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Redação acadêmica

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Redação
Désirée Motta-Roth (Org.)
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9
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Laboratório de Leitura e Relação
soolsçq soldJoulld
OÇ5ePaU
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
Revisão de texto
Capa e programação visual
Acad. Patrícia Marcuzzo(IC/CNPq/LabLeR/UFSM)
Prof. Jogo Luiz Roth(Desenho Industrial/UFSM)
Acad. Rogérío Lira(Desenho Industrial/UFSM)
R312 Redação acadêmica : princípios básicos/ Désirée
Motta-Roth(org.). - Santa Mana : Universidade
Federal de Santa Mana, Imprensa Universitária
2001 .
ilP
1. Linguística 2. Redação Acadêmica 3. Português
1. Motta-Roth, Désirée
CDU 806.90-5:003
Ficha catalográfica elaborada por Alenir Início Goularte CRB-1 0/990
Biblioteca Central da UFSM
4' Edição
9' Impressão
Tiragem: 100 exemplares
Direitos reservados às autoras
Laboratório de Leitura e Redação - LabLeR
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Prédio do Centro de Educação - Campus Universitário
Camobi - 971 05-900 - Santa Mana - RS
Fone: (55) 220 80 89
E-mail: labler@www. ufsm.br
Homepage: http://www.labler.ce.ufsm.br
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oç5eluosaidv
r 8 Redação Acadêmica: princípios básicos
de Santa Mana(UFSM) por meio de orientações de alunos de mestrado e de iniciaçã.o científica,
e de publicações e palestras(ver Bibliografia ao final do volume) que tratam de alguma questão
relacionada ao texto acadêmico, sua produção e leitura.
A partir de 1 998, o apoio da FAPERGS (Processo n' 97/01 58.5) possibilitou a criação do
Laboratório de Leitura e Redação, que deveria dar suporte à investigação, ao debate e à
implementação de propostas diferenciadas de ensino de línguas para fins acadêmicos, nas mo-
dalidades presencial e on-//r?e (httD://www.labler.ce.ufsm.br). No mesmo ano, foi criado o Grupo
de Pesquisa/CNPq 'Linguagem como prática social' a partir do Prometo Integrado do CNPq(Pro-
cesso n' 350389/98-5) que tem como um dos seus objetívos investigar gêneros textuais e práti-
cas discursivas adotados por comunidades disciplinares acadêmicas.
Gostaria de agradecer a essas instituições de fomento por possibilitar o processo de pes-
quisa que resultou nesse material didático e por financiar as bolsas de Produtividade em Pesqui-
sa para mim, de Mestrado para Graciela Rabuske Hendges, co-autora neste material didático, e
de Iniciação Científica para as acadêmicas Susana Cristina dos Reis(BIC/FAPERGS), Fernanda
Siqueira (PIBIC/CNPq), Fabiana Kurtz (IC/CNPq), leitoras atentas das primeiras versões dos
capítulos. A elaboração deste material foi possibilitada também pela colaboração da acadêmica
Patrícia Marcuzzo, minha bolsista de Iniciação Científica (IC/CNPq), que atuou como revisora, e
do Professor João Luiz Roth e Rogério Lira, respectivamente orientador e acadêmico do Curso
de Desenho Industrial, que fizeram a programação visual de todo o material.
Em segundo lugar, a ap//cação prof/ca tem sido feita, desde 1 994, inicialmente na forma de
um seminário para produção de textos acadêmicos em inglês e, mais tarde, já em sua forma
atual em português, como a disciplina de Redação Acadêmica do Curso de Mestrado em Letras
da Universidade Federal de Santa Mana. Além disso, as idéias desenvolvidas aqui têm sido
expostas em trabalhos apresentados em diferentes instituições universitárias e congressos de
Lingüística Aplicada.
Em conjunto com Graciela, formada no Mestrado em Letras da UFSM, tentei reunir parte das
informações que nosso grupo considera relevantes para a redação do artigo acadêmico (tam-
bém chamado de artigo científico), do aósfracf (resumo acadêmico) e da resenha, gêneros
freqüentemente utilizados na troca de informações entre pesquisadores e no avanço do estado
da arte das diversas disciplinas que formam o que comumente é chamado de 'academia'
Este material didático tem um objetivo bi-facetado. Uma face aponta para a necessidade de
se fornecerem, a escritores Iniciantes, subsídios que os auxiliem no processo de produção de
textos acadêmicos em nível de pós-graduação. A outra aponta para a necessidade do professor
de leitura e redação acadêmica de contar com um material sistematizado para desenvolver as
habilidades comunicativas de alunos/escritores inexperientes.
100ã ap ouiaAul 'elieH e+ueS
l4}oU-e]]oH agi]sg(]
sot41asuoo suoq eosli ç iln6as ap apeploedeoul lelol et4uluu e uuaAap os uualslsiod onb set41e+ sy
jeliojeuli o oiqos uueilznpoid anb soliçluauioo sosolleA solad 't,66 1. wa oç51pa eilauulid ens ap
-sap 'eoluugpeoy oç5epaU ap osino olad uieiessed anb sounle soe ouuoo uuaq '(SOn) oilat4uld
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-en6u]], bdNO/eslnbsad op odnig op soiquliauu soe iaoapei6e ap elielso6 'zaA euun sleH
seinllal seinln+ lied solnlJ} ap oçlso6ns aoalo+o epeluaulioo el+ei6ollqlq
euun .'uil+ iod ooluuQpeoe osinoslp op soiaug6 saluaia+lp ap lenlxol og5ezlue6io e a oç5un+ e
'soAtlojqo se sat41elop sleuu uua uueioldxa soluln6as solnlldeo SO einllol ep apepllenb a OAje-elou9
-lpne 'olllso ouuoo oç5epai ep soloodse aiqos oçssnoslp aAaiq euun eluasaide L olnlJdeO O
sopluR sopels3 sou ue61qolN ap ap
-eplsioAlun eu 'ojUOUJjenle 'a eiiale16ul eu 08 ap epeogp ep ololul ou oplAloAuasop 'sooluugpeov
sul] lied sg16u] op ou]su] ap a soiau99 ap asllçuy uio solenS m ut4or ap oilauold ot41eqeil
oe aluouieolseq aAap as e3jiç)al oçxol+ai et4ulH oç5eollqnd ap a eslnbsad ap oluaObasqns eoluu
-gpeoe eollçid e 'zoA ens iod 'opuelouanl+ul 'eslnbsad uuo sopeia6 sopep a saQ5euliio+ul laAalo
-sap no ielleAe 'ielelai ap .eoluugpeoe oç5e, epeuluu..iialap euun lied uia6en6ull ep osn o g ounle
op oç5uale ap ooo+ o lenb eu 'oç5epai ap oulsua op eAlleolunuuoo uia6epioqe euin ap illied
o[ua} 's]e]ia]euu sassop a]uauua]uaia+](] so]xa] sop ]eu]+ euulo+ eu iei]uaouoo as e opua] s]e]ia]
-eui sassau epelope uuo6epioqe e oluelua ou 'llsei8 ou oue epeo e sopeollqnd oçs e/yPuõouow
pwn iazey owoC) no solxaJ ia glosa owoO 'eo/uo?J og3ppaU ouioo soAllsa6ns solnlJ} sollnH
6 fiou-ei+oH agi]sg(]
-a+ol op einleialll ep oç5olas e) lenlxal oç5npoid e lied oç5eiedaid e 'sooluugpeoe soiaug6 ap
OB5epai e lied sleiluao uiaoaiedsou anb saQlsanb ieioldxo soul.leA 'olnlldeo oilawlid alsaN
oliçllsiaAlun olxaluoo ou sopelope aluauinuuoo sleuu slenlxol soiaug6 se opueoo+ua 'oç5
-eollqnd ap eoluugpeoe eollçid e aiqos saQ5euuio+u] iazei] OAjtajqo iod uia] 'o]ue]iod 'oiA]] a]s]
ol-Qoaquoo souueslooid 'euuolsls o iepnui lied anb sou-ooaied 'oç5eollqnd essap opepllenb
ep eluole sleuu asllçue euin ap oluaulijilap uua apeplluenb elad epelned oç5eollqnd op eollllod
euin op io]eA o uuauo]]sanb sealç sa]uaia+]p ap saiopes]nbsad eioqui] oç5eollqnd eu apep
-lAllnpoid elad eplpauu g lenloolalul apeplAllnpoid e 'eoluugpeoe einllno eN leuolssl+oid o5edsa
iein6osse ap olauu ouuoo seiollpa lied soiAll a sooluugpeoe soolpgliad lied so61ue ap euulo+
eu apepllenb ap solxa} ielnuuio+ ap oplluas ou opeiluaouoo o5io+sa uun e soliçllsiaAlun saiop
-eslnbsad o saiosso+oid 'sounle opeAal uual ieollqnd a loAaloso lied oçssaid essa seueoliauue
N .;smluigpmt3 se)xa) ilznpoid anb iod I'l
sapeplsiaAlun sep(/c/siuodjo t/s//qnc/) .ie5aiad no anbllqnd. opellp oploatluoo ou
elaseq as(eslnbsad ap sotajoid ap a oç5enpei6-sgd ap sesloq ap 'eol+Jlualo oç5
-elolul ap sesloq ap) ojuouliejoueuj+ ap eolIJlod e 'oilallseiq oliçllsiaAlun euualsls o
t4}oU- eiiop\] agi]sgc]
e5oiod no onbllqnd
Redação Acadêmica : princípios básicos
rência e a qualidade da leitura dessas referências) e o processo de produção textual (a função de
diferentes gêneros acadêmicos, o estilo a adotar, a definição da audiência-alvo, o ciclo de escre-
ver, revisar e editar).
1.2 Redação Acadêmica
Na redação acadêmica, é importante atentar para alguns fatores que, por um lado. oodem
ajudar a delinear o formato e o conteúdo de nosso texto na fase de preparação para escrever.
Por outro, podem ajudar durante o processo de escrita e, mais tarde, na fase de revisão e
edição do produto final da redação. Os fatores que discutimos a seguir foram sistematizados
com base no trabalho de Swales & Feak (1994y sobre redação acadêmica para alunos de
pós-graduação.
1.2.1 Tópico
Para definir o tópico de um texto(sobre o que vamos escrever), a leitura é fundamental. A
atividade de leitura alimenta a escrita, portanto devemos selecionar bibliografia relevante (em
forma e conteúdo) sobre possíveis tópicos dentro da área de estudo. Não há uma ordem especí-
fica na definição do tópico e na leitura do material disponível na área. As vezes, detectamos um
problema a ser estudado a partir de nossa prática no laboratório, em aula, na observação da
mídia, etc. Em seguida, visitamos bibliotecas e navegamos na Internet em busca de publicações
(artigos, resenhas, livros, dissertações e teses) que relatem pesquisas ou reflexões teóricas so-
bre o mesmo tópico. Em outras ocasiões, não temos idéia sobre o que escrever e, ao lermos
algumas dessas publicações, detectamos uma área que carece de estudos mais aprofundados,
pois os problemas relativos a ela ainda não foram totalmente explorados ou solucionados
A seleção da literatura de referência é talvez o passo mais importante na redação de nosso
texto, pois definirá a perspectiva teórica aditada para estudarmos nosso tópico. A qualidade
dessas referências é medida por critérios como:
H a importância dos autores na área(pesquisadores conhecidos, com muitas publicações
em equipe, têm mais chance de ter um trabalho consistente em vista do diálogo que mantêm
com seus pares, do que autores bissextos que publicam individualmente)l
H a qualidade da fonte de onde extraímos os textos escolhidos (artigos acadêmicos
ais positivamente que aque-
;x=J'?r.EI.==!=':=,==E:Js!'=='.:!:i' =.='1:;:::=:: 9.:::,,:s gEnE:=:Ei1,'5.=:i: ~"";
l$ êl!$üi: ? âxi::umipnu n!
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selougia+ai se ieiluooua apod gooA 'uulssy oiauuOu uun a (eulldloslp ep lelolul) m eilal e uliaqa3ai eulolpauu ap solxa+ se sopo}
anb euuio+ lel ap elou90bas uua sopeiauunu oçs 'lelialeuu a+sau solduuaxa ouuoo sopesn oçs souaoxa sorna 'solxal SO
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wled) iolialue opnisa uua sopeleulsse ?r auulo+uoo 'soilno Dilua 'oB5eluouueuue
ç OAjjuaoul o o lêjõ' OB5êjeipjãJ""""ãp 'nldelã+ e 'sepn6e seligleildsai
saQ5oo+ul sep aloiiuoo ap ewei6oid o ouuoo 'opOes ç oç5uale ap seplpauu
seuin61e ap oç5ope ep elougnl+ul e opul+al+ai ielsa uuapod sole+ sle.L
eslnbsad ap
saQ5euJJo+ul Í - L ]. o]duuax]
ap ouunsoU
saQ5euuiolul iluinsai no illadai (e
olduiaxa iod 'ouioo OAjtajqo nas oielo iexlap lied se16gleilsa seliçA ÇH
OE3e)uasaide ap sel8g)t?diga a OAltafqO e'Z'l
(ealç eu oluouu
-loat4uoo o opepliellluue+ ieilsuouuap ap OAttajqo) sl/adia lied opuoAaiosa (oçu no padxa) eulldlo
-slp ep oiquuauu uun no (soo16ç)6epad soAltajqo) saluelolul lied opuaAaiosa padxa uun :soAttajqo
sossou iellolldxa souu.iapod lied elouglpne assou uuoo souuaieuoloelai sou ouuoo ilul+ap souu
-aAaC] einllal op e+aiel e lied ?l il iollal o anb olAgid oluauiloat4uoo o a soAltajqo se ouioo uuaq
'io]]a] o aiqos souua} anb seA]]e]oadxa se souuietajoid lied ope]idoide uio} o iei]uooua souiaAa(]
eAou OQ5ewio+ul ap eosnq uua olxal o çial a olunsse o ooot.luoo 'oluouulaAeAoid 'lenb e 'oAle
-elouQlpne assou ap esloaid uua6euuil euin souliet4ua} anb epueuiop eoluugpeoe oç5epai y
e!)uglpny Z'Z'[
et4uasai noloeulsqP 'o61ue olidgid ossou lied aseq owoo sopesn los oçiapod apiel
sleui anb soqooil ap ouunsal ou o saQ5eloue seu çlsa einllal essop apepllenb y oqleqeil ossou
op eo]iga} e]ouQia+ai ouuoo souliaq]oosa anb soiA]] a so61ue se opep]no uuoo io] o]ueuoduu] ]
(opessedeilln ioqes ulln owoo solslA ias uuapod
'o]uauua]uaoai sop]znpoid uuolo+ oçu as 'soiA]] Dele eu iaqes o uioo iezllenle as uia aued ens
ap o5io+sa uun eilsuouuap sopexapul a sopezllenle soolpç)liad ap sopJeilxa so611ie iezllllR soue
ooulo souu1110 sou sopeollqnd solxal uieosnq as aluauuleia6) sot41eqeil sassap elougoai H
l(oç5eollqnd ap opezllenle oxnl+ ullas sal
81. fiou-eUON a9J]s9(]
74 Redação Aca dêmica: princípios básicos
b) conectar informação nova (obtida na pesquisa reportada no artigo, indicada em cinza)
com informação dada (obtida em pesquisa anterior, indicada em preto) e vice-versa:
Exemplo 1 .2
B#l
Bromélia antiacantha ocorreu basicamente
como nQ estudo degAraújo et al. (1998)
nas zonas FPP e MPI,M
presença de indivíduos desta
a à alta salinidade
c) conectar o assunto tratado no texto com a área de pesquisa. Para tanto, podemos
contextualizar o estudo, dando informações acerca do assunto, detectando lacunas no conheci-
mento existente na área:
Informações
que
contextualizam
o tópico do
artigo
Exemplo 1.3
As restingas recobrem cerca de 79% da costa brasileira (Lacerda et à
1 993), onde se estendem desde estreitas até extensas faixas de areia. cot'fi6
B#l
no uioral norte ao t:stado do Rio de Janeiro (Marfins et al. 1 993).:::O bioma de
restinga possui uma vegetação característica devido a uma combinação de
fatores físicos e químicos destas regiões tais como elevado?temperatura,
salinidade, grande deposição de salsugem:,e alta exposição à luminosidade
(Ormond 1960, Franco et al 1984, Henriques et al. 1984 Nas imediações de
fontes de águas. como lagoas e braços das mesmas ai@vegetação torna-se
majgdçnsa, formando florestas (Arauto et al1 1 998
comunidades vegetais das (çstingas da costa brasileira são mnhec da
e.g. Pfadenhauer 1978, Araujo & Henriques 1984, Salva & Somnér 19M
Henriques et al 1986, Arauto & Oliveira 1 988, Pereira & Arauto 1995. Arauto
al. 19981 lvendo. co li BI lelellleiel 2jggia das espécies
vegetais (Ormond 1960, Henriques et al. 1984, Waechter IR lr 1 997)
ndicação de lacuna no
conhecem ento sob re o
tÓPicod) admitir ou discutir falhas no estudo:
Exemplo 1 .4
vale .sa tentar qual.por.gg.trglgLqç.ylnq análise de agregados, este estudo
está sujeito às limitações de certa forma já apontadas anteriormente, tais como
a hetrogeneidade intra-agregados, a mobilidade intergrupos, a dependência da
escala utilizada,entre outras, que, de acordo com a epidemiologia, constituem-
se em..:érioq. impedjmçnt.os....para a inferência causal. Todavia, não é demais
esclarecer não ter sido este o proposito do presente trabalho, mas, sim,
oferecer subsídios para o planejamento e a avaliqçêg..gq..g!!na de serv ços
paro.Jnonitorar as condiçõe:i-de saúde ínfantili. Assim,; em que pese 6
restrições apresentadas, o estudo da mortalidade infantil considerando-se sua
distribuição no .espaço geográfico entendido.çgpQ..p.roduto de transformações
exercidas pelo homem (Santos, 1 979) não só permitiu*a identificação de áreas
Slg..çjggdç...gpqe residem grupos submetidos a um maior risco. como também
M#l
Discussão
de
limitações
no estudo
Essas estratégias servem para dirigir a atenção do leitor para determinados aspectos da pes-
quisa relatada no texto, ajudando-o a organizar a informação e recuperar o ponto de vista do autor.
(ç l.:t,66 1. bleaJ 'g saÍDaS) opesn las e olielnqeo
-oA o souueuoloalas opuenb sjeuliio+ o sesloaid slew seAlleuialle iot41oosa ouioo slel se16gleil
-sa sepao ap olpguuialul iod ope5ueole 'uuo} op leiam ouislleuuio+ uun ÇL{ 'eolwgpeoy OB5epaU
uu] loAalosa e e5auioo opuenb aluaui uia uual gooA anb elouglpne e uioo a ooldgl nos epioqe
gooA anb uuoo .uuol, o uuoo opeuoloenba las apod olxal nos uua auunsse gooA anb olllsa O
ol!)s21 S'Z'l
apuei6 ollnuu apeplllqElieA
euun noluosoide a enulluoo lo+ OBU epanb essa onb uigquuel uueilsow 'BIAepo.L
(666L 'e+soC) '9 euu]] l966L 'gVS]S) JOPeAleS uua lllue+ul aPePlleilouJ eu
QpeAiasqo opuos equlA anb olulloop o
'oluaüéÀljoodáéj
'%L'0Ç";:o %L'6t, aP '(NdOd) le)euoau-s9d* ep ewsauuj$e2atuauueotteldglo+
(Nad) sleleuaau sollqg ap og5iadoid y '%Z'ol ap%lH a oue uun ap $alauoui
llul iod Z'6z ap lyyO oe nopuodsaiioo anb o 'aue uun ap $aiouauu op sollq9
:t L' 1. uelollooo l L66 L op oue ou 'iopeAles uio
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(866L 'S]N) opDeS ep o]ig+s]u]H o]ad op]znpoid mOU-(]0 ou soplluoo (mlS)
}eplleUOH ap OB5ewio+ul HjiRqii Hdl=.1.Breu.lg.zdlz&eu.l: uunnalu1 '(3981)
ilisJlels3 o el ei6oag ap oilallsei8 oln+lisui oç3epunJ ep sob?llsuao saloias
çglB!!!!pplgqlyntõli!!g!!!!!!Holuauuelaueld op a eAllei+sluluuPe-oolsJJ einlni
eJ+ul aP 'sooluu9uooa-olo9s solJ9illo uua oseq uuooRl:BI«IB19H)B31121111El=lEIUI
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uin op sepeillai sua6essed seuun61e oxleqe amasqO olxal o ial oe ieiluooua leA anb oç5euuio+ul
ap odll o iedloolue essod alsa anb opoui ap iollal o ielualio lied solnIJlqns ap osn o g osslp
olduuox] oiaug6 ouusauu op solxal uua sopeiluooua aluaulinuu09 lenlxal oç5ezlue6io ap saQiped
iedloalue apod iollal o anb zoA euin 'sag5euiio+ul ap einllal e ielllloe+ apod lenlxal einlnilsa y
0E3t?ZIUe8J0 tZ'Z'l
91. fiou-eiioH agi]sg(]
Redação Acadêmica: princípios básicos
Exemplo 1 .6
Informal - impreciso / Formal - específico
O autor que o conceito de gênero é produtivo na análi
se do discurso da ciência. Os resultados delqq1111 !!t!!!iiq(!!;weliados
projetos têm sido [.i.]iKaxqn«.] ] n].Jíuano que tange ao desenvolvimen
to regiona
1.2.6 Desenvolvimento da informação
A evolução clara e lógica de uma idéia a outra, conectando-as progressivamente, possibilita
que o leitor acompanhe o desenvolvimento do texto(Idem:21). O uso eficiente de palavras que
desempenham a função de conectores, como por exemplo, 'portanto', 'assim', ;entretanto' e 'por-
que', bem como o uso de pontuação adequada pode ser de grande valia no estabelecimento cle
um desenvolvimento gradativo da informação. Note, no exemplo abaixo, que a expressão 'en-
quanto que' estabelece um contraste entre 'o número de estudantes de doutorado' e 'o número
de bolsas disponíveis:
Exemplo 1 .7
Elementos
de coesãoAnafórico
O número de estudantes quà 'de doutorado tem.mjfos prog
crescido gradualmente nos últimos ãiH$,EHIEUMQgo número de bolsas
disponíveis manteve-se constantej=Í=esulta das anual política
do governo federal
Veja também que, no exemplo, a expressão 'essa situação' resume todo o trecho preceden-
te a ela. O emprego de elementos anafóricos de coesão tais como pronomes demonstrativos
I'esse'/'essa') acompanhados de um substantivo anafórico; ('situação') mantêm o desenvolvi-
mento constante da informação e orientam o leitor na interpretação do texto. Se você substituir a
palavra 'situação' por 'problema' no exemplo acima você obtém uma outra perspectiva da rela-
ção bolsa-aluno:
Exemplo 1 .8
Mais
específico
O número de estudantes qi;;i;i;;êáliNos programas de doutorado tem
crescido gradualmente nos últimos iQÍO de bolsas
atual políticadisponíveis manteve-se constante.
do governo federa
3 Anafórico: que se refere a um termo já mencionado antes. Por exemplo, em 'Sentiu o gosto do açaí. Aquela sensação Ihe
deu prazer', o substantivo se!!saçãe é anafórico porque se refere à idéia anterior de 'sentir o gosto do açaí'. Do mesmo
modo, em 'Ana é gaúcha. Ela é de Santa Mana.', o substantivo Ana é recuperado, mais adiante, pelo pronome anafórico Ela
:ool+Jlualo o61ue. ouuial op ie6nl uua .ooluugpeoe o611ie, oçssaidxa e souualesn 'awnloA alsaN p
'opeiolnop op sounle 'oç5enpei6 ap sounle lied) souuaAalosa uianb lied OAje-oollqOd a
l(Z,e6oip eAou euin ap elouglol+a e ieAoiduuoo no oluouiliadxa uun ielelai 'oiAll
Orou uin ielleAe :olxal o ieollqnd oe iezlleoi souiaianb onb o) olxal op OAjtajqo a euuol H
e oç5elai uia 'souaui olod 'opJnilsuoo g onb woo ielnolued eilaueuu
elad oploat4uooai ios opod Sõiõü36 sassap uin epeC) saluoia+lp saQ5un+ uugl oiAll uun no et4u
-osal euun 'oç5euasslp eulln 'el+ei6ououi euun 'JOPUJsqe uun ' ,ooluuigpeoe o61ue uuO sool+Joadsa
ollnui soAllojqo uuoo sooluu?pede solxal ilznpoid g 'opeplsiaAlun ep olxaluoo ou 'i161paU
s031uügptne soiaugD e'].
OBslAai ap ases eu o5io+so nas iod olei6 aluauueuiala çieol+ iollal oinln+
naS olliosnueui op ejiot4jouli e lied ilnqliluoo oçiopod solieluauuoo snaS opeuluuial iod ol-çp ap
saque olxal nas uiaial lied saiossa+oid o se6aloo soe e5od i.aue ap eiqo euun asenb, Dias 'loA
nos e 'oç5epai ens onb ouisoui 'olxa} nos iezlue6ioai a selgpl ieinlnilsaai uua allsaL4 oçN
saiouauiiod uia sopeolldxa las uiaAap anb sal
-opeAoul soluouulpaooid uuoo seus 'soploalaqelsa uioq sollaouoo woo et41eqeil eolç e as no ealç
eu aseq op sollaouoo se aluauuepet41elap uliaijul+ap as ap apeplssaoou çt4 as 'epule nO sopllqo
sopellnsai sop eAllelllenb oluouulelouassa OB5eljeAe euun laoaulo+ alueuodwl g as nO sopez
-lllln oçs sool+çi6 a selaqel ouioo sleqioA-ogu soluauuala 'eslnbsad ep sopellnsai sop oçssnoslp
eu 'ouioo opouu o lied 'olduuaxa iod 'olualy soied snas iod sepelope oçõepai ap seollçid se
a ealç ens ap ieulldloslp einllno e eluoo uua anal 'oluel lied apeplunuuioo oluenbua eolwgpeoe
eulldloslp eulln ap oiquuaui ouuoo olxal ou euololsod as ouuoo opouu oe oluale ejolsa 'opnlaiq
-oS o]a 'o]]]sa 'ein]ni]sa 'e]+ei6ouo 'eo]]çuiei6 ap so]]a o]eu]sse a a]uauuesopep]no o]xa} o e]a]
soielo oçlsa OBU epule anb soluod salanbe ieol+lluapl o oç5euuio+ul ep oç5ezlue6io e iapualua
e gooA epnje ossl eossad eilno lied assou as ouuoo elle zoA uua olxal o ial dual 'ieslAai ov
.epelolA, einllol euun uuoo
ielsa usos ol-çuiolai essod gooA slodap anb lied (oilolul elp uin ouusauu gle a) seiot4 seuin61e
iod .iesueosap,olxal o iexlap g 'osso lied e16gleilsa eoq euuR oolllio ollildsa a oluauuelouelslp
uuoo o]xa] o]idç)id nos .io] e epuaide gooA anb ÍeiüatiiePtiíli :] leul+ oçslaA eu 'leloadsa opouu
ap 'o olxal op oçslaA epeo e .oçslAai, g olxal ianblenb op opepllenb E lied aAet4o-eiAeled y
o)xa) op luuU oç5e)uasaidy Z,'Z'l
Z,.elpg6eil, ouuoo oilno iod .oç5e
-nlls, oolig+eue OAjjuelsqns op oç51nlllsqns elad opesneo olla+a o g lona aluauuiioliolue opeuuil+e
loJ anb o opujulinsai 'olxal ou aluapooaid ot4ooil oe as-ala+ai .elpg6eil essa, OBssoidxa y
Z 1. fiou- eUON o9Jls9Q
1 8 Redação Académica: princípios básicos
pesquisadores experientes, público leigo?)l
H natureza e organização das informações que incluímos no texto (adotaremos seções
para cada etapa da pesquisa como a revisão da literatura, a metodologia e os resultados, como
no artigo acadêmico experimentalo) .
Assim, podemos nomear três gêneros centrais no meio acadêmico: o artigo, o aÉ)sfracf e a
resenha. O a!.tige é publicado em revistas acadêmicas de diferentes áreas como /Vafure, f?ev/s-
ta de Saúde Pública, Journal of Speech and Hearing Disorders, Revista Brasileira de Biologia,
Journal of Politícal Economy, Angewandt Chemie, Recueíl des Travaux Chimiques des Pays-
Bas. Essas revistas têm periodicidade que varia entre mensal e trimestral e são encontradas em
bibliotecas de universidades ou em sites na Internet como o do Scielo (www.scielo.br) ou o da
CAPES (w)8i}8i:çapes:ge3í:bO que dão acesso a revistas acadêmicas disponíveis on-lhe (você
pode imprimir os artigos).
Os artigos contidos nessas revistas correspondem ao gênero mais usado, na academia
atualmente, como meio de produção e divulgação de conhecimento gerado na atividade de pes-
quisa. Em geral, o artigo estende-se por 10 a 20 páginas, incluindo uma ou duas páginas de
referências a outros artigos e livros relevantes para a discussão do tópico em questão.
O objetivo central do artigo é discutir ou apresentar fatos referentes a um projeto de pesqui-
sa experimental sobre um problema específico(Artigo Experimental) ou apresentar uma revisão
dos livros e artigos publicados anteriormente sobre o tópico (Artigo de Revisão) dentro de uma
área de conhecimento específica. No caso do artigo acadêmico, o autor demonstra habilidade
1) selecionar referências bibliográficas relevantes ao assunto em focos
2) refletir sobre estudos anteriores na areal
3) delimitar um problema ainda não totalmente estudado na areal
4) elaborar uma abordagem para o exame desse problema;
5) delimitar e analisar um corpus representativo do universo sobre o qual se quer alcançar
generalizaçõesl
6) apresentar e discutir os resultados da análise do corpusl
7) finalmente, concluir por meio de generalizações sobre os resultados obtidos no estudo
conectando-as aos estudos prévios dentro da área de conhecimento em questão.
O abs!!.ac! é um resumo do artigo e serve para dar ao leitor uma idéia geral do que vai
encontrar ao ler o texto integral. Normalmente precede o artigo, localizando-se na metade supe-
rior da página de um periódico acadêmico. Como o texto do aósfracfdeve ser uma breve síntese
do artigo, devemos, ao menos, responder as seguintes questões:
H Por que o estudo foi realizado?
em
l.e)Z. \. 'eollqOd apOeS ap souiapeO
06 ap epeogp eu apOes uia sleloos sapeplen61sap sep OB5npoidai e :mpla ap sag51puoa a
lllue+ul apeplleuou\l l.ooz eP /VI/y l 'VAllS 'g IS í' 'U\llVd IV aP d 'lZV : N O eP l/U 'V.LSOO l#m
'eo/UÇJo8 aP eu/a//seja els/AaU í'U 'geoeH 'eqlleqninr op e6ullsaU ep leuoloeN anbied ou
p6u1lsau ap seuoz ooulo uuo oeaoellauuoi8 op OB51soduioo eu a einlnilsa eu oç5elie/\ ( l.ooz)
n[ 'S,\n]S ueA 'g VC] 'a 'J '0 'VH00U laC] 'N 'J 'V 'SV.LlaUJ I''1 '0HIV/\UV0-1UV11900 L#8
as
-a
le
solduüaxa sop se!)ugiajall
wein61+uoo as soioug6 salsa owoo a OQjsonb uua ealç
eu sopesn slew soiaug6 se slenb i l liam g oolwQpeoe olxal uun ilznpoid lied ossed oilauulid o
'uulssy aluauluad oç5ezlioal e a einlelouauiou e opuezlllln 'eliçialll eiqo euun ieslleue a ial eqles
ounle o anb leluauuepun+ g 'eolç essau 'slod 'set4uosai iaAalosa ouioo aiqos oç5elualio uueosnq
aluauualuaObai+ oç5enpei6-sgd a oç5enpei6 ap sounle 'opel oilno iod 'eliçialll elioal eN
(0C:666 1. 'eAllS) elaldwoo eslnbsod ep iolialsod OB5e61nAlp
e lied oolpgliad ou iolne op o5edsa o ein6asse OQ5eolunulioO e 'o61Ue oe oç5elai uua(seu16çd
senp no euin) oçsualxa louaull op oluawnoop uun las ap uugly oluauuepue uuo eslnbsad euun ap
'doeu;sqe o anb op o6uol sleui 'ouinsal uun - .OB5eolunuuoO. e lied o5edso olioo uun opuapiad uuaA
'eolwjnO ap o61ue o 'oluoullaluaoal sleN ealç eu opeollqnd aluauunuioo sjeuli olxol ap odll o ol
-uauuleuololpeil opôs uual ooluugpeoe o61Ue o 'olduuaxa iod 'eo]uu]nC) e ouioo ea]ç ewn uu] oluauu
-zeol+o sooluugpeoe solxal ilznpoid souiessod anb lied slelpiouuilld soQ51puoo oçs ealç assou
wa sopezlllln oçs oluauilewiou sala ouuoo opouu op o solou96 sossop eielo elgpl euun ial
OIAll o OJqos JOPet4uosoJ OP
ielnolued oçslA e opuellolldxa 'oiAll op Alle6au no eAlllsod(souauu no sleuu) oç5elleAe e uualal+ai
anb seiAeled lnloul equasai eu opesn oliçlnqeooA o ola iod opep oç51nqliluoo ep oç5eAoul e
a apepllenb e a ealç e lied oiAll op elouçlloduul e OPuelleAe 'oç5ezlue6io o opOaluoo 'iolne nas
'oiAll assa aiqos selougia+ai çp 'oBlua 'iopetluasoi O eolç e lied alueAalai oç51nqliluoo ewn uuo
lnlllsuoo as a oluouualuaoai opeollqnd lo+ opequasai oiAll o 'oluaulijeiaEyoiAll uin elleAe a ouinsal
anb olxal uun g et4uasai v uuaia+lp soiaug6 se soquie ap soAltajqo se slod 'uuaoaiede so611ie
se anb uua elanbep aluaio+lp oç5as uua 'sooluu9peoe soolpgliad uua epeollqnd g'eiãüõSõ:í v
elouçuodwl leluouiepun+ ap g sopesn uualas e souula}
sop et41oosa e 'oluel lied seiAeled 00€ iapaoxa uiaAap OBU saQlsanb sesta e selsodsai sy
Z,eaiç e lied sopellnsai sassap oç5eol+lu61s e lenO H
Z,sopllqo sopellnsai se slenO
Z,opezlleai lo+ opnlsa o ouuoo
6 1. fiou-e} o a9jls9C]
20
Resenha
Désirée Morta- Roth
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RESENHAR OU
NAO RESENHAR,
EIS A QUESTÃO!
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ORA. . , ORA. . .
O QUE SERIA UMA
RESENHA?
}'l .p:
E
V
2.1 Para que serve uma resenha afinal?
.iPiiial\. omo o pensador, na ilustração acima, todos nós, em algum momento durante nos-C
da produção intelectual em uma área do saber. Esse produto intelectual pode ter a forma, por
exemplo, de um livro, um filme, uma exposição de pinturas ou um CD de música, e é avaliado sob
o ponto de vista da ciência naquela disciplina.
sa trajetória na universidade, nos questionamos sobre o que é uma resenha. Esse
gênero textual é usado na academia para avaliar- elogiar ou criticar- o resultado
fiou-el+oH) OAje-oollqDd nas ap sapeplssaoau se lied e+uale a aul+ap lo+ne o as :soiAll ielleAe lied oligllio uun iopequasai
oe aoala+o 'o+ueuod 'a io+]a] op oç5uate e]ad oç511aduuoo uua e]]nsai soiA]] i]znpoid uua se]s106u]] sop e]ougpua+ essa Z
lvot:9e6t 'plal+Je9) .oue opep uun uua ope+lo g oolpç)liad uun uua .ogiped ooluugpeoe o61+ie, o anb uuoo falou?obai+
ep eplpauu, euun g iole+ asse sealç seAlloadsai sons uua .o+oeduul iole+, nas olad (q 'e696L 'plallieg) spodaU uo11el/C)
felino/' xapu/ uo/JeJ/C) saoua/OS /p/ooS o a xapu/ uo/lpJ/O agua/OS olad sopeouala oçs sope+lo sleuu soolpgliad SO L
(68Z:Ç66L
oiA11 o it?puauio)all <ie11eAy <iaAai)sa(l< it4uasaidy
ap saque se souiezlleai anb uua
sedela oilenb souliaAloAuasap 'oiAll uun iet4uasoi oe 'onb eolpul sou oiauQ6 ossap asllçue y
.lequasai euün ap t?alsgq ealig)ai t?.in)ni)sa e g lt?nÕ Z'Z
soiAll ap eoluugpeoe etluosai eu oç5uole estou souiaieiluaouoo
'e5uein6as ioleui uioo solxal ilznpoid E soliç lsiaAlun sounle ielllxne ielual lied leluauiepun+
apeplllqet4 euin elos zoAlel soiAll iequasai iaqes 'seilal op sounle lied 'oplluas assaN z(ÇL
-t, 1. 1. :966 1. 't41oU-e]]o]/N) e]uuouoo] uua %0t, a eoluujnO uua soolpgliad sop %çE) uua aoaluooe ç)s ouu
-sauu o anb o]uenbua 'set4uasai uieo]]qnd eo]]éJ06u]] uua ,sopello sleuu soolpç)liad sop oluao iod
elualaS'(gz61. 'uat40 lz86 1. iat4oa8) oluauuloat4uoo ap OB5e61nAlp a OB5npoid ap eulllo+ owoo oo
-luugpeoe o61ue olad opJnlllsqns aluauileolpei lo+ oiAll o apuo 'eolsJJ e 'olduiaxo iod 'ouioo sealç
sei[no anb op io]euu a]uauieA]]eo] ]u61s soiA]] iet4uasai uia oç51pei] euun uio] eo]]sJ06u]] e 'sei]a]
ap eolç ep opeo]]de oduieo uin ias ap OB5un+ ui] ealç epeo op sassaialul se uioo opiooe ap
elou90bai+ lououi no ioleuui uuoo opesn las apod et4uasai oiaug6 o anb iellessai alueuodw1 3
'l seollsçld sabe se no eolsOuu e ouioo sealç seilno uua
OAON euiaulO op oloeduul o(o epule no 'olunsse ouusoui o aiqos no iolne ouusauu olad sopeollqnd
oluawiolialue soiAll se (q 'leinllno oluauulAoui asma (e :aiqos aqes as anb o las opod 'olduuoxa
iod 'oAON euiaulO o aiqos oiAll uun e eolIJio eu no o16ola ou elougia+ai ap oluod o 'uulssy
oluouilpualua nas o lied salueAaloi seulldloslp
seilno ulioo no eplznpoid lo+ eiqo e anb uia iaqes op gole e uioo ieloouoo os uiaAap soliçluouu
-oo snaS olunsse ouusaui o oiqos aluauiiolialue oplznpoid oluauuloat4uoo olad opeuiio+ul elslA
ap oluod ulin ap ilued e eiqo opep euin elleAe o aAaiosap aluauueolseq iopet4uasai o 'iollol oe
iapuole lied oiAll opep uun aiqos eolllio oçluldo euun aoaulo+ oilno o a eosnq uin :salua6iaAuoo
soAltajqo uligl OAalosa anb elanbe a gl anb eossad e anb uia lenlxal oiaug6 uun g et4uasai y uuez
-lue6ioai a uueulquuoo os ooluuQpeoe sme/s ap 'iapod op sag5elai se a ezlue6ioai as (sopei6
-esuoo saioleA se 'sepelope sua6epioqe se 'saied se allua opet411ued iaqes o 'ecoa uia saiolne
se o selioo} se) eulldloslp eu oluaulijoat4uoo o 'saQ5eollqnd secou ap OB5eljeAe ep sgAeilv
LZ t4}oH-eiiolNagilsgG
Reda ção Acadêmica: princípios básicos
Em geral, essas ações tendem a aparecer nessa ordem e podem variar em extensão, de
acordo com o que queremos enfatizar em nossa análise do livro, ou em freqüência, de acordo
com as características da obra ou o estilo do resenhador. Assim, se o autor recebeu um prêmio
Nobel, poderemos dedicar maior espaço no texto para seu currículo (atendendo assim a um
provável interesse do público) do que se esse autor estiver apenas iniciando sua carreira acadê-
mica. Por outro lado, dependendo do estilo do resenhador, a descrição e a avaliação de partes
específicas do livro já vem sintetizadas no mesmo trecho da resenha e, às vezes, na mesma
sentença. E importante frisar que o uso desses quatro estágios textuais, indicados acima, foi
uma tendência verificada em nossa pesquisa junto a editores e autores de resenhas em periódi-
cos internacionais. Portanto, essa descrição do gênero deve ser tomada como uma constataçãoa
de como as pessoas escrevem resenhas e não uma norma a ser seguida cegamente.
Vejamos um exemplo de resenha, retirado da Internet do site httD:/7www.ceveh.com.br/biblio-
!eça1lliese111lasZ, no qual a resenhadora apresenta um livro da área de Educação:
Exemplo 2.1
Ed#l
Resenha
.}ailice I'het)
iilailf o: qü 20ja l icc @.: })ttlgr ct .comi.l)r
Autor: ,fa{3ic'e '!'beíjd r d&
São Paulo, 30 de março de 1997.
Anuário de Educação 1 995/1 996. A educação formal: entre o comunitarismo e o
universalismo. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro/INIGRANRIO, 1 997.
o lançamento do Anuário de Educação 95/96 organizado por Bárbara Freitag cotocal
em discussão os temas mais cadentes da atualidade: relações interculturais e interétnlcas,l
relações de género (situação e papel da mulher na educação) e análise das minorias
("estrangeiros" ,"migrantes", refugados", "perseguidos"). A presença de autores nado:
naif e internacionais permitiu que olhares forjados em diferentes países ou regiões do
globo viessem resultar em uma reflexão conjunta dos problemas contemporâneos.na área
de educação.
A novidade que carrega esta coletânea é o enfoque dado à área educacional como ex-
pressão da própria sociedade e não como uma parte, lateral dos grandes problemas que
afligem a sociedade contemporânea.
Comunitarismo e universalismo é o grande tema aglutinador dos textos selecionados.
E, a "formação educacional" é o eixo que permite ao leitor manter um olhar crítico frente
às tendências sectárias, nacionalistas e restritivas com relação a natureza dos contatos
interétnicos. Os modelos que, de alguma forma, são referenciais na elaboração do Anuá-
rio dizem respeito a políticas de etnicidade, políticas que pressupõem diálogo entre cultu-
ras e políticas transculturais.il»esse sentido, o artigo de Sergio Paulo Rouanet,
'Transculturalismo ou retorno à etnlcidade" é aglutinador de toda a primeira parte da
3 Tendência verificada em um corpus de 180 textos publicados em inglês nos periódicos acadêmicos
áreas de Economia, Ling(mística e Química entre .1993 e 1 994 (Motta-Roth, 1995)
Apresenta
mais citados nas
loat4uoo op opelsa leme o 'g olsl '.adie ep opelso, o lied OQ51nqliluoo eAou euin ze+ aisa eilaueuu
anb ap i]u]+ap a oiA]] o iez]]en]xa]uoo e apua] eiopet4uasoi e 'oiA]] o ie]uasaidy oe 'o]o]u] a(]
sepe[ieA seo]ig]ai se16g]ei]sa opuez]]]]n 'ossed e ossed 'e5ueAe eiopet4uasai e ' ]. a o]duuax]
ou sopeolpul so16çlsa sgil sop uun epeo 'oAlsensiad opoui ap 'ilnilsuoo lied oollqDd oe opepuouu
.ooa] 'ouu]]]D iod 'o ]o]]iosap 'ep]n6as uua ]ope]uasaide g oiA]] o 'ie6n] oi]auu]id uu] oluauiiolialue
sopeuo[ouauu s]en]xa] so16ç]sa oi]enb sop sgi] ]gi]suoo eiopet4uasai e '( ].#p3) 1. a o]duiax] ON
(seiAeled jluli 08 anb op sjeuli uuaq ilnloul apod onb) opeiolnop ap asar
e no (seiAeled lluui çl. 'elpgui uua) ooluugpeoe o61ue o oulloo soioug6 soilno uioo sopeieduuoo
as(seiAeled ooo 1. 'elpguu uuo) sopno solxal oçs 'leiam uua 'set4uasai 'olduiaxa assou ouioO
[set4uosaU lied ie]]o/\]
olugllH oilaoio.L oe 'aluauuepeol+llenb 'çilznpuoo
sou onb eios]ndoid e]ow e oç5eonpa eu 'e]]ayod opienp] zlp sou owoo 'opuaoaquoooi
gloL4 ap oo1696epad O]eqap o 'euun61e ep]AOp uuas 'e61iqe 96/ç6 oç5eonp] ap oliçnuy O
epu auuooaU l :: ; ;$ 1 li$$$$gi;@lêg$: «}ilii$X ' fiiê#líe:Êliálg®!«,i 1: 1, êll#lltgêg#@g:i;:: ri 'oluauueAl} nodlollied
auçloloo e)sap eiopezlue6io '6eilaiJ eieqie8 apuo ia6eld ueaF op aliçuaiuoo o aiqos
opet41e[ap auuio+u] uun onb op iot41auu epeu oç5eonpo oiqos o]içnuy uun iez]]eu]+ lied ']
apepalieulldloslpja ul
a eslnbsod edldweolllnuu OB5eztue6ioie oçxal+ai ap soluod ouloo opueiap
lsuoo ooqonC) ap apeplsiaAluO ep oç5eonp3 uua opeiolnop a epniso ein+uoAeo8 opleAlp3
a ooluuguooo oluauulosaio ap opoliad uunu a)ualol+o opolguu (esaiduua eu uuo6ezlpuaide op
opeuuet[o uugquue}) e51nS/]enp euua]s]s o es]]eue ]eiqoS eoasuo] ep 'y epueuioJ :]ygUd
eu[[e[ eo]i?uuy eu eA]]eonp] eulioJaU ep OB5ouuoid ap euuei6oid op i])ied e soueo]iauue
-oullel sasled sun61e ap seAlleonpa seuulo+ol sep epua6e ep salueuoduul soluod se euolo
.uouu Áauua8 8yy eualaH :Oç5eUUJO+UI/OB5eulio+ dilua oluawlAow op s9Aei+e oilollseiq leuo
loeonpo euualsls op oç5ezluiopouu e eslleue ellayod elieH e1190 eollçuuio+ul o oç5eonpa
aiqos sogxa]+oi sç e]ou90bas opus(] OB5euuioiul ep og5ezlleioouuop ap ossaooid o6uol
uunu ieilnsai çiapod a leuoloeonpa oduieo o çiessediod 'iolny o zlp 'opunu o opuepnuu
Piso }auiaiul y 'laAJn+llsqnsul uuo6euosiad uun opuas enul+uoo aia llpad oilno ilnssod eAop
iossa+oid o eioqw3 uieiezllaiouoo as OBU anb seloa+oid uuelo+ 'elplw ç ossaoe oe oplAap
soiossaloid se onb op sleui .opuoqes. 'seloosa sç uelie6aqo se5uelio se onb op elgpl
e uugquuel ouuoo ueqn-loH iod epezl+o+oid leqo16 elaple ep osalç)dlt4 e o+uel olot4 ap selp
se aiqos opessed ou uueiazl} os anb solluu-sagslAaid seuun61e euuolai eAllS ep sulyeH sina
leualssl)oid OB5euuio} a e16olouoa+ 'o5edsoiaqlo op elei+ eauçlaloo ep alied eilaoial v
sagssl+old sepeuluulalep ap Jolla+ul oç5elou
nuuol ç ope611(eulie-l eoliguuy eu oullnosew o anb ioleuu) oululuua} ouuslloqe+leue o ouuoo
woq oçssl+oid essap ag5ezluluiaJ e o oliçuilid laAJU wo olig+s16euu op oç5ezlioleAsap e
eueoliaue-ouliel ioqlnuu ep og51puoo e uueslleue ialla/\A uelAIM 'selnouueÀ eullsliO elAlls
pueuuwy eiiozo8 eil+eS 'eululwa} oç+sonb ç epeolpap g eauçlaloo ep ayed epun6as y
aAaiosaQ 8\jiP$1glg? leinllno oul.isllesiaAlun snsloA leinllno ouislAlielaiop eollçuia+ ç 'aiuauueAou
3Aa] sou anb oçuua]e ouus]uoioeue uun ouuoo la qo]U u]]i] iod epeslleue g soila6ueiisa
ap eollllod aiqos oçssnoslp epeqin+uoo e o :eauçioduualuoo apepoloas ep o oqleqei+ op
eio+so eu seoliçioouuap seoliçid e epeloosse eloeioouuap euun ap saseq se oiqos iliallai
ioilol oe opullluuiad ia>luOS zulaH iod ope+ei} euua} g 'zllnt4osny op slodap oç5eonpo
o eloeioouuop lsoliçpunoas solnoliino uua o+uooal opessed o elnoslp as apuo eolepnr
e16oloo} op soslno ap o ..oç5eioqela.. essap le el lied eslnbsad ap soi+uao ap og5elio
ep sgAei e o]uauu]puaiua ap eo]+J]od ewn ap zn] ç ]p]uut4osp]og yo]i]a]C] iod sopeslleue
oçs olsneooloH o a ..eotepnl oçlsonb.. e :zaiialing sli)I'g uaieloN ia+ad ap oixa} op sgA
elie }lai a oonllo auusí6oleiD o 'ooiluo ouusllelnifnoi1lnuu o alhos oessnosip y eouElaloo
fiou- eBON a?i]s?(]
Redação Acadêmica: princípios básicos
mento na área. Esse estágio estabelece o cenário contra o qual a resenhadora buscara Des-
crever (as partes do livro) e Avaliar (os melhores ou piores aspectos do
mesmo). Ela 'abre o texto', apresentando o livro pelo seu título, O lança-
mento do Anuário de Educação 95/96...', pelo nome de sua autora, 'organi-
zado por Bárbara Freitag', e pelo valor de seus colaboradores, 'A presença
de autores nacionais e internacionais permitiu que olhares forjados em diferentes países ou
regiões do globo'
Na apresentação da obra, também são definidos os temas abordados (relações
interculturais e interétnicas, relações de gênero e análise das minorias) e o modo como a obra
vem se inserir na disciplina como uma contribuição inovadora -- 'A novidade que carrega esta
coletânea é o enfoque dado à área educacional como expressão da própria sociedade e não
como uma parte, lateral. . .'
Depois de estabelecida a apresentação, por meio das credenciais dos autores e do valor
de contribuição do livro para a área, o próximo estágio serve para dar uma visão geral (enume-
rando as partes do livro) ou bem detalhada(definindo o conteúdo de cada capítulo) do livro.
No Exemplo 2.1, a resenhadora descreve:
a) a organização geral do livro -
Exemplo 2.2
Apresentação
da autora e
colaboradores
do livro
do
pn
de
ist
d(
pl
cc
in
Organização (tema
aglutinador, eixo e modelos de
referência)
Ed#l
Comunitarismo e universalismo é o grande tema aglutinador dos texto:
ie permite ao leitor manter umselecionados. E, a "formação educaci
oihàf crítiéi) :f:rehté às tendências secti :as e restritivas com relação a
ecos. Os modelos que, de alguma forma, são referenciaisnatureza dos contatos interi
elaboração do Anuário dizem respeito a políticas de etnicidade, políticas que pres
supõem diálogo entre culturas e pol éticas transculturais
d(
d(
at
P(
(a
e)
in
s€
m
hê
b) o tópico de cada capítulo
Exemplo 2.3
Ed#l
ransculturalismo ou retornoNesse sentido.l o aRiqo de Serqio Paulo Rouane
à etnicidade" é aglutinador de toda a primeira parte da coletânea. A discussê9
.qç2b.llg.o-mldlçylurajjqrRç!.crítico, o dialogismo crítico é
a "questão judaica" e o H-
.); democracia e ade uma oolítica de entendimento
educação depois de Auschwitz,jé tema tratado por Heinz Sünker pera.].tira.dg..qg.Jgllgl
turbada discussão sobre política de estrangeiros é analisada po
um anacronismo alemão que nos leva, novamente, à temática do
relativismo cultural versus universalismo cultural
Tópico
dos
capítulos
A segunda parte da coletânea é dedicada à questão feminina. safira Bezerra
:ina Yannoulas, Wivian Weller analisam a condição da mulher
A terceira parte da coletânea trata do ciberespaço, tecnologia e formação profis-
sional. Luis Martins da Silva retoma algumas previsões-mitos que se fizeram no
liz
d(
iopet4uasai o 'eiqo e iepuauuooaU oe ' ]. Z o]duuax] ou ouuoO . ajoL{ ap oo16g6epad aleqap
o 'euun61e eplADP uuas 'e61iqe 96/ç6 oç5eonp3 ap oliçnuy O, :oAlsensiad uliol ap leul+ oç5ell
-eAe euin uuoo etloo+ olxal o 'solnIJdeo sop lelolul oç51iosap ç aluaoejqns oç5elleAe ep uigly
oluel lied selougplAa opuaoauio+ 'saiualaoo a slaAJsneld soluauue61njiaze+ uia apeplllqet4
ens leulldloslp eu elAgid einleialll e opun+ ap oued oulloo opuol 'oB5eollqnd eAou euun oluouu
-eolllio ielleAe ap zedeo oiquuaui oluenbua eulldloslp ep oiluap apepliolne ieilsuouiap op o las
aoaied 'olueliod 'et4uasai ep eiolne ep OAtlajqo O oiAll o(ial oçu no) ial e elouglpne e ielouanl+ul
lied OAjsensiad g uuol o o leuuio+ g olxal op olllsa O eoluugpeoe apeplunulioo euin ap (padxa
no alueildse 'iopeuue) oiquiaui ouuoo lnlllsuoo as 'zaA ens iod 'anb iollal oe aluai+ (opepliolne)
elslleloadsa ap laded o is lied euieL4o eiopet4uasai e 'ezainleu essap soliçluauuoo lazer oy
(o+ei6çied .8) .oolIJio iet41o uun ialueuli iollal oe, uialluuiod
filou sopepioqe solunsse se o(o+ei6çied .z) .apeplAou, euin e6aiieo '(o+ei6çied . l.) .apepllenle
ep saluopeo sleui seuial se oçssnoslp uua eooloo, alfa slod 'oiAll op sapepllenb uueoelsap
anb soliçluauuoo ap euiioJ eu 'olxal op o6uol oe et41edsa as oç5elleAe e 'sopelleAe uuelos op
-equasai oiA]] op s]en]uod so]oadse anb uua o]xa] op eo]+Joodsa oç5as euun eleL4 oçu eioqui]
leul+ OB5epuauiooai euun ap sozoA se opuoze+ 'olxal o ellaoua onb '.opet41elap auuio+ul
uun onb op ioL41aui epeu, 'oiAll op lenlxal-eilxa lelialeuu ou eiluaouoo as OAjleljeAe oliçluauuoo
o 'oiAll op seol+Joodso saued ap epet41elop oç5elleAe euin e opeolpop o5edsa çt4 OBU ' 1. z old
-uuax] ou 'ouuoO oiAll op laAçioAe+ OB5eljeAe euun uua sepeiquiol las uiapod OAjssluuai aolpuJ op
OBsua[xa o OBs]oaid e no sua6euu] sep oçssaiduu] ep apep]]enb e 'seolç sepeu]uiia]ap uu]
eulldloslp ep oç5eollqnd ap seollçid se lied no oiAll op oç5elleA e lied alueAalai io+ olsl
anb aiduias sopeuolouauu orlas a 'oiAll ou opeleil olunsse op opuapuadap 'ealç epeo op oiluap
o ealç lied ealç ap welieA sleuololpe slelialeuu sassap elou90bai+ e o odll O oiAll op ledloulid
olxal op oued uuoze+ oçu 'soAlssluuoi soolPUJ 'selougia+ai ap selsll 'soliçsso16 'solojoiaxa 'sop
-ep 'sein61+ 'sool+?i6 'selaqel 'soxoue 'soolpugde ouuoo uilsse 'sauliio+ul 'euiloe ot4oail ON
aluauueAlle nodlolued 'eouçloloo elsap
6ellaiJ eieqie8 apua )a6eld ueoF op oliçualuao o oiqos opet41elap
b op ioL41auu epeu og5eonpa aiqos o]içnuy uin iez]]eu]+ lied ']
L#P3
t,Z o]duuax]
lellaleH
lenlxal-eilxa lelialeui ap ezainleu e a (o
o oaqanO ap apeplsiaAluR ep oç5eonp3 ulo opeio+
einluaAeo8 opleAlp3 a ooluuguooo oluauulosaio ap opoliad uunu agua nop o
lol a opõlgü'Íêsãidúã"ê"üUã6é2Ípuaide ap opeuueu4o uugquuel) e5JnS/lenp euualsls
l(' ' ') ep soluepodwl soluod se 0 eSjjeUe EelqOS 0Qi
Áauo8 '8 'VV euolaF
leuoloeonpo euuolsl!
a oluauulAouu op sgAeile oilallseiq
eilapod epeyU 1193 eollçuuio+ul a
g2m g 9m 91jpsxp ligogp1 2pe Q b9tPPlna) ajoL4 ap selp se aiqos opessed
9Z t4ioU-euopyagi]sg(]
Rede ção Acadêmica: princípios básicos
poderá aconselhar o leitor a ler(ou talvez, não ler) o livro, justificando-se e explicitando em que
medida a obra é significativa para a disciplina como um todo(Motta-Roth, 1 995:45)
Vejamos um outro exemplo de resenha retirado do site htto://www.relnet.com.br/oan/
review.lasso?
Exemplo 2.5
AC'EKVC Autor: RAPOPORT. N4ario e colaboradores
NA IN'l'EftNA(:lC)NÂL Editora:: Ediciones IMacchi
AC:At)EX'lIA Número de páginas: 1 ]48
!PESE'NUAS Resenhista: Cardos Federico Domín gucz Avisa
;(1)llt.JM DE: DEBATES
Como é sabido, a Arge]]tina é un] dos pt'incipais pa!-ceifas estratégicos do Brasil
Acadêlnicos dc am]x)s países ]amclltam, contudo, proflJndamcnte, o }inlitado conhccinlcnto
de que ainda se dispõe desse vizinho. Afortunadamente, essa tendência está se{)do substituída
por unia sistemática aproximação e intercârnbiü de pesquisas, experiências e prayelos. Nesse
sentido. cona grande satisfação. lemos rwebido um dos últimos tratlalhos sobre a evo! ração
histói'ica contemporânea da Argentina
O texto, dirigido pelo recontlecido })iolêssor e })esquisador argeílfi no Mai'io Rapolport, contou
com êt colaboração de três distintos pesquisadores. Eduaido hgadrid, Andrés Musacchio e
Ricardo Vigente, todos ligados aoinstituto de de Tnvestigación de Historia Econónlíca ,
Social da Universidade de Buencls vires
O trabalho inspir:t-se nas idéias dc totalidade c loi)ga duração cla inocente escola francesa de
história, particulalnlct tc das exc111piares monografias de hein and Braucle}
i<squí'maeÍcaãllenee, Q íiw'o d \:iãe-se cn ! {l\;e ca }ítuÍas, estuda1ldo um período de 1 20 anos
como se pode observar ílo título. (:a(} mpÍÍ! analisa um:} série compacta de temas
económicos (malaios cle crescinlcnto, macloecoi30mla, relações comerciais). pojííicos
(govcrnabilidade, fbn6menos espccificalnente algcntinos como peronísmo, evolução cli)
sistema político), social s (movimento operário, relações Estado-sociedade, problemas sócio-
ecoilân)idos), assu11tos iní:ernacionais e nltlitos outros que têm in lluenciado a evolução
histórica de un] país subdesen\;o]xicio, depcnc]clltc e periférico colho é ]a nación dc] Placa
'l'rês aspectos d: obiit 111ei'ec'em pailictllar destaclue, à vista do !Citar.
llriineiro, a habilidade e o prollssion :]lí smo para i]rticula] en] ]m] clisculso variáveis
econâinicas. políticas. sociais e ínterllacionais, scjll perdem o clcxido rigor, a Êtcilidade de
[eitula e a capacidade ex])]icativa
$egtlndo, o liwo logra sintetizar equi librada e objetivamente os desafios, condições e
possibilid:Ides que i! nação argentina deveu supct'ar duiallte o século XX. Obviamente, esse
1lão é uln tetlla menor, posto que se trata dc um país que duraiate a primeira metade do século
cx})cri montou importantíssimas transít)rmaç(5es estnitu[ais, alcançando un] inédito grau de
crescimento econânlico e prosperidade social. Os temas do pós-guelra também são tratados
com nlilito pro:nl ssional isirlo: especialmente llo que diz despeito ao peronismo, aos gox:ermos
n)ilitarcs, à cc)}nplex a !-eclemwratização dos anos oitcll la, cujininando com a pojênlíca
revo] ução (nco)liberal ciurailte o govei-no dc Cardos Saúl Njencm.
E, terceiro, o leitor b!-asilcíro certamente dispõe apoia cte um trabalho particularmente
\ a]ioso. Rapoport expõe, (desde a perspectiva argentina, de maileiia sisten)atiça, unia visão c
uma avaliação geral do peso que as relações bijatelais ti\;eram sobre a formação n aciorla]
argentina. O capítulo :lona é particularmente importante ao estudam' o longo: dinâmico e
anitnador piacesso de integração regional que amh)s os países têm protllovido durante o
século XX, cul111inando cona a citação clo MERCOSUL
}'iãtlêismc'ilíe. mbe }'ec } $ «ür íec icüme:itÍe {} e tuba hü de Rapoport e colaboradores é
lúcido, objetivo, clidático e extcils&nlel e ciocun el Lado. {.?i!!a peq$Âe n i twieação rc í }na«
$e {'eifÊ} as citações e tehrências à taibiiogralla, por vezes conhisas. ! {lréxíi, éã : f {g;Êg, {}
aüílç{ ê Mç ÊeslÍ:$vü,Nã€1resüsc ã {tgÊür }vaíe$üe cri e! e'ap{ e e s$ $
caiegas e hemlanos del sui.
H
PESQt.LISA
(epL:s66L 'qlou-e+ioN) eLluasal oiaug6 ou sepesn seolig+ai se16gleilsa sep eoliguuanbsa oç51iosaG L Z ein611
sepeolpul set41e+ sep iesade oiAll o iepuauuoooU 80 1. ossed
no oiA]] o iepuauuooaU/ieo]+]]enbsoC] yo L ossed
ouAii o uvaN3m093u (ovN) v(
sool+Joadsa soluod ie51eaU 6 ossed
ouAii oa s31uvd uviivAV c
lenlxal-eilxo lelialeui iell0 8 ossed
o[n[[deo epeo ap oo]dç)] o iooa]oqe]s] z ossed
oiA[[ op oç5ez]ue6io ep ]eio6 OBstA euun le(] g ossed
otan o u3A3u9saa z
no/a
no/a
eulldloslp eu oiAll o iliosul s ossed
saQ5ezlleiaua6 ioze=J p ossed
io[ne o aiqos se]ougia+ai le(] c ossed
OAje-e]oug]pne e i]u]+aC] Z ossed
oiAll op leiam ooldgl o ieuiio+ul L ossed
OUAll O UVIN3S]UdV L
no/a
no/a
no/a
no/a
l a ein61=1 ep olopouu o auulo+uoo 'oiaug6 o lied eollçuianbsa oç51iosap euin ilnilsuoo souuapod
- so16ola no seollli ieilsnll lied oiAll op souooxa no solduuaxa
lnloul 'sazaA sellnuu 'a eAllelleAe oluauuesuap g uua6en6ull y oiAll o lied saQ5eollde sloAJssod
ieolpul o leul+ oç5elleAe e ieolpul lied Olnln+ ou a lol-çlleAe o oiAll op saued se ioAaiosap lied
salduu.ils oluosaid ou loiAll op oluauu16ins o gle eulldloslp e iaAaiosap lied olla+iad aluasaid ou
soqiaA lnloul aluauialuaObai+ set4uasai ul.lo epesn uia6en6ull e 'olduuaxa olod opeilsnll ouuoO
(t,) oç5epuauuoooEI
o (8) oç5e]]eAy '(a) oç51iosaC] ' (1.) oç5eluasaidy ap so16çlsa sop saiopeoieuu ouioo uueuo
-loun+ anb 'olxal ou saloo saluaia+lp uua sepeoelsap sagssaidxa selad gelou laAJssod g auulo+uoo
's]en]xa] so16ç]sa oi]enb se ]n]ou] 3 o]duiox] op o]xa] o 'o]duuoxa oi]aui]id op a]uauua]uaia+](]
a
C
ZZ qioEJ-e})ory agi]s?(]
Reda ção Académica: princípios básicos
Conforme vimos nos exemplos, em cada um dos quatro estágios textuais - Apresentar, Des-
crever, Avaliar e Recomendar -- o resenhador pode empregar essas estratégias retóricas, esco-
lhendo usar uma dessas alternativas ou todas juntas.
Vimos também que, embora a avaliação seja a função definidora do gênero resenha, não é
seu único componente. Uma pesquisa anteriorjunto a editores de resenhas(Motta-Roth, 1 998)
revelou que há uma expectativa quanto à descrição detalhada do conteúdo e da organização do
Logo, o gênero é, ao mesmo tempo, avaliativo e informativo, mas esse teor avaliativo, entre-
tanto, varia entre as disciplinas. Em Química, a avaliação é suave - 'no mínimo, porque uma
resenha avaliativa dá muito trabalho'(Motta-Roth, 1 995) e resenhas fortemente avaliativas são
indesejáveis e podem muitas vezes causar constrangimentos. Enquanto que o editor de Química
acredita que críticas criam inimigos, se não forem expressas com moderação, o editor de
Linguística acha que o tipo de avaliação(mais ou menos velada) depende da personalidade do
resenhador, enquanto que o de Economia acha que isso depende da experiência professlonal
do resenhador na área.
A avaliação em resenhas segue certos critérios internos a cada disciplina. Em Química, por
exemplo, a recência e o objetivo do livro devem ser explicitados.
livro
rez
pee
go
se
ex;
do
'ml
nhí
de
exf
m€
ex(
IEditor de Químicas
Um livro que traga novas informações ou jogue luz sobre velhas questões
Elementos como índices são importantes em um livro científico.'(Motta
Roth, 1998:137)
A data das referências e o material visual (como índice, tabelas, gráficos), que geralmente
ajudam os leitores a pegar a informação mais rápida e eficazmente, são importantes em Quími-
ca. Além disso, químicos desejam saber a amplitude do tratamento do assunto(superficialmente
ou em detalhes).
Em Lingüística, é importante que o resenhador estabeleça o valor do livro para a audiência-
alvo e sua capacidade de inovar a área e responder às expectativas dos leitores: ex
ex
19
av
ac
do
na
ni(
IEditor de Lingüística]
Novo e interessante para os leitores da revista, apresentando um novo
modo de olhar o assunto, com uma visão clara dos argumentos presentes
no livro.' (Idem:Ibidem)
Na Economia, há um crescente interesse pela matemática nas últimas décadas, em função
de que talvez, para um economista, 'argumentos verbais não sejam tão contundentes hoje em dia
como argumentos matemáticos'(Motta-Roth, 1 995:1 03-06).
(t,8 1.:OZ6 1.[Z96 1.]) uqn>1 iod 'opessed ou 'ope]uode ç] auilo+uoo) oç5en]e ap ealç ens uua apep]u
-nuioo ap oplluas ulln ap oç5euliio+ e lied lnqliluoo 'euilo+ essap 'o saioleA sassa e as-ala+al 'eu
-lldloslp euun ap oiquiaui ouioo ieuoduuoo as oe 'iopetluasai O aluapuodsaiioo eulldloslp eu sop
-Jnlllsuoo soioleA soe oç5elai uio sepeolllio oçs soQ5eollqnd seAON leuolssl+oid oç5eolunuuoo e
lied oiaug6 ouusouu o lesn ap saielnollied seilaueui uual eulldloslp epeo anb uuelouaplAa ielleAe
a iaAaiosap op saluaia+lp se16gleilsa sess3 (2861. 'iauiely) sooliç)+elauli soslnoal uuoo (l.g6L
'ÁalsolOOH) .oliçiolll, sleui osinoslp uun uuoo '(ç9-c9z:966 1. 't41oU-elloH) epeioqela a esualxa
sleui OB5eluauin6ie euin ilznpoid e uiapua} selslo6ull o selslwouooo anb oluenbua 'seAllsnexa
saQ5elleAe ulias oiAll op elduue sleui OBstA eulin ielope e uuapual eolwjnO uia soiopequosau
soueuuiaq a se6aloo sossou ap acode aluauluad a oso11eA o le16ola
oçuos elsai OBN 'oA111sod Ollnul g o5ueleq o 'leul+ oe 'uugiod sesn+
-uoosozoA iod 'el+ei6ollqlq ç selougiolai a sag5eilo se uuoo os-euoloelaireo.'e-'
oç5elluill euonbad euuR ( ) osolleA aluauuielnolued ot.lleqei} un apl ": oe5e11eAV
eio6e ogdslp aluauuepao bilallseiq iollal o'oJlaoial 'á"T TX otnt5ês o óí
ueinp Jêiadns naAap eullua6ie oç5eu e ahb sapeplllqlssod a saQ51puoo
sol+esap se aluauueÀliolqo e epeiqlllnba iezl+aluls ei6ol oiAll o 'opun6aS
9'õ o]duuax]
lns lap
L#]
ePe6111uu eAlle6au
OB5elleAV
apeplun elsau solduuaxa
sou uuemasqo os anb salanbe ouuoo '(.aluauueuao,) ose+ug op souuial e OB51sodo uia .aluauu
-laAlssod, '.aooied, '.zoAlel, ouuoo oç5e6jljuli ap souiial souaui ulloo soAllelleAe aluauiellolldxa
sleuu solxal uua iellnsai uuapod 'open oilno iod 'elilauils ap saQ5elaU .eolllio ewn61e loze+ ap
iol ap oç51sod eu leal woianb oçu sala olduiaxa iod 'laqoN oluugid uun apio+ ola as oiAll uun iet4u
-anal uuaionb OBU olunsse opep uin uia oiAll uin uieliequasoi oluauileuuiou onb seossad sellnuu,
'eoluujntl) ap iollpa o lied ellas OB5eljeAe ep uiol o ela+e anb iole+ oilno g iopet4uasai o a oiAll op
iolne o ailua ejijoulijsse op oç5elai y sopelolul-ogu op OAje-ejouglpne euin lied opueuldoJ/adia
uun ouuoo eooloo as iopet4uasoi o anb uua oluapuaosap oç5eloi eulln uuo no 'saied snas e os
-opu161ilp iopet4uasai ailua elilouils ap OB5elai euinu elas 'saiopeslnbsad Dilua ooluugpeoe o6
-olçlp o ieluauuoioul lied amas apeplun elsau opllnoslp oiaug6 o anb ieiaplsuoo souiapod
eulldloslp epeo ulla ulie5ueAe eslnbsad
ap seuuei6oid se anb uioo apeploolaA e 'sndioo op oluauielei} o 'sopeleil solunsse sop ezal
-meu e ouuoo slel saQlsanb saluaia+lp iod epela+e g 'olueuod 'saiopet4uasai ap OB5eljeAe v
(28 L:866 L 'y]oU-e]]oH)[e]uuouoo] ap io]lpa] .]ens]A
lelialeuu sleuu uuoo 'sool+çi6 a selaqel sleuu opuazeil oglsa soiAll se 'eo
llçuualeui slew opeuiol os ial eolç ep ole+ op esneo iod o61}ue lelialew
ap einllaloi euun g oçu anb o61y sooldgl iod opezlue6io 'opeluauin6ie
uuaq 'oluauieielo olliosa oiAll uun g eluuouooo wa oiAll uuoq wn ap elgpl y
6Z t4]oU-eiioH a9J]s9(]
30 Redação Académica: princípios básicos
Sugestão de atividades
l Analise algumas resenhas e tente identificar as estratégias retóricas usadas por esses
resenhadores. Leia abaixo exemplares de resenhas extraídos dos s/fes !!!!p;ZZ
as/ e o htto://www. relnet.com.br/oan/review.lasso?
Visite esses s/fes e colete textos de seu interesse para fazer o exercício ou então entre no
}8ísBcsãi:gQQgle:çQID e peça para pesquisar a palavra-chave 'resenhas'. O Google Ihe dará
opções de outros s/fes que trazem exemplares do gênerol
Depois de escolher a resenha de seu interesse, leia-a e tente definir os estágios do textos
Verifique como o resenhador analisa o livro em termos de 'certeza/incerteza no comentá-
rio', 'boa/má qualidade', 'maior/menor importância' da obra(Hunston, 1 994)l
Verificando os recursos da linguagem empregados pelo resenhador para sinalizar estági-
os textuais diferentes: quando ele descreve.e quando avalb;
Compare esses textos ao modelo de resenha acadêmica reproduzido anteriormente e
tente identificar pontos comuns entre elesl
Escolha um livro para analisar. Defina as partes de que você gosta mais e menos, selecione
alguns termos de elogio e crítica para comentar essas partes, tente encontrar uma vanta-
gem e uma desvantagem do livro, pense em qual seria sua recomendação final sobre a
obra. Tente pensar nas razões que o levaram a escolher o livros
Escreva uma resenha de um livro de, no máximo, l página. Imprima, leia, revise e, no
computador, edite seu texto.
Crie corageml Imprima cópias de sua resenha para distribuir para os colegas, alunos e
professores. Peça uma leitura crítica de seu textos
Procure criar, com outro colega, uma dinâmica de leitura recíproca de textos. Isso Ihe aju-
dará a desenvolver habilidades de revisão que serão preciosas quando você estiver pro-
duzindo o seu próprio texto.
2
3
4
5
6.
7.
8.
9.
nl.fdeo salino sou aluauipp1ladat çieJ o ouioo- elelsuoo aluauisalduils 'eoq eras apnlçle essa anb euuye oçu
laAplnbebâÚ 'iolne op aloyauaq anb oluaullpuai uun ulBznpoid anb soft? i 11pid a apep! [1ln B SEW 'soisnfsolp
leo11p.ld no apepuoq B ? OEU t?ssalaluç anb O oluau.[oul a]sap iluud B opeoolsap eolJ oo11? oli?]uo O
snnul ops anb soltlol dilua atltnaiu
as anb loinTou ? apnpuoq ap opssdoadaazn.fiaslnb anb uiatuo q tun a :ioAaasaid as ap opoui
o anb op'otadgid oulna D saluu apuaido 'zn.fas anb op'zaA ula aa'zn.FmaacLap as anb o troa aodnaoaid
as utanb anb 'iaAlct ülaactap as anb aod opotu o a bala as ouloa o aaltta o3tlaiahp nluol }uA..
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L8 L4ioU-euoHagi]sgC]
Redação Acadêmica: princípios básicos
]os- que é a única atitude possível para sobreviver neste mundo.
Assim, é ttecessário a unt pl'íitcipe, para se ntattter, que apreltda a poder ser mau e que se
palita ou deixe de valer-se disso seguttdo a ltecessidade''.
Na raiz dessa postura encontra-se uma visão moderna do conceito de ]ei, embora Maquiavel não fale
expressamente. A lei é vista como um instrumento do poder para imperar coativamente uma conduta
detemunada. Para Maquiave], a ]ei é a própria vontade do Príncipe. Dessa forma, haveria dois mundos
separados: o mundo da ética/moral, onde se aÊlrma uma lei interna e privada e, até certo ponto, abstrata ( o
espaço do dever-ser e da bondade); e o mundo do direito4ustiça, onde se aHlrma uma lei externa, pública e
concreta(o espaço do ser e dojurídico).
Partindo dessa dicotomia, Maquiave] justificará qualquer tipo de ação, desde que "formal e publica-
mente" aceita, ou, como diria o autor, desde que o Príncipe convencesse, por quaisquer meios, os seus
súbditos. Nesse sentido,inaugura uma nova visão sobre a ação humana e, especinlcamente, sobre a ação
política. Hobbes e Rousseau serão apenas variantes "maquiavélicas". O "Contrato Social" difere apenas em
quantidade: a vontade da maioria é maior do que a vontade do Príncipe, mas as suas bases são as mesmas,
ou sqa, a separação entre o público e o privado e a redução da lei a uma manifestação da vontade (do
Príncipe ou da maioria) e à sua força coativa.
Para o autor, como para seus seguidores, ou não cabe falar emjustiça, ou então, ajustiça passa a ser
a consequência do fato de que o autor da ]ei se tenha expressado de maneira livre e de forma legalmente
corneta. Porém, discutir sobre se uma determinada lei é ou não contra a razão ou querer saber se é ou não
c0/7zo deve ser é, precisamente, sair do ]-nundojurídico e adentrar-se no mundo moral.
Partindo desses princípios, Maquiavel aconselhará o Príncipe como ser liberal e generoso e como
exigir tributos dos seus súbditos(Cap. XVI) ou como será melhor para ele ser temido do que amado,
sempre que não seja odiado porque, aülna] de contas, ninguém consegue provocar amor e, sim, medo,
porém na medida cena de maneira que não se desperte o ódio (Cap. XVTI).
O Cap. XVlll - "Z)e g dor/vza os prüc@es deve/7z gz/arda/" a/Z"- é, talvez, junto com o XV, um
dos mais "maquiavé]icos". Maquiave] começa lembrando que há duas formas de se combater: ''u/}m,pelas
leis; outra, pela força. A pdnteira é própt'ia do Itoment; a segunda, dos altintais'' . E. Brisa que, puxa
que tudo saia bem para o Príncipe, é necessário que saiba ''saída e/zzp/"egar co/ZPe/zíe/zfe/zzeiz/e o a/zi/?za/
e o }tontem(...) Por isso, unt príncipe pludeltte não pode Hein deve guardar a palavra dada quaitdo
isso se lhe torre prejudicial e quattdo as causas que o deterntiltarant cessent de existir''.
Da mesma forma que se deslocara o conceito de bondade como critério ético das ações, Maquiavel
altera aqui o sentido do conceito de prudência. O termo clássico cunhado pelos gregos significava "a arte de
agir bem'', ou sqa, a prudência era uma forma de conhecimento que pemlitía o homem saber como praticar
seus atou de acordo como bem ético. Para Maquiavel, como vimos, a "bondade" passa a ser substituída
pela "utilidade" e, portanto, carece de sentido uma conceituação de prudência relacionada com o bem. E,
por isso, que "prudência" para Maquiave] passa a ser sinónimo de "esperteza" ou "astúcia": uma fomla de
conhecimento que pemnte, de acordo com as circunstâncias, agir em benefício próprio.
Maquiavel, de novo, percebe que essa conduta não é, precisamente, a desejável, mas é a "melhor
possível" no mundo em que nos encontramos: ''Se os /l0/7ze/zs /odes/asse/zz óo/zs, eí/epreceíro seria
ntau. Mas, dado que são pér$dos e que ttão a observariant a teu respeito, também não és obrigado
a cuntpri-ta \a paÀax a dadas pai'a cona eles. Jamais faltalant aos príncipes lazões para dissimular
o anbaod'sopo} aod sopucLnol a siso.tuott sopo81nl. aidutas ol?aas io8aaduta anb solatlt SO ' opols:l
o aoalasuoa a ia uaA adl3ulad uin 'slod 'ainaoid ' nota no tuoq oltx2 o ? oTiodutt anb o 'aaai03a.l anb
üiod lona qtil gtl opu apito 'sadlaulid sop atul3cgtu 'suautotl se sopol ap saQ3o soN.. -nug\s\A E p o'8uo \
oe aiqal?o çieulol o anb oldlouud o aluauleA1lluiyap aoalaqelsa [aAuçnbeL'q 'o]nl]deo alsap ]euy ON
..opu)s:l op apotsafntu D }s iod ul21 anb sop
opluldo o aolao.lluoa ap ntagpno D ut2} opu s03nod salsa a 'aluatulna.t s? anb o s03nod situ 'saaalod
nl anb o tua2A soro.L 'illuas tuaqus anb se OQS soanod soul 'aaA utapod copo) slod'soptti solad anb op
soz//o se/ad s?oza zlzo8/n/'7Pia8 zaa 'szla11/0z/ se'".. :euulJuoo 'sollaJ souielsa anb ap eueuinq eisud t? ulaq
aoaquoo uianb ap 'seAoid opus?p 'a .. opor?iqo ia JJsa oss? D as '7ozí/ o oiodioi;t/a iaqPS '0/21/apad
'soou 'uaq op ipiod OQU 'utu D slotu asslp guio) 'a 'mailladutl o alhos up saQ5uuoA se a soluça se
anb D OQ3ailp o oaod as-iDllocl o olsodslp ouilup nnssod anb 'osso iod'otagssaaau X 'op}811ai o 'ap
-opltintuntl D '?.Fo 'apoplioa o ul)uoa algo D 'ouiaaoB o aaluntu oaud 'opu5aolaluauialuanbaa.fopuas
'suo q sapo.taplsum suatuott se sopo8uqo ops anb D snsloa se sopo} aocLtasqo apod opu :aluln8as
o iaplía/!/a ap pq.. adloulid o anb eu.tios lel ap 'oE3e t?p ou?lho o las B uuessed st?!ouçlsunollo sy
..olagalum o as-lnu.lo} 'aas o OQU o snl3u?lsun)ata sulad opu81iqo opuas 'ap
otulup o lal 'oalno ap a 'osolBUai 'oaBalu} 'ououmtl 'laÜ' 'osopald aluatuocL})aFa las aaaaaud 'opor uin
ap 'oldtuaxa iod :snad?uaq ops 'sol-lnssod opuuTuaaodu 'anb ossod ou 'slolalpnfaad uimias sapos
-llonb fossa 'supor se-opuosn a su-opulnssod'anb auuiilln ap otagpnn D na l a} 'satuy'sol-lnssod
aluaiodo anb optlolsuq 'sopolla ntul)o sapupltnnb se sopol ilnssod oslaa.td opu adlaulad O..
[aAelnbeb't iod opt?inãnuu! ou.íapouu opunui ou op1luas ap laoaauo B t?ssed
ulaoait?de sou st?la ouloo ap OEU a OES sesloo se anb op einooid ç elJosollJ ens E Bpoi ap OjuaualAloAuasap
o noolldua! 'soBaiã se eit?d 'anb 'susloo SPP elougssa ç ogu a aoaaede anb ot? st?uade ossaoe ial uiauioq
o ap OjeJ o ' eras no '(souauiguaB no) ..saluaploe.. se a ..las.. o ailua eolssçlo eUosoly ep oç5ednooaid
y '..eçougjt?de.. e a ..las.. o ailua oç5uçlslp e aluauieAFlluyap znpoilu! laAelnbeby 'olxaluoo alsap oilua(l
iapod o ialueui lied alualuaAuoo
eras anb o 'laAelnbuLN ianb ouuoo 'oBU a [ [ ]apepaloos p lied o]snfg anb o ? !at t? 'olueuod 'anb a ulnuloo
uuaq oe euapio as !al Bpol anb UJeAeuuye so8ai8 se anb oss! iod EI 'gs uln ap uuaq o lt?llaoe no a1lueieg
OEU a ulnu-loo uiaq op it?qlluuduioo g einooid apepaloos t? a t?fasap u-iawoq opor anb o anbiod 'uaauloq
op ezainleu B piluoo g 'u5ioJ ulad ol-gdui! t?ssod adloulid o Pioquua 'oisl adloulid op sapeplssaoau sup
pplpaua ç iapod uln 'laAulnbel,N euçp ouioo 'no 'Bplpauí u-las .íapod wn las g falou?tola ep ooyloadsa O
apep11euoloei ens B 'eut?uinq ezaanleu t?udgid B eia oueuunq iapod op ..t?plpaui« e 'so8aag
se eit?d anb Ojuenbua 'adloupd op selougluaAuoo st?udgid st?p iapod op ..t?plpaui« t?p ougiuo o iapuadap
zuJ laAplnbel,N anb g oçtsanb y e5ioJ e a iapod op t?plpaui B ouaoo as-iluçJap euapod !aT y eioplnilsap
seus 't?iopelio ? olu eplpaui upas e5iol t?uiQ t?nioJ euln ap oaluap ielsa esloaid 'zuotya ias eit?d 'e5ioJ y
OE5e ep ..eA1lailp ei8ai.. ap ialçieo oliao uun uial eplpaui t?ssa anb as-iapualua euapod 'op1luas assaN o/
-uam! toz / op op/paüí D ? la/ o anb uíeAesuad so8aiB SO !al t? aiqos st?olssBlo saQ51sod sep opt?iquaal t?!ial
[el ouioo assenta? anb aq]-ilpad OAlssaoxa assoJ 'zaA]el 'a OJosg]y uln aiuauaeudoid ela OEU [aAelnbeb\[
louuBtia anap as tuanb panlntoaua aidtuas ouoBua anb alanbn
anb 'saluasaid sapnplssaaau SQ oluol tua3apaqo a 'suautotl se OQS saldtuls opl H 'iopulnutlsslp
a topo/nzzíls zl/oq ias a apor//pnó Pisa !zfaq ollnzl/ ipin)#s?p,, g 'otueuod 'alueuodui! sleul O
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34 Redação Acadêmica: princípios básicos
vulgo é levado pelas aparêltcias e pelos resultados dos fatos conswnados''.
Maquiave] vai contra a corrente de pensamento clássico inaugurado polos gregos, que estimulavam o
homem a "tornar-se aquece que pode chegar a ser" ou "a ser si próprio". Maquiave] não acredita na capaci-
dade de desenvolvimento perfectivo do ser humano. Olha e aceita o homem "como é". E por isso que
carece de sentido falar de moral ou de Ética em Maquiavel. Porque a Ética diz respeito a esse desenvolvi-
mento. SÓ cabe falar em Etica quando se considera o homem como um ser em fomlação e, portanto, com
um "dever-ser" que o dirija. E sobre esse "dever-ser" que a Ética tem algo a falar. Não na forma de leis e
normas que recortem ou impeçam a liberdade humana, mas explicitando as leis que encaminha a ação
humana a sua auto-perfeição. Porém, Maquiavel não está preocupado com a tratar sobre a perfeição
humana -já avisou no começo do livro- mas sobre a maneira de conservar o poder. O problema surge
quando se aceitar deül nitivamente que essamaneira de agir é a única maneira razoável em política ou, por
outras palavras, que a ética política consiste em aceitai' o ser "de como as coisas são" e considerar o "como
deveriam ser" as coisas como algo hipotético e moralizante.
Dos outros capítulos, os mais interessantes, talvez, sejam o Cap. XXll, onde Maquiavel dá algumas
indicações "úteis" sobre como os Príncipes devem tratar seus ministros se querem assegurar-se deles: üatá-
]os bem, dando-lhes honras, fazendo-os ricos de maneira que ntquem obrigados aos Príncipes e o Cap.
XXV. quando fala da "Fortuna". A metáfora de Maquiavel com o rio encolerizado é adequada. A Fortuna
ataca como um rio impetuoso, e nada ou muito pouco se pode fazer, mas depois ''gua/zdo vo//a a ca//na,
pode//z/fizer reparos e ba/'ragezzs '' evitando danos futuros numa outra cheia. Assim acontece com a
fortuna. É preciso saber fazer-lhe resistência. E fazê-la l-nudando de atitude de acordo com as circunstânci-
as. ''-julgo feliz. aquele que contbilta o seu ntodo de proceder cona as particularidades dos tentpos,
e ülfeliz o que faz discordar dos tempos a sua inalteira de proceder''.
Maquiavel introduz na esfera política do renascimento uma cosmovisão de ética muito diferente da
introduzida por um More, com a sua "Utopia", ou um Cervantes, com seu "D. Quíxote". TI'ata-se de uma
ética de resultados que terá consequências, a curto prazo, no âmbito da Conquista e colonização do Novo
Mundo e, a gongo prazo, no âmbito do que hoje conhecem-nos como "mundo da política
11 AR]STOTELES. "Éríca a Nícó/7zaco", ] 129b 1 7.
httD://www. reln et.co m . b r/oq n/review. lasso?
Título: Comunidade dos Países de Língua Portuguesa(CPLP): Solidariedade e Ação
Política
Autor: SARAIVA, José Flávio Sombra(Org).
Editora: IBRI
Número de páginas: 203
Resenhista: Leonardo Abrantes de Sousa
Palavras-chave associadas a este documento:
. Integração Regional CPLP
. Temas Globais Desenvolvimento Económico e Social
. Política Exterior Brasileira
Desde sua criação em 17 de julho de 1 996, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa
(CPLP) promove a cooperação e o desenvolvimento das sociedades lusófonas. A intenção
de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe,
quando se uniram em torno deste grande prometo, não foi apenas festejar o idioma col!.ll.im
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se 'oç16ai ep oç5ni]suooai a oç5e ] ]oed e lied ieiadooo ap uuig]y a]sa] iouul.L ou soluauu
-looluooe saluaoai sou aluasaid as-zo+ 'sepelloeidns sag5elluill se uuoo anb epule 'dado v
soliçlliolid sotajoid snas se ieluauualduuil lied soilaoueul+ soslnoal ap zasseosa
e a lav]C)Nn e a OOS]Nn e ouuoo sleuoloeuialul souislue6io soilno woo solugAuoo a sol
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solnoçlsqo soluça 'epliasul Pisa dldC) E onb uia oolIJlod o5noqeoie alueuoduul op iesady
llsei8 op sleuoloeuialul sapepliolid seu iednoo apod eoli+y e anb ie6nl o aiqos ilianbul
as lied apeplunuodo g esan6npod en6ujl op sasled sop apeplunuuoO ep aliod op Dali
-çulioldlp DALI lolul euun ap oluauie5uel o 'elslA ap oluod essa qoS eluallo soue sou ioleuu saz
-oA ooulo souaui olod eia OB5edlolued essa oluenbua 'llsei8 op oç5euodxa ap soluaiioo sep
lelo} op %z anb op sleuu oçu iod apuodsai oueoli+e aluaulluoo o aluaulijenle - sleloiouioo sao
-[PUJ so]ad epeo]+]]duuaxa las apod oç5euii]+e e]s] ]]sei8 op io]ia]xa eo]]]]od ep oo16g]ei]sa o]
-nolço o iezlioloeieo e nossed anb sapepliolid ap uiapio eAou elad opnlaiqos seus 'aluaulluoo
o aiqos naleqe as anb aluaueuiiad eolIJlod asilo ap opelsa olad a ooluuguooa opel oilno op
soilaoied sleuololpeil solad epluunsse eoluuQuooa elouçAalaiil oluaosoio elad opesneo ossao
-oid 'eluaAou ap epeogp eu za+sap as 'sled op oloiguuoo ap soxnl+ sou oueoli+e aluaulluoo o
lied aluauluad ie6nl uun nlnilsuoo anb 'eilallseiq eloeuuoldlp elad eluollo a elualas soue sop
o6uol oe opezlleai oç5iasul ap ot41eqeil o 'olla+a uuoO llsei8 op sleuoloeuialul saQ5elai sep
oiunjuoo ou leloadsa elougia+ai euun las ap noxlap ollnui çt4 eoli+y e 'oplqes sopol op g ouuoO
uuiaQduuioo e onb seinllno se a soAod se 'Dias no 'euule ens iooonbsa uuas 'euopiooo
e onb oiqaigo o 'euo+osnl oç5eiodooo ep odiou o eluosaide sou oçlsanb uuo oiAll o 'seiAeled
sei[no uu] uunuioo en6u]] e]ad epet4uoduuasap eiopeu]]n16e oç5un+ e 'las ap iex]ap e]iapod
oçu ouioo 'a soilaoied se uiaun anb so5el sop oluauuesuape ou eluuouooa e iet4uoduuasap
apod onb loded o 'oç51nlllsul ç wa61io nap anb eolIJlod eliet4ua6uo e seAllelai soQlsanb se
selsodxa oçlsa apuo 'euo+gsnl oç5eiodooo ep esneo ç oç5npoilul alualaoxo euun g 'sels106ull
a seleuuoldlp 'sooluugpeoe ap solxal lnloul anb 'eAleieS iod opezlue6io sopnlso op oiunjuoo O
llsei8 op leuoloeuialul oç5iasul e lied uueuod anb sol+esap se
a eauçioduioluoo epuo6e ep apeplxalduuoo e iooat4uoo e iep ap OAtjojqo o uuoo 'sleuoloeuial
-ul saQlsanb sopuei6 se aiqos sopnlsa ilunai alauuoid anb '(IE181) sleuoloeuialul soQ5elaU ap
oilollsei8 olnlllsul olod epe5uel - lpunH euiluy - sleuoloeuialul saQ5elai ap ealç eu sopnlsa
ap og5aloo eAou euin ein6neul uugquiel anb uua oduial oe 'euo+gsnl OB5eiadooo e aiqos sop
-nlsa se aluouieilouold eoleuu OBjsanb uia oiAll O oç51nlllsul ep ouiol uuo opemasqo oluauu
-oull o gle olouglls o aduuoi '(8uO) elIJsei8 ap opeplsiaAlun ep sleuoloeuiolul saQ5elou sep
eliglsIH ap iossa+oid 'BAlDioS eiquioS olAçl=J gsoí' iod opezlue6io oiAll '..eollllod oç5e a ap
-epaliepllos :esan6nuod en6ull op sasled sop apeplunuuog,, ap oluauue5uel o 'olxaluoo olsoN
soiquuaui sop oollçuioldlp-oollllod omaoe ou apeplleluauuinilsul
ens elad asseuollsanb wgquuel anb seus 'seplAloAua sleinllno saQlsanb saluaplAa
se asselnollie anb 'opun+oid sleuui opnlso ulln ap otajqo OBjua gle opôs elAet4 oçu dado e 'sop
-[A[oAua sope]s] se lied a]ue]ioduli] eA]]e]o]u] euun ouioo oo]]uç]]y op sope] stop sou epepnes
anb epuly laAJU olle sleuu nas uua eolIJlod oç5euaouoo e lied o5edsa uun ilnilsuoo a selou9
-liodxa ap oluauueqllueduuoo a oç5esiaAuoo ap OAjjo+a leueo uun iaoalaqelsa opnlaiqos seuu
98 qioH-eiioNagi]sg(]
Reda ção Académica: princípios básicos
governo, que devem se realizar em agosto de 2001 .
Neste contexto, o lançamento de uma iniciativa como a da CPLP não deixa de causar interes.
se por parte do público em geral - afinal, o que pretende a diplomacia brasileira com esse
projeto? Quais interesses a CPLP permite realizar no médio e longo prazos? Estaria o Brasil
em condições de investir em projeto que não apresenta uma instrumentalidade imediata para
a sua ação internacional? Como se posicionam os demais parceiros, especialmente Portu-
gal, nesta empreitada? Essas são perguntas que o livro organizado por Saraiva procura res-
ponder
htto:/7www. re in et .com . br/Da n/revlew. lasso?
Título: Prós e contras da globalização
Autor: HELD, David, MCGREW, Anthony
Editora: Jorge Zahar
Número de páginas: 107
Resenhista: Virgílio Caixeta Arraes
Palavras-chave associadas a este documento
Temas Globais Globalização
Economia Internacional
Política Internacional
Passada cerca de uma década

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