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CURSO: LIC. CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DISCIPLINA: SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO Resumo O Princípio da Integração Social: Coesão e Equilíbrio; ( ÉMILE DURKHEIM ) JUNHO DE 2018. Introdução Durkheim visava entender a forma como a sociedade tentava se organizar, após passar por processos importantes na economia, por exemplo; Europa a partir do final do século XVII e início do século XVIII com o advento do capitalismo. A partir do final do século XVII começam a acontecer profundas modificações na paisagem e no estilo de vida urbana, O processo nascente de industrialização traz para as cidades um grande contingente populacional oriundo do campo, chamado êxodo rural trazendo consigo uma alteração na paisagem urbana, bem como no seu estilo de vida. Em decorrência dessas alterações, Durkheim faz um estudo acerca dessa nova sociedade, à distinção básica ocorre entre a consciência individual e a consciência coletiva, individual, como o conjunto de traços mentais e emocionais que identificam um indivíduo e o distinguem de todos os outros, é aproximadamente o mesmo que hoje se entende por “personalidade” na Psicologia. E coletiva como “o conjunto de crenças e sentimentos comuns ou comum dos membros de determinada sociedade”, acrescentando que tal conjunto “forma um sistema determinado com vida própria”. Ao longo do resumo veremos como ele explica a origem da consciência coletiva no sentido da sua autonomia em relação às consciências individuais. O Princípio da Integração Social: Coesão e Equilíbrio (Durkheim). A consciência coletiva se caracteriza tanto por constituir um sistema de crenças e sentimentos difundido na sociedade como, também, por ser independente dos indivíduos, embora só através destes realize. E exprime a combinação de uma pluralidade de indivíduos no processo da vida social. Este como fato social apresenta as seguintes características: São exteriores à consciência individual; possuem uma capacidade de coação sobre os indivíduos; e são ao mesmo tempo gerais numa dada sociedade e independentes de suas expressões individuais. A relação dos indivíduos para com os produtos da sua atividade coletiva, destaca Durkheim, é uma relação de síntese semelhante a outras que se verificam na natureza- uma relação em que as propriedades do todo transcendem às partes que entram em sua composição. Sublinha Durkheim: “para que exista fato social é preciso que pelo menos vários indivíduos tenham misturado suas ações, e que dessa combinação se tenha desprendido um produto novo. De outra parte, enquanto normas, os fatos sociais são pensados como aquilo que governa a conduta do indivíduo, mas não se confunde com ela. Assim, a norma que prevê uma atitude de respeito dos mais moços em relação aos mais velhos não muda, enquanto fato social, porque alguns moços a observam de maneira mais formal, outros de forma mais descontraída e alguns simplesmente não a obedecem. Durkheim trata de separar o social do individual como duas esferas independentes da realidade humana. A sociedade não é mera soma de indivíduos; ao contrário, o sistema formado por sua associação representa uma realidade específica que tem suas próprias características , e é na natureza dessa individualidade que se deveriam buscar as causas imediatas e determinantes dos fatos que lá aparecem. A sociedade tem por substrato o conjunto de indivíduos associados. O sistema que eles formam ao se unir exprimiria a combinação de uma pluralidade de indivíduos num processo de síntese social. A teoria durkheimiana considera os fatos que constituem a base da vida social como pertencentes ao que denomina morfologia social. Eles consistem no número e na natureza das partes elementares de que se compõe a sociedade, a maneira como são arranjadas o grau de aderência que atingiram, a distribuição da população sobre a superfície do território, o número e a natureza dos canais de comunicação, a forma de habitação, etc. Em diferentes situações históricas como supracitadas na introdução, Durkheim conclui pelo aumento progressivo da importância do direito restitutivo nas sociedades modernas. Isso lhe vale como prova do aumento da influência da divisão do trabalho como fator de integração social. Em termos mais amplos, o progresso da divisão do trabalho lhe parece como o fio condutor do processo evolutivo que liga as formas de sociedade mais simples às mais complexas. A divisão do trabalho progride devido ao fato de que os segmentos sociais perdem sua individualidade, as barreiras que os separam se tornam permeáveis. Em outros termos, efetua-se entre os segmentos sociais uma aderência que deixa a matéria social livre para entrar em novas combinações. Portanto, a divisão do trabalho progride tanto mais quanto mais existam indivíduos que estejam suficientemente em contato para poder agir e reagir uns sobre os outros. Considerações Finais O que Durkheim tenta transmitir diante do estudo do princípio da integração social é que ninguém é autossuficiente, uma sociedade necessita da colaboração de cada indivíduo independente do auxílio, através de uma divisão de trabalho justa, uma sociedade cresce e desenvolve-se, suprindo as necessidades daqueles que a compõem. Dessa forma a divisão do trabalho teria a função de promover a solidariedade social. Seu efeito não seria apenas o de promover o rendimento das funções divididas, mas torná-las solidárias. A ideia de solidariedade pressupõe a existência de uma coesão na sociedade, de estabelecimento de vínculos sociais que interligam os indivíduos uns aos outros e que concentrem seus esforços comuns. Seria, portanto, fundamental para o bom desempenho da vida social. Estabeleceria uma sociedade de amigos, indivíduos em processo de integração social. Referências Bibliográficas ARAÚJO, M. S. S. SOLIDARIEDADE SOCIAL: as ponderações de Émile Durkheim. 2005. Disponível em: < http://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/rppublica/article/view/3785/1876 >. Acesso em 15 de Junho de 2018. GALLIANO, A. G. Introdução a Sociologia- O Princípio de Integração Social: Coesão e Equilíbrio (Durkheim). São Paulo. Pág.: 57- 71. Ed. HARBRA Ltda. 1981. http://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/rppublica/article/view/3785/1876
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