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ANATOMIA - UC2 - AULAS 2 E 3 - RESPIRATORIO

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P1/UC2 – UNIT - ALAGOAS 
ANATOMIA – AULAS 
2 E 3 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
A respiração consiste na absorção, pelo organismo, de oxigênio, 
e a eliminação do gás carbônico resultante de oxidações 
celulares. O sangue é o elemento intermediário entre as células 
do organismo e o meio habitado, servindo como um condutor de 
gases entre eles. O órgão respiratório, por excelência, é o 
pulmão, mas desenvolvem-se órgãos especiais que possam 
promover o rápido intercambio entre o ar e o sangue. O conjunto 
desses órgãos constitui o sistema respiratório. 
O sistema respiratório alto faz o papel de condução e é formado 
pelos órgãos tubulares cuja função é a de levar o ar inspirado até 
a porção respiratória (pulmões) e destes conduzir o ar expirado, 
eliminando o CO2. Fazem parte: a laringe, a faringe e o nariz que 
não são apenas condutores aeríferos. A laringe é também 
responsável pela fonação; a faringe está relacionada ao sistema 
digestório, parte dela servindo de tubo condutor de alimentos; e 
o nariz apresenta porções que cumprem função olfatória. 
O sistema respiratório baixo faz o papel da respiração em si. 
Assim, dos pulmões o ar expirado é conduzido pelos brônquios e 
pela traqueia, órgãos que realmente funcionam apenas como 
condutores de ar (aeríferos). 
 
N ARI Z 
No estudo do nariz incluem-se: 
• Nariz Externo 
• Cavidade Nasal 
• Seios Paranasais 
N ARI Z EXT ERN O 
O nariz constitui uma passagem para o ar, filtra, aquece e 
umidifica, recebe as lagrimas, as secreções da mucosa nasal e 
paranasal e é o órgão periférico do sentido da olfação. Na base, 
encontram-se as narinas, separadas pelo septo, e que 
comunicam o meio externo com a cavidade nasal. 
O esqueleto do nariz é osteocartilagíneo, isto é, além dos ossos 
nasais e das porções das duas maxilas, fazem parte do esqueleto 
do nariz diversas cartilagens nasais. Em crânios preparados, as 
cartilagens são destruídas durante o processo, ficam 
conservadas apenas as partes ósseas que delimitam a abertura 
piriforme. 
 
C AVI DADE N ASAL 
A cavidade nasal comunica-se com o meio externo através das 
narinas e com a porção nasal da faringe posteriormente, através 
das coanas (que marcam o limite entre a cavidade nasal e a 
porção nasal da faringe). 
A cavidade nasal é dividida em metades direita e esquerda pelo 
septo nasal, que se apresenta quase sempre desviado para um 
dos lados e grandes desvios podem dificultar a respiração, 
exigindo correção cirúrgica. Está constituído por partes 
cartilagíneas (cartilagem do septo nasal) e óssea (lâmina 
perpendicular do osso etmoide e osso vômer). 
 
A cavidade nasal pode ser dividida em vestíbulo, região 
respiratória e região olfatória. O vestíbulo segue-se 
Cartilagem do 
septo nasal 
Lâmina perpendicular 
do etmoide 
Vômer 
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imediatamente às narinas, compreendendo uma pequena 
dilatação revestida pela pele apresentando pelos, denominados 
vibrissas. Ao vestíbulo, seguem-se as regiões respiratória e 
olfatória, recobertas por mucosa. A região olfatória, no homem, 
é bastante reduzida, restringindo-se à concha superior e ao 
terço superior do septo nasal. Desta região partem as fibras 
nervosas que, em conjunto, constituem o nervo olfatório e que 
atravessam as aberturas da lâmina cribriforme do osso etmoide. 
A mucosa da cavidade nasal é extremamente vascularizada, 
particularmente na porção anterior do septo nasal, que, 
frequentemente, é sede de hemorragias nasais (epistaxe). A 
vascularização abundante, além de aquecer o ar inspirado, tem 
grande poder de absorção, o que é aproveitado para a 
administração, por via nasal, de substâncias medicamentosas. 
SEI OS PAR AN ASAI S 
Alguns ossos do crânio (frontal, maxila, esfenoide e etmoide) 
apresentam cavidades denominadas seios paranasais, que são 
espaços preenchidos de ar localizados no interior dos ossos do 
crânio e face, que se comunicam com a cavidade nasal. 
 
• SEI O FR ON T AL: situa-se posteriormente aos arcos 
superciliares, entre as duas tábuas do osso frontal e 
que formam a parte dura da testa. 
• SEI O MAXIL AR: ocupa grande parte do osso maxilar 
e são os maiores seios aéreos nasais. Possui uma 
forma piramidal e sua base é formada pela parede 
lateral da cavidade nasal. 
• SEI OS ET MOI DAI S: formados por pequenas células 
situadas no corpo do osso etmóide. 
• SEI OS ESFEN OI DAI S: situam-se no corpo do osso 
esfenóide ao centro do crânio. 
Apresenta um epitélio respiratório padrão (simples cúbico ou 
pavimentoso em alguns locais). Sua lâmina própria é bem 
delgada e com menor número de glândulas o que dificulta a 
resolução de possíveis infecções. 
A inflamação dos seios paranasais é chamada de sinusite. 
FAR IN GE 
É um tubo muscular associado a dois sistemas: respiratório e 
digestório, situando-se posteriormente à cavidade nasal, oral e 
à laringe, reconhecendo-se nela, por esta razão, três partes: 
parte nasal, superior, que se comunica com a cavidade nasal 
através das coanas; parte oral, média, comunicando-se com a 
cavidade oral por uma abertura denominada istmo das fauces; 
parte laríngea, inferior, situada posteriormente à laringe e 
continuada diretamente pelo esôfago. 
Trata-se de um canal que é comum para a passagem do alimento 
ingerido e o ar inspirado e, no seu trajeto, as vias seguidas pelo 
bolo alimentar e pela corrente aérea se cruzam. 
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L ARIN GE 
É um órgão tubular, situado no plano mediano e anterior do 
pescoço que, além de via aerífera, é órgão da fonação. Coloca-se 
anteriormente à faringe e é continuada diretamente pela 
traqueia. 
É composta por cartilagens, membranas, músculos e ligamentos 
que atuam em conjunto na fonação. O consumo excessivo de 
substâncias irritantes (fumo e álcool) e o uso inadequado da voz 
pode levar à inflamação da laringe, cujo principal sintoma é a 
rouquidão. 
 
 
As cartilagens que constituem a laringe são: 
• C ART IL AGEM T IR EÓI DEA: é a maior das cartilagens 
que constitui a laringe. Nela há uma proeminência 
popularmente chamada de pomo-de-adão. Protege as 
cordas vocais. 
• C ART IL AGEM CRI C OI DEA : é um anel formado de 
cartilagem hialina que fica na parte inferior da laringe, 
ligando-a à traqueia. 
• C ART IL AGENS ARI T EN OI DEAS: são pequenas 
cartilagens onde se fixam as cordas vocais. 
• EPI GL OT E: é uma fina estrutura cartilaginosa, que 
fecha a comunicação da laringe com a traqueia durante 
a deglutição, impedindo que o alimento entre nas vias 
aéreas. 
As cartilagens estão ligadas por tecido conjuntivo fibroso entre 
si por ligamentos e articulações, desse modo as cartilagens 
podem deslizar, uma sobre a outra, realizando movimentos 
comandados pelos músculos da laringe. 
T R AQ U EI A E BR ÔN QUI OS 
A tranqueia é uma estrutura cilindroide constituída por uma 
série de anéis cartilaginosos em forma de C, sobrepostos e 
ligados entre si pelos ligamentos anulares. A parede posterior, 
desprovida de cartilagem, constitui a parede membranácea da 
traqueia, que apresenta musculatura lisa, o músculo traqueal. 
Tal como ocorre com outros órgãos do sistema respiratório, as 
cartilagens da traqueia proporcionam-lhe rigidez suficiente 
para impedi-la de entrar em colapso e, ao mesmo tempo, unidas 
por tecido elástico, fica assegurada a mobilidade e flexibilidade 
da estrutura que se desloca durante a respiração com os 
movimentos da laringe. Embora seja um tubo mediano, a 
traqueia sofre um ligeiro desvio para a direita próximo à sua 
extremidade inferior, antes de dividir-se nos dois brônquios 
principais, que se dirigem para os pulmões. Estes apresentam 
estrutura muito semelhante à da traqueia e são também 
denominados brônquios de 1ª ordem. Cada brônquio principal dá 
origem aos brônquios lobares (2ª ordem) que ventilam os lobos 
pulmonares. Estes, por sua vez, dividem-se em brônquios 
segmentares (3ª ordem), que vão ter aossegmentos 
broncopulmonares. Os brônquios segmentarem sofrem ainda 
sucessivas divisões antes de terminarem nos alvéolos 
pulmonares. 
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OBS: são três brônquios lobares no pulmão direito e dois no 
esquerdo; dez brônquios segmentares em cada pulmão. 
PL EUR A E PUL MÕES 
Os pulmões, que captam o oxigênio inalado proveniente do ar 
atmosférico e desprendem o dióxido de carbono, estão contidos 
na cavidade torácica. Entre eles há uma região mediana 
denominada mediastino, ocupada pelo coração, pelos grandes 
vasos e alguns dos seus ramos proximais, pelo esôfago, por 
parte da traqueia e pelos brônquios principais, além de nervos e 
linfáticos. 
 
Cada pulmão está envolto por um saco seroso completamente 
fechado, a pleura, que apresenta dois folhetos: a pleura 
pulmonar que reveste a superfície do pulmão e mantem 
continuidade com a pleura parietal que recobre a face interna da 
parede do tórax. Entre as pleuras pulmonar e parietal há um 
espaço virtual, a cavidade pleural, contendo uma película de 
liquido de espessura capilar que permite o livre deslizamento de 
um folheto contra o outro nas constantes variações de volume do 
pulmão. 
 
Os pulmões são órgãos de forma cônica, e apresentam um ápice 
superior, uma base inferior e duas faces: costal (em relação com 
as costelas) e mediastinal (voltada para o mediastino). A base 
descansa sobre o diafragma. 
Cada pulmão apresenta a forma de um cone irregular, medindo 
cerca de 25 cm de altura e 700 g de peso. O pulmão direito é maior 
e dividido por duas fissuras, formando 3 partes ou lobos: o 
superior, o médio e o inferior. O esquerdo é menor, pois parte da 
cavidade torácica é ocupada pelo coração. É dividido por uma 
fissura, formando dois lobos: o superior e o inferior. 
Na sua fase mediastinal, cada um dos pulmões apresenta uma 
fenda em forma de raquete, o hilo do pulmão, pelo qual entram 
ou saem brônquios, vasos e nervos pulmonares, constituindo a 
raiz do pulmão. 
Vasos Sanguíneos nos 
Pulmões 
Circulação funcional/Vasos funcionais: é representada pelas 
artérias e veias pulmonares. 
• AR T ÉR I AS PUL MON AR ES: são do tipo elástico 
➢ Tem paredes delgadas porque tem baixa 
pressão sanguínea 
➢ Sangue venoso para ser oxigenado nos 
alvéolos pulmonares 
➢ Ramificados dentro do pulmão, 
acompanhando a arvore brônquica. 
➢ Envolvidos pela adventícia dos brônquios e 
bronquíolos. 
➢ Rede capilar dos septos interalveolares. 
OBS: O pulmão apresenta a rede capilar mais desenvolvida de 
todo o organismo. 
➢ Vênulas correm isoladas pelo parênquima 
pulmonar e penetram nos septos 
interlobulares. 
➢ Veias com sangue oxigenado (arterial) 
acompanham a arvore brônquica se 
dirigindo ao hilo pulmonar. 
• VASOS N UT RI DOR ES (SI ST ÊMIC OS): 
representado pelas artérias e veias brônquicas 
➢ Nutrem e oxigenam o parênquima pulmonar. 
➢ Se anastomosam com pequenos ramos da 
artéria pulmonar. 
Movimentos Respiratórios 
I N SPI R AÇ ÃO EX PI R AÇ ÃO 
Contração dos músculos 
costais 
Relaxamento dos músculos 
costais 
Elevação das costelas Abaixamento das costelas 
Contração do diafragma Relaxamento do diafragma 
 
 
 
 
 
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