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P2/UC5 – MEDICINA UNIT AL – BRÔNQUIOS Brônquio principal direito (mais largo e mais curto) -> 3 brônquios lobares (secundários) -> 10 brônquios segmentares (terciários) Brônquio principal esquerdo -> 2 brônquios lobares -> 8 brônquios segmentares OBS: o brônquio direito é dividido em 3 lobos e o esquerdo em 2, por isso o número de brônquios lobares é esse. → Na porção inicial, os brônquios apresentam a mesma estrutura histológica da traqueia. A partir de sua entrada nos pulmões (brônquios intrapulmonares) a estrutura da parede brônquica se modifica; → Os anéis cartilaginosos são substituídos por placas de cartilagem de formato irregular; → À medida que os brônquios se ramificam, seu diâmetro diminui e as placas de cartilagem também. Por fim, as placas desaparecem nos bronquíolos; → Os brônquios podem ser identificados pelas suas placas de cartilagem e por uma camada circular de músculo liso; → A camada de músculo liso torna-se mais evidente à medida que a quantidade de cartilagem diminui; → A parede do brônquio é composta de cinco camadas: o MUCOSA: composta de um epitélio pseudoestratificado similar ao da traqueia. A altura das células reduz à medida que os brônquios diminuem de diâmetro. Nas amostras coradas pela H&E, a “membrana basal” é evidente nos brônquios principais, mas diminui de espessura e não mais é distinguida nos brônquios secundários. A lâmina própria assemelha-se àquela da traqueia; o MUSCULAR: é uma camada contínua de músculo liso nos brônquios maiores. Torna-se mais atenuada e frouxamente organizada nos brônquios menores, em que pode aparecer descontínua. A contração do músculo regula o diâmetro da via respiratória; o SUBMUCOSA: tecido conjuntivo relativamente frouxo. Nos brônquios maiores, observa-se a existência de glândulas e tecido adiposo; o CAMADA CARTILAGINOSA: consiste em placas de cartilagem descontínuas, que se tornam menores à medida que o diâmetro do brônquio diminui; o ADVENTÍCIA: tecido conjuntivo moderadamente denso, que é contínuo com o das estruturas adjacentes, como a artéria pulmonar e o parênquima pulmonar; BRONQUÍOLOS Brônquios segmentares -> bronquíolos maiores -> bronquíolos terminais menores -> bronquíolos respiratórios → Os ácinos pulmonares são pequenas estruturas presentes nos lóbulos. → Cada ácino pulmonar consiste em um bronquíolo terminal, nos bronquíolos respiratórios e nos alvéolos; → Por conseguinte, a unidade bronquiolar respiratória é a menor unidade funcional da estrutura pulmonar. Consiste em um único bronquíolo respiratório e nos alvéolos que ele supre; → Não há placas de cartilagem nem glândulas nos bronquíolos; → Os bronquíolos de maior diâmetro têm um epitélio pseudoestratificado colunar ciliado, que é gradualmente substituído por um epitélio simples colunar ciliado à medida que o ducto se estreita; → As células caliciformes ainda estão presentes nos bronquíolos maiores, mas já não são encontradas nos bronquíolos terminais; → A parede dos bronquíolos apresenta uma camada relativamente espessa de músculo liso; → Os bronquíolos pequenos exibem epitélio simples cuboide; → Os bronquíolos terminais, são revestidos por um epitélio simples cuboide, no qual são encontradas células de Clara intercaladas com células ciliadas; P2/UC5 – MEDICINA UNIT AL → As células de Clara aumentam em número à medida que as células ciliadas diminuem ao longo da extensão do bronquíolo; → Observa-se também a existência ocasional de células em escova e células de pequenos grânulos; → Há uma pequena quantidade de tecido conjuntivo subjacente ao epitélio, além de uma camada de músculo liso disposta circularmente, subjacente ao tecido conjuntivo nas porções condutoras; → CÉLULAS DE CLARA: células não ciliadas. Apresentam características de células secretoras de proteína. Secretam um agente tensoativo, uma lipoproteína que impede a adesão luminal em caso de colapso das paredes das vias respiratórias, particularmente durante a expiração. Além disso, as células de Clara produzem proteína secretora das células de Clara (CC16), que é um componente abundante da secreção das vias respiratórias; → Os bronquíolos respiratórios constituem a primeira porção da árvore bronquial que possibilita troca gasosa. P2/UC5 – MEDICINA UNIT AL As principais características da parede bronquiolar que estão evidentes na figura incluem os feixes de músculo liso (ML) e o epitélio de revestimento. Um aumento maior revelaria que o epitélio é ciliado. A quantidade de tecido conjuntivo é mínima e não é evidente neste pequeno aumento; no entanto, está presente e organiza o músculo em feixes (i. e., a camada muscular não é estruturada em uma camada contínua única). O tecido conjuntivo contém fibras colágenas e algumas fibras elásticas. Não há glândulas na parede do bronquíolo. Os espaços aéreos ou alvéolos pulmonares circundam o bronquíolo, compreendendo a maior parte da estrutura pulmonar. ALVÉOLOS → Os alvéolos são os espaços aéreos terminais do sistema respiratório e constituem locais de troca gasosa entre o ar e o sangue. Cada alvéolo é circundado por uma rede de capilares; → DUCTOS ALVEOLARES: são vias respiratórias alongadas, cujas paredes são formadas quase exclusivamente por alvéolos; → SACOS ALVEOLARES : são espaços circundados por grupos de alvéolos. Os alvéolos circundantes se abrem nesses espaços; → Os alvéolos são circundados e separados uns dos outros por uma camada de tecido conjuntivo extremamente fina, contendo capilares sanguíneos; → PNEUMÓCITOS TIPO I : compreendem apenas 40% de todas as células de revestimento alveolar. São células pavimentosas extremamente finas, que revestem a maior parte (95%) da superfície dos alvéolos. Elas não têm capacidade proliferativa; Função: barreira de espessura mínima que possibilita as trocas de gases e ao mesmo tempo impede a passagem de líquido. o Núcleo achatado. o Saliente para o interior do alvéolo. o Desmossomos ligam células adjacentes. o Zônulas de oclusão – impede a passagem de fluidos do espaço tecidual para o interior dos alvéolos. → PNEUMÓCITOS TIPO II OU CÉLULAS SEPTAIS: são células secretoras. Têm formato cuboide e estão intercaladas com as células do tipo I, mas tendem a se concentrar nas junções septais. Representam 60% das células do revestimento alveolar; no entanto, em virtude de seu formato cuboide, cobrem apenas cerca de 5% da superfície aérea alveolar. São ricas em uma mistura de fosfolipídios, lipídios neutros e proteínas, que é secretada por exocitose, formando um agente tensoativo de revestimento alveolar, denominado surfactante. Além da secreção de surfactante, as células alveolares do tipo II são células progenitoras das células alveolares do tipo I. Após lesão pulmonar, elas proliferam e restauram ambos os tipos de células alveolares; Função: reduz a tensão superficial dos alvéolos, reduzindo a força necessária para inspiração, facilitando a respiração. Também não P2/UC5 – MEDICINA UNIT AL deixa os alvéolos entrarem em colapso durante a expiração. o Estão entre os pneumócitos do tipo I, formando desmossomos e junções unitivas. o Células arredondadas, sobre a membrana basal do epitélio alveolar. o Grupos de 2 ou 3 células, nos pontos em que as paredes se tocam. o Núcleo maior e mais vesiculoso. o Sintetiza e libera surfactante pulmonar → CÉLULAS EM ESCOVA: também presentes na parede alveolar, mas em pequeno número. Podem atuar como receptores que monitoram a qualidade do ar no pulmão. → SURFACTANTE: diminui a tensão superficial alveolar e participa ativamente na depuração de substâncias estranhas. O agente de maior importância para a estabilidade do espaço aéreo é um fosfolipídio específico, denominado dipalmitoilfosfatidilcolina (DPPC),responsável por quase todas as propriedades de redução da tensão superficial do surfactante. Sem a secreção adequada de surfactante, os alvéolos iriam colapsar a cada expiração sucessiva; → MACRÓFAGOS ALVEOLARES: removem o material particulado inalado dos espaços aéreos e os eritrócitos do septo; ATELECTASIA → Colapso completo ou parcial de um pulmão ou de uma seção (lóbulo) de um pulmão. → Pode ser dividida em atelectasia por reabsorção (ou obstrução), compressão e contração: o ATELECTASIA POR REABSORÇÃO OU OBSTRUÇÃO: é a consequência da obstrução completa de uma via aérea, que com o tempo leva à reabsorção do oxigênio aprisionado nos alvéolos dependentes, sem prejuízo do fluxo sanguíneo pelas paredes alveolares afetadas. Uma vez que o volume pulmonar diminui, o mediastino se desvia no sentido do pulmão atelectásico. É causada principalmente por excesso de secreções ou exsudatos no interior de brônquios menores e, portanto, é encontrada mais frequentemente na asma brônquica, bronquite crônica, bronquiectasia, em estados pós-operatórios, aspiração de corpos estranhos e, raramente, neoplasias brônquicas; o ATELECTASIA POR COMPRESSÃO: ocorre sempre que a cavidade pleural é parcial ou completamente preenchida por exsudato líquido, tumor, sangue ou ar (com a última condição mencionada constituindo o pneumotórax) ou com pneumotórax de tensão, quando a pressão do ar prejudica e ameaça a função do pulmão e do mediastino, especialmente os grandes vasos. Na atelectasia por compressão, o mediastino se desvia para longe do pulmão afetado; o ATELECTASIA POR CONTRAÇÃO: ocorre quando alterações fibróticas locais ou generalidades no pulmão ou na pleura impedem a expansão completa; → Uma atelectasia significativa reduz a oxigenação e predispõe à infecção. Uma vez que o parênquima pulmonar colapsado pode ser reexpandido, a atelectasia é um distúrbio reversível (exceto a causada por contração); P2/UC5 – MEDICINA UNIT AL EDEMA PULMONAR Doença causada por excesso de líquido nos pulmões: → EDEMA PULMONAR HEMODINÂMICO OU CARDIOGÊNICO : a causa hemodinâmica mais comum é o aumento da pressão hidrostática, como ocorre na insuficiência cardíaca congestiva esquerda. Independentemente do contexto clínico, a conges tão e o edema pulmonares são caracterizados por pulmões pesados e úmidos. O líquido sofre acúmulo inicialmente nas regiões basais dos lobos inferiores porque a pressão hidrostática é maior nesses locais (edema dependente). Histologicamente, os capilares alveolares estão obstruídos, e um precipitado granular intra-alveolar rosa é observado. Microhemorragias alveolares e macrófagos contendo hemossiderina (células de “insuficiência cardíaca”) podem estar presentes. Em casos de congestão pulmonar de longa duração, como os observados na estenose mitral, os macrófagos contendo hemossiderina são abundantes, e a fibrose e o espessamento das paredes alveolares fazem com que os pulmões encharcados fiquem firmes e castanhos (induração parda). Essas alterações não apenas prejudicam a função respiratória normal como também predispõem à infecção; → EDEMA PULMONAR POR LESÃO MICROVASCULAR OU NÃO CARDIOGÊNICO: o segundo mecanismo que leva ao edema pulmonar é a lesão dos capilares dos septos alveolares. Nesse caso, a pressão hidrostática dos capilares pulmonares geralmente não está elevada, e os fatores hemodinâmicos desempenham um papel secundário. O edema resulta de uma lesão primária do endotélio vascular ou da avaria das células epiteliais alveolares (com lesão microvascular secundária). Isso provoca o vazamento de fluidos e proteínas inicialmente para o espaço intersticial e, em casos mais severos, para os alvéolos. Na maioria das formas de pneumonia, o edema permanece localizado e é obscurecido pelas manifestações da infecção;
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