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Teste de Software 1

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TESTES DE 
SOFTWARE E 
GERÊNCIA DE 
CONFIGURAÇÃO
Jeanine dos Santos Barreto
Planejamento de testes
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Elaborar o planejamento de testes.
  Identificar o plano de testes segundo a Norma IEEE 829.
  Descrever o plano de testes conforme o PMBOK.
Introdução
Antes de realizar os testes de software, é fundamental planejá-los. Por 
meio do planejamento dos testes, são conhecidos aspectos como as fun-
cionalidades e partes do software que precisam ou não ser testadas, os 
responsáveis pelos testes, o prazo em que os testes serão realizados e os 
riscos para a atividade. Além disso, por meio do planejamento são elabo-
rados documentos que servem para sanar problemas no projeto atual e 
embasar projetos de software futuros, buscando não repetir os mesmos 
erros. Neste capítulo, você vai estudar o planejamento de testes, bem como 
o plano de testes segundo a norma IEEE 829 e também conforme o PMBOK.
O planejamento de testes
Atualmente, vem crescendo a demanda por softwares dos mais variados tipos. 
Isso ocorre pois as pessoas e as empresas compreenderam que precisam deles 
para desempenhar as mais diversas atividades do seu dia a dia, desde as de 
lazer até as profi ssionais.
Por isso, as empresas que fabricam softwares recebem muitas exigências 
relacionadas à qualidade do produto que entregam para seus clientes. Para 
que essas exigências sejam atendidas, é preciso acompanhar as tendências 
tecnológicas do mercado, mas, antes de tudo, entregar para os clientes aquilo 
que eles realmente desejam com os softwares, nada menos do que isso.
Para que os softwares produzidos tenham qualidade, a melhoria dos processos 
de engenharia de software deve ser uma prática constante dos profissionais. Como 
C04_Planejamento_testes.indd 1 27/02/2019 10:29:21
você pode imaginar, existem modelos para indicar alguns processos fundamentais. 
Nem todos esses modelos dizem a mesma coisa, mas é consenso que o software 
precisa ser testado e que os testes devem ser realizados do início ao fim do projeto.
Assim, o teste é um momento essencial no projeto de desenvolvimento de um 
software. Afinal, ele demonstra se os trabalhos estão seguindo o caminho correto. 
Contudo, poucas são as equipes de desenvolvimento ou as empresas fabricantes 
de software que dão a devida importância aos testes. Muitas vezes, o processo se 
resume a alguns poucos testes unitários durante a codificação, não estruturados 
nem sistematizados — isso quando algum teste é efetivamente realizado.
Em uma situação ideal, deve haver um grupo de testadores disponíveis para 
testar os softwares que estão sendo produzidos. Além disso, desses testes, devem 
resultar relatórios contendo registros detalhados de como os testes foram feitos e 
ainda de todas as anomalias encontradas. A ideia é informar aos desenvolvedores 
e responsáveis pelo projeto sobre tudo o que precisa ser corrigido ou melhorado 
para que o produto final chegue às mãos do cliente de maneira satisfatória.
Como na maioria das vezes isso não existe ou não é possível, uma alternativa 
é escolher algum analista que não esteja envolvido diretamente na codificação 
para realizar os testes de software. Para isso, é preciso que a empresa decida quais 
são as partes críticas do sistema, ou seja, aquelas que necessitam ser testadas.
Durante os testes de um software, são executados conjuntos de atividades 
que servem para percorrer tudo o que foi produzido no software até o momento. 
É necessário buscar e identificar erros, defeitos e falhas de codificação ou 
interface que possam interferir no funcionamento correto do aplicativo.
Via de regra, por meio dos testes se pretende encontrar a maioria dos pro-
blemas, pois é praticamente impossível encontrar todos. Caso a realização dos 
testes não detecte nenhum problema, é mais indicado entender que os testes 
não foram bem feitos do que acreditar que o software foi feito com 100% da 
precisão e da qualidade esperadas.
A realização dos testes é fundamental no projeto de produção de software. Ela tende 
a aumentar a confiabilidade e a segurança do produto final entregue ao usuário.
Planejamento de testes2
C04_Planejamento_testes.indd 2 27/02/2019 10:29:21
Os testes são realizados por meio da entrada de dados no sistema para 
se verificar que tipo de resultado é recebido. Sempre que a resposta obtida 
for aquela prevista nos requisitos do sistema, as informações geradas pelo 
software são legítimas e confiáveis. Os testes precisam ser planejados para 
depois serem transformados em casos de teste. Em seguida, ocorre a sua 
realização propriamente dita e a elaboração de um relatório em que constam 
todos os problemas identificados.
O planejamento dos testes de software precisa ser realizado antes mesmo 
que a codificação do software tenha início. Isso ocorre pois é preciso definir 
o que o software deverá fazer e como ele será construído. A partir disso, é 
possível ter em mente tudo o que precisará ser testado e de que maneira isso 
será feito. A proposta é ter certeza de que a aplicação atende aos requisitos e 
às necessidades especificadas.
O planejamento de testes tem alguns objetivos principais (PRESSMAN, 
2011), como você pode ver a seguir:
  identificar quais funcionalidades e componentes do software deverão 
ser testados em cada momento;
  apontar os recursos necessários para que os testes sejam executados 
de maneira adequada, o que envolve recursos humanos, tecnológicos 
e inclusive de ambiente;
  recomendar e descrever as técnicas e estratégias que serão utilizadas 
ao longo da realização das atividades de teste;
  descrever a maneira como os testes serão realizados, para que os tes-
tadores possam seguir esse procedimento;
  indicar o tipo de relatório que o ciclo de testes deverá produzir e o que 
ele deve conter, como as atividades de teste realizadas, a data, a hora 
de início e fim do teste, o nome do testador responsável, os resultados 
obtidos e os problemas identificados.
O plano de teste precisa envolver, disponibilizar e documentar tudo o que for 
referente ao projeto de software que está sendo desenvolvido, principalmente 
seus requisitos funcionais e não funcionais. Desse modo, os testadores podem 
entender o que deverá ser testado no software.
3Planejamento de testes
C04_Planejamento_testes.indd 3 27/02/2019 10:29:22
Os requisitos de um software envolvem tudo aquilo que o usuário tem de necessidades, 
expectativas e desejos para serem satisfeitos por meio da utilização do sistema. Os 
requisitos funcionais são aqueles que podem ser atendidos com as funcionalidades do 
software; eles definem o que o sistema precisa fazer. Exemplos de requisitos funcionais 
são: consultar saldo em conta bancária, emitir relatório mensal de despesas, incluir, 
alterar e excluir clientes.
Já os requisitos não funcionais do software definem como o sistema vai fazer as 
coisas. Eles não se relacionam diretamente com as funcionalidades oferecidas, e sim 
com aspectos de qualidade, desenvolvimento, tempo, espaço e segurança. Exemplos 
de requisitos não funcionais são: facilidade de uso, medida por meio do número de 
cliques utilizados e do tempo de treino necessário para utilizar o software, portabilidade 
para outro sistema e linguagem de programação a ser utilizada.
Existem basicamente três documentos fundamentais para um bom pla-
nejamento de testes de software. Eles se aplicam principalmente quando a 
empresa não adotou um padrão internacional para a documentação dos seus 
testes, uma vez que o importante é testar e documentar os testes, sem que seja 
preciso seguir uma diretriz ou princípio preestabelecido. Você pode conhecer 
melhor esses documentos a seguir (PRESSMAN, 2011).
  Plano de teste: esse documento deve ser o fundamento para o início das 
atividades de teste de software. Nele, devem constar todas as atividades 
de teste que serão realizadas, o seu escopo, a cobertura dos testes, as 
funcionalidadesou as partes do software que serão testadas e as que não 
o serão (incluindo o motivo), as restrições, os requisitos de ambiente, os 
critérios de validação e os responsáveis por cada uma das atividades.
  Caso de teste: é o documento que descreve detalhadamente o teste de 
uma parte específica. Ele deve apresentar os valores de entrada que 
serão utilizados, as restrições para a sua realização, o resultado obtido 
e ainda o comportamento esperado.
  Roteiro de teste: esse é o documento que descreve o procedimento, ou 
passo a passo, necessário para que sejam realizados os casos de teste 
ou um conjunto de casos de teste.
Planejamento de testes4
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O grande propósito dos testes de software é avaliar se o software se com-
porta da maneira esperada e produz as saídas desejadas. De preferência, deve-se 
utilizar um ambiente controlado para as atividades de teste. Para isso, é preciso 
planejar de maneira antecipada como fazer esses testes. Afinal, apesar de a 
atividade de teste parecer algo simples, quando não é realizada da maneira 
correta, ela pode trazer prejuízo para a empresa, principalmente com relação 
a prazos e custos de manutenção de código.
O plano de testes segundo a norma IEEE 829
A norma 829 do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE) é 
conhecida como Padrão para Documentação de Teste de Software. Ela está 
vinculada à realização de testes na produção de software, mas estabelece 
padrões e diretrizes apenas para a parte da documentação.
A norma IEEE 829 não traz princípios ou diretrizes sobre quais do-
cumentos devem ser elaborados, nem define que conteúdo eles devem 
conter. Ela apenas apresenta padrões para serem utilizados nos formatos 
dos documentos.
O estabelecimento de formatos para os documentos dos processos de teste 
de software tem como propósito principal simplificar a leitura desses docu-
mentos. Por meio da padronização, é possível entender sobre o que trata cada 
parte do documento e saber qual documento deve ser estudado previamente, 
uma vez que as seções dos documentos são iguais para todos os projetos 
(PRESSMAN, 2011).
Além disso, a norma IEEE 829 pretende facilitar a comunicação entre 
os integrantes da equipe de projeto de software. Isso ocorre por meio da 
organização e da padronização da documentação, garantindo a eficácia dessa 
documentação para a realização dos testes.
Basicamente, a norma IEEE 829 traz oito sugestões de documentos 
que auxiliam no planejamento e na execução dos testes de software. Não 
é preciso que o fabricante do software utilize todos eles, mas, sempre que 
utilizá-los, é interessante que siga a padronização estabelecida, que você 
pode ver a seguir (INSTITUTO DE ENGENHEIRO ELETRICISTAS E 
ELETRÔNICOS, 2008).
5Planejamento de testes
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Plano de testes
O plano de testes deve apresentar o planejamento para a realização dos testes. 
Ele inclui vários aspectos e elementos envolvidos de maneira mais detalhada 
durante os testes, citando-os ligeiramente para que sejam abordados de maneira 
mais descritiva e detalhada nos demais documentos.
O plano de testes serve como uma entrada para a construção de outros 
documentos relacionados ao planejamento de testes. Certamente, o documento 
de plano de testes é o mais importante, pois serve como um norte para os 
demais, além de facilitar a comunicação entre os envolvidos no projeto, devido 
à padronização adotada.
De forma geral, é importante que o documento de plano de testes conte-
nha: o escopo dos testes, os recursos humanos e tecnológicos, a abordagem 
utilizada (atividades, técnicas e ferramentas usadas), o tempo disponível 
para cada atividade de teste, os itens e funcionalidades que serão testados, 
os riscos envolvidos, os responsáveis pelos testes, a versão testada, os 
motivos de testar ou não cada um dos itens e funcionalidades, os critérios 
de aceitação para cada item testado, os critérios de suspensão para as 
atividades de teste, os artefatos produzidos quando terminados os testes 
(relatórios, memorandos, logs), o ambiente necessário para a realização 
dos testes, a data de início e fim dos testes, bem como as aprovações dos 
testes (nomes e cargos dos responsáveis pela aprovação do plano de testes, 
com assinatura e data).
Especificação de testes
Esse documento envolve outros três possíveis documentos. Juntos, eles 
identifi cam todos os casos de teste, bem como os procedimentos de execução 
de cada um. Além disso, indicam os critérios de aprovação para cada caso 
de teste, de maneira bem mais detalhada, refi nada e descritiva do que no 
plano de testes.
  Especificação do projeto de teste: traz uma identificação de todas 
as funcionalidades e as características do projeto que precisam ser 
testadas em cada momento.
  Especificação de casos de teste: define quais casos de teste serão 
realizados e, para cada um deles, quais serão os dados de entrada, quais 
Planejamento de testes6
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serão as saídas ou resultados desejados, bem como as ações e todas as 
condições gerais necessárias para a execução dos testes.
  Especificação dos procedimentos de teste: envolve a especificação 
dos procedimentos e o passo a passo para a execução de um conjunto 
específico de casos de teste.
Relatórios
São envolvidos por quatro possíveis documentos, que têm como objetivo 
manter registros de detalhes importantes identifi cados durante as atividades 
de teste de software.
  Diário de teste: apresenta apontamentos e registros dos detalhes mais 
importantes que foram identificados durante a realização dos testes. 
Os registros devem ser feitos de maneira cronológica, por isso o nome 
“diário”. O diário é importante também pelo fato de guardar um histórico 
das falhas encontradas, permitindo que, após o final do projeto de de-
senvolvimento do software, sejam feitos estudos e haja um aprendizado 
acerca dos erros cometidos.
  Relatório de incidentes de teste: traz uma documentação detalhada de 
todo e qualquer evento que aconteça durante a realização das atividades de 
teste, principalmente aqueles que vão precisar de uma avaliação posterior. 
Os erros que forem encontrados durante a realização dos testes precisam ser 
documentados de maneira detalhada, para que possam auxiliar os desenvol-
vedores e demais integrantes da equipe na reprodução do erro, o que serve 
para facilitar a solução do problema encontrado. É muito importante que 
sejam registrados todos os incidentes ou eventos que aconteceram durante 
as atividades de teste em um relatório único, para que sirvam de base para 
quem for efetuar ajustes na codificação e no projeto como um todo.
  Relatório de resumo de testes: esse documento deve apresentar, de 
forma resumida, todos os resultados obtidos com as atividades de teste. 
Ainda deve indicar a qual funcionalidade ou especificação do projeto 
ele está vinculado, para que se possam fazer avaliações e análises de 
acordo com esses resultados.
  Relatório de encaminhamento de itens de teste: esse documento serve 
especificamente para o caso em que existem equipes distintas para 
testar as diferentes partes do software. Ele apresenta os itens que foram 
encaminhados para teste e indica para qual equipe foram designados.
7Planejamento de testes
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Outros documentos
A norma 829 traz ainda um método de implantação para o processo de testes 
de software, sugerindo outros dois documentos para esse fi m, descritos a seguir 
(INSTITUTO DE ENGENHEIRO ELETRICISTAS E ELETRÔNICOS, 2008).
  Guia de elaboração de documentos de teste de software: esse docu-
mento serve como um fundamento ou uma diretriz para a elaboração 
dos documentos de teste de software.
  Processos de elaboração de documentos de teste de software: esse 
documento traz todo o processo de preparar, executar e registrar o 
resultado das atividades de teste, afim de que sirva de orientação geral 
para os integrantes da equipe.
Essa norma não pretende impor documentos a todas as empresas nem a 
todos os projetos de software desenvolvidos, mas ela serve como uma boa 
diretriz. Independentemente de quais documentos sejam escolhidos, ou ainda 
da forma como eles serão adaptados à realidade da empresa e de seus projetos, 
é importante que eles envolvam e descrevam o planejamento, o projeto, os 
casos de teste e ainda os procedimentos de teste.
A norma IEEE 829 separa as atividades de teste de software nas etapas de 
preparação para o teste, execução dos testes e registro das atividades de testes. 
Além de apresentar esse conjunto de documentos e sugestões de elaboração 
para cada um, a norma traz um grupo de informações necessárias para efetuar 
testes de produtos de software, sejam eles simples ou complexos, grandes 
ou pequenos. É uma norma que, se bem utilizada e adaptada à realidade da 
empresa, auxilia a gestão do projeto em muitos aspectos.
O plano de testes conforme o PMBOK
Um bom planejamento de testes é aquele que reúne documentos em que são 
registradas todas as atividades realizadas e todos os resultados obtidos. De 
preferência, essa documentação deve seguir uma padronização ou um modelo, 
que não necessariamente precisa ter reconhecimento internacional, mas deve, no 
mínimo, ter sido elaborado e sistematizado pela empresa fabricante do software.
O plano de testes é um documento importante durante a realização dos 
testes de software, independentemente do modelo adotado pela pessoa ou 
pela empresa que estiver fabricando a aplicação. O importante é que o plane-
Planejamento de testes8
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jamento de testes melhora a organização, a objetividade, a padronização e o 
gerenciamento dos testes.
O Project Management Institute (PMI — Instituto de Gerenciamento de 
Projetos), por meio do PMBOK, encara os testes de software como um projeto 
independente, com características e atividades próprias, o que, na realidade, 
pode trazer muito mais credibilidade ao resultado final. Em outras palavras, o 
PMBOK não define uma padronização para a documentação dos testes, pois 
eles são vistos como um projeto independente do projeto de desenvolvimento do 
software, com etapas independentes da codificação e do restante das atividades.
O Project Management Institute consiste em uma das 
maiores associações para profissionais ligados à área de 
gerenciamento de projetos. Sua finalidade é auxiliar os 
gestores de projeto e demais membros a aumentar o 
sucesso das empresas e evoluir em suas carreiras por meio 
do amadurecimento da profissão.
O PMI é responsável pelo PMBOK, que é o Guia do 
Conhecimento em Gerenciamento de Projetos. Ele é 
um documento extenso, que traz as melhores práticas 
existentes em gerenciamento de projetos. Para saber mais 
sobre o PMI e o PMBOK, acesse o link ou o código a seguir.
https://goo.gl/JNZiiH 
O PMBOK divide a gestão de projetos em 10 áreas de conhecimento. 
Essas áreas de conhecimento fazem referência a qualquer tipo de projeto, mas, 
segundo o PMI, os testes que devem ser realizados durante o desenvolvimento 
de projetos de software podem perfeitamente seguir essas áreas para definir a 
sua documentação (PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE, 2016).
Então, se o PMBOK for utilizado para a elaboração do projeto de testes, 
as áreas de conhecimento listadas a seguir deverão ser abrangidas (PROJECT 
MANAGEMENT INSTITUTE, 2016).
  Gerenciamento de escopo: o escopo serve para definir exatamente a 
extensão do projeto de testes, incluindo o ponto em que podem existir 
interfaces com outros softwares que estejam prontos ou sendo construí-
9Planejamento de testes
C04_Planejamento_testes.indd 9 27/02/2019 10:29:22
dos. O escopo serve para definir de maneira clara e objetiva o que deverá 
e o que não deverá ser testado, incluindo motivos para essa escolha.
  Gerenciamento de custos: é fundamental dimensionar o tamanho do 
projeto de testes para ter uma noção clara de quanto ele vai custar e 
de quais serão as despesas provenientes dele. É possível incluir aqui 
despesas com contratação de testadores ou ainda deslocamento de 
testadores até o ambiente propício para os testes.
  Gerenciamento de tempo: da mesma forma como o dimensionamento 
dos custos, o dimensionamento de tempo e prazo para o projeto de testes 
é uma tarefa básica. É preciso estabelecer um cronograma de testes 
diretamente vinculado ao tamanho do projeto de desenvolvimento de 
software, para que seja um retrato da realidade e passível de ser atendido.
  Gerenciamento de qualidade: é preciso elaborar um programa de 
indicadores que traduzam se as atividades de testes estão sendo reali-
zadas da maneira planejada e, mais ainda, se o software que está sendo 
construído apresenta a qualidade desejada.
  Gerenciamento de integração: apresenta os resultados da integra-
ção com o projeto de desenvolvimento de software, bem como com 
outros projetos de testes que estejam em andamento e que precisem 
de interação com o projeto atual. Além disso, informa se o projeto de 
desenvolvimento de software está andando na mesma velocidade do 
projeto de testes do software.
  Gerenciamento de recursos humanos: traz informações sobre todos 
os recursos humanos envolvidos no projeto de testes, em quais testes, 
de quais funcionalidades, apresentando seus nomes, cargos, funções 
e responsabilidades.
  Gerenciamento de comunicação: a principal função dessa área é 
garantir que todos os integrantes do projeto de testes recebam as infor-
mações que precisam, no momento adequado, para auxiliá-los a tomar 
as decisões corretas. É preciso definir no projeto de testes com qual 
frequência as informações serão disseminadas e de que maneira, bem 
como a periodicidade necessária para reuniões presenciais. Além disso, 
é preciso definir se relatórios, e-mails e outros documentos poderão 
servir de elemento de comunicação entre as equipes do projeto de testes 
e do projeto de desenvolvimento.
  Gerenciamento de riscos: apesar de não parecer, um projeto de testes 
também pode apresentar seus riscos específicos em diversos aspectos, 
como recursos humanos, recursos tecnológicos e financeiros.
Planejamento de testes10
C04_Planejamento_testes.indd 10 27/02/2019 10:29:23
Os riscos do projeto são eventos que podem ou não ocorrer. Eles podem vir sob a 
forma de ameaças ou oportunidades. As ameaças são os acontecimentos que, caso 
ocorram, devem impactar o projeto de maneira negativa. Já as oportunidades, se 
existirem, podem impactar o projeto de maneira positiva.
  Gerenciamento de aquisições ou suprimentos: envolve o planejamento 
sobre como adquirir softwares e ferramentas necessárias às atividades 
de testes.
  Gerenciamento de partes interessadas: é responsável por identificar 
todas as partes interessadas na realização dos testes, idealizando manei-
ras de engajá-las no processo para que os testes sejam realizados com 
sucesso. Pode considerar o trabalho conjunto entre desenvolvedores e 
testadores, ou ainda a utilização de usuários durante a realização dos 
testes.
Além disso, o PMBOK divide a gestão de projetos e, consequentemente, o 
planejamento dos testes em cinco grandes fases, como você pode ver a seguir 
(PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE, 2016).
1. Iniciação: essa fase define e também autoriza todo o projeto de testes, 
ou uma fase dele.
2. Planejamento: essa fase define as estratégias que serão utilizadas para 
alcançar os objetivos dos testes, bem como o escopo proposto para todo 
o projeto de testes.
3. Execução: nessa fase são recrutadas as pessoas e os demais recursos 
necessários para realizar as tarefas de teste.
4. Monitoramento e controle: essa fase avalia todos os processos de 
teste, com o propósito de identificar conflitos que tenham ocorrido 
com o que foi planejado. A ideia é tomar decisões antes que alguma 
falha atrapalhe o projeto de testes como um todo, inclusive impactando 
o projeto de desenvolvimentodo software.
5. Encerramento: traz uma formalização da aceitação dos resultados 
obtidos com as atividades de testes, seja no software como um todo ou 
nas suas partes que foram testadas até o momento.
11Planejamento de testes
C04_Planejamento_testes.indd 11 27/02/2019 10:29:23
O projeto de testes apresenta as dimensões da realização dos testes como 
um todo, do planejamento à execução. Isso garante que, se a aplicação passar 
por algum tipo de manutenção e a realização de testes for necessária, toda 
essa documentação seja utilizada. Ainda é importante que o planejamento dos 
testes seja realizado depois que todos os requisitos do software tenham sido 
levantados, pois eles servem de fundamento para todas as atividades de teste.
INSTITUTO DE ENGENHEIRO ELETRICISTAS E ELETRÔNICOS. IEEE 829. 2008. Disponível 
em: https://www.normastecnicas.com/ieee/ieee-829/. Acesso em: 19 fev. 2019.
PRESSMAN, R. S. Engenharia de software: uma abordagem profissional. 7. ed. Porto 
Alegre: AMGH, 2011.
PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE. Um guia do conhecimento em gerenciamento 
de projetos: guia PMBOK. Pennsylvania: PMI, 2016.
Leitura recomendada
PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE. c2019. Disponível em: https://brasil.pmi.org/brazil/
home.aspx. Acesso em: 19 fev. 2019.
Planejamento de testes12
C04_Planejamento_testes.indd 12 27/02/2019 10:29:23

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