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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MATHEUS CUNHA CARDOZO GESTÃO DE RISCOS NO PROCESSO DE IMPORTAÇÃO DE PRODUTOS À BASE DE CANNABIS Orientador: João Alberto Neves dos Santos DSc. Niterói 2022 2 UFF- UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE MATHEUS CUNHA CARDOZO GESTÃO DE RISCOS NO PROCESSO DE IMPORTAÇÃO DE PRODUTOS À BASE DE CANNABIS Trabalho de conclusão de curso de graduação apresentado à Faculdade de Administração e Ciências Contábeis da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração. Orientador: JOÃO ALBERTO NEVES DOS SANTOS DSc. Niterói/RJ 2022 3 ORIENTADOR: Prof. João Alberto Neves dos Santos DSc. MATHEUS CUNHA CARDOZO GESTÃO DE RISCOS NO PROCESSO DE IMPORTAÇÃO DE PRODUTOS À BASE DE CANNABIS Monografia aprovada pela Banca Examinadora do Curso de Administração da Universidade Federal Fluminense – UFF Rio de Janeiro, 01 de julho de 2022. BANCA EXAMINADORA __________________________________________ Prof. João Alberto Neves dos Santos DSc. (orientador) UFF – Universidade Federal Fluminense __________________________________________ Prof. Ivando Silva de Faria DSc. UFF – Universidade Federal Fluminense __________________________________________ Prof. Fabio Roberto Bárbolo Alonso DSc. UFF – Universidade Federal Fluminense 4 5 Dedicatória Dedico à minha família e amigos. 6 Agradecimentos Agradeço aos amigos e família pelo apoio incondicional, e aos meus professores por todo o aprendizado. 7 “O começo de todas as ciências, está no espanto das coisas serem o que são.” Aristóteles. 8 RESUMO O presente estudo pretende analisar o gerenciamento de riscos nos processos de importação de produtos à base de cannabis. Considera-se o gerenciamento que propicia a proteção da carga, a melhor condução dos processos burocráticos e questões relacionadas com as liberações, apresentação de documentos, demandas fiscais, logísticas que possibilitam a finalização da importação. Nesse viés, busca-se investigar o problema de mensuração dos principais riscos no campo da importação de produtos canábicos no país, além de apresentar as variáveis que se relacionam com a gestão de risco em vista das necessidades do mercado e da complexidade dos processos aduaneiros. Palavras-chaves: Gestão de Riscos. Cannabis. Aduana. Importação. Anvisa. 9 ABSTRACT The present study intends to analyze risk management in the processes of importing cannabis-based products. Management is considered to provide cargo protection, better management of bureaucratic processes and issues related to releases, presentation of documents, tax demands, logistics that make it possible to complete the import. In this bias, we seek to investigate the problem of measuring the main risks in the field of importing cannabis products in the country, in addition to presenting the variables that relate to risk management in view of market needs and the complexity of customs processes. Keywords: Risk management. cannabis. Customs. Import. Anvisa. 10 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 - Canabinóides derivados da Cannabis e produtos sintéticos disponíveis para uso medicinal………………………………………………… 13 FIGURA 2 - Benefícios na gestão de riscos…………………………………... 15 FIGURA 3 - Priorização no tratamento de riscos …………………………… 20 FIGURA 4 - Gerenciamento de riscos na Aduana ………………………….. 25 FIGURA 5 - Produtos à base de cannabis que podem ser importados ...... 28 FIGURA 6 – Mapa da gestão de riscos aduaneiros…………………………… 30 FIGURA 7 - Escala gestão de risco aduaneiro ……..................................... 30 FIGURA 8 – Diagrama de verificação de riscos ...................................…… 38 11 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO...................................................................................... 13 1.1 Contextualização................................................................................... 17 1.2 O Problema........................................................................................... 18 1.3 1.3.1 1.3.2 Objetivos…………………………………………………………………...... Geral..............................................................................................….... Específicos............................................................................................ 18 18 18 1.4 Relevância do Estudo……………………………………………………… 18 1.5 Delimitação do Tema………………………………………………………. 17 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA …………………………....................... 19 2.1 Risco………………………………......................................................... 19 2.2 Gestão do Risco…………………………………………………………… 22 2.3 Processos Aduaneiros……………………………………………………... 24 2.4 2.5 Gestão do Risco em Importações de Produtos à Base de Cannabis… Ferramentas de Gestão do Risco.......................................................... 27 29 3 3.1 3.2 3.2.1 3.2.2 3.2.3 3.2.4 3.2.5 3.2.6 3.3 3.4 METODOLOGIA DE PESQUISA.......................................................... Universo da Pesquisa e Coleta de Dados............................................. Etapas da Pesquisa............................................................................... Etapa 1: Revisão Bibliográfica............................................................... Etapa 2: Identificação da Empresa Estudo de Caso e Processo a ser estudado................................................................................................ Etapa 3: Levantamento dos Eventos de Risco...................................... Etapa 4: Elaboração da Matriz de Risco................................................ Etapa 5: Análise dos Riscos do Processo............................................. Etapa 6: Redação do TCC..................................................................... Seleção da Amostra de Estudo............................................................. Limitações do Método de Estudo.......................................................... 32 33 33 34 34 34 35 35 35 35 36 12 4 5 RESULTADOS E DISCUSSÕES.......................................................... CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................. 36 41 6 BIBLIOGRAFIA..................................................................................... 42 13 1. INTRODUÇÃO A gestão de risco é fundamental para evitar e diminuir perdas, como trata Freitas e Sá (2003) proporcionar produtividade e consequentemente, aumentar os ganhos; para promover o compliance das organizações, além de impactar na segurança e bem-estar dos colaboradores dentro dos processos logísticos e, especialmente, no cenário de importações. Compreende-se que o transcurso evolutivo dos processos na seara da gestão e administração trouxeram novas problemáticas para o campo da gestão de riscos, como assinala Girardi (2018). Essa pesquisa busca elucidar esse cenário, considerando a integração do campo da gestão de riscos na importação com os elementos econômicos, logísticos, administrativos e jurídicos que integra a cadeiade consumo dos produtos canábicos com liberação no Brasil. Abaixo figura os canabinóides derivados da Cannabis e produtos sintéticos disponíveis para uso medicinal e aqueles que estão disponíveis para uso no país: FIGURA 1 - Canabinóides derivados da Cannabis e produtos sintéticos disponíveis para uso medicinal 14 (Fonte: Belgo et al, 2021) Ressalta-se que os processos atinentes à Gestão de Risco permitem estruturar com excelência o trabalho e as rotinas de uma organização, tal como expõe Marques (2019), proporcionando a continuidade desses serviços em um mundo cada vez mais complexo. As rotinas figuram como padrões de comportamento que conectam os sujeitos e as suas funções, ademais, entrelaça esses dois fatores a esfera de resultados almejados, impulsionando o desempenho e os ganhos. Destaca-se que os processos de gestão de risco ocorrem em um contexto de expansão da competição global e de demanda por otimização dos processos produtivos (RUFINO NASCIMENTO JUNIOR, 2020). Ademais, tem-se o aumento da pressão por qualidade dos processos, o que também pode implicar em um encaminhamento das ações de gestão à esfera da inovação. 15 Ademais, salienta-se que em um panorama de elevada competitividade entre as organizações, onde a inovação e a excelência são parâmetros de diferenciação e excelência, como dispõe Chibás, Pantaleón e Rocha (2012), é ainda mais importante que não se negligencie as operações em torno da gestão de risco. Além disso, é importante pautar sistemas de gestão caracterizados pela sua correspondência com a modernidade, a sua eficiência e instrumentalização em prol do sucesso das práticas organizacionais. Nesse sentido, coloca-se os benefícios na gestão de riscos: FIGURA 2 - Benefícios na gestão de riscos (Fonte: ANS, 201.) A busca por maior eficiência e produtividade responde à expansão das demandas por produtos e serviços na atualidade, como assinalam Machado Pinto e Coronel (2017). Existe um contexto de transformações no mundo produtivo, onde a integração da tecnologia impõe novas variáveis à seara da logística, da importação e também da gestão. Entende-se que a gestão de riscos está integrada a um cenário maior de respostas às demandas de organização da produção e dos ativos da cadeia de valores produtivos. A Tecnologia da Informação e Comunicação, os softwares e demais instrumentos tecnológicos e informacionais são essenciais para a condução da Gestão de Risco, como assinala Neves e Silva (2016), principalmente no cenário de 16 importações no qual se coadunam demandas do Comércio Exterior, como dispõe Silva et al (2108), e a atuação com autoridades fiscais de vários países. É preciso compreender que as organizações possuem uma função social (REIS, 2007), de tal modo que é essencial a gestão de risco nesses processos. Deve- se compreender que as organizações possuem propósitos específicos, como também atuam mediante as demandas da sociedade, em vista do desenvolvimento econômico e humano. Entende-se que já não se pode considerar os procedimentos de Gestão de Risco no bojo das importações como algo isolado, é necessária uma visão desses procedimentos de forma integrada com outras searas do conhecimento – principalmente no campo aduaneiro no qual se demanda atenção as legislações, controles fronteiriços, taxas de importação, entre outras variáveis (RABECHINI JUNIOR, 2013). Com a Gestão de Risco, as suas características, desdobramentos e funcionalidades é possível imprimir um menor tempo nos processos de importação, diminuir custos e aumentar a produtividade, impactando positivamente em toda a cadeia produtiva (ALMEIDA et al, 2013). A Gestão de Risco permite a redução de perdas não previstas, mediante um controle maior do processo de importação. No entendimento da Gestão de Risco nos processos de importação, destaca- se a relevância de compreender como o Brasil vem se desenvolvendo com base na transferência de renda do campo da exportação para as atividades empreendidas em território nacional (CNI, 2019). É importante contextualizar as práticas de importação desde um viés econômico e estratégico, demonstrando como as organizações nacionais se inserem no quadro das capacidades produtivas do país e, consequentemente, como essa inserção demanda que as organizações possam responder com excelência a tais necessidades – ao qual se inclui as respostas no campo da gestão de riscos. A realização da gestão de risco envolve a organização do local, a identificação de potenciais riscos, a compreensão destes, assim como o desenho institucional de respostas a tais riscos. 17 1.1 Contextualização Gestão de Risco em Importações demanda uma complexidade de práticas que envolvem o monitoramento de operações na esfera do Comércio Exterior, os deveres junto à autoridade aduaneira, considerando os órgãos fiscais interno e externos com relação a demarcação fronteiriça; implica, ainda, no adequado suporte jurídico, logístico, administrativo, entre outros. Especialmente no gerenciamento de risco na importação de produtos a base de cannabis, é importante ressaltar que na plataforma da Anvisa, aponta-se que as empresas que solicitem a autorização sanitária do produto de cannabis devem pautar práticas como: 1. Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) fixada pela Anvisa com para importação. 2. Obtenção de uma Autorização Especial (AE). 3. Possuir boas práticas de Distribuição e Armazenamento de medicamento. 4. Deter contributos técnicos e científicos que justifiquem a formulação do produto de Cannabis . 5. Possuir a correta Documentação técnica da qualidade do produto. 6. Deter a capacidade para recebimento e tratamento das notificações de desdobramentos adversos e queixas técnicas sobre o produto. 7. Deve conhecer a concentração dos principais canabinoides dispostos na formulação, como o CBD e o THC. O escopo do gerenciamento de risco na importação de produtos a base de cannabis impacta de forma positiva na diminuição dos custos das operações, na otimização quanto aos processos de liberação dos produtos, implica em maior eficiência quanto ao fluxo comercial. A particularidades desses processos é analisada nessa pesquisa desde a busca por estabelecer os critérios da gestão de risco na importação, as ferramentas atinentes a esses processos e os resultados. Ressalta-se que a Anvisa, já nos anos de 2020-2021, adotou múltiplas medidas de permissão e agilização do processo de importação de produtos derivados da cannabis. Tem-se, assim o RDC que dispunha acerca do acesso da população a 18 produtos derivados de Cannabis direcionados ao tratamento de saúde; a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 570/2021 que otimizou o acesso a pessoa física. 1.2 O Problema O problema da presente pesquisa é que não foram identificados os riscos no processo logístico e é necessário que esses riscos sejam entendidos, identificados, analisados, avaliados e ter respostas ao risco estabelecidas. 1.3 Objetivos 1.3.1 Geral Este trabalho irá analisar e buscar formas de gerenciar o risco no processo logístico de uma empresa importadora de produtos cujo material base é proibido no Brasil. Foram identificados o seguinte Objetivo Geral: identificar os principais riscos no processo logístico da empresa de prestação de serviços, apresentando a descrição do processo, especificando seus riscos, estabelecendo a matriz de risco e a resposta aos principais riscos identificados. 1.3.2 Específicos ● Analisar o processo logístico da empresa ● Identificar os principais riscos presentes ● Apresentar as principais soluções ● Verificar efetividade da operação 1.4 Relevância do estudo Este estudo é importante, pois trata da Gestão de Risco na importação de produtos com cannabis no Brasil. A sua relevância se faz presente pela inovação no tema, de modo que as produçõescientíficas sobre esses assuntos são raras. Ademais, envolve a análise de um campo com práticas complexas, as ações envolvidas no campo aduaneiro demandam conhecimentos multidisciplinares, visto que envolvem o campo da Gestão, da Logística, das normas jurídicas. Os processos aduaneiros, e logo a Gestão de Risco nas importações, envolvem a consideração de elementos clássicos da gestão como diminuição de perdas, produtividade e aumento dos ganhos, segurança e bem-estar dos colaboradores. Além disso, envolvem também questões específicas e múltiplas como 19 liberações, logística, disposição de documentos, constância tributária, legislações, controles fronteiriços, taxas de importação, entre outras variáveis. 1.5 Delimitação do Tema O estudo realizado aborda a gestão do risco nos processos de importação de produtos com cannabis no Brasil. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Risco O entendimento do conceito de risco envolve a consideração de que algo pode não ocorrer bem, e desde a sua disposição contemporânea envolve a análise, quantificação e qualificação acerca da incerteza. De modo conceitual, a seara das incertezas pode ser disposta enquanto o centro dos interesses de gerenciamento. Neste viés, parte-se do pressuposto de que todo o processo de gerenciamento de riscos deve manter o enfoque na administração das incertezas, visto que o risco está sempre relacionado com as ameaças de ocorrências de eventos incertos (SILVA; NOBRE; SOUZA NETO, 2018). A análise e mensuração do risco tem figurado como assunto de investigação de múltiplas disciplinas, práticas profissionais e atuações práticas. Os campos que ampliam o interesse acerca dos riscos e modos de gerenciamento alcançam as incidências de desastres naturais, abarcam as ocorrências de ameaças tecnológicas e impacta nas condições de trabalho, de saúde, na prevenção do crime, do terrorismo e no controle de poluição (MARQUES; MULLER; SILVA, 2019). De forma específica, dentro do panorama organizacional, a preocupação quanto a gestão de riscos se expande de forma rápida nas últimas décadas e é fortificado ante a atuação das entidades reguladoras, das associações profissionais e do trabalho de empresas de rating que o observam como mecanismo de promoção da gestão de informações direcionada a otimização de lucros e no aumento do valor do empreendimento (MARQUES; MULLER; SILVA, 2019). As contribuições tradicionais acerca do tratamento ao risco possuem uma tendência a salientar os eventos de variabilidade e não considerar de modo expansivo 20 os componentes atinentes a ambiguidade presentes nos projetos e estratégias da produção. Nesse viés, a variabilidade está atrelada aos elementos que podem deter diferentes valores, logo difundir a incerteza, seja quanto a prazos, custos e qualidade. O escopo da ambiguidade relaciona-se com a ausência de clareza sobre dados, nos detalhamentos, nas estruturas, entre outros componentes, pois no comportamento dos envolvidos estão presentes vieses, conhecimentos restritos e situações não claras (RABECHINI JUNIOR; CARVALHO, 2013). Abaixo tem-se a disposição da priorização do tratamento de riscos: FIGURA 3 - Priorização no tratamento de riscos (Fonte: Ministério da Defesa, 2019.) Os riscos presentes nas práticas das organizações estão atrelados com as inconstâncias presentes na cadeia onde estão introduzidas e podem se desdobrar em problemas no trato com fornecedores, com os sistemas de distribuição, no cumprimento de prazos pré-estabelecidos, na disposição de matérias prima afastadas das especificações demandadas, na ausência de estoques, na má gestão quanto à capacidade, entre outros elementos (OLIVEIRA; PORTO; MAGALHÃES, 2020). 21 A disposição aos riscos se dá em todos os campos e setores empresariais, as investigações sobre a gestão do risco na esfera produtiva ganha destaque por força de diversos fatores na atualidade, tal como as dinâmicas globalizadas, a ocorrência de desastres naturais, a percepção das incertezas presentes nas negociações e clientes que demandam produtos customizados. Entende-se que as dinâmicas produtivas possuem uma natureza complexa, se encontram em progressivo desenvolvimento, está atrelada ao enfrentamento de múltiplas incertezas (OLIVEIRA; PORTO; MAGALHÃES, 2020). De acordo com o departamento de defesa norte-americano, o conceito de risco envolve a consideração de medidas quanto a futuras incertezas em alcançar as finalidades estabelecidas por um empreendimento considerando as restrições em vista de custos, prazos e desempenho. A noção de risco, implica não apenas a incidência de um evento indesejável, como também a medida de probabilidade e as consequências no caso de ocorrerem os ricos (RABECHINI JUNIOR; CARVALHO, 2013). Tomás e Alcântara (2013) apontam que é possível realizar a categorização dos riscos, considerando os fatores de causa e efeito; e em vista da quebra do potencial e da probabilidade versus os seus efeitos; e, ainda, na mensuração dos eventos advindos do ambiente interno e do ambiente externo em relação às cadeias de suprimentos. A categorização dos riscos envolve também os riscos internos ao empreendimento, englobando questões como operações, processo e controle. Tem- se, ainda, os riscos externos para a empresa, mas internos para a cadeia de suprimentos, tal como o fornecimento e demanda; aqueles que são externos à cadeia - no qual se exemplificam crises mundiais, acidentes naturais, diferenças culturais, entre outros. Entende-se que a categorização dos riscos é fundamental para a avaliação de um empreendimento, assim, um arcabouço de riscos podem impactar de forma distinta nas perdas financeiras, como também nos recursos físicos e humanos, materiais e até mesmo de imagem (TOMÁS; ALCANTARA; 2013). Existem inúmeras origens quanto aos riscos, seja na disposição do próprio empreendimento ou em vista do ambiente de negócios. Tem-se que os riscos operacionais não figuram como as únicas espécies que existem na esfera da cadeia 22 de suprimentos, já que a incerteza acerca do ambiente de negócios e própria complexidade das redes de cadeia de suprimentos estão expandindo a possibilidade da sua quebra (RABECHINI JUNIOR; CARVALHO, 2013). Nesse quadro, é possível assinalar que o gerenciamento de risco permite minimizar problemas e diminui os prejuízos no campo do desempenho, além de ofertar celeridade na restauração da cadeia de suprimentos (OLIVEIRA; ESPINDOLA; MARTINS, 2018). O gerenciamento de risco propicia alternativas para a administração de eventos incertos, ainda que esse campo de estudo esteja em sua infância (RABECHINI JUNIOR; CARVALHO, 2013). 2.2 Gestão do Risco A gestão de risco é concebida corno a integração de processos sistemáticos que objetivam a promoção e a avaliação e o controle de risco. Com esse objetivo são empregados múltiplos programas, diretrizes, políticas institucionais, entre outras ferramentas. O gerenciamento de risco é utilizado em múltiplos setores, considerando à sua extensa abrangência (OLIVEIRA; CAREGNATO; HOENEFEL, 2010). A gestão de riscos abrange um arcabouço de práticas estruturadas com a finalidade de nortear e controlar um empreendimento quanto a figuração de incertas (SILVA NOBRE; SOUSA NETO, 2018). Um dos interesses que mais se destacam nos profissionais que estão envolvidos com projetos e empreendimentos, no escopo da crise financeira que ocorreu no ano de 2008, esteve na eficácia do gerenciamento de riscos. Os desdobramentos das avaliações sobre a aferição de perdas de oportunidades impuseram a demanda por considerar o gerenciamento de risco na preservação do empreendimento para que este seja conduzido de forma excelente, ademais as crises e inseguridades (RABECHINI JUNIOR; CARVALHO, 2013). O crescimento dos mercados e os usos de estratégias de internacionalização são fatores que determinam o fenômenoda globalização e impactam a complexidade do mercado global. Os empreendimentos internacionais, reforçados pela necessidade de recursos em múltiplas localidades, começaram uma cadeia de multinacionalização, no qual se cruzam fronteiras nacionais e são explorados novos territórios, expandindo 23 os incentivos na esfera da exportação e importação e no campo de investimentos no exterior (STOCKER, 2019). Todavia, identifica-se também a vulnerabilidade dos mercados conectados, permeado por instabilidades econômicas e novas crises globais que abrem o interesse dos gestores acerca dos riscos implicados no processo estratégico dos empreendimentos em ocorrências como a importação. A mensuração dos riscos, assim como as práticas e estratégias, em andamento no decurso dos processos de gerenciamento do risco são determinados por elementos característicos do empreendedor, também pelos recursos em disponibilidade para a efetividade da internacionalização e em vista do ambiente no qual a empresa se encontra (STOCKER, 2019). Destaca-se abaixo alguns modos com o qual é possível realizar o transporte do produto a base de cannabis: Remessa Expressa É uma modalidade de importação e exportação em que documentos ou produtos podem ser enviados ou recebidos por via aérea, utilizando os serviços de uma empresa transportadora. Conhecida como courier, essa organização se encarrega dos trâmites burocráticos e realiza o transporte de porta em porta. (...). a pessoa física ou jurídica que compra ou vende a mercadoria não precisa estar habilitada junto à Receita Federal e no sistema Radar Siscomex. Quanto à importação para pessoas físicas deve ser feita com bens de até US$ 3 mil, ou o equivalente em outra moeda, desde que não tenham destinação comercial.(...).Modal aéreo: Bagagem acompanhada. É aquela, que a viajante porta consigo e no mesmo meio de transporte em que viaje, sendo todos os bens trazidos pelo viajante em razão da sua viagem internacional. (...). Licenciamento de Importação no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) O Siscomex é um sistema informatizado, onde contém as informações necessárias, para o acompanhamento e controle das operações de comércio exterior, ou sejam, acompanhamento da entrada e saída de mercadorias do país. (NOVAES, 2019, p. 04-05) A estratégia no campo dos empreendimentos implica a consideração do gerenciamento de riscos, em vista das melhores escolhas entre as possibilidades disponíveis, pautadas por forças competitivas, na procura por uma posição competitiva ótima em relação à concorrência. É necessário incluir a gestão dos riscos na esfera do planejamento estratégico do empreendimento, assentado técnicas corporativas que possibilitem a investigação dos componentes de um empreendimento, a identificação de seus elementos fortes e fracos, as oportunidades 24 e as ameaças e para que se alcance o estado almejado por aquele negócio (SILVA; NOBRE; SOUSA NETO, 2018). Assim, entende-se que a gestão de riscos funciona como um importante recurso no aprimoramento dos fluxos de produtos, na condução de serviços e informações, na redução de custos, na entrega de forma ágil e confiável do serviço e produto, na soma de valor para o cliente final e na criação de vantagens comerciais competitivas em um longo prazo. 2.3 Processos Aduaneiros A discussão acerca do processo de globalização comercial e do campo produtivo recebe espaço dentro do interesse governamental nas últimas décadas. Tem-se a questão da liberalização financeira e cambial, das alterações quanto aos padrões de concorrência no modelo capitalista e modificações nas normas institucionais atinentes ao comércio e ao investimento. Nesse panorama, observa-se a expansão dos embates por competitividade, em um cenário empresarial dotado de complexidade, com a demanda de regulamentação do Estado (MORINI et al, 2015). Tem-se, de um lado, a figuração de empreendimentos cada vez mais submetidos às demandas por habilidades, estratégias e vantagens competitivas que proporcionem eficiência e lucratividade, em outra esfera está a presença dos Estados nacionais que estão integrados na racionalização da gestão Nesse panorama, um dos campos que reverbera de forma direta na consolidação do comércio exterior e da seara da competitividade dos empreendimentos consiste na Administração Aduaneira, também denominada de Aduana. No país, a Aduana está posta como uma organização pública cujo agente central empreende a mediação quanto ao trânsito internacional de mercadorias pelas fronteiras do território nacional (MORINI et al, 2015). A Aduana empreende funções de defesa dos interesses do Estado, como no campo da segurança contra ameaças; no combate aos contrabandos; na prevenção e fiscalização quanto as práticas de trânsito ilegal de armas e drogas; e na condução de arrecadações; além disso, a Aduana é responsável por facilitar e agilizar as 25 operações de importação e exportação que são essenciais no desenvolvimento do país (MORINI et al, 2015). O gerenciamento de riscos na Aduana implica o seguinte fluxo: FIGURA 4 - Gerenciamento de riscos na Aduana (Fonte: GOV, 2020) Em relação às questões tarifárias dentro dos processos aduaneiros salienta- se que a teoria econômica demonstra que a incidência de uma tarifa nominal uniforme é importante considerando que propicia resguardo efetivo e semelhante a todos os setores de importação, o que implica também em uma disposição eficiente de recursos produtivos. Entende-se que o conhecimento acerca das disposições tarifárias nos processos da Aduana é necessários para simplificar as demandas de administração aduaneira, respeitando questões relacionadas com os variados regimes de tarifas relacionadas com os bens de capital, bens intermediários e os bens de consumo (KUME; PIANI, 2005). Dentro dos processos aduaneiros no Brasil, deve-se destacar - com ênfase no processo de importação de produtos à base de cannabis -, a atuação da Anvisa e as suas demandas. Ressalta-se que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa surge no final da década de 1990, direcionando os seus esforços para a promoção da saúde populacional em vista de sua intermediação do controle sanitário quanto a produção e a comercialização de produtos e serviços que estivessem submetidos à vigilância sanitária (DELPHIM; KORINS, 2019). Em 1991, a Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS, estrutura a organização da saúde no país a partir das ações de duas entidades, alocados em 26 setores distintos, mas que se complementam, trata-se da criação do Sistema Único de Saúde integrado também a preocupação com a condução da saúde no país (DELPHIM; KORINS, 2019). A Anvisa se fortalece nesse panorama e está em consonância com o nascimento e com a formalização do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS). Esses órgãos possuem a responsabilidade de coordenar os processos de vigilância sanitária no país e atenção à saúde, dispondo um setor público integrado. A Anvisa é que apresenta os regulamentos direcionados ao controle sanitário de mercadorias que sejam importadas (DELPHIM; KORINS, 2019). Acerca do papel da Anvisa nos processos de importação de produtos a base de cannabis, ressalta-se: A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) tem como uma de suas finalidades institucionais promover a proteção da saúde da população, por intermédio do controle da produção e consumo de produtos e serviços. Nos anos de 2015 e 2016, a ANVISA retirou o CBD e outros canabinóides em forma de extração vegetal da lista de substâncias proscritas, o realocando para uma lista de medicamentos extremamente controlada, exigindo apenas que o produto tenha registro em seu país de origem. Ou seja, a obtenção desse medicamento apenas é permitida na forma de importação, sendo que no Brasil a planta Cannabis Sativa L., -popularmente conhecida como maconha– que é a base para a produção da substância, continua proibida. (MOTTA; COSTA, 2021, p. 01) Pontua-se que a competitividade das exportações no país está sujeita a múltiplas questões, como as que dizem respeito à condução da burocracia aduaneira e a complexidade da disposição legal quanto ao comércio exterior no território nacional. Destaca-se as contribuições da Confederação Nacional da Indústria (CNI) no entendimento das práticas de facilitação e desburocratização do comércio exterior, e na proposição de uma Agenda Internacional da Indústria (SOUSA; 2020). Nesta agenda são salientadas as estratégias prioritárias dentro do setor industrial para melhorar o ambiente de negócios e a integração das empresas nacionais no mercado internacional. Nesse cenário, reforça-se a necessidade de compreender as minúcias da política comercial e aduaneira; dos serviços que integram a internacionalização do comércio e as práticas dentro dos mercados estratégicos e de cooperação internacional (SOUSA; ARAUJO, 2020). 27 2.4 Gestão do Risco em Importações de Produtos à Base de Cannabis O país detém um elevado volume de importação, apresentando um forte desempenho na última década. Ainda que no ano de 2016, o Brasil obteve resultados baixos, o volume de importações ainda o posicionou em um lugar de destaque no ranking acerca de países importadores em uma pesquisa empreendida pela Organização Mundial de Comércio (OMC). Ainda que se considere o volume tão considerável, o processo de importação continua como algo complexo e implica em uma multiplicidade de riscos para o empresário nacional (LOPES et al, 2019). A verticalização da cadeia produtiva está submetida a prática de importação, necessitando uma condução ágil e superior quanto a atualidade dos processo aduaneiros, principalmente em vista do custo do tempo e da competitividade presente na indústria nacional. A questão da facilitação comercial, que envolve o Acordo de Bali e as políticas comerciais no país, passam a possuir um viés estratégico na elaboração da agenda de crescimento econômico (LOPES et al, 2019). Abaixo explicita-se, por exemplo, alguns dos produtos à base de cannabis que podem ser importados e as respectivas empresas internacionais que possuem esses componentes, para mensurar as etapas e a complexidade que envolve tal empreitada. FIGURA 5 - Produtos à base de cannabis que podem ser importados 28 (Fonte: Novaes et al, 2019.) Destaca-se, ainda, a demanda por revisão de políticas de incentivo como as que se encontram presentes na Zona Franca de Manaus, ressaltadas pelo Projeto Dubai. Todavia, antes das decisões acerca da necessidade e demanda por importação, as organizações devem avaliar o formato do mercado interno para assentar as possibilidades de qualidade, os prazos e os serviços de manutenção (LOPES et al, 2019). Ao realizar compras de outro país, um bem que seja dirigido ao uso ou ao consumo, e ainda um ativo permanente, deve-se pensar o arcabouço de serviços, que implica a fretes, os seguros e serviços integrantes do processo de importação (LOPES et al, 2019). Ressalta-se que quanto à importação de produtos à base de cannabis, a Anvisa é competente para fazer a autorização da importação de produtos derivados de Cannabis direcionados ao tratamento da saúde. Entre as suas demandas está a necessidade de apresentar uma prescrição médica, ou seja, uma receita oriunda de um profissional que esteja legalmente habilitado. A autorização possibilita a exportação do produto pelo prazo de dois anos, como expressa a RDC nº 335/2020 e a RDC nº 570/2021 (GOV, 2020). 29 A mensuração dos custos no processo de importação detém muitas complexidades, considerando a comercialização internacional e o envolvimento com componentes externos que em sua maioria não possuem controle pelo empreendimento. As importações nacionais, sob o viés fiscal, podem ser integradas em (i) as importações com incidência tributária; (ii) as importações que possuem vantagens tributárias; (iii) e as importações que passam por regimes aduaneiros especiais (LOPES et al, 2019). Antes das questões tributárias, na gestão dos riscos de importação de produtos à base de cannabis deve ser analisado os elementos atinentes ao tratamento administrativo. Deve-se pensar, por exemplo, a esfera das importações proibidas que são estipuladas por questões legais ou acordos internacionais firmados. Tem-se, ainda, as importações suspensas que possuem um viés temporário, ou seja, por uma janela de tempo não se pode importar essas mercadorias no território nacional (LOPES et al, 2019). As importações em consignação configuram-se como importações que não possuem uma permanência definitiva acerca da mercadoria, assim não possuem cobertura cambial. Essas importações precisam de um acompanhamento em seu andamento, na direção da destinação ao local alfandegado com a expressão de um termo de responsabilidade (LOPES et al, 2019). 2.5 Ferramentas da Gestão do Risco A gestão de risco nos processos de importação deve mensurar o nível de complexidade das operações aduaneiras, considerar os apontamentos das legislações sobre cada tema e os controles que envolvem as fronteiras. Nesse cenário, as organizações empresariais precisam compreender os métodos, processos e estratégias que perpassam a gestão de risco para alcançar um bom desempenho. Na Gestão de Risco Aduaneira tem-se o gerenciamento direcionado a correta proteção da carga, assim como da melhor condução dos processos que envolvem a burocracia necessária a essa seara de atividades (MORINI et al, 2015). É preciso considerar fatores como liberações, disposição de documentos, constância Fiscal, logística, abrangendo todos os níveis que permitem finalizar a importação. 30 A análise do risco aduaneiro pode ocorrer mediante a disposição do mapa abaixo: FIGURA 6 - Mapa gestão de risco aduaneiro (Fonte: GOV, 2020.) Considerando a seguinte escala: FIGURA 7 - Escala gestão de risco aduaneiro (Fonte: GOV, 2020). É preciso considerar a Gestão de Risco dentro das organizações desde o entendimento das habilidades, comportamentos e capacidades das organizações, assim como as suas finalidades. A gestão deve estar integrada às rotinas e processos 31 de uma empresa, salientando a responsabilidade com o empreendimento e com o cliente (MARCIANO, 2017). Nesse viés, é preciso considerar as dinâmicas institucionais que envolvem a entrega do produto em tempo e qualidade que sejam equivalentes ao que foi almejado, sem perder o enfoque na otimização de recursos e na qualidade (RABECHINI JUNIOR, 2013). O gerenciamento de riscos envolve o controle dos riscos, a confiabilidade das informações, que se exerça um controle e uma previsibilidade dos procedimentos, incluindo o mapeamento e a garantia de controle das incertezas. Todas essas ações implicam na utilização de ferramentas atinentes à gestão de riscos. O gerenciamento de risco consiste em um processo de governança corporativa, com foco em risco e no seu gerenciamento (SANTOS, 2013). Destaca-se também a ferramenta SWOT, a saber: Análise SWOT – ferramenta utilizada para fazer análise de cenário (ou análise de ambiente). As informações obtidas sobre o ambiente interno e externo contribuem para identificação dos riscos e para escolha das respostas aos riscos, mediante a identificação das forças, fraquezas, oportunidades e ameaças. A análise SWOT Cruzada consiste na interação das informações dos quatro quadrantes, de forma a obter ações que permitam delinear estratégias importantes para o futuro da Organização. (DEFESA, 2019, online) A FMEA é uma dessas ferramentas e está dirigida a identificação e a análise de possíveis falhas no escopo do processo produtivo. Ademais, estão envolvidos na priorização da correção conforme a gravidade de cada falha e pela otimizaçãoda tomada de decisão. A Análise Preliminar de Risco (APR) também se coloca como uma ferramenta de análise e gerenciamento de risco que funciona mediante um estudo detalhado e antecipado da aplicação do processo. Objetifica-se, com isso, mensurar os riscos que se dão na realização de um trabalho, visando corrigir problemas (ANDRADE, 2018). Tem-se, ainda, a Análise de Árvore de Falhas que consiste em uma ferramenta para análise e gerenciamento de risco direcionada a organização visual das combinações de eventos que gerem uma falha principal. Observa-se um processo dedutivo direcionado à busca de raízes e consequências na geração de falhas (ANDRADE, 2018). 32 3. Metodologia da Pesquisa Neste capítulo é apresentada a metodologia estruturada para a elaboração do presente Trabalho de Conclusão de Curso. De acordo com Lakatos e Marconi (2003, p. 17): A Metodologia Científica, mais do que uma disciplina, significa introduzir o discente no mundo dos procedimentos sistemáticos e racionais, base da formação tanto do estudioso quanto do profissional, pois ambos atuam, além da prática, no mundo das ideias. A metodologia científica compreende os meios pelos quais um investigador entende e realiza sua pesquisa de maneira crítica, utilizando técnicas pré- estabelecidas e tendo uma sequência que torne o trabalho verificável. A partir da escolha da metodologia, que vai orientar o desenvolvimento de todo o trabalho, o investigador poderá utilizar o conhecimento obtido em todas as fases de sua vida profissional. Esta pesquisa será realizada com o enfoque na metodologia de estudo qualitativo, quantitativo e exploratório. Para isso, inicialmente, será utilizada uma pesquisa bibliográfica, conforme explicado a seguir: Pesquisa bibliográfica é um apanhado geral sobre os principais trabalhos já realizados, revestidos de importância, por serem capazes de fornecer dados atuais e relevantes relacionados com o tema. (LAKATOS e MARCONI, 2013, p. 158). Nesse sentido, a pesquisa bibliográfica fundamenta-se em identificar autores e artigos consistentes que já discutiram o tema desejado, de preferência por pessoas que já sejam reconhecidas na área, para dar sustentação ao trabalho a ser desenvolvido. O exame de materiais de natureza diversa, que ainda não receberam um tratamento analítico, ou que podem ser reexaminados, buscando-se novas e/ ou interpretações complementares, constitui o que estamos denominando pesquisa documental. (GODOY, 1995, p. 21). 3.1 UNIVERSO DA PESQUISA E COLETA DE DADOS 33 Estão inseridos no universo da pesquisa: os processos e as pessoas envolvidas na distribuição de medicamentos controlados de uma empresa farmacêutica. Para a coleta de dados, foi utilizada uma ferramenta qualitativa: entrevistas semiestruturadas com as pessoas envolvidas diretamente nos processos em questão. 3.2 ETAPAS DA PESQUISA A pesquisa foi realizada em seis etapas, cada qual com seu próprio procedimento e finalidade, como mostra o Quadro 02, de maneira sucinta. Quadro 02: Detalhamento das fases de pesquisa Etapas da Pesquisa Procedimento Utilizado Finalidade da Fase 1 – Revisão Bibliográfica. Pesquisa bibliográfica e documental (método qualitativo). Identificar documentos bases e o que existe na literatura científica sobre Gestão de Risco. 2 – Identificação da Empresa Estudo de Caso e do processo a ser estudado. Pesquisa junto à da Empresa Estudo de Caso e definição do processo a ser estudado. (método qualitativo). Identificar os Eventos de Risco do processo a ser estudado. 3 – Levantamento dos Eventos de Risco. Desenvolvimento de Listagem dos Eventos de Risco, com suas causas, Barreiras de Prevenção, Barreiras de Mitigação e Efeitos (método qualitativo). Consolidar as informações necessárias à construção da Matriz de Risco. 4 – Elaboração da Matriz de Risco. Montagem da Matriz e calcular o risco de cada evento (método qualitativo e quantitativo). Identificar e quantificar os principais riscos existente no processo. 5 – Análise dos Riscos do Processo. Fazer um ranqueamento dos Eventos de Risco (método quantitativo e qualitativo). Discutir os principais Eventos de Risco e propor soluções para reduzir os riscos identificados. 6 – Redação do TCC. Construção da monografia a partir dos principais achados (método qualitativo). Divulgar os resultados finais com os principais Riscos do processo. (Fonte: O autor, 2022.) 34 Importante destacar que as fases 2, 3, 4 e 5 não podem ser realizadas simultaneamente, porém as fases 1 e 6 podem ser postas em prática juntamente com outras. A seguir, detalha-se cada fase: 3.2.1 Etapa 1: Revisão bibliográfica A revisão bibliográfica foi fundamentada em artigos, livros, cartilhas e outros documentos relacionados aos seguintes temas: risco, gestão de risco e gestão de risco empresarial. O principal objetivo foi buscar informações que servissem como base para a fundamentação teórica do trabalho. Para conseguir conhecimento mais específico, foi realizada a etapa 2. 3.2.2 Etapa 2: Identificação da Empresa Estudo de Caso e do processo a ser estudado. Nessa etapa, foi escolhida a empresa estudo de caso e, nela, foi identificado o processo que seria analisado sob o ponto de vista do risco envolvido em seu desenvolvimento. Com isso, podem ser identificados os Eventos de Risco do processo estudado. 3.2.3 Etapa 3: Levantamento dos Eventos de Risco. Nesta Etapa, foi desenvolvida uma listagem dos Eventos de Risco, identificando suas causas, e as consequentes barreiras para a sua prevenção. Após isso, foram identificados os efeitos dos eventos de risco e as consequentes barreiras de mitigação. Com isso, foi possível consolidar as informações necessárias à construção da Matriz de Risco. 3.2.4 Etapa 4: Elaboração da Matriz de Risco. Nesta etapa, foi realizada a montagem da Matriz de Risco, sendo calculados o valor de cada risco, considerando a frequência e o impacto de cada Evento de Risco. 35 Com isso, foi possível identificar e quantificar os principais riscos existente no processo. 3.2.5 Etapa 5: Análise dos Riscos do Processo. A penúltima etapa consistiu na fazer um ranqueamento dos Eventos de Risco, levando em consideração o cálculo do risco de cada evento em relação à sua frequência e seu impacto. Discutir os principais Eventos de Risco e propor soluções para reduzir os riscos identificados. 3.2.6 Etapa 6: Redação do TCC Uma vez obtidos os resultados, é concluída a redação da monografia, em que foram expostos os eventos de risco no processo estudado, sendo possível fazer um ranqueamento dos Eventos de Risco. Ao final, foram discutidos os principais Eventos de Risco e propostas as soluções para reduzir os riscos identificados. 3.3 SELEÇÃO DA AMOSTRA DE ESTUDO A empresa, que não será identificada, no estudo de caso foi escolhida pelo interesse do autor em se aprofundar pelo assunto, em busca do entendimento dos processos logísticos de importação de cannabis, recebendo dados para a elaboração da pesquisa. Considerando que essa empresa foi escolhida sem o intuito de representar a população à qual pertence, e que, devido a estarmos em meio a uma pandemia de COVID 19, ao não conhecimento da exata dimensão das empresas dentro da mesma tipologia e por ser custoso, demorado ou mesmo inviável estudar sua totalidade, foi utilizada para isso, uma amostragem não-probabilística por Conveniência. A utilização da amostragem por Conveniência é justificada por ser o tipo de amostragem mais comum em estudos onde fatores como a proximidade geográfica das informações, disponibilidade de tempo do pesquisador, fácil acesso aos dados e vontade do pesquisado de se voluntariar são considerados (FARROKHI E 36 MAHMOUDI-HAMIDABAD, 2012). Ou seja, é uma forma de amostragem onde os elementos da populaçãosão selecionados por conveniência do pesquisador. Esta forma de amostragem é classificada como Não-Probabilística, pois por não termos acesso ao exato tamanho da população existente, a probabilidade de seleção da amostra é desconhecida. Dessa forma, a escolha da empresa foi feita baseada em critérios e julgamentos do autor. 3.4 LIMITAÇÕES DO MÉTODO Vergara (2013) aponta que “todo método tem limitações e possibilidades”. Nesta seção, serão explicitadas as limitações da metodologia escolhida, bem como apresentados seus benefícios, justificando sua utilização. A principal restrição desse estudo reside no fato de que não será possível fazer generalizações. Isso porque o trabalho teve sua aplicação propositadamente limitada aos eventos de risco existentes em um determinado processo de uma empresa estudo de caso no Brasil, não garantindo a serventia desse estudo em outras atividades ou países. Também a escassez de material teórico e científico na literatura específicos para o setor estudado dificultou a apresentação de alguns conceitos e definições. Por isso, por vezes foi necessário ao autor elaborar definições operacionais, baseadas nos achados do estudo juntamente com a amostra muito delimitada, para dar prosseguimento, de forma responsável, ao trabalho. 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES O risco pode ser observado como um continuum que envolve todo o campo do gerenciamento das incertezas. Nesse sentido, tem-se em consideração não apenas o campo das ameaças como também a seara das oportunidades (RABECHINI JUNIOR; CARVALHO, 2013). 37 Especialmente nessa pesquisa, seleciona-se uma empresa farmacêutica, importadora de produtos à base de cannabis que tem seu processo de importação descrito conforme fluxograma abaixo: (Fonte: O autor, 2022.) Para a avaliação dos riscos no processo de importação da empresa estudada, será utilizada a matriz de risco. Entende-se que a matriz de riscos se trata de uma matriz de probabilidade e impacto no qual é possível dispor de forma visual os riscos que demandam maior atenção do empreendimento. Diante dessa ferramenta, que deve ser integrada no momento de avaliação dos riscos, torna-se possível estruturar medidas preventivas para evitar as ocorrências danosas ante a atuação extensiva dos profissionais empenhos no processo de gestão. FIGURA 8 – Diagrama de verificação de riscos 38 Fonte: CCIEx (2017) Ao analisar o fluxograma do processo de importação da empresa, foram identificados os seguintes riscos: RISCO ONDE IMPACTA PROBABILIDADE IMPACTO NÍVEL 1 Erro no envio de informação ao laboratório Tratamento / Risco de vida 2 5 10 2 Erro na separação por parte do laboratório Tratamento / Risco de vida 3 5 15 3 Extravio Atraso na entrega / tratamento / risco de vida 2 5 10 4 Anexação de documentos incorretos Atraso na entrega / tratamento / risco de vida 2 5 10 5 Mudanças médicas Custos de frete em caso de devolução de produto em trânsito 2 3 6 6 Irregularidade no CPF do importador Retenção pela ANVISA / Devolução ao laboratório 2 5 10 7 Retenção ANVISA Atraso na entrega / tratamento / risco de vida 4 5 20 8 Quebra de frasco Atraso na entrega / tratamento / risco de vida 2 5 10 9 Custos inesperados (Cancelamento) Fluxo de caixa da empresa 3 3 9 10 Perda de prazos Tratamento / Risco de vida / Imagem da empresa 4 5 20 39 Nota-se que na lista acima, os riscos estão nivelados conforme apresentado na Matriz de Risco. A partir desses dados, é possível observar quais riscos demandam maior atenção, tornando possível tratá-los conforme prioridade. Outro dado importante, está no fato de que os principais pontos críticos são referentes a fatores externos, onde a empresa não participa diretamente dessas questões. Todavia, ao analisar os riscos identificados, foi possível avaliar as seguintes alternativas para mitigação: RISCO NÍVEL AÇÃO 1 Erro no envio de informação ao laboratório 10 Elaboração de um sistema para envio de informações consistentes ao destinatário. 2 Erro na separação por parte do laboratório 15 Leitura de códigos por embalagem, verificação dupla. 3 Extravio 10 Contratação de seguro; contato com a transportadora. 4 Anexação de documentos incorretos 10 Conferência de documentos antes do envio. 5 Mudanças médicas 6 Por se tratar de uma alteração de tratamento, a empresa não pode agir. 6 Irregularidade no CPF do importador 10 Solicitar correção pelo responsável e encaminhar à ANVISA. 7 Retenção ANVISA 20 Entrar em contato com o órgão, abrir chamados e aguardar retorno. 8 Quebra de frasco 10 Avaliar a qualidade da caixa de envio, buscar materiais mais resistentes. 9 Custos inesperados (Cancelamento) 9 Solicitar volta do produto ao laboratório, cobrando o custo do retorno. 10 Perda de prazos 20 Minimizar ao máximo os riscos anteriores. No contexto da empresa estudada reforçou-se a necessidade de organização prática quanto ao gerenciamento de riscos. Desse modo, identificou-se que a empresa demanda um rígido controle logístico, que empreenda o monitoramento das operações a partir da atuação com conhecimento e atenção aos procedimentos e demandas da Autoridade Aduaneira. É essencial também o assessoramento quanto às legislações dos países implicados no processo de importação, desse modo é necessário a constituição de um Departamento Jurídico que também acompanhe os impostos exigidos na nacionalização do produto. Além disso, é necessário atenção às possibilidades e riscos que envolvem multas, apreensões do produto, entre outras ocorrências. 40 A ótica ampliada acerca dos riscos, inclui também as ameaças e as oportunidades, de modo que os riscos se relacionam com eventos incertos que podem influenciar as finalidades de um empreendimento de forma negativa ou positiva. Essa disposição dos riscos e de seu posicionamento pode gerar estratégias diferentes no campo da administração do empreendimento (RABECHINI JUNIOR; CARVALHO, 2013). A expansão da atenção para o campo da gestão dos riscos tem impulsionado alterações na esfera estrutural das organizações e no âmbito das competências demandadas em algumas funções. Assim, até a algumas décadas, a função de gerente de riscos que se encontrava atrelada a uma seara operacional dentro da tesouraria das empresas, passa a ocupar de forma central as tarefas direcionadas à contratação de seguros (MARQUES; MULLER; SILVA, 2019). Todavia, a expansão do enfoque de atuação da gestão de riscos, circundando também os riscos operacionais, de mercado, financeiros e estratégicos, modificou a função de gerenciar riscos colocando-a em uma esfera superior (MARQUES; MULLER; SILVA, 2019). Nas disposições desta pesquisa entende-se que ausência de direcionamento nos processos de importação pode prejudicar a mensuração dos resultados que sejam satisfatórios e muitos empreendimentos sofrem baixas devido a sua estrutura por um sistema just in time, que se orienta a diminuição de estoques mediante uma ágil reposição dos insumos (LOPES et al, 2019). Em vista da morosidade do processo aduaneiro, os empreendimentos que estão integrados com a importação, demandam as compras em um período maior do que o proposto, para que não tenham perda ou parada produtiva (LOPES et al, 2019). 41 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Essa pesquisa enfocou os processos atinentes à gestão de risco na importação de produtos à base de cannabis. Percebeu-se que essa gestão demanda a integração de complexos campos relacionados com o comércio exterior, a Anvisa e a Aduana, demandando que as organizações se atentem às implicações desse empreendimento para responder às demandas do mercado e se atentar aos elementos de competição e excelência. Dessa forma, demonstrando que o acesso a produtos à base de cannabis não dependesomente das importadoras, mas também, dos órgãos públicos envolvidos e transportadoras. 42 6 BIBLIOGRAFIA ALMEIDA et al, Cristiana Paula Matos de. Experiência de importação de equipamentos para pesquisa no ELSA-Brasil. Rev. Saúde Pública 47 (Suppl 2) Jun 2013. Disponível em: https://www.scielosp.org/article/rsp/2013.v47suppl2/140-149/. Acesso em: 28 mai. 2022. ANDRADE, Ana Paula. 7 principais ferramentas para análise e gerenciamento de risco. 2018, online. Disponível em: https://www.logiquesistemas.com.br/blog/ferramentas-analise-e-gerenciamento-de- risco/. Acesso em: 28 mai. 2022. 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