependendo do estilo do resenhador, a descrição e a avaliação de partes
específicas do livro já vem sintetizadas no mesmo trecho da resenha e, às vezes, na mesma
sentença. E importante frisar que o uso desses quatro estágios textuais, indicados acima, foi
uma tendência verificada em nossa pesquisa junto a editores e autores de resenhas em periódi-
cos internacionais. Portanto, essa descrição do gênero deve ser tomada como uma constataçãoa
de como as pessoas escrevem resenhas e não uma norma a ser seguida cegamente.
Vejamos um exemplo de resenha, retirado da Internet do site httD:/7www.ceveh.com.br/biblio-
!eça1lliese111lasZ, no qual a resenhadora apresenta um livro da área de Educação:
Exemplo 2.1
Ed#l
Resenha
.}ailice I'het)
iilailf o: qü 20ja l icc @.: })ttlgr ct .comi.l)r
Autor: ,fa{3ic'e '!'beíjd r d&
São Paulo, 30 de março de 1997.
Anuário de Educação 1 995/1 996. A educação formal: entre o comunitarismo e o
universalismo. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro/INIGRANRIO, 1 997.
o lançamento do Anuário de Educação 95/96 organizado por Bárbara Freitag cotocal
em discussão os temas mais cadentes da atualidade: relações interculturais e interétnlcas,l
relações de género (situação e papel da mulher na educação) e análise das minorias
("estrangeiros" ,"migrantes", refugados", "perseguidos"). A presença de autores nado:
naif e internacionais permitiu que olhares forjados em diferentes países ou regiões do
globo viessem resultar em uma reflexão conjunta dos problemas contemporâneos.na área
de educação.
A novidade que carrega esta coletânea é o enfoque dado à área educacional como ex-
pressão da própria sociedade e não como uma parte, lateral dos grandes problemas que
afligem a sociedade contemporânea.
Comunitarismo e universalismo é o grande tema aglutinador dos textos selecionados.
E, a "formação educacional" é o eixo que permite ao leitor manter um olhar crítico frente
às tendências sectárias, nacionalistas e restritivas com relação a natureza dos contatos
interétnicos. Os modelos que, de alguma forma, são referenciais na elaboração do Anuá-
rio dizem respeito a políticas de etnicidade, políticas que pressupõem diálogo entre cultu-
ras e políticas transculturais.il»esse sentido, o artigo de Sergio Paulo Rouanet,
'Transculturalismo ou retorno à etnlcidade" é aglutinador de toda a primeira parte da
3 Tendência verificada em um corpus de 180 textos publicados em inglês nos periódicos acadêmicos
áreas de Economia, Ling(mística e Química entre .1993 e 1 994 (Motta-Roth, 1995)
Apresenta
mais citados nas
loat4uoo op opelsa leme o 'g olsl '.adie ep opelso, o lied OQ51nqliluoo eAou euin ze+ aisa eilaueuu
anb ap i]u]+ap a oiA]] o iez]]en]xa]uoo e apua] eiopet4uasoi e 'oiA]] o ie]uasaidy oe 'o]o]u] a(]
sepe[ieA seo]ig]ai se16g]ei]sa opuez]]]]n 'ossed e ossed 'e5ueAe eiopet4uasai e ' ]. a o]duuax]
ou sopeolpul so16çlsa sgil sop uun epeo 'oAlsensiad opoui ap 'ilnilsuoo lied oollqDd oe opepuouu
.ooa] 'ouu]]]D iod 'o ]o]]iosap 'ep]n6as uua ]ope]uasaide g oiA]] o 'ie6n] oi]auu]id uu] oluauiiolialue
sopeuo[ouauu s]en]xa] so16ç]sa oi]enb sop sgi] ]gi]suoo eiopet4uasai e '( ].#p3) 1. a o]duiax] ON
(seiAeled jluli 08 anb op sjeuli uuaq ilnloul apod onb) opeiolnop ap asar
e no (seiAeled lluui çl. 'elpgui uua) ooluugpeoe o61ue o oulloo soioug6 soilno uioo sopeieduuoo
as(seiAeled ooo 1. 'elpguu uuo) sopno solxal oçs 'leiam uua 'set4uasai 'olduiaxa assou ouioO
[set4uosaU lied ie]]o/\]
olugllH oilaoio.L oe 'aluauuepeol+llenb 'çilznpuoo
sou onb eios]ndoid e]ow e oç5eonpa eu 'e]]ayod opienp] zlp sou owoo 'opuaoaquoooi
gloL4 ap oo1696epad O]eqap o 'euun61e ep]AOp uuas 'e61iqe 96/ç6 oç5eonp] ap oliçnuy O
epu auuooaU l :: ; ;$ 1 li$$$$gi;@lêg$: «}ilii$X ' fiiê#líe:Êliálg®!«,i 1: 1, êll#lltgêg#@g:i;:: ri 'oluauueAl} nodlollied
auçloloo e)sap eiopezlue6io '6eilaiJ eieqie8 apuo ia6eld ueaF op aliçuaiuoo o aiqos
opet41e[ap auuio+u] uun onb op iot41auu epeu oç5eonpo oiqos o]içnuy uun iez]]eu]+ lied ']
apepalieulldloslpja ul
a eslnbsod edldweolllnuu OB5eztue6ioie oçxal+ai ap soluod ouloo opueiap
lsuoo ooqonC) ap apeplsiaAluO ep oç5eonp3 uua opeiolnop a epniso ein+uoAeo8 opleAlp3
a ooluuguooo oluauulosaio ap opoliad uunu a)ualol+o opolguu (esaiduua eu uuo6ezlpuaide op
opeuuet[o uugquue}) e51nS/]enp euua]s]s o es]]eue ]eiqoS eoasuo] ep 'y epueuioJ :]ygUd
eu[[e[ eo]i?uuy eu eA]]eonp] eulioJaU ep OB5ouuoid ap euuei6oid op i])ied e soueo]iauue
-oullel sasled sun61e ap seAlleonpa seuulo+ol sep epua6e ep salueuoduul soluod se euolo
.uouu Áauua8 8yy eualaH :Oç5eUUJO+UI/OB5eulio+ dilua oluawlAow op s9Aei+e oilollseiq leuo
loeonpo euualsls op oç5ezluiopouu e eslleue ellayod elieH e1190 eollçuuio+ul o oç5eonpa
aiqos sogxa]+oi sç e]ou90bas opus(] OB5euuioiul ep og5ezlleioouuop ap ossaooid o6uol
uunu ieilnsai çiapod a leuoloeonpa oduieo o çiessediod 'iolny o zlp 'opunu o opuepnuu
Piso }auiaiul y 'laAJn+llsqnsul uuo6euosiad uun opuas enul+uoo aia llpad oilno ilnssod eAop
iossa+oid o eioqw3 uieiezllaiouoo as OBU anb seloa+oid uuelo+ 'elplw ç ossaoe oe oplAap
soiossaloid se onb op sleui .opuoqes. 'seloosa sç uelie6aqo se5uelio se onb op elgpl
e uugquuel ouuoo ueqn-loH iod epezl+o+oid leqo16 elaple ep osalç)dlt4 e o+uel olot4 ap selp
se aiqos opessed ou uueiazl} os anb solluu-sagslAaid seuun61e euuolai eAllS ep sulyeH sina
leualssl)oid OB5euuio} a e16olouoa+ 'o5edsoiaqlo op elei+ eauçlaloo ep alied eilaoial v
sagssl+old sepeuluulalep ap Jolla+ul oç5elou
nuuol ç ope611(eulie-l eoliguuy eu oullnosew o anb ioleuu) oululuua} ouuslloqe+leue o ouuoo
woq oçssl+oid essap ag5ezluluiaJ e o oliçuilid laAJU wo olig+s16euu op oç5ezlioleAsap e
eueoliaue-ouliel ioqlnuu ep og51puoo e uueslleue ialla/\A uelAIM 'selnouueÀ eullsliO elAlls
pueuuwy eiiozo8 eil+eS 'eululwa} oç+sonb ç epeolpap g eauçlaloo ep ayed epun6as y
aAaiosaQ 8\jiP$1glg? leinllno oul.isllesiaAlun snsloA leinllno ouislAlielaiop eollçuia+ ç 'aiuauueAou
3Aa] sou anb oçuua]e ouus]uoioeue uun ouuoo la qo]U u]]i] iod epeslleue g soila6ueiisa
ap eollllod aiqos oçssnoslp epeqin+uoo e o :eauçioduualuoo apepoloas ep o oqleqei+ op
eio+so eu seoliçioouuap seoliçid e epeloosse eloeioouuap euun ap saseq se oiqos iliallai
ioilol oe opullluuiad ia>luOS zulaH iod ope+ei} euua} g 'zllnt4osny op slodap oç5eonpo
o eloeioouuop lsoliçpunoas solnoliino uua o+uooal opessed o elnoslp as apuo eolepnr
e16oloo} op soslno ap o ..oç5eioqela.. essap le el lied eslnbsad ap soi+uao ap og5elio
ep sgAei e o]uauu]puaiua ap eo]+J]od ewn ap zn] ç ]p]uut4osp]og yo]i]a]C] iod sopeslleue
oçs olsneooloH o a ..eotepnl oçlsonb.. e :zaiialing sli)I'g uaieloN ia+ad ap oixa} op sgA
elie }lai a oonllo auusí6oleiD o 'ooiluo ouusllelnifnoi1lnuu o alhos oessnosip y eouElaloo
fiou- eBON a?i]s?(]
Redação Acadêmica: princípios básicos
mento na área. Esse estágio estabelece o cenário contra o qual a resenhadora buscara Des-
crever (as partes do livro) e Avaliar (os melhores ou piores aspectos do
mesmo). Ela 'abre o texto', apresentando o livro pelo seu título, O lança-
mento do Anuário de Educação 95/96...', pelo nome de sua autora, 'organi-
zado por Bárbara Freitag', e pelo valor de seus colaboradores, 'A presença
de autores nacionais e internacionais permitiu que olhares forjados em diferentes países ou
regiões do globo'
Na apresentação da obra, também são definidos os temas abordados (relações
interculturais e interétnicas, relações de gênero e análise das minorias) e o modo como a obra
vem se inserir na disciplina como uma contribuição inovadora -- 'A novidade que carrega esta
coletânea é o enfoque dado à área educacional como expressão da própria sociedade e não
como uma parte, lateral. . .'
Depois de estabelecida a apresentação, por meio das credenciais dos autores e do valor
de contribuição do livro para a área, o próximo estágio serve para dar uma visão geral (enume-
rando as partes do livro) ou bem detalhada(definindo o conteúdo de cada capítulo) do livro.
No Exemplo 2.1, a resenhadora descreve:
a) a organização geral do livro -
Exemplo 2.2
Apresentação
da autora e
colaboradores
do livro
do
pn
de
ist
d(
pl
cc
in
Organização (tema
aglutinador, eixo e modelos de
referência)
Ed#l
Comunitarismo e universalismo é o grande tema aglutinador dos texto:
ie permite ao leitor manter umselecionados. E, a "formação educaci
oihàf crítiéi) :f:rehté às tendências secti :as e restritivas com relação a
ecos. Os modelos que, de alguma forma, são referenciaisnatureza dos contatos interi
elaboração do Anuário dizem respeito a políticas de etnicidade, políticas que pres
supõem diálogo entre culturas e pol éticas transculturais
d(
d(
at
P(
(a
e)
in
s€
m
hê
b) o tópico de cada capítulo
Exemplo 2.3
Ed#l
ransculturalismo ou retornoNesse sentido.l o aRiqo de Serqio Paulo Rouane
à etnicidade" é aglutinador de toda a primeira parte da coletânea. A discussê9
.qç2b.llg.o-mldlçylurajjqrRç!.crítico, o dialogismo crítico é
a "questão judaica" e o H-
.); democracia e ade uma oolítica de entendimento
educação depois de Auschwitz,jé tema tratado por Heinz Sünker pera.].tira.dg..qg.Jgllgl
turbada discussão sobre política de estrangeiros é analisada po
um anacronismo alemão que nos leva, novamente, à temática do
relativismo cultural versus universalismo cultural
Tópico
dos
capítulos
A segunda parte da coletânea é dedicada à questão feminina. safira Bezerra
:ina Yannoulas, Wivian Weller analisam a condição da mulher
A terceira parte da coletânea trata do ciberespaço, tecnologia e formação profis-
sional. Luis Martins da Silva retoma algumas previsões-mitos que se fizeram no
liz
d(
iopet4uasai o 'eiqo e iepuauuooaU oe ' ]. Z o]duuax] ou ouuoO . ajoL{ ap oo16g6epad aleqap
o 'euun61e eplADP uuas 'e61iqe 96/ç6 oç5eonp3 ap oliçnuy O, :oAlsensiad uliol ap leul+ oç5ell
-eAe euin uuoo etloo+ olxal o 'solnIJdeo sop lelolul oç51iosap ç aluaoejqns oç5elleAe ep uigly
oluel lied selougplAa opuaoauio+ 'saiualaoo a slaAJsneld soluauue61njiaze+ uia apeplllqet4
ens leulldloslp eu elAgid einleialll e opun+ ap oued oulloo opuol 'oB5eollqnd eAou euun oluouu
-eolllio ielleAe ap zedeo oiquuaui oluenbua eulldloslp ep oiluap apepliolne ieilsuouiap op o las
aoaied 'olueliod 'et4uasai ep eiolne ep OAtlajqo O oiAll o(ial oçu no) ial e elouglpne e ielouanl+ul
lied OAjsensiad g uuol o o leuuio+ g olxal op olllsa O eoluugpeoe apeplunulioo euin ap (padxa
no alueildse 'iopeuue) oiquiaui ouuoo lnlllsuoo as 'zaA ens iod 'anb iollal oe aluai+ (opepliolne)
elslleloadsa ap laded o is lied euieL4o eiopet4uasai e 'ezainleu essap soliçluauuoo lazer oy
(o+ei6çied .8) .oolIJio iet41o uun ialueuli iollal oe, uialluuiod
filou sopepioqe solunsse se o(o+ei6çied .z) .apeplAou, euin e6aiieo '(o+ei6çied . l.) .apepllenle
ep saluopeo sleui seuial se oçssnoslp uua eooloo, alfa slod 'oiAll op sapepllenb uueoelsap
anb soliçluauuoo ap euiioJ eu 'olxal op o6uol oe et41edsa as oç5elleAe e 'sopelleAe uuelos op
-equasai oiA]] op s]en]uod so]oadse anb uua o]xa] op eo]+Joodsa oç5as euun eleL4 oçu eioqui]
leul+ OB5epuauiooai euun ap sozoA se opuoze+ 'olxal o ellaoua onb '.opet41elap auuio+ul
uun onb op ioL41aui epeu, 'oiAll op lenlxal-eilxa lelialeuu ou eiluaouoo as OAjleljeAe oliçluauuoo
o 'oiAll op seol+Joodso saued ap epet41elop oç5elleAe euin e opeolpop o5edsa çt4 OBU ' 1. z old
-uuax] ou 'ouuoO oiAll op laAçioAe+ OB5eljeAe euun uua sepeiquiol las uiapod OAjssluuai aolpuJ op
OBsua[xa o OBs]oaid e no sua6euu] sep oçssaiduu] ep apep]]enb e 'seolç sepeu]uiia]ap uu]
eulldloslp ep oç5eollqnd ap seollçid se lied no oiAll op oç5elleA e lied alueAalai io+ olsl
anb aiduias sopeuolouauu orlas a 'oiAll ou opeleil olunsse op opuapuadap 'ealç epeo op oiluap
o ealç lied ealç ap welieA sleuololpe slelialeuu sassap elou90bai+ e o odll O oiAll op ledloulid
olxal op oued uuoze+ oçu 'soAlssluuoi soolPUJ 'selougia+ai ap selsll 'soliçsso16 'solojoiaxa 'sop
-ep 'sein61+ 'sool+?i6 'selaqel 'soxoue 'soolpugde ouuoo uilsse 'sauliio+ul 'euiloe ot4oail ON
aluauueAlle nodlolued 'eouçloloo elsap
6ellaiJ eieqie8 apua )a6eld ueoF op oliçualuao o oiqos opet41elap
b op ioL41auu epeu og5eonpa aiqos o]içnuy uin iez]]eu]+ lied ']
L#P3
t,Z o]duuax]
lellaleH
lenlxal-eilxa lelialeui ap ezainleu e a (o
o oaqanO ap apeplsiaAluR ep oç5eonp3 ulo opeio+
einluaAeo8 opleAlp3 a ooluuguooo oluauulosaio ap opoliad uunu agua nop o
lol a opõlgü'Íêsãidúã"ê"üUã6é2Ípuaide ap opeuueu4o uugquuel) e5JnS/lenp euualsls
l(' ' ') ep soluepodwl soluod se 0 eSjjeUe EelqOS 0Qi
Áauo8 '8 'VV euolaF
leuoloeonpo euuolsl!
a oluauulAouu op sgAeile oilallseiq
eilapod epeyU 1193 eollçuuio+ul a
g2m g 9m 91jpsxp ligogp1 2pe Q b9tPPlna) ajoL4 ap selp se aiqos opessed
9Z t4ioU-euopyagi]sg(]
Rede ção Acadêmica: princípios básicos
poderá aconselhar o leitor a ler(ou talvez, não ler) o livro, justificando-se e explicitando em que
medida a obra é significativa para a disciplina como um todo(Motta-Roth, 1 995:45)
Vejamos um outro exemplo de resenha retirado do site htto://www.relnet.com.br/oan/
review.lasso?
Exemplo 2.5
AC'EKVC Autor: RAPOPORT. N4ario e colaboradores
NA IN'l'EftNA(:lC)NÂL Editora:: Ediciones IMacchi
AC:At)EX'lIA Número de páginas: 1 ]48
!PESE'NUAS Resenhista: Cardos Federico Domín gucz Avisa
;(1)llt.JM DE: DEBATES
Como é sabido, a Arge]]tina é un] dos pt'incipais pa!-ceifas estratégicos do Brasil
Acadêlnicos dc am]x)s países ]amclltam, contudo, proflJndamcnte, o }inlitado conhccinlcnto
de que ainda se dispõe desse vizinho. Afortunadamente, essa tendência está se{)do substituída
por unia sistemática aproximação e intercârnbiü de pesquisas, experiências e prayelos. Nesse
sentido. cona grande satisfação. lemos rwebido um dos últimos tratlalhos sobre a evo! ração
histói'ica contemporânea da Argentina
O texto, dirigido pelo recontlecido })iolêssor e })esquisador argeílfi no Mai'io Rapolport, contou
com êt colaboração de três distintos pesquisadores. Eduaido hgadrid, Andrés Musacchio e
Ricardo Vigente, todos ligados aoinstituto de de Tnvestigación de Historia Econónlíca ,
Social da Universidade de Buencls vires
O trabalho inspir:t-se nas idéias dc totalidade c loi)ga duração cla inocente escola francesa de
história, particulalnlct tc das exc111piares monografias de hein and Braucle}
i<squí'maeÍcaãllenee, Q íiw'o d \:iãe-se cn ! {l\;e ca }ítuÍas, estuda1ldo um período de 1 20 anos
como se pode observar ílo título. (:a(} mpÍÍ! analisa um:} série compacta de temas
económicos (malaios cle crescinlcnto, macloecoi30mla, relações comerciais). pojííicos
(govcrnabilidade, fbn6menos espccificalnente algcntinos como peronísmo, evolução cli)
sistema político), social s (movimento operário, relações Estado-sociedade, problemas sócio-
ecoilân)idos), assu11tos iní:ernacionais e nltlitos outros que têm in lluenciado a evolução
histórica de un] país subdesen\;o]xicio, depcnc]clltc e periférico colho é ]a nación dc] Placa
'l'rês aspectos d: obiit 111ei'ec'em pailictllar destaclue, à vista do !Citar.
llriineiro, a habilidade e o prollssion :]lí smo para i]rticula] en] ]m] clisculso variáveis
econâinicas. políticas. sociais e ínterllacionais, scjll perdem o clcxido rigor, a Êtcilidade de
[eitula e a capacidade ex])]icativa
$egtlndo, o liwo logra sintetizar equi librada e objetivamente os desafios, condições e
possibilid:Ides que i! nação argentina deveu supct'ar duiallte o século XX. Obviamente, esse
1lão é uln tetlla menor, posto que se trata dc um país que duraiate a primeira metade do século
cx})cri montou importantíssimas transít)rmaç(5es estnitu[ais, alcançando un] inédito grau de
crescimento econânlico e prosperidade social. Os temas do pós-guelra também são tratados
com nlilito pro:nl ssional isirlo: especialmente llo que diz despeito ao peronismo, aos gox:ermos
n)ilitarcs, à cc)}nplex a !-eclemwratização dos anos oitcll la, cujininando com a pojênlíca
revo] ução (nco)liberal ciurailte o govei-no dc Cardos Saúl Njencm.
E, terceiro, o leitor b!-asilcíro certamente dispõe apoia cte um trabalho particularmente
\ a]ioso. Rapoport expõe, (desde a perspectiva argentina, de maileiia sisten)atiça, unia visão c
uma avaliação geral do peso que as relações bijatelais ti\;eram sobre a formação n aciorla]
argentina. O capítulo :lona é particularmente importante ao estudam' o longo: dinâmico e
anitnador piacesso de integração regional que amh)s os países têm protllovido durante o
século XX, cul111inando cona a citação clo MERCOSUL
}'iãtlêismc'ilíe. mbe }'ec } $ «ür íec icüme:itÍe {} e tuba hü de Rapoport e colaboradores é
lúcido, objetivo, clidático e extcils&nlel e ciocun el Lado. {.?i!!a peq$Âe n i twieação rc í }na«
$e {'eifÊ} as citações e tehrências à taibiiogralla, por vezes conhisas. ! {lréxíi, éã : f {g;Êg, {}
aüílç{ ê Mç ÊeslÍ:$vü,Nã€1resüsc ã {tgÊür }vaíe$üe cri e! e'ap{ e e s$ $
caiegas e hemlanos del sui.
H
PESQt.LISA
(epL:s66L 'qlou-e+ioN) eLluasal oiaug6 ou sepesn seolig+ai se16gleilsa sep eoliguuanbsa oç51iosaG L Z ein611
sepeolpul set41e+ sep iesade oiAll o iepuauuoooU 80 1. ossed
no oiA]] o iepuauuooaU/ieo]+]]enbsoC] yo L ossed
ouAii o uvaN3m093u (ovN) v(
sool+Joadsa soluod ie51eaU 6 ossed
ouAii oa s31uvd uviivAV c
lenlxal-eilxo lelialeui iell0 8 ossed
o[n[[deo epeo ap oo]dç)] o iooa]oqe]s] z ossed
oiA[[ op oç5ez]ue6io ep ]eio6 OBstA euun le(] g ossed
otan o u3A3u9saa z
no/a
no/a
eulldloslp eu oiAll o iliosul s ossed
saQ5ezlleiaua6 ioze=J p ossed
io[ne o aiqos se]ougia+ai le(] c ossed
OAje-e]oug]pne e i]u]+aC] Z ossed
oiAll op leiam ooldgl o ieuiio+ul L ossed
OUAll O UVIN3S]UdV L
no/a
no/a
no/a
no/a
l a ein61=1 ep olopouu o auulo+uoo 'oiaug6 o lied eollçuianbsa oç51iosap euin ilnilsuoo souuapod
- so16ola no seollli ieilsnll lied oiAll op souooxa no solduuaxa
lnloul 'sazaA sellnuu 'a eAllelleAe oluauuesuap g uua6en6ull y oiAll o lied saQ5eollde sloAJssod
ieolpul o leul+ oç5elleAe e ieolpul lied Olnln+ ou a lol-çlleAe o oiAll op saued se ioAaiosap lied
salduu.ils oluosaid ou loiAll op oluauu16ins o gle eulldloslp e iaAaiosap lied olla+iad aluasaid ou
soqiaA lnloul aluauialuaObai+ set4uasai ul.lo epesn uia6en6ull e 'olduuaxa olod opeilsnll ouuoO
(t,) oç5epuauuoooEI
o (8) oç5e]]eAy '(a) oç51iosaC] ' (1.) oç5eluasaidy ap so16çlsa sop saiopeoieuu ouioo uueuo
-loun+ anb 'olxal ou saloo saluaia+lp uua sepeoelsap sagssaidxa selad gelou laAJssod g auulo+uoo
's]en]xa] so16ç]sa oi]enb se ]n]ou] 3 o]duiox] op o]xa] o 'o]duuoxa oi]aui]id op a]uauua]uaia+](]
a
C
ZZ qioEJ-e})ory agi]s?(]
Reda ção Académica: princípios básicos
Conforme vimos nos exemplos, em cada um dos quatro estágios textuais - Apresentar, Des-
crever, Avaliar e Recomendar -- o resenhador pode empregar essas estratégias retóricas, esco-
lhendo usar uma dessas alternativas ou todas juntas.
Vimos também que, embora a avaliação seja a função definidora do gênero resenha, não é
seu único componente. Uma pesquisa anteriorjunto a editores de resenhas(Motta-Roth, 1 998)
revelou que há uma expectativa quanto à descrição detalhada do conteúdo e da organização do
Logo, o gênero é, ao mesmo tempo, avaliativo e informativo, mas esse teor avaliativo, entre-
tanto, varia entre as disciplinas. Em Química, a avaliação é suave - 'no mínimo, porque uma
resenha avaliativa dá muito trabalho'(Motta-Roth, 1 995) e resenhas fortemente avaliativas são
indesejáveis e podem muitas vezes causar constrangimentos. Enquanto que o editor de Química
acredita que críticas criam inimigos, se não forem expressas com moderação, o editor de
Linguística acha que o tipo de avaliação(mais ou menos velada) depende da personalidade do
resenhador, enquanto que o de Economia acha que isso depende da experiência professlonal
do resenhador na área.
A avaliação em resenhas segue certos critérios internos a cada disciplina. Em Química, por
exemplo, a recência e o objetivo do livro devem ser explicitados.
livro
rez
pee
go
se
ex;
do
'ml
nhí
de
exf
m€
ex(
IEditor de Químicas
Um livro que traga novas informações ou jogue luz sobre velhas questões
Elementos como índices são importantes em um livro científico.'(Motta
Roth, 1998:137)
A data das referências e o material visual (como índice, tabelas, gráficos), que geralmente
ajudam os leitores a pegar a informação mais rápida e eficazmente, são importantes em Quími-
ca. Além disso, químicos desejam saber a amplitude do tratamento do assunto(superficialmente
ou em detalhes).
Em Lingüística, é importante que o resenhador estabeleça o valor do livro para a audiência-
alvo e sua capacidade de inovar a área e responder às expectativas dos leitores: ex
ex
19
av
ac
do
na
ni(
IEditor de Lingüística]
Novo e interessante para os leitores da revista, apresentando um novo
modo de olhar o assunto, com uma visão clara dos argumentos presentes
no livro.' (Idem:Ibidem)
Na Economia, há um crescente interesse pela matemática nas últimas décadas, em função
de que talvez, para um economista, 'argumentos verbais não sejam tão contundentes hoje em dia
como argumentos matemáticos'(Motta-Roth, 1 995:1 03-06).
(t,8 1.:OZ6 1.[Z96 1.]) uqn>1 iod 'opessed ou 'ope]uode ç] auilo+uoo) oç5en]e ap ealç ens uua apep]u
-nuioo ap oplluas ulln ap oç5euliio+ e lied lnqliluoo 'euilo+ essap 'o saioleA sassa e as-ala+al 'eu
-lldloslp euun ap oiquiaui ouioo ieuoduuoo as oe 'iopetluasai O aluapuodsaiioo eulldloslp eu sop
-Jnlllsuoo soioleA soe oç5elai uio sepeolllio oçs soQ5eollqnd seAON leuolssl+oid oç5eolunuuoo e
lied oiaug6 ouusouu o lesn ap saielnollied seilaueui uual eulldloslp epeo anb uuelouaplAa ielleAe
a iaAaiosap op saluaia+lp se16gleilsa sess3 (2861. 'iauiely) sooliç)+elauli soslnoal uuoo (l.g6L
'ÁalsolOOH) .oliçiolll, sleui osinoslp uun uuoo '(ç9-c9z:966 1. 't41oU-elloH) epeioqela a esualxa
sleui OB5eluauin6ie euin ilznpoid e uiapua} selslo6ull o selslwouooo anb oluenbua 'seAllsnexa
saQ5elleAe ulias oiAll op elduue sleui OBstA eulin ielope e uuapual eolwjnO uia soiopequosau
soueuuiaq a se6aloo sossou ap acode aluauluad a oso11eA o le16ola
oçuos elsai OBN 'oA111sod Ollnul g o5ueleq o 'leul+ oe 'uugiod sesn+
-uoosozoA iod 'el+ei6ollqlq ç selougiolai a sag5eilo se uuoo os-euoloelaireo.'e-'
oç5elluill euonbad euuR ( ) osolleA aluauuielnolued ot.lleqei} un apl ": oe5e11eAV
eio6e ogdslp aluauuepao bilallseiq iollal o'oJlaoial 'á"T TX otnt5ês o óí
ueinp Jêiadns naAap eullua6ie oç5eu e ahb sapeplllqlssod a saQ51puoo
sol+esap se aluauueÀliolqo e epeiqlllnba iezl+aluls ei6ol oiAll o 'opun6aS
9'õ o]duuax]
lns lap
L#]
ePe6111uu eAlle6au
OB5elleAV
apeplun elsau solduuaxa
sou uuemasqo os anb salanbe ouuoo '(.aluauueuao,) ose+ug op souuial e OB51sodo uia .aluauu
-laAlssod, '.aooied, '.zoAlel, ouuoo oç5e6jljuli ap souiial souaui ulloo soAllelleAe aluauiellolldxa
sleuu solxal uua iellnsai uuapod 'open oilno iod 'elilauils ap saQ5elaU .eolllio ewn61e loze+ ap
iol ap oç51sod eu leal woianb oçu sala olduiaxa iod 'laqoN oluugid uun apio+ ola as oiAll uun iet4u
-anal uuaionb OBU olunsse opep uin uia oiAll uin uieliequasoi oluauileuuiou onb seossad sellnuu,
'eoluujntl) ap iollpa o lied ellas OB5eljeAe ep uiol o ela+e anb iole+ oilno g iopet4uasai o a oiAll op
iolne o ailua ejijoulijsse op oç5elai y sopelolul-ogu op OAje-ejouglpne euin lied opueuldoJ/adia
uun ouuoo eooloo as iopet4uasoi o anb uua oluapuaosap oç5eloi eulln uuo no 'saied snas e os
-opu161ilp iopet4uasai ailua elilouils ap OB5elai euinu elas 'saiopeslnbsad Dilua ooluugpeoe o6
-olçlp o ieluauuoioul lied amas apeplun elsau opllnoslp oiaug6 o anb ieiaplsuoo souiapod
eulldloslp epeo ulla ulie5ueAe eslnbsad
ap seuuei6oid se anb uioo apeploolaA e 'sndioo op oluauielei} o 'sopeleil solunsse sop ezal
-meu e ouuoo slel saQlsanb saluaia+lp iod epela+e g 'olueuod 'saiopet4uasai ap OB5eljeAe v
(28 L:866 L 'y]oU-e]]oH)[e]uuouoo] ap io]lpa] .]ens]A
lelialeuu sleuu uuoo 'sool+çi6 a selaqel sleuu opuazeil oglsa soiAll se 'eo
llçuualeui slew opeuiol os ial eolç ep ole+ op esneo iod o61}ue lelialew
ap einllaloi euun g oçu anb o61y sooldgl iod opezlue6io 'opeluauin6ie
uuaq 'oluauieielo olliosa oiAll uun g eluuouooo wa oiAll uuoq wn ap elgpl y
6Z t4]oU-eiioH a9J]s9(]
30 Redação Académica: princípios básicos
Sugestão de atividades
l Analise algumas resenhas e tente identificar as estratégias retóricas usadas por esses
resenhadores. Leia abaixo exemplares de resenhas extraídos dos s/fes !!!!p;ZZ
as/ e o htto://www. relnet.com.br/oan/review.lasso?
Visite esses s/fes e colete textos de seu interesse para fazer o exercício ou então entre no
}8ísBcsãi:gQQgle:çQID e peça para pesquisar a palavra-chave 'resenhas'. O Google Ihe dará
opções de outros s/fes que trazem exemplares do gênerol
Depois de escolher a resenha de seu interesse, leia-a e tente definir os estágios do textos
Verifique como o resenhador analisa o livro em termos de 'certeza/incerteza no comentá-
rio', 'boa/má qualidade', 'maior/menor importância' da obra(Hunston, 1 994)l
Verificando os recursos da linguagem empregados pelo resenhador para sinalizar estági-
os textuais diferentes: quando ele descreve.e quando avalb;
Compare esses textos ao modelo de resenha acadêmica reproduzido anteriormente e
tente identificar pontos comuns entre elesl
Escolha um livro para analisar. Defina as partes de que você gosta mais e menos, selecione
alguns termos de elogio e crítica para comentar essas partes, tente encontrar uma vanta-
gem e uma desvantagem do livro, pense em qual seria sua recomendação final sobre a
obra. Tente pensar nas razões que o levaram a escolher o livros
Escreva uma resenha de um livro de, no máximo, l página. Imprima, leia, revise e, no
computador, edite seu texto.
Crie corageml Imprima cópias de sua resenha para distribuir para os colegas, alunos e
professores. Peça uma leitura crítica de seu textos
Procure criar, com outro colega, uma dinâmica de leitura recíproca de textos. Isso Ihe aju-
dará a desenvolver habilidades de revisão que serão preciosas quando você estiver pro-
duzindo o seu próprio texto.
2
3
4
5
6.
7.
8.
9.
nl.fdeo salino sou aluauipp1ladat çieJ o ouioo- elelsuoo aluauisalduils 'eoq eras apnlçle essa anb euuye oçu
laAplnbebâÚ 'iolne op aloyauaq anb oluaullpuai uun ulBznpoid anb soft? i 11pid a apep! [1ln B SEW 'soisnfsolp
leo11p.ld no apepuoq B ? OEU t?ssalaluç anb O oluau.[oul a]sap iluud B opeoolsap eolJ oo11? oli?]uo O
snnul ops anb soltlol dilua atltnaiu
as anb loinTou ? apnpuoq ap opssdoadaazn.fiaslnb anb uiatuo q tun a :ioAaasaid as ap opoui
o anb op'otadgid oulna D saluu apuaido 'zn.fas anb op'zaA ula aa'zn.FmaacLap as anb o troa aodnaoaid
as utanb anb 'iaAlct ülaactap as anb aod opotu o a bala as ouloa o aaltta o3tlaiahp nluol }uA..
ias-iaAap.. o a
.las.. o allua OE5t?.iradas B aluauit?leio sleui aoalaqulsa [aAelnbely anb o]nl]duo alsau a saque st?p apep111lnu!
no apep111ln ep enlouoo as apt?piam e apuo '..sopBllnsai ap ! ?« euin ieinBneu! ap 'otupuod 'as-e)Bi.L
', ,JOZ/
-18utul ossod as solap anb olad anb op 'susloa sop o)laia olad apor.laca o auin30ad alualuaAuoa sinal
aut-naaaaod'utaiossa.talu} as anb se oiod l11n osloa aaAaa3sa olualul nata ? otu03 'olctnpo.L..
euia[ assap open a] uia] çfanb
satolnt? soilno soluel ouloo iazuJ apua]aid oçu anb aoaielosa a soilpqDS smas soe OB5t?lai uloo ia] uuaAap
sadloupd se anb Oluauueuoduoo o aiqos ieluJ ap Ollnju! nas BIsoU !ut?ui [aAeçnbel/N ' ..sopoiadn/! t no sop
p'tno/ OPS sadzltyld se 'alma /p! adia 'a st/at /oz/ se nó Jod Á'agzoJ soP.. Jelell oe 'AX 'dB) ON
çl\.\X dn3h ..opuotuoa utanb ap uiadsa as anb a)io oatuB o
? essa anbaod 'uulldlaslp uns D a oluaulotn8ai nas o 'oaaanB o aas opu o n3llgad ouioa ost03 üaino
aanblonb aal ulau 'oluatuusuad oilno ulau oc\leal. qo oilno ial OQU adlaulad tun 'slod 'aAa(l..
iln8as euaAap aluapnid a uioq adloupd o anb plnpuoo
ap sopoul aiqos st?usou a saQ5eolpu! iep ula as-ednooaid BoÇl? eiagsa ap ieunuouap sowepapod alba anb
ou ieilua e essa?d iolnt? o -..spdoii Sons t /oi oiod adzizyid o/p água'tap ço(7., - AIX dp) OP JçlJBd V
(lllX a IIX) solloa?xa sop Ojuauiel il a OB5ed
-nooatd euyssaoau ep a (IX a XI deD) soo1lsçlsaloa se a slAlo sopedTouud se aiqos uu?quiul t?lui.L (IRIA
de)) aul1lo olad no (lIA de=)) st?uu.ie selad uut?islnbuoo as ouioo 'uiaq no :(lll a ll dB)) solslua a se
uçllpaiaq sopé?dçoulid sop :(l de=)) uiailnbpe as uuuoJ anb ap a sopedlouud ap saio?dsa se iaAaiosap uia
as-t?dnooaid laAplnbel,N edoinH ep eo11Jlod euglslq ep-..opels:l op t?uoal« ap muieqo souiBpapod zaAle}
aGoq- eA1luosap OB5ualu! euln t?unuopaid lllX de) o ?lu 'euuioJ t?uao ap 'a -aolpu?dy ouuoo [aAt?!nbebN
ap t?].mo euln a 'souanbad auud loleuu ens eu 'solnllduo gZ- euanbad aluauiuA11t?lai ? eiqo y
o1lJlod uloo aaA e uigl t?pt?u no oonod anb salanbt? iod ?le soploaquoo
sluui soA1labe sop uin 'zaAlel 'g ..oo11?At?!nbt?l/q.. oçlllod ap odçl opeutuualap uln it?oy11t?nb e nossa?d auiou
nas anb souiapoui sopelsEI sop uo1111od eu epunload oçl poli?ul euln noxlap [aAt?!nbt?b'q ap eaqo y
886 L 'o]nvd ovs ']vununo iiu8v :vuoiia]
u31Avx oiAii :ov:)naves.L
]dic)Niud o :olniu
nviooiN 'llAvinovm :uoinv
zlnU lae+eU lo
H]/\aO
L8 L4ioU-euoHagi]sgC]
Redação Acadêmica: princípios básicos
]os- que é a única atitude possível para sobreviver neste mundo.
Assim, é ttecessário a unt pl'íitcipe, para se ntattter, que apreltda a poder ser mau e que se
palita ou deixe de valer-se disso seguttdo a ltecessidade''.
Na raiz dessa postura encontra-se uma visão moderna do conceito de ]ei, embora Maquiavel não fale
expressamente. A lei é vista como um instrumento do poder para imperar coativamente uma conduta
detemunada. Para Maquiave], a ]ei é a própria vontade do Príncipe. Dessa forma, haveria dois mundos
separados: o mundo da ética/moral, onde se aÊlrma uma lei interna e privada e, até certo ponto, abstrata ( o
espaço do dever-ser e da bondade); e o mundo do direito4ustiça, onde se aHlrma uma lei externa, pública e
concreta(o espaço do ser e dojurídico).
Partindo dessa dicotomia, Maquiave] justificará qualquer tipo de ação, desde que "formal e publica-
mente" aceita, ou, como diria o autor, desde que o Príncipe convencesse, por quaisquer meios, os seus
súbditos. Nesse sentido,inaugura uma nova visão sobre a ação humana e, especinlcamente, sobre a ação
política. Hobbes e Rousseau serão apenas variantes "maquiavélicas". O "Contrato Social" difere apenas em
quantidade: a vontade da maioria é maior do que a vontade do Príncipe, mas as suas bases são as mesmas,
ou sqa, a separação entre o público e o privado e a redução da lei a uma manifestação da vontade (do
Príncipe ou da maioria) e à sua força coativa.
Para o autor, como para seus seguidores, ou não cabe falar emjustiça, ou então, ajustiça passa a ser
a consequência do fato de que o autor da ]ei se tenha expressado de maneira livre e de forma legalmente
corneta. Porém, discutir sobre se uma determinada lei é ou não contra a razão ou querer saber se é ou não
c0/7zo deve ser é, precisamente, sair do ]-nundojurídico e adentrar-se no mundo moral.
Partindo desses princípios, Maquiavel aconselhará o Príncipe como ser liberal e generoso e como
exigir tributos dos seus súbditos(Cap. XVI) ou como será melhor para ele ser temido do que amado,
sempre que não seja odiado porque, aülna] de contas, ninguém consegue provocar amor e, sim, medo,
porém na medida cena de maneira que não se desperte o ódio (Cap. XVTI).
O Cap. XVlll - "Z)e g dor/vza os prüc@es deve/7z gz/arda/" a/Z"- é, talvez, junto com o XV, um
dos mais "maquiavé]icos". Maquiave] começa lembrando que há duas formas de se combater: ''u/}m,pelas
leis; outra, pela força. A pdnteira é própt'ia do Itoment; a segunda, dos altintais'' . E. Brisa que, puxa
que tudo saia bem para o Príncipe, é necessário que saiba ''saída e/zzp/"egar co/ZPe/zíe/zfe/zzeiz/e o a/zi/?za/
e o }tontem(...) Por isso, unt príncipe pludeltte não pode Hein deve guardar a palavra dada quaitdo
isso se lhe torre prejudicial e quattdo as causas que o deterntiltarant cessent de existir''.
Da mesma forma que se deslocara o conceito de bondade como critério ético das ações, Maquiavel
altera aqui o sentido do conceito de prudência. O termo clássico cunhado pelos gregos significava "a arte de
agir bem'', ou sqa, a prudência era uma forma de conhecimento que pemlitía o homem saber como praticar
seus atou de acordo como bem ético. Para Maquiavel, como vimos, a "bondade" passa a ser substituída
pela "utilidade" e, portanto, carece de sentido uma conceituação de prudência relacionada com o bem. E,
por isso, que "prudência" para Maquiave] passa a ser sinónimo de "esperteza" ou "astúcia": uma fomla de
conhecimento que pemnte, de acordo com as circunstâncias, agir em benefício próprio.
Maquiavel, de novo, percebe que essa conduta não é, precisamente, a desejável, mas é a "melhor
possível" no mundo em que nos encontramos: ''Se os /l0/7ze/zs /odes/asse/zz óo/zs, eí/epreceíro seria
ntau. Mas, dado que são pér$dos e que ttão a observariant a teu respeito, também não és obrigado
a cuntpri-ta \a paÀax a dadas pai'a cona eles. Jamais faltalant aos príncipes lazões para dissimular
o anbaod'sopo} aod sopucLnol a siso.tuott sopo81nl. aidutas ol?aas io8aaduta anb solatlt SO ' opols:l
o aoalasuoa a ia uaA adl3ulad uin 'slod 'ainaoid ' nota no tuoq oltx2 o ? oTiodutt anb o 'aaai03a.l anb
üiod lona qtil gtl opu apito 'sadlaulid sop atul3cgtu 'suautotl se sopol ap saQ3o soN.. -nug\s\A E p o'8uo \
oe aiqal?o çieulol o anb oldlouud o aluauleA1lluiyap aoalaqelsa [aAuçnbeL'q 'o]nl]deo alsap ]euy ON
..opu)s:l op apotsafntu D }s iod ul21 anb sop
opluldo o aolao.lluoa ap ntagpno D ut2} opu s03nod salsa a 'aluatulna.t s? anb o s03nod situ 'saaalod
nl anb o tua2A soro.L 'illuas tuaqus anb se OQS soanod soul 'aaA utapod copo) slod'soptti solad anb op
soz//o se/ad s?oza zlzo8/n/'7Pia8 zaa 'szla11/0z/ se'".. :euulJuoo 'sollaJ souielsa anb ap eueuinq eisud t? ulaq
aoaquoo uianb ap 'seAoid opus?p 'a .. opor?iqo ia JJsa oss? D as '7ozí/ o oiodioi;t/a iaqPS '0/21/apad
'soou 'uaq op ipiod OQU 'utu D slotu asslp guio) 'a 'mailladutl o alhos up saQ5uuoA se a soluça se
anb D OQ3ailp o oaod as-iDllocl o olsodslp ouilup nnssod anb 'osso iod'otagssaaau X 'op}811ai o 'ap
-opltintuntl D '?.Fo 'apoplioa o ul)uoa algo D 'ouiaaoB o aaluntu oaud 'opu5aolaluauialuanbaa.fopuas
'suo q sapo.taplsum suatuott se sopo8uqo ops anb D snsloa se sopo} aocLtasqo apod opu :aluln8as
o iaplía/!/a ap pq.. adloulid o anb eu.tios lel ap 'oE3e t?p ou?lho o las B uuessed st?!ouçlsunollo sy
..olagalum o as-lnu.lo} 'aas o OQU o snl3u?lsun)ata sulad opu81iqo opuas 'ap
otulup o lal 'oalno ap a 'osolBUai 'oaBalu} 'ououmtl 'laÜ' 'osopald aluatuocL})aFa las aaaaaud 'opor uin
ap 'oldtuaxa iod :snad?uaq ops 'sol-lnssod opuuTuaaodu 'anb ossod ou 'slolalpnfaad uimias sapos
-llonb fossa 'supor se-opuosn a su-opulnssod'anb auuiilln ap otagpnn D na l a} 'satuy'sol-lnssod
aluaiodo anb optlolsuq 'sopolla ntul)o sapupltnnb se sopol ilnssod oslaa.td opu adlaulad O..
[aAelnbeb't iod opt?inãnuu! ou.íapouu opunui ou op1luas ap laoaauo B t?ssed
ulaoait?de sou st?la ouloo ap OEU a OES sesloo se anb op einooid ç elJosollJ ens E Bpoi ap OjuaualAloAuasap
o noolldua! 'soBaiã se eit?d 'anb 'susloo SPP elougssa ç ogu a aoaaede anb ot? st?uade ossaoe ial uiauioq
o ap OjeJ o ' eras no '(souauiguaB no) ..saluaploe.. se a ..las.. o ailua eolssçlo eUosoly ep oç5ednooaid
y '..eçougjt?de.. e a ..las.. o ailua oç5uçlslp e aluauieAFlluyap znpoilu! laAelnbeby 'olxaluoo alsap oilua(l
iapod o ialueui lied alualuaAuoo
eras anb o 'laAelnbuLN ianb ouuoo 'oBU a [ [ ]apepaloos p lied o]snfg anb o ? !at t? 'olueuod 'anb a ulnuloo
uuaq oe euapio as !al Bpol anb UJeAeuuye so8ai8 se anb oss! iod EI 'gs uln ap uuaq o lt?llaoe no a1lueieg
OEU a ulnu-loo uiaq op it?qlluuduioo g einooid apepaloos t? a t?fasap u-iawoq opor anb o anbiod 'uaauloq
op ezainleu B piluoo g 'u5ioJ ulad ol-gdui! t?ssod adloulid o Pioquua 'oisl adloulid op sapeplssaoau sup
pplpaua ç iapod uln 'laAulnbel,N euçp ouioo 'no 'Bplpauí u-las .íapod wn las g falou?tola ep ooyloadsa O
apep11euoloei ens B 'eut?uinq ezaanleu t?udgid B eia oueuunq iapod op ..t?plpaui« e 'so8aag
se eit?d anb Ojuenbua 'adloupd op selougluaAuoo st?udgid st?p iapod op ..t?plpaui« t?p ougiuo o iapuadap
zuJ laAplnbel,N anb g oçtsanb y e5ioJ e a iapod op t?plpaui B ouaoo as-iluçJap euapod !aT y eioplnilsap
seus 't?iopelio ? olu eplpaui upas e5iol t?uiQ t?nioJ euln ap oaluap ielsa esloaid 'zuotya ias eit?d 'e5ioJ y
OE5e ep ..eA1lailp ei8ai.. ap ialçieo oliao uun uial eplpaui t?ssa anb as-iapualua euapod 'op1luas assaN o/
-uam! toz / op op/paüí D ? la/ o anb uíeAesuad so8aiB SO !al t? aiqos st?olssBlo saQ51sod sep opt?iquaal t?!ial
[el ouioo assenta? anb aq]-ilpad OAlssaoxa assoJ 'zaA]el 'a OJosg]y uln aiuauaeudoid ela OEU [aAelnbeb\[
louuBtia anap as tuanb panlntoaua aidtuas ouoBua anb alanbn
anb 'saluasaid sapnplssaaau SQ oluol tua3apaqo a 'suautotl se OQS saldtuls opl H 'iopulnutlsslp
a topo/nzzíls zl/oq ias a apor//pnó Pisa !zfaq ollnzl/ ipin)#s?p,, g 'otueuod 'alueuodui! sleul O
npoanf?Jnp ni qanb
3sln
olJ9+lsloltlun. ooo+o lq18
c€fiou- eBOH a 9Jls9(]
â'rr'o '.8.8€ ' 0
34 Redação Acadêmica: princípios básicos
vulgo é levado pelas aparêltcias e pelos resultados dos fatos conswnados''.
Maquiave] vai contra a corrente de pensamento clássico inaugurado polos gregos, que estimulavam o
homem a "tornar-se aquece que pode chegar a ser" ou "a ser si próprio". Maquiave] não acredita na capaci-
dade de desenvolvimento perfectivo do ser humano. Olha e aceita o homem "como é". E por isso que
carece de sentido falar de moral ou de Ética em Maquiavel. Porque a Ética diz respeito a esse desenvolvi-
mento. SÓ cabe falar em Etica quando se considera o homem como um ser em fomlação e, portanto, com
um "dever-ser" que o dirija. E sobre esse "dever-ser" que a Ética tem algo a falar. Não na forma de leis e
normas que recortem ou impeçam a liberdade humana, mas explicitando as leis que encaminha a ação
humana a sua auto-perfeição. Porém, Maquiavel não está preocupado com a tratar sobre a perfeição
humana -já avisou no começo do livro- mas sobre a maneira de conservar o poder. O problema surge
quando se aceitar deül nitivamente que essamaneira de agir é a única maneira razoável em política ou, por
outras palavras, que a ética política consiste em aceitai' o ser "de como as coisas são" e considerar o "como
deveriam ser" as coisas como algo hipotético e moralizante.
Dos outros capítulos, os mais interessantes, talvez, sejam o Cap. XXll, onde Maquiavel dá algumas
indicações "úteis" sobre como os Príncipes devem tratar seus ministros se querem assegurar-se deles: üatá-
]os bem, dando-lhes honras, fazendo-os ricos de maneira que ntquem obrigados aos Príncipes e o Cap.
XXV. quando fala da "Fortuna". A metáfora de Maquiavel com o rio encolerizado é adequada. A Fortuna
ataca como um rio impetuoso, e nada ou muito pouco se pode fazer, mas depois ''gua/zdo vo//a a ca//na,
pode//z/fizer reparos e ba/'ragezzs '' evitando danos futuros numa outra cheia. Assim acontece com a
fortuna. É preciso saber fazer-lhe resistência. E fazê-la l-nudando de atitude de acordo com as circunstânci-
as. ''-julgo feliz. aquele que contbilta o seu ntodo de proceder cona as particularidades dos tentpos,
e ülfeliz o que faz discordar dos tempos a sua inalteira de proceder''.
Maquiavel introduz na esfera política do renascimento uma cosmovisão de ética muito diferente da
introduzida por um More, com a sua "Utopia", ou um Cervantes, com seu "D. Quíxote". TI'ata-se de uma
ética de resultados que terá consequências, a curto prazo, no âmbito da Conquista e colonização do Novo
Mundo e, a gongo prazo, no âmbito do que hoje conhecem-nos como "mundo da política
11 AR]STOTELES. "Éríca a Nícó/7zaco", ] 129b 1 7.
httD://www. reln et.co m . b r/oq n/review. lasso?
Título: Comunidade dos Países de Língua Portuguesa(CPLP): Solidariedade e Ação
Política
Autor: SARAIVA, José Flávio Sombra(Org).
Editora: IBRI
Número de páginas: 203
Resenhista: Leonardo Abrantes de Sousa
Palavras-chave associadas a este documento:
. Integração Regional CPLP
. Temas Globais Desenvolvimento Económico e Social
. Política Exterior Brasileira
Desde sua criação em 17 de julho de 1 996, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa
(CPLP) promove a cooperação e o desenvolvimento das sociedades lusófonas. A intenção
de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe,
quando se uniram em torno deste grande prometo, não foi apenas festejar o idioma col!.ll.im
n
ê
S
d
e
11
b
C
C
r
C
C
C
C
(
oilauulid nas op OB51nlllsuoo ap soQ51ala se sêde ouald oiquiaw ouioo opllluupe las opuaA
-op 'oç51nlllsul eu iopemasqo aluauulenle g alsal iouliIJ. 'sçlly otiçlotpnjo oollllod seuialsls
snas ap oç5nilsuoo eu olIJxne nas o uieuiil+ a seplun soQ5eN selad ouusaull op oluauiloat4uoo
-ol o ouuoo uioq 'iouil.L op elougpuadapul ep oç5ezlleuuio+ e uielode apeplunuuoO ep sasled
se 'oç16ai ep oç5ni]suooai a oç5e ] ]oed e lied ieiadooo ap uuig]y a]sa] iouul.L ou soluauu
-looluooe saluaoai sou aluasaid as-zo+ 'sepelloeidns sag5elluill se uuoo anb epule 'dado v
soliçlliolid sotajoid snas se ieluauualduuil lied soilaoueul+ soslnoal ap zasseosa
e a lav]C)Nn e a OOS]Nn e ouuoo sleuoloeuialul souislue6io soilno woo solugAuoo a sol
-oooloid iaoolaqelso e eio6e e5auuoo anb 'apeplunulioO ep oluauuloat4uoo oonod o :sol+esap
sopuei6 stop eluoi+ua epule d'ldO y doled sop le6nuod a llsei8 eiedas 'eilooueul+ apeplioli
-adns ep elougiiooap uio - 9+a oíueiie ou ooo+ nas o eiluooua anb 'apeplunuioO ç wo61io nap
anb eollllod eliet4ua6ua elidgid ç opeuoloelai Pisa oluolslxo OAjle6au oloadse oilnO OB5no
-axa uua Obesa - esan6nuod ]e]o]+O en6uJ] ap soueoli+y sasjed - doled se ulloo sun61e seuade
a 'oluouieluol uiet4uluueo oç5eiadooo ap sotajoid SO soiquioui sasjed sop OB5e ap OAjtajqo
ledloulid o las aAap OB5eiodns ens e a sopeloolop uueio+ çl oluauueuoloun+ ouald nas o lied
solnoçlsqo soluça 'epliasul Pisa dldC) E onb uia oolIJlod o5noqeoie alueuoduul op iesady
llsei8 op sleuoloeuialul sapepliolid seu iednoo apod eoli+y e anb ie6nl o aiqos ilianbul
as lied apeplunuodo g esan6npod en6ujl op sasled sop apeplunuuoO ep aliod op Dali
-çulioldlp DALI lolul euun ap oluauie5uel o 'elslA ap oluod essa qoS eluallo soue sou ioleuu saz
-oA ooulo souaui olod eia OB5edlolued essa oluenbua 'llsei8 op oç5euodxa ap soluaiioo sep
lelo} op %z anb op sleuu oçu iod apuodsai oueoli+e aluaulluoo o aluaulijenle - sleloiouioo sao
-[PUJ so]ad epeo]+]]duuaxa las apod oç5euii]+e e]s] ]]sei8 op io]ia]xa eo]]]]od ep oo16g]ei]sa o]
-nolço o iezlioloeieo e nossed anb sapepliolid ap uiapio eAou elad opnlaiqos seus 'aluaulluoo
o aiqos naleqe as anb aluaueuiiad eolIJlod asilo ap opelsa olad a ooluuguooa opel oilno op
soilaoied sleuololpeil solad epluunsse eoluuQuooa elouçAalaiil oluaosoio elad opesneo ossao
-oid 'eluaAou ap epeogp eu za+sap as 'sled op oloiguuoo ap soxnl+ sou oueoli+e aluaulluoo o
lied aluauluad ie6nl uun nlnilsuoo anb 'eilallseiq eloeuuoldlp elad eluollo a elualas soue sop
o6uol oe opezlleai oç5iasul ap ot41eqeil o 'olla+a uuoO llsei8 op sleuoloeuialul saQ5elai sep
oiunjuoo ou leloadsa elougia+ai euun las ap noxlap ollnui çt4 eoli+y e 'oplqes sopol op g ouuoO
uuiaQduuioo e onb seinllno se a soAod se 'Dias no 'euule ens iooonbsa uuas 'euopiooo
e onb oiqaigo o 'euo+osnl oç5eiodooo ep odiou o eluosaide sou oçlsanb uuo oiAll o 'seiAeled
sei[no uu] uunuioo en6u]] e]ad epet4uoduuasap eiopeu]]n16e oç5un+ e 'las ap iex]ap e]iapod
oçu ouioo 'a soilaoied se uiaun anb so5el sop oluauuesuape ou eluuouooa e iet4uoduuasap
apod onb loded o 'oç51nlllsul ç wa61io nap anb eolIJlod eliet4ua6uo e seAllelai soQlsanb se
selsodxa oçlsa apuo 'euo+gsnl oç5eiodooo ep esneo ç oç5npoilul alualaoxo euun g 'sels106ull
a seleuuoldlp 'sooluugpeoe ap solxal lnloul anb 'eAleieS iod opezlue6io sopnlso op oiunjuoo O
llsei8 op leuoloeuialul oç5iasul e lied uueuod anb sol+esap se
a eauçioduioluoo epuo6e ep apeplxalduuoo e iooat4uoo e iep ap OAtjojqo o uuoo 'sleuoloeuial
-ul saQlsanb sopuei6 se aiqos sopnlsa ilunai alauuoid anb '(IE181) sleuoloeuialul soQ5elaU ap
oilollsei8 olnlllsul olod epe5uel - lpunH euiluy - sleuoloeuialul saQ5elai ap ealç eu sopnlsa
ap og5aloo eAou euin ein6neul uugquiel anb uua oduial oe 'euo+gsnl OB5eiadooo e aiqos sop
-nlsa se aluouieilouold eoleuu OBjsanb uia oiAll O oç51nlllsul ep ouiol uuo opemasqo oluauu
-oull o gle olouglls o aduuoi '(8uO) elIJsei8 ap opeplsiaAlun ep sleuoloeuiolul saQ5elou sep
eliglsIH ap iossa+oid 'BAlDioS eiquioS olAçl=J gsoí' iod opezlue6io oiAll '..eollllod oç5e a ap
-epaliepllos :esan6nuod en6ull op sasled sop apeplunuuog,, ap oluauue5uel o 'olxaluoo olsoN
soiquuaui sop oollçuioldlp-oollllod omaoe ou apeplleluauuinilsul
ens elad asseuollsanb wgquuel anb seus 'seplAloAua sleinllno saQlsanb saluaplAa
se asselnollie anb 'opun+oid sleuui opnlso ulln ap otajqo OBjua gle opôs elAet4 oçu dado e 'sop
-[A[oAua sope]s] se lied a]ue]ioduli] eA]]e]o]u] euun ouioo oo]]uç]]y op sope] stop sou epepnes
anb epuly laAJU olle sleuu nas uua eolIJlod oç5euaouoo e lied o5edsa uun ilnilsuoo a selou9
-liodxa ap oluauueqllueduuoo a oç5esiaAuoo ap OAjjo+a leueo uun iaoalaqelsa opnlaiqos seuu
98 qioH-eiioNagi]sg(]
Reda ção Académica: princípios básicos
governo, que devem se realizar em agosto de 2001 .
Neste contexto, o lançamento de uma iniciativa como a da CPLP não deixa de causar interes.
se por parte do público em geral - afinal, o que pretende a diplomacia brasileira com esse
projeto? Quais interesses a CPLP permite realizar no médio e longo prazos? Estaria o Brasil
em condições de investir em projeto que não apresenta uma instrumentalidade imediata para
a sua ação internacional? Como se posicionam os demais parceiros, especialmente Portu-
gal, nesta empreitada? Essas são perguntas que o livro organizado por Saraiva procura res-
ponder
htto:/7www. re in et .com . br/Da n/revlew. lasso?
Título: Prós e contras da globalização
Autor: HELD, David, MCGREW, Anthony
Editora: Jorge Zahar
Número de páginas: 107
Resenhista: Virgílio Caixeta Arraes
Palavras-chave associadas a este documento
Temas Globais Globalização
Economia Internacional
Política Internacional
Passada cerca de uma décadaapós o fim da Guerra Fria entre Estados Unidos - EUA - e
a extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas - URSS -, não há, nas relações in-
ternacionais, a consolidação de conceitos com o mesmo vigor e intensidade que havia no
período anterior. Tentativas foram feitas, como a do norte-americano Francis Fukuyama,
ao proclamar o fim da história, no sentido de que a democracia liberal seria a única alter-
nativa viável para os países, na era que nascia, fruto da vitória do pólo ocidental.
No entanto, tal premissa não se consolidou, à proporção que os regimes democráticos
instituem-se e solidificam-se em velocidade inferior à das práticas económicas liberais, o
que causa, na maioria das vezes, um arrefecimento ideológico da parte política, inspiran-
do aspirações imediatistas e autoritárias. Apenas um conceito obteve presença no mun-
do Inteiro, a despeito do regime político e económico adotado por cada país:
globalização. Em todos os.continentes, o termo designaria processos sociais díspares,
se comparados em conteúdo, no planeta todo. Justamente por não corresponder a uma
definição precisa, o conceito serve para debates intermináveis sobre o seu real significa-
do, não havendo, até o presente momento, um consenso entre historiadores, politólogos,
economistas e cientistas sociais, de um modo geral. Contudo, determinados aspectos
mais.amplos são aceitos pela maioria dos estudiosos como a compressão do tempo e
do espaço - em função do avanço tecnológico.-, uma interdependência sem precedentes
entre os países - por causa da maior proximidade das economias nacionais - e a erosão
das barreiras e fronteiras - com o conseqüente desmantelamento gradativo do Estado-
nação como ator principal nas tomadas internas de decisão.
Mesmo com essa abordagem ampla, o tema ainda encontra resistências para ser aceito
como um retrato da realidade contemporânea, como é o caso dos autores britânicos Paul
Hirst e Grahame Thompson, que afirmam que a era atual caracteriza-se por uma
internacionalização e não por uma globalização: o que há, de fato, no mundo, seria uma
maior aproximação entre as economias dos Estados-nações, sem a perda de sua auto-
nomia decisória.
Z,osselnalAai/UDa/Jqulioolaulainnn//:allq//:dllt4
MMn ep l.Ooz ap OLllnl op ZZ uio opllqO [saiopeioqeloo a uododeU o]ie]/U ap 'pu/J /o6uy
e/ ap /e/oos '{ eo/J//od 'eo/wguooa e/uo]s/f/ oiA]] op et4uasaU] et/uasaU c] J so]iecyv]]/\v ].#]
-osai/eoalollqlq/lquuoot4oAoonnn//:allt4 :MMM ep l.Ooz ap OL41nl op ZZ uuo opllqO [6ellaiJ
eleqlB8 ap 'ouusllesiaAlun o o ouuslieilunuioo o ailuo :lewio+ oç5eonpa y 9661./g661.
og3eonp.3 a]) o/upnuy oiA]] op eL4uasoU] equasoU (266 1. ap o5ieuu ap 08) ep ] Í' 'y/\]]S ].#p]
/sequ
solduüaxa sop e!)ugiajaU.
opunui op oinln+ oliçuao o opueaullap oçlsa anb - OQ5ezlleqo16 ep ollaouoo oollgu6eui
a ollilsaiil ou sepexlo+ua - soQlsanb aiqos aluessaialul euieioued uun uueuoloiodoid
saiolne se 'elAePOL salueuluuiial soollsgu6oid elnuullsosap anb o 'olloAuasap eilaueuu
-aiqos g oauçioduialuoo ossaooid op eoluuçulp e anb eplpauu ç 'euiloe sopeuolouaui sol
-uod soe oç5eloi uuo 'eAlllul+ap elsodsoi euin e epe6at4o e g oçu saiolne sop elsodoid y
sopo} E sollailp sopeulwialap ap OB5e+sjjes e elillueie6 anb 'leq
-o16 eollg euun uua opeol lpoo 'sopol Dilua ouiluluu osuasuoo uun ap 'lelpunuu oolIJlod-ologs
oç5nilsuoo euin ap olauu iod 'oB5ualqo e 'iolialue uliojl op OB5einp ep aoe+ wa 'laAJssod
ellas as 'aluowleul+ lolduuaxa iod 'e16olouoal op iolualap odni6 oe no SJed oe sezanbli
sleuu elieia6 ela anb olslA 'elieluouune saQ16ai no sasled se ailua ossos o 'oluelua ou lez
-oiqod sleuu eliesneo OBU oç5ezlleqo16 E - sleuoloeuioiul sog5elai sep oluoueuuiiad iole+
uin ouioo apeplen61sap ep OBjsanb e lsleuoloeu salua61ilp o saQ5elndod e og5elai uua
elouQpuodopul elsodns ap ioleuu zaA epeo oç5enlls eulln uua eluuouooa ep ot4uadwasap
o lselullslp a saluelslp selougnl+ul ap opeauuiad sleuu zaA epeo opunuu uun uua 'einllno ep
ie6nl o lsleluaweuiaAo6 OBU saQ5ezlue6io a sleuoloeuiolul soQ5ezlue6io 'sleuoloeusuei}
sesoiduia ouuoo 'saloio soilno op laAçioxaul a OAjjepei6 oluauulosaio o alueiad
OB5eu-opejs3 ouiapouu op laded o :oçs soiolne solad sopepioqe seuial sledloulid SO
oç5ezlleqo16 op ossao
-oid op oçslA epeuluuialap ieln+oi no ieioqoiioo lied alualol+ns lelioleui oçieuoloiodoid
at41 anb 'slenloalalul soilno ap saiolialue saQ5 loidialul 'saQ5eieduuoo 'seollsllelsa ap
gielolunuu as iolne epeo anb opep 'oolIJlod elas oluauueuololsod o 'seauçioduuoluoo sleu
-oloeuialul saQ5elai seu 'apeplleai ep sleloos se)uauli6os soilno e oç5eloi uua eluuouooa
ep elouQpuadopul ç eolpap as anb osad op iesode 'anb 'elailpul euulo+ ap 'eioqioAai
'sosolpnlsa soiauiOul ap salua6ioAlp saQluldo se as-uioielllsop oe 'eiqo ep leiloa ON
ola elouglo e 'einllno e 'eluuouooa e 'eolIJlod
e aiqos 'olailpul no olailp opoui ap 'uualal+ai anb 'ououligua+ alsap soloeduil se aiqos -
soilno a auet4oa>1 uoqoU 'suapplE) Áuot41uy blueiJ iopung aipuy 'sllalseC) lanuelN 'uluuv
iluueS 'neuasoU sauuer bloa8 t4olilO - sosolpnlsa sopenllaouoo op saQslA saluaia+lp
se iepioqe oe 'euuol op eoluuQpeoe apeplsiaAlp e 'eiqo ens eu 'ieadeui oluauieolleplp
ulieieinooid 'et4uelai8-gi5) eu soliçllsiaAlun saiossa+oid soquie 'Maio)3H a plaH 'saQslA
ap apep]]ein]d euun euo]seoo onb ']en]]aouoo ezauaou] ep e]ou90basuoo oulloo 'a]ie]sa(]
ZC y[oU-euoHagi]sg(]
38
Artigo Acadêmico
Introdução
Désirée Motta-Roth
Pab[o Picasse: A Refeição (]953)
3.11 0 que é um artigo acadêmico?
0
dial para o avanço das várias profissões que compõem a sociedade contemporânea. A atividade
de pesquisa está essencialmente ligada ao meio universitário, onde professores e alunos desen-
volvem estudos avançados e pesquisas que, mais tarde, tornar-se-ão públicas por meio de apre-
sentações em congressos, mas principalmente, por meio da publicação de trabalhos escritos
em revistas especializadas. Esse conhecimento será gradativamente reescrito e recontextualizado
na forma de informações simplificadas a serem publicadas em jornais e revistas de comunica-
ção de massa para que o público em geral vá assimilando os avanços da ciência.
Não se esqueça que até bem pouco tempo, uns 500 anos, as pessoas pensavam que o Sol
girava em torno da Terra. Foi preciso muito estudo, discussões(e algumas fogueiras da Inquisição)
gênero artigo acadêmico serve como uma via de corriunicação entre pesquisa-
dores, profissionais, professores e alunos de graduação e pós-graduação. Na
atualidade, o valor do conhecimento gerado na atividade de pesquisa é primor-
o anb iazlp as-apod 'ieluauilpni e16oleue euinu) olidgid opnlsa ap otajqo uun uua znpeil as anb
elidgid einllno euun uial ealç epeCyeaiç elanbç selidgid saQ5uaAuoo se opuezlllln 'eluauin6ie
a lnlouoo 'sopellnsai snas elleAe a aQdxa 'opnlsa o aAaiosap iolne o 'osso ieilsuouuap lied
eulldloslp essau sepesn oç5eluauun6ie
ap a eslnbsad ap seollçid sç OB5enbape uial anb a (olduuaxa iod 'eluuouooo no eoluçloq 'e16
-oloinau) aAaiosul as eslnbsad E anb uua iaqes op ealç e lied elouçAalai ul.ial opeuodai opnlsa
o anb ap oplouaAuoo ielsa esloaid iollal o 'oluauiloaquoo ap eaig eu oloeduil et4ual a alnoilo oç5
-euuio+ul essa anb lied 'oluelua ON opnlsa uun ieliodai oolsçq OAjlajqo ouioo uual o61ue O
o81)it? un laAamsa as t?ied saQzt3ll Z'€1
o61ue ou epeuodai eslnbsad ep ot41eqei} op soAttajqo se a euualqoid o
'eslnbsad ap olxoluoo o uuagilsuoo as apuo 'soolwgpeoe so61ue ap oç5npoilul ap oç5as e lied
OB5uale leloodsa uuoo 'aluawepet41elap sleuu saQlsanb sesta souiaillnoslp 'olnIJdeo alsaN
(eaiç eu elAgid eslnbsad ç aluai+ opnlsa op sopellnsai se ielleAe a illnoslp 'euialqoid
uin ieslleue a ielluillop 'el+ei6ollqlq e ieuoloalos) aAloAuasap iolne o anb sopeplAlly a
l(seoluugpeoe selslAoi uua) oç5eollqnd a
(selougia+oi se opulnloul 'seu16çd oz e 0 1.) euuioJ H
l(eaiç opep euun uua ooldç)l
uun aiqos elAgid eslnbsad ep oluauuelueAal uin lazer no oluouiliadxa uin illnoslp) OAttajqO H
ap souula} uua olliosap los apod jeluaulijiodxa o61ue o ' 1. apepluR eu aluauueo
-llaluls souulAauuio+uoO eol+Joodsa oluauuloatluoo op ealç euun ap oiluop euualqoid opep uin aiq
-os eslnbsad ap olojoid uun e soluaia+ai sole+ ieluasaide no illnoslp g OAjtajqo ojno 'ÍeiüõUíiõi
=xaõ6íi=ie oe solliosunoilo souiaieol+ 'sooluigpeoe so61ue op soluaiollp sodll eleL4 eioquu3
dou oç5uole assou souuaieiluaouoo 'ooluugpeoe opezlleloadsa iaqes op oç5e61nAlp eu ope
-nlloouoo sjeuli lenlxa} oiaug6 o g ooluugpeoe o611ie o ouioO eol+Jlualo oç5euiio+ul ap og5elnoilo
ap euualsls o opod ap sleuu souuauluuexa anb alueuoduul g 'uilssy selIJuue+ a seloosa 'oloiguuoo
'selilsOpul 'sesaiduio 'souiaAo6 ouioo selouçlsul saluaia+lp uia oçsloop ap sepeuliol lied auod
-ns ap opulmas 'elduue sleuu apepaloos elad seplmosqe 'soonod soe 'oBS eollqDd (oç5euapuoo
no) OB5eAoide o oç5eloaide ç sepllauiqns uiolas oe 'eslnbsad eu sepeia6 sag5ewio+ul sv
(ioiAll oilno lied olunsse g çl osso sehl elouglo ep eli91sll4
ep solelai sou sepeiou61 uuelo+ selo seuu 'elpgU\l opepl ep slodap a alueinp 'saque seiopeslnb
-sad elAeq) soiot4uas solnop ap opet4oa+ olnoijo uin e opelluull 'oolwgpeoe aluauueuioilxa o61e lo+
çl sa]dui]s oç] oloL4 ojuoulijoat4uoo asse ailsaiial oç5eloi e çp as oulloo eqles leluauiepun+ oulsuo
op alias e+ulnb eu aluauulenle e5uelio ionblenb 'iaqes ossap oç5e61nAlp ep olaui iod 'onb lied
68 fiou-eiioH o9J]s9(]
Redação Acadêmica: princípios básicos
uso da linguagem é o objeto de estudo na área de Letras assim como a saúde bucal na área de
Odontologia). Isso resulta em modos particulares de construir objetivos e procedimentos, pa-
drões para propor argumentos, maneiras de usar a linguagem(estilo e vocabulário técnico), de
argumentar e de refletir sobre problemas na área. O Capítulo 2 discute essa variabilidade, exis-
tente entre as disciplinas, no modo de se apropriar de um gênero. A resenha foi usada como
exemplo para ilustrar como diferentes culturas disciplinares elaboram maneiras próprias de cons-
truir e avaliar conhecimento em textos dentro de um mesmo gênero.
A seguir, veremos como iniciar a redação do artigo a partir de conceitos centrais a uma área
de interesse.
3.3 Por onde começamos a escrever o artigo acadêmico?
Conforme indicado no Capítulo 1, o autor de um artigo busca demonstrar habilidade para: l )
selecionar as referências bibliográficas relevantes ao assuntos 2) refletir sobre estudos anterio-
res na área; 3) delimitar um problema ainda não totalmente estudado na área; 4) elaborar uma
abordagem para o exame desse problemas 5) delimitar e analisar um corpus representativo do
universo sobre o qual se quer alcançar generalizaçõesl 6) apresentar e discutir os resultados da
análise do corpo/sl 7) finalmente, concluir, elaborando generalizações a partir desses resultados,
conectando-as aos estudos prévios dentro da área de conhecimento em questão.
A medida que o autor vai construindo seu texto, há uma progressão da informação do item l
até o item 7 em quatro seções: Introdução, Metodologia, Resultados e Discussão. Essa progres-
são pode ser descrita como a passagem de uma visão geral da disciplina como um campo de
conhecimento, em direção a uma perspectiva mais específica de um problema ainda não resol-
vido, conforme a representação da Figura l .
A Figura l demonstra essa dinâmica textual do artigo acadêmico. Em princípio, a transição
do geral para o específico, de uma visão ampla da disciplina para a focalização do tópico de
interesse, atraindo a atenção do leitor para um nicho no conhecimento na área. Já na Conclusão,
há uma nova transição do específico para o geral, em que o foco se amplia gradativamente
em direção às questões gerais da disciplina e à solução do problema apontado na introdução.
Nesse ponto, são apresentadas algumas implicações da pesquisa para a área e a conclusão do
estudo. Assim, as questões mencionadas na Introdução são retomadas na Discussão de tal
maneira que essas duas seções podem ser vistas como imagens espelhadas uma da outra.
Ao planejarmos a redação de um artigo, é importante termos alguma estratégia de geração
de idéias. Um possível ponto de partida para a construção do artigo é a palavra-chave ou um
conjunto de palavras-chave organizadas em um mapa se!!!â11tiçQ.
lze6L) liam ? esladdoS 'llIH iod epeioqela ein61+ ep oç5eldepy l
LU
0E
OF
0
'0
ol
01
i03$Jlua}) o8}un O [ u.in8}J
IVd]9+
euualqoid op oluauuloat4uoo ou
no5ueAe as anb oe oç5eloi uua sopellnsai sop oç5elaidia+ul :oçssnoslQ
[V'U]9+
o)yJ)ads3+-1(
af
-s
1. 1
's
el:
ol
el
-c
(1
ot41eqell olldç)Jd op sopell aJ
solduuaxa op olllxne o uuoo sopeluauuoo 'sopllqo sopep a sag5euuio+ul :sopellnsaU
euualqoid o iepnlsa
lied ot41eqeil ou sopesn soluauulpaooid o slelialeuu sop oç51iosaCI :e16olopolal/y
03y!)ads3 +*
[V'U]9+
ealç e lied olunsse op elouçuoduul ep oç5eolpul a opet411}ieduuoo o+uauuloaquoo aiqos
sag5ezlleiouo6 'solAgid sopnlsa ap ouunsal 'soploat4uoo sole+ ap oç5eluasaidy :oç5npoilul
IVd]9+
ot41eqeil op aAet4o-seiAeled slaAJssod leal
-lluapl as-apod 'aluln6as eu16çd eploeulsqP op einllal e alueinp 'olduiaxa iod olxal nas uia ols
-snoslp ap et4ull e aluelsuoo ialueuu a ielluullap e =iõiiissaaüieííííi:íe anb oduual ouisaull oe 'olxal
ou seplAloAuasap selgpl sledloulid se aiqos iiõiíaíaueiüaíiõ saQssaidxa sessa 'sleio6 souu
-ia} ui] 'olxol ossou op sleiluao seuual se uieiluaouoo anb saQssaidxa oçs aAeL43-seiAelecl
1. P fiou-e]ioHo9J]s9(]
42 Redação Acadêmica: princípios básicos
Exemplo 3.1
L# l
Palavras-chave
aparecem
repetidamente ao
longo do texto por
serem centrais ao
trabalho
ROl\lPENDO COM A VER T'l CALE),\DE:
Autonomia e motivação na aula de inglês mediada por computador 8
O advento das tecnologias intelectuais eletrõnícas e o crescente número
usuários da Internet vêm introduzindo novas configurações sociais e culturais n
práticas discursivas adotadas em determinados contextos (Howard, 1 997). Esp
ficamente na sala de aula de
eleJKeie111181elBlelBÜ traz a tona
Tais noções se evidenciam no uso de ambientes de aprendizagem alternativos em
que os alunos podem colaborar e interagir em pares ou grupos em ambientes virtu-
ais não-centralizados na figura do professor. Este estudo iOyg11jgq q.iOglqçqg.e!.
ll!!!!11?!p!!!!114111»!!!!uensino-apredizagem mediada
noções como a de autonomia eEHIER:E$do aluno
crita de alunos de inglês da UFSM em relação a sinais nomta
H®aulas mediadas par computador !#!;!! w8Mglpy!! autor
tâncias de negociação entre os alunos que buscavam respostas satisfatórias a
todos, na auto-correção decorrente dessas negociações, e nas tentativas de 'repa-
rar' respostas de colegas. Aspectos de ia:B!= foram encontrados em atividades
que os alunos faziam além das solicitadas, participação, atenção, curiosidade e
avaliação positiva mostrada pelos alunos ao final do semestre. O deslocamento do
centro de atgnçêg d:Q..prof99sor para o grupo de alunos contribui para o desenvolvi-
mento da autonomia do aluno, já que a interação do grupo durante a aula se baseia
na negociação dos membros.q.ogry.po acerca do rumo a ser tomado na interação.
Pode-se considerar que um aluno autónomo é aquele que reflete criticamente, ne-
gocia decisões e age dinamicamente com o grupo e com o/a professor/a durante
seu processo de aprendizagem. Por outro lado; q jntrogyçãç? ga tecnologia na sala
de aula de inglês parece resultar numa maior al o uso efetivo
da língua estrangeira para a comunicação.
:: Palestra apresentada por Désirée Malta-Roth lto 111 Seminário do Projeto Salínguas
Pesquisa ellt sah de anta de tíltguas. Rio de .lalteiro: Faculdade de Letras, UFRJ, }999.
Se nos detivermos sobre as quatro palavras-chave(e suas variações) desse aósfracf, con
seguiremos construir uma representação esquemática do todo do texto a que chamamos de
mapa-semântico do trabalho
lpredizagem mediada por
computador
Figul'a 2 Exelltpto de }llapa-semântico
(nillqFd apltt?S) u 3lpaW Lula mliu?Luas-néon g p.tn81J
eo1lq9d OP9eS
eollqDd opOeS uua aluauieol+loodsa 'eulolpal/\l ap golf eu
ot41eqeil uin lied aAet4o-seiAeled ap solduuaxa se uueja/\ aAet4o-seiAeledsep oluauuloalaqelsa o
pias olxal op oç5epai e lied epllied op oluod ossou 'ioliolue oç5as eu opeolpul auiio+uoC)
o611ie op ÕB3iipõ=iiüÍ e uliopuooiduuoo saQ]sanb sess] OAjtajqo nos ou ieiluaouoo sou ouuoo
uuaq 'ala e oluauluad oluouuloat4uoo ap ealç eu ot41eqeil op euual o iezllenlxaluoo e ieolpap sou
souuaAap 'oolluçuuas edeuu ossap olauu iod ot41eqeil op leiluao euuol o oplooloqelsa zoA ewR
oç5npoilu! ap oç3as y t'çl
eslnbsad ap no sooluugpeoe solxal ap oç5epoi ap elouQliadxa eonod uioo opeilsauli
a oç5enpei6 ap sounle lied aluauuleloadsa 'elouçuoduil leluauuepun+ ap opôs uuol 'aseq ap
solloouoo iod opeuiioJ 'oolluçuuas edeuu ap ewlo+ eu otajoid uun ap asalujs y eAllnpoid ollnuu op
-eAoid os uial ot41eqeil uun lied slelolul selgpl ap OB5eia6 eu aAetlo-seiAeled ap oç5ezlllln y
L8 o]duliax] ou iaA loAJssod lo+ auilo+uoo 'oqleqeil op aAet4o-seiAeled sep
sewn61e eiodiooul 'olueuod 'a asaluls ap iapod uial Qopelndwoo iod epe/paw s9/õu/ af) e/ne
pu ogõen/Jow a e/wouolr7e :opep//eo/pon p woo opuadmoU) olniJI o anb legou alueuoduil i3
WWap sossaooid sou
ne: ep oluauulAloAuasap o
uãlquue se ouuoo) seolugilala slenloala+ul se16olouoa} oiqos g ot41eqeil o
Ze o]duuax]
a# ]
}P o eluuouol sen6üjÍãÕqounle op og5eAl+ouu
ep slenulA sa+ lied oç51nqtijüõo ens o(lauialu
oxleqe olxal o awlo+uoo elsodsai euun ielnuiio+ a..Óoq/eqeuJ
o ? anó o aipos, ielun6iad souiejioPod 'seiAeled oilenb sessap OB5eol lluapl ep ilued v
8+' fiou-eiioH agi]sg(]
Reda ção Acadêmica: princípios básicos
Geralmente essas palavras-chave se repetirão no título e na introdução, auxiliando tanto o
escritor quanto o leitor a identificarem o assunto tratado no texto.. Os autores do artigo reproduzi
do abaixo(Exemplo M#l), publicado em um periódico da área de Medicina, escolheram astrês
palavras-chave do nosso mapa-semântico acima: Mortalidade Infantil, e Aná
pise Espacial. Veja como essas palavras são usadas repetidamente, ao longo do texto, para
manter a continuidade das informações e a coesão (a 'costura') entre as sentenças. Observe
também que as informações são apresentadas aos poucos e repetidamente: .primeiramente
Mortalidade Infantã, por último,Análise Espacial
Exemplo 3.3
Mortalidade infantil e condições de vida: a reprodução das
desigualdades sociais em saúde na década de 90
M. da C. N. Costa, P. de A. Azi, J. S. Paim. L. M. V. da SjjZ
M #l
As palavras-chave
geralmente apareço
no 1111!!g e ao longo
Introdução.
Palavras-chave: Mortalidade !nfantil; ':j Análise Espacial
TTvi'p í)ni TRAÍ)
A estreita relação que a mortalidade infantil apresenta com os fatores sociais
e económicos é reconhecida há muito tempo e tem sido evidenciada em diversos
estudos latino-americanos(Behm, 1 9801 Monteiro, 1 982; Paim et al., 1 9871 Yunes,
1 983). Em virtude da grande vulnerabilidade que as crianças com menos de um ano
de idade apresentam em face das alterações ocorridas no ambiente social e
económico e das intervenções de saúde (Murray, 1 988)1 a mortalidade nessa faixa
etária é considerada como um indicador tanto da situação de saúde, quanto das
(Grant, 1 992). Entretanto, estudos realizados
êH i)aíseê êM desenvolvimento têm demonstrado que essa vinculação deixou de ser l
tão evidente, visto que. apesar da crise económica mundial observada a partir dos
anos 80, não ocorreu uma reversão da tendência decrescente que esta mortalidade
vinha exibindo(Ageltos et al., 1 991).
Na América Latina, uma das conseqüências dessa crise foi o agravamento
das desigualdades sociais. Todavia, em vários países verificou-se a manutençgggl
mesmo uma intensificação da queda que vinha sendo registrada nas taxas de mor-
talidade infantil (Silva & Duran, 1 990). Esse panorama contribuiu para que as ques-
tões'felatÍçàs-as desigualdades em saúde passassem a ser privilegiadas na de-
monstração empírica dos diferenciais sócio-económicos do processo saúde-doença
e, por conseguinte, na identificação de grupos populacionais submetidos a riscos
mais elevados(Breilh, 1 990). Algumas organizações internacionais de saúde pas-
saram a orientar os investigadores no sentido de dirigir seus esforços para a elabo-
ração de novos métodos e técnicas que possibilitassem discriminar melhor a situa-
ção de saúde segundo as Hült IFeBltM$E$Rlyt (OPS, 1 992; WHO, 1 991 ).
Diante das dificuldades para operacionalizar o conceito de classe social, al-
em
dc
d€
duns autores têm se inclinado para o emprego de indicadores compgglg!.pglg.llg
rentes variáveis sócio-económicas que permitem uma aproximaçãcEE
l If$1 itu :ekdÊqi l.ra lluileRuituH ui wuwu.lu11ülieagigialKlgu(Castellanos, 1 990)
ção da doença na população tem sido aquela na qual as relações sociais também
são entendidas como determinantes
!EEg Assim, os indicadores
ográficas com menor nível de agregação,
sempre explicitada, a consideração de que o
pelas relações sociais decorrentes do modo de produção económica
Ea padrão de ocupação do espaço ae um
tradicionaíg'ãEEãüde sao estíiüanõSPãtã ãréãÊ ge
tendo como referência, ainda que nem
padrão espacial da cidade u [an ueleü
Santos, 1980)
concomitantemente uma condição e uma conseqüêne que
)dade global (Santos, 1 979)cia da
e sopllauuqns sleuoloelnaoa soando ap oçoeol lluopi eu 'oiúiii6ãéüóii iõd iã ê5üaop
apDes ossaooid op sooluuguooa-oloç)s slelouaia+lp sop eolijduua OQ5eijsuowap
eu sepe16ollAlid las e uuassessed apOes uua sapeplen61sap sç seAllelai saQ+sanb
se anb lied n]nq]i]uoo eweioued asse (066 L 'uem(] 'g eAllS) lllue+ul apepllepouu
ap sexel seu epei+s16ai opuas et4ulA áhb epari6'up og5ê51+lsualul.euun owsauu
a oç5ualnueuu e os-nool+lioA sosled roliça wo 'elAePOL sleloos sapeplen61sop sep
olueuue.\Bibe o lo+ asilo essap selou90basuoo sep euun 'eullel eoliguuy eN
'( L66 L ''le +o soilo6V)lopulqlxa et4ulA aPePlleUow
Bisa anb aluaosaioap falou?puas ep ogsiaAai euun nailooo oçu '08 soue sop
ilued e epeAiasqo lelpunuu eoluiguooa asilo ep iesode 'onb olslA 'aluaplAO oçl las
an.b open
lu] '(266
sep oluenb 'apDes ap oç5enlls êp óluel iopeolpul wn ouioo epeiaplsuoo g eliçia
exle+ essau apeplleliouu e '(g86 L 'Áeiiny\l) apOes ap sag5uamalul sep a oolwguooa
a leloos olualquue ou sepuióoo sãÕ3êiatle sep aoe+ uua uueluasaide apepl op
oue uun op souauli uuoo se5uelio se anb apeplllqeioulnÀ apuei6 ep opnlilA uu3 (C96 i;
'óaunÀ :z86 E. 'le }a uuled !z86 L 'ailoluolN :096 L 'uuqa8) soueoliouue-ouliei sopnjsã
soéliâ;tü5'wáê$êi3tlàdlXãõi)tiLáÍF'õduuat ollnuu çq eploat4uooai g sooluuguooa a
sleloos saiole+ se uuoo eluasaide illue+ul apeplleuouu e anb oç5elai ellailsa y
t,'8 o]duuox]
ap noxlap oç5elnoulA essa
sapezlleai sophisã 'oluelail
peilsuouuop ug} otuouulAloÀtiasap uuo sasled wá
366 L 'lueig) OQ5blndodÊuun áp mpla ap hog5lpuoo
L#m
oçoeollsaAul ap oliglliial olseA uin assou ousa as ouioo oluauiloot4uoo op oduieo opeuluuialap
wn aul+op oç5npo.ilul y oqleqeil o iezllenlxoluoo lied iollol o uuoo opeL4111ieduioo oluouuloot4uoo ap
aseq euun iaoalaqelsa g OAjtajqo O o61pe ou open il Pias anb olunsse o aiqos saQ5ezlleiaua6 ze+ o
elAgid eslnbsad ap suall eslAai 'Dual op elouçAaloi e eolpul aluouuleia6 lolne o 'oç5npoilul eN
b66 L a L66 L uua oldlolunuu op #«} l!!!!plgelg111iHlquw?n&!y!= se
-iouu essapjB lua ãiüãisiiã õg5elai e ieêiieue a 266 L a L66 L op
ep og5nloAa e iaAaiosap soAliajqo ouuoo soue se al+ua iopeAleS uuo lllue+ul al
ioiluoo op seplpauu ap og5ope e o lodo u[a} ou[[eqei[ aiuasaid o 'uuissv sa]
laAJU ou apOes ap oç5enlls ep asllçue e uuelluiiad anb sag5euuio+ul ap iodslp essod as
anb opouu ap 'oluouuet4ueduuooe onulluoo nas o oliçssaoau as-ze+ 'lllue+ul apepllepoui
e woAloAuo anb sossaooid sop ouusluueulp o o apeplxalduuoo e opueiaplsuoO
(866 L 'elso0
'8 uuled) oplosoioap uuaial apeplleUow elsap slaAJU se op aesade '886 L-086 L soue
se dilua aAalueuu as anb 'C2àdT'niÉ Íã'uuled) oldlolunui assop oç5ewio+ul op seu
oz saluaia+lp seu seplnqli+slp opuenb sllue+ul saliouu sep elougiiooo eu apeplen6
lsap epenluooe ewn epeilsuouuap lo+ '096 L uua 'elqe8 'iopeAleS uua uugquuul
(C86 L 'soun,\ :086 L ' le la oilaluoN)
olned oçS uua a (986 L 'uueuitloslJ'g soçiewlng) ai6aly ouod uua '(t,66 L ' le +a
eiolol/\) lnS op apueig olU ou oue uun ap saiouaui op sollqg sop leloedsa og51nqlil
slp eu apeplaua6oia+at4 apuei6 euun nolaAai anbo+uo op odll osso 'llsei8 ON
(066 L ' le la suaiol'l-e6eliinZ IC66 L ' le la lllapie1 1066 L 'uool-eiaaiaH
'g zaiad-ole5uog) ll+ue+ul apepllepoul bp oç5elieA ep OQ5eolldxa a oç5euluuialop
eu opOes ç oç5uote op o sooluuguooa-ologs 'sool+çi6ouuap saiole+ op elougnl+ul
E ieslleue lied sepezlll+n sleuu sep euun opuas uuaA e16gleilsa essa 'oluauualuaoai
sleH sepeiluooua sapeplen61sap sep sa+ueuluuialap sledloulid ouuoo sopeluosaide
uuela sool+çwllo/slelualquue saiole+ anb uua 'sleuo16ai a sleuoloeuiolul se5uoia+lp ap
OB5eiedwoo ç os-e16uli+sai wa6epioqe essa 'leio6 uua 'e5uoop ep elougiiooo e laA
o6aiduua o o611ue o]ue]seq eras eioquu]
apeplxald
uuoo ens ep lesado 'apeplleai ep oç5ewlxoide euun o+luuiad 'sleuoloelndod sodni6
o6uol
a
a
e
n)i.anllzn98 leloedsa 9951nqplslp g:
saluaia+lp iod sopednoo a©!al olullslp sop ilped e uua6epioqe euun
anb opueiapisuoo 'sopeüoiootãs éó5iúóüóoo a sleloos soiopeolpul ezlllln 'oiloo
uoo assa iezlleuoloeiado lied apOes ep sleinlnilsa sa+ueuluuio+op sop oç5elpauu
ap laded on anui RüqhB 9lwB i lixar wllQHIBlsç elnduul (266L) wled
fiou- eiioN o9J]s9(]
Redação Acadêmica: princípios básicos
riscos mais elevados (Breilh, 1 990). Algumas organizações internacionais de saúde
passaram a orientar os investigadores no sentido de dirigir seus esforços para a
elaboração de novos métodos e técnicas que pos111)1111ggggp discriminar melhor a
iitüãéããaõ êãüde êótlüõaó ãê condições de vida:(OPS, 1 992; WHO, 1 991).
Diante das dificuldades para operacionalizar o conceito de classe social,
alguns autores têm se inclinado para o emprego de indicadores compostos por
difêféhtêê"DãíiãVeis sócio-económicas que permitem uma qpCg?çlmgçqQ qa!..çg dições
de existência de grupos humanos de uma sociedade !(Castelhanos, 1990). Outra
abordagem empregada na apreensão dos processos envolvidos na determinação da
doença na população tem sido aquela na qual as relações sociais também são
entendidas como determinantes do padrão de ocupação do espaço de uma cidade.
Assim, os indicadores tradicionais de saúde são estimados para áreas geográficas
com menor nível de agregação, tendo como referência, ainda que nem sempre
explicitada, a consideração de que o padrão espacial da cidade é definido oelas
relações sociais decorrentes do modo de produção económica (Santos, 1 980), e
que a evolução do espaço é concomitantemente uma condição e uma consequência
da evolução de uma sociedade globall(Santos. 1 979).
Paim (1 997) imputa às condições de vida de cada classe social o papel de mediação
dos determinantes estruturais da saúde. Para operacionalizar esse conceito, utiliza
Indicadores sociais e económicos selecionados. considerando que uma abordagem
a partir dos distintos espaços da cidade, ocupados por diferentes grupos
populacionais, permite uma aproximação da realidade, apesar da sua complexidade.
Os autores abrem a Introdução com uma generalização sobre o tema da mortalidade infantil
('A estreita relação que a mortalidade infantil apresenta com os fatores sociais e económicos é
reconhecida há muito tempo'). Ao fazer uma generalização, o autor afirma(ou nega) algo sobre
o tema em questão. Por ter um caráter de generalidade e de conhecimento estabelecido (em
oposição a conhecimento novo), a generalização dispensa citação do autor ou do ano da publi
cação que gerou a informação
Em seguida, os autores fazem uma revisão de literatura sobre pesquisas prévias acerca do
tema. Além da citação de trabalhos relevantes por meio da referência ao nome do autor e à data
de publicação, essa revisão da literatura é indicada por expressões que remetem às pesquisas
feitas, tais como 1) emprego de verbos e substantivos relativos ao processo experimental('verá
ficou-se' ;investigadores')l 2) uso do passado composto('tem sido', 'vem sendo', etc) para aludir
à atividade de pesquisa como um processo que começou no passado e se estende até o pre
sente('tem sido evidenciada em diversos estudos')
Uma terceira estratégia usada pelos autores para fazer alusão a um corpo de conhecimento
existente é fazer um aviso da importância do assunto para a área, por meio de 1) ênfase na
repercussão do problema('grande vulnerabilidade que as crianças com menos de um ano de
idade apresentam') e 2) referência explícita ao interesse de outros pesquisadores sobre o as
sunto ('tem sido evidenciada em diversos estudos latino-americanos' 'Algumas organizações
internacionais de saúde passaram a orientar os investigadores no sentido de dirigir seus esfor-
ços para a elaboração de novos métodos e técnicas')
(.oqleqeil aluasaid o 'uulssy,) oluns-JO
se(
-SE
OP
eu
olu
se o oiqos sleui ieslnbsad os ap apeplssaoau essap leinleu esneo ouioo o61ue op OB5eollqnd
e opueol+ttsnl a opuezlioleA 'epeuodai las e essed anb eslnbsad e lied õiiSiü uun 'onbelsop
ap ie6nl uun ap OB5nilsuoo eu uuelluaouoo as so5io+sa se aluauuleiog oluauuloat4uoo ou eqle+
essa iaqouaaid e]ua] oq]eqei] nas ouioo ieo]]dxo uioAap saio]ne se 'eunoe] e epe]]uu]]aC]
leloedsa
asllçue o sleloos sag51puoo 'lllue+ul apeplleuoui:sloAçlieA sgil se os-opueiaplsuoo 'euu
alqoid o iepniso os op apeplnol+lp ep OBõun+ uia(.elougiiooo eu opeplen61sap, a .oç51nqlilslp eu-aJ
JIP
-lJe
se
OP
apeplaua6oialaq,) soAlsnlouoo oçu sopellnsai ap elgpl opulia6ns soQssaidxa 'elAgid eslnbsad elad
opeio6 oluawloaquoo ou set41e+ ilio6ns lied ealç ens uua oluauiloot4uoo ou seunoel gt4 epule
anb uieolpul saiolne se 'olunsse o ieslnbsad E ienulluoo as ap opeplssaoau e a lllue+ul apep
lleuouu ep sesneo se iepnlso lied slaAçl+uoo soilawçied ial uio sapeplnol+lp ielouoplAa oy
t,66 L o L66 L uua oldlolunuu op oç5elndod ep mpla ap sog51puoo se a apeplleliouu
essap leloedsa oç51nqlilslp e dilua olualslxa OQ5elai e desligue o 266L a L66L ap
b uuaAloAua anb sossoooid sop ouusluueulp o a opeplxaldwoo e opueiaplsuoo
(C66 L 'elso0 ?
uiled) oplosaioap paiol apeplleuouu elsap slaAlu se ap iesade '886 L-086 L soue se
ailua aAa+ueuu os anb '(Z96 L ' le la uiled) oldlolunuu assap o95euuio+ul ap seuoz.
saluaia+lp seu sepJnqlilslp opuenb sllue+ul sauoui sep elougiiooo eu opeplen61sap
epeniuaoe euun epeilsuouuap lo+ '086L uua 'elt4e8 'iopeAleS wa uu9quuel
(686 L 'saun.\ 1086 L ' le }a oiloluoH) olned
OÇS uua a (986 L 'uueuuL49sl:j 'g soÇieuulng) ai6oly ouod uua..l(t,66 b.,! le }a.eio+ol/\)
lnS op opueig olU ou oue uun..op salouauu ap sollqg sop leloedsa oç51nqlilslp
eu apeplaua6oialat4 apuei6 ewn noloAai anbo+ua ap odll essa 'llsei8 ON
le la suaioll-e6eliinZ 1866 L ' le la lllapie1 1066 L 'uoal-eiaiiaH 'g zaiad-ole5uog)
ll+ue+ul apeplleUow ep oç5elieA ep og5eolldxa a og5euluuia+ap eu opDes ç oç5uale ap
a sooluuguooa-ologs 'sool+çi6ouuap saiole+ ap elougnl+ul e ieslleue lied sepezlllln
sleuu sep euun opuas uuaA e16gleilsa essa 'oluauualuooai sleU\l sepeiluooua
sapeplen61sap sep salueuluuia+ap sledloulid owoo sopeluasaide uuela soollçuullo
/sleluolquie saiole+ anb uua 'sleuo16ai a sleuoloeuialul se5uoia+lp ap og5eieduuoo
ç as-e16ulilsai uio6epioqe essa 'leiam uua 'e5uaop ep elougiiooo e ioAaiosap
lied [e[oedsa OQ51nq]i+s]p ep o6aidwa o o61}ue a+ue]seq elas eioqw]
(066 L
L#m
-llc
aJ(
el-gt:louaaid ap
OPePlssaoeu e
a ealç eu eunoel
e epeol+lluapl
eu aluolslxa
oluauuloat4uoo
ou seunoel
Jeol+lluePI
gC o]duuax]
oploalaqelsa
oluauiloaquoo ou iat4ouoaid iod epule seunoel uieol+lluapl saiolne se 'oluelua ON eolpul einleialll
ep OBslAai e auilo+uoo 'sopeluauulpos oçlso çl sopet4oe sollnuli a sopezlleai uielo+ çl sopnlso
sollnuu opuo 'saiopeslnbsad iod .opeoAod, oliglliial uin ouioo epeilsoui g eulolpaui e 'lnby
fiou- e]ioW agi]sg(]
48 Redação Acadêmica: princípios básicos
f-lesse parágrafo final da Introdução, os autores retomam as três palavras-chave e as inter
relacionam em uma idéia central que explicita o objetivo do trabalho:
O objetivoExemplo 3.6 do trabalho é
estabelecido
ao final daM#l
introdução
Assim,o presente trabalho tem como objelivQS descrever a evolução da mortalidad
infantil em Salvador entre os anos de 1 991 e 1 997 e analisar a relação existente
nimi utólnóruuuacondiçõos de vida da populaçãoentre
do m
Uma estratégia muito usada para finalizar a Introdução é a apresentação de uma visão
geral da organização do trabalho para que o leitor possa construir um enquadramento mental
para poder antecipar os pontos temáticos que serão tratados no texto que se segue, de
modo agilizar a leitura. No Exemplo 3.6, os autores antecipam para o leitor a organização do
texto em tópicos: 1) a evolução da mortalidade infantil em Salvador entre os anos de 1 991 e
1 997 e 2) a relação existente entre distribuição espacial dessa mortalidade e condições de
vida da população do município entre 1991 e 1994.
Swales(1 990) elaborou um modelo de Introdução bastante conhecido, que representa a
organização de uma introdução com esses três momentos, em que um autor: 1) apresenta
um território de conhecimento, 2) constrói um nicho para sua pesquisa 3) ocupa esse nicho
com seu trabalho. A representação esquemática da Figura 4 sugere diferentes estratégias
para se construir uma Introdução com base nesses três momentos, do mais geral para o
mais específico(Note que a Figura 4 é um detalhamento da Introdução da Figura l).
De início, para aoresentar um território de conhecimento, um autor pode 1) Asseverar
a importância do assunto, 2) Fazer generalização(ões) sobre ele ou ainda 3) Revisar itens
de pesquisa prévia(Ver comentários sobre o Exemplo3.4). Freqüentemente, os autores adotam
essas três estratégias em conjunto.
Para identificar um nicho no campo de conhecimento, onde seu trabalho possa se
inscrever, o autor revê a pesquisa prévia e pode 1 ) Apresentar argumentos contrários a estu-
dos prévios, 2) Identificar lacunas no conhecimento estabelecido, 3) Fazer questionamentos
sobre o assunto ou ainda 4) Continuar uma tradição de pesquisa já estabelecida (Ver co-
mentários sobre Exemplo3.5). O autor adota uma dessas quatro linhas de argumentação
para construir um espaço para seu trabalho; já que não pode, por exemplo, indicar lacunas
em uma tradição de pesquisa já estabelecida e ao mesmo aderirintegralmente a ela em sua
pesquisa.
-alaqelsa x ap sopnlsa sop elioleui e IÁ/eol+lu61s/eolpul/g x ' uioo opiooe ap IÁ g(oluooai
einleialll eu) sx salueuoduul/sesiaAoiluoo sleui sep euun IÁ anb uielleAe/uuaAaiosap/uuogAaid x
lied sepelope seAlloadsiad sep sellnuu lx anb opeluauin6ie/opeuiille opôs uuol aluauualuaobai+ lx
uua assaialul oluaosaio uun oplAeLI uual 'saluaoai soue uia/soue souuilllD sou/odulial ollnuu iod
oliglliial
olxa} ou einl
-nisso as OB5euuio+ul e ouuoo ap saiopezlleuls oulloo uueuoloun+ uigquue} o(gC a ÇC '+8) olxa} oe
soAllelai solduiaxa sou sepeolpul çl seuin61e e saluet41auuas oçs saQssaidxa sess3 seueoliauue
sapeplsioAlun ap saluepnlsa iod soplznpoid aluouieoldll 'sooluugpeoe so61ue ap oç5npoilul ap
oç5as ep seo]]sjia]oeieo saQssaidxa seuun61e uie]s]](zg-pg ]. :z66 1.) oo]iieC) a(] 'g io6ullleN
IgC olduiax3 o aiqos soliçluauioo lo/\) o61ue
op einlnilsa e ieolpul(C o sopellnsoi sledloulid se ielounuy(Z 'ot41eqeil op seollsjialoeieo sled
-[ou[id se no soAttajqo se i]u]+a(]( ]. apod lo]ne o 'n]ni]suoo anb ot4o]u o iednoo lied 'uu]+iod
(it,1:0661 'S:lly».S) so8tu y ap ol?5tlpoalul np Slly:) olapoW t, .tn81d
,''/o6Weoppunirüisajwülpui e©$$©iJÍ\. \.
/''/l;opqlnsaisledlouudielaunuy3ossel:;\ \
/ /' pslnbsad 03uasaid B iplounuygl. ossed \ .'\ \
/ ./no soAlialqo se ipooqs3 yl ossed''\. '\.
///Xotl){u { iBdmo €1 o){laluiAojly'\.\..
/ ./ oç51ppi)ewnienulluoO OI.ossed '\.'\. no so+uaweuo]]sanbiaze] glossed '\. '\
no oiuawloayuooou seunoelieolliuapf gl. ossed \. '\
no solAgidsopnlsa e soliçiiuoo soiuauin6ieie+uasaidy yl. ossed '''\ \
oqalu mn imalaqu)s3 Z o)ualulÀ.olN
elAgid eslnbsad ap sua+l ieslAaU C ossed
oiunsse o aiqos (sag)oç5ezlleiaua6 iazeJ Z ossed
oiunsse op elouçuodull e ieiaAassy 1. ossed
olig+!iia) uün imalaqt?)s:l l o)uamlAol'y
/\ /\
\
/
/
/
/
/
/
/\
\
/\
À X
6t'' qloU-eiioH agils90
50 Redação Académica: princípios básicos
Nicho
ce/argumenta/ propõe y; de acordo com , x éy
tóp/co; este trabalho trata/discute/afirma/argumenta que xl no presente trabalho/estudo xl
meu/nosso argumento é essencialmente que x; eu/nós argumentamos que x.
oó/ef/vo (ou hipótese); o presente trabalho tem por objetivo xl este trabalho pretende/foi
elaborado para x; a ênfase/a propostaJo objetivo(básica/o) do trabalho é x; eu/nós pretendemos
demonstrar/ilustrar que/debater xl o objetivo do(a) trabalho/estudo/análise/discussão é xl a hipó-
tese (central/básica) é x.
organização; este trabalho compara/contrasta/descreve/demonstra x, em primeiro lugar,
ao analisar x, em seguida, ao r z, e finalmente ao r wl no restante deste artigo, x será
examinado em termos de y(z e w); o presente artigo busca demonstrar que x através da análise/
comparação/ demonstração de y. A seguir, deverá z e concluirá porw.
Dicas para redigir a Introdução
1. Seja simples e direto. Não há necessidade de impressionar ninguém, ape-
nas tente deixar seu leitor interessado, informado-o sobre o texto que virá adiante.
2. O !eitor tem aue entender o contexto e a base de seu trabalho. Normal-
mente não se exige que a introdução faça uma ampla revisão da literatura, mas
algylDas referências fundamentais são necessárias.
3. Diga claramente porque você fez o que fez e porque isso vale a pena.É l
Primeiras providências:
1 . Conversar com professores e colegas mais experientes sobre possíveis idéi
as para o trabalhos
2. Escolher o assunto do artigos
3. Fazer leituras preliminaresl e
4. Tentar restringir o foco sobre o assunto
.epejaie, euun iep leA gooA oluenbua oonod ulln .iesueosap, olxal o iexlap g ePJes
euuR oplluas ap oç5npoid ap ossaooid op aued ze+ ossl elslsap oçu 'opeloiua
çlsa anb oç5esuas ePlIJU e etlual 'sazaA sellnui 'gooA onb oulisaH :ot41asuoO
oqleqeil ou aluaiJ ç ossed uin g OBsiaA epeo slod 'olo
-Joioxa o allaAoidy solta i161iioo a selgpl sons ieiouilide lied esolleA apeplunuodo euin 9
einlliosa epeO isazaA seliçA OQsiaA eilauilid essa laAalosaal a ieslAai 'ioAaios3 9
lotlleqei} op ot4unosei no oçslaA eilauilid eulln.loAolosa 'ouunsal op ilued y 'ç
l(opessed no aluasaid lied .opeoieuli oçu, oduia} uin las iod opeolpul sleuu o aooied
so[duu[S a]uasaid) ot41eqei] ou opez]]]]n las e ]eqiaA oduua] o aiqos i]p]oa(] y
lownsai ou no euuonbsa ou aoaiede olunsse epeo onb ulla uuapio euusauu eu
saQ5eloue opueooloo 'ollp oluauuelidoid ot41eqeil o laAaloso lied os-ieiedaid C
[euuanbsa assap i]ued e oullnsal uun iaA]oAuosa(] 'z
liesloaid anb oiduuos 'o5io+sa ollnui uuas sela e leIloA çl
-apod QooA 'uulssy (sopellnsuoo so611ie o soiAll sou sleiluoo selgpl leoleull lied elslA
ç uuaq seA]sape se]anb]]a iex]ap op aiquua]) ot41eqei] op euuanbso uun ieioqe]] ' L
ainooid a opuaAaiosa 'laAalosa e aoauuoO
el eJ6ollqlq e loze+ OP elot4 eu selo
uglslsuooul opuellAa 'ealç ens uia solxal uia selouQia+oi sep olllsa o iemosqO ç
a lsepello selgpl sep iolne oe ollpgio opuep
Sy131dnlOC) SylON]UlJ]U uioo e]+ei6o]]q]q ep saQ5e]oue ieiedaid a la] t
ioonod 3 0avain3 0 0aoi iviH31v
a l(Z,oçssnos]C] e a sopellnsaU se 'e16olopolaU\l
e 'oB5npoilul ap saQ5as sep euun epeo laAolosa lied solpJsqns OBiep at41 solxal
slenb) eolsçq elougialai ap çilmas ot41 onb el ei6ollqlq e iezlue6io a ilunoU c
:(iieuluulloid oolluçuias edeui
wn no aso] euun ieioqe]]) o]unsse oe opep las e anbo+ua o ojuoulieiejoi]u]+ac] a
lelougia+ai ap el ei6ollqlq ieosnq lied (so6olçleo 'sasal 'sag5euasslp
'sloeulsqe 'so61ue 'seauçloloo 'soiAll) lauialul eu ieslnbsad a seoalollqlq iellsl/y L
sapepliolid ela13
fiou- eiioH o9Jls9Q
52 Redação Acadêmica: princípios básicos
parte que precisa ser trabalhada. Mais tarde, você poderá voltar ao ponto proble
mático com um pouco de distanciamento e atenção renovada.
Para dar o ponto final no trabalho, é necessário
1 . Ler a versão final com critério, mas sem piedade(1), eliminandoe reordenando
trechosl
2. Dar para um/a grande amigo/a(ou orientador/a) ler e depois discutir(e acatar
quando possívell) as sugestões dadasl
3. Revisar e reescrever a última versão pela última vez1111
Sugestão de atividades
1 . Eleva um artigo para estudar.
2. Leia o artigo, procurando definir seu tópico central e sua estrutura (organização em seções).
3. Marque com canetas de diferentes cores a organização da Introdução em blocos de
informação(se desejar, use o modelo CARS como referência).
4. Identifique se a Introdução traz conceitos centrais com respectivas definições.
5. Busque, no texto, pontos onde o autor cita/critica/explica idéias de outros autores. Identi-
fique pontos forte e fracos encontradas pelo autor em pesquisas prévias, e as razões para essa
avaliação. Verifique os recursos de linguagem empregados para sinalizar para o leitor a discus-
são em torno da literatura.
6. Resuma o(s) critério(s) para a organização da discussão da literatura.
7. Procure por sugestões dadas pelo autor para futuras pesquisas.
8. Tente elaborar um mapa semântico das idéias centrais desse texto.
Referências dos exemplos
L#l MOrtA-ROTH, D.; E. C. AMORETTl;G. R. HENDGES; L. COLUSSl; R. do NASCIMENTOS S.
C. dos REIS & V. 1. BORTOLUZZI(1999) Rompendo com a verticalidade: autonomia e moti-
vação na aula de inglês mediada por computador. /// Sem/nado do Proyefo Sa//'águas, Rio
de Janeiro: UFRJ.
M#l COSTA, M. da C. N.l P. de A. AZll J. S. PAIMI L. M. V. da SILVA.(2001) Mortalidade infantil
e condições de vida: a reprodução das desigualdades sociais em saúde na década de 90.
Cadernos de Saúde Pública, 1 71.3).
onivavui n3s
VNiidiosia vns
eieeS, op ouosap op ealç
apuei6 ep oiluop 'aiasul as OL41eqeil nas lenb eu a 'essaialul ot41 anb .eloie ap oç5iod, e opuel
-[ui[[ap çie[so QooA 'ein]eio]]] ep OBs]AaU eu es]nbsod ens ien]]s oe 'e16o]eue euun opuazeJ
einleialll ep
OBsjAOEI e lied sopeuoloalas saiolne sou aseq uuoo aiasul as ot41eqeil o anb uuo eoligol et4ull E
ieol+lluopl apod onbiod 'gl uuanb lied a lepllodoi a aluelsuoo 'elseA einllal euun çiepueuiap anb
o 'ot41eqeil nos ieluauiepun+ lied saluauluad saiolne se ilul+ap çiesloaid anbiod 'oAalosa uianb
lied :olxal nas op iollal o lied oluenb gooA lied oluel aluelioduil ollnuu g ot41eqeil nos ienllS
e16olopolaH ep saque o oç5npoilul ep slodop aoaiede
a 'einleiolll ep OBslAaEI epeuluuouap g 'leiam uio 'anb 'eol+Joodsa Obras ewn uua oluenb 'ooluu
-gpeoe o61ue op OB5npoi]u] ap Obras ep oi]uap o]ue] e]]o+ ]as apod .oç5ez]]en]xa]uoo, essa
o-opuezllenlxaluoo 'aped ze+ lenb ep eslnbsad ap eoip apuei6 ep oiluap OLlleqeil nas enlls gooA anb
e[op sgA i]e g s]od 'oo]uuQpeoe o61ue ou ]e]uauuepun+ ]aded uun uua} ein]eia]]] ep oçs]AaU y
leul+ elsll eu no olxal op odiou op oiluap Dias 'selougia+oi sep
N
og5eleuiio+ E aiqos seulllou 'olueuod 'souuaieluasaide oçN einleiaJ/7 ep ogs
-!aaU ep oç5epoi eu sope6aiduia ias uuapod anb soollsJ06ull soslnoal soe o eo
ligloi oç5ezlue6io t? sepeuoloelai soglsanb seulin61e souiaillnoslp olnlldeo alsa
sa6puaH alsnqeU elaloeig a qloU-eiloN agils90
ein:leialll ep oçslAau
:ooluu9PeoV o611JV
54 Reda ção Académica: princípios básicos
Assim, a Revisão da Literatura pode ser vista como o momento em que você situa seu
trabalho, pois ao citar uma série de estudos prévios que servirão como ponto de partida para sua
pesquisa, você vai 'afunilando' sua discussão até chegar ao tópico específico que vai investigar.
4.1 Função: Para que serve a Revisão da Literatura?
A seção de Revisão da Literatura serve para você:
H Reconhecer e dar crédito à criação intelectual de outra/os autora/es. E uma ques-
tão de 'ética acadêmica'l
H Indicar que se qualifica como membro de uma determinada cultura disciplinar através
da familiaridade com a produção de conhecimento prévia na areal ou,
H Abrir um espaço para evidenciar que seu campo de conhecimentojá está estabeleci-
do, mas pode e deve receber novas pesquisasl ou ainda,
H Emprestar ao texto uma voz de autoridade intelectual.
Através da Revisão da Literatura, você reporta e avalia o conhecimento produzido em pes-
quisas prévias, destacando conceitos, procedimentos, resultados, discussões e conclusões re-
levantes para seu trabalho. Nessa seção, você vai discutir as questões relacionadas ao estado
da arte da área em que sua pesquisa se insere.
No entanto, dar crédito aos estudos citados, mostrar familiaridade com o conhecimento pro-
duzido na sua área, indicar pertinência do seu trabalho dentro dessa área e autoridade intelectual
em um texto escrito não é uma tarefa fácil.
A experiência na disciplina de Redação Acadêmica na UFSM tem mostrado que, para alu-
nos de pós-graduação em diferentes disciplinas, a elaboração da Revisão cla Literatura é uma
questão problemática, pois é difícil encontrar o tom certo para reportar e criticar pesquisas prévi-
'' as. Para tanto, uma leitura aprofundada e intensa dos textos que você usará como referência
será fundamental, uma vez que poderá contribuir para que você 1) selecione o tempo verbal e os
verbos de citação adequados ao reportar a literaturas 2) identifique e mostre a relação que existe
entre as pesquisas citadas(se sobrepõem'P contrastam entre si? se complementam?)l 3) justifi-
d que a presença dos estudos citados no seu texto, sinalizando a relevância dos mesmos para o
tópico do seu trabalhos 4) explicite em que momentos você é o único autor do texto que está
sendo construído e não os autores citados.
Em relação ao último aspecto mencionado, a necessidade de você mostrar sua autoria no
texto diz respeito ao cuidado que você precisará tomar para que sua Revisão da Literatura não
pareça uma 'lista de supermercado', em que você apenas lista 'itens soltos', independentes, que
(ç8tz:ç66t) w\03uaulEI ap otapotu ou asoq Lum (gg:966t) sa8PuaH y qioll-olioWiod oisodoad olapotu op [ Orla 'toN ] o.tn811
selAgid seslnbsad uua seunoel ieolpul - az oç5un+-qnS
selAgid seslnbsad ieluauin6ie-eiluoO - gZ oç5un+-qnS
selAgid seslnbsad iopuals3 - 8Z oç5un+-qnS
selAgid seslnbsod iellO - yZ oç5un+-qnS
no
no
no
no/a
no
ooldç)l op sag5ezlleioua6 iazeJ - a 1. oç5un+-qnS
ooldç)l ou leuolssl+oid assaiolul iaoaloqels3 - y L oç5un+-qnS
vsinDsad v uvniis L OiN]WiAOH
L ein61] eu opeluasaide olopouu ulloo
opiooe ap ez]ue6io as ]eio6 uua ein]eia]]'] ep oçs]AaU e 'oç5npoi]u] ep s]odop no oi]ua(]
.leia)uaa)11 ep oçsKall e t3ztue8io as ouüo=) :mlig)ai t?in)ni)SH Z't'
oç5as essa lied oç5einlnilsa
ap sapep]]]q]ssod seuin61e i]n6as e souie]uasoide 'ein]eia]]] ep ogslAaU ens iezlue6io
e ol-çpnje lelua} lied 'oçlu3 z,g oçu 'eluoo uio sepeAal uualas e sesloo sellnuu OBS ivln
oqleqeil nas uuoo ioqouaaid apualaid
gooA onb eunoel euun61e uieilsouu as a ealç ens eu sleuluuas sot41eqeil uieluasaidai as 'eslnb
-sod ens lied uianqliluoo eplpauu anb ulla 'elmo se anbiod ieolldxa çiapod gooA 'oç5elpaui essau
'oss]p OB5un+ uu] otlleqeil nas lied salueAalai oçs 'oçzel eulin61e iod 'anbiod sepeuoloalas opôs
la} uuaAap ein]eia]]] ep oçslAOU ens eu sepeuodai selAgid seslnbsad se sepol onb çl 'iopelpauu
ouuoo gooA opual 'ls ailuo uian6olelp elmo gooA anb saiolne se anb woo lazer oliçssaoau 3
'a uua ast?q uio:)
':ll auJJOJuo)
'(l e.ied
') uüm opi03e a(l
'tl a)ueosuo3
'y opungaS
elsll euun e5aied oçu olxal
nas anb lied 'olueuod 'aplnO sala ailua oç5elai-ialul e epeolldxa Dias anb umas 'sopeauuou oçs
sa6puaH aHsnqeU elaloeig a fiou-el+oUy agilsgQ
56 Redação Acadêmica: princípios básicos
De acordo com os resultados do estudo de Motta-Roth & Hendges(1 996:67), a Revisão da
Literatura, que corresponde ao Movimento 1 - Situar a pesquisa(Figura 1), divide-se em dois
momentos, indicados no modelo pelas sub-funções l e 2: no primeiro momento, a Revisão da
Literatura apresenta uma orientação mais ampla do que no segundo, pois a sub-função l serve
para estabelecer o conhecimento na área em termos gerais de interesse e generalizações quan-
to ao tópico, enquanto que a sub-função 2 serre para relacionar pesquisas prévias específicas
ao assuntodo trabalho em questão. Assim, nas sub-funções IA e IB, a literatura na área é citada
de modo mais geral, enquanto que nas sub-funções, que vão de 2A a 2D, são citadas questões
mais específicas apontadas por estudos prévios.
Além disso, ao contrário do que acontece com a sub-função l(especialmente ao fazer ge-
neralizações - sub-função l B), em que a presença do nome do autor das informações citadas
não é obrigatória, a sub-função 2 exige essa identificação da fonte.
Para que você possa entender melhor essa configuração da Revisão da Literatura, apresen-
tamos a seguir uma explicação detalhada das diferentes sub-funções do modelo exposto na
Figura 1, destacando os itens lexicais que geralmente as caracterizam e ilustrando sua ocorrên-
cia em um fragmento da seção de Revisão da Literatura de um artigo acadêmico de Economia
IExemplo4.6) .
SUB-FUNÇÃO IA - Estabelecer interesse profissional no tópico
No caso da sub-função IA, ao Estabelecer o interesse profissional no tópico visa-se chamar
a atenção para a relevância desse tópico como forma de seduzir leitores em potencial. Para
tanto, pode-se usar diferentes marcadores, os quais podem indicar o número ou a quantidade de
estudos já realizados em relação ao tópico que será investigado, como íreqüenremenfe, óasfan-
fe, mu/fos, número cona/de/láv'e/, crescente, ou mostrar o interesse em si, usando os substanti-
vos aferição, l)reocupação e, obviamente, hferesse (Swales, 1 990:1 441 Motta-Roth & Hendges,
4 r\ ri f3 . '7 f) \
Exemplo 4.1
Nos últimos anos, mudos aue têm investida
de alternativas para o desenvolvimento sustentável.
Além disso, o tempo verbal pretérito perfeito composto também caracteriza essa sub-fun-
ção. tem sido estudados, muitos estudos têm investigado, têm atraído a atenção, X ou Y tem
s/do apresentados pe/a //ferafura, indicando a adoção habitual de um procedimento no passado
recente (Motta-Roth & Hendges: idem).
alualol+a g olapouu
o ano uueloAai opnlsa op sopellnsai SO SJed op sag16ai saluaia+lp e opep
lide laAçlualsns oluauilAloAuasap o lied olapouu uun sgaoia (oooz) ot41aoO
8't, o]duuax]
oçssnoslp ens lied ooliga} auodns ouioo oçilmas slenb se 'elmo anb ses
-lnbsod sep saQsnlouoo no/o sopellnsai '(iopelnduuoo iod opelpauu oulsua ap seuiei6oid gle a
se16olodll 'sojopouli ap osn o opulnloul) soluauulpaooid 'sollaouoo E elougia+ai iaze+ apod iolliosa
o 'selAgid seslnbsad iellC) oy o-opuelleAe 'oluauielAaid oplznpoid oluouuloaL4uoo ou et41e+ euu
-n61e ei]soui io]]iosa o 'osso ow1110 assau 's]od '((]a oç5un+-qns) selAgid seslnbsod uio seunoel
ieolpul oe anb op eAttajqo sleuu g elougia+ai e '(ya oç5un+-qns) selAgid seslnbsod iellO oy
((]a - OB5un+-qns) selAgid seslnbsad uua seunoel ieolpul ap e16ç)l
-eilsa e wesn '(yZ - oç5un+-qns) selAgid seslnbsad iellO ap uigle 'anb zaA euin 'soAllelleAe sleuu
oçs 'eo]]s]o6u]] ap so]xo] se anb o]uenbua 'ein]eia]]] ep oçslAOU eu (yz - oç5un+-qns) selAgid
seslnbsod uuello seuade slod '(wnnu/Juoo uin) OAjleljeAe sleui a OAttajqo sleuu ap souuoilxo stop
ailua elieA onb oçssai6oid ap oxla uun ap o6uol oe OAjtajqo segui ouliailxa o lied sopeluolio uueli
-essa e]uuouoo] op so61ue se 'selAgid seslnbsad sep olxaluoo ou ot41eqeil op OB5iasul ap seuulo+
oi[enb sep 'anb noo]]]ioA (6z: ].ooa) sa6puoH 'e]wouoo3 a eo]]sjt]6u]] op sea]ç seu sg16u] uua
soo[ugi[a[a soo]uugpeoe so611ie ap ein]eia]]] ep oçs]AaU oç5as e aiqos o]uaoai opn]sa uli3
e611saAul anb eolç eu eAltajqo souaui no sleuu euilo+ op ot41eqeil nas iliosul iollioso
o lied çi]mos euun epeo '((]z a :l)z '8a 'ya) 3 oç5unJ-qns ep saluelieA se opueiaplsuo(1)
0
U
-1
-t
a
e
selAgid seslnbsad iellC) - vz OV5Nni-8nSe
-1
E
-1
S
S
e
S
C
E
S
E
lelualquue OÇ5ePeJ6aP
ç a lelpunuu eligsluu ç sopeuoloelai seuualqoid se ieuolonlos lied leluauu
-epun+ eAlleuia+le ouuoo oploaL4uooai g laAÇlua+sns oluauulAloAuosep O
z't, o]duuax]
(6z 1.:966 1. 't41ou-ellolN) OAjjeojpul op aluasaid ou soqiaA se oçs olxal ou oç5eol+lluapl ens
lied lnqliluoo anb oluauiala oilno 'osslp uigly sag3enJ/s se//nw 'sunwoo sopeJ/nsoi -- eulldloslp
Bssap ououxguo} wn oiros no 'oçiped oiuauulpaooid 'oplpuoaiduuoo aiuauueialduioo 'elougp
-/aa eJ/nw 'op/oat/uoooi ouioo soilojldxo seuuoxal iod opeol+lluapl opuas 'eol+Joadsa eulldloslp ep
eollçid no oluouuloat4uoo o aiqos las uuapod saQ5iasse sesso '(gt, l. :uiopl) saÍDaS opun6oS
elap aued woze+ anb saiopeslnbsad se dilua .uunuuoo osuas, ouuoo opll 'opepiooe
oluauiloat4uoo uun g 'leiam uua 'onb 'ealç eu oluauiloat4uoo o oiqos soQ5iosse oçS (z.9:9661
'sa6puaH 'g t410U-elloH) iollal a iolliosa ailua oploalaqelsa 'opet4111iedulioo 'olAgid oluauuloat4uoo
uuaia6ns slod 'uuauodns se anb selougplAa saioleuu uiesuadslp anb 'aue ep opelsa o aiqos
olduie ialçieo ap saQ5euuil+e uua uualslsuoo(8 L oç5un+-qns) ooldgl op saQ5ezlleiaua6 se çí'
oo[dç)] op saQ5ez]]eiauo6 loze] - 8 1. OVÕNni-8nS
sa6puoH alsnqeU elaloeig o filou- eiioH agilsgG
58 Redação Acadêmica: princípios básicos
SUB-FUNÇÃO 2B - Estender pesquisas prévias
Já para mostrar concordância entre o estudo em questão e pesquisas prévias, o autor pode
continuar a tradição em pesquisa na área(sub-função 2B).
Exemplo 4.4
A fim de testar a eficiência de um modelo de desenvolvimento sustentável,
Coelho (2000) realizou um estudo aplicado ao nordeste do país, obtendo
resultados bastante eficientes. Portanto. o presente trabalho dá continuida-
de ao tuba ho de Coelho(2001), aplicando seu modelo à região norte.
pr(
re:
Segundo Swales (1 990:148), essa estratégia é evidenciada com bastante freqüência pelo
uso de podando, expressão sinalizadora classificada por Vande-Kopple(1 985:83) como conetivo
textual. Os conetivos textuais ajudam os leitores a reconhecer como o texto está organizado e
como as diferentes partes que o constituem se conectam entre si(idem:ibidem).
SUB-FUNÇÃO 2C- Contra-argumentar pesquisas prévias
Além de ser freqüentemente usado para mostrar concordância, o conetivo textual também é
usado para introduzir as sub-funções 2C - Contra-argumentar pesquisas prévias e 2D - Indicar
lacunas em pesquisas prévias, indicando, é claro, uma oposição em relação a essas pesquisas.
Nesse caso, o principal representante é porém, seguido de fodnvla, jã, /níe/izmenfe e mas (Swales,
1990:154).
Exemplo 4.5
A fim de testar a eficiência de um modelo de desenvolvimento sustentável,
Coelho (2000) realizou um estudo aplicado ao nordeste do país, obtendo
resultados bastante eficientes. Carneiro (2001), poliém, observou que na
região norte o mesmo modelo aoresenta desemoenho negativo. Assim, este
trabalho propões um novo modelo para o desenvolvimento sustentável.
Ao usar a contra-argumentação, o escritor mostra que discorda de algum aspecto em estu
dos anteriores, apresentando uma nova alternativa em seu trabalho.
SUB-FUNÇÃO 2D- Indicar lacunas em pesquisas prévias
Quando você indica lacunas, revela que o estudo anterior não é conclusivo e apresenta algu-
ma limitação, a qual você procurará compensar com seu trabalho. Para tanto, além dos conetivos
textuais, outros marcadores metadiscursivos usados para indicar lacunas são os quantificadores
negativos r?ão, l)ouço, mt//fo pouco, que sinalizam a presença de alguma falha na pesquisa pré-
via (Swales, 1 990: 1 55). Além disso, os verbos Én/hac ía/zac J)h/far, os adjetivos e locuções adjetivas
euun iellAa lied 'oluelua ON
(+66L bleaJ ? salenS) sel-çinlsluu e uuapua+ sa/eiolliosa 'olxa} op lein+nilsa oç511adai
seo16ç)louoa} seu 'souauu a seueuunt4 selouglo seu sunuuoo sleuu ogs (q a (e saQiped se
Liaqes E
se[io6a[eo sgi] sessop euun qos uiaeoa[ sag5e]]o se sepo] ap %oZ souaui o]ad ']eia6 ui]
t?in)eia)11 t3p oçs!'tatl t3p sea!)SID8u11 st?31lslia))uit?3 €1't,
ancas anb Obras eu opeolpul auu
lo+uoo 'soilno çq 'soul.ieolpul çl onb saiopeoieuu sop wgly el-eslAai lied saQ5do soluaia+lp uuol
gooA a 'eaig ens eu einleialll e iepioqe op seuulo+ saluoia+lp çt4 'iemasqo opgd gooA ouuoo
o (g66 t 'leal a ueloul 'lenieoDy :ç66 L AaAieH
6'ií6esÍ8QJ soplAloAuasap sopeoiauu sop opeplllieloAelad sopelouonl+ul
ogs sopeoiaui se dilua oçssluusuel+ ap souuslueoauu se a (Ê66 1 'ounaqO
Ç66 [ '1ea] a ]enieDDy) oduua] ou s]aAg]sa las uuaoaied oçu soQ5e]aiioo sy
i6L 'Dunot40 :C661. ulllnlN) sopeoiauu se dilua saQ5elai sep ieaull oçu
oloodse oe as-iaAop uuapod sexleq sog5elaiioo se anb uuaio6ns soiolne
soilnO (i;66i'"ezüíiiiiãJ Oln+n+ ou salua6iouua sopeoiauu se lied slelldeo op
soxnl+ sop oluouulosaio ap lelouolod opuauuai} uun opueolpul sleuoloeuialul
DÁlIa uua seila+ieo sens*op Oluaoiod ç anb op sleuu$uuo+saAul OBU
soueoliauue OBsuad ap sopun+ se 'soluo6iauua sopeoiauu sou a+uaosalo
assaialul op iEsady sasled se al+ua slelldeo ap soxnl+ se oçs leloualod uua
oleplpueo uun
g3}iti!$Xqii i.If$111 qli.!89B8MeRlãjjBÃ!!!BÜg
ó lüllmnü nl.BRqllnnlglua9auqp=1'0B5eol+lsiaAlp ap soL4uêa3aiüêiiõãülÍ
illluuiad lied exleq aluauualualol+ns g epule anb seuu oduual o uuo:
opuaosaio Pisa oçdeÍ' o yn] sou sopeoiauu se a sa]ua6iauua sopeoiauu
se allua oç5elaiioo se anb g leiam uua oçsnlouoo y :(Ü66tJ zlnlS o
ga ÍiaplaaS :(266 i) }io+ols
a qoeiQ 'eqoaA]Q :(C661.) u]]]n]/\1 :(9661.) leal a lenieDDy llnloul saluaoal
eAltajqo
SleUJ
OÇ5ejj0
Esopeoioui se opuelouanl+ul ouse t.uepod $unuioo gajo el
saQ5ezlleiauag
eAltajqo
SleUJ
OÇ5ejj0
H
sopnlsa ap elalduuooul elsll euuíl p.n
b a saieoull OBS sopeoiauu se Ollua sa
ie onb 'o+uouue+lollduul 'ouunsse opn+sa ap od11 0ssà sopeoiouu s opueluauun6ie
eJlu09
elouÇPJoosl(]sog5elaiioo sç as-eiluull saiolialue sopnisa sop aula iolew v soollçr
sopeoiouu soe os-eilüull sopn+sa sop ouça ioleuu ylaluauueplaei opuaosoiq' ... -"- ' "'-'.- " -,.- LJIU aUJ l ./a U U \JJ
i3Ã sog5e ap salua6iauua sopeoiauu se aiqos sopnlsa op oiouugu O ''ou elmoen
ooldç).L ou
assai alu lVaVNOiDaiaS HOiHaiNV VHnivHHiii
L#]
9'p o]duuax]
(gt, o]duuox]) salualol+nsul oçs sopllqo saQsnlouoo no sopellnsai
se oluauiouu o gle-'sello+ seslnbsad uuelslxa eioqulia 'anb opueolpul 'olsoduuoo ollopad olliglaid
o g oç5un+-qns essop osso ou oo]]sjia]oeieo ]eqiaA oduia] o anb uligquie] ieo] ]ioA ]aAJssod ]
C] 1. oç5un+-qns e ieol+lluapl uuolluuiad
anb sollolldxo sewaxal OBS uugquuel opu oç5e6au ap olqigApe o o og3pJ/u// 'eq/py soAlluelsqns
se :osloaiduul 'alualol+nsul 'laAçuollsanb 'opeiluull 'osseosa 'osoplAnp 'oxalduioo 'oAlsnlouooul
sa6PuaH a]snqeU e]a]oeig a t4}oU-eito agi]sg(]
60 Redação Académica: princípios básicos
H Passado -- atividade do pesquisador como agente - referência a estudos específicos:
Swales(1990) !n)íesligau a concepção de gêneros do discurso...(ênfase no que pesquisadores
anteriores fizeram)
H Pretérito Perfeito Composto - atividade do pesquisador não como agente - referên-
cia a áreas de pesquisa: A concepção de gêneros do discurso !êlD.sldQ..!r!)iê$!!gêdB,.(Swales,
1 9901 Berkenkotter & Huckin, 19951 Hyon, 1 996)...l Muito/as pesquisadore/as têm-se dedicado a
investigar a concepção de gêneros do discurso...
H Presente - sem referência à atividade do pesquisador - referência ao estatuto corrente
do saber: A concepção de gêneros do discurso é complexa (Todorov, 19761 Swales, 1 990)...l
Parece..cava um conjunto complexo de elementos envolvidos na concepção de gênero...(ênfase
no resultado de pesquisas)
Dentre os itens lexicais usados para fazer referência, os verbos desempenham uma função
essencial, pois a partir de um determinado }(e!:be..de..çilaçãe é possível avaliar negativa ou posi-
tivamente o trabalho citado. Em geral, esses verbos podem ser usados em quatro situações:
1 . com o nome do autor na posição de sujeito: Coelho(2000) rnQslra que o desenvolvimento
sustentável é eficiente.
2. com o nome do autor como agente da passiva, com o uso de por: Esse modelo fel..çJese11
volyidQ por Coelho (2000).
3. com o um termo generalizado, como, por exemplo, pesquisadores, autores (depois da afirmação
generalizada, normalmente o escritor passa a citar autores que sustentem a afinTnaÇão): Vários estudos
na literatura usam modelos similares. Coelho(2000), por exemplo, elaborou... f
4. com termos que substituem o agente pelo processo ou produto, como, por exemplo
metodologia, resultados, conclusões: Os resultados i!!dlçaln que o modelo é eficaz (Coelho
Essas situações estão relacionadas também ao formato das citações na construção da sua
Revisão de Literatura:
uua oseq uioo osso oiqos oçslA ens ezlieuuns(qç66 1.) oueilla8
ep OBjsonb e aií:iSSÍP/eüaísüOm (966 1.) oue]n]
inetüiõiüí/ü:íeit:ias6.íde (896 1.) siopueS 'g t4ollll a ( 1.66 1.) aiiaug
nas opeiluoouoo uuol(t,66 1.) saçieuilng
anb ílÍiqõSS3P (266 1. ) eAllS / 6ííb"e:íapísüõs (086 1. ) 11at4olll/\l
Á a x OPsõüi:iaTU3 X OÃü:iSSaP/Á a x : ap sodll stop'E31í3i6.i'3S (066 1.) 11olsaM
anb eii57eieÍaPtii:íÍie/E3õim/3pti3i3p/BÍríisõã/etuauinoie/etuasaiae (çz6 1.) uospo(] l
elailQ oç5ellg
ens
'ot4
'olc
sol
oe:
(8ç6 L 'oue]nJ) (eia]duioo OQ5ez]]eoo]) u]]a e]iaqõssap/epe:íiüõsüaiõi a]ogdsa e]s]
(gZ6 1. 'oluld 'g lulieC)) sepeuoclai ullelo+ çl ap salogdsa oilenb oluauioS
(866 1. 'pi18) seuua]qoid e]uasaide 'sazaA seuin61e uugiod ' ,\ ei]souu eulia]s]s a]s]
(086 1. 'saAa]s]) epelluill g x ap apeploedeo e 'aluauieuaC)
(966 1. 'oueilla8 lç66 1. 'euelnJ +o) assaialul aluaosaio oplAeLI uuol 'sepeogp sgil op sleuu ÇH
(gd 'ç66 1. 'saAly +o)]oç5ezlleiaua6] 8 op aluoia+lp g y anD os-oqeS
(gd 'ç66 1. '1>1olnolal/\A) anb ÕPeÍ6Ãaítiiai ossl / (66g 1. 'ouelnJ) 9 X H
Á Ue:ie:iiüasüa (066 1.) Áoldi nH 'g )llled 'x ílõiiüõsüo (066 1.) oioull-uuellll/\A opeiaplsuoo
oilouuçied op oç5un+ uua aluauuledloulid opuelieA 'soioleA saluaia+lp uuello sot41eqeil soilnO
no[eaas eA]]S 'seo]]sjia]oeieo u ai]u]
ütiÍuaüop (086 1.) eilaAllO ano o woo euoloelai as ossl
õp'gatil.iaima (ç66 1.) eznoS iod epeslleue lo+ oçlsano y/olsoaoia lo+ X H
(286 1.) oueilla8 iod soplpuolsa uuelo+
sollaouoo snob o(386 1.) pooniag 'g pInoS iod ePÍ:isSrigõPÍT'üíai/íõÍtn06ePiõqr'Íet H
ü.íeÍ6sÍÍ7tüd/irei;iiüan (gZ6 1.) t4}luuS o (0Z6 1.) ueuupoog op soç?olsoaoia sy
(t,g6 L ' l.g6 1.) zolezuog iod opello lo+ ano o uuoo opiooe ap çlsa olsl
(Zgg-989 d 'a66 1.) ooilod :iõd:eiÍÜÍg oplluos assau esÍijiaeüiÕ H
elailpul oç5ellO
olu
-lS(
oe:
asi
ec
's€
-u(
se.
sc
anb Ís7t]sgõao '(266 1.) ]u]]]eio] opun6aS
ü:iaoieísüas/g X 'ü.ienitiõse/iiieu:iÍie oluouuelaiioo (966 1.) solueS 'g eilaiad ai:ti:iõiüa5 a
uia olslsuoo/g x
' (966 1.) eilaiad 'g solueS iod opemasqo/opeluoae/õpesípüí aiaiioiüõ3 H
uua aislsuoo/g x
'(8661.) saeAON H
leuololpuog oç5e119
sa6puaH aHsnqeU elaloeig a t4}oU-e+loH agilsgQ
Reda ção Acadêmica: princípios básicos
Os verbos de citação usados nessas citações podem ser classificados com base em dife-
rentes critérios. Thomas & Hawes (1 994:146), por exemplo, dividem os verbos de citação em
três grupos: 1) Verbos de atividade do mundo real ou experimentall 2) Verbos de atividade
discursiva e 3) Verbos de atividade cognitiva' . Grosso modo, os Verbos de pesquisa ou de
atividade experimental estão ligados ao relato de procedimentos e resultados de pesquisas pré-
vias (p. ex. Mensurac med/c ca/ct//ac enconfrac oófer), os Verbos textuais ou de atividade
discursiva podem reportar tanto hipóteses, quanto resultados e conclusões de pesquisas prévi-
as, envolvendo sempre uma expressão verbal (p. ex. 4/7rmac aponfac negam mer?c/orar), e os
Verbos mentais ou de atividade cognitiva se referem a processos mentais e reportam generali-
zações que são senso comum na área (p. ex. 4cred/fac pensam cona/gerar). Além dessas três
categorias, os autores (idem:1 46) identificam uma série de subcategorias e subclasses na sua
análise, as quais desempenham diferentes funções. A seguir discutiremos essas categorizações
conforme as observações feitas por Thomas & Hawes(1994).
a. Verbos de Atividade Experimental
1.1 Verbos de procedimento: são verbos que você pode usar para relatar métodos ou
procedimentos usados em pesquisas prévias: Galego/{zac conduz/c corre/ac/onac comparam
como/efac ava//ac usar; exam/r7ac esfudac ana//sac /nt'esf/gar. E interessante mencionar que
os últimos quatro verbos só estarão citando elementos da metodologiade estudos prévios se
vierem associados às variáveis(sujeitos, objetos) pesquisadas nesses estudos.
Exemplo 4.7
Coelho (2000) !nbíes1lga três regiões do país - Sul, Sudeste e Centro-
Oeste, usa11da. um modelo de desenvolvimento sustentável.
tai
qu
1 .2 Verbos de Resultado: são verbos que você pode usar para relatar resultados de pes
quisas prévias e se dividem em dois grupos:
1 .2.1 Verbos de objetividade: se você quiser reportar resultados de pesquisas prévias de
forma mais neutra, pode usar os.verbos de objetividade, pois não fornecem indicações explícitas
da sua reação ou do efeito que as afirmações do autor citado provocam em você: enconfrac
observar, obter.
Exemplo 4.8
Coelho (2000) ebleye resultados variados ao comparar as três regiões
l No original, em inglês: Real-world or Experimental Activity Verbs, Discourse Activity Verbs e Cognition Activity Verba
eAlsensiad OB5uajul ianblenb aluauiellolldxa ieolpul usos 'aluauuiolialue olla+ lo+ anb o 'Ellnau
sleui euilo+ ap 'ieleloi lied lesn apod QooA anb soqiaA oçs :oç5euuio+ul ap soqiaA z'cz
aluolol+a g laAçlualsns
(000a) oqlaot) oluouulAloAuasap ap olapouu nas anb ap e
c L 't, o]duuox]
ilnlouoo 'lalueui 'elougplAa iaoau.io+/ueilo 'oç5
-e/uawep /rly7opodns ieluasaidp :oluauliesEquua ap sapeplssooau sons iopuale lied gooA iod
sopelaidialul OBS osso iod a 'eslnbsad ens lied olode ap oluauin6ie ouuoo euoloun+ epello ol5
-lsodoid e anb ieleulsse lied iesn apod gooA anb soqiaA oçs :oluauun6ie ap soqia/\ l.'cz
ezaliao ap soqiaA CZ
opeldepe
las esloaid (000Z) ot41aoC) ap olopow o anb Uala6iB sopellnsai SO
a[ + o]duuax]
eo/pt// )/ua6ns :selAgid seslnbsad op ilued e saQ5euiil+e loze+
no saQsnlouoo ieill lied lesn apod gooA onb soqiaA oçs :oluauuliadxa-sgd soqia/\ zzz
aluet41auuas ot4uad
-uuasap oçieilsouu SJed op saQ16ai sgil se anb eiiiTigS (000Z) ot41aoO
[L t, o]duuax]
iodoid 'iazlpaid 'iezlialodlq 'ieuuliso :es lrx b
.sod ens eu oçssnoslp e lied eplued ap oluod ouioo OBilmas anb 'selAgid seslnbsad uua sepel
ueAol sasalgdlt4 iello lied lesn apod gooA onb soqiaA oçs :oluauuliadxa-gid soqia/\ l.'zz
ezaliaoul ap soqia/\ z'z
ar
n(
SJed op saQ16ai sgil selad
sepE+uosaide sag5elieA se lied OBouale e euueL4o (000Z) ot41aog
0 L t, o]duuax]
x lied oç5uaie e ieuiet4o 'oBisanb e ielueAal .euaal o algas OB5
-e611saAul ioleuu ap apeplssaoou E opueolpul 'selAgid seslnbsad ap saiolne iod sepeluode soQ5
lilsai no soQ5 lluull iello lied lesn opod gooA anb soqiaA oçs :oç5eol llenb ap soqiaA l.z
eAlsinoslQ apeplAlly ap soqia/\ q
s€
s(
-11
s(
-lJ
al
'Ç
al
al
U
'c
sepe611saAul saQ16ai se ailua saQ5elieA çt4 anb UieiiigõU sopellnsai SO
6t, o]duuax]
ielaAai
'modo/aqe/sa 'weulsuowap 'weulsow :solAgid sopnlsa uua sopeiluoouo sopellnsai solad opto
-uaAuoo lo+ anb opueilsouu çielsa gooA 'olla+a ap soqiaA se lesn oe :olla+a ap soqia/\ z'z' l.
sa6puaH OHsnqeU e]a]oeig a qJOU-ei]oH agi]sgC]
64 Redação Acadêmica: princípios básicos
documentar, reportar, referir, notar.
Exemplo 4.14
Carneiro(2001) se..[eleB ao modelo proposto por Coelho(2000), para o
desenvolvimento sustentável.
c. Verbos de Atividade Cognitiva
Os Verbos de atividade cognitiva, como sugere o próprio nome, estão associados a
atividades mentais experimentadas pelos autores das pesquisas prévias e são acres/fac con-
s/deram ponderar, per7sac enfendec reconhecer. Segundo Thomas & Hawes (idem:145), es-
ses verbos são usados para reportar visões ou idéias aceitas por um grande número de pes-
quisadores da área. Em geral, os verbos de atividade cognitiva ocorrem nas sentenças inici-
ais, apresentando generalizações que podem ser subseqüentemente refinadas pela referên-
cia a outros estudos.
Exemplo 4.15
Vários estudos consideram o desenvolvimento sustentável como uma
alternativa eficaz para solucionar a miséria mundial.
Em síntese, essas categorias poderiam ser resumidas como:
H Verbos relacionados a Processos Investigativos: mede, calcula, obtém, coleta,
seleciona, sistematiza, analisa, demonstra.
H Verbos relacionados a Processos Verbais: propõe, postula, hipotetiza (Êré:expelilnlen:
!ais), indica-sugere (pós=expe!.!nle!)!ais), afirma, cita evidências, sustenta, escreve, denomina,
desafia a visão, demonstram
H Verbos relacionados a Processos Cognitivos: acredita, pensa, focaliza, interpreta,
observam
Além das questões já mencionadas, é necessário levar em conta ainda que suas citações
terão basicamente duas configurações: l ) literal ou 2) não-literal. Caracterizam-se como (1 ) cita-
ções literais aquelas em que você transcreve exatamente fragmentos do texto que você está usan-
do como referência, inclusive com os erros (para indicar que o erro está na versão original e que
não foi você quem o cometeu, você deve colocar s/c, entre parênteses, logo depois do erro). As
citações literais podem aparecer tanto no corpo do texto quanto em bloco, dependendo do número
de linhas que ocupam. Segundo o manual da Universidade Federal de Santa Mana(2000) para a
elaboração de monografias, dissertações e teses, quando o número de linhas que a citação ocupa
no texto é inferior ou igual a cinco, deve ser mantidas no corpo do texto, entre aspas. Quando o
número de linhas é superior a cinco, a citação deve ser destacada em bloco, sem aspas.
As(2) citações não-literais são paráfrases ou resumos das informações da obra usada como
solxal sassa sopol e apuodsaiioo oxleqe euuanbso o eplpauu anb uia alleAe a elougia+ai
ap [e[ia[euu nas op eo]ig]ai OB5ezjue6io ep gooA iod opeioqe]a euianbsa o au]uuex] O].
ou
elleAe/eulao opuenb a(selgpl/sole+)
eieÍaii QooA opuenb :saluola+lp seoliglai saQ5un+ senp iollal o lied iezlleuls lied gooA iod
sope6aiduia uia6en6ull ep soslnoal se opueol+liaA 'naAalosa gooA onb olxal o aluauuoC)
oc
ed
OJ€
SV
an
-ut
-e]
se
'6
&sala iod sepeluosaide selougplAa
se souuieiaplsuoo as sessluuo/saluaiaoo/sepllgA uuooaied saiolne sop OQ51sod v
Z,saQluldo/saQsnlouoo
sons ie5io+ai lied uueluasaide sot41eqeil sop saiolne se saQzei no selougplAa anO
Z,ulie6aqo saiolne se saQsnlouoo anb y
Z,sopellnsuoo soqleqeil sop sleiluao sollaouoo/soluod se pleno
saglsanb soluln6as
sep i]ued e 'nouo]oa]as QooA anb ]e]ia]eui op ein]eia]]] ep OBs]Aai ap o]xa] uin eAaios]
<
<
<
<
'8
(p66 1. 'uolsunH) .alueuoduul-oQU/aluepoduil, ' .çui/eoq, '.euaoul/eliao, pr?u/JC/oo
SQil ap souuial uua ealç eu sollaouoo a seslnbsad uuagAai soiolne se ouuoo aslleuv solxal
sassap(saQ5npoi[u[ ap o]opouu oe ie]]uu]s) eo]iç)]ai OB5ezjue6io ep euuanbsa uin aioqe]] z
laluouuoluoobai+
sleuu opelope '(aluasaid 'olsoduioo ollapad olliglaid 'opessed) leqiaA oduual o anbl+lluapl 9
el
lelailpul
no elailp 'ooolq uio oç5ello ap souiial uua ealç eu sollaouoo a seslnbsad ap oçslAai e ellas
g owoo le l lluapl oluol o nouoloalas gooA anb solxal sop einleialll ep OBslAai e aslleuy ç
é,elleAe opuenO Z,elmo opuenb :seoliglai saQ5un+ saluaia+lp iezlleuls lied iolne olod
sope6aidwa uio6en6u]] ep sos[noa[ se opueo]+]iaA 'e]ougia+ai op ]e]ia]euu nas au]uuex] t,
lot41eqeil op OAet4o-seiAeled ooulo sons
ap ollaouoo o eul+ap a eqleqeil e/iolne e/o slenb se uioo sleiluao sollaouoo se anbl+lluapl 6
I'oia 'oç5elleAe 'oBluldo 'se19pl 'soie+
wez//eu/s 'einleialll ep oçslAai e uiaze+ gooA iod soplqloosa saiolne se ouuoo anbl+lio/\ z
ot41eqei[ nas lied seo]sçq seo] çi6o]]q]q se]ougio+oi senp e5o]oqe]s]L
sapt3plA!)t? ap OE)sa8nS
SJed ou laAglualsns oluauulAloAuosap ap seA
lleuialle ieioqela ap apeplssaoau e lied ÕB5üaiEPtiíetiS (000a) ot41aoO
g[. t, o]duuax]
elougia+ai epl/tap e lazer ap .opuaoanbso, 'sopellnsuoo solxal sop elgpl e ie16eld oçu lied
opep[no [euio} es]oaid gooA 'soseo se soquie ui] sedse esn as s]euiel osso assou a e]ougia+ai
sa6puoH afsnqeU eloloeig a t4}oU- eiioH agilsgQ
66 Redação Acadêmica: princípios básicos
Passo l Apresentar abordagem(ns) teórica(s)
MOVIMENTO 2 AVALIAR ABORDAGEM TEORICA
Passo 2 - Avaliar abordagem(ns) teórica(s)
Passo 3 - Levantar questões que se relacionam(semelhança ou
diferença)
Passo 4 - Demarcar caminho teórico
Passo 5 - Demonstraraplicabilidade desse caminho teórico ao
objeto de estudo
ll. Identifique conceitos, definições e termos básicos usados no seu texto. Explique sya opção
para fazer referência a outros autores.
12. Aqui vão algumas expressões ou sintagmas lexicais que podem caracterizar referência.
As expressões de citação abaixo variam em intensidade quanto ao grau de avaliação
sugerido por elas. Como você utilizaria cada uma dessas formas de citar? Que outras Ihe
ocorreriam?
Asseverar: eu/nós mantenho/argumento que xl é possível/pode-se argumentar/dizer/crer/
contradizer que xl aparentemente é/parece possível/provável/indiscutível/discutível que xl
Concordar: conforme x acertadamente propõem eu/nós na verdade/de alguma forma/
veementemente concordo/apóio(a idéia de) xl x fornece evidências/parece reforçar a idéia de y
cle que z
Discordar: conforme x nos leva a crerl eu/nós na verdade/de alguma forma/veementemente/
discordo com x; conforme argumentado por x(um tanto quanto) erroneamente/equivocadamente;
x não apóia o argumento/a conclusão de y de que zl embora x proponha y, eu/nós acreditamos z.
Comparar: tanto x quanto y são (bastante) similares quanto a z; x é como/parece com yl
tanto e lxeytêmalgunsaspectosdezlxeytêmemcomumzlxnãodiferedeyem
relação a z
Contrastar: x é (um tanto) diferente de y (em relação a z); x não é o mesmo caso de/o
mesmo que yl x de forma alguma se assemelha a yl x contrasta com y(em z)l x difere de y em
relação ao aspecto z
Recomendar: recomenda-se/sugere-se que x seja/tenha/faça yl o que se deveria
recomendar/sugeriré que x; uma sugestão é que x(faça y).
Validar: como prova/evidência/exemplo (para isso) (pode-se citar/enumerar)l de acordo com;
conforme x argumentam x produz evidências para Y.
Classificar:: x pode/tavez possa/poderá ser dividido/classificado em y (e z)l x e y são
categorias/divisões de zl há x categorias em y.
Generalizar: em termos geraisl na maioria dos casosl pode-se generalizar xl em gerall na
maior parte.
Demonstrar: x demonstra/mostra que yl x é ilustra y.
Referências dos exemplos
E#l LEAL, R. P. & BOCA:T'ER, P. F. (1 995) Causalidade nos mercados de ações latino-america-
nos. f?ev/sfa E/efrõn/ca de ,4dm/n/sfraçâo, 1(1). http://read.adm.ufrgs.br/[ead01/artigo/
leal.htm#leal
seo16ç)lopotaui seL41oosa sesta e iapuodsaiioo çiaAap aluauuleinleu olxal O (ç:z66 1. 'ueunN) es
-lnbsad uia opeia6 oluouiloot4uoo op olnlelsa o a ezainleu e souuaqaouoo ouioo ap a(uia6en6ull
ep osn ap apepllepouui epeuluuialap euun no e5uaop euun 'oolwjnb ouauiguaJ uin) iepnlsa souu
-apualaid anb op opuapuadap 'oç5e611soAul euln ieinlnilsa as ap seilaueuu saluaiallp ÇH
eslnbsad elidgid ens uio ol-çolldai 'osso o lo+ os 'a opnlsa op einllal e uioo iap
-uaide essod iollol o onb lied eielo eilaueui ap soluauioui sgil sassa ieluooai eluol oolwgpeoe
o61pe O sopep sop oç5elaidialul a asllçue e (8 a lsopep sop eloloo e (a lseuialqoid no sasal
-gdlt4 'selun6iad ap oluauielueAal o ( l. :soluauioui sgil ap alslsuoo anb oç5e61}saAul ap opejauetd
n
ossaooid uun ouuoo eslnbsad ilullap as-apod oluouiloat4uoo op ealç opep euin
uua euuia]qoid no oç]sanb epeu]uiia]op euin ielleAe]a]uauieolllio] o ieslleue 'ie611
-saAul as ap ollsgdoid o lied sepeulwialap saque ap oiunjuoo uin g eslnbsad euu
mluugpmt3 081)it3 0u t?!8olopo)auü y I'S
[llA ot?õ]sodmo:) :&)is\t]Ptiu)] &t]ssuA&
yloU- elloH o9Jls9Q
e16olopola l/\l
00luu9PeOV o611JV
68 Reda ção Académica: princípios básicos
E importante que os procedimentos que você definiu para a pesquisa de fato sejam válidos,
isto é, prestam-se efetivamente a verificar o que você, em princípio, se propôs a investigar. Por
outro lado, é fundamental que esses procedimentos de fato sejam confiáveis, isto é, ofereçam
dados consistentes, que não estejam afetados por condições que Ihe passaram totalmente des-
percebidas e que, portanto, não foram computadas em seu estudo como uma variável a ser
analisada também (Idem:14).
Vejamos o exemplo dado por Nunan(1 992:1 2) de uma pesquisa em Ciências Sociais sobre
a incidência de crimes em uma dada cidade em região de imigração. A conclusão de que imi-
grantes respeitam mais as leis do que os cidadãos nativos, com base na análise dos registros
policiais em relação à densidade demográfica de uma dada comunidade, pode ser equivocada
porque as relações causais entre os registros policiais e os dados demográficos não foram de-
monstrados conclusivamente a pdorf. Talvez, haja menos registros de crimes por imigrantes sim-
plesmente porque eles são mais cautelosos do que os cidadãos nativos e, portanto, menos sujei-
tos a serem apanhados em flagrante. Em outras palavras, os resultados obtidos no levantamento
desses dados podem ser explicados de outras maneiras além daquela encontrada pelo pesqui-
Nunan(idem:1 2) acrescenta ainda que:
sador
jelm última análise, a medida em que estamos preparados para aceitar ou
rejeitar determinados métodos de investigação e os estudos que utilizam
esses métodos dependerá da visão que temos do mundo.
Embora o processo de qualquer pesquisa tenha sido definido acima de modo geral como
compreendendo 1) o levantamento de perguntas, hipóteses ou problemasl 2) a colega dos dadosl
e 3) a análise e interpretação dos dados, essa citação nos sugere, portanto, que existem varia-
ções no modo de concebermos uma pesquisa. Uma diferença básica está no caminho que defi-
nimos para trilharmos na investigação. Podemos iniciar pelo item 1 , elaborando perguntas ou
hipóteses e, a partir daí, buscar evidências que respondam às perguntas ou confirmem ou refu-
tem as hipóteses elaboradas. Por exemplo, podemos partir de uma hipótese de que as possíveis
causas da mortalidade infatil em uma determinada região são as condições sanitárias da habi-
tação dessa população, e realizar a análise de dados sobre fatores relacionados a essas condi-
ções, o saneamento básico nas moradias, por exemplo. Se trilharmos esse roteiro, então estare-
mos fazendo o que se pode chamar de pesquisa dedutiva (da teoria para os dados).
Caso optemos por um roteiro oposto, iniciaremos pela análise de dados para chegarmos a
uma teoria ou aos princípios que parecem reger a organização desses dados. Por exemplo,
e ielidoide os ap apeplssaoau ep iellnsai opod opnlsa ouisaull uun uuo sopolgui soldl110uu
ap osn O uia6en6ull e :opepnlsa ias e ououugua+ op exalduuoo ezainleu ep elslA uio selins
-sarau OBS se16o]opo]aui se sequue(seaiç sei]no se sepo] uua zaA]e] a) eo]]sJO6u]] w]
'c
eslnbsad ep eliollpne 'sottajns sop aued
iod uia6eoat4o 'se6oloo ap oçslAai 'epenulluoo oç5emasqo euin op sgAeile sepelsa}
oçs OB5eln6ueli} iod sasalç)dlq se as slaAçl+uoo oçs sopellnsai :oAllelllenO q'p
opnlsa o ieolldai as ap apeplllqlssod elad open
-suouiop 'opeplllqlslAaid a 'elouglslsuoo 'apeplllqelsa ap soligllio :euialxa a euialul
apeplleA alslxa anb uia eplpauu ep apuadap aluouulaAellAoul :oAl+ellluenO e't
apeplu61papl+ ap neig p
-OJ
-!P
-!q
Sl€
-nl
no
-e
Is(
ou
iopeslnbsad olad sopep sop oç51iosap eu aseq woo çp as
eslnbsod ep oluauue61nl O sala ailua apeplielluuls ep apuadap solxaluoo soilno e sopel
-lnsai se ieollde os op opeplllqlssod e :olxaluoo op apeplol+loadsa :oAllelllenO qC
olxoluoo o oduia} ap sloAçlieA sep oç5ezlleilnou :laAJssod g sol
-lojns no/a solxaluoo soilno e sopellnsai sop oç5ezlleiauo6 e :oAllellluenO e'c
euialxa apeplle/\ 'C
(oç5elaidialul) oç5eln6uelil a alualslsiad oç5emosqo 'op
-e6uoloid otuauueje6ua :apeplleai lied alsa} o g apeplllqlpaio :oAllelllenO q Z
(aloiluoo) apeplleoi e
uioo OB5eieduuoo uuo epelsal oçlua a epelnlsod g OB5elai euun :oAllellluenO eZ
euialul apeplleA 'z
..apeplleoi ep saQ5nilsuoo seldl110uu çt4,, :oAllelllenO q' l.
.elos çl loAJ6uel opeplleai euin seuade çt4,, :oAllellluenO e' l.
apeplleai ep ezainleN ' l.
-ir
ol
-1(
-u
'Ç
s(
-11
a.
oe/ç OB5elai uua uuaia+lp saiopeslnbsad sassa anb 'opoui ossoi6 e 'iazlp as-apod
Allellluenb oseq ap uuo6epioqe eulln uuelope
anb salonbe a eAllelllenb aseq ap uia6epioqe euin uielope anb saiopeslnbsad ailuaaleqap
leuololpeil oe ollodsai zlp eslnbsad euun iesuad os ap seilaueui allua oç5elouaia+lp eilnO
(elioal e lied sopep sop) eAllnpul eslnb
-sad ap ieuiet4o apod as anb o souiaielope oçlua 'ot4uluueo osso souuiot41oosa aS sesneo sons
souuilznpap lied oç16ai epeuluuialap euin uuo llluelul apeplleuouu ep OB51nqlitslp e souuaieslleue
J€
.(
U
J(
69 q[oU-eROH agi]sg(]
70 Roda ção Acadêmica: princípios básicos
metodologia à questão a ser investigada.
Há maneiras de se classificarem diferentes métodos de investigação e os autores não têm
uma visão consensual sobre qual o número e o nome exatos dos métodos. Cordeiro(1 999) no-
meia várias tendências metodológicas, das quais destaca algumas para as ciências sociais:
1. Método Estudo de Caso: possibilita o estudo intensivo de um indivíduo (um
ser humano) ou grupo (tribo, empresa, comunidade, instituição,etc) com vistas a
obter generalizações a partir de uma análise compreensiva do tópico de pesquisa
como um todo. Por exemplo: estudo do comportamento de uma tribo indígena em
termos de sua aculturação por posseiros da região(Idem:55)l
2. Método Pesquisa-Ação: possibilita a participação dos membros da comuni-
dade estudada, durante a pesquisa, na análise e interpretação dos dados de modo
que os resultados possam influenciar a comunidade no sentido de propor soluções
para os problemas detectados. Por exemplo: a comunidade participa do levanta-
mento sócio-económico da cidade, identificando problemas e utilizando esses
dados para propor soluções(Idem:55).
Embora esses dois métodos sejam descritos por Cordeiro como usados em Ciên-
cias Sociais, eles também são usados nas Ciências Humanas, como a Lingt)ística.
Talvez a única regra que se pode generalizar em um livro introdutório sobre redação acadêmi-
ca, sem entrar em questões epistemológicas da filosofia ou da sociologia das ciências, é que o
método a ser usado em sua pesquisa deverá responder(se opondo criticamente ou se alinhando
informadamente) aos debates em curso na disciplina em questão.
5.2 0 que descrever na seção de Metodologia?
Uma vez definida a abordagem que se vai adotar na investigação, podemos definir a
metodologia a implementar. O objetivo da Metodologia é apresentar os materiais e os métodos
jsujeitos, instrumentos, procedimentos, critérios, etc) empregados na pesquisa para se obterem
e analisarem dados. A função retórica dessa seção é descrever o método de coleta e análise
dos dados, e os materiais e os procedimentos usados para chegar aos resultados, com maior ou
menor detalhamento, dependendo do objeto de estudo. Em geral, a metodologia é uma narrativa,
em ordem cronológica, das ações desenvolvidas na pesquisa. Assim, o autor faz indicação de
quando cada uma das ações foi realizada, sinalizando essas ações por verbos no passado rela-
cionados à atividade de pesquisa (por exemplo, 'coletou/coletaram-se', 'analisou/analisaram-
se', 'examinou/examinaram-se') e expressões que demarcam a ordenação entre essas ações
(por exemplo, datas e advérbios como 'Primeiramente', 'Em seguida', 'Por fim').
.oadsai ens a sopllqo sopep SO sopelaidialul uuelo+ sala ouioo no sopllqo sopep se slenb epule
ieuolouauli uvas 'sopep se ieslleue a ielaloo lied soslnoal sossa uuoo sepezlleai soQ5e sep DALI
-elleu a sopesn soslnoal sop oç51iosop seuade seus 'sopep ap saç?5npap no saQ5elaidialul umas
'sopep sop asllçue ap a elaloo ap ossaooid op o6uol oe opep ossed epeo iollal o lied opue}
-falai leA iolne o onb uia eAlleiieu euun ap euilxoide as e16olopolaui e 'sowla} sossaN eollgluls
uia6en6ull euun uia 'suall ap elsll euun uua eslnbsad eu sopesn slelialeuu se o soluauulpaooid se
ieluasaide e opual iolne o elau slod 'soQ5as seilno sep opelouaio+lp olllsa ul.In uuol e16olopolauu
e onb ieolldxa lied sooluugpeoe soiauQ6 aiqos solAgid sopnlsa elmo (891.:0661.) salenS
(oç51nlllsul eulisaui eu '666 1. ap oiqnlno e OL41nl ap OPOJiod ou) õ3edsaaõatüõi
:(oluln6
-as ossed o '/uoiud p.'ololld uin op oç5ezlleai e sgdy) sole+ sop eologlouoio uuapio
:(opezlleai lo+ ojuouliedni6e
'selsodsai sep osllçue 'oseq ap uueilmas ( ) saQ5eol+lluapl sess3) sõiüaiüiPõõõíd u
l(aluouluad ooliç)al lelouoia+ai o uuoo opiooe ap) sepedni6e ulieio)[se)
-sodsoi sel 'sopeol+lluapl uueioJ/opôs ul.ielAeq 'sopeuiil+uoo uielo+ 'as-uueilul+ap) SãõãE H
l(iapod o oç5eolunuuoo 'apeplleuosiod ouuoo sol
-laouoo 'solll+uoo e soluaia+ai ..aAet4o soluouiala,, 'sleluouiepun+ solloouoo) seiiõ6õies n
l(seAlleUosslP 'seUoqe
saQlsanb uuoo 'opeinlnilsa-luuas oliçlnuuio+ uin lo+ eslnbsad ap oluouinilsul o) SÍeÍiõieUI
1(1elldsoH op sealç saluaia+lp op saluaia6 azoil) sõiÍõriiS
aAaiosap aluauuelulons loine o ' 1. ç olduuiax3 ON
ewn opuln6as
slelia+euu 'so+lajns
soP OÇ5jlosaP
euln a3aulo+
ej6OjOPOlaUIJ VLÇ o]duuax]
l.Z tlloU-eiiolNa9Jls9Q
72 Redação Académica: princípios básicos
uva interpretação serão apresentados mais adiante na seção de Resultados e Discussão.
Swales & Feak (1 994:1 65) postulam que a metodologia pode gerar um acalorado debate
em algumas áreas como as Ciências Sociais, Saúde Pública e a Educação. Muitas vezes, a
parte inovadora e, portanto, mais importante em um estudo, é a publicação de algum avanço no
método de pesquisa. Em outras áreas como a Química e a Física, os pesquisadores demons-
tram ter práticas de construção de conhecimento mais padronizadas e uniformes(Motta-Roth,
1 995). Em função dessas diferenças de concepção de conhecimento estabelecido e comparti-
lhado num e noutro caso, as seções de metodologia podem variar consistentemente.
Cordeiro(1 999) sugere algumas estratégias para a definição da metodologia em três tipos
de pesquisa: 1) exploratórias, 2) descritivas(ou de campo) e 3) experimentais.
A pesquisa exploratória pode ser definida como bibliográfica e documental. Nesse caso, a
metodologia envolverá o procedimento de levantamento da bibliografia e os documentos refe-
rentes ao problema em questão. Pesquisas desse tipo podem servir de base para subseqüentes
pesquisas experimentais, uma vez definido o que se sabe na bibliografia já publicada sobre o
assunto. O material de análise ou corpus da pesquisa poderá compreender, portanto, a literatura
sobre o assunto, os documentos de arquivos públicos/particulares, a imprensa escrita, as fontes
estatísticas, as correspondências, as fotos e gravações em áudio e vídeo de pessoas envolvidas
na questão(Idem:97-8). Esse tipo de pesquisa é muito comum na área de Estudos Literários e
na História. Um exemplo seria o estudo das práticas sociais e comerciais na época das desco-
bertas de novos territórios(como o Brasil) a partir de bibliografia de outros autores e documentos
ligados às viagens de navegação.
Na pesquisa descritiva ou de campo, tentaremos observar fatos humanos ou sociais (ou
físico-químicos?) tal qual ocorrem, atentando para as variáveis que afetam esses fatos e
registrando-as, para tentar confirmar ou rejeitar nossa hipótese. Esse tipo de pesquisa, muito
usado nas Ciências Sociais, é desenvolvida por meio de instrumentos de observação como o
questionário e a entrevista. Um exemplo desse tipo seria entrevistar mulheres sobre técnicas e
drogas para evitar a concepção(Idem:1 09-1 0).
Por fim, as pesquisas experimentais são principalmente usadas para estudar fenómenos
das ciências exatas. Nesse tipo de pesquisa, há a manipulação de variáveis, produzindo fenó-
menos sob condições controladas. O pesquisador pode assim recriar artificialmente o contexto
do fenómeno a ser pesquisado. Uma pesquisa desse tipo poderia consistir em um estudo com-
parativo entre as mudanças ocorridas em duas cidades semelhantes a partir da instalação de
uma indústria em apenas uma delas(Idem:11 8).
Seja qual o tipo de sua pesquisa, lembre-se de anotar !odes os procedimentos adotados
na ordem em que ocorreram. Isso facilitará a redação da metodologia em seu artigo.
epesad 'epln6os uia 'a Does 'eduull g eilsouie y, nO .epesad a Boas 'epelaloo g eilsowe E
'ie6n] oi]auu]id uu], :uua ouuoo sagre sessa ieuapio lied oç5e611ap somou lesn laAJia+oid ellas
sopeloue OQS sopellnsai
SO opeslleue g auuloç)dsa O ope6oleleo g auilogdsa O opelaloo g auilogdsa uun, :ossaooid
ap OAjjjiosop olxa} uioq uin uiazepod OBU se5ualuas amou sessa 'setsodetsnl sepeooloC)
opeAlnbie g oliçlnuuio+ O
opeslAai g oliçlnuuio+ O
opll g oliçlnuuio+ O
ouusauu op oç5enbape
e leal liDA ap epe6aiieoua eossad ç opelAua g oliçlnuuio+ O
sopelaloo sopep se uuoo oplt4ouaaid g oliçlnuuio+ uuO
sopeloue oçs sopellnsai SO
opeslleue g auulogdsa O
ope6oleleo g auulogdsa O
opelaloo g auulogdsa uuO
ossaooid uin
ap oç51iosap ç sepeuoloelai '(29-99:t'66 1. bleaJ 'g salenS) oxleqe se5ualuas se amasqO c
uul+ iod/oiuauuleul+ : ie6nl opun6as uua/epln6as uua/lln6as e : ie6nl oilaui
lid uuo/aiuauueilauilid : oseq iod souliaieuiol : uielo+ sopep sop asllçue lied sopezlllln se
ligilio se : (s)oligllio (s)aiuln6as (s)o as-(ui)eiope 'sopep sop asllgue e lied =3S\lVNV
Á OÇluo lo+ ottafns epeo :x uuelo+ sepjAJOAua saQ5elndod se sepoi 'epln6as ula :z ap soligilio iod
sopeuoloalas uuelo+ Á a x soilalns se ' aiuauueilauulid ! ossed ouilxo.id O : epln6as uu3 : ie6nl
opun6as uu3 : ie6n] oi]auu]id uu] : uuelo+ sopep sop elaloo e.ied sopezlllln soligllio se : iln6
-as e souuieiuasaide anb soiuaullpaooid sop ilued e sopelaloo OBS sopep SO :v.1:3103
(asllçue a elaloo ap) saiopezlleuls op
oxleqe solduiaxa se auulo+uoo 'eslnbsad eu soplAloAua soligllio a soluouulpaooid 'soluauinilsul
'sotlajns sassap 'olxal ou 'e5uasaid e uuiezlleuls anb .sleolxal seui6eluls, se anbl+lluapl z
leslnb
-sad eu soplAloAua oçlsa soligllio a soluauilpaooid 'soluauunilsul 'sottajns anb anbl+lia/yot41eqei}
olidç)id nas lied elougia+ai ouioo nat41oosa gooA anb solxal sop e16olopolauui e aslleuy ' L
sapo?plA!)t? ap oç)sagnS
CZ t4}oU-eiloH agilsgQ
74 Reda ção Acadêmica: princípios básicos
Pense em como reescrever essas sentenças na forma de uma pequena narrativa dos
procedimentos envolvidos em um experimento
4. Observe o exemplo abaixo e tente reconhecer elementos pertinentes à metodologia des
se estudo na área de Zootecnia.Tente identificar, se possível, a menção de elementos relativos a
suieitos
materiais:
categorias
aches
procedimentos
ordem cronológica dos fatos; e
tempo e espaço
z#l
Materiais e método
Foram utilizados 12 cães, adultos, clinicamente sadios, sem raça definida, quatro machos
e oito fêmeas, com peso variando de 9 a 1 8kg, oriundos do Biotério Central da Universidade
Federal de Santa Mana. Seis cães foram separados em um grupo para avaliação até 30 dias
de pós-operatório e os demais, até 60 dias. Esses animais permaneceram sob observação
clínica num período de sete dias, e após serem vermifugados, foram mantidos em alojamentos
individuais com alimentação e água à vontade. Após jejum prévio de 12 horas, os animais
foram tranqüilizados com maleato de acepromazina(Acepran 1 %. Univet S.A. São Paulo, SP.)
(0,1 mg/kg de peso corporal), via intravenosa(IV) e raspados os pêlos da região torácica lateral
direita. Realizou-se a indução anestésica com tiopental sódico (Thionembutal. Abbot Laboratório
do Brasil. São Paulo, SP) 2,5%(12,0 mg/kg de peso corporal, IV) e após intubação orotraqueal,
foram mantidos sob anestesia inalatória num plano cirúrgico com halotano(Halotane. Cristália
do Brasil. São Paulo, SP) e ventilados por pressão positiva com oxigênio. Com a contenção
dos animais em decúbito lateral esquerdo, realizou-se anti-sepsia do campo operatório com
álcool-iodo-álcool.
Para a preparação da solução supersaturada de açúcar (Açúcar Cristal Peneirado.
Copersucar. São Paulo, SP) a 300%, foram utilizados 300 gramas de açúcar cristalizado em
1 00 mililitros de água tri-destilada, obtendo-se no final uma solução na proporção 3:1 . Para
montagem do banco de enxerto, segmentos de músculo diafragma foram obtidos de cães
necropsiados no setor de patologia e que aparentemente não apresentavam alterações nessa
musculatura. Para a preparação do segmento, removeu-se todo o músculo diafragma
preservando somente a porção do ventre muscular. Em seguida o segmento foi banhado
abundantemente com solução fisiológica NaCI 0,9% e colocado em frasco contendo solução
supersaturada de açúcar a 300%, onde permaneceu imerso para conservação e
armazenamento, num período não inferiora 30 dias, em temperatura ambiente. O segmento de
músculo diafragma homólogo foi removido do frasco com solução de açúcar 15 minutos antes
do implante, enxaquado abundantemente com solução salina e imerso numa cuba rim estéril
(ola 'oç5ezlieloosa ap nei6 'eoluu9uooa-ologs uia61io 'oxas 'apepl) opnlsa oe salueAaloi saiole+
soe OB5ejoi uua aiuauuiesloaid noAaiosap se gooA as omasqo 'eslnbsad ens uuo sotlajns noAloAua
gooA aS opnlsa nas ap sossed se iaAaiosap lied nozlllln gooA anb soligllio se ieslleue dual a
naAalosa gooA onb o e]a] e16olopolauli ap OQ5as ens ep OBsiaA eilauulid e laAolosa dual '9
auo+alal iod sopelslAailua o sopeuoloalas oçs soltajns se 'opeoiauu ap ses]nbsad uu] o
lliglsa oosel+ uin uia epepien6 a epelaloo g eilsouie v a
seiot4 t,Z olueinp opepien6 a opelaloo lo+/g oplnbll O v
ê,oxleqe solduuiaxa sou euialqoid asse iaAlosai ouioO apeplo61quue ielaiieoe opod
e5ualuas eullsauu eu elou90bas uua 'soiunl uiaiooaiede soqiaA ap ole+ o anb amosqo ç
(U\l.L) uosseyN op ooluuQiolil a
(]H) eulsoa-eulllxoleuiaq ap seoluogl selad sopeioo uielo+ soo16glolslt4 sauoo SO eluaxua ap
eal? ep eolldç) eldoosoioluu uua opnlsa lied soluouu6ei+ ap elaloo a eoldç)osoioeuu oç5elleAe
lied sopeiadoai uueio+ opuenb 'elp .og gle 'sleuuop se a oligleiado-sgd ap elp a08 o gle
sapo smas opuas 'eolullo OB5ejjeAe aluelpaui oluauliejiejp sopemasqo uielo+ sleuilue SO
olioleiado-sgd ap selp olho uuoo sopeillai alad
aP soluod se o selp O 1. olueinp ooo 1.: 1. e(dS 'o]ned oçs ]]sei8 op Á]111 11] 000 1.: 1. olelolt4uaU\l)
lesoiouull uioo leool OAjleino e epllouuqns lo+ eauçlno eo16iOilo eplia+ e 'oligleiado-sgd ON
selp stop alueinp 'ielnosnuueilul elA iod a e16inilo ep oulwi91 o sêde o6ol '(/\l 'leiodioo osad
ap 6)l/6uu 0' 1.)(Í'U 'oilauer ap olU y6nold-6uliat4oS aulweue8) ouluin16aui ulxlunl+ oligleuiel+ul
-Blue a e16inilo ep ololul op saque solnuluu 08 '(/\l 'leiodioo osod ap 6>1/6ui 0'0a)(dS 'olned oçs
eoluijnC) elilsOpul uolsliv uolsliV eolP9s eulllolduuy) eolpgs eulllolduue sopezlllln uieioJ
sela SQil op eilouiol ap olauu iod 'luu09 op e6ulias e epeldepe '8 , çz
et41n6e uuoo lelsooialul o5edsa ouillgs op olpguu o5ial ou nallooo eoloçioleilul eAlle6ou oçssald
ep oluawlooloqelsai O ol+ ap odll ouusaui o uuoo sopeiedas salduils soluod uuoo 'alod ap
o OPuos '08'0 sepluuellod ol+ op sonulluoo solduils soluod uuoo epezlleai lo+ el+eiiooeiol v
olioxua op eoloçiol aoe+ o aiqos uuassa9aueuliiad sgu se anb
opouu ap sepioq ap OB51sodaiqos uuoo }+lo/\A ap soluod as-opuezlllln ol+ ap odl} ouusauu o uioo
einlns e as-nolalduuoo 'iln6as y soiedai ouioo sope6oiduia aluauuioliolue soluod oilenb solad
eol)Çuu6eJ+elP ePIJo+ eP seploq sç OPexl+ lo+ o6olguuot4 euli6ei+ejp olnosDW op oluoui6os O
saQsuaulijp seuusauu ap olla+ap uunu nollnsai anb 'euu6ei+elp olnosOw op oluauu6as wn oiedai op
soluod se dilua iod lin]s]q uuoo as-naAouia] 'ep]n6as uu] apepluuailxa ep oln6uç epeo ulla ça'o
(dS 'soollsçld ap leuoloeN elilsopul - uollig uoIÁN ap olJ) epluuellod olJ ap soiedoi ap soluod
oilenb uuoo ollailp euu6ei+elp olnosOui op ealç euin os-nooieuliap 'uuo ç't, , 0't' soQsuauulp
ap lliglsa eol+çi6olpei euluuçl euin ap olIJxne woo a eui6ei+elp olnosOuu op OB5eol lluapl e sgdv
ollailp lelsooialul o5edsa d) 1. ou eluuolooeiol aluelpaui loJ eui6ei+elp olnosOuu oe ossaoe O
opeooAoid oollçui6ei+elp olla+ap o ilnloo lied
salualol+ns soQsuauulp ap oluauui6as uin as-opueuolooa+uoo opeiedaid lo+ o6olç)uuot4 eui6eJ+elP
olnosOui O OB5ejeipjt4 lied alualquue einleiadulial ç %6'0 1C)!U.eo16(1)1olsl OB5nlos opualuoo
ÇZ fiou-euoH agi]sg(]
76 Redação Académica: princípios básicos
Referências dos exemplos
A#l FALK, M. L. R. (2001 ) A competência gerencial nos conflitos interpessoais. f?ev/sfa E/efrõn/ca
de 4dm/n/sfração, 22, v.7, n'4, Setembro. ISSN 141 3-231 1 . Programa de Pós Graduação
em Administração da UFRGS. htto://read:adm .ufrgs.br/read22/artigos/aítbolJ)tm
Z#IMAZZANTI, A.; PIPPI, N.L.; RAISER, A.G.; GRAÇA, D.L; FARIA, R.X.; OLIVEIRA, L.O.;
GUIMARAES, L.D. (2001) Reparação do diafragma de cães com segmento muscular
homólogo ortotópico conservado em solução supersaturada de açúcar. .4rq. eras//e/ra de
/\4ed/c/na vefer/nãr/a e Zoofecn/a. v.53. n'l . Fevereiro. htto://www.scielo.bd
scielo.oho?scriot=sci artlex!&nid=SO1 02- 9352001 0001 00004&lnct=en&nrm:iso
saQsuaulijp senp ailua aoalaqelsa as anb aiueujuliialap a lelouassa OB5elai ep elslA uia openb
-ape sleuu o ellas ossl sool+Joadsa sooldç)l uuanbo+ua anb assaialul ap sealç seAlloodsai sons
seu so61ue epal gooA anb souiet41asuooe 'sopellnsai se illnoslp lied eplued op oluod ouuoc)
OQ5npoilul eu sepeluode 'eulldloslp ep sleia6 sa91sanb st? oç5ailp uua op
-nlsa op sopellnsai sop aluauieAllepei6 ooo+ o os-ellduuie 'Dias nO ealç eu seslnbsad ap ilued e
olunsse o aiqos oqes as onb oe OB5ejoi uia OB5eloidialul ens lied sopep sop opuellduue as leA
ooo+ o 'soluauulpaooid sou epeiluaouoo oçslA eulln op :oÇ51sueil euin ÇL4 lnbe 'ooluugpeoe o61ue
op OB5npoilul op oç5as e aiqos 'C olnlldeO ou opeolpul ouliio+uoO olhe ep opelsa oe oç5eloi uua
N
'euualqoid op oluauuloat4uoo ou no5ueAe os anb oe oç5elai ullo sopllnoslp a -- som
-uuoxo ap (laAçlieA) oiauiOu uin ap olIJxne o uioo -- sopeloidialul 'sopeluauuoo 'sopel
-uasaide OBS opn+sa ou sop]]qo sopep se 'oçssnos](] a sopellnsaU ap olnlldeo o
ntl gtuaN up otan?lsts.tad y :tto(l aopoaloS
r'
y
@& ,::]
sa6puaH aHsnqe8 e]o]oeig a fiou-e]ioN agi]sgc]
oçssnoslQ a sopellnsaU
:ooluu9PeoV o611JV
78 Redação Académica: princípios básicos
de um lado, estilo e estratégia adotados na Discussão e, de outro, objeto de estudo e questões a
serem respondidas.
Outro fator determinante é a ordem em que se apresentam as várias seções do artigo aca-
dêmico. Ao chegar à Discussão, é possível prever a existência de uma grande porção de conhe-
cimento compartilhado entre autor e leitor (Swales & Feak, 1 994:1 95) em torno do objetivo do
estudo, metodologia adotada e resultados obtidos. Assim, pode-se eleger com maior liberdade
os pontos que se quer enfatizar na discussão dos resultados.
De modo geral, se os Resultados concernem fatos, então a Discussão gira em torno de pon-
tos; fatos são descdf/t'os, enquanto pontos são /nferprefaf/vos (idem). Nesse sentido, a Discussão
é mais do que um sumário dos resultados, indo além deles. Discussões devem ser(idem:1 96):
6
(
de
&t
ac
m(
oit
Mais
teóricas
abstratas
gerais
integradas ao campo de
conhecimento
conectados ao mundo exterior
focalizadas nas implicações e
aplicações
fir
P(
E
B
sê
' r(
qt
la
D
do que simples
apresentação dos dados
(se possível, combine todas
essas características na
sua Discussão)
e:
gi
P
t€
Se a visão adotada na Introdução é a de pirâmide invertida, isto é, do mais geral para o
mais específico, aqui deve-se fazer o caminho inverso, adotando a perspectiva do todo dos
resultados e do trabalho.
sloAçlieA ailua oç5elai(o) e loduual
op iessed o uuoo e5uepnuli op OQ5eojpul(q) e lsepeslleue slaAçlieA sleuu no senp ailua OB5eied
-woo(e) e iapuaaiduuoo apod sool+çi6 'selaqel iod sopeilsnll sooliguunu soioleA aAloAua 'leiam
uua 'a eA]]]iosap a]uouieo]seq g edema essa (sope]]nsai sop OQ5eie]oa(] - Z oluauulAol/\l) opnlsa
nos op sopellnsai se ie]uasaide OBjua ]eA gooA 'oo16ç)]opo]aui o]uauiesequia op s]oda(]
oçsssnoslCI
a sopellnsoU ap oç5as e ieinlnilsa lied sedela ap uiapio eullsauu essa lesn çiapod QooA 'sel
-eulio]ai oe 'euulo+ essa(] sedela sessa uioo opiooe ap sopeluasaide orlas sopellnsai snas onb
zaA euin 'e16olopolauli eu oluauielAaid sepeolpul 'opnlso nas op osllçue op sedela se .eiquualai,
gooA anb uua alanbe g 'eo16glopolaui oç5euiio+ul ap oç5elnlldeoaU - L oluauulAol/\l O
sowsauu sop opeol+lu61s oe oluenb ogs
-nlouoo euun opuaoauio+ a ealç eu einleialll ç OQ5elai uua se-opuelleAe 'eslnbsad eulln ap SOclv.L
-lnS]U ielelai g ooluugpeoe o61ue oiaug6 op oç5un+ e slod 'slelouassa ogs soluauulAouu sass3
opnlsa op selouçlsunoilo sep opuapuadap 'elou90bai+iouauu no ioleui uuoo sopesn las uuapod
soilno se sopol 'oçsnlouoO a einleiolll e uioo euaqoosop ep oç5eieduiog '(opeiadsa)ul leul+
op OB5eo]]dx] 'sope]]nsoi sop oç5eie]oa(] ouuoo slelouassa soluaulijAouu op OB5aoxa uioO
opsslnsl(l a sopollnsall ap OQ3as op m aglaa ot?3uzlun8io op asatulS l oan8}J
oçsnlouoO
ounsoU
oç5ezlleiauag
einleialll e woo euoqoosap ep oç5eieduioO
euoqoosap ep OB5eljeAV
(opeiadsa)ul leul+ op oç5eolldx3
sope[[nsai sop OB5eie]oaC]
eo16glopolauu oç5euuio+ul ap oç5elnlldeoaU
8 0IN3WIAOH
Z OIN3WIAOm
9 0INamlAON
S OIN]WIAOW
P OIN]WIAOm
C OIN3WIAOH
e OINamIAOW
L OINamlAOW
1. ein611 e auilo+uoo 'soluawlAouu olho
op souuial uua oluauueolseq sel-çzlloluls souuopod 'uulssy saluaiiooai oçs uieluasaide solapouu
fosso anb saQ5euiio+u] sep aued apuei6 anb iaqooiad souiapod 'o]ue]ai]uo ']eia6 opouu a(]
sepe611saAul seulldloslp sep selseloulssolPI se uuoo OPJooe
op sopelaidiolul OBS slenb se '(666 1. 'eA]]S ]z661. 'sauu]oH :t'66 1. '11ai8 ]9861. 'sueAg-Áa]pnC] 'g
su[)]doH) oçssnos]C] o sope]]nsoU ap Obras ep oç5euuio+u] ep oç5ez]ue6io e a odll o uuaAaiosap
anb solopoui aQdoid 'sealç saluaia+lp ap sooluugpeoe so61ue opueslleue 'soiolne soliç/\
Z,oçssn)s!(l a sopt3)lnsall ap oç3as t? t?zlut?8io as ouio=)
:mlig)ai t?in)ni)s:]. I'g
sa6puaH aísnqeU elaloeig a fiou-el o agilsgG
80 Reda ção Académica: princípios básicos
Exemplo 6.1
B#l
f)onln rnnãn dnc
resultados:
síntese
introdutória
Tabela inicial:
visão geral
dos resultadosResultados
.dez espécida,da restinga deJurubatiba, entraramB
lê bromélías, pertencentes a cinco géneros (tabela 1 ). As espécies de bramélia
lom maior abundância na restinga de Jumbatiba foram Aechmea nudicaulis
Neoregelia cruenta e Tillandsia stricta (tabela 1). As dez espécies de bramélí
encontradas üa área amostrado do f'NR.i utiliza
éübstratos; algumas espécies têm hábito epifítico,
das áreas abertas ou o solo cobeRo por folhiço da
.«l 1« ilZ illU !êB+ [tZ.1]Ü t Í] i]Õ]+ [tZal ! Í]a ] Ín {+]t tq iB
õiiü fê ãêãõ à biiiüãêêã ããg bfõüéiiáê ãhÓêtfããáé, houve diferença significativa
entre os valores médios das espécies na área amostrada do PNRJ (ANOvA; f:jr't
18,445; p < 0,001 ), sendo Bromelia antiacantha a espécie com maior biomassa
(tabela 2). Quando comparada&pa]. a par\ os valores de biomassa foram
significativamente diferentes para algumas espécies(tabela 2). O volume de água
no interior das espécies de bromélia na restinga foram significativamente diferentes
(ANOVA, F:# 1 3,534, p < 0,001). NQtesle de comparações múltiplas. algumas
espécies diferiram significativamente(tabela 2). A espécie de bromélia que teve o
maior volume de água reservado no interior do vaso foi Neoregelia cruenta (tabela 2).
A composição das espécies de bromélia variou entre a$ zonas da restinga,
lendo as zonas AAE e MPI (ambas possuindo nove espécies de bromélias) as
áreas com DêjQLriqueza de espécies, seguidas da zona AAC, com riqueza de oito
espécies. A zona PHR foi a única das zonas de vegetação da restinga de Jurubatiba
onde não ocorreu nenhuma espécie de bromélla.(-.)
Comparação
No Movimento 3 - Explicação do final in(esperado), como o próprio 'nome' do movimento já
antecipa, você já começa a passar para uma etapa mais slibie11va da seção de Resultados e
Discussão do seu texto, em oposição a etapa de descrição abieliva do movimento anterior. Nes-
se momento, você interpreta, discute os dados, tentando explicar as possíveis causas, razões e
circunstâncias dos mesmos. Essa discussão pode estar voltada tanto para a os dados espera-
dos quanto para aqueles inesperados. Os dados serão esperados quando forem similares à
hipótese, a qual já deverá ter sido apontada nas seções anteriores do seu artigo, e serão inespe-
rados quando forem diferentes da hipótese.
Depois de explicar os resultados do seu estudo, você poderá avalia-los (Movimento 4),
indicandoem que medida são significativos e quais são suas consequências para área em que
seu estudo se insere. Para dar suporte às suas declarações, você poderá fazer referência a
pesquisas prévias na área, comparando sua descoberta com a literatura no Movimento 5: seus
resultados são(a) similares?l(b) nem similares nem diferentes?l(c) diferentes'2
A partir daí você poderá elaborar generalizações(Movimento 6), que podem ser direcionadas
especificamente para seu estudo, ou ainda para a sua área como um todo. Nesse último caso, no
entanto, é preciso levar em consideração que as generalizações só poderão ser elaboradas se o
corpus do seu trabalho for de fato representativo na sua área.
O Movimento 7 - Resumo destaca os 'melhores momentos' do trabalho.
Quanto à Conclusão(Movimento 8) é importante fazer algumas observações. Essa seção
'oluauuoui olanbeu 'eiluooua gooA anb og5eolldxo iot41auu e g elo 'oilno iod 'eoligal apeplpun+oid
woo a eligs 'alualslsuoo las aAap elo 'open uin iod 'as anb ap olsodnssaid op opulued 'oB5
-etuauun6ie ens e5aia+o 'olueuod elougliodxa elad opeln+ai las ool+Jlualo euualsls uun ap apepll
-lqlssod e iaAet4 aAap 'elos nO alua61A eui61peied o souuieln+oi ap seAlleluol iod seuade e5ueAe
elouglo e uulsse 'iolialue e anb op iot41auli no 'oluenb eoq OBI los e equaA zoAlel aluaObosqns
eAlleuialle oç5eolldxa euun anb çl elnlosqe apepiaA ap eAoid eulln alslxa oçu 'elouglo uua 'onb
eAeluauun6ie(uuapl) iaddod sepelsal uuolos ap sloAJssoduil uiooaied anb çl elouglo eu eln/os
-qe apepiaA ianb]enb ap e]oug]s]xo e a]uauiepeu61sai ie]]aoe e eAesnoal as a]] epelsal las ap
laAJssed no loAglsal las OAap OB5euuij+e ianblenb 'elouglo wa '(gt,:6ç6 1.) ioddod opun6aS oç5
-emasqo a oçxol+ai ens uua aseq uuoo 'el-gA alluiiad ot41 opnlsa nas auilo+uoo apepiaA ep alied
euun ieuluunll g lazer apod gooA anb o 'sazaA sep ejiojeuli eu 'uulssy apepiaa e laoala+o ap OB5
-[sod eu ç]sa o]uouu]]o]+]p gooA 'seueuinH se]oug]O seu a]uaui]e]oadsa a osso ianb]enb uu]
euuloe a a p suoll se as
-opuezlleai '(866 1. 'olie8) ooldg+ o aiqos seslnbsad saluaobasqns lied saQ5eolldwl se illnoslp
slodap a sledloulid soluod se iluunsai 'ie6nl oilauilid uua 'g oçsnlouoo eu iln6os as lied oolseq o}
-eulllo+ uun 'aluapuadopul oç5as euin ouioo aooiede oçsnlouoO e opuenb 'osso opun6as ON
opessed ou solliosap sopellnsai snob
se a aluasaid ou olliosap opuas soiopeslnbsad soilno ap ot41eqeil o uuoo 'olliglaid o a aluasaid o
allua elieA aluauuleia6 'oç5os essau 'leqioA oduual O ealç e lied osslp oçõeol lu61s e o olla+ lo+
anb op OBsnlouoo no oliçuuns aAaiq uin uioo et4oa+ aluauinuuoo (o611ie o 'olueliod 'a) oç5os v
seslnbsad selnln+ iod eplt4ouaaid ias e eunoel eulln euaqe
opuexlop 'oqleqeil ou sepllnoslp saQlsonb sep soluouiepun+oide solnln+ epuauu030i(a
loçsnlouoo e lied selo
-uQplAa se aluauieplwnsai eiuasaide a laAJssod oluenb aluauieielo OBI epeluasaide g (p
lowsauu op seollçid saQ5eo
-lide slaAJssod ouuoo uliaq 'ot41eqeil op seoligal saQ5eollduil se olnoslp to/epluull g o9u(o
lsopllqo sopellnsai se lied saQzei slaAJssod opuaoaia+o 'selAgid seslnbsad
uuoo uueiseiluoo no wepioouoo saQ5elaidialul a sopellnsai snas ouuoo eijsuouliap (q
:(se-elnlldeooi oçu a) oqleqeil ou sopllqo sopellnsai se elaidialul o auinsal(e
(t,t,:986 1. 'ÁeQ) oçsn]ouoC)/oçssnos](] e 'osso oilouilid ON
(sleu/y sag3emasqO olnIJI o lesn openbape sleui
Dias zaAlei Je a) aluapuodapul Obras euin ouuoo epezlleuls a)uauiellolldxa iaoaiede apod ela no
'[euiio+ oç5ez]]eu]s euin uvas 'sope]]nsaU sop oçssnos](] ep aued-qns euin ouioo iaoaiede apod
sa6puaH afsnqeU Biologia a fiou-eiioH agilsgG
Redação Acadêmica: princípios básicos
a partir de sua observação e reflexão. Além disso, você está oferecendo essa explicação para
futuras refutações. Nesse sentido, suas sugestões para futuras pesquisas, envolvendo pontos
que não puderam ser exaustivamente explicados no estudo(limitações de seu estudo) serão de
grande valor.
Exemplo 6.2
u# ' Discussão
A variação espacial indicada pelo crescente aumento na riqueza de espécies de
bromeliáceas desde a zona PHR até o cordão de mata(MPI) oode estar relacionada,
em parte, com a diminuição da salinidade e da deposição de salsugem, que ocorçp'
em grande quantidade na zona PHR e decresce em direção às zonas interiores
(Hay & Lacerda 1 984, Pammenter 1 984, Gómez & Winkler 1 991), e com a variação
espacial na disponibilidade de suporte para as espécies de bromélias epífitas. Os
dados no presente estudo indicam que, para a restinga de Jurubatiba, as bromélias
não constituem espécies da zona halófila psamófila. Qutrçç ésludós também têm
mes!!leda que espécies desta família não são observadas nesta zona de restinga
'(Rawitscher 1 9'M, Pfadenhauer 1 978, Waechter 1 985, Henriques et al. 1 986, Araujo
& Oliveira 1 988, Arauto et al. 1 998), a qual está susceptível à ação das ondas em
épocas de tempestades (Arauto 1 992) e à alta salinidade (Pammenter 1 984), sendo
1) solo bastarlte pobre em nutrientes e água(Waechter 1 985).
A'prê$ençáUefnóitaé acaFFeta uh àuhento de sórhbreàrnento'êde poréen:tarem
de cobertura vegetal, oferecendo mlcrohabitats com maior disponibilidade de
nutrientes, umidade e temperatura mais amena (Franco et al. 1 984, Hay & Lacerda
1 984, Fialho & Furtado 1 993, Montezuma 1 997, Zaluar 1 997) e substratos potenciais
para as espécies epífitas. A maior riqueza de bromélias nas zonas de vegetaçi
AAC, AAE e MPI pede..secexpliçada pela maior cobertura do solo pelas moitas
(Henriques et al. 1 986, Montezuma 1 997, Araujo et al. 1998), altura do dossel e
presença de substratos para epífitas, que cria diferentes e particulares condições
para o estabelecimento de maior número de espécies de bromélias.
A espécie heliófila T. stricta, que suporta alta incidência de luz direta (Leme
1 984),provavelmente ocorre no Interior das moitas desta restinga PQr ser sensível
aos efeitos intensos da salinidade e por encontrar nesses microhabitats substratos
apropriados para se estabelecer.iBromelia antiacantha ocorreu basicamente nas
xzonas FPP e MPI, assip] como no estudo de AraújQ et aj;, ;(1 998). A"j5fesença cg.
indivíduos ddéta eêbéêíe hã iõõ'ãFPP Sjlge11é Maioftolerância"à alta salinidade. As
espécies N, cruenta e A. nudicaulis ocorrem em elevada abundância na região
entre-moitas das zonas AAC e AAE no PNRJ. o aue também pode sor observad-
aiHeniiaueé d â!:, 11981
Tal fato sugere que estas duas espécies possuem capacidade de sobreviver a
altas incidências de luminosidade e elevada temperatura da areia, pois acumulam
uma grande quantidade de água entre as suas folhas, o que manteria a temperatura
mais amena, além de facilitar a absorção de nutrientes através de tricomas presentes
nas folhas (Benzing 1 980).dalguns estudos (Hay & Lacerda 1980, 1984, Zaluar
1 997) mostram que algumas espécies de bromélias em restinga são capazes de se
estabelecer nos primeiros estágios de sucessão do desenvolvimento de moitas,
pois absorvem os nutrientes através de células especializadas nas folhas (Benzing
1 980, Hay & Lacerda 1 984).
«:r Das dez espécies de bromélias ocorrentes no PNRJ amestradas neste estudo,
quatroãT. stricta, T. usneoides, T.j;gardneri e V. neoglutinosa) possuem larga
distribuição no litoral brasileiro, ocorrendo nas porções sul e norte do litoral (Aragão
1 967). As espécies B. antiacantha e A. nudicaulis ocorrem restritas à porção sul do
litoral do Brasil(de Ilhéus para o sul)(Aragão 1 967), sendo a primeira presente em
todo o litoral do Rio de Janeiro (Arauto & Henriques 1 984). No estado do Rio de
Janeiro, a espécie A. lingutata ocorre nas restingas de Cabo Frio (Fontoura et al.
'1 991 ), Macas. Araruama (Arauto & Henriques 1 984) e Massambaba (L. Cogliatti-
Carvalho et al.., dados não publicados). Aechmea nudicaulis e N. cruenta ocorrem
Explic
possiv
dos r(
com
entreExplicação
das possíveis
causas do
resultado
Referência
a
pesquisas
previas:
resultados
similares
Explicação
das possíveis
causas do
resultado
Referência
a
pesquisas
p rev l as:
resultados
simula res
Explicação
daspossíveis
causas do
resultado
Referência a
pesquisas
previas
'oolJ9x souow alualquue
o eulo} anb ç! 'euoz Bisou anbue+-sellguuoiq sep osga ou en6ç ap auunloA iolew o
lied ilnqliiuoo a+uauulaAeAoia apoa onD o '(266 L euunzaluoH '996 L le la sanbliueH)
eAnt4o ap seoodg un ope6ele ouaiial o ieuiol e opue6at4o 'o+le slew g oollçai
lo5ual op laAJU o '3yy eu 'osslp uugly.=en6ç ap auunloA apuei6 uun op olnulDoe
o walluuiad 'eieln6ull y o sllneolpnu 'y 'e+uanlo N ap osso ou 'anb seol+slialoeieo
(y86L ouual) soiello+ set4uleq sep oç5elellp op nei6 a ot4ueuue} op a set41o+ sep
oç51sodslp ep 'elasoi ep euulo+ ep apuadap sellguuoiq ap osga ou opeuazeuuie en6ç
ap auunloA O (266 1. ét4oou 'g eilaAllO 'q 'e »66 L le }a eJjaAllO '866 L opepnJ 'g oqlelJ
'066 L oylelJ) souuslue6JO sa+sap elougAIAaiqos a oiuauumíoAuosap oe laAçioAe+ oonod
g oualxa alualquue Q apuo sleool uua aiuoulleloadsa '(886 L 'le }a eilai d-ouli8)
osga op ioliolul ou filou ep no elp op alied oçiessed onb no (666 L uospieqolu 'z66 L
et4ooEJ 'g eiloAliO 'Z66 L zodol 'C L6 L opeold) sela B sepeloosse aluouuelailp uuoAli\
anb salogdsa peliça lied soslnoal ap aluo+ oiueuoduu! euln oçs anbuel-sellguuoiq
se anb opeolpul uug+ sopn+sa sosiaAIQ 'en6ç ap eAlasal ap opeploedeo epeAala
uuanssod o euoz elsau opeplsuap e)le uuo uueiallooo onb 'eleln6ull y a sllneolpnu y
'eluonlo N anbuel-ellguuoiq ap sologdsa sep e5uasaid ç aAop os oluauulaAeAoia ole+
alsa a 'aieloat4 iod opeuazeulie en6ç ap auunloA ioleuu o nlnssod onb OB5ela6oA op
euoz e ]o+ ]yy sepeijsoulie sellguuoiq ap salogdsa se aliua esseuuolq ap ioleA ioleui
o lnssod anb 'eqlueoellue 8 alo9dsa ep euoz e+sau apeplsuaP ePeAala ç ÕPIÃÕF
aiüaüiÍõ7te7tõid nollooo ddJ euoz eu epeiluooua sellguuoiq ap esseuiolq ioleuu v
(866 L le ia olneiy) euoz epeo e saiellnoad
a+ue+seq apeplulles ap a seollçpo soQ51puoo 'oç5e+a6aA op sodl} iod selsoduuoo oçs
a 'ls al+ua saluelslp sleuu se weio+ (IdyU a ddJ) sellguuoiq op apeplielluuls op aolpu}
louauu uuoo seolç sy selueld selad alualquue op oç5ezlllin eu oç5ezlleoluaA ioleul
aAouuoid sell+Jda ap e5uasaid e(3yy a C)yy) seuoz sleuuap seu anb o+uenbuo 'ldm
eu salualslxaul OBS (esoul+n16oau /\) salogdsa sewn61y (986 L 'le }a sanbljuaH)
3yy o gyy seuoz seu seilouu dilua o sellouu ap oç16ai ç ePe:ieõinüs"õPüenl
epluu0 sleuu aluouuelsodns euoz euun opuas 'aios ou en6ç a saiualiinu op apeplluenb
ioleuu lnssod.lldH y sexleq aiuelseq OBS seil+Jda salogdso sep sapeplsuap se
õiüerlbüs '(ello+lllouuoiq y a eleln6ull y) sologdsa senp seuade op opeplAl+e+uosaidai
ioleuu uuoo 'soilsolia} sologdsa ap g Elouçuluuop e 'ldy\l ap euoz eN euoz elanbeu
sell+Jdo o soi+saiial sellguuoiq ap selouçpunqe se ailua elouçdaioslp iolew ç ÕPÍÃÕP
Üü6üíÍ67te7tõjd '3yy a Oyy uua onb op IdyU eu salouauu oçs sellguuoiq ap apeplsuap
e a opeplsiaAlp B 'elouçpunqe y (t,g6 L epiaoel 'g ÁeH) seuoz senp selsau soxleq
leia6 opouu ep 'uaelas salsa eioquua '3yy e anb op aios ou saluollinu o eoluç6io
eligleuu op len+uaoiod louaui uun lnssod Oyy B 'osslp uuglv (066 L oqlelJ) slelo6aA
salogdsa sesiaAlp ap elougAIAoiqos e eind sesiaApe sag51puoo ieiüõsõiíaõíapõdsa
õ 'einleiaduua+ ap a esoulwnl elougploul op slaAJU se opueAalo '(266 L ienleZ) ioleuu
g og5ela6aA op set4ouew se dilua otuauue5edsa o 'gyy e ouuoo seuaqe sleuu sealç
uu3 sellguuoiq ap sologdsa sep oluauuloalaqe+sa o lied sloAçioAe+ sleui apeplulles a
apepluun 'einleioduua+ 'opeplsoulwnl ap sag51puoo uuoo s+ellqet4oiolw opuelio '(266 L
euinzaiuoyU 'ç66 L olneiy 'g eilaiad '986 L le la sanbliuaH) sellow ap oç5euuio+ e
eloldoid ]yy euoz eu opun+oid oonod ool+çai+ lo5uol op e5uasaid e 'osslp uugly (.166 L
euunzo+uoHI) og5eio6oA ep oluauulAloAuosap oe saiole+ solsap eyg olop OB5e e ie2iü6tije
õpõdaiíbo 'Oyy ç opeieduioo opuenb oluoA op oç5e ep ep16o)oid sleuu bisa a leuu
op e]ougn]+u] souauu Olhos ]yy y lelol apeplsuap ioleuu e aAa} 3yy euoz e 'salogdsa
op lelo] elouçpunqe ioleuu e opliiooo et4ual Oyy euoz eu eioquu3 (966L olneiy
'8 eilaiad) eollsjiol+ apeplielluuls ioleuu uua+al+oi a+uauuleio6 sewlxgid sapeplleool
sesiedsa se+louu ap oç5ewio+ elad sepezlialoeieo opuas 'saielluuls a+uauuleinlniiso
a senulluoo OBS sequue onb ç! opeiaasa ellas onD o 'sellguuoiq ap salogdsa
ap oç51soduuoo ep souuia} uuo saielluuls sleuu se uueio+ 3vv a Ovv seuoz.gv
(t,86 L sonbliuoH ? ojneiv) lieuunig a ewenieiy 'oli=J oqe3 'geoeN uua 'oilaueF
ap alu op ope)sa ou 'alIaDo elemnmi elspuelll.L ( L66 L le la unoluoJ) geo o eiie8
ep ogoF ogS ap se6ulisai seu oç51nqlilslp ens uial ellollllawoiq v 'oilauer ap olU op
opelsa ON ( L66 L le la wnoluoJ) lieulnig wa alogdsa epun6os e seuade a ( L66 L 'lu
F
'sle;aoaAasmuluesaogas êêiwõseswAlpeied a
lãU}Bun aS'ueuol 'qeP6u11 'V © SlinUafPnu "V 'quoí\n 'N ©
seunlo/\ saPuw6 UJeuazeu.Elie anb seltwuq OPsalo9dsa s8 '(Q66
p:©$ znl ç OBã@adxa ©!e Ç © wwladtule} le ç OPI aP
euaqoosap
eP OÇ5elleAV
SI
(
siaAçlieA al+ua
oe5eleduloo
'sope+lnsai sop
sesneo siaAissod
sep OQ5eo]]dx]
sa6puaH aqsnqeU e]oloeiE) a fiou- e]]ory agi]sgC]
84 Redação Acadêmica: princípios básicos
Conclusão ICençt!!i=se qua a estrutura e a composição de Bromeliaceae do Parque Nacion
da Restinga de Jurubatiba varia foRemente entre as cinco zonas estudadas, devido
ao aumento da complexidade do ambiente cam o distanciamento da linha de praia.
o que favorece a ocorrência de maior número de espécies. especialmente de
ye cada zona é composta por ubramélias epífitas. Q
conjunto particular de espécies de bromélias, resultando na caracterização d
cada uma das zonas de vegetação com base na ocorrência de espécies de
Bromeliaceae dominantes em cada zona entre aquelas existentes nesta restinga.
Conforme apontado anteriormente, há movimentos opcionais dentro dos modelos retóricos
que descrevem a estrutura das diferentes seções do artigo acadêmico. No caso da discussão
dos resultados, Swales & Feak(1 994:1 96), por exemplo, propõem uma ordenação de movimen-
tos retóricos que indica informações obrigatórias e opcionais.
MOVIMENTO 1- Pontos para consolidar o espaço de sua pesquisa(obrigatório)
MOVIMENTO 2- Pontos para indicar as limitações de sua pesquisa(opcional)
MOVIMENTO 3- Pontos para identificar áreas relevantes para futuras pesquisas (opcional)
Filma 2 Modelo proposto por Swates & Feak (]994:]96) para a Discussão de resultcldos
Nesse caso, embora esses autores entendam que o Movimento 3 seja opcional, nossa
experiência indica que um pesquisador será mais articulado quanto mais ele puder remeter leito-
res de seus textos a novas pesquisas. Portanto, tente apontar de forma perspicaz os pontos
fortes e fracos de seu trabalho e de indicar possíveis interesses para novos estudos.
6.1.1 A seção de Resultados e Discussão de estudos que
com ente nVcompara nycontrastam
A organização de uma discussão de resultados em um trabalho, em que se comenta, com-
para ou contrasta resultados experimentais ou questões teóricas de uma determinada área de
conhecimento, pode seguir pelo menos dois padrões retóricos básicos: ponto a ponto ou tota-
lidade de pontos de um/de outro. Tome-se, por exemplo, o tópico de duas drogas S e R testa-
das no tratamento de câncer. Os pontos para comparação/contraste podem ser custo, performance
e bem-estar do paciente.
Ponto a ponto
Em uma organização ponto a ponto, você compara/contrasta, sentença a sentença, os
itens de cada um dos elementos envolvidos. Seu ensaio poderia ser representado por:
epelluull OBsuolxa ap sua6essed
lied lllCt sleuu g oçiped assa 'leiam uio 'olueUod epun6as ep se uioo uielseiluoo no uieieduioo
as oç5as eilauulid ep soluod se ouuoo ap 'oQ5eiedulioo ap oç5as epun6as e alueinp 'iollal o ieiq
-uual lloJJIP 'sazaA sellnui 'euiol as anb g OB5ezjue6io ap odll assa uuoo seuialqoid sop uio
alualoed op ielsa-uua8 o3 looueuuiopad q z lolsnC) eZ :U e6oip y a
aluoloed op ielsa-uua8 o l. laoueuiioliad q l. lolsnO e l. :S e6oip y l.
U e anb op iot41auu g S e6oip y :leiluao elgpl
:iod opeluasaidai las eliapod
olesua naS o ei6çied oilauilid ou sopllnoslp uielo+ sola onb uia uaPia'eUSaiaeü oluauiala
opun6as op suoll sesopol 'o+ei6çied opun6as ou 'o oluauiala oilauilid op suall se sopol alnoslp
gooA 'o ei6çied oilowlid ou :Dias nO sooolq uua soplAloAua soluauliala sop ulln epeo ap suall
se 'e]sei]uoo/eieduuoo gooA 'oi]no ap/uun ap so]uod ap apep]]e]o] OQ5ezjue6io euin ui]
oilno ap/uin op soluod ap apep11elo.L
''/ olesua op oluauin6ie o oielo euiol einlnilso ens
P%lod 'soxolduuoo sleuu sooldgl opuaAloAua solxol uia llln sleui g oluod e oluod oç5ezlue6io v
/
so[se6 ap e]pgH aq loB5ein(] ]. q :eo]uuguooo g U e6oip y q
so[se6 op e]pgH Ze loç5einC] ]. e :la]ueuu lied eito o]]nuu g S e6oip v e
olsno oe oç5elai uuo uiaio+lp U a S se6oip sy :olsnO l.
sooldglqns
uioo olxal op seunoel se opuaqouaaid il apod gooA 'e5ueAe olesua o anb epjpouli y
U e6oiC] (q :S e6oi(] (e :alualoed op ielsa-uua8 c
U e6oiQ (q :S e6oiC] (e :aoueuiiopad a
EJ e6oi(] (q IS e6oi(] (e :olsno oe oç5elai uia uuaio+lp U a S se6oip sy :olsnCy l.
laouço op oluauieleil ou U e6oip e onb op iot41aui g S e6oip y :leiluao elgpl
sa6PuaH aHsnqeU e]a]oeig a t4}oU-e]io]N agils?(]
86 Redação Acadêmica: princípios básicos
6.2 Características lingüísticas da seção de Resultados e Discussão
Nesta seção, fornecemos alguns exemplos de expressões que 'sinalizam' para o leitor a
organização do texto de forma a orienta-lo durante a leitura, facilitando o processo de produção
de significado.
a) Expressões ('frases lexicais' para Nattinger & De Carrico, 1992) que funcionam como
marcadores na seção de Resultados e Discussão são:
Resta\\idos. os resultados podem ser sumarizados em. . .; não/houve diferenças significa-
tivas em. .. ; os resultados mostraram uma tendência maior/menor em X do que. . .; os resultados
em relação a Y foram mais/menos frequentes do que o esperado....
D\sç\issãe. os resultados parecem apontar x; a diferença principal entre x e y é...; a dife-
rença principal de pesquisas anteriores é. . . ; os dados parecem confirmar os resultados obtidos
no estudo de...; as limitações para este estudo foram x, y, zl os resultados do estudo seriam
mais conclusivos se...; os resultados foram/não foram conclusivos em relação a X; as conclu-
sões em relação aos resultados tem um alcance limitado devido a ; pode-se considerar que...;
isto está em desacordo com...; isto vem ao encontro de...; tanto X quanto Y são similares no
que tange ao..., é improvável que...em relação a...
çQnslx4sãe. Em resumo/Concluindo, pode-se generalizar...; Para resumir/Concluir...; Para
recuperar o argumento inicial. . . .
É interessante notar que na discussão dos dados usa-se freqüentemente uma série de
marcadores metalingüísticos que indicam um discurso mais modalizado para a incerteza, possi-
bilidade ou probabilidade do que para a certeza, justamente porque não nos encontramos na
posição de oferecer a verdade. No caso do exemplo B#l A, esses marcadores são "pode estar
relacionadas pode ser explicadas provavelmente ocorrem sugerem o que pode amenizarl o que
pode representará provavelmente devido al o que pode provavelmente"
b) Verbos usados para apresentar, discutir e avaliar Resultados são:
H asselÜ: eu/nós mantenho/argumento que xl é possível/pode-se argumentar/dizer/crer/
contradizer que xl aparentemente é/parece possível/provável/indiscutível/discutível que xl
H çer)çoldali: conforme x acertadamente propõem eu/nós na verdade/de alguma forma/veemen-
temente/ concordo/apóio (a idéia de) xl x fornece evidências/parece reforçar a idéia de y de que z
H çJlsçeldar: conforme x nos leva a crerleu/nós na verdade/de alguma forma/veementemen-
te/ discordo com xl conforme argumentado por x (um tanto quanto) erroneamente/equivocada-
mentel x não apóia o argumento/a conclusão de y de que zl embora x proponha y, eu/nós acredi-
tamos z
B ÇQ!!!parra: tanto x quanto y são(bastante) similares quanto a z; x é como/parece com y;
Z,sope+lnsai sop oçssnoslp eu iolne olad sopezlllln oçs soollsJ06ullelaui saiopeoieui anO t,
Z,elgde as iolne o oo]dg] oe soA]]e]ai so]uod anb ui] 8
sopellnsai sop oçssnoslp e lied iolne olad epelope eoliglai e16gleilsa e lenO z
Z,apuo o ouuioo
ala iod solsodoid soAllaíqo soe apuodsai lolne olad ello+ sopellnsai sop OBssnoslp v l.
selun6iad sal
-u]n6as se epuodsai s]odoc] (iq:aí3ÍSS;nnn) ou//UO áeuq/7 o/t/OIJoa/3 o#/Jua/OS - o/a/OS op alas
ou eslnbsod ens lied alueAalai o61Ue uun auoloalas no ox]eqe op]oouio+ o]duiaxo o e]a] y
6
Ó
sapeplA!)e ap oç)saBnS
ilia6ns 'ieilsuouuap
Jeiouop 'Jeluode 'JeAOJduuoo 'JeAOJd
:ielaAOEI Jellsouu 'ieilsnl l JeolPul
(g8 1.:t,66L 'sanou
'g SeUUOL41) SOAjleljeAe
s[euu :sope]]nsai i]]nos]C]
t,e L :tr66 L 'SOMem
'g seuuoql) soAltajqo sleuu
:sopellnsoi ieluasaidv
oç3unJ
gelou 'Jemosqo
Jeol+lluoPI 'illqoosop 'ieiluooua 'ialqO
soqlaA
OBS oç5as essau sepesn aluauunuioo saQ5do seilnO
aued Joleuu
eu lleia6 wa lx iezlleiauo6 as-apod lsoseo sop elioleui eu lsleia6 souuiol uia :ie7ÍÍelíailía6 H
Á eilsnll g x IÁ anb eilsoui/eijsuouliop x :ie:iiguõüap H
Á uia selio6aleo x çt4 lz ap sa9slAlp/selio6aleo
oçs Á a x l(z a) Á wo opeol+lsselo/oplplAlp las çiapod/essod zoAel/apod x :íeSliiSSeiS a
,\ lied selougplAa znpoid x leluauun6ie x auulo+uoo luuoo
opiooe ap l(ieiauunua/uello as-apod) (osso lied) olduiaxa/elougplAO/eAoid oulloo ::íePííeà H
(Á e5e+) x anb g oçlsa6ns ewn lx anb g ilia6ns/iepuaui
oral eliaAop as anb o IÁ e5e+/eL4uat/elos x anb as-aia6ns/os-epuauuooai :ieiiüaüiõS6í H
z oloadse oe OB5elai
wa Á op aia+lp x l(z uuo) Á uuoo elseiluoo x IÁ e et41auiasse as eulin61e euulo+ ap x IÁ anb owsaui
o/aP osso oulsouu o g oçu x :(z E oç5elai uia) Á ap aluaia+lp (o)uel uin) g x :ieiSeiiüm a
z e oç5elai
a oluel wa Á ap aiaJlp OBU x lz uunuioo uua uigl Á a x lz ap soloadse sun61e uugl Á a x l
sa6puaH OHsnqeU e]a]oeig a y]oEJ-eiioH agi]sg(]
Reda çã o A ca dêmica : princípios básicos
SP# l
EVOLUÇÃO TEN{PORAL DO ['ABAGbMO EM ES']'UDAN'1'16 DEMED]CINA, 1986, 1991, 19%
Ana Menezes, Eduardo Palma, Ricardo Holthausen, Ricardo Oliveira, Pablo S Oliveira, Eduardo
Devens, Luciane Steinhaus, Bernarda Horta e Cegar G Victora (1)epízl'ra/v e/ífo de C/óptica À/édíccz
de Uitiversidade Federal de Pelotas. Pelotas, RS, Brasib
W'IRODUÇAO
Os malefícios causados à saúde pelo vício de fumar são amplamente conhecidos. Apesar disto,
esse vício persiste entre estudantes de medicina, ainda que com uma prevalência menor do que a
observada na população em geral.3
Dados de um estudo multicêntrico'' sobre tabagismo em estudantes de medicina(The Tobacco
Prevention Section of the ]nternationa] Union Against Tubercujosis and Lung Disease) nove mil
estudantes de 51 escolas, oriundos de 42 países) mostram que as prevalências variam segundo
diferentes países, atingindo desde 35% entre os estudantes de sexo masculino no Japão até zero nos
EUA. Na América do Sul, dados do Chile revelam um percentual de tabagismo de 9qü nos estudantes
homens e de] 5qü, nas mulheres. A pesquisa também identiHtcou que apesar da maioria dos estudantes
reconhecerem, de um modo geral, que o fumo é extremamente prejudicial à saúde, existe grande
desconhecimento sobre as consequências do fumo em determinadas áreas. São preocupantes os
achados de que apenas 29qa dos estudantes do último ano de medicina na Europa, 32qü nos EUA e
43qü na Austrália sabem que o fumo é a principal causa de doenças cardiovasculares. Outro aspecto
apontado pela pesquisa é o de que, na maioria dos países estudados, apenas 30qü a 49qu dos
estudantes disseram que aconselhariam o paciente a abandonar o fumo, sendo que, no lapão, esse
percentual foi de apenas 5qc. Os percentuais encontrados foram sempre menores quando os
estudantes eram fumantes
Estudos no Brasil mostram que as prevalências de tabagismo entre estudantes de medicina têm
apresentado redução; por exemplo, a prevalência de tabagismo nos estudantes de medicina de
Sorocabadiminuiu de 37,8qü, em ]969, para ]7,1qc, em ]989.'"
Na cidade de Pelotas, no Sul do Brasil, a prevalência de tabagismo entre os estudantes de
medicina da Universidade Federal vem sendo estudada desde 1986, por estudos transversais
rea[izadosem ] 986 e 1991 .5' Dando sequência a esses estudos, o presente trabalho tcm por objetivo
avaliar a tendência temporal do tabagismo entre os alunos de medicina, nos últimos dez anos.
METODOS
Realizou-se um estudo lransversa] com alunos do primeiro ao quinto ano da Faculdade de
Medicina Federal de Pe[otas, em 1 996, simi]ar aos conduzidos em ] 986 e 1 991 .5,7 Assim como em 1991,
uln questionário auto-ap]icáve] foi disüibuído nas salas de aula, sendo que os alunos não presentes
foram posteriormente contactados pela equipe da pesquisa. Além das perguntas comuns aos
questionários anteriores, tais como variáveis biológicas, demográficas, semestre cursado, tabagismo
nos pais e nos estudantes e presença de sintomas como tosse e expectoração sem gripe ocorrendo
nos últimos seis meses, outras perguntas foram acrescentadas sobre a nova ]ei governamental
antitabágica, sobre o fumo dos professores em sala de aula, sobre atitude frente ao paciente quanto
ao tabagismo e sobre o ensino do tabagismo no currículo da faculdade. Os entrevistadores eram
estudantes da própria Faculdade de Medicina e foram instruídos a permanecer nas salas de aula
durante o preenchimento do questionário, a fim de esclarecer eventuais dúvidas
Os entrevistados que fumavam um ou mais cigarros por dia, há pelo menos um mês, foram
considerados fumantes; ex-fumantes foram aqueles que, no período da entrevista, não eram fumames
regulares, mas o haviam sido no passado; não fumantes foram aqueles que nunca haviam fumado.
Definição silni]ar foi adorada em ] 99] , enquanto que em 1986 fumante era aquele que fumava, pelo
menos, quatro cigarros por semana.
O teste do qui-quadrado foi utilizado na comparação entre proporções, e o teste de qui-quadrado
para tendência linear foi usado na análise das diferenças da prevalência de tabagismo entre os três
estudos.$
RESUl;LADOS
Foram entrevistados 449 (99,3qü) estudantes, sendo que nas pesquisas anteriores foram
estudados 470 em] 99] e 426 em] 986, com uma proporção superior a 96qü de entrevistados nos anos
anteriores.
As características da amostra estudada estão descritas na
ouislãpqpl op dou?leAaid t?u og51nuluilp euln asno
:oue ou1llF ou 'opucnb '986 [ uia oppAiasqo !oJ anb op oliçiluoo oe 'opt?sino ouc o uloo opioo
ap ouisl8eqei op falou?leAaid BU Oluawnc uln aAnoq 166 [ a 966 [ ula anb cilsoui IP ll.ft13Í.:Í y
lk66LJll ü z la
lüátii} çle © ülnH +
'9Z.}
selolad '96BE a L86L '986L üp souc scu aras auuoluü) eulnpüw ap saluepnisa ulü üuuslBeq© op elaupleAa4dZ eleqB.l.
(g0'0<d) oiau?ã o uioo opiooe ap
ouisl8eqel ap t?!au?lt?Aaad pu t35uaiaylp as-noAaasqo sopnlsa sgit sop uinquau ulg oululuiaJ a ou11noseui
ocas o ailua aluauilen81 naaaooo ouusl8t3qel ap filou?leAaid eu OE5npai B anb t?ligou Z"eÍÕ lii l y
q6fil :(tlu io sazatiaEN) Lf;ti L :(çle la el.laH) 98í;L 'self:lfad
eulolpaw al) saltlepftlsa ü.l tla l)tl+sl6ü(lel ül) elJu8EUAold - L e.tn$!3
opn sa cp ouy
9çib l
0
LCW'ü > [lg'
%q' ! i.
ç l.
''v.
-1 6'kt
Ê 9'EZ
owsl8i:qet op e!)ugfe \ald
eo1lslieisa clouçolJluãls B nl8ulu3 0çu a 986t a [66 [ allua epcAiasqo
clanbe anb op louaui !oJ 1661 a 966 1 ailua [enluaoiad t?panb E 'ope] oilno iod (t00'0>d) el3ugpual
essa noua.iIJuoo it?au11 t?!ougpua] pit?d alsal o a sopepnlsa soup s?.n sou opulnuluilp uíaA ouisl8eqt?l ap
clau?leAaid e anb t?ilsoui 'Í t::ííi:?iã y 'oüg' [ [ ap !oJ salut?pnlsa se ailua ouisl8cqel ap falou?]eAaid y
Ê!$6L 'su1'3Íõd
e;$1rF= \j cliilülpehqJ ag SüiLiíüprltSa ! lkãacu:B vu os:líri)
ljl} (g,:É.{3 iltPi;:€1i:l 'ag($ (!il! <i:hUi?11Ê) ÇP)!'©f381$©je':) -- L elõqe.l
sa6PuoH a]snqeU e]a]oeig a q]oU-e]ioH] aç)i]sgC]
[D'0L]
IÊ:í l ?{.
ilE'+E bZ
li'+t} çz
[g'z)
{Z' LZ]
[Z'9[] li.
BkUelUnj-X ]
atLlüUJn]
nauinJ eauaN
üu lu ltln aReS
EZ'õJ
lã: l $ã;
êÜ'6) 8Z
€0'9i} 8ZZ
[0'0L)
e$' 1zj
IU'001 êã,
+tupwnj-W]
+iueulrÉJ
rtaUJnJ eltinN
oullri)sutti oxoS
N !%) N +98BL
0Pn sa OP cuV
U/
$.
18:É$1 = P llat:Kj#ld
nsinu up ütíy
eç'v} 0UR üe=
x)iji? CZ-Ç3;1
(e'ga} up tlZ=3'
#Pi:PI
}iii Lá#Làj}3 4
:%}
90 Redação Acadêmica: princípios básicos
f'rc-x..ilên(ia de tabaBisnx)
30
2S
23%
25q
18%
}Q%
'-+'
1 22
#=='+'
20 Í 15%
't4%
,.+..-'
-#'
13%
1 5 P-"
; 1 9'"'
13%
.«F'
.+'
12%
l :$
Afví> cilís.adõ
4 5
1 98f) + 1 991 +' 1 99b
Figura 2 - Prevalência do tabagisrrlli critre estudantes de rrleciiclrla. corifoí iê
o ano cursado. Pelotas
As características do tabagismo entre os estudantes podem ser observadas na lla.1) .1. ! 13. Apesar
da média de idade ser de 22,4 anos(desvio-padrão 3,4), cerca de 50qc dos estudantes fumavam dez ou
mais cigarros por dia. Quanto à idade de início do fumo, a grande maioria dos entrevistados iniciou o
vício do fumo dos 15 aos 19 anos (média de 17,7 anos e desvio-padrão de 2,8), sendo que cerca de
l Oqn dos mesmos iniciaram a fumar entre 10 e 14 anos. A idade média de abandono do fumo foi de 20,7
anos, com desvio-padrão de 3,4.
Tabela 3 - Cara:te ís cas do ftintcl
rtlildlC111a qUMleCn ü f10rllÇir } tla Cl9 rrQ8
fumo e idade .de têr:mina. Pel>atas. 1 996
F i.l ítl:o N
Ntln18ro d@ cigarros Flor dli.õ
Nao fumantes 354
1-9; ciganos 49
IO-lg cigarros 2Ê
20-39 r.4ÜürrM 17
>=4t] lgarr c,s l
Ê alce {le* Início [únüs
lüüc fumantes ]54
1 :0-14 anos g
1 5-1 9 aílos 59
> = 2B arlü ?4
Itiücíe de abür){dono do ftima++
Flüü fLJtnãt-itD$ 354
fumamos anuais 52
Aband ürto { =2Q arlcE 22
Abandono 21-3a árias 2C)
+3 valu+s ign3rüdüls. +tq vala
e rn este.idatites da
Idâidü d íFlicio: 40
{?9. 't )
(l0,9)
€3*8)
eÜ.2)
('7g.0)
€2,Q)
€5,31
€7g,0}
€1 1 .6)
[4,9)
ignu'adü.
Duna característica observada foi a alta prevalência de sintomas respiratórios, assim como ocorreu no
estudo de 1 99] . Os fumantes relataram 22,7qc de tosse seca, ] 6,3% de tosse produtiva e ] 3,6qo de chiado
no peito, sintomatologia essa sem a presença de resfriado e ocorrida nos últimos seis meses. O teste de
associação entre tabagismo e presença desses sintomas mostrou-se significativo (p<0,0]), assim como
nos estudos anteüores.
Tanto em 1 99] como no presente estudo (] 996), não foi enconuada associação estatisticamente
significativa entre tabagismo dos pais e dos üll hos (p>0,05).
No que diz respeito às questões de opinião sobre proibição do fumo, cerca de metade dos alunos
mostrou-se favorável à proibição total do tabagismo tanto no Hospital Escola quanto na Faculdade de
Medicina, sendo que apenas 1 ,8qu dos estudantes foram contra qualquer torna de restrição ao tabagismo.
Aproximadamente dois terços dos alunos afirmaram que o tabagismo como tema de ensino era pouco
ou nada valoHzado dentro do curso de medicina; e 44qu dos alunos responderam que o fumo entre os
professores estimulava o vício de fumar nos estudantes.
Quanto à opinião sobre a ]ei que restringe o uso do tabaco em locais públicos e fechados, cerca de
metade dos estudantes opinou que a lei não inlluenciava o tabagismo(47,2qü).
Dois terços dos estudantes que nunca fumaram ou eram ex-fumantes responderam que, se
outra pessoa começasse a fumar em local fechado na sua presença, eles pediam para a pessoa
paul' de fumar ou afastavam-se. Por outro lado, 23,3qc dos estudantes importavan]-se, ]nas não
tomavam nenhuma atitude.
laddn ep eulolpalN ap saiuepnlsa ailua ieuinJ ap aloJA O g) PJot31A 'Og souleU '18 elloH ç
6-09€1: [ ç::Z.66 [ PJ!/qrd aPtoS 'tay elougnbaJy anb ui03 a
pllnsuoo oç5plndod c apuo :st?lolad uaa sleliou?lnqwe so51Aias ap oç5ez111lfl l !ulqooeJ '(lt Bisa) t,
Z- [ZO [ :Zç:Z,66[ robot/] ploAe p]noo an )!uiaplda aql :ooaeqo.L f uoulJ8 ç;
z,-eç:e:1Ze:oooz
r/yê7 Álales pue Áot?olJJa JO lelii [mlu11o pasluopuc-l 'pu1]q alqnop :sialequ! au1loolu leio qlln
uoponpai 8uHouaS [e la y ultsaAÀ 'y noplqok] 'ueA X uofl!€1 '.L uosslalue(l 'df ia8anllaZ '.L) iaã111o8 Z
Z:t,ç:666 1 roioq.Z 8uHouis JO a8palnoul s.luapms lpolpaN tlN ually [
S\rDN:N:l.1llH
olno?s alsap seluaaplda
slcdtoulid sep cuin ap OE5eolpeua cu iellnsa.i apod so5lolsa ap uuios v OB3e [el ap as-ieAlnbsa
uiapod OBU apgt?sep sleuolssiyoid se a ouín:f ap elouglcAaid B ilznpai ap apeplssaoau B aluaõin a
olad sopcsneo soloJJaleui se asujug loleui uu03 0pupãlnAlp a OB5eolunulioo ap solaui sou ouinJ op
epue8pdoid B opulpadui! 'eulolpaui ap saluepnlsa a apgt?s ep sleuolssyoid se ailua ouinJ o aluauilelol
opu11oqe 'ouisaui op soloJJaleui se sel03sa seu opuculsua 'so111aluuop sou suaAofsop ouin;f o opulqloid
olduiaxa iod 'ouaoo 'salluilt smas sop oiluap adio!).ied uin cpt?a lenb ou Ojxaluoo uín uia opliasuç
ielsa aAap :lt?nplAlpu! UJaie] t?uun g OEju oç5polpc-ua letal t?ns ap a ouanJ op oç5Bssao ep aouBole O
uotdoidnq o no eulioolu uloo OB51nl1lsqns B ouíoo 'sepÇpaui
stnlno icz111ln 'otuauapqlasumc op uu?lu 'openbape ? 'elnt Bssau Ollx? loleul equatqo as anb eit?d
seladas srBW sag3etsaJlucui sealno ailua 'elugsu! gtc apcp111qpl!.u! apsap QueImA anb seuloiuls
uíoo t?u11001u t?p [aAJU op OE51nululp ç a8eai oulslue8io o anb çr'llaçJ e;fawl ? oss! aiduías uiau 'oloJA o
uiaieuopucqe salueuinJ sollnw ap apetuoA ep icsady puleaoo e ouaoo 'seBoip seilno B elougpuadap
e anb puiioJ euasaul ep 'e5uaop euin ouuoo epl3aquooal aloq g eu1loolu ç falou?puadap y
. . aluauulelpunua ouc cpeo B seossad ap sagqllw stop ap mpla B lpAles eliapod
leuoloelndod a lenplAlpu! [aAJU ula ouan:f op OB5npai y seossad ap sagqllui 00ç ap eoaao ap auoul
elad laAçsuodsai aias uiawol{ olidgld olad epusnco cluiaplda Essa 06 ap epeo?p ep ololu! ou satupuin;f
un?.ia souc ç [ ap sleui uivo seossad ap oçq]!q I' [ no [elpunui ei]npe oç5e]ndod cp ç;/[ souaul o]ad
ouin.f OE oç51alsai umas odni8 ou oç5npai ap o%6 seuade Bilu03 'ouinJ op OB51qloid Bsualu! aAnoq
anb uia odna8 ou %gZ ap lolaloid orla;fa uln nolaAal 'nei8 opunãas ap seloosa 00Z ap satucpnisa
Z,8ZZ. l uaa z'yRg sou lesiaAsucil opntsg OE5npal ens cu sazeolJa seplpaui sep Bum ouioo p.inleiallt
elad sepeluode opuas uiva soo1lqgd saie8nt wa a scloosa seu 'solUlolwop sou ouinJ oe sag51itsatl
[e] ouioo as-mliod ap iaAap o uugi 'o)ucllod 'anb
a saluaroed solad ouloo satucpnisa solad olut?l 'solduiaxa ouloo solslA oçs apges ep sleuolsslJOJd
se anb ap elgp! B ie5iolai apod osso uiaieuinJ uigqulcl salut?pulsa se lied olnuilisa un las apod oss!
anb mail?q)e oe lel3 ? sounle sop oç31sod c 'salueuínJ saiossaloid sop olduaaxa oc o)uenÕ .selne
st?u opepioqe ias aAap anb o 'soAlssa.idap1lue ouoo scãoip st?Aou ap osn o a eu1loolu uioo oç31sodai
B ?le oiuauaeqlasuooe salduils o apsap 'eu11001u ç i313u?u1lsqe u iatcquioo ap st?llaupua sesiaAlp çq
anb opeilsoui uial tllnlelallt y eiopeonpa ap laded nas ou cliaAap ouloo opus?nic çlsa oçu apeplmeJ
t? 'oluJ a(l muanJ ap oloJA oe Oluenb sounle sop Oluauielioduloo ou apeplnoeJ ep el3u?nUu! eonod
e it?laAai aoaicd anb o 'opcsino ouc o auioluoo ouasl8eqel ap elougleAaid lolew as-nooyliaA.
.. 'aluaunolialue anb op slBui
opus?uinJ oçlsa sa.iaqlnua se aluauilenic anb ap Ole.f o uivo opiooc ap çlsa opeilnsai asse [66 [ a 986 [
ap saligs seu anb euiioJ t?uisaul ep 'ocas oe otuenb ouaslgeqel ap falou?leAaid ap salucpnlsa se allua
se5uaia:flp wu-miluooua as oyu 'leiam ula OB5elndod ep 'oluelailua 'oliç.nuoo oy t'einluiallt eu solli3sap
opôs uig] ul?quuet sawlluls sopeqoy 8 t'(266 1 uia %tz'çe a 066 [ uua %çe) st?lo]ad ap ]piaã uia ol5etndod
BU anbop(9661 ua %t [ a 166T ula obt't '986t ula%lZ) pulolpaua ap saiucpnlsa se ailuaaouaua waq
? pla anb as-eAiasqo 'selolacl ap ellnpe oç3elndod ep SB UHOD scçougleAaid sesta opueiudulo) ' [66 [
lied 9861 ap opôs elAeq ouuoo eAltcolJlu81s !oJ oçu elougleAaad ep oç3npai t? 966t eicd 166t ap anb
as-ellt?ssai '966 [ eiud 986 [ ap ouisl8eqBt ap seloug]cAaid sep aluaosaioap elougpual ep iesady
epepnisa oç5t?lndod Q olladsai zlp anb ou opnlsa op
apcplAlieluasaidai B atum?ie8 anb o 'oç5alas ap sala op falou?nodo ep aouuqo e znpai soluauiequeduuooe
ágil sou cpelslAaalua OE5elndod pp oç5iodoid cite B anb opplua11es las aAap 'aluauícilauilid
ovssn3sia
oppsino apeplnoeJ ap ouc a apt?p! 'ovas op atuapuadapu!
!oJ uli?quiul t?ossad elmo ap ouuslãcqut oe atuaiJ apni1lp y 'opt?sino oue a apep! 'ocas op dou?nUu!
anal OEU eulolpaLN ap apeplnoeJ eu a el03sE! lelldsoH ou outslãeqei op oç51ilsai ç a sounle sou
sa6puaH atsnqeU e]a]oeig a L4}oH- e]ioM a9i]s9C]
Rede ção Acadêmica: princípios básicos
prevalência, sintomatologia respiratória e relação com o tabagismo dos pais, 1988. J?ev ÁJt4R/GS
1988;32: 15-7.
6. Kirkwoo]d BR. ]n: Esse/7rí(//s ofÀ/ed/ca/ Sfa/fsíícs. London: Blackwell Scientific Publications;
1988. Chip. 13. p. 87-93
7. Menezes AMB. Horta BL, Rosa S. Oliveira FK, Bonnann M. Vício de fumar enü'e estudantes de
Medicina da UFPEL, Brasi]: comparação entre as preva]ências de ] 986 e 1 99 1 . Cad Saúde Púb/íca
1 994; ]0: } 64-70.
8. Menezes AMB, Victora CG, Rigatlo M . Chronic bronchitis and the type of cigarette smoked.//zr J
Epfde/77fo/ 1995;24:95-9.
9. Richmond R. Teaching medical students about tobacco. Thorax 1 999;54:70-8
1 0. Roselnberg J, Perin S. Tabagismo entre estudantes da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba.
Tabagismo nos acadêmicos de medicina e nos médicos. J /'/zela/?zo/ 1 990; 1 6: 1 3-22.
1 1 . U.S. Department of. Health and Human Services. J?edl/cí/zg robacco lrse. a /eporr oÍr/ze SErrge0/7
Ge/ze/a/. Atlanta, Georgia: U.S. Department of Health and Human Services, Centers for Disease
Contro] and Prevention, National Center for Chronic Disease Prevention and Health Promotion,
OfHlce on Smoking and Health; 2000. Chap. 2. p. 36-7.
IA partir do segundo semestre de ] 999 foi incluído no currículo do cuso de medicina de Pelotas,
aula sobre tabagismo
Referências dos exemplos
B#l COGLIATTl-CARVALHO, L.l FREITAS, A. F. N. del ROCHA, C. F. D. da & van SLUYS, M.
(2001) Variação na estrutura e na composição de Bromeliaceae em cinco zonas de restinga
no Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, Macaé, RJ. f?ev/sfa Bus//e/ra de Bo/án/ca,
SP#l MENEZES, A. et al.(2001) Evoluçãotemporal do tabagismo em estudantes de medici-
na, 1 986, 1 991 , 1 996. f?ev/sfa de Saúde Púó//ca, 35 (2).
24(1 )
(666 1.) san61ipoU o(666 1.) o10eiv op sot41eqeil se uuigquuel elas 'oiaugo o a.
sleuu ial lied ooluugpeoe o61ue o opaoaid anb Joeilsqe oe souulia+ai sou 'olnIJdeo olsaN
(t,Z L:Z66 1. 'sopAS 'g ÁallieH) opuei6 ollnuui
g eolç assou eu saQ5e611saAul se uuoo .elp uua. lelsa lied eluoo iep anb souuol slenb sop solxal
ap auun]oA o a]uauu]en]e anb çl e]ouç]ioduu] euuai]xa ap g OB5un+ essa olxal assap opDaluoo
oe opldçi sleui ossaoe euun uiet4uol saiollal se anb opullluuiad 'o6uol slew olxal op saQ5euiio+ul
se oullnsal Joeulsqe o 'osso assaN eoliç)lai oç5ezlue6io ap sool+Joodso saQiped uuoo aluapuod
-apul oiaug6 uin ouuoo uueuoloun+ anb 'sasal 'saQ5euas
-slp 'so61ue 'olduiaxa iod 'ouuoo 'so6uol sleui sooluu9p
-eoe solxal eLlueduiooe Joeulsqe o anb uua elonbe :olau
-g6 ossop oç5eollqnd ap euilo+ elmo çt4 'oluelua ON
assaialul nos ap sot41
-eqeil soe illslsse lied sleuy solad oçieln6 as anb 'o}
-uaAO op saluedlolped se opuelualio ouioo uuaq 'oluaAa
ou epeluasaide pios anb eslnbsad ep opOaluoo o op
-uedloalue çielsa Joeulsqe o 'osso ossaN sopeuoloalas
sot41eqeil sleuiap se sopol op SJoeu;sqe se uivo oiunl
'oluoAa op sõuunsal ap ouiapeg ou no sleuy sou çl
-aoaiede Joeulsqp essa 'ollooe lo+ ot41eqeil nas
opllluiiad seiAeled ap ouulxçui oiauuOu o aluauiledloulid
a eilal ep ot4ueuuel o 'aluo+ e ouuoo 'saiopezlue6io solad
seploalaqelsa oç5eleuiio+ ap seuulou sç e5apaqo anb oliçssaoou g 'osslp uligjy oluaAa op elp ou
OB5ejuosoide ens illslsse e ouioo uliaq 'ot41eqeil nas iellaoe e iollal o .ielslnbuoo. lied solueAalai
eiaplsuoo gooA anb sag5euuio+ul se eL4ualuoo oluauuleai anb a (oluaAa op eiopelleAe OBssjuu
-oo E 'osso assau) iollol o lied oielo ejaisa anb leluauuepun+ g osso iod 'oluaAa ou ot41eqeil nos
A
op OB5e]]aoe e çiapuadap ']eia6 uia 'anb g]oei]sqe assa(] nas o ielAua esloaid
'elougio+uoo no oliçuluuas 'ossai6uoo uuin61e ulla ot41eqeil nos ieluasaide ionb
gooA anb zaA epol anb çl 'uuls aluaulijoAeAoid doeulsqp aiqos iele+ mano çl goo
qos
sa6puaH alsnqeU elaloeig a ylou-eiioH agils90
loellsqV
Redação Acadêmica: princípiosbásicos
7.1 Conceito: O que é o aós/racf?
O aósfracf é um texto breve que encapsula a essência do artigo que precede
7.2 Objetivo: Para que escrever um abs//'ací?
Especificamente no caso do artigo acadêmico, o aósfracftem o objetivo de sumarizar, indi-
car e predizer, em um parágrafo curto, o conteúdo e a estrutura do texto integral que segue.
Funcionando como uma fonte de informação precisa e completa, al)sfracfs ajudam os pesquisa-
dores a ter acesso rápido e eficiente ao crescente volume de publicações científicas (Graetz
1 985:1 231 Salager-Meyer 1 990:366).
7.3 Função: Qua] o papel social do absf/acf na disciplina?
.4ósfracfssão usados para persuadir o leitor a continuar a ler o texto integral, para conven
cer o leitor de que o artigo que segue é interessante e que os resultados são relevantes.
7.4 Organização retórica:
Qual é a estrutura textual básica do aós/racf?
Similar a do artigo acadêmico. Conforme já foi dito, o aósfracf reflete o conteúdo e a estrutu-
ra do trabalho que resume. Assim, considerando que o artigo acadêmico pode ser de revisão da
literatura ou experimental, o aósfracf que o precede também poderá apresentar essas duas for-
mas de organização retórica da informação.
O aósfracfque acompanha o artigo de revisão da literatura apresentará uma natureza teóri-
ca,trazendo os argumentos centrais da discussão feita no artigo. Vejamos o Exemplo 7.1 :
Exemplo 7.1
L#l
Questões
centrais
discutidas
no artigo
Fêflexõéé;õilítiéâs sabre
os estudos teóricos e aplicados de terminologia. Caracteriza:se a pas-
sagem do paradigma normativo, fundador da teoria clássica da termi-
nologia, para o enfoque pragmático-comunicacional das linguagens
especializadas, identificando-se os principais pontos discutidos pelo
percurso revisionista. Destacam-se ainda os fundamentos e as propo-
sições para o estabelecimento de uma nova teoria da terminologia arti-
culada à luz do funcionamento da linguagem. Com isso, abre-se a pers-
pectiva para o tratamento textual e discursivo dos termos técnico-cien-
tíficos, com importantes implicações para a produção de obras de refe-
rência temáticas
M.o panorama atual das
Objetivo
eo[[nguauuioH e16o]ouauuoua]
ep ::: : oluezlleuuol ::quua6epioqe
:. ,.: opun6as ?;;:$$ sepeslleue
a selliosueil ;'olpnç wa sepeAei
meiiõi esan6nuod en6ull oiqos
se)laouoo snas êp oligpadaEJ op
seael/y çuuoo sapeplAlle.: a ?oapJA
uuo sepeAeib welo+ selne sons
se16o6epad
sons uuela+e selioal slel ouuoo
leal liam a ogiped-oçu uua6en6ull
oiqos seiossa+oid sep sellollduul
selioal se aiqos ieiopuo(
o lessaoe uieioJ soAllalqo snaH
uua6en6ull
ç%. $:!: eolIJiO:.: : ":. YapeplllqlsuoS
a(>: iopeuuio+sueilã ouuisllelalelp
-18 'saiossa+oid op OB5eonp3 eu
seAlloadsiad ap oç5euuio+suei.L
'sleossadÊ ::" . .': : solnilsuoC)
sop ;i E16oloolsd : eu::. eseqwa
as opnlso:l nauu :: 'aiuouueolioal
sounle&} Asnos ;:? ap@@loBipe
-ogu seollsJObull . saQõelieA& sç
ÕQSeloi uua uuazeil esanbnuo
enbull op selossa+olc] ;€1;senp
onb saluezlleuutillsa seAl+oaclsiai
sep eleil;:loL41eqeilã aluada.td O
lot41eqeil ou sopesn/soplAloAua soiuauilpoooid se
ie[uosaide o aAaiq los OAO(]. sep]A]oAuo soQ51i]sai
a ãllepelope .::: e16olopolauui : 'sopep á 'oluouieieil
'e]ou96uelqe e au]+o(] - oaolglm op oç51iosaCj"(o
lelAgid eslnbsad ep oia+lp ot41eqeil o ouioo
opuaoolaqelsa 'eslnbsad ep OAttajqo o eluasaide
a eol+llsnÍ' - O/\llar80 op oluouuloalaqels3 (q
lolnIJI o ieolldxa OAap a 'osal e 'lolne
op OB5uo]u] e ]n]ou] - vw3180ud op oç51u]+o(] (e
apuoaiduuoo oollçid ialçieo ap eslnbsad euin onb soluauioui saluaio+lp solad opep g saQ5eui
-io+ul sep uuapio e 'leluauuliadxa o611ie o et4ueduiooe anb 'leluouuliodxa;oeulsqp op osso ON
o61Ue OP OJI
-uap OBiaoaiede anb uia uliapio e elas 'leiam uia 'Joeulsqp ou sepeluasaide oçs saQlsanb sessa
anb uuo uliapio e onb ieoelsap aluessaialul 3 ..sool+Jluolo-ooluogl souuial sop OAjsinoslp a lenlxal
oluauueleil o lied eAlloadsiod e,, o ..e16oloulwial ep elioal eAou euun ap oluouiloolaqelsa o lied
saQ51sodoid se a soluauuepun+ se,, l..sepezlleloadsa sua6en6ull sep leuoloeolunuioo-oollçuu6eid
anbo+ua o lied '( ) OAjjeuiiou eui61peied op uia6essed e,, :o61ue ou sepepioqe OBios anb seo
-ligam saQlsanb sledloulid se eolpul Joeulsqp o 'ot41eqeil op OAjtajqo o opeluosoide zaA ruir
einleialll ep OBsjAoi ap las
iod ezlialoeieo o anb o 'oollçid ogu a ooligial oueld uun uia opezlleai Pias anb eolpul ossl OBS
-snoslp euin a seolIJio saç?xal+ai sessa uuaze+ anb sopnlsa ap ool+çi6ollqlq-ooligal oluauuelueAal
wn uuo olslsuoo aluauiloAleAoid ot41eqeil o anb eolpul '..e16olouluiial ap sopeollde o sooligal sop
-nlsa se aiqos seollli saQxal+ai sep leme euieioued o ienlls,, op OAjlojqo o 'JoeulsqP assaN
sa6puaH a]snqeU p]a]oeig a fiou- e]ioH agi]s?(]
96 Redação Acadêmica: princípios básicos
d) Apresentação dos RESULTADOS - Sumariza os
resultados e engloba a maior porção do abstract.
Uma vez que esse é o trecho de maior importância,
já que veicula as inovações para a área, deveria
também ser a porção mais detalhada do abstracta
O estudo mostra qye as ,teorias
implícitas das} duas : professoras
sobre;á'l: variação +lg li agüística
definem 1 11%ãl: suas' i8@: postu ras
pedagógicas com base no déficit
[ingt[ístico e na gramática. ]]a]g
posturas eetãQ ,l em : : constante
tensão com a:experiência vivida
dos professores no campo da
linguagem e da pedagogia, com
as - restrições das jjinstituições
escolares e com falhas de suas
e)'* Indicação da; CONCLUSÃO} -q Impli(cações,
inferências,ç...: importânciaã$ e :Ü interpretação;ã dos
resultados; conclusões.
A ordem dessas informações é que indica a estrutura retórica do aósfracf, a qual pode variar
de um exemplar a outro.
Mais detalhadamente, Motta-Roth e Hendges (1996), baseadas em uma análise de 60
aóslracfs, reelaboraram um modelo proposto por Bittencourt (1 995:485)
MOVIMENTO l
Sub-função l A
Sub-função l B
Sub-função 2A
Sub-função 2B
Sub-função 2C
Sub-função 2D
SITUAR A PESQUISA
Estabelecer interesse profissional no tópico ou
Fazer generalizações do tópico e/ou
Citar pesquisas prévias ou
Estender pesquisas prévias ou
Contra-argumentar pesquisas prévias ou
Indicar lacunas em pesquisas prévias
MOVIMENTO 2 APRESENTAR A PESQUISA
Sub-função IA - Indicar as principais características
Sub-função l B - Apresentar os principais objetivos
Sub-função 2 - Levantar hipóteses
ou
e/ou
MOVIMENTO 3 DESCREVER A METODOLOGIA
MOVIMENTO 4 SUMARIZAR OS RESULTADOS
MOVIMENTO 5 DISCUTIR A PESQUISA
Sub-função 1 - Elaborar conclusões
Sub-função 2 - Recomendar futuras aplicações
e/ou
Figura [ Ree[abot'ação do modelo de BiuencouH (]99S:485) proposta pol' Morta-Rota e Hendges (]996:68)
[paooid op ]..set411i] ap un1 8'ZZ opuez]]e]o] 'o]ned oçS ap ope]s] 'olaid oçi]aq]U ap oç16ai ep
eAlsualul einllnoli6e ap euoz eu opezlleool ealç ap eq oç 1. ap Boião uioo enpJoap luvas ell+gsauu
eleuu op oluouu6ei+ uun,, opnlsa ap olajqo op oç51ul+op e 'oldwaxa iod 'e16olopolow eN (saseyqd
/eo/xa/) soAlsinoslpelauu saiopeoieui ap sgAeile selsld seuin61e uueiexlap saiolne se onbiod
OBssnosl(] a sopellnsaU 'e16olopolal/\l ap saQ5os se leal lluopl laAJssod lo+JoeulsqP assaN
sepelosl saQ5elndod ap eo
llgua6 apOes a oç5eoolsueil 'oç5npoilulai ap solajoid ouuoo 'sozeid o6uol
:g olpguu E salogdsa ap og5eAiasaid ç sopeuoloelai sopnlsa ap OB5ezlleai e
-lied el9uçuoauul opueiD ap g soluauu6ei+ sassap OB5emasaid e 'soollslune+
.boloadse sop uuglv ieoD5e-ap-euro EP einllnoououu elad aluauueAls
-nloxa onb asenb epeuluuop oç16ai euun uua eAlleu eune} ap so160+ai uueluas
andai auod alsap slelsaiol+ soluauu6ei+ anD uueilsuouuap sopellnsai SO
(0301 solseqduueU) n5nueon+ o o (eleqosouu eulileO) oleuu-op-oled o
ouuoo 'oç16ai eu selel opueuio+ os Obesa onb salogdsa seuun61e 'oluelua ou
'sepewil+uoo weioJ eleuu ap sepioq no sepaqe sealç ap seoldj} slenb sep
e[io[euu e 'sa]ogdsa 6t, sepeiíigi6a]meiiõi 'eune+]Ae ç oç5e]oi uu] 'opnlsa ap
o+uauu6ei+ ou seieuulid sassap sleuoloelndod sapeplsuap selle OPtíeaÍFüí
elou90Dai e lnuu uuoo sopeiluooua uuelo+ (elellloluad xliqlllleC)) olaid-o+nl-op-!odes o a (ellade snqaC)) o6aid-ooeoeuu o (sllepied snpiedoa'l) eolitten6eF
e a (sninÁt4oeiq uoÁoosüqO) çien6-oqol o '(iol03uoo euund) epied-e5uo t4. sope+lnsaU
ouuoo 'oç16ai pu selel no sepe5eauue sologdsa opulnloul '(soiojj uueuu souanb
-ad e soioldgilnb olooXa)... soia+Juieuu. ap .salogdsa 0Z ?epeuull+uoo .ueiaJ
oçssnoslC]
e16olopolayN
L#8
aZ o]duuax]
aZ olduuox3 op asllgue e doA 'Joeulsqe ou uuao
acedeola 'e16olopolaui 'soAttajqosaQ5euliio+ul ap sodll saluaio+lp sassa ouuoo ieilsnll lied
aluapuodsaiioo o61ue op oç5ezlue6io e illal+ai aAap euuloe seinlnilsa sep euin ianblenO
saQ5eollde 9
sog/oçsnlouoo ç lsopellnsai sop apeplleA t' lsopellnsai 8 lopolgui Z lsoAttajqo (o
epule no lsopellnsai c lopolgui Z lsoAttajqo (q
no lsag/oçsnlouoo ç lsopellnsai t, lopolguu c lelouçuoduil a lsoAltajqo (e
OBS slaAJssod saQ5elieA seuin61e '(ga l.:ç96 1.) zlaeig opun6aS
26sa6puoH alsnqeU elaloeig a qloU- el+oH aç)ilsgQ
Redação Acadêmica: princípios básicos
mento usado - "censos em trilhas"l e do período em que a coleta do material foi realizada -
"durante seis dias", "27,8 horas de observação" são informações típicas, ou seja, como, onde,
quando, quem e/ou o que são todas informações que fazem parte da Metodologia do estudo.
Os resultados podem ser identificados por meio dos marcadores "foram confirmadas 20
espécies de mamíferos", "em relação à avifauna, foram registradas 49 espécies", " foram encon-
trados com muita freqüência", "foram confirmadas, no entanto, algumas espécies que estão se
tornando raras na região", uma vez que o trabalho se propõe a fazer "um levantamento da fauna
de maré'íferos e aves". Nesse caso, os números 20, relacionado a mamíferos, e 49, referente às
espécies de aves, são os resultados desse levantamento, indicando que o mesmo já foi feito.
Além disso, verbos como encontrar e confirmar também são típicos da seção de Resultados
do aósfracf(e, conseqüentemente, do artigo), especialmente quando aparecem conjugados no
pretérito, apontando para uma etapa da pesquisa que já foi concluída.
A discussão pode ser determinada pelas expressões "os resultados demonstram" e "é de
grande importância", uma vez que ambas indicam interpretações e conclusões elaboradas a
partir dos números obtidos no levantamento dos resultados.
Na redação do seu al)sfracf, é importante que você também deixeessas pistas para seu
leitor, usando itens lexicais que caracterizam as diferentes informações do seu texto, que repre-
sentam as diferentes seções do artigo. Dessa forma, seu texto ficará mais claro e o leitor poderá
encontrar a informação que deseja mais facilmente, guiado pelas marcas que você deixou.
Em áreas como a Medicina, essas diferentes informações são indicadas por meio de subtí-
tulos, como mostra o Exemplo 7.3
Exemplo 7.3
OBJETIVOS: O objetivo deste estudo foi identificar variáveis que facilitam o
apat'ecimento de complicação pulmonar pós-operatória (CPP) nos pacien-
tes submetidos às cirurgias eletivas de tórax e abdómen alto. MÉTODOS:
Foram estudados 297 pacientes, avaliados e estratificados em baixo, mo-
derado e alto risco para desenvolvimento de CPP através da escala PORT.
idealizada por Torrington & Henderson ( 1988). Todos os pacientes foram
acompanhados por 72 horas no pós-operatório imediato. Foram considera-
das como CPP: atelectasia com repercussão clínica ou radiológica, pneu-
monia, traqueobronquite, broncoespasmo, intubação e/ou ventilação mecâ-
nica prolongada. Através da análise univariada, estudamos as seguintes
variáveis independentes: idade, grau nutricional {índice de massa corpórea -
IMC), sintomas respiratórios, doença respiratória, tabagismo, espirometria
e tempo cirúrgico. Posteriormente submetemos tais variáveis à análise de
regressão logística multivariada para avaliar a relação entre as variáveis in-
dependentes com a dependente e a chance de CPP. RESULTADOS: A inci-
dência de CPP observada foi de 1 2,1 %. Para análise estatística utilizou-se a
análise univariada e posteriormente a regressão logística multivariada. Os
resultados informam através da razão de chances (odes ratio-oÕ a partici-
Dacão das variáve s independentes entre si soblg q dependente (complicou/
M#l
Á ç-as/souua/]aieu]uuexa ep]n6as ui] x ç-as/souia/laieslleue 'ie6nl oilauilid ui3 - op0191/\l (o
x alnoslp o611ie als3 lx selliosap ogs/sepeluasaide OQS ot41eqeil
a[saN x eio]dxa OL41eqei] a]s] lx aiqos saQlsanb illnoslp ap eAllelual euun g ot41eqeil oluasaid O
[x oiqos es]nbsad euun e]e]ai o61ue o]s] lx as-o/soulia/opua]aid ot41eqeil alsaN - OAjjalqo (q
IÁ e ello+e ielsa aoaied et41e+ e a x g o61ue alsap eolseq
essluiaid ewR IÁ e aulaouoo onb ou op16ulle lo+ osuasuoo uunt4uau oluelailua 'x op opnlsa ou
OB5eoj+lsualul eAlleol+lu61s euun axnol} sou epeogp euu]110 essa lz e oplAap lloJ+lP g oçlsanb essa
oluelailua 'Á iaqes souiaAap 'x ap se/iopeslnbsad/uo]ni]su]/iossa+oid o]uenbu] lx anb uiellpaioe
se/iopeslnbsad se/ollnU\l IÁ uieolpul x uua saluaoai saQ5eioldx3 - euualqoid op oç51ul+aQ(e
SJoeu/sqp ulla sop
-eiluoouo aluouunuuoo 'sool+Joadsa soAlsinoslpelauu saiopeoieuli çt4 oç5euliio+ul ePeo eles
IgpCd 'evolua/\) soAllauoo a seoliç)+eue selougia+oi ap oplznpai osR a
(ÇZ l.:ç96 1 'zlaeig) soqlelop ap ossaoxa 'saQ5eilsnll 'soAlleliadns 'som
-uuaxa ouuoo slel selouçpunpoi opuellAa 'se6uol se5uoluas uioo eoluiQuooo ulia6en6ull
soloquils 'saQ6iel 'saQ5elAaiqe uuas 'seAlleuiil+e se5ualuaS
eAISSed
zoA 'ieln6uls op eossad eilaoial 'oAlleolpul op aluasaid o olla+iad olliglaid ou soqia/\ H
oçs JoeulsqP op sleia6 seollslialoeieo seuun61y
/aoJ/sqp op sm!)SID8u11 stn!)Saia)at3ie) S'Z,
oioug6 assa uiezlialoeieo anb saiopeoieuu sossap sun61e souieluasaide 'iln6as y
ioeJlsqe OI
-oug6 o uuezlialoeieo anb soAlsinoslpelaui saiopeoieui se lesn alueuoduul g oolpguu olxaluoo ou
ouisauu lenb elod oçzel 'sealç seilno ap saielduiaxa se onb slaAJ6al sleuu eulolpol/N ap SJoeiisqe
se euiol oiduuas uiau eollslialoeieo essa '(2661.) papÁS 'g ÁalueH opun6as 'oluelua ON
oo16JDJlo
oduuat o ouus16eqel 'gml 'ouusedsaoouoiq :uuelo+ sepeiluooua slaAçlleA se
xeig} ap se16inilo seN oo16igilo oduual o ouus16eqel loml 'eoloÇJol e16inilo
elaieuue OB5eioloadxo uuoo assou :uuelo} olle uouugpqe a xeigl ap se16inilo
lado-gid oosli op sloAÇlJeA seu ddO ap aouet4o e uueleluauune onb seligle
a (t,0' 1.=UO) ouusl6eq .zoo' L=u0) oo16Jttllo oduuol sv ::sagsnaONOO
IZg =UO) ouusedsaoouoiq :uueioJ slaAçlieA el op oduua} :(ç 1. L =uO) Onll
se 'eolopiol e16inilo e aluauuos opueioplsuoo eol+s}6ol OBssaJ6aJ eP asllçue
eP OB5eollde eN '(200 LgUO) oo16igilo oduua} a (eo t.=uo) ouus16eqel OP
oduual :(CI. l.=UO) Om1 :(6z=uo) leuluuopqe e oç5elai uuo eoloçio} e16inilo
e :(86 =UO) elaiewe OB5eioloadxa uuoo assai :uuelo+ sepeiluooua slaAçli
sa6puaH a]snqeU ]a]oeig a fiou-eiioM a9i]s9(]
100 Redação Acadêmica: princípios básicos
Finalmente, considerarei/emos/se-á zl X é examinado em relação a y.
d) Resultados - Os resultados da pesquisa incluem indicações de x.
e) Conclusão - As conclusões alcançadas referem-se a xl O trabalho argumenta que x.
Outros marcadores metadiscursivos do aZ)sfracf podem ser encontrados nas unidades ante-
riores, específicas sobre cada uma das seções do artigo acadêmico experimental.
Agora, para que você coloque em prática o que vimos nesta unidade, apresentamos alguns
exercícios sobre o gênero aZ)sfracf.
Sugestão de atividades
1 . Compare exemplares de aósfracls, tentando definir a macroestrutura do gênero.
2. Identifique os marcadores metadiscursivos em um aósfracf. Tente definir estágios no tex-
10
a) definir as seçõesl
b) relacionar as seções do artigo/da dissertação às partes do aósfracf;
c) usar o aósfracf para elaborar um esquema do artigo/da dissertaçãol
d) encontrar as partes do aósfracfque podem servir de resposta para as seguintes questões
(conforme já descrito no Capítulo l):
1. Por que o estudo foi realizado?
2. Como o estudo foi realizado?
3. Quais os resultados obtidos?
4. Qual a significação desses resultados para a área?
3. Tente reorganizar o al)sfracf B#2de forma a constituir um texto coerente e coeso, com
base nas informações que você tem sobre o gênero, sua estrutura, marcadores lingüísticos, etc.
(1) Foco do estudo
(2) Método
(3) Resultados
(4) Conclusão
'eo/t/glog ap eu/a//seja PJS/nat/ í'U 'geoel/\l 'eqlleqniní' ap e6ullsoU ep leuoloeN onbied ou
e6ullsai ap seuoz ooulo uua aeaoellauuoi8 ap oç51soduuoo eu a einlnilsa eu oç5elie/\( l.ooa)
m 'S,\n]S ueA '9 V(] 'C] 'J '0 'VH00U l3C] 'N 'J 'V 'SV]13UJ I'1 '0H]V/\UV0-1.LIVllE)00 Z#8
(z)z.y 'eilallsei8 eolpgH oç5e
-/oossy ep els/aaU oligleiado-gid oosli ap seolullo slaAçlie/\ l 'm08myz '9 8 v l 'cjvvs l.#m
(Z) 09 'e/õo/o/8 ap eu/a//seja els/noU eAlsualul einllnoli6e ap oç16
-ai uua eAlleu eleuu ap oluauli6ei+ uun ap elsluoloemasuoo fole/\ (oooz) g v 'OllgUVIHO l.#8
( 1.) p 1. 'Ua7Ja oliPed-oBN seollsjo6ul'l saQ5 liga aiqos saiossa+oid ap solelaU y í' 'Sallgl a#l
(a)g[. 'wq1.3C7 epe]]s]Aai e16o]ou]uuia] (Oooz) g ]/\] 'U]931u>1 1.#]
(L)PZ
solduüaxa sop st?!au?ialall
elouçpunqe ap saQ51nqlilslp
saluaia+lp uuoo salogdsa ap ielnollied olunjuoo uun opulnssod euoz epeo
uuoo 'sepepnlsa seuoz se oiluo aluauuauo+ uuelieA eqlleqninÍ' ap e6ullsai
ep aeooellauuoi8 ap oç51soduuoo e a einlnilsa e anb souulnlouoO
epepunu[ a]uauueo]po]iod e]euu a(]yy) eaoço]ia ap euaqe eA]]snqie '(Oyy)
elsnlC) ap euaqe eAllsnqie '(ddJ eleid-sgd epeu4oa+ '(EIHd) alueldoi ell+ç)leq
ell+guuesd :oç5ela6aA ap seuoz saluaia+lp ooulo seu 'Í'u 'qeo?l«..:gg.lleclQinÍ'
ap e6u]]saU ep ]euo]oeN onbied op seaoç]]auuoiq se souuepn]s]
(l.Jm)
alogdsa iod sonpJAlpul 0 1.SeA
ou epemasai en6g ap auinloA o as-opulpaw sepeuul+sa uuelo+ sellguuoiq
sep esseuuolq e a epeuazeuuie enoç ap apepll
e a alogdsa epeo ap elouçp
ePeo (uu 0L X 0L) Zuu 00L
)d se119 a e6u
iba luoz se ailua salogdsa ap apeplielluul uenb
esseuuolq 'apeplsuap 'elouçpunqe apepl
(%6'gg) 3yy a Oyy ailuo nol
-lobo apepliellwls ioleuu y:euoz elsap eAlsnloxa opuas 'o+uepunqe sleuu e loJ
e[[o+[[[auuoiq eauut4oay Í]dm eN l( ].-et4] 8't'6aC) se]]guioiq ap io]ia]u] ou epeA
-basal en6ç ap apeplluehb aHgêZ'0) apeplllqellnba '(89c'a = .H) apeplsiaAlp
'( L-eLlpul gaze L) lelol apeplsuap ioleuu e nolioao 'ayy eN ( l.-et46)l ç'998 1.)
esseuuolq ioleuu uuoo a aluepunqe sleuu ê; êt4iüêóêli:liê;iãilouuoi8 opuas '(L
et46)l Z' l.ZZZ) lelo} esseuuolq ioleuu e nallooo 'ddJ eNlellguuoiq ap alogd
sa euunL4uau noliooo oçu 'UHd euoz eN: L-eqpul 9880 L ap epeuullsa lelo}
apep[suap uuõ5%diiêtãhlríi;ãii'ê6üliêãJ'nu sa]ogdsa o L souei]uoou]
Z#8 o]duuax]
[01sa6puaH aHsnqeU e]a]oeig a fiou-e]ioH agilsgC]
102
ARAUJO, A. D. de. (1999) Uma análise da organização discursiva de resumos na área de
Educação. Revista do GELNE - Grupo de Estugos LingClísticos do Nordeste, l.\ ):26-30.
BARKS, D. (1993) Course on acedem/c wdf/r7g //. Ann Arbor, Ml: English Language Institute,
University of Michigan.
BITTENCOURT, M. (1 995) 4cadem/c al)sfrncfs. a genro ana/ys/s. Dissertação de Mestrado.
Florianópolís: PGI/Universidade Federal de Santa Catarina
BRETT, P. (1 994) A genre analysis of the results section of Sociology articles. Ehg//sh íor Spec//fc
Purposes, 13(1):47-59.
:...CORE)E\RO, t). (q 999) Ciência, pesquisa e trabalho científico: uma abordagem metodológica -
Cadernos D/dãf/cos, n. 7. 2'. ed. Goiânia: Ed. UCG.
CHEN, C-C. (1 976) B/omed/ca/, sc/enf//fc & fecho/ca/ t)ook rev/en'/ng. Metuchen, NJ:
Scarecrow.
DAY, R. A. (1 988) f/on' fo wdfe andpuó//sh a sc/enf//fcpaper. Phoenix, New York: Orynx Press.
GARFIELD, E.(1989a) SSCI Journal citation reports: A bibliometric analysis of social science
Journals in the ISl® Data Base. Soc/a/ Sc/er?ces (;/fal/on /ndex 7988.4nnua/. Vo1. 6. Philadelphia:
Institute for Scientlfic Information
GARFIELD, E.(1 989b) SCI Journal citation reports: A bibliometric analysis of science journals in
the ISl® Data Base. Sc/ente C/faf/on /ndex 7988 .4nnua/. Vo1. 1 9. Philadelphia: Institute for
Scientific Information.
GARE\EL.t), E. (\ 986'l Social scíences citation index 1986. An ínternational multídisciplinary
index to the literature of the social, behavíoral, and related scíences. Par\ 7. Ph\\ade\ph\a:
Institute for Scientific Information
GRAETZ, N.(1 985) Teaching EFL students to extract structural information from abstract. In: J.
M. Ulijn and A. K. Pugh. f?ead/ng íorprofess/ona/purposes. Leuven: ACCO, p. 1 23-35.
HARTLEY, J. & M. SYDES.(1 997) Are structured abstracts easierto read than traditional ones?
Journal of Research in Reading, 20(2):\ 22-\ 36.
\.HENDGES, G. R. (2001 ) A/ou'os contextos, novos géneros: a senão de rev/são da //ferafura em
arf/gos académ/cos e/efrõn/cos. Dissertação de mestrado. Santa Mana: Mestrado em Letras/
Universidade Federal de Santa Mana.
O foco desta dissertação é o artigo acadêmico eletrõnico de dois contextos disciplinares
Economia e Lingt)ística. A análise busca verificar o que se apresenta como característica
nova nesse gênero emergente, em relação ao que tem sido apontado pela literatura sobre o
artigo acadêmico impresso. Para tanto, focaliza a seção de Revisão da literatura, com o
intuito de verificar como se dá a referência no meio eletrõnico. Dentre os resultados, destaca-
se o uso do hyperlink nos exemplares eletrõnicos, uma vez que esse recurso implementa a
interação entre o leitor e o autor citado no texto. Os hyperlinks materializam a referência,
possibilitando que o leitor tenha acesso direto à fonte citada, podendo ele mesmo verificar as
informações que deseja no texto.
ssaid ÁllsiaAluR pio+xo
pio+xO 6u/t/opas aõpn6ue/ pc/p saseiqd/eo/xa-7 (366 L) OC)]UUYC)aQ S í' 'g U r 'U]E)NlllvN
- 1.)8 1. 'seula7 a sapo' ap oiluaO op e/s/naU eolwjnb a eollsJO6ull 'eluuouooa uua (SJoeilsqe)
soo[wgpeoe souunsa[ op oioug6 ap as]]çue euro (966 1.) SãgC]N3H u g '9 c] 'H.LOU-V].LOm
dS-Ond ']]y] :olned oçS çc-zz l.:z
'o/qwgoia;u/ eoluugpeoe et4uasoi oiaug6 o aiqos saiollpa ap oçslA v (866 1.) a 'H.LOU-V.LIOI/N
-€1.t,]. NSS] dSOnd '']ay] :olned oçS CI.g-86z:(a)g 'o/qwgoialu/ eluuouooa o eoluujnb
'eollsJ06ull uua seoluugpeoe sequasai ulla eolIJio a o16olo ap souuial (266 1.) a 'H.LOu-VllOm
ds-ond 'lludaC) :olned oçS 1.81.-66:(z)zl. 'JS//e/oadS.3 aql eluiapeoe ul
snalAai )looq JO Ápnls poseq-oiua6 y :aulldloslp luaiaHlp 'aiuo6 QuIloS(966 1.) a 'H.LOU-V.uonl
06-CÇ:(Z
ealç epeo uua opezlioleA g anb opequosai oiAll o aiqos OQ5euuio+ul ap odll oe olladsai
z[p apep]]]qe]ieA essa sepepn]sa seolç sgi] sep euun epeo ap ieu]]d]os]p ein]]no ç olauual
sou anb solxol sassau apeplllqelieA euun epeloalap g 'opel oilno iod oiauQ6 ouisauu u.In ap
saielduuaxo ouoo uueol+lluapl se anb soluaio+lp seulldloslp ágil uia seplznpoid seyuasai uua
saluaiiooai seollsjioloeieo uueluode sopellnsai SO oiaug6 ouusouu uun uua saluaislxa-oo sew
seo[ug6e[ue a]uouuoiuaiede sag]sanb senp ei]sow opn]sa O eo]uujnb a eo]]s]r]6u]] 'e]uuouooa
ap sealç seu sequasai ap oç5euuio+ul ep ein+nilsa ep o ezainleu ep apeplllqelieA e o lenlxa}
oç5ezlue6io ep apef lol+euualsls e eioldxo opnlsa O eoluu?pede et4uasai oiaug6 o aiqos
ue61qo[H ap apep]slaA]un eu ep]A]oAuosap es]nbsad euun op o]ni+ g opeio]nop ap asar e]s]
eu[ie[eO e]ueS op ]eiapaJ apep]siaA]un/s916u] uua oç5enpeig-sç)d ap euuei6oid :s]]odgue]io]]
op lo\naQ op asa.L soluuouooa pue 'Áiisluuayo 'solisln6ull ul snalAai )looq oluiapeoe
+o Ápnls paseq-oiua6 y :soinllno Áieulldloslp pue sainiea+ leoliolatlu (s66 L'l a ' F\.Lou-'v.LI.om
olxal ou oç5euuio+ul ep oç5eiadnoai a elougia al 'oç51paid 'og5ezlue6io ap soluauuala
ouuoo uueuoloun+ anb 'sleolxal saiopezlleuls 'ouuoo seol+Joadso sleuu saQlsanb gle '(a9lig
ap seinleollduul o og5eiadooo ap oleiluoo o a seolsçq slenlxal seinlnalsa opulnloul) osinoslp
a olxa+ 'uua6en6ull aiqos saQlsanb apsap uuaiqoo 'saued ágil wa soplplAlp 'solnIJdeo aAON
leloos eollçid ouuoo uua6en6ull aqaouoo anb eoliga} Alloadsiad e qos 'solxal ap og5daooi
a og5npoid ep Boiado solxal uuoo uueioqeloo saiolne elos sleuu 'saiopezlue6io sop uigly
mSIÍI eP
e[o]!p3 :elJeH e]ues 'opõez7/enixai ap soJ;awgyeci (266 L) 'a 'n]ou-v].]om '9 '] 'r 'u3Hnam
o6eolt40 +o ÁllsiaAluR at4.L :o6eolt40 uo/Jn/onoi o/y/;ua/os;loaunlor7ils aqu (oz6 1. [a96 i.]) S ] 'NHn>]
SSOJd UISU03SI/\A +0 ÁIISJaAIUn
aq.L duos\pBW saoua]os ueuunt4 aq} +o o]io]oyi aq.L (spa) À3ySO]OOH N c] '9 1119]nl
y ' S r 'NOS13N :ul leuollei aJaM loalqns ilay} pue slsluuouooa +l sv (z.86 L'l 'v ' u3wvlM
g LZ- 1.6 Ld o6pa]]noU :uopuo] sisa/eup Jxai uaii/iM u/ saque,ql)y (po) pietlllnoO l/\l
u[ osinoos]p o]uuapeoe ua]]]in +o a]dulies e u] uo]]ez]ue6io pue uo]]en]eA](t,66 1.) S 'NO1SNnH
IZ l.-C l. l. :(Z)Z 'sasodund o#/oadS }oy qs//õu.3 suolleuasslp pue salolue ul
suo[[oos uo]ssnos]p at41 +o uo]]e611saAu] paseq-oiua6 y (g96 1.) 1 'SNV/\3-).31(]nc] '9 v 'SN])]dOH
'Z88- La8:(t,)91.
'sasodun.J o#/oadS ioy qs//õu.3 sau]]d]os]p aait41 u] suo]]oas uo]ssnos]C] alolue t4oieasai
+o ainlonils atll JO uolle611saAul ue :saoualoS lelooS at41 pue 'slsÁleue aiuag(266L) U 'SgmlOH
Zt,-88C:(8)g 1. q/ual/en0 70S.3.1 'siaded t4oieasai-leluauuliadxa
a[[in pue peai o] s]uapn]s ]S] 6u]qoea] (z96 1.) .LS3M >1 g 'g vs13ddos J 8 's s '']]IH
C8-gZ:(Z)C 'sev;a7 o sapo ap oiluaO op els/naU - opssaidx3 .alouu sueauu ssal
uat4/\A, :soo]ugi]a]o so611ie uua oç5e]]o ap saQiped (oooa) H.LOU-V]]Oy\] (] 'g u 9 's39(INaH.
SSaJdJ
80 Lsa6puaH alsnqeU elaloeig a q+oU- eiloHI agilsgQ
704 Redação Académica: princípios básicos
NUNAN, D. (1 992) f?esearch mefhods /r? /anguage /earn/r7g. Gambridge: Cambridge University
POPPER, K. R. (1 959) The /og/c ofsc/enf/#c d/scol/e/y London, New York: Routledge.
PURDUE UNIVERSI'TY ONLINE WRITINGLAB.. htto://owl.enalish.üurdue.edu/Files/94.html
RODRIGUES, B. B. (1 999) Organização retórica de resumos de dissertações. f?ev/sfa do GEL/VE
Grupo de Estudos LingtJístícos do Nordeste, (\ ):31 -37
S\LNA., \... da. l.q 999) Uma análise de gênero da discussão de resultados em artigos científicos.
Dissertação de Mestrado. Santa Mana: Mestrado em Letras/Universidade Federal de Santa
Pressr
Mana
Esta dissertação de mestrado traz uma discussão sobre o género artigo acadêmico e
explora a natureza e a estrutura da informação em artigos na área de química. O estudo
tenta mostrar marcas de avaliação subjetiva do pesquisador em um gênero que, normalmente,
é considerado como tendo um cunho essencialmente 'objetivo' e 'científico', condições
essas consideradas destitu idas de subjetividade.
SWALES, J. M. (1 990) Genro 4na/ys/s; Eng//sh /n acedem/c and research self/ngs. Cambridge:
Cambridge University Press.
SWALES, J. M. & C. B. FEAK. (1 994) 4cadem/c n'df/ng íorgraduafe sfudenfs. Ann Arbor, Ml: The
University of Michigan Press.
Este livro, produzido na Universidade de Michigan, por John Swales, uma das maiores autoridades
em ensino de Inglês para Fins Acadêmicos, e sua colega Christine Feak, foi elaborado para
alunos de pós-graduação.O livro traz tarefas que buscam auxiliar o leitor a desenvolver habilidades
de redação acadêmica, descrevendo diferentes passos do processo de escritura de um artigo
para publicação. Vários exemplos de textos são analisados detalhadamente para demonstrar
como diferentes maneiras de elaborar a mesma idéía produzem diferentes efeitos.
THOMAS, S. & HAWES, T. (1 994) Reporting verba in medical journal articles. Ehg//sh forSX)ec/#c
F'urposes, 13 (1): 129 -148.
Universidade Fed
0388021 8
; }f1l ,/
Digitalizado_11142018_122544
Escrita Academica
Parte 01
Parte 02
Parte 03
Parte 04
Parte 05
Parte 06