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Revista Licoes Biblicas_Aluno - 2 Trim 2024

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3ÍBUCAS
DEUS TE CHAMOU,
MAS VOCÊ SABE PARA QUÊ?
Você sabe qual a sua vocação?
Você sabe qual o seu chamado?
Você sabe diferenciar vocação de chamado?
Descubra o propósito de Deus na sua vida. Pois é 
impossível imaginar o desenvolvimento da história 
relatada nas Escrituras, acerca do que Deus tem 
realizado no mundo desde a Criação até os dias atuais 
sem considerarmos as pessoas que o Senhor escolheu 
para usá-las segundo o seu propósito.
Descubra sua vocação. Viva intensamente o que Deus 
tem preparado para realizar por você e através de você. 
Pois nada é mais trágico do que viver sem a direção, 
perdido, sem conhecer o propósito da existência.
CB©
.JÇÕES
3ÍBLICAS
Aluno | 2o Trim estre de 2024 
Com entarista: Osiel Gom es
SUMARIO
A Carreira que Nos Está Proposta
O Caminho da Salvação, Santidade e Perseverança para Chegar 
ao Céu
Lição í - O Início da Caminhada 3
Lição 2 - A Escolha entre a Porta Estreita e a Porta Larga 8
Lição 3 - 0 Céu - 0 Destino do Cristão 13
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada 18
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão 23
Lição 6 - As Nossas Armas Espirituais 28
Lição 7 - 0 Perigo daMurmuração 32
Lição 8 - Confessando e Abandonando 0 Pecado 37
Lição 9 - Resistindo à Tentação no Caminho 42
Lição 10 - Desenvolvendo uma Consciência de Santidade 47
Lição 1 1 - A Realidade Bíblica do Inferno 52
Lição 1 2 - A Bendita Esperança: A Marca do Cristão 56
Lição 13 - A Cidade Celestial 60
CB©
Presidente da Convenção Geral 
das Assembléias de Deus no Brasil
José Wellington Costa Junior
Presidente do Conselho Administrativo
José Wellington Bezerra da Costa
Diretor Executivo
Ronaldo Rodrigues de Souza
Gerente de Publicações
Alexandre Claudino Coelho
Consultor Doutrinário e Teológico
Elienai Cabral
Gerente Financeiro
Josafá Franklin Santos Bomfim
Gerente de Produção
Jarbas Ramires Silva
Gerente Comercial
Cícero da Silva
Gerente da Rede de Lojas
João Batista Guilherme da Silva
Gerente de TI
Rodrigo Sobral Fernandes
Gerente de Comunicação
Leandro Souza da Silva
Chefe do Setor de Educação Cristã
Marcelo Oliveira
Chefe do Setor de Arte & Design
Wagner de Almeida
Editor
Marcelo Oliveira 
Revisora 
Cristiane Alves 
Projeto Gráfico
Leonardo Engel I Marlon Soares
Diagramação
Nathany Silvares
Capa
Marlon Soares I Nathany Silvares
Av. Brasil, 34.401 - Bangu 
Rio de Janeiro - RJ - Cep 21852-002 
TeL: (21) 2406-7373 
www.cpad.com.br
llÇÕES
3ÍBIICAS
Prezado(a) aluno(a),
0 caminho que o cristão faz com Cristo 
inicia com a experiência do Novo Nas­
cimento e prossegue até o dia em que 
ele chegará à cidade celestial. Entre esse 
início e chegada, o crente se depara com 
muitos desafios e obstáculos.
Para refletir a respeito desse caminho, 
que se inicia com o Novo Nascimento e 
seus muitos desafios, neste trim estre, 
estudarem os a “A Carreira que Nos 
Está Proposta: 0 Caminho da Salvação, 
Santidade e Perseverança para Chegar ao 
Céu”. Nele, refletiremos à luz da Palavra 
de Deus, assuntos como a realidade do 
Céu, do Inferno, da Tentação, da bendita 
esperança.
Nosso propósito é que, ao longo deste 
trimestre, você pense a respeito de sua 
jornada com Cristo neste mundo. Como 
cristãos peregrinos, o anseio de encontrar 
com Cristo deve nortear toda a nossa 
caminhada.
Bom trimestre!
José Wellington Bezerra da Costa 
Presidente do Conselho 
Administrativo
Ronaldo Rodrigues de Souza 
Diretor Executivo
G#0®
http://www.cpad.com.br
LIÇÃO 1
7 de Abril de 2024
^ r
TEXTO ÁUREO
“Jesus respondeu e disse-lhe: Na 
verdade, na verdade te digo que 
aqueie que não nascer de novo 
não pode ver 0 Reino de Deus.” 
(Jo33)
\_____________________________
VERDADE PRÁTICA
O Novo Nascimento marca 0 
início da jornada do crente em 
Jesus Cristo.
____________________________ )
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Rm 8.2; 12.2
A nova vida com Cristo por meio do
Espírito
Terça - Ef 1.3-6
Na nova vida com Cristo temos
Deus como Pai
Quarta - 1 Co 15.57
Na nova vida com Cristo temos o
Filho conosco
Quinta - Jo 14.26 
Na nova vida com Cristo temos o 
Espírito Santo, o Consolador 
Sexta - Jo 16.7-11; Rm 8.5-7 
A nova vida com Cristo é uma ação 
poderosa do Espírito 
Sábado - 1 Pe 1.23 
A nova vida com Cristo é gerada 
por intermédio da Palavra
ABRIL • MAIO • JUNHO 2024 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO 3
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 3 .1-8
1 - E havia entre os fariseus um homem 
chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.
2 - Este foi ter de noite com Jesus e disse-lhe: 
Rabi, bem sabemos que és mestre vindo de 
Deus, porque ninguém pode fazer estes 
sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.
3 - Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, 
na verdade te digo que aquele que não nas­
cer de novo não pode ver o Reino de Deus.
4 - Disse-lhe Nicodemos: Como pode um 
homem nascer, sendo velho? Porventura, 
pode tornar a entrar no ventre de sua 
mãe e nascer?
5 - Jesus respondeu: Na verdade, na ver­
dade te digo que aquele que não nascer 
da água e do Espírito não pode entrar 
no Reino de Deus.
6 - 0 que é nascido da carne é carne, 
e o que é nascido do Espírito é espírito. 
7 - Não te maravilhes de te ter dito: 
Necessário vos é nascer de novo.
8 - 0 vento assopra onde quer, e ouves a 
sua voz, mas não sabes donde vem, nem 
para onde vai; assim é todo aquele que 
é nascido do Espírito.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Neste trim estre, estudarem os a 
Jornada do Cristão. Para iniciarmos a 
os nossos estudos, temos o propósito 
de compreender o início de nossa ca­
minhada com Cristo e o quanto somos 
agraciados com a presença da Santíssima 
Trindade nessa trajetória. Conceitua­
remos também o Novo Nascimento e
0 estudaremos como uma experiência 
proveniente do Espírito Santo, conforme 
as Escrituras nos apresentam. Final­
mente, m ostrarem os a im portância 
do Novo Testamento no início dessa 
jornada de fé.
1 - A CAMINHADA COM CRISTO
1. Compreendendo os dois cam i­
nhos. Na história humana, temos dois 
caminhos: o da vida natural e o da vida 
com Cristo.
a) Vida humana. A primeira se ini­
cia no momento do nosso nascimento
natural. Ela poderá ser longa ou curta, 
mas não eterna. Essa trajetória huma­
na é marcada pelas fases da infância, 
adolescência, juventude, vida adulta 
e velhice. Também é caracterizada 
por dois momentos: o nascimento e a 
morte. É a esse tipo de jornada da vida 
que Jesus se refere quando diz: “ O que 
é nascido da carne é carne” (Jo 3.6).
b) Vida com Cristo. A vida humana 
pode se tornar uma jornada maravilho­
sa quando convidamos o Senhor Jesus 
para fazer parte dela. A nova vida com 
Cristo é o começo de uma nova história, 
de felicidade verdadeira e de plenitude 
no Espírito (Rm 8.2). Nessa vida há 
novos propósitos, novos pensamentos 
e novas esperanças (Rm 12.2). Afinal, 
nos tornamos um(a) filho(a) de Deus. 
Esse tipo de jornada de vida que nosso 
Senhor se refere quando diz: “O que é 
nascido do Espírito é espírito” (Jo 3.6).
2. Os três companheiros da nossa 
cam inhada. Quando recebemos Je-
4 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO ABRIL ■ MAIO ■ JUNHO 2024
sus como Salvador, Deus passa a ser 
o nosso Pai (Ef 1.3-6). Agora somos 
cuidados, instruídos e fortalecidos por 
Ele. Temos um relacionamento de pai 
e filho. Além do Pai, temos também o 
seu Filho como aquEle que nos concede 
a vitória contra o pecado e toda a sorte 
de males (1 Co 15.57); e, por nos amar, 
nos concedeu a sua vida (Jo 3.16) e nos 
conduz em segurança para o seu reino 
celestial (Cl 2.6,7). Finalmente, temos 
agora o terceiro membro da trindade, o 
Espírito Santo como nosso auxiliador e 
consolador (Jo 14..26). Pelo intermédio 
dEle, Deus operou o milagre do Novo 
Nascimento, transformando a nossa 
natureza caída e nos tornando em seus 
legítim os filhos. Tudo isso significa 
nascer do Espírito ou Novo Nascimento 
(Jo 3.6; Jo 1.13; 1 Co 15.50).
II - 0 NOVO NASCIMENTO
1. Por que precisamos do Novo Nas­
cimento? No início do diálogo entre 
Jesus e Nicodemos, o termo “homem” 
se destaca. Esse substantivo masculino 
do grego ãnthrõpos, que significa “ho­
mem” , tem um uso genérico no textoe, por isso, seu sentido inclui todos os 
seres humanos (Jo 3.4.).
Assim, o Senhor Jesus afirmou que 
Nicodemos precisava nascer de novo, um 
novo nascimento vindo diretamente do 
céu. Como homem, ele estava na con­
dição caída de todos os seres humanos 
“porque todos pecaram” (Rm 3.23). Nesse 
sentido, todo ser humano precisa passar 
pelo processo de regeneração, experi­
mentar uma ação divina no interior, ou 
seja, nascer de novo (Jo 3.5; 20.22; 15.5; 
2 Co 5.17).
2. A religião não faz nascer de novo. 
Nicodemos era um príncipe dos judeus. 
A inclusão do termo “ fariseu” no relato 
evidencia que era um homem bem en-
Pelo intermédio dEle,
Deus operou o milagre 
do Novo Nascimento, 
transformando a nossa 
natureza caída e nos 
tornando em seus legítimos 
filhos.”
raizado na religião judaica. Ele conhecia 
profundamente Deus, segundo a tradição 
monoteísta do judaísmo, os ensinos da Lei 
e dos Profetas e a história do seu povo. 
Mas ao que se nota, sua tradição não 
oferecia o que sua alma precisava. Por 
isso Nicodemos foi ao encontro de Cristo, 
identificando nEle o real poder de Deus, 
conforme podemos comprovar nestas 
suas palavras: “ninguém pode fazer estes 
sinais que tu fazes” (Jo 3.2). Conhecendo 
bem o coração desse príncipe dos ju­
deus, Jesus foi direto ao ponto: “Aquele 
que não nascer de novo não pode ver 
o Reino de Deus” (Jo 3.3). Portanto, a 
nova vida que Nicodemos precisava só 
seria encontrada diretamente na ação 
poderosa do Espírito Santo (Jo 16.7-11; 
Rm 8.5-7).
3.0 Novo Nascimento e seu processo. 
A expressão “de novo” , que significa “do 
céu” (Jo 3.31; Gl 6.15; 1 Jo 3.9), mostra que 
a nova vida com Cristo, isto é, a vida 
eterna, gerada por intermédio da Palavra 
(1 Pe 1.23), vem de cima, de Deus e de 
mais ninguém (Jo 1.13). Para explicar 
esse processo de nascer de novo, nosso 
Senhor fez uso de dois termos: “água” 
e “ Espírito” . Com a água, de acordo 
com o contexto do Evangelho de João, 
pode-se referir à Antiga Lei e, simboli­
ABRIL ■ MAIO ■ JUNHO 2024 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO 5
camente, ao seu sentido (Jo 1.33; 4..7-14.; 
738 ,39). Ora, nosso Senhor cumpriu a 
Lei (Mt 5.17), de modo que ao falar da 
velha ordem, a representação da água 
era assegurada; mas por intermédio 
da nova ordem, a Nova Aliança, por 
meio obra do Espírito Santo, a água 
iria jorrar para a vida eterna (Jo 4.14). 
Com o Espírito, nosso Senhor faz o uso 
analógico do vento, do grego pneuma 
(espírito, vento). Ninguém pode vê-lo 
nascer, nem para onde vai, mas pode 
senti-lo. Semelhantemente, a vida com 
Cristo se inicia pela regeneração (gennao 
- ser nascido) como obra do Espírito 
Santo que transforma pessoas pela fé 
em Cristo. Esse processo é um milagre 
do alto, um mistério da fé.
III - 0 NOVO TESTAMENTO E A 
CAMINHADA DE FÉ DO CRISTÃO
1 . 0 Novo Testamento. O conceito de 
Novo Testamento como Escritura é um 
processo gradual na vida da Igreja. No 
início, ele não era visto pela Igreja como 
um livro, mas como uma unidade que 
fazia a diferença entre a Antiga Aliança 
(a Lei) e a Nova Aliança (o Evangelho) 
com o cumprimento pleno em Cristo 
(Gl 4.4). Esse entendimento deriva das 
raízes bíblicas (2 Co 3.6). Nesse contexto, 
a palavra “aliança” ganha relevância. 
Traduzida pela Septuaginta, da palavra 
grega áiathéke, de acordo com Jeremias 
31.31, ela tem o sentido de ordenação, 
dispensação e economia da salvação. Do 
latim, o termo testamentum traz essa 
mesma força descritiva do termo diathéke. 
Assim, do ponto de vista canônico, o 
Antigo e o Novo Testamentos formam 
as Escrituras Sagradas do cristão.
2. O tem a principal do Novo T es­
tam ento . O tem a cen tra l do Novo 
Testamento é a pessoa de Jesus Cristo. 
Há diversos personagens apresentados
nesse documento sagrado, mas todos 
ganham relevância apenas quando estão 
relacionados à sombra de nosso Senhor. 
Tudo se volta para a pessoa de Cristo, 
posto que seu m inistério tem uma 
ênfase salvífica cujo interesse maior 
é o de reconciliar o mundo com Deus 
(Mt 1.21,23; Jo 1.14; íTm 2.5).
3. A importância do Novo Testamen­
to na caminhada do cristão. O Antigo 
Testamento tem grande importância 
para o povo de Deus. O Senhor Jesus o 
dividiu, evidenciando três categorias 
que apontavam para sua pessoa: Lei, 
Profetas e Escritos (Lc 24.44). Contudo, 
o cristão deve começar sua jornada de fé 
pelo Novo Testamento. Este documento 
sagrado reflete o desenvolvimento da 
revelação divina, envolvendo a vida 
e o ministério de nosso Senhor Jesus 
Cristo, no qual se desdobra todo o plano 
arquitetado por Deus a respeito da nossa 
salvação. No Antigo Testamento temos a 
promessa; no Novo, o seu cumprimento 
(Hb 1.1,2). Nesse testamento, temos a 
consumação do plano do Pai em Jesus 
para que o ser humano fosse reconciliado 
com Ele e iniciasse uma nova jornada 
de fé (2 Co 5.19).
CONCLUSÃO
A jornada com Cristo tem início com 
o Novo Nascimento. Ela se estende por 
meio de uma longa peregrinação espiri­
tual até o relacionamento perfeito com 
Jesus (Mt 16.24). Nessa peregrinação, os 
que começaram a nova vida com Cristo 
podem contar com a presença do Pai, 
do Filho e do Espírito Santo. Assim , 
seremos guiados pelas palavras do Novo 
Testamento que tratam da vida, morte 
e ressureição do Senhor Jesus, em quem 
a nossa fé está fundamentada.
6 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO ABRIL ■ MAIO ■ JUNHO 2024
REVISANDO O CONTEÚDO
1. O que é a nova vida com Cristo?
2. Quais os três companheiros da cam inhada cristã?
3. Explique o termo “ homem” , de acordo com a lição.
4. O que a expressão “ de novo” significa e, ao mesmo tempo, demonstra?
5. Por que o cristão deve começar sua jornada de fé pelo Novo Testamento?
VOCABULÁRIO
Monoteísta: adepto do monoteísmo; doutrina que ensina a existência de 
uma única divindade
Analógico: relativo à analogia; relação de semelhança entre coisas ou fatos. 
Septuaginta: Antiga tradução em grego do Antigo Testamento hebraico.
LEITURAS PARA APROFUNDAR
O B Râ CSMP1STA 
IHCÜJINDO A PC RS6HS
O Peregrino
Ura dos maiores clássicos da literatura 
cristã. Escrita no século XVII, esta obra 
fala sobre a caminhada de Cristão, 
um homem que deixou a Cidade da 
Destruição rumo à Cidade Celestial.
The
CH O SEN
O S E S C O L H I D O S 
E U T E C H A M E I P E L O N O M E
JERRY B. JENKINS
TheChosen
Baseado na aclamada série de vídeos 
The Chosen, a história mais incrível já 
contada sobre a vida de Jesus ganha uma 
nova narrativa do autor best-seller do 
New York Times Jerry B. Jenkins.
ABRIL • MAIO • JUNHO 2024 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO 7
LIÇÃO 2
14 de Abril de 2024
A ESCOLHA ENTRE A PORTA 
ESTREITA E A PORTA LARGA
TEXTO ÁUREO
“Porfiai por entrar pela 
porta estreita, porque eu vos 
digo que muitos procurarão 
entrar e não poderão.”
(Lc 13.24)
V__________________________________
VERDADE PRÁTICA
A porta estreita não é 
uma opção, mas a única 
alternativa disponível para 0 
crente entrar no Céu.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Pv 15.24
A ideia da “ porta estreita” presente 
no AT
Terça - Mt 5.39,48
Princípios celestiais da “ porta 
estreita”
Quarta - Mt 16.24; Rm 6.6; Gl 5.24 
Renúncia e a glória progressiva da 
“ porta estreita”
Quinta - 1 Co 6.9,10; Gl 5 19 -2 1 
A recompensa de quem entra pela 
“ porta larga”
Sexta - Is 1.15,16; 55-75 Jr 7-3-7 
A “ porta estreita” é um chamado 
ao arrependimento 
Sábado - Pv 28.13; 1 Jo 1.7 
A “ porta estreita” é um caminho 
de confissão e de perdão
8 LIÇÕES BÍBLICAS ■ ALUNO ABRIL • MAIO • JUNHO 2024
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus 7.13,14; 3.1-10.
Mateus 7
13 - Entrai pela porta estreita, porque 
larga é a porta, e espaçoso, 0 caminho 
que conduz à perdição, e muitos são os 
que entram por ela;
14 - £ porque estreita é a porta, e aper­
tado, 0 caminho que leva à vida, e poucos 
há que a encontrem.
Mateus 3
1 - E, naqueles dias, apareceu João Batista 
pregando no deserto da Judeia 
2 - e dizendo: Arrependei-vos, porque é 
chegado 0 Reino dos céus.
3 - Porque este é 0 anunciado pelo profeta 
Isaías, que disse: Voz do que clama no 
deserto:Preparai 0 caminho do Senhor, 
endireitai as suas veredas.
4 - £ este João tinha a sua veste de pelos 
de camelo e um cinto de couro em torno
de seus lombos e alimentava-se de ga­
fanhotos e de mel silvestre.
5 - Então, ia ter com ele Jerusalém, e toda a 
Judeia, e toda a província adjacente ao Jordão;
6 - e eram por ele batizados no rio Jor­
dão, confessando os seus pecados.
7 - E, vendo ele muitos dos fariseus e dos 
saduceus que vinham ao seu batismo, 
dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos 
ensinou a fugir da ira futura?
8 - Produzi, pois, frutos dignos de ar­
rependimento
9 - e não presumais de vós mesmos, di­
zendo: Temos por pai a Abraão; porque eu 
vos digo que mesmo destas pedras Deus 
pode suscitar filhos a Abraão.
10 - E também, agora, está posto 0 ma­
chado à raiz das árvores; toda árvore, 
pois, que não produz bom fruto é cortada 
e lançada no fogo.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos 0 símbolo 
da porta estreita e da larga, do caminho 
apertado e do espaçoso. Nosso propósito 
é pontuar algumas razões que nos mos­
tram porque devemos escolher a porta 
estreita e, do ponto de vista bíblico, como 
entrar pelo caminho apertado. Nesse 
sentido, veremos que 0 início da nossa 
jornada deve levar em conta 0 caminho 
que nos conduz ao Céu.
I - PORTAS E CAMINHOS 
1. A porta estreita. A ideia de uma 
“ porta estreita” como caminho para a 
vida está presente tanto na literatura 
judaica quanto na cristã. Por exemplo,
essa concepção é encontrada no Antigo 
Testamento (Pv 15.24). Sabemos que a 
porta é uma entrada existente em um 
edifício ou 0 muro de uma cidade, algo 
muito comum nos tempos antigos, em 
que a cidade era toda murada e, ao re­
dor de todo 0 edifício, havia uma porta 
estreita. Era por meio dessa porta que 
todos entravam e saíam da cidade.
2.0 caminho apertado. Quando fa­
lamos de caminho apertado, apontamos 
para a conduta, a maneira de viver que 
evidencia salvação ou perdição. Nesse 
sentido, a linguagem figurada do “ ca­
minho apertado” , conforme Mateus 
7, aponta para os que desejam a vida 
eterna. Não por acaso, a palavra “aper-
ABRIL • MAIO • JUNHO 2 0 2 4 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO 9
tado” vem do verbo grego thlíbõ que 
significa “prensar como uvas, espremer, 
pressionar com firmeza, caminho com­
primido, contraído; metaforicamente, 
aborrecer, afligir, angustiar” . Assim, 
o caminho apertado é o que nos leva a 
praticar os ensinamentos de Jesus de 
modo bem concreto: amar os inimigos, 
não praticar a hipocrisia, acumular 
tesouros no céu dentre outros prin­
cípios celestiais ensinados no Sermão 
do Monte (Mt 5.39,48).
3. Porta larga e caminho espaçoso. 
A porta larga e 0 caminho espaçoso 
simbolizam uma vida sem compromisso 
com Cristo, segundo 0 padrão do Mundo. 
Essa porta recebe muitas pessoas que 
expressam crenças e valores segundo a 
sua vã maneira de viver. Um caminho 
que tem seduzido muitos por meio da 
busca irrefreada do prazer e das idéias 
que negam a Bíblia como nossa única 
regra de fé e conduta. Tratam-se, pois,
de uma porta e de um caminho em que 
entram pessoas que vivem segundo 
suas próprias idéias (Jz 21.25) e que 
não desejam ajustar-se aos ensinos das 
Escrituras Sagradas (Jo 7.38).
II - POR QUE ENTRAR PELA 
PORTA ESTREITA É DIFÍCIL
1. Uma porta aberta, porém, difícil.
A porta para a entrada na pátria ce­
lestial está aberta. Porém, há muitos 
impedimentos para que a alma humana 
a atravesse: 0 egoísmo, 0 ego inflado, 
a idolatria, dentre outros. Contudo, 
nosso Senhor ensinou que para tomar 
o caminho do céu é preciso negar a si 
mesmo, deixar morrer 0 que somos 
para viver a vida com Ele a fim de 
que resulte uma glória progressiva e 
indizível (Mt 16.24; Rm 6.6; G1 5.24).
2. As oportunidades da porta larga 
são atraentes. Para muitos, 0 caminho
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
“ PORTAS DA CIDADE
No mundo antigo, as portas desempenhavam 
um papel crítico nas defesas de uma cidade. 
As portas geralmente eram 0 ponto mais fraco 
nos muros de uma cidade e, portanto, muitas 
vezes 0 ponto de ataque dos exércitos sitiantes. 
Para uma cidade ser forte, não bastavam muros 
maciços; tinha de ter portas fortes.
As portas da cidade também eram 0 local 
dos tribunais judiciais, bem como o local onde 
os impostos eram recolhidos. Jeremias 38.7 
indica que 0 rei realizou a corte em uma das 
portas de Jerusalém. Quando os profetas do 
AT atacam a injustiça, eles frequentemente 
se referem às portas da cidade como lugar de 
justiça (Am 5.15).” Amplie mais 0 seu conhe­
cimento, lendo 0 Dicionário Bíblico Baker, 
editado pela CPAD, p.400.
10 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO ABRIL • MAIO • JUNHO 2024
f l
da porta estreita não é atraente, pois 
a porta larga oferece uma jornada de 
prazeres, deleites e libertinagem. En­
tretanto, os que andam nesse caminho 
são dominados pelas ilusões da vida, 
enredando-se numa sedutora fantasia. 
É um caminho de apego prazeroso ao 
mundo e de desprezo a Deus (1 Jo 2.15,16). 
Tragicamente, todos os que amam 0 
mundo não terão direito a entrar nos 
céus (l Co 6.9,10; G1 5.19-21). Por isso, 0 
cristão comprometido com 0 Evangelho 
de Cristo sabe que “0 mundo passa, e 
a sua concupiscência; mas aquele que 
faz a vontade de Deus permanece para 
sempre” (1 Jo 2.17).
3. As razões das exigências. Dife­
rentemente da porta larga e do caminho 
espaçoso, a porta estreita e 0 caminho 
apertado requerem uma transformação 
interior, uma decisão pessoal e uma 
disposição em seguir na contramão da 
maioria. Só começa a trilhar pelo cami­
nho da porta estreita quem se reconhece 
em Cristo como um pecador (2 Co 12.9) e 
com disposição de viver uma vida dirigida 
por Ele como um novo começo (2 Co 5.17). 
A partir dessa jornada, o Evangelho nos 
faz caminhar em santidade, seguir os 
passos de Cristo e andar como Ele andou 
(1 Jo 2.6). Então, estaremos prontos para 
criar raízes e enfrentar os obstáculos de 
nossa jornada cristã (Lc 8.13,14).
III - ENTRANDO PELA PORTA E 
PELO CAMINHO DO CÉU
1. Arrependimento de pecados. Por 
meio das palavras do arauto divino, 
João Batista (Mt 3.1-10), a mensagem 
pregada por ele para entrar no Reino 
de Deus é 0 Arrependimento. João é 
uma voz que ecoa entre a Antiga e a 
Nova Alianças, confirmando as palavras 
dos profetas do Antigo Testamento, 
pois sua mensagem de arrependimen-
D iferentem ente da 
porta larga e do 
cam inho espaçoso , 
a porta estre ita e o 
cam inho apertado 
requerem um a 
tran sform ação in terior, 
um a decisão p essoal
to era a mesma pregada por Isaías e 
Jeremias (Is 1.16,15; 55-7; Jr 73- 7)- Por 
essa razão, é importante ponderar que 
0 arrependimento bíblico não é uma 
questão meramente emocional, mas uma 
disposição para mudar de ideia e um 
exercício que envolve 0 aspecto mental e 
moral do pecador. Por meio da pregação 
e da aceitação do Evangelho, mediante a 
ação regeneradora do Espírito Santo, 0 
pecador renuncia ao pecado, reorienta a 
vida e firma uma resolução de deixar 0 
caminho espaçoso para tomar 0 caminho 
que conduz para a vida eterna.
2. Confissão de pecados. O m inis­
tério de João Batista foi impactante, de 
modo que iam ter com ele toda Judeia 
e a província do Jordão (Mt 3.5). Os 
que iam até João confessavam os seus 
pecados para serem batizados. Ora, a 
Bíblia diz que todos pecaram e separados 
estão da glória de Deus (Rm 3.23). Sem 
que 0 homem reconheça que é pecador, 
jamais compreenderá que precisa de um 
Salvador. Nesse aspecto, a confissão 
pessoal dos pecados é uma perspectiva 
nova que aparece com 0 ministério de
ABRIL • MAIO • JUNHO 2024 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO 11
v v
Assim, quando o homem 
reconhece em confissão 
que é um pecador, ele 
recebe o perdão de seus 
pecados.”
João Batista. Em Israel, a confissão 
era nacional e se dava em dia especial 
como no Dia da Expiação (Nm 5.7). Por 
meio do modelo de vida de João Batista, 
a confissão de pecados passou a fazer 
parte da tradição cristã. Desse modo, a 
pessoa confessa os seus pecados (SI 32.5) 
e afirma que crê em Deus Poderoso e 
Salvador (Rm 10.9,10). Assim, quando0 homem reconhece em confissão que 
é um pecador, ele recebe 0 perdão de 
seus pecados (Pv 28.13; 1 Jo 1.7).
3. Produzindo frutos de arrepen­
dimento. Para João Batista, 0 batismo 
e a confissão somente não seriam as 
provas verdadeiras da mudança de vida.
Era preciso apresentar frutos na vida 
como a marca de um arrependimento 
sincero. Em Lucas, podemos contem­
plar frutos concretos que João Batista 
esperava de quem se arrependesse: 
honestidade, misericórdia, respeito às 
autoridades, dentre outros (Lc 3.11-14). 
Isso era a prova de que a natureza da 
pessoa havia sido verdadeiram ente 
transform ada. Portanto, uma pes­
soa que teve um encontro verdadeiro 
com Jesus produzirá frutos dignos de 
arrependimento, uma nova forma de 
pensar e agir, um novo estilo de vida 
(Mt 3.2; 21.29; Mc 1.15).
CONCLUSÃO
No momento que inicia sua jor­
nada com Cristo, 0 cristão deve ter a 
consciência de que escolheu o caminho 
estreito e a porta apertada para trilhar 
o caminho do céu. Isso significa que 
precisamos renunciar ao eu, nossos 
pensamentos e desejos, para que Cristo 
apareça (2 Co 5.17). Isso só é possível por 
meio de um verdadeiro arrependimento, 
confissão de pecados e a experiência 
do perdão.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. O que significa dizer “ caminho apertado”?
2. O que a “ porta larga” e 0 “ caminho espaçoso” simbolizam?
3. O que 0 Senhor Jesus ensinou a respeito de fazer 0 caminho da “ por­
ta estreita”?
4. O que a “ porta estreita” requer da pessoa?
5. Que tipo de disposição deve haver no arrependimento bíblico?
12 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO ABRIL • MAIO • JUNHO 2 0 2 4
^ r
TEXTO ÁUREO
“Mas a nossa cidade está 
nos céus, donde também 
esperamos o Salvador, o 
Senhor Jesus Cristo.” 
(Fp 3.20)
V______________ •
VERDADE PRÁTICA
O crente deve viver a vida cristã 
com a mente voltada para 0 céu 
como sua legítima esperança.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 1.1; Mt 3.2; Ap 21.10 
A maravilhosa realidade bíblica do
Céu
Terça - 1 Ts 4.17; cf. Ef 1.3,20; 2.6 
Estaremos para sempre com o 
Senhor no Céu
Quarta - 1 Co 9.24; 2 Tm 4.8 
Há um prêmio a ser alcançado:
0 Céu
Quinta - Hb 12.23; G14.26; Fp 3.20 
Céu: morada de Deus e pátria 
dos santos 
Sexta - Jo 14.3
A promessa de que estaremos com 
Cristo no Céu
Sábado - 1 Co 15.26,54; Is 61.3; 65.19 
Uma nova realidade experimentada 
no Céu
ABRIL • MAIO • JUNHO 2024 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO 1 3
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Filipenses 3 .13 ,14 ,20 ,2 1; Apocalipse 2 1 .1 -4
Filipenses 3
13 - Irmãos, quanto a mim, não julgo que 
0 haja alcançado; mas uma coisa faço, 
e é que, esquecendo-me das coisas que 
atrás ficam e avançando para as que estão 
diante de mim,
14 - prossigo para o alvo, pelo prêmio da 
soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.
20 - Mas a nossa cidade está nos céus, 
donde também esperamos 0 Salvador, 0 
Senhor Jesus Cristo,
21 - que transformará 0 nosso corpo 
abatido, para ser conforme 0 seu corpo 
glorioso, segundo 0 seu eficaz poder de 
sujeitar também a si todas as coisas.
Apocalipse 21
1 - E vi um novo céu e uma nova terra. 
Porque já 0 primeiro céu e a primeira terra 
passaram, e 0 mar já não existe.
2 - E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova 
Jerusalém, que de Deus descia do céu, 
adereçada como uma esposa ataviada 
para 0 seu marido.
3 - E ouvi uma grande voz do céu, que 
dizia: Eis aqui 0 tabernáculo de Deus com 
os homens, pois com eles habitará, e eles 
serão o seu povo, e 0 mesmo Deus estará 
com eles e será 0 seu Deus.
4 - E Deus limpará de seus olhos toda 
lágrima, e não haverá mais morte, nem 
pranto, nem clamor, nem dor, porque já as 
primeiras coisas são passadas.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Ao homem natural é im possível 
discernir as coisas espirituais, visto 
que elas só podem ser discernidas 
espiritualmente (l Co 2.14). Por isso, a 
sabedoria humana apresenta diversas 
concepções enganosas a respeito do 
céu, a ponto de negar a sua existên­
cia. Contudo, ao cristão é garantido a 
gloriosa promessa de desfrutar do céu 
como sua morada na vida eterna com 
Deus (Jo 11.25,26; 14.2,3; At 1.11). Em 
vista disso, 0 nosso propósito é 0 de 
mostrar 0 céu como destino glorioso 
de todo cristão peregrino.
I - CÉU: O ALVO DE TODO 
CRISTÃO
l . D efinindo céu. A palavra h e­
braica shamayim, que significa céu,
céus (Gn 1.1), aparece 419 vezes no 
Antigo Testam ento. O termo grego 
ouranós, céu (Mt 3.2; Ap 21.10), aparece 
280 vezes no Novo Testamento com 
dois sentidos: 1) como firmamento, 
universo, atmosfera; 2) céus siderais 
e estrelados, região acima dos céus 
siderais, sede da ordem das coisas 
eternas e perfeitas onde Deus e cria­
turas celestes habitam.
Nas traduções da Bíblia em língua 
portuguesa, a palavra shamayim foi 
traduzida por “ altura” ; e ouranós, como 
“algo elevado” . Ambas as palavras são 
usadas para se referir a três locais dis­
tintos: 1) céu atmosférico (Dt 11.11,17); 
2) universo ou firmamento dos céus (Gn 
1.14; 15.5; Hb 1.10); 3) morada de Deus 
(Is 63.15; Mt 7-11,21; Ap 3.12). Dos três 
locais aplicados à palavra céu, 0 mais
1 4 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO ABRIL • MAIO • JUNHO 2024
v v
N esse sentido, o poder 
que está em sua vida 
vem do céu e o habilita a 
vencer a cada d ia .”
importante para o ctistão é o terceiro, 
a morada de Deus.
2.0 céu conforme o ensino de Paulo. 
O apóstolo Paulo foi arrebatado até o 
terceiro céu. Não por acaso, esse céu 
está enfatizado nas cartas do apóstolo 
como lugar celestial, o lar dos salvos 
em Cristo Jesus, onde temos um destino 
assegurado: o de estar para sempre com 
o Senhor (t Ts 4.17; cf. Ef 1.3,20; 2.6). 
Por isso, vivendo em Cristo, 0 crente 
desenvolve um relacionamento na esfera 
do reino, de modo que, ainda que não 
tenha ido para o céu, toda a sua vocação 
é celestial no presente momento de sua 
vida. Dessa forma, 0 poder que está 
em sua vida vem do céu e 0 habilita a 
vencer a cada dia.
3. 0 alvo do cristão. Depois de salvo, 
não pertencemos mais a este mundo. 
Por isso, Paulo ensina que prossegue 
para 0 alvo, isto é, a linha de chegada 
que 0 atleta alcança 0 prêmio (1 Co 9.24; 
2 Tm 4.8). Assim, 0 apóstolo persegue 
0 prêmio com determinação, liberdade, 
empenho e com os olhos fixos no Autor 
da Salvação (Hb 12.2). Igualmente, 0 
cristão passa a ter 0 céu como alvo por 
causa da soberana vocação, que vem de 
cima, isto é, de Deus por meio de Jesus 
Cristo. O seu alvo revela o resultado 
de uma nova vida e, por isso, 0 crente 
se volta para as coisas do céu (Cl 3.2).
A expressão a “ nossa pátria está nos 
céus” sintetiza bem essa nova realidade 
(Fp 3.20). Ao mencionar essa expres­
são, 0 apóstolo mostra que temos uma 
cidadania celestial (Ef 2.19). Para viver 
a plenitude dessa cidadania, 0 cristão 
peregrina para algo perfeito, absoluto, 
em que finalmente terá o corpo abatido 
transformado conforme 0 corpo glorioso 
de Jesus Cristo (1 Co 15.44; 1J0 3.2).
II - A DESCRIÇÃO DO CÉU 
SEGUNDO O LIVRO 
DO APOCALIPSE
1. O novo céu e a nova terra. Depois 
da abertura dos sete selos, conforme 
Apocalipse 6, em que predominaram 
a desordem, a tribulação e 0 juízo, o 
quadro revelado na sequência é 0 de um 
novo estado eterno. O apóstolo João diz 
que 0 primeiro céu e a primeira terra 
passaram, o mar não existe mais; esse 
céu (também ouranós) é 0 espaço astro­
nômico, não se trata da habitação eterna 
de Deus. Então, o apóstolo contempla 
um novo céu e uma nova terra (Ap 21.1). 
O adjetivo grego kainós (novo), que 
aparece no texto, traz a ideia de novo 
com respeito à forma; fresco, recente, 
não usado. Nesse sentido, 0 novo céu é 
um lugar sem precedente, incomum e 
desconhecido. Isaías profetizou a criação 
de novos céus e nova terra (Is 65.17); o 
apóstolo Pedro confirmou essa espe­
rança (2 Pe 3.13). Esse lugar é 0 destino 
do cristão, um novo lar completamente 
redimido, sem qualquer semelhança 
com 0 mundo antigo, pois “eis que faço 
novas todas as coisas” (Ap 21.5).
2. A linda cidade como nossa nova 
morada. No versículo 2 (Ap 21), o após­
tolo João faz menção à descida da Cidade 
Santa e somente a partirdo versículo 
9 que ele começa a descrever a beleza 
dessa cidade. Por meio de passagens
ABRIL • MAIO • JUNHO 202Z, LIÇÕES BÍBLICAS ■ ALUNO 1 5
do Novo Testamento, a Nova Jerusalém 
pode ser descrita como a morada de 
Deus, a pátria dos salvos, lugar em que 
os santos habitarão (Hb 12.23; Gl 4.26; 
Fp 3.20). Assim, cremos e afirmamos 
que essa linda cidade será um lugar 
em que Deus e 0 Cordeiro são 0 seu 
templo; a glória de Deus a iluminará, 
e o Cordeiro será a sua lâmpada (Ap 
21.22,23). Na Nova Jerusalém não haverá 
dor, tristeza ou sofrimento (Ap 21.4). 
Além disso, depois da ressureição (Ap 
20.4), e quando todas as coisas forem 
consumadas, essa Jerusalém Celestial 
descerá do céu e ficará para sempre na 
nova terra. O apóstolo João descreve a 
Nova Jerusalém Celestial como 0 lugar de 
redimidos que habitam a gloriosa Cidade. 
Portanto, para nós, a visão descrita em 
Apocalipse 21 refere-se ao Céu como a 
eternidade, a Nova Jersusalém como a 
Nova Cidade, 0 nosso novo lar criado 
sem pecado, onde a bem-aventurança 
eterna será desfrutada pelos santos 
para todo o sempre.
III - CÉU: O FIM DA JORNADA 
CRISTÃ
1. Estarem os onde Deus está. Em 
Apocalipse 21, há uma concretização da 
jornada cristã em que 0 crente estará 
onde Deus habita, conforme 0 nosso 
Senhor disse que viria e nos levaria 
para estarmos com 0 Pai (Jo 14.3). Nesse 
lugar, habitaremos com Deus em seu 
tabernáculo, pois nós seremos 0 seu 
povo e Ele 0 nosso Deus (Ap 21.3). Tudo 
isso se tornará realidade no futuro,
remos no céu é a de que Deus enxugará 
de nossos olhos todas as lágrim as. 
Essas lágrimas simbolizam a tristeza,
0 sofrimento, as tragédias humanas e 
outros diversos males que não terão 
lugar nessa nova realidade de vida, pois 
todas as primeiras coisas são passadas
(1 Co 15.26,54: Is 61.3; 65.19).
Tudo isso será possível porque 
haverá também uma transformação 
no mundo físico, de modo que ele será 
inteiramente transformado e liberto 
da corrupção, como Paulo esclareceu 
a respeito da redenção do mundo ma­
terial (Rm 8.21).
3. O Céu como repouso eterno. A
expressão “ repouso” nada tem a ver 
com tédio, pois no Céu haverá cons­
tante atividades: adoração (Ap 19.1-8); 
serviço (Ap 22.3); ilimitada aprendi­
zagem (l Co 13.12). Trata-se de uma 
dimensão completamente distinta do 
que conhecemos atualmente. Por isso, 
quando afirmamos que 0 Céu será um 
lugar de repouso ou de descanso é pelo 
fato de que 0 crente descansará de suas 
fatigas, cansaço e exaustão presentes 
hoje (Ap 14.13); estaremos plenamente 
satisfeitos em comunhão uns com os 
outros e com 0 nosso Senhor (Mt 8.11; 
Ap 19.9). Esse lugar de repouso é 0 fim 
de nossa jornada cristã, é a experi­
mentação da morada dos redimidos. 
Portanto, toda nossa vida cristã atual 
deve ser vivida com a mente voltada 
para a realidade eterna do Céu como 
verdadeira esperança (Cl 3-2).
CONCLUSÃO
Para se viver a esperança celestial é
quando nossa união com Deus se dara 
sem impedimento, cumprindo toda a 
expectativa tanto do Antigo quanto do 
Novo Testamentos (Lv 26.11-12; Ez 43.7; 
2C0 6.16; Ap 7.15).
2. As lágrim as cessarão. Uma das 
mais gloriosas bênçãos que desfruta-
preciso nascer de novo, viver em Cristo 
e transformar a mente. É preciso ter 
uma nova natureza (Jo 3.12). Sem isso, 
é impossível crer nas coisas espirituais, 
pois estas só podem ser discernidas
1 6 LIÇÕES BÍBLICAS - ALUNO
ABRIL • MAIO • JUNHO 2024
espiritualmente (1 Co 2.14). Portanto, Cristo, conforme as regras d ivinas 
prossigamos a nossa jornada para 0 estabelecidas na Palavra de Deus (1 Co 
Céu de glória, o alvo de todo salvo em 9.24; 2 Tm 4.8).
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Dos três locais aplicados à palavra Céu, qual 0 mais importante para 
o cristão de acordo com a lição?
2. O que 0 apóstolo mostra com a expressão a “ nossa pátria está nos céus”?
3. Segundo a lição, como o apóstolo João descreve a nova Jerusalém?
4. Cite uma das m ais gloriosas bênçãos que desfrutaremos no Céu.
5. De acordo com a lição, como a nossa vida cristã atual deve ser vivida?
LEITURAS PARA APROFUNDAR
ROBERTJ. MORGAN ■
OS 5 0 g
ACONTECIMENTOS 1
FINAIS N A l 
HISTÓRIA DA 
HUMANIDADE
Os 50 Acontecimentos 
Finais na História da 
Humanidade
Apocalipse são as palavras 
finais da Bíblia sobre os últimos 
dias do mundo. A chave é 
entender sua sequência simples 
dos cinquenta eventos finais da 
história mundial.
Estudos sobre o 
Apocalipse
Em busca de respostas às questões 
escritas no livro de Apocalipse, 
nesta obra você encontrará uma 
solene advertência a todos os 
cristãos que se preocupam em 
preparar-se para o breve retorno 
de Cristo.
ABRIL • MAIO • JUNHO 2 0 2 4 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO 1 7
COMO SE CONDUZIR 
NA CAMINHADA
TEXTO ÁUREO
“Andai com sabedoria para 
com os que estão de fora, 
remindo o tempo."
(Cl 4 -5)
^____________________________
(
VERDADE PRÁTICA
A jornada para Céu deve ser 
feita com prudência e sabedoria 
num contexto de oposição a 
nossa maneira de viver.
___________ J
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jo 13.15 Quinta - Pv 9.9,10
0 Senhor Jesus como nosso modelo A necessidade da prudência na
de vida caminhada
Terça - Jo 4 34 ; 6.38; 17-4 Sexta - Ef 2.2,3
Fazendo a vontade do Pai na Não podemos trilhar 0 caminho
caminhada dos néscios na jornada
Quarta - 1 Co 9.24-27 Sábado - Cl 4.5
A jornada espiritual semelhante à Remindo 0 tempo ao longo da
de um atleta caminhada
L __________________________________ ____________________________ J
18 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO ABRIL • MAIO • JUNHO 2 0 2 4
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Efésios 5 .15 - 17
15 - Portanto, vede prudentemente como 17 - Pelo que não sejais insensatos, mas 
andais, não como néscios, mas como sábios, entendei qual seja a vontade do Senhor.
16 - remindo 0 tempo, porquanto os 
dias são maus.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Na jornada da vida cristã 0 Pai Ce­
lestial estabelece 0 padrão de conduta 
para a vida eterna. Ele sinaliza como 
devemos agir ao longo desse caminho 
para 0 Céu. Por isso, como evidência do 
seu amor e cuidado, preparando tudo 
para que trilhemos bem o caminho da 
verdade, 0 Pai nos corrige em nossa 
jornada cristã. Por isso, nesta lição, 
estudaremos a respeito de como de­
vemos nos conduzir pelo caminho que 
nos leva ao Céu.
I - O PADRÃO DE CONDUTA NA 
CAMINHADA CRISTÃ
1. Jesus como nosso padrão de con­
duta. Antes de analisarm os 0 texto 
bíblico de Efésios 5, cabe-nos refletir 
a respeito de um padrão geral de con­
duta para fazer a vontade do Pai nesta 
caminhada cristã. Há um padrão que 0 
Senhor Jesus espera de seus discípulos 
para fazer a vontade de Deus nesta vida? 
A palavra “padrão” expressa uma norma 
determinada por consenso, ou por uma 
autoridade oficial, que se torna base de 
comparação consagrada como modelo 
a ser seguido. O Senhor Jesus ensinou 
0 seguinte: "Porque eu vos dei exem­
plo, para que, como eu vos fiz, façais 
vós também” (Jo 13.15). Ora, esse texto
expressa que Ele é 0 nosso modelo de 
conduta, 0 nosso padrão de vida. Sim, 
há um padrão de conduta que tem como 
base 0 nosso Senhor e quem deseja fazer 
a vontade de Deus neste mundo deve 
olhar para Jesus, 0 autor e consumador 
da nossa fé (Hb 12.2).
2. Fazendo a vontade de Deus. Como 
Filho de Deus, Jesus procurou agradar 
ao Pai na jornada desta vida, fazendo 
sempre a sua vontade (Jo 4.34; 6.38; 
17.4). Não por acaso, nosso Senhor 
nos incentivou a buscar a vontade 
do Pai na oração que Ele ensinou aos 
discípulos, o “ Pai Nosso” (Mt 6.10; 
cf. Mt 26.39,42). Aos olhos humanos, 
parece muito difícil andar no padrão 
divino de Cristo. Entretanto, isso é 
possível quando buscamos 0 auxílio do 
alto, conforme oração ensinada por Ele 
(Mt 6.9-13). Logo, 0 cristão que deseja 
ir para 0 céu procura fazer a vontade 
de Deus, deixando de lado 0 caminho 
do egoísmo, do orgulho e da vaidade; 
procurando se aproximar e praticar 
a “ Lei de Ouro” ensinada pelo nosso 
Senhor: “ tudo 0 que vós quereis que os 
homens vos façam fazei-lho também 
vós” (Mt 7.12; cf. Rm 13.8,10).
3. Uma vida cristã bem-sucedida.A 
respeito da vida cristã, o apóstolo Paulo 
disse que estamos numa “competição 
espiritual” e, por isso, devemos procurar
ABRIL • MAIO • JUNHO 2024 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO 1 9
VI
[...] O cristão que deseja 
ir para o Céu procura 
fazer a vontade de Deus, 
deixando de lado o 
cam inho do egoísm o, do 
orgulho e da vaidade.”
o caminho certo para nos acharmos 
qualificados (1 Co 9.24-27). Dessa forma, 
0 cristão possui um padrão que 0 levará 
a uma vida espiritual bem-sucedida. 
Sabemos que pessoas bem-sucedidas 
procuram espelhar-se em outras pes­
soas ilustres, equilibradas e resilientes 
(cf. 1 Co 11.1). Ora, em Cristo Jesus temos 
esse padrão e modelo. Ele foi resiliente, 
equilibrado e ilustre até a morte, de 
modo que 0 apóstolo Paulo escreveu 
sobre o nosso Senhor, exortando que 0 
imitássemos: “De sorte que haja em vós 
0 mesmo sentimento que houve também 
em Cristo Jesus” (Fp 2.5; cf. Mt 11.29).
II - FAZENDO A CAMINHADA 
COM PRUDÊNCIA E SABEDORIA
1 .0 que é prudência? Podemos dividir 
0 capítulo 5 de Efésios em três partes: 1) a 
caminhada do cristão em amor (Ef 5.1-14); 
2) uma caminhada sábia (Ef 5.15-17); 3) 
uma trajetória cheia do Espírito Santo 
(Ef 5.18-33). Aqui, nos deteremos na 
segunda parte. Em Efésios 5, o apóstolo 
Paulo ensina a respeito da caminhada 
do cristão neste mundo. Neste capítulo, 
a palavra “ prudência” se destaca. De 
acordo com 0 Antigo Testamento, a 
palavra “ prudência” tem conotação de
compreensão, discernimento (Pv 9.9). 
Em provérbios 9.10, quando se diz que 
0 justo “ crescerá em prudência” , o 
termo traz a ideia de ensino, instrução 
e capacidade para ensinar. No Novo 
Testamento, a palavra remete a algo 
que Deus derramou sobre nós, ou seja, 
“ toda a prudência” , entendimento, co­
nhecimento e amor à vontade de Deus 
(Ef 1.8). Então, podemos conceituar 
prudência como virtude que nos permite 
agir com cuidado e moderação diante 
de situações desafiadoras; é uma razão 
prática que nos permite discernir entre 
as escolhas mais adequadas para fazer 
0 bem (Pv 16.16; cf. Tg 5.17).
2. Não andeis como néscios! Após­
tolo Paulo diz que não devemos andar 
como néscios (Ef 5.15), cujo adjetivo 
asophos, traz a ideia de alguém in­
sensato, tolo, ignorante e embotado 
(Lc 24.25); mas como “ sábios”, ou seja, 
diligente, cuidadoso e sábio, cheio do 
Espírito Santo para fazer a vontade do 
Senhor. Ser néscio reflete uma vida 
de ignorância espiritual, ausência de 
sabedoria e desprovida de luz divina; 
significa estar imerso numa jornada de 
pecado (Ef 2.2,3). Por isso, 0 apelo do 
apóstolo Paulo para 0 crente é: “ vede 
prudentemente como andais”. Em outras 
palavras: seja prudente. O apóstolo deixa 
claro que os que vivem na carnalidade 
jamais agradarão a Deus (Rm 8.8).
3. Andeis como sábios! O adjetivo 
que Paulo usa para qualificar quem 
caminha para 0 céu é “ sábio” , do grego 
sophós, uma pessoa hábil, perita. Esse 
adjetivo descreve em essência a vida do 
cristão dirigida pelo Espírito Santo. Ora, 
os que andam no Espírito, caminham 
na luz, na santidade e tem sabedoria 
(Ef 1.8; Cl 4.5). Por meio da luz divina, 
que habita 0 crente, seu andar é com 
discernimento, a sabedoria realmente 0
20 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO ABRIL • MAIO • JUNHO 2024
faz distinguir entre o que deve ou não 
fazer. Há um compromisso de jamais 
voltar a conduta antiga do mundo. Con­
tudo, é relevante compreender que essa 
sabedoria não é humana, não surge de 
cursos acadêmicos; ela é espiritual, vem de 
cima. Por meio dessa sabedoria, andamos 
em santidade (Hb 12.14) e nos tornamos 
semelhantes a Jesus (1 Jo 3.2; Gl 3.26).
III - VENCENDO OS DIAS MAUS
1. Remindo o tempo. O versículo 16 
de Efésios 5 apresenta 0 verbo remir 
como tradução do grego exagorázõ. 
Ele possui dois sentidos: 1) redimir, 
resgatar do poder de outro pelo paga­
mento de um preço; 2) comprar para 
uso próprio. Então, podemos dizer que 
remir é uma expressão usada para se 
referir à sabedoria dos compradores 
que esperavam 0 momento certo para 
comprar de acordo com 0 melhor preço 
oferecido pelo mercado. Com a expressão 
“ remindo 0 tempo”, 0 apóstolo Paulo 
se refere ao cristão que se conduz de 
maneira proveitosa e sábia no contexto 
deste mundo (Ef 5.16; cf. Cl 4.5).
2. Remindo 0 tempo e a Volta do 
Senhor. Quando se falava a respeito de 
remir 0 tempo entre os cristãos primiti­
vos, estes tinham em mente a iminência 
da segunda vinda do Senhor Jesus, 
ou seja, esse esperado acontecimento 
poderia acontecer a qualquer momento 
(l Co 15.51)- Por isso, os cristãos eram 
incentivados a procurar sabiamente 
aproveitar todas as oportunidades, em 
especial, no sentido de se prepararem 
espiritualmente para aquele dia. Assim, 
a perspectiva da iminente volta do nos­
so Senhor faz com que não percamos 
tempo com coisas banais; antes, nos 
exorta a viver de maneira sábia, santa 
e piedosa, pois 0 Senhor Jesus pode 
voltar a qualquer momento (1 Ts 4.15).
vv
A perspectiva da 
im inente vo lta do nosso 
Senhor faz com que não 
percam os tem po com 
coisas b an a is .”
3. Os dias são maus. Outra expres­
são que chama atenção é “ os dias são 
maus” (Ef 5.16). Ela revela que estamos 
inseridos numa sociedade dominada 
pelo pecado, que pode tomar o nosso 
tempo e nos levar a prática do mal. 
Não podemos nos conformar com essa 
possibilidade, não podemos ser insen­
satos a tal ponto, mas entender “qual 
seja a vontade de Deus” (Ef 5.17). Desse 
modo, a vontade de Deus tem a ver com, 
como cristãos, aproveitarmos o tempo 
para fortalecer nossa vida espiritual, 
praticar 0 bem para com os outros, ler 
a Bíblia, orar, se consagrar e congregar 
(Gl 6.10; Hb 10.25).
CONCLUSÃO
Em nossa caminhada para as man­
sões ce lestia is precisam os segu ir 
0 padrão divino, isto é, as normas 
determinadas pelo Pai, que estão in­
seridas em sua Palavra (2 Tm 3.16). É 
preciso viver sábia e prudentemente, 
aproveitando bem as oportunidades 
de fazer 0 bem, e não deixarmo-nos 
dominar pelos dias maus, na certeza 
de que a Vinda do Senhor se aproxima 
e, isso, nos incentiva de maneira santa 
(Hb 12.14).
ABRIL • MAIO • JUNHO 2024 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO 2 1
REVISANDO O CONTEÚDO
1. O que a palavra “ padrão” expressa?
2. Como o capítulo 5 da Carta aos Efésios pode ser dividido?
3. De acordo com a lição, conceitue as palavras “ prudência” e “ néscio” .
4. Explique a expressão “ rem ir” .
5. O que a expressão “ os dias são m aus” revela?
W E A V E R
Descanse em Deus
Em Descanse em Deus, Joanna 
Weaver, autora best-seller de 
Como ter 0 Coração de Maria no 
Mundo de Marta, compartilha 
sua própria jornada e convida 
você a uma confiança mais 
profunda em Deus.
Graça Diária
Devocionais diários que irão falar 
ao seu coração. Nesta obra você 
encontrará excelentes reflexões 
para aplicação ávida diária, que 
utilizam exemplos para visualizar 
e entender melhor a graça de Deus.
AN
EX
2 2 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO ABRIL • MAIO • JUNHO 2 0 2 4
LIÇÃO 5
5 de Maio de 2024
OS INIMIGOS DO CRISTÃO
TEXTO ÁUREO
“Se vivemos no Espírito, 
andemos também no 
Espírito. Não sejamos cobiçosos 
de vanglorias, irritando-nos uns 
aos outros, invejando-nos uns 
aos outros.” (Gl 5.25,26)
\ ___________________________
í
VERDADE PRÁTICA
Na jornada da fé há inimigos 
que tentam nos atrapalhar: 
0 Diabo, a Carne e 0 Mundo; 
mas em Cristo somos mais 
que vencedores.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mt 13.39; Lc 11.18 
A realidade bíblica do Inimigo de 
nossas almas
Terça - Mt 4.1-12
Como tentador, o Diabo atua para
desestabilizar 0 crente
Quarta - Gl 5.19; 6.8 
A realidade bíblica da Carne como 
inimiga da jornada
Quinta - 1 Jo 2.16
Concupiscência da carne, dos olhos 
e soberba da vida
Sexta - Jo 12.31; 15.18 
O mundo como sistema que 
procurar oprimir 0 crente 
Sábado - Tg 5.7 
É preciso sujeitar-se a Deus e 
resistir 0 Diabo
ABRIL • MAIO • JUNHO 2 0 2 4 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO 2 3
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Rom anos 6 .1 1- 14 ; 1 João 2 .15 - 17
Romanos 6
11 - Assim também vós considerai-vos 
como mortos para 0pecado, mas v i­
vos para Deus, em Cristo Jesus, nosso 
Senhor.
12 - Não reine, portanto, o pecado em 
vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes 
em suas concupiscências;
13 - nem tampouco apresenteis os vossos 
membros ao pecado por instrumentos de 
iniquidade; mas apresentai-vos a Deus, 
como vivos dentre mortos, e os vossos 
membros a Deus, como instrumentos 
de justiça.
14 - Porque 0 pecado não terá domínio 
sobre vós, pois não estais debaixo da lei, 
mas debaixo da graça.
1 João 2
15 - Não ameis 0 mundo, nem 0 que no 
mundo há. Se alguém ama 0 mundo, o 
amor do Pai não está nele.
16 - Porque tudo 0 que há no mundo, a 
concupiscência da carne, a concupiscência 
dos olhos e a soberba da vida, não é do 
Pai, mas do mundo.
17 - E 0 mundo passa, e a sua concupis­
cência; mas aquele que faz a vontade de 
Deus permanece para sempre.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Na jornada da vida cristã nos de­
paramos com perigos que ameaçam 
a trajetória do nosso caminho para 
o céu. Nela, encontraremos três ini­
migos que buscam nos atrapalhar: o 
Diabo, a carne e o mundo. O Diabo 
e mundo estão do lado externo de 
nossa trajetória; a carne, porém, está 
do lado de dentro: é a nossa natureza 
pecam inosa. Por isso, nesta lição, 
estudaremos esses três inimigos da 
Jornada da Vida Cristã.
I - O PRIMEIRO INIMIGO DO 
CRISTÃO: O DIABO
1. O Diabo é real. A existência do 
Diabo como pessoa é descrita desde 
0 primeiro livro da Bíblia. No Antigo 
Testamento, as ações de Satanás são 
descritas em Gênesis, 1 Crônicas, Jó, 
Salmos, Isaías, Ezequiel e Zacarias.
O Novo Testamento mostra a atuação 
do Diabo por cerca de 25 vezes das 29 
passagens dos Evangelhos em que Jesus 
o menciona. Em seu ministério, nosso 
Senhor atesta a realidade de Satanás 
(Mt 13.39; Lc 11.18).
2. A descrição de Satanás. As Escri­
turas Sagradas descrevem Satanás como 
um ser espiritual que pertencia a uma 
ordem angelical dos querubins, sendo 
0 m ais exaltado deles (Ez 28.12,14). 
Em Judas 9, por ele pertencer a uma 
ordem elevada, está registrado que o 
Arcanjo Miguel contendeu com Satanás 
a respeito do corpo de Moisés, mas não 
ousou pronunciar juízo de maldição 
contra ele. De fato, Satanás é 0 chefe dos 
anjos caídos. Ele possui poder, porém, 
suas ações estão limitadas, mas é visto 
como 0 deus deste século, o príncipe 
da potestade do ar (2 Co 4.4; Ef 2.2). 
Também podemos afirmar que Satanás
2 4 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO ABRIL • MAIO • JUNHO 2 0 2 4
é um ser que possui personalidade, ou 
seja, ele tem inteligência (2 Co 11.3), 
raiva (Ap 12.17), desejos (Lc 22.31) e 
vontade própria (Is 14.13,14; 2 Tm 2.26). 
Nosso Senhor considerava Satanás como 
uma pessoa e, por isso, usou pronomes 
pessoais para se referir a ele (Mt 4.1-12; 
cf. Jó 1.6-12; 2.1-4).
3. A identidade do Inim igo. Po­
demos conhecer 0 Inimigo por meio 
dos nomes que a Bíblia usa para des- 
crevê-lo: Serpente, refere-se a sua 
sagacidade e astúcia (Gn 3.1; Ap 12.9); 
Satanás, mencionado 52 vezes, adversário 
ou opositor (Zc 3.1; Mt 4.10; Ap 20.2); 
Diabo, aparece 35 vezes, acusador 
(Mt 4.1; Ef 4.27); Maligno, revela 0 seu 
caráter (1 Jo 5.18,19); Dragão Vermelho, 
revela sua ferocidade (Ap 12.3,7,9,10); 
Tentador, ação tentadora no campo 
da mentira e da imoralidade (At 5.3; 
1 Co 7.5); Enganador (Ap 12.9; 20.2,3); 
Belzebu, chefe dos demônios (Lc 11.15); 
Belial, pessoa má, sem valor (Jz 19.22;
1 Sm 30.22; 2 Co 6.15). Esses nomes 
revelam uma natureza cruel, perversa 
e destruidora do nosso Inimigo.
II - O SEGUNDO INIMIGO DO 
CRISTÃO: A CARNE
1. Conceito bíblico de carne. Há qua­
tro definições para a palavra “ carne” 
na Bíblia: 1) o tecido muscular do corpo 
humano e dos animais (Gn 2.21); 2) 0 
corpo humano inteiro (Êx 4.7); 3) 0 ser 
humano segundo a sua fragilidade e 
mortalidade (SI 78.39); 4) a natureza 
humana pecam inosa (G1 5.19; 6.8). 
Dentre muitas perspectivas da palavra 
carne na Bíblia, a expressão “concupis- 
cência da carne” tem grande relevância 
(1 Jo 2.16). Quando 0 apóstolo João usa 
esse termo, ele se refere à satisfação 
carnal em todas as suas dimensões: 
glutonarias, sensualidade, bebedeira, 
relações sexuais ilícitas. A expressão 
revela que não há critério ou norma 
moral num contexto em que a busca
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
“ Como é que Deus, como o Senhor so­
berano, permitiría a existência de tamanha 
oposição? [...] Na estratégia da redenção, a 
tolerância divina quanto à oposição satânica 
é só provisória; não faz parte do processo da 
redenção da humanidade. Pelo contrário: a 
vontade de Deus é que todos triunfemos sobre 
a oposição satânica. Deus não está secreta­
mente por trás das obras de Satanás, embora 
possa obrigar tais obras a concorrerem para 
a redenção do homem. Mas não há nada 
em comum entre Satanás e Deus.” Amplie 
mais o seu conhecimento, lendo a Teologia 
Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal, 
editado pela CPAD, pp.208-10.
ABRIL • MAIO ■ JUNHO 2024 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO 2 5
IV
A carne o p õ e-se a Deus e 
aos seus propósitos, pois 
ela tenciona cam inhar 
de m odo independente 
do A ltíssim o; seu desejo 
e vontade estão fo ra dos 
p lanos d ivinos, ela faz 
com que o ser hum ano 
aja com o se fo sse o 
próprio D eus.”
pelo prazer individual dita a tendência. 
É o egoísmo em grau elevado.
2. A Carne no Novo Testam ento. 
Na perspectiva do Novo Testamento, 
o termo grego sdrx, isto é, “ carne” , é 
uma referência direta à totalidade da 
natureza humana pecaminosa, à parte 
de Deus, degradada, sem a presença 
do Espírito Santo. Em suas cartas, o 
apóstolo Paulo evidencia o que uma 
natureza dominada pela carne pode 
produzir (G1 5.19-21; Cl 3-5,9). A carne 
opõe-se a Deus e aos seus propósitos, 
pois ela tenciona caminhar de modo 
independente do Altíssimo; seu desejo 
e vontade estão fora dos planos divinos, 
ela faz com que 0 ser humano aja como 
se fosse 0 próprio Deus.
3. A perspectiva doutrinária da pala­
vra carne. Doutrinariamente, a “carne” 
é a natureza humana depois da queda de 
Adão. Como vimos, a expressão “carne” 
pode ser usada para se referir ao corpo
humano (1 Co 15.39), mas também à 
natureza pecaminosa (Rm 8 .6). Nesse 
sentido, embora uma mesma palavra 
possa trazer sentidos diferentes, não 
há razão de confundir-se entre “carne” 
como corpo e “carne” como natureza 
pecaminosa, pois 0 que é produzido pela 
natureza pecaminosa, logo, é reconhe­
cido; como por exemplo: a idolatria é 
uma obra da carne,ou seja, da natureza 
humana pecaminosa (G1 5.20).
III - O TERCEIRO INIMIGO DO 
CRISTÃO: O MUNDO
1. Perspectivas bíblicas da palavra 
“ mundo” . Há cinco conotações bíblicas 
para a palavra mundo: 1) a terra (SI 24.1); 
2) 0 conjunto das nações conhecidas (1 
Rs 10.23); 3) a raça humana (SI 9.8; Jo 
3.16); 4) 0 universo (Rm 1.20); 5) os que 
se opõem a Deus. Esses têm 0 Diabo 
como chefe e vivem na impiedade (Jo 
12.31; 15.18). De modo geral, a Bíblia 
usa a palavra “ mundo” para descrever 
duas grandes realidades: a) 0 plane­
ta Terra em que habitamos (SI 19-4); 
b) as pessoas que vivem de maneira 
independentes de Deus. A passagem 
de 1 João 2.15, quando diz para “ não 
amarmos 0 mundo”, a ideia é a de uma 
sociedade separada de Cristo e que se 
manifesta contrariamente a Deus, pois 
está dominada pelos vícios mais infa­
mes, e cujas ações não condizem com 
a vontade de Deus. Na epístola, esses 
vícios são classificados em três níveis: 
concupiscência da carne, concupiscência 
dos olhos e a soberba da vida.
2. Três níveis de vícios infames. As 
concupiscências da carne, dos olhos e 
a soberba da vida são níveis de vícios 
infames que todo cristão encontrará 
diante de sua jornada:
a) A concupiscência da carne. A con­
cupiscência da carne tem a ver com
26 LIÇÕES BÍBLICAS ■ ALUNO ABRIL • MAIO • JUNHO 2 0 2 4
a natureza humana completamente 
dominada pelo pecado, corrompida, 
decaída, todo ato do corpo para fins 
maléficos e imorais.
b) A concupiscência dos olhos. A concu- 
piscência dos olhos tem a ver com tudo 
o que envolve a mente e a imaginação. 
Ela cria odesejo pelas coisas pecami­
nosas oferecidas pela mídia, música, 
filmes, literatura, a arte para ceder aos 
desejos carnais.
c) A soberba da vida. Esse nível de vício 
expressa a autoglorificação do homem 
no pecado, denotando seu egoísmo, 
vangloria e ateísmo. É o homem da 
atualidade desprezando o Criador em 
oposição deliberada.
3. Vencendo o mundo. Há um sis­
tema carnal que age sob 0 controle do 
Maligno, que busca nos remover do 
caminho que leva ao céu por meio de 
ideologias anticristãs, estilos de vidas 
que não glorificam a Deus e formas 
contrárias aos valores do Evangelho.
Para vencer essas investidas é preciso 
ter uma vida cheia do Espírito (Ef 5.18). 
É preciso também viver plenamente em 
Cristo Jesus, fazendo a vontade de Deus 
(Mt 7.21). Sendo assim , precisam os 
nos sujeitar a Ele, resistir ao Diabo, 
pois temos a sublime promessa: “ ele 
fugirá de vós” (Tg 5.7).
CONCLUSÃO
O apóstolo Pedro nos adverte a 
respeito do plano do Inimigo em nos 
tragar (1 Pe 5.8) com 0 objetivo de 
destruir a obra realizada por Cristo 
em nossas vidas. Ele quer enfraquecer 
a nossa caminhada rumo aos céus. A 
ação diabólica é feita mediante aos 
ataques do Inimigo. Então, para não 
ceder aos seus ardis, precisamos viver 
constantemente sob a presença do Es­
pírito Santo, preparados e fortalecidos 
em Deus (G1 5.16; Ef 6.10).
REVISANDO O CONTEÚDO
1. O que 0 Senhor Jesus atestou em seu ministério?
2. Cite ao menos três nomes em que podemos conhecer o Inimigo na Bíblia.
3. O que a expressão “ concupiscência da carne” revela?
4. Qual a perspectiva do Novo Testamento em relação a palavra grega 
sárx, ou seja, carne?
5. De acordo com a lição, quais são os três níveis de vícios infames?
ABRIL ■ MAIO • JUNHO 2 0 2 4 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO 2 7
"A r
TEXTO ÁUREO VERDADE PRÁTICA
“Porque as armas da nossa Diante da batalha
milícia não são carnais, mas, espiritual, temos poderosas
sim, poderosas em Deus, para armas espirituais a nossa
destruição das fortalezas.” disposição: a Palavra de
(2 Co 10.4) Deus, a Oração e o Jejum.
J
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Ef 6.1,2
As armas do crente são espirituais e
devem ser usadas na jornada
Terça - 1 Pe 5.8 
0 Inimigo apresenta diversas 
estratégias contra nós
Quarta - Mt 4 -4 ; 1 Pe 2.2 
A Palavra de Deus, uma poderosa 
arma espiritual
Quinta - SI 5517; Ef 6.18
A Oração, uma arma espiritual
indispensável
Sexta - Mt 4.1-4; At 13.2,3
O Jejum, um instrumento espiritual
indispensável na caminhada
Sábado - 2 Tm 3 16 ; Jo 17.9,20-22;
At 1 4 2 3
Estudando a Palavra, orando e jejuando
28 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO ABRIL • MAIO • JUNHO 2 0 2 4
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Lucas 4 .1-4 ,16-20
Lucas 4
l - E Jesus, cheio do Espírito Santo, vol­
tou do Jordão e foi levado pelo Espírito 
ao deserto.
2 - E quarenta dias foi tentado pelo diabo, 
e, naqueles dias, não comeu coisa alguma, 
e, terminados eles, teve fome.
3 - E disse-lhe 0 diabo: Se tu és 0 Filho 
de Deus, dize a esta pedra que se trans­
forme em pão.
4 - E Jesus lhe respondeu, dizendo: Escrito 
está que nem só de pão viverá 0 homem, 
mas de toda palavra de Deus.
16 - E, chegando a Nazaré, onde fora 
criado, entrou num dia de sábado, se­
gundo 0 seu costume, na sinagoga e 
levantou-se para ler.
17 - E fo i-lhe dado 0 livro do profeta 
Isaías; e, quando abriu 0 livro, achou 0 
lugar em que estava escrito:
18 - 0 Espírito do Senhor é sobre mim, 
pois que me ungiu para evangelizar os 
pobres, enviou-me a curar os quebran- 
tados do coração,
19 -a apregoar liberdade aos cativos, a dar 
vista aos cegos, a pôr em liberdade os opri­
midos, a anunciar 0 ano aceitável do Senhor.
20 - E, cerrando 0 livro e tornando a 
dá-lo ao ministro, assentou-se; e os olhos 
de todos na sinagoga estavam fitos nele.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Na lição anterior, estudamos a res­
peito de três opositores que se mostram 
como obstáculos de nossa jornada: 0 
Diabo, a Carne e o Mundo. Nesta lição, 
enfatizaremos três armas, isto é, re­
cursos espirituais em que todo crente 
precisa lançar mão diante dos obstáculos 
da jornada: a Palavra de Deus, a Oração 
e 0 Jejum. Desde 0 início de nosso andar 
com Cristo, estamos diante de uma 
batalha espiritual que só terá fim com 
0 Arrebatamento da Igreja para o céu.
I - AS ARMAS DO CRENTE
1. As armas. De modo geral, podemos 
classificar as armas como instrumentos 
de ataque e de defesa. Nas Escrituras, os 
principais instrumentos de ataque são: 
espada (1 Sm 17.45); vara (SI 23.4); funda 
(1 Sm 17.40); arco e flecha (2 Rs 13.15); lança 
(Js 8.18); e dardo (2 Sm 18.14). Os de defesa
são: escudo (Ef 6.16), capacete (iSm 17.5), 
couraça (1 Sm 17.5) e caneleiras (1 Sm 17.6). 
Essas armas eram usadas pelos exércitos 
antigos, bem como pelo exército de Israel, 
com a diferença de que este era instado a 
colocar a sua confiança no Senhor (SI 20.7). 
Entretanto, para os cristãos, “armas” aqui 
tem um sentido metafórico, pois nosso 
combate não é de corpo a corpo com outra 
pessoa, mas contra 0 mal encabeçado pelo 
Diabo e seus demônios, que se valem do 
Mundo e da Carne.
2. As estratégias do Inimigo. Não 
podemos desprezar o conhecimento a 
respeito da força do Inimigo de nossas 
almas. O Novo Testamento revela 0 que 
0 Diabo é capaz de fazer para ludibriar 
as pessoas: arrebatar a boa Palavra do 
coração (Mt 13.19); buscar altas posições 
com mentiras (At 5.3); usar pessoas para 
trair (Lc 22.3,4); escravizar (2 Tm 2.26); 
enfraquecer a fé do crente (Lc 22.32); en-
ABRIL • MAIO • JUNHO 2024 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO 2 9
ganar com doutrinas demoníacas (1 Tm 
4.1). Não por acaso, 0 apóstolo Pedro 
nos alertou a respeito da sagacidade do 
Inimigo: “ Sede sóbrios, vigiai, porque 0 
diabo, vosso adversário, anda em der- 
redor, bramando como leão, buscando 
a quem possa tragar” (1 Pe 5.8).
3. O chefe de toda força do mal. O 
apóstolo Paulo escreve claramente que 0 
Diabo é 0 chefe de todos os poderes das 
trevas que batalham contra nós (Ef 6.11; 
Rm 13.12). Até mesmo 0 apóstolo dos 
gentios foi por vezes impedido pelo 
Inim igo por meio de instrum entos 
humanos (1 Ts 2.18). Essa é uma das 
razões que 0 apóstolo cunha Satanás 
como 0 “ príncipe da potestade do ar” 
(Ef 2.2). Destacando ainda sua força e 
autoridade na hierarquia do mal, o Diabo 
é denominado de “ 0 deus deste sécu­
lo” (2 Co 4.4). Portanto, não podemos 
ignorar que 0 Inimigo tem um reino 
organizado com seus servos, emissários, 
principados e potestades (Lc 11.17-22).
II - AS TRÊS ARMAS
ESPIRITUAIS DO CRISTÃO
1. A Palavra de Deus. O Senhor Jesus 
disse que não vivemos apenas de pão, 
mas de toda a Palavra de Deus (Mt 4.4). 
Dessa maneira, 0 apóstolo Pedro acon­
selha que “desejemos afetuosamente” 0 
“leite racional” para o desenvolvimento 
da nossa salvação, isto é, 0 estudo perse­
verante da Palavra de Deus para o nosso 
crescimento espiritual (1 Pe 2.2). Uma 
vez nutrido e solidificado com a Palavra, 
estamos firmados em Deus para resistir 
às influências malignas, às armadilhas de 
Satanás e demais estratégias (Mt 7.24,25). 
Logo, quem se rende à Palavra de Deus 
experimenta a influência frutífera da 
verdade divina (Jo 17.17).
2. A Oração. Aliada ao estudo da Pa­
lavra, a oração é uma das mais impor­
tantes armas espirituais que 0 crente tem 
ao longo de sua jornada para o Céu (Sl 
55.17). Prestemos atenção para a seguinte 
declaração: “orando em todo tempo com 
toda oração e súplica no Espírito” (Ef 6.18). 
Note que 0 apóstolo Paulo não insere a 
oração como uma peça da armadura, pois 
na verdade, é como se ela trouxesse um 
ajuste ou alinhamento para a armadura 
toda. Nesse aspecto, essa imagem traz 
uma ideia de que a oração fortalece todas 
as esferas da nossa vida.
3. 0 Jejum. Aliado à Palavra de Deus 
e à oração, a prática do jejum é uma 
terceira arma espiritual do crente du­
rante a jornada para 0 Céu. Tanto no 
Antigo quanto no Novo Testamento, 0 
jejum é uma prática presente. Esse ato 
é usado no contexto de busca de uma 
orientação divina (Êx 34.28; Dt 9.9; 2 
Sm 12.16-23). No Novo Testamento, 0 
SenhorJesus jejuou (Mt 4 -1-4) e disse 
que seus discípulos também 0 fariam 
(Mt 9 .14- 17; Lc 533- 39). A Igreja Pri­
mitiva observava a prática do jejum, 
buscando orientação divina para 0 envio 
de obreiros (At 13.2,3; 14.23). O apóstolo 
Paulo também jejuava por ocasião de 
seu ministério (2 Co 6.5; 11.27). Logo, 
0 jejum tem um valor glorioso para a 
vida do crente, pois é um ato que nos 
auxilia a ter mais intimidade com Deus.
III - JESUS CRISTO: O NOSSO 
MAIOR MODELO
1. Vencendo o Diabo com a Palavra. 
Há dois episódios im portantes que 
relatam 0 destaque especial que 0 Se­
nhor Jesus deu à Palavra em Lucas 4. 
O primeiro enfatiza que 0 Senhor Jesus 
venceu 0 Tentador com a Palavra de 
Deus (Lc 4.4; cf. Dt 8.3). No segundo, Ele 
leu uma passagem do profeta Isaías na 
sinagoga em Nazaré e tomou para si 0 
cumprimento do texto lido (Lc 4.16-20;
3 0 LIÇÕES BÍBLICAS - ALUNO ABRIL • MAIO • JUNHO 2024
cf. Is 61.1,2). Nosso Senhor deixou claro 
nesses episódios que os princípios da 
Palavra de Deus devem estar presen­
tes em nossa vida na batalha contra o 
Maligno. Por isso, nessa contenda, 0 
apóstolo Paulo aconselha-nos a tomar 
a espada do Espírito, ou seja, a Palavra 
de Deus, a única arma de ataque na 
armadura do crente (Ef 6.17), uma arma 
poderosa e eficaz que provém do Espírito 
Santo de Deus (2 Tm 3.16).
2. Vivendo em oração. O evangelista 
Lucas mostra que Jesus se retirava para os 
lugares desertos para orar (Lc 5.16; 6.12; 
9.28). Ele orava pelos apóstolos e pela 
Igreja (Jo 17.9,20-22), pelos seus algozes 
(Lc 23.34), por Simão (Lc 22.31,32), pelos 
que se encontravam junto ao túmulo de 
Lázaro (Jo 11.41,42). Ele sabia bem do valor 
da oração e, por isso, gastava muito tempo 
falando com Deus. Nesse sentido, nosso 
Senhor conta conosco para que nos dedi­
quemos à prática da oração, selecionando 
um local reservado, horário e prioridade 
para buscar a Deus em súplicas (Mt 6.6).
3. Vivendo em jejum. Além de medi­
tar na Palavra e perseverar em oração,
0 Senhor Jesus jejuava (Lc 4.2). Ora, 
Ele também espera que 0 imitemos, 
jejuando. Infelizmente, há quem ensine 
que não precisamos jejuar. Exceto os 
que têm problemas de saúde, por isso é 
muito importante estarmos sob orien­
tação médica, todo seguidor de Cristo é 
estimulado pela Bíblia a jejuar. Ademais, 
quando aliamos 0 estudo da Palavra e a 
oração ao jejum, aprofundamos a nossa 
intimidade com Deus e nos tornamos 
m ais sensíveis à sua voz, conforme 
acontecia com a liderança e os membros 
da igreja antiga que jejuavam como 0 
Senhor Jesus (At 9.9; 13.2,3).
CONCLUSÃO
O nosso Inimigo é ardiloso e perver­
so. Por isso, não podemos ignorar suas 
estratégias. Contra ele, lutaremos com 
armas espirituais: Palavra, Oração e Jejum. 
Essas armas promovem crescimento e 
fortalecimento para nossa vida ao longo de 
nossa jornada espiritual. Assim, segundo 
0 modelo de vida do nosso Senhor Jesus, 
que fez uso dessas armas, podemos vencer 
as estratégias do Maligno.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. De acordo com a lição, qual é 0 sentido que devemos considerar a 
palavra “ arm a”?
2. Cite ao menos três estratégias do Inimigo para ludibriar as pessoas.
3. Cite as três arm as espirituais do crente.
4. O que acontece quando aliamos estudo da Palavra, Oração e Jejum?
5. O que a Palavra de Deus, o Jejum e a Oração promovem em nossa 
jornada espiritual?
ABRIL ■ MAIO • JUNHO 2 0 2 4 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO 3 1
0 PERIGO DA MURMURAÇÃO
* \ r
TEXTO ÁUREO
“E não murmureis, como 
também alguns deles 
murmuraram e pereceram 
pelo destruidor.”
(1 Co 10.10)
VERDADE PRÁTICA
A prática da murmuração 
enfraquece a vida espiritual, 
acaba com a comunhão da igreja 
local e nos impede de desfrutar 
das promessas de Deus.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Êx 16.11
A murmuração dos israelitas nos 
dias de Moisés 
Terça - Lc 15.2; At 6.1 
A murmuração nos dias de Jesus e 
dos apóstolos
Quarta - 1 Ts 5.12,13; Hb 13.17
Devemos evitar a murmuração 
contra a liderança
Quinta - Hb 4.16
Devemos chegar a Deus com 
confiança, não com murmuração
Sexta - l Co 10.10
A prática da murmuração e a morte 
espiritual
Sábado - Mt 12.25; cf. Lc 1.17-22 
A murmuração traz divisão e 
separação
3 2 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO ABRIL • MAIO • JUNHO 2 0 2 4
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Exodo 16.1-7; 1 Coríntios 10.10.11
Êxodo 16
1 - E, partidos de Elim, toda a congre­
gação dos filhos de Israel veio ao deserto 
de Sim, que está entre Elim e Sinai, aos 
quinze dias do mês segundo, depois que 
saíram da terra do Egito.
2 - E toda a congregação dos filhos de 
Israel murmurou contra Moisés e contra 
Arão no deserto.
3 - Eos filhos de Israel disseram-lhes: 
Quem dera que nós morréssemos por 
mão do Senhor na terra do Egito, quando 
estávamos sentados junto às panelas de 
carne, quando comíamos pão até far­
tar! Porque nos tendes tirado para este 
deserto, para matardes de fome a toda 
esta multidão.
4 - Então, disse 0 Senhor a Moisés: Eis 
que vos farei chover pão dos céus, e 0 
povo sairá e colherá cada dia a porção
para cada dia, para que eu veja se anda 
em minha lei ou não.
5 - E acontecerá, ao sexto dia, que pre­
pararão 0 que colherem; e será 0 dobro 
do que colhem cada dia.
6 - Então, disse Moisés e Arão a todos 
os filhos de Israel: Â tarde sabereis que
0 Senhor vos tirou da terra do Egito,
7 ~ e amanhã vereis a glória do Senhor, 
porquanto ouviu as vossas murmurações 
contra 0 Senhor; porque quem somos nós 
para que murmureis contra nós?
1 Coríntios 10
10 - E não murmureis, como também 
alguns deles murmuraram e pereceram 
pelo destruidor.
11 - Ora, tudo isso lhes sobreveio como figu­
ras, e estão escritas para aviso nosso, para 
quem já são chegados os fins dos séculos.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
É verdade que há ações maléficas que 
vêm direto do Inimigo, mas também é 
verdade que há as que são produzidas 
dentro de nós como obras da carne. 
Uma delas é o pecado da Murmuração. 
Esse pecado é tão perigoso em nossa 
jornada que pode nos levar à queda. Ele 
não acontece instantaneamente, pois 
geralmente sucede a incredulidade. Sim, 
incredulidade e murmuração andam 
juntas. Por isso, nesta lição, estudare­
mos os perigos da murmuração à luz da 
recomendação do apóstolo: “Fazei todas 
as coisas sem murmurações” (Fp 2.14).
I - A MURMURAÇÃO NA BÍBLIA
1 . 0 que é murmurar? As principais 
palavras para murmuração na Bíblia
são as seguintes: do hebraico, o verbo 
liyn, “ resmungar”, “ reclamar” e “ mur­
m urar” (Nm 14.36); e 0 substantivo 
higgayown, “ m editação” , “ m úsica 
solene”, “ pensamento” , “conspiração” 
(Lm 3-62); do grego, o verbo goggúzõ, 
“ murmurar”, “ resmungar”, “queixar- 
- se ” , “ dizer algo contra em um tom 
baixo” , “ dos que confabulam secreta­
mente” (Jo 7.32). De acordo com essas 
palavras, 0 murmurador tem 0 espírito 
dominado pelo descontentamento, de­
sacordo, ira, queixas e oposição. Nem 
Deus escapa dele, pois basta lembrar 
do que foi feito contra Moisés e Arão 
(Êx 15.24; 17.3; Nm 14.27; 16.41).
2. O comportamento dos murmu- 
radores. De acordo com os dois testa­
mentos da Bíblia, 0 mal da murmuração
ABRIL • MAIO • JUNHO 2024 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO 3 3
estava no meio do povo Deus, entre os 
israelitas dos dias de Moisés (Êx 16.11); 
nos dias de Jesus Cristo com os escribas 
e fariseus (Lc 15.2); na igreja em Jerusa­
lém, no início (At 6.1). Esse mal revela 
um comportamento inconveniente, 
um temperamento inquieto, indiretas 
sarcásticas. O com portam ento dos 
murmuradores é tão sério que chegou 
a ameaçar a unidade da Igreja em Atos, 
se não fosse o cuidado dos apóstolos 
(At 6 .1-7). Por isso, precisam os ter 
toda cautela com esse comportamento, 
pois o pecado da murmuração, além de 
enfraquecer a nossa vida espiritual, 
também altera negativamente a nossa 
saúde emocional e física.
3. O crente murmurador. Quem se 
diz salvo em Cristo e tem 0 Espírito 
Santo em sua vida não pode natura­
lizar a prática da murmuração. Não 
é normal um crente cheio do Espírito 
Santo se entregar a esse pecado. Nesse 
sentido, estão presentesa indisciplina 
e 0 descuido com as virtudes do Es­
pírito (G1 5.16). Quando um crente se 
torna um murmurador, ele passa a ser 
um instrumento do Maligno contra a 
obra de Cristo no mundo, permitindo 
ao Diabo dominá-lo e usá-lo de todas 
as maneiras. Assim, não é possível o 
crente murmurador ser alegre, bondoso 
e agradável por meio de sua atitude, 
visto que sua alma está doente, pois 
0 corpo só será luminoso se os olhos 
forem bons (Mt 6.22,23).
II - MURMURAÇÃO: IMPEDI­
MENTO DA PRIMEIRA GERA­
ÇÃO À TERRA PROMETIDA
1. A murmuração contra os líderes 
escolhidos por Deus. Deus escolheu 
Moisés e seu irmão, como seu auxi- 
liador, para libertar 0 povo de Israel 
da escravidão de Faraó e conduzi-lo à
Terra Prometida (Êx 7-1,2). Após expe­
rimentar grande livramento, esse povo 
passou a murmurar contra a liderança de 
Moisés e Arão de maneira sistemática, 
alegando que 0 Legislador 0 conduzia 
para morrer em pleno deserto (Êx 16.3). 
Nesses relatos, percebemos que a mur­
muração sucede à incredulidade. Há uma 
ausência de fé e se passa escolher 0 que 
é mau: a prática da murmuração. Logo, 
não se pode esperar mais atitudes de 
bondade, sinceridade e verdade de quem 
submerge na murmuração, mas, sim de 
impaciência, ingratidão e desrespeito à 
liderança bíblica (1 Ts 5.12,13; Hb 13.17).
2. A murmuração contra Deus. O 
Senhor Deus respondeu às murmurações 
do povo, dizendo que faria cair “ pão dos 
céus” (Êx 16.4). Entretanto, 0 Senhor 
deixou claro que contemplou as suas 
“ murmurações” , mas tratou 0 povo 
com piedade e compaixão (Êx 16.12). 
Ora, 0 Senhor Deus contempla todas as 
nossas ações, sabe do que precisamos e 
necessitamos. Por isso, diante de uma 
circunstância difícil, é muito melhor nos 
dirigirmos a Ele de maneira humilde, 
graciosa e amorosa do que nos ache- 
garmos a Ele com ingratidão, queixas 
e murmuração (Hb 4.16).
3. Por que é perigoso murmurar? A 
Palavra de Deus diz: “quem se endu­
receu contra ele [Deus] e teve paz?” (Jó 
9.4). À luz desse texto, podemos dizer 
que a murmuração configura um ato 
de impiedade extrem a contra Deus. 
Ela se torna perigosa porque, além de 
revelar uma ausência de fé, limita a 
nossa capacidade de enxergar as ações 
de Deus em nossas vidas e no contexto 
em que estamos. Por conseguinte, a 
murmuração cega-nos diante de Deus. 
Não lembramos mais das grandes obras 
do Senhor em nossa vida. Não por acaso, 
0 apóstolo Paulo reúne os episódios de
34 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO ABRIL • MAIO • JUNHO 2 0 2 4
murmuração dos israelitas para que os 
crentes da atualidade tenham cuidado e 
não pratiquem esse pecado a fim de não 
serem destruídos (1 Co 10.10,11; Rm 15.4).
III - MURMURAÇÃO: UM PECA­
DO QUE NOS IMPEDE DE EN­
TRAR NA CANAÃ CELESTIAL
1 .0 fim dos israelitas murmuradores. 
Examinando os textos de Números 14.29 
e 16.41-49, percebemos que, por causa 
da murmuração, os israelitas daquela 
geração não entraram na terra da pro­
messa, foram mortos e sepultados no 
deserto (Nm 14.29). A peregrinação de 
Israel pelo deserto nos serve de exemplo 
e advertência em nossa jornada para 
que não adotemos seu comportamento 
murmurador. Devido a esse pecado, os 
israelitas perderam de vista os pro­
pósitos divinos e não alcançaram 0 
cumprimento da promessa.
2 .0 destino dos murmuradores. À 
luz dos relatos do livro de Números, 0 
apóstolo Paulo faz uma séria adver­
tência ao povo da Nova Aliança: “ E 
não murmureis, cómo também alguns 
deles murmuraram e pereceram pelo 
destruidor” (1 Co 10.10). Isso significa 
que um crente que vive praticando a 
murmuração já se encontra espiritual­
mente morto, perdeu a comunhão com 
0 Senhor e não tem mais 0 prazer nas 
coisas espirituais. Logo, 0 seu destino 
é a morte, que, à luz do Antigo Testa­
mento, infelizmente, tem caráter físico 
e espiritual. A murmuração é um perigo 
ao longo da nossa trajetória cristã.
3. Os m ales da m urm uração. Há 
muitos males que a murmuração pode 
provocar. Por exemplo, na vida da igreja 
local a murmuração pode trazer desâni­
mo espiritual, contendas comunitárias, 
rebeldias espirituais e divisões ministe­
riais. Esse processo acaba com a vida de
v v
Por isso , diante de um a 
circunstância difícil, é 
m uito, é m uito m elhor 
nos d irig irm os a Ele de 
m aneira hum ilde
comunhão da igreja local. Além disso, o 
nosso Senhor disse que 0 reino dividido 
contra si mesmo é “devastado” e não 
“ subsistirá” (Mt 12.25; cf. Lc 1.17-22). 
Há também 0 mal de caráter espiritual. 
Por exemplo, a murmuração também 
resulta em mentiras e calúnias, portanto, 
0 Espírito Santo não habita uma vida 
que é dominada por esse tipo de obras 
carnais (Ef 4.30; G1 5.19-21). Por isso, 
afirmamos que quem se entrega a tal 
prática acaba atraindo outros pecados 
para a sua vida, tais como: idolatria, 
rebelião, adultério, blasfêmias contra 
Deus. Como consequência acaba pres­
tando serviço ao Inimigo e estacionando 
no meio do trajeto celestial.
CONCLUSÃO
Nesta lição, vimos 0 quanto a prática 
da murmuração é perigosa e destruido- 
ra tanto para a vida espiritual quanto 
para a vida comunitária na igreja local 
ao longo da nossa jornada cristã. Não 
devemos, pois, ignorar a advertência da 
Palavra de Deus quanto ao pecado da 
murmuração (Rm 15.4). Ora, a vontade 
de Deus é a de que participemos de suas 
promessas. Portanto, evitemos 0 mal da 
murmuração em nossas casas, igrejas e 
em qualquer lugar que nos relacionemos 
com 0 próximo.
ABRIL • MAIO • JUNHO 2024 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO 3 5
REVISANDO O CONTEÚDO
1. De acordo com a lição, o murmurador tem o espírito dominado pelo quê?
2. Por que precisamos ter cautela com o comportamento murmurador?
3. Como 0 Senhor Deus respondeu à murmuração dos israelitas?
4. O que percebemos ao exam inar os textos do livro de Números?
3. O que Paulo traz à Igreja à luz do exemplo do livro de Números?
VOCABULÁRIO
Cautela: preocupação para evitar transtorno e perigo; cuidado; prudência. 
Naturalizar: passar a ter como próprio; adaptar-se; adotar.
Imerge: o que afunda, mergulha.
DA BÍBLIA
Comentário Devocional 
da Bíblia
Essa obra traz os índices de 
assuntos, esboço do conteúdo de 
cada livro da Bíblia, guia para 
leitura, panorama geral do capítulo, 
compreensão do texto, devocional, 
aplicação pessoal, citações 
importantes e índice remissivo.
Comentário Beacon 
Antigo Testamento
O Comentário Bíblico Beacon traz 
uma interpretação abrangente 
da Bíblia Sagrada elaborada 
por 40 teólogos evangélicos 
conservadores. São 10 volumes, 
cinco para o Antigo Testamento 
e cinco para 0 Novo.
COMENTÁRIO I
DEVOCIONAL
3 6 LIÇÕES BfBUCAS • ALUNO
ABRIL • MAIO • JUNHO 2 0 2 4
'N
TEXTO ÁUREO
“ O que encobre as suas 
transgressões nunca prosperará; 
mas o que as confessa e deixa 
alcançará misericórdia.”
(Pv 28.13)
VERDADE PRÁTICA
Para desfrutar um caminho de 
restauração e reconciliação com 
Deus, precisamos confessar 0 
pecado e abandoná-lo de uma 
vez por todas.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - SI 32.5
Confessando as nossas 
transgressões ao Senhor 
Terça - Rm 3,10-12 
Reconhecendo a nossa natureza 
pecaminosa diante dc Deus 
Quarta - Gn 3.8,14-19 
O pecado de nossos primeiros pais, 
Adão e Eva
Quinta - 2 Sm 12 .1-4 ,7-9 
O pecado do rei Davi, 0 ungido do 
Senhor
Sexta - Mt 6.12
Em primeiro lugar, nos dirigimos a 
Deus para 0 perdão dos pecados 
Sábado - 2 Co 5.18 
Deus investiu homens para 0 
ministério da reconciliação
ABRIL • MAIO • JUNHO 2024 LIÇÕES BÍBLICAS • ALUNO 3 7
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Salmos 51.1-12; 1 João 1.8-10
Salmos 51
1 - Tem misericórdia de mim, ó Deus, 
segundo a tua benignidade; apaga as 
minhas transgressões, segundo a multidão 
das tuas misericórdias.
2 - Lava-me completamente da minha 
iniquidade e purifica-me do meu pecado.
3 - Porque eu conheço as minhas trans­
gressões, e 0 meu pecado está sempre 
diante de mim.
4 - Contra ti, contra ti somente pequei, 
efiz 0 que a teus olhos é mal, para que 
sejas justificado quando falares e puro 
quando julgares.
5 - Eis que em iniquidade fui formado, 
e em pecado

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