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08 auditoria contabil unidade 01 1-9

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Nesta unidade faremos uma introdução ao tema auditoria. Para isso, vamos
tratar inicialmente dos aspectos históricos, legais, sociais e conceituais de
auditoria e mediação.
Na sequência, passaremos a relacionar os aspectos normativos da auditoria,
identi�cando as normas pro�ssionais do auditor, observando as normas de
controle de qualidade e independência do auditor.
Além disso, identi�caremos contextos que utilizamos na revisão externa e
relacionaremos os aspectos sobre o exame de quali�cação técnica e cadastro
nacional de auditores independentes.
Por �m, discutiremos a responsabilidade moral do Código de Ética do
Pro�ssional da Contabilidade junto aos pro�ssionais de auditoria e mediação.
Neste tópico conheceremos os aspectos históricos, características e conceito
de auditoria e mediação. Para isso, passaremos a relacionar os fundamentos
doutrinários sobre a utilidade social de auditoria, mediação e a ética contábil
pro�ssional, analisando as bases teóricas e conceituais sobre auditoria e
mediação.
Aspectos Históricos da Auditoria
Apesar de haver indícios da existência da pro�ssão de auditor desde o século
XIV, foi somente a partir de 1934, nos Estados Unidos, que esta assume
importância e cria um novo estímulo, uma vez que as organizações que
transacionavam ações na Bolsa de Valores foram forçadas a empregar
serviços de auditoria para levar maior credibilidade a suas demonstrações
contábeis (ATTIE, 2018).
Em um cenário mais recente, diversas ocorrências abalaram os alicerces das
estruturas das organizações que, motivadas pela elevação de seus valores
patrimoniais, acabaram transformando informações, que deveriam ser
con�áveis, em demonstrativos que deram impulso a uma verdadeira
catástrofe �nanceira mundial  (ATTIE, 2018).
Organizações, anteriormente conhecidas como ícones estruturais, revelaram-
se verdadeiros castelos construídos em areia. Isso resultou em perdas a
diversos acionistas e �nanciadores de projetos e de investimentos que
basearam suas decisões de investimento em demonstrações contábeis e
�nanceiras produzidas com elevados lucros e resultados inatingíveis, sem
critérios consistentes (ATTIE, 2018).
Nesse contexto, Attie (2018) salienta que foram realizados, tanto no Brasil
como no exterior, pesquisas e alterações de legislações, visando melhor
adaptação às informações contábeis e o desenvolvimento de normas
internacionais, que possam levar a padronização das informações contábeis e
auxiliar no preparo e na interpretação das mesmas.
Evolução da Auditoria no Brasil
A evolução da auditoria no Brasil está́ relacionada com a implantação de
organizações internacionais de auditoria independentes, decorrentes de
investimentos internacionais que tiveram, obrigatoriamente, suas
demonstrações contábeis auditadas (ATTIE, 2018). Nesse sentido, o autor
salienta que as principais in�uências que possibilitaram o desenvolvimento da
auditoria no Brasil foram:
a) �liais e controladas de �rmas estrangeiras;
b) avanço do mercado de capitais;
b) �nanciamento de organizações brasileiras por meio de entidades
internacionais;
c) crescimento das entidades brasileiras e necessidade de descentralização e
diversi�cação de suas atividades econômicas;
e) desenvolvimento das normas de auditoria pelo Banco Central do Brasil, em
1972;
f) criação da Comissão de Valores Mobiliários e da Lei das Sociedades por
Ações, em 1976.
A Lei das Sociedades por Ações determinou que as S/As (Sociedades
Anônimas) devem observar as normas expedidas pela Comissão de Valores
Mobiliários e, além disso, serão obrigatoriamente auditadas por auditores
independentes, registrados na mesma comissão (ATTIE, 2018).
Assim, a Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, que criou a Comissão de
Valores Mobiliários, estabeleceu a disciplina e a �scalização para as atividades
de auditoria das S/As, dando à referida Comissão atribuição de examinar a
seu critério os registros contábeis, livros ou documentos dos auditores
independentes (ATTIE, 2018).
De acordo com a lei, apenas as empresas de auditoria contábil ou os
auditores contábeis independentes, registrados na Comissão de Valores
Mobiliários, poderão auditar as demonstrações contábeis dessas companhias
e das instituições, sociedades ou empresas que integram o sistema de
distribuição e intermediação de valores mobiliários (ATTIE, 2018). Ainda, a lei
estabeleceu que as empresas de auditoria contábil ou auditores contábeis
independentes deverão responder, civilmente, pelos prejuízos que causarem
a terceiros devido a culpa ou dolo no exercício de suas funções (ATTIE, 2018).
Como se observa, o exercício da auditoria independente ainda está
condicionado àquelas empresas integrantes do Mercado de Capitais e as do
Sistema Financeiro. Demais empresas são auditadas, geralmente, a pedido de
seus acionistas, proprietários ou por acordos �rmados com terceiros como
�nanciadores, fornecedores, etc. O exercício da auditoria independente ainda
não é aplicável à totalidade das empresas e há todo um mercado a ser
desenvolvido (ATTIE, 2018). Por esse motivo, também, a boa técnica contábil
deixa de ser utilizada e, certamente, não há um padrão quanto à adoção de
princípios contábeis e �scais usados uniformemente pelas empresas em geral
(ATTIE, 2018).
Cabe destacar que, de acordo com a Lei nº 11.638/2007, há a obrigatoriedade
de um auditor registrado na CVM para empresa de grande porte, cujos ativos
sejam superiores a R$ 240.000.000,00 ou a receita bruta anual no ano
anterior tenha sido superior a R$ 300.000.000,00.
É importante salientar que a legislação aplicável às Sociedades por Ações,
emitida pela Lei nº 6.404/76, foi atualizada pela Lei nº 11.638/2007, contando
com algumas alterações que permitiram o alinhamento das normas
brasileiras às normas internacionais, denominadas como Normas
Internacionais de Relatórios Financeiros (IFRS) (ATTIE, 2018).
Auditoria
O termo auditor provém da língua inglesa, to audit (examinar, ajustar, corrigir,
certi�car), e não é exclusivo do ramo contábil, existindo a mesma
nomenclatura em outros enfoques, porém, exercida com objetivos similares.
Nesse sentido, os enfoques da auditoria incluem a auditoria operacional, da
qualidade, digital, contábil e �scal.
Por auditoria operacional entende-se o exame dos principais processos e
procedimentos, sistema de controle interno cujo principal objetivo é melhorar
a produtividade, bem como a e�ciência e a e�cácia da operação. Também é
voltada para o vazamento de controle de chaves e processos que causam
desperdício de recursos para, em seguida, recomendar melhorias.
A auditoria da qualidade determina até que ponto os requisitos de qualidade
são atendidos. Para tanto, realiza-se um exame dos processos, produtos e
serviços, a �m de determinar se eles atendem aos requisitos especi�cados
com relação a dimensões, funcionalidade, segurança e capacidade de
resposta.
Já uma auditoria digital é um exame do desempenho das plataformas digitais,
como sites, contas de mídias sociais e e-mail, projetada para auxiliar a
organização a alavancar as vendas por meio dos recursos digitais, visando
atingir efetivamente as metas estratégicas.
Observe que, na contabilidade, a auditoria corresponde a uma especialização
contábil, orientada para testar a e�ciência e e�cácia do controle patrimonial
com a �nalidade de expressar uma opinião sobre determinado dado (ATTIE,
2018). Assim, auditoria é uma intermediação, na qual a principal �nalidade é
servir como alicerce para os usuários da informação, conforme seus objetivos.
A auditoria das demonstrações contábeis possui como �nalidade examinar as
informações. Assim, é compreensível que todos os itens, formas e métodos
que as in�uenciam também sejam averiguados (ATTIE, 2018). O exame da
auditoria abrange a análise documental de “livros e registros com
características controladoras, a obtenção de evidências de informações de
caráter interno ou externo que se relacionam com o controle do patrimônioe
a exatidão dos registros e as demonstrações deles decorrentes” (ATTIE, 2018,
p. 5).
A relevância que se dá a cada situação corresponde a uma série de
decorrências dos diferentes segmentos que compõem a entidade (ATTIE,
2018). Nesse contexto, os exames de auditoria executam as normas de
auditoria e inserem procedimentos de comprovação dos dados em pesquisa,
de�nidos por uma atitude de re�exão competente e independente (ATTIE,
2018). Vejamos, na Figura 1.1,  um resumo da visão da auditoria.
Figura 1.1 - Visão da auditoria
Fonte: Attie (2018, p. 5).
A atitude mental é uma atividade de auditoria, fundamentalmente crítica,
focada “nas regras em vigor por força das normas implantadas para o
controle do patrimônio, testando sua atividade e cerceamento às
possibilidades de riscos e erros (ATTIE, 2018, p. 5). É importante ressaltar que
a ação da auditoria não se limita ao que está registrado nos livros o�ciais,
abrangendo também o que pode ter sido omitido (propositalmente ou não)
dos registros principais.
Assim, a auditoria deve buscar todos os meios de provas (internas ou
externas) que estiverem ao seu alcance, a �m de apurar a propriedade dos
registros contábeis, até que se sinta plenamente satisfeita em suas
convicções, uma vez que o trabalho do auditor é primado pela factualidade
(ATTIE, 2018).
A atitude pro�ssional re�ete a combinação de uma educação pro�ssional
desenvolvida com o conhecimento técnico adquirido pela experiência ou
mediante ao estudo permanente de novas ferramentas de trabalho,
regulamentações, aprimoramento pessoal, complementados pela maturação
pessoal, dando-lhe capacitação mental e intelectual para avaliar e concluir os
dados em exame (ATTIE, 2018).
A atitude preventiva na auditoria deve primar pela construção de uma
reputação, alicerçada em padrões morais inatacáveis, uma vez que a posição
da assinatura do auditor no parecer de auditoria é uma atitude preventiva, de
alguém com força moral absoluta para poder dar credibilidade a elas e poder
dizer, de forma evidente, o que precisa ser dito, em qualquer circunstância,
atuando de forma capacitada e lícita na emissão de sua opinião (ATTIE, 2018).
Com isso, podemos perceber que os métodos aplicados pela técnica de
auditoria são retrospecção e análise, uma vez que a auditoria examina os
fatos já ocorridos e realiza, de forma análitica e minunciosa, a retrospecção
como forma de trabalho da auditoria, veri�cando os fatos passados através
de fatos patrimoniais já sucedidos (CREPALDI, 2016). Assim, o trabalho de
análise, de acordo com Crepaldi (2016) é composto pelas seguintes fases:
levantamento de condições de rotina administrativa �nanceira e contábil;
planejamento da auditoria; obtenção das provas; relatório de auditoria e
certi�cados.
Em cada uma dessas fases, a técnica de auditoria fornece processos de
execução que serão pesquisados no decorrer do presente trabalho,
constituindo matéria ou objeto de estudo e da orientação pro�ssional.
Mediação
No contexto de uma auditoria pode ser necessária a mediação, que é uma
forma de solução de controvérsias e con�itos. Dessa forma, os envolvidos
discutirão sobre um con�ito, com a presença de um indivíduo imparcial, sem
caráter vinculativo, que auxiliará na solução do caso,  buscando o consenso
e/ou a realização de acordo.
O tema “Mediação” não é novo, uma vez que isso já vem sendo aplicado no
mundo há milhares de anos, fazendo parte da cultura de diversas populações.
No entanto, recentemente, diversos países vêm formalizando esse tema em
formato de lei. No Brasil por exemplo, há um histórico de regulamentação da
mediação, conforme podemos observar no Quadro 1.1.

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