Buscar

ANÁLISE DO PERFIL DOS MOTORISTAS DE APLICATIVO UM ESTUDO NA CIDADE DE NITERÓI - RJ

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 41 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 41 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 41 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE 
DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEONARDO TAVARES MONTEIRO DE CARVALHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Análise do Perfil dos Motoristas de Aplicativo: um estudo 
na cidade de Niterói - RJ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NITERÓI/RJ 
2022 
LEONARDO TAVARES MONTEIRO DE CARVALHO 
 
 
 
 
 
 
 
Análise do Perfil dos Motoristas de Aplicativo: um estudo 
na cidade de Niterói - RJ 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão do Curso 
apresentada ao Curso de 
Graduação em Administração do 
Departamento de Administração 
e Ciências Contábeis, como 
requisito parcial para obtenção do 
grau de Bacharel em 
Administração. 
Orientador: Prof. Dr. Fabio Roberto 
Bárbolo Alonso. 
 
 
 
 
 
 
NITERÓI/RJ 
2022 
Ficha catalográfica automática - SDC/BAC
Gerada com informações fornecidas pelo autor
Bibliotecário responsável: Debora do Nascimento - CRB7/6368
C331a Carvalho, Leonardo Tavares Monteiro de
 Análise do Perfil dos Motoristas de Aplicativo : Um estudo
na cidade de Niterói - RJ / Leonardo Tavares Monteiro de
Carvalho ; Fabio Roberto Bárbolo Alonso, orientador.
Niterói, 2022.
 39 f. : il.
 Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em
Administração)-Universidade Federal Fluminense, Faculdade de
Administração e Ciências Contábeis, Niterói, 2022.
 1. Motorista. 2. Trabalho Informal. 3. Aplicativo de
Transporte. 4. Uber. 5. Produção intelectual. I. Alonso,
Fabio Roberto Bárbolo, orientador. II. Universidade Federal
Fluminense. Faculdade de Administração e Ciências
Contábeis. III. Título.
 CDD -
 
LEONARDO TAVARES MONTEIRO DE CARVALHO 
 
 
 
 
 
Análise do Perfil dos Motoristas de Aplicativo: um estudo na cidade 
de Niterói - RJ 
 
 
 
 
 
 
 
Comissão examinadora 
 
 
 
 
___________________________________ 
Prof. Dr. Fabio Roberto Bárbolo Alonso 
 
 
 
___________________________________ 
Prof. Dr. João Alberto Neves dos Santos 
 
 
 
 
____________________________________ 
Prof. Dr. Antonio Ranha da Silva 
AGRADECIMENTOS 
 
A Deus, por me ajudar a ultrapassar todos os obstáculos encontrados ao longo 
do curso. 
Aos meus Pais que sempre tiveram ao meu lado me apoiando ao longo de toda 
a minha trajetória, enfrentando inúmeras dificuldades para que eu pudesse me dedicar 
aos meus estudos e ao meu desenvolvimento. 
A minha família e amigos por todo o incentivo, companherismo e amor passado 
durante a minha vida. 
A todo corpo docente da Universidade Federal Fluminense que sempre 
proporcionaram um ensino de alta qualidade. 
Ao meu orientador Fabio Alonso, por sempre estar presente para indicar a 
direção correta do trabalho, sua dedicação e seus conhecimentos foram essenciais 
para o resultado final deste trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
No atual contexto socioeconômico brasileiro, milhares de pessoas estão 
submetidas no mercado informal e os aplicativos de transporte contém uma grande 
porcentagem desses trabalhadores, o objetivo do presente trabalho é analisar o perfil 
dos motoristas de aplicativo de transporte de passageiros da cidade de Niterói. Para 
tanto, são analisados o perfil social, acadêmico, financeiro além de buscar as 
informações sobre o ramo de serviço anterior e o nível de satisfação com a sua 
atividade laboral atual por meio de questionários criados e encaminhado para esses 
profissionais. Por fim, serão analisados os dados recebidos de forma quantitativa e 
qualitativa chegando no objetivo desejado. 
 
Palavras-chave: Motorista, Trabalho informal, Uber, 99, Aplicativo de Transporte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
In the current Brazilian socioeconomic context, thousands of people are 
subjected to the informal market and transport applications contain a large percentage 
of these workers, the objective of the present work is to analyse the profile of the drivers 
of the passenger transport application in the city of Niterói. Therefore, the social, 
academic and financial profile are analysed, in addition to seeking information about 
the previous field of service and the level of satisfaction with their current work activity 
through questionnaires created and sent to these professionals. Finally, the data 
received will be analysed quantitatively and qualitatively, reaching the desired 
objective. 
 
Keywords: Driver, Informal work, Uber, 99, Transport Application. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
Gráfico 1: Faixa etária de idade dos motoristas ................................................. 19 
Gráfico 2: Nível de Escolaridade dos Motoristas ................................................ 20 
Gráfico 3: Gênero dos motoristas ........................................................................... 21 
Gráfico 4: Ocupação Principal dos motoristas ...................................................... 22 
Gráfico 5: Renda média mensal líquida dos motoristas ...................................... 22 
Gráfico 6: Quantidade de dependentes dos motoristas ...................................... 23 
Gráfico 7: Carga Horária média de trabalho diária dos motoristas .................... 24 
Gráfico 8: Ramo anterior dos motoristas ............................................................... 24 
Gráfico 9: Característica do veículo dos motoristas ............................................. 25 
Gráfico 10: Origem do veículo dos motoristas ...................................................... 26 
Gráfico 11: Nível de Satisfação dos motoristas com o trabalho atual ............... 27 
Gráfico 12: Motivação para ser motorista de app ............................................... 27 
Gráfico 13: Tabela comparativa da tarifa da uber para os motoristas .............. 30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 9 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................... 10 
2.1 Trabalho Informal ................................................................................................ 10 
2.2 Desemprego .......................................................................................................... 12 
2.3 Reforma Trabalhista de 2017 ................................................................................ 13 
2.4 Trabalho Autônomo nos Aplicativos .................................................................... 15 
 
3 METODOLOGIA .................................................................................................... 18 
 
4 RESULTADOS ....................................................................................................... 19 
4.1 Perfil Social dos Motoristas .................................................................................. 19 
4.2 Perfil Financeiro dos Motoristas ........................................................................... 21 
4.3 Característica dos Veículos ................................................................................... 25 
4.4 Escala de Satisfação e Motivação ......................................................................... 26 
 
5 ANÁLISE DE RESULTADOS .............................................................................. 28 
5.1 Perfil Social dos Motoristas ................................................................................. 28 
5.2 Perfil Financeiro dos Motoristas ........................................................................... 29 
5.3 Característica dos Veículos .................................................................................. 32 
5.4 Escala de Satisfação e Motivação ........................................................................32 
 
6 CONCLUSÂO ........................................................................................................ 34 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 36 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Os primeiros aplicativos de transporte surgiram em 2009 com a missão de 
transformar o serviço de transporte de passageiros em algo acessível a todas as 
classes, os pioneiros desse serviço foram os engenheiros Travis Kalanick e Garrett 
Camp que criaram a empresa Uber após terem inúmeras dificuldades para 
conseguirem um taxi para voltar para casa. 
Os primeiros aplicativos particulares de transporte iniciaram suas atividades no 
Brasil em 2014, com a taxa de desemprego em número exorbitantes no Brasil, 
diversas pessoas viram nos aplicativos de transporte uma alternativa de trabalho 
honesta para levar o sustento para casa, desse modo, os aplicativos Uber, 99 e Cabify 
que são os mais utilizados pela população ganharam uma notoriedade nacional muito 
grande e por praticar preços mais acessíveis que os taxís se tornou uma grande 
concorrência dos mesmos e hoje tem números de arrecadação bilionárias. 
Os trabalhadores que os usam como fonte de trabalho informal não possuem 
vínculo empregatício e obrigatoriedade de carga horária de trabalho, eles podem 
trabalhar quando e onde quiserem pelo tempo que quiserem, como as receitas deles 
dependem de seu desempenho de trabalho, mesmo com os aplicativos não os 
obrigando a trabalhar pelo menos um mínimo de horas, nunca os faltam motoristas, 
pois para conseguir uma renda decente os mesmos precisam trabalhar por mais de 
08 horas por dia, tendo uma média de 12 horas no volante para conseguirem obter 
uma renda satisfatória no final do dia, dessa forma o trabalhador está se doando e 
muitas vezes prejudicando sua saúde e bem estar social. 
Pelo alto índice de desemprego no País, os jovens de 18 a 24 anos tem uma 
dificuldade ainda maior de conquistar o seu primeiro emprego, pois as empresas que 
se dispõe a ir no mercado em busca de mão de obra preferem contratar candidatos 
que já possuem experiência no mercado de trabalho e dão uma maior segurança para 
que os recrutadores não possam estar fazendo uma contratação no escuro, sem 
baseamento de experiência anterior, dessa forma uma grande porção desses jovens 
encontraram nos aplicativos de transporte a forma de conquistar a sua primeira 
ocupação e se sustentarem. 
Esse projeto terá como objetivo principal apresentar o perfil dos motoristas de 
aplicativo da cidade de Niterói, levantaremos questões pertinentes sobre os motivos 
 
10 
 
que levaram os mesmos a entrar nesse meio, serão realizado questionários para 
descobrimos de qual area do mercado de trabalho essas pessoas faziam parte 
anteriormente, questões sobre o seu instrumento de trabalho e se os mesmos 
almejam em se manter nessa função por tempo indeterminado ou já buscam uma 
possível solução para serem realocados no mercado de trabalho, por fim será 
mostrado em numeros a importância que os aplicativos de transporte tem nesse 
período de recessão para que não agravesse a situação econômica das famílias 
afetadas pelo desemprego e que se beneficiam pela renda advinda desse serviço. 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
2.2 Trabalho informal 
 
De acordo com Targino e Vasconcelos (2015), o setor formal do mercado de 
trabalho é aquele em que existe algum tipo de contrato entre empregador e 
empregado, seja por meio da CLT ou do Estatuto do Servidor Público, e o setor 
informal é caracterizado pelos profissionais que são desprotegidos das condições 
básicas ou mínimas de trabalho e proteção social. 
O setor informal passa a ocupar um lugar importante no contexto atual, pois 
ele é a grande alternativa para que muitos trabalhadores, que estão fora do mercado 
de trabalho e necessitam de uma renda, se manterem economicamente ativos, pois 
com as crises financeiras que vem acontecendo, o mercado formal está 
polpularizando as demissões em massa e a não contratação de reposição (Dedecca 
e Baltar, 1997). 
A crescente no índice de profissionais trabalhando por conta própria é 
estimulado pela desregulamentação do mercado de trabalho nas regras do 
assalariamento da população que é afetada na flexibilidade da jornada de trabalho, 
na remuneração e nas funções desempenhadas pelos trabalhadores (Sabadini & 
Nakatani 2002). 
O Trabalho informal sempre foi concebido como o refúgio daqueles que que 
não conseguiram outros trabalhos (Durães, 2020), o o mercado de trabalho é muito 
restrito e com todas as crises que ocorreram nas últimas décadas ficou ainda mais 
difícil conseguir uma vaga de emprego, a única opção para milhares de pais e mães 
de família é pensar em um trabalho informal que possa trazer o retorno necessário 
 
11 
 
para manter a sua casa. Esse grupo de trabalhadores, em geral na America Latina, 
inserem-se em ocupações de baixa produtividade, são trabalhadores que possuem 
suas rendas oriundas de trabalhos por conta própria ou microempresas (Cacciamali 
2016). 
Trabalhar na informalidade é para muitos trabalhadores uma alternativa de 
sobrevivência, além de tirá-los das zonas de vulnerabilidade social No entanto, é 
importante ressaltar que não é garantido que o trabalhador não retorne a essa 
situação. Esse tipo de trabalho gera maior alienação no trabalhador, devido as 
maiores precarizações e exclusões, ocasionadas pela ausência de proteções (De 
Almeida, Carmo & Da Silva, 2013). 
A taxa de trabalhadores no mercado informal no Brasil é referente a 40% da 
população ocupada segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de 
Domicílios (Pnad) realizada em Maio de 2021 e divulgada pelo Instituto Brasileiro 
de Geografia e Estatística (IBGE), de acordo com a amostra, dos 86,7 milhões de 
Brasileiros que possuem uma ocupação, 34,7 milhões são trabalhadores que não 
possuem carteira assinada, pessoas que trabalham por conta própria sem CNPJ e 
profissionais que trabalham auxiliando a família. O número de profissionais que 
trabalham de carteira assinada caiu 4,2% em relação ao mesmo período de 2020, 
os números de Maio de 2021 constam que 29,8 milhões de pessoas estão nesse 
grupo. (Abdala, 2021). 
Para Carvalho & Silva (2021), A lógica do aumento do número de Brasileiros 
no mercado informal é decorrente da universalização do homem-empresa, o 
trabalhador empresário de si mesmo, como consequência há o enfraquecimento de 
classe, a imposição da responsabilidade individual e o aumento do desemprego e 
da informalidade. 
De acordo com Lula, Delmiro e Diniz (2018) em pesquisa realizada com 
trabalhadores do mercado informal, os principais motivos para a informalidade são 
o Desemprego, continuidade de um trabalho informal realizado pela família,não 
terem tido uma oportunidade real e concreta de um trabalho formal e um nível de 
escolaridade abaixo do que exige os empregos oriundos da formalidade. 
São considerados, segundo o IBGE, profissionais informais: os trabalhadores 
do setor privado que não possuem a Carteira de Trabalho assinada, trabalhadores 
por conta própria sem CNPJ, entregadores sem CNPJ, domésticas que não 
possuem CTPS assinada, além de pessoas que ajudam seus parentes em negócios 
 
12 
 
familiares. Os entregadores por aplicativo tiverem um aumento muito grande da 
demanda de serviço na pandemia, pois com a maior parte da população cumprindo 
regras de quarentena domiciliar, os profissionais que trabalham nos aplicativos 
tiveram grande demanda durante o período, é esperado que o trabalho informal 
mantenha essa crescente, muitas empresas manterão o home ofifice e as 
oportunidades de emprego decorrentes da tecnologia devem aumentar e se 
aprimorarem cada vez mais. (Santana 2021). 
 
2.2 Desemprego 
 
De acordo com Proni (2015), As explicações sobre as causas do desemprego 
trazem debates clássicos desde os séculos passados, para Marxo desemprego é 
condição necessária para a reprodução do modo de produção capitalista, Marshall 
acreditava que o desemprego é uma disfunção momentânea no funcionamento do 
mercado de trabalho ou resulta de uma inadequação do trabalhador, Keynes 
acreditava que a preocupação está centrada na demanda efetiva e na necessidade 
de uma gestão macroeconômica compromissada com a eliminação do desemprego 
involuntário, Friedman o empenho em combater o desemprego tende a gerar uma 
aceleração inflacionária, sendo necessário definir o pleno emprego como uma 
situação de equilíbrio em que não há pressões salariais. 
Mudanças ocorridas a partir de 1970 nos sistemas de trabalho trouxeram 
impactos diretos na população, novas praticas produtivas foram elegíveis e 
culminaram na precarização do trabalho e no aumento do desemprego. O 
trabalhador se tornou algo incluível no padrão capitalista, com um número de postos 
de trabalhos formais menor e dificuldades impostas pelas novas condições de 
empregabilidade, que muitas vezes desmobiliza, desregula e desvaloriza as 
relações de trabalho instituídas (Pereira & Brito 2006). 
Segundo Baltar (2015) as empresas ao anunciarem uma vaga não tem o que 
reclamar sobre a quantidade de inscritos para a mesma, sendo que há a alegação que 
eles possuem dificuldade em encontrar candidatos com as características esperadas 
para aquele cargo, segundo o autor, essa dificuldade tem relação com a alta 
rotatividade dos trabalhadores no emprego, os empregadores possuem uma 
excessiva liberdade para dispensar os funcionários, basta pagar uma indenização 
 
13 
 
estabelecida pelas leis trabalhistas, que é relativamente um valor muito baixo, e 
demitir o seu funcionário realizando a continuação dessa alta rotatividade de 
contratações e despensas, pelo lado das empresas, há a alegação que essas ações 
são reflexos da inadequação dos trabalhadores disponíveis. 
De acordo com Monte, Araújo e Lima (2005), o Desemprego atinge 
desigualmente os grupos sociais existentes na nossa sociedade, Os jovens com 
idade de até 24 anos possuem as taxas de desemprego mais elevadas que outros 
grupos, dados parecidos são visualizadas na comparação entre o gênero femino 
com o gênero masculino, a um maior índice de desempregados na classe das 
mulheres em comparação com a classe dos homens, o autores destacam que essa 
elevada taxa de desemprego das classes citadas, pode não ser condicionado 
apenas a uma menor probabilidade de iserção no mercado de trabalho, pode ter 
ligação com um menor tempo para procura de emprego dessas classes. 
Os jovens possuem uma maior dificuldade de entrar no mercado de trabalho, 
um estudo de Reis (2015) transmite que o jovem sem experiência, comparando com 
uma pessoa buscando o restabelecimento no mercado de trabalho, tem uma maior 
duração na busca pela sua primeira oportunidade, e esse primeiro emprego tende 
a ser de qualidade inferior aos oferecidos para os profissionais que possuem 
experiência, com salário piores, informalidade e estabilidade indesejada ou nula. 
De acordo com estudo realizado por Bell e Blanchflowe (2011) utilizando 
como base os Estados Unidos e o Reino Unido, entre 2008 e 2009, datas que 
ocorreram a recessão nos países citados, os jovens foram os primeiros a serem 
demitidos pelas empresas que passaram por apertos, o índice de desemprego da 
classe aumentou, e pela rapidez do ocorrido, não aparenta ter sido por fatores 
salariais ou outros detalhes referentes ao cargo, houve a conclusão, que no 
momento que as empresas precisam demitir funcionários por crises, os jovens na 
maioria das vezes são os mais prejudicados, pois logicamente possuem uma menor 
experiência e qualificação comparando com os profissionais mais experientes. 
 
2.3 Reforma Trabalhista de 2017 
 
A reforma trabalhista ocorrida em 2017 significou um retrocesso dos direitos 
sociais (Abilio, 2020), era esperado que com o alívio das relações de trabalho 
haveria uma menor carga para as empresas que se estruturariam e contratariam 
 
14 
 
mais funcionários para o seu quadro, não foi bem isso que aconteceu, os índices 
de desemprego não diminuiram e houve um aumento significativo do número de 
funcionários informais. Pelo fato de não haver mais uma obrigatoriedade de 
descontos referentes aos sindicatos das classes, o trabalhador perdeu um grande 
auxílio em negociações contratuais e rescisórias com os empregadores, pois os 
sindicatos tiveram sua representatividade diminuída, assim como a Justiça do 
trabalho que possui pontos na contrarreforma que afetam e diminuem a sua 
atuação. 
Os impactos das reformas dependem da profundidade das mudanças legais 
e da sua efetividade. Nos impactos jurídicos predominam os cortes de direitos, 
sejam explícitos ou não, Os impactos sociais das reformas são precarizantes, 
contudo, variam muito em profundidade. Algumas mudanças legais são pouco 
aplicadas, outras, aparentemente sutis, provocam grande impacto nos mercados de 
trabalho (Filgueiras, Lima & De Souza, 2019). 
A reforma trabalhista constituiu mudanças no padrão de regulação social no 
Brasil, foram ampliados os poderes dos empregadores, eles passaram a determinar 
com mais facilidade e dentro da lei, as condições das contratações, uso e 
remuneração do trabalho, acabou com o financiamento das entidades sindicais e o 
seu poder de negociação coletivo, sendo livre a contribuição e por escolha de cada 
funcionário, impôs limitações à justiça trabalhista e reduziu o controle jurisdicional 
sobre os contratos de trabalho. O resultado dessas mudanças foi o aumeto da 
precariedade de trabalhos, as relações de trabalho foram flexibilizadas e 
desregulamentadas e não houve mudanças acentuadas nas gerações de emprego, 
havendo inclusive, no período de 2017-2019 uma queda de 9,56% do salário médio 
dos trabalhadores contratatados (Carvalho & Silva, 2021). 
A terceirização de mão de obra passou a ser uma forma muito comum de 
contratação de mão e obra por parte dos empregadores, dessa forma eles não 
possuem vínculos empregatícios com os prestadores de serviço, no lado do 
funcionário ele trabalha sem garantia e segurança alguma sobre as leis trabalhistas, 
pois ele não possui vínculo empregatício, a terceirização cria uma subclasse de 
trabalhadores que são sistematicamente impedidos de acessar seus direitos (Mossi, 
2019). 
Entre os anos de 2017 e 2019 houve um aumento de 28% nas contratações 
temporárias (Droppa, Biavaschi, & Teixeira, 2021), esse tipo de trabalho 
 
15 
 
caracteriza-se pela contratação de um prestador de serviço por um prazo 
determinado, o prazo máximo para um contrato temporário é de 180 dias 
prorrogáveis por mais 90 dias apenas uma única vez. Essa forma de contratação é 
muito utilizada nas datas comemorativas principamente pelo comércio, no final do 
ano com a proximidade do Natal, as lojas tem um aumento muito grande das vendas 
por conta da procura pelos presentes, com isso, vagas temporárias para o mês de 
Dezembro são oferecidas pelos lojistas, uma parte da população que se encontra 
desempregada consegue nessa época do ano uma ocupação temporária para 
conseguir uma certa renda, muitas vezes na esperança de uma possível efetivação. 
Com a Reforma Trabalhista (Lei nº 13.467/2017) e a consequente 
flexibilização das Leis do Trabalho, a informalidade tornou-se ainda mais forte e é 
papel da Justiça garantir que esses vínculos estejam em conformidade com a 
legislação vigente (Glomb, 2020), muitos trabalhadores não possuem o nível de 
instrução necessária para saber se o tipo de trabalho que estão realizando está 
regulamentado conforme a reforma, é importantíssimo a fiscalização dos orgãos 
legais para garantir que os direitos da população estão sendo respeitados. 
Com as mudanças ocorridas, os jovens que buscam o seu primeiro emprego 
estão com ainda mais dificuldades de entrar no mercado de trabalho, pois as poucas 
empresas que estão no mercadooferecendo vagas de emprego optam por pessoas 
experientes pela diminuição do risco de ter uma escolha equívocada, a 
probabilidade de um jovem que nunca trabalhou ainda permanecer desempregado 
é de 64% enquanto para os jovens da mesma faixa etária (de 15 até 24 anos) que 
possuem experiência no mercado de trabalho é de 44% (Reis, 2015), nesse modo 
a alternativa de uma parcela dos jovens para dar o primeiro passo na vida 
profissional é o trabalho informal. 
 
2.4 Trabalho autônomo nos aplicativos 
 
Com os avanços tecnológicos, Aplicativos de transporte de passageiro se 
popularizaram no Brasil e no Mundo, com os altos indíces de desemprego no País 
diversas pessoas usam os aplicativos de transporte como sua principal fonte de 
renda, sem vínculos empregatícios e direitos trabalhistas essas pessoas trabalham 
expostas a todo tipo de risco e trabalham no momento e quando querem, no Brasil 
há diversas contestações judiciais e extrajudiciais por parte de pessoas, Entidades 
 
16 
 
ou políticos para que a empresa reconheça vínculos empregatícios e sejam 
regulamentadas com os mesmos deveres que os taxistas tem (André, Silva & 
Nascimento, 2019). 
De acordo com Abílio (2020), estamos vivenciando uma nova forma de 
controle, gerenciamento e organização do trabalho mediadas por plataformas 
digitais, essa nova tendência global está sendo chamada de Uberização. É possível 
conceituá-la como um amplo processo de informalização do trabalho, o autor cita 
quatro elementos chaves que envolvem a definição de Uberização: 1) redução do 
trabalhador a um trabalhador just-in-time, desprovido de direitos e garantias 
trabalhistas. 2) As empresas se apresentam como mediadoras, dessa forma elas não 
possuem as obrigações de uma contratante. 3) As empresas possuem o papel de 
instruir e executar as normas de certificação e fiscalização do trabalho que deveriam 
ser do Estado. 4) o deslizamento da identidade profissional do trabalho para a 
de trabalho amador. 
A exploração do trabalho utilizando aplicativos é um fenômeno conhecido 
como “Uberização do Trabalho”, mesmo recebendo o nome da maior empresa do 
segmento, não é algo exclusivo dela. as empresas estabelecem relações de 
prestação de serviços que são chamadas de parcerias pois não há regulamentação 
de trabalho entre as partes. Os chamados parceiros possuem uma falsa idéia de 
autonomia no trabalho pois não possuem um chefe ali os controlando, porém, ficam 
refém dos algoritmos que determinam e controlam o seu rendimento de trabalho 
diário (Rodrigues, Moreira & Lucca, 2021). 
Uma característica do trabalho sob demanda por meio dos aplicativos é a 
invisibilidade dos motoristas, por serem classificados como autônomos, suas 
atividades laborais são esvaziadas, não há contato entre o tomador de serviços e o 
trabalhador, tudo é realizado de forma online (Kalil, 2020). 
O modelo de trabalho ofertado pela Uber vai na direção contrária do 
encontrado no mercado de trabalho nacional, que na maioria dos casos possui uma 
jornada de trabalho diária obrigatória e desgastante, o meio de condução ao 
trabalho, que na maior parte dos casos é o transporte público é precário. A ideia do 
aplicativo é deixar o motorista dirigir quando quiser, não necessitando cumprir 
jornada de trabalho e dando liberdade para o trabalhador executar qualquer outra 
atividade quando bem entender pois quando necessitar de trabalhar, basta ligar o 
aplicativo e realizar a jornada que achar necessária, sendo que diferentemente dos 
 
17 
 
trabalhos do modelo tradicional, os trabalhadores não possuem direitos trabalhistas 
definidos e os aplicativos não prestam nenhum tipo de assistencia de saúde ou 
trabalhista. (Silvestre, 2017) 
Pelo fato de os aplicativos não determinarem carga horário mínima de 
trabalho e dar liberdade de definição por parte do trabalhador, não há perda de 
produtividade ou redução de tempo do trabalhador, muito pelo contrário (Passos & 
Lupatini, 2020), os trabalhadores enfrentam jornadas de trabalho muito maior que 
as 08 horas usuais e não há impeditivo dele fazer isso, dessa forma o mesmo está 
se doando para ganhar um pouco mais e ficar disponível em uma maior quantidade 
de tempo para a empresa em troca de sua saúde e bem estar social. O Brasil é o 
2º maior mercado da Uber no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, um 
levantamento do IBGE realizado em 2019 revelou que a cada duzentos brasileiros, 
um é motorista de aplicativo. 
De acordo com pesquisa realizada por Barros e Raymundo (2021), motoristas 
com idade acima de 50 anos declararam que iniciaram os serviços nos aplicativos 
de transporte com os seus veículos pois vinham encontrando dificuldades de 
retornarem ao mercado de trabalho por conta da sua idade, segundo o artigo, os 
entrevistados informaram que por diversas vezes iam para entrevistas de emprego 
e apresentavam as suas pretenções salariais de acordo com os seus 
conhecimentos e experiências na área, mas eram preteridos por jovens recém 
formados que por conta da busca muitas vezes pelo primeiro emprego e a falta de 
formações complementares e experiências aceitavam receber um salário menor 
para conseguir a vaga. 
A profissão de motorista sempre foi quase que exclusiva dos homens, as 
mulheres, conquistando o espaço cada vez maior na sociedade e buscando a 
igualdade gênero e vencer o preconceito, atualmente já são consideradas uma 
parcela importante da classe, Além disso, habilidades como prudência e cuidado no 
volante atrai uma parcela de clientes que preferem as motoristas devido à maior 
percepção de segurança (Icetran, 2020), entretanto, não parece ser uma das mais 
fáceis missões, popularizaram a piada “mulher no volante, perigo constante!” entre 
outras famas que criaram sobre as mulheres no volante , o quesito segurança talvez 
seja o mais sério para as motoristas, pois ali no carro elas acabam ficando mais 
expostas a qualquer tipo de atrocidade que possam ser realizadas. 
 
18 
 
Há casos de trabalhadores dos aplicativos que colocaram os mesmos na 
justiça alegando que a relação de trabalho deles caracterizava-se como vínculo 
empregatício, culminando dessa forma com a obrigação dos direitos trabalhistas 
para ambos os lados. Segundo Rodrigues, Moreira & Lucca (2021), mesma havendo 
dificuldades em determinar esse vínculo empregatício nos serviços gerenciados por 
algoritmos, há prerrogativas de gestão e poder hierárquico da empresa sobre os 
seus subordinados, como exemplo o poder de estipular regras e tarefas aos 
parceiros, monitoramento e aplicação de sansões em casos de desobediências, 
isso pode-se estabeler um vínculo trabalhista entre as partes. 
O Algoritmo da Uber comanda todos os trabalhadores, decorrente dele que 
são ofertadosos preços dinâmicos aos passageiros para um maior incentivo ao 
motorista e as missões que são atribuídas para os motoristas em dias que os 
aplicativos esperam uma alta demanda de passageiros, segundo Leme,Rodrigues 
& Junior (2017), a estrutura da relação entre a Uber e os motoristas é na forma de 
aliança neofeudal, onde os motoristas são chamadas de parceiros e possuem 
liberdade trabalharam quando bem entenderem ser necessário, algo que é 
imediatamente negado pelo dever de aliança e do cumprimento dos objetivos 
traçados pelos algoritmos. 
 
3 Metodologia 
 
O projeto utilizou a pesquisa de cunho exploratório como base, pois é um 
tema atual que possui poucos artigos a serem utilizados como referência, a fonte 
de pesquisa que foi utilizada é a secundária, foram realizadas diversas entrevistas 
e questionários com os motoristas de aplicativo da cidade de Niterói, a abordagem 
foi através de grupos nas redes sociais e contato direto nos postos de combustível 
e locais que os mesmos utilizam como apoio, dessa forma foi apresentado o projeto 
e feita a introdução sobre como eles poderiam ajudar no estudo do assunto, foram 
disponibilizados questionários online queforam enviados para eles por aplicativos de 
mensagem para entender as situações da classe, para conseguirmos atingir o 
objetivo da pesquisa que será apresentado utilizando o metodo misto, uma parte 
dos resultados foi disponibilizado por números e gráficos, a partir disso analisados 
de forma subjetiva, após isso os resultados são apresentados pelos 2 métodos, 
 
19 
 
quantitativo e qualitativo, trazendo em numeros e gráficos os conceitos sobre os 
resultados obtidos na pesquisa e traremos as conclusões sobre o tema. 
 
4 RESULTADOS 
 
A populaçao do estudo é formada pelos motoristas de aplicativo da cidade 
de Niterói. 
O questionário foi dividido em quatro partes sendo: (i) perfil dos motoristas, 
(ii) perfil financeiro, (iii) característica dos veículos, (iv) escala de satisfação e 
motivação. 
 
4.1 Perfil Social dos Motoristas 
 
Na primeira parte serão apresentados os dados obtidos quanto ao perfil dos 
motoristas. 
 
Gráfico 1: Faixa etária de idade dos motoristas 
 
 
 
A idade média dos motoristas de aplicativo da cidade de Niterói é de 39,95 
anos, tendo um percentual de 40% na faixa etária de 35 a 44 anos, como descrito 
no gráfico 01. 
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18 a 24 anos 25 até 34 anos 35 até 44 anos 45 até 60 anos Acima de 60 anos
Faixa etária
 
20 
 
O nível de escolaridade dos motoristas de aplicativo pode ser visualizado no 
gráfico 02: 
 
Gráfico 2: Nível de Escolaridade dos Motoristas 
 
 
Os motoristas com ensino médio completo detem o maior percentual com 33%, 
mas analisando o quadro, podemos visualizar que no total 64% dos motoristas 
ingressaram no nível superior, pegando essa amostra, apenas 20% dos motoristas 
conseguiram até o momento da pesquisa se formar na área que iniciou sua faculdade, 
outros 23% seguem cursando e 21% tiveram que trancar a faculdade por motivos 
diversos, tendo como principal causa a parte financeira, 3% dos motoristas concluíram 
apenas o nível fundamental. 
O gênero dos motoristas de aplicativo na cidade de Niterói pode ser visualizado 
no gráfico 03: 
 
 
 
 
 
 
 
3%
33%
23%
20%
21%
Nível de Escolaridade
Ensino Fundamental Completo
Ensino Médio Completo
Ensino Superior Cursando
Ensino Superior Completo
Ensino Superior Incompleto
(Opção para os que possuem
matrículas trancadas)
 
21 
 
Gráfico 3: Gênero dos motoristas 
 
 
Com relação ao gênero, 97% dos motoristas se identifica com o gênero 
masculino e 3% se identifica com o gênero feminino, nessa questionamento foi dado 
as opções aos entrevistados de dizer se eles se identificavam com outro gênero se 
não os descritos nas alternativas e o direito de não dizer, mas tivemos a totalidade 
das respostas nos 2 gêneros descritos no gráfico 03. 
 
4.2 Perfil Financeiro dos Motoristas 
 
Na segunda parte serão apresentados os resultados encontrados sobre 
principal fonte de renda, renda líquida, dependência financeira e ramo de trabalho 
anterior dos motoristas de aplicativo da cidade de Niterói. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
97%
3%
Gênero
Masculino
Feminino
 
22 
 
Gráfico 4: Ocupação Principal dos motoristas 
 
 
Com relação a ocupação principal, podemos analisar no quadro 04, que 79% 
dos motoristas tem os aplicativos de transporte como renda principal e 21% possuem 
os aplicativos como renda secundária. 
Renda líquida mensal dos motoristas de aplicativo da cidade de Niterói, pode 
ser visualizada no gráfico 05: 
 
Gráfico 5: Renda média mensal líquida dos motoristas 
 
 
Em relação a renda mensal líquida, percebe-se que a renda predominante é 
um valor médio entre R$ 3.500,00 e R$ 5.000,00, podemos visualizar que há uma 
79%
21%
Ocupação Principal
Sim
Não
9%
27%
43%
15%
6%
Renda média mensal líquida
Até R$ 2.000,00
Entre R$ 2.000,00 e R$ 3.500,00
Entre 3.500,00 e R$ 5.000,00
Entre R$ 5.000,00 e 6.500,00
Acima de R$ 8.000,00
 
23 
 
discrepância entre os valores, pois possuem motoristas que faturam um valor líquido 
de até R$ 2.000,00 da mesma forma que outros faturem em média valores acima de 
R$ 8.000,00. 
A quantidade de dependentes financeiras que cada motorista de aplicativo da 
cidade de Niterói possuem, pode ser visualizado no gráfico 06: 
 
Gráfico 6: Quantidade de dependentes dos motoristas 
 
 
Em relações a dependentes financeiros, foi posto que eles deveriam se incluir 
na relação de dependentes financeiras dos valores que eles obtém como lucro líquido 
dos aplicativos de transporte, dessa forma 18% dos motoristas declararam que 
apenas eles dependem da renda dos aplicativo, 37% declararam que 2 pessoas 
dependem da renda obtida dos aplicativos, 24% possuem 3 dependentes e 21% 
possuem 4 ou mais dependente. Com esses números podemos analisar que temos 
um equílibrio grande entre o número de dependentes dos motoristas. 
A carga horária média diária de trabalho dos motoristas de aplicativo da cidade 
de Niterói, pode ser visualizada no gráfico 07: 
 
 
 
 
 
 
18%
37%
24%
21%
Quantidade de Pessoas que dependem 
da renda do motorista
Somente eu
2 pessoas
3 pessoas
4 ou mais pessoas
 
24 
 
Gráfico 7: Carga Horária média de trabalho diária dos motoristas. 
 
 
Em relação a carga horária média de trabalho diária dos motoristas de 
aplicativo da cidade de Niterói, 8% dos profissionais trabalham entre 4 e 6 horas por 
dia, 15% trabalham entre 6 e 8 horas, 28% trabalham entre 8 e 10 horas, 28% 
trabalham entre 10 e 12 horas, e 21% trabalham incríveis mais que 12 horas por dia. 
O Ramo de serviço anterior dos motoristas de aplicativo da cidade de Niterói, 
pode ser visualizado no gráfico 9: 
 
Gráfico 8: Ramo anterior dos motoristas 
 
 
8%
15%
28%28%
21%
Carga horária média de trabalho 
diária
4 a 6 horas
6 a 8 horas
8 a 10 horas
10 a 12 horas
12 horas ou mais
2
2
8
2
6
6
6
2
1
1
1
1
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
SAÚDE
EDUCAÇÃO
ADMINISTRATIVO
ENGENHARIA
NAVAL
COMÉRCIO
EMPRESÁRIO OU MICROEMPRESÁRIO
CONSTRUÇÃO
BANCÁRIO
HOTELARIA 
SERVIDOR PÚBLICO
TRANSPORTE
Ramo anterior
 
25 
 
Em relação ao ramo de ramo de serviço anterior, foi posto que 19% dos 
motoristas de aplicativo tinham algum negócio ou pequeno negócio, com a crise que 
o País vem passando durante os últimos anos, um grande percentual de empresários 
ou microempresário encerrou o CNPJ da sua empresa, 3 setores ficaram empatados 
com 18%, o Comércio, a área Naval e o setor Administrativo. Outro ponto importante 
da pesquisa é que há 5% de profissionais que são da área da saúde e 5% dos 
profissionais da área da Educação, setores primordiais da nossa sociedade. Uma 
curiosidade é que apenas 3% já eram do ramo de transporte anteriormente. 
 
4.3 Característica dos Veículos 
 
Na terceira parte serão apresentados os resultados encontrados sobre a 
característica dos veículos dos motoristas de aplicativo da cidade de Niterói, 
analisando se são utilizados veículos próprios ou alugados e esclarecendo se os 
veículos que são próprios já eram de propriedade dos motoristas ou se foram 
comprados exclusivamente para o uso no trabalho. 
O tipo de veículo dos motoristas de aplicativo da cidade de Niterói, pode ser 
visualizado no gráfico 10: 
 
Gráfico 9: Característica do veículo dos motoristas 
 
 
Em relação aos veículos dos motoristas, 84,6% trabalha com veículo próprio, 
12,8% aluga o veículo de uma pessoa física e apenas 2,6% aluga em locadoras. 
85%
2%
13%
Trabalham com veículo
Próprio
Alugam veículos em
locadoras
Alugam veículos com pessoas
físicas
 
26 
 
A característica de procedência dos veículos dos motoristas de aplicativo da 
cidade de Niterói, pode ser visualizada no gráfico 11: 
 
Gráfico 10: Origem do veículo dos motoristas 
 
 
Em relação a procedência dos veículos dos motoristas que possuem carro 
próprio, 45% iniciou o seu trabalho utilizando o veículo que já possuia e utilizava antes 
para outros fins, enquanto 55% precisou comprar o veículo que iniciou o seu trabalho 
nos aplicativos.4.4 Escala de Satisfação e Motivação 
 
Na quarta parte serão apresentados os resultados sobre o nível de satisfação 
e a motivação dos motoristas como a sua atual situação de trabalhos no aplicativos 
de transporte. 
Essa pesquisa pode ser analisada no gráfico 12: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45%
55%
Já possuia o veículo anteriormente?
Sim
Não, Comprei
exclusivamente para iniciar
nos apps
 
27 
 
Gráfico 11: Nível de Satisfação dos motoristas com o trabalho atual 
 
 
Em relação ao nível de satisfação, 76% dos motoristas não estão satisfeitos e 
buscam frequentemente outro emprego, apenas 3% dos motoristas estão totalmente 
satisfeitos e não pensam em mudar sua ocupação, o preocupante dessa pesquisa é 
que 5% não estão satisfeitos e buscam raramente outro emprego e 16% não estão 
satisfeitos e não buscam outro emprego. 
Os motivos para que os motoristas tenham iniciado e se mantido nos 
aplicativos de transporte, pode ser visualizado no gráfico 13: 
 
Gráfico 12: Motivação para ser motorista de app 
 
 
3%
76%
5%
16%
Nível de Satisfação
Estou satisfeito e não penso
em trocar de função
Não estou satisfeito e busco
frequentemente vagas de
emprego
Não estou satisfeito e busco
raramente vagas de emprego
Não estou satisfeito e não
busco vagas de emprego
59%
8%
5%
28%
Motivos para ser Motorista de App
Falta de oportunidades de
emprego no mercado de
trabalho
Baixa remuneração na área
que trabalhava anteriormente
Vi uma oportunidade de
conseguir a minha
independência financeira
Pela flexibilidade e poder me
dedicar a outros projetos
 
28 
 
Em relação aos motivos, 76% revelou que a falta de oportunidade de 
emprego no mercado de trabalho foi o principal motivo, 16% relatou que a 
flexibilidade dos trabalhos no aplicativo, como por exemplo poder fazer seus 
horários, e a disponibilidade de tempo para se dedicar a outros projetos é o principal 
motivo para o seu trabalho nos aplicativos, 5% relata que a baixa remuneração na 
área que trabalhava anteriormente foi o principal fator para essa decisão enquanto 
outros 3% enxergaram uma oportunidade de obter a tão sonhada independência 
financeira. 
 
5 ANALISE DOS RESULTADOS 
 
5.1 Perfil Social dos Motoristas 
 
Há uma maioria esmagadora de homens na profissão em comparação as 
mulheres, essa discrepância entre os grupos pode ser explicado pelo grande 
problema de segurança pública que vivemos em Niterói e no estado do Rio de 
Janeiro, uma reportagem do Jornal Extra do dia 17/10/2021 trouxe os dados que 
nos 8 meses anteriores a reportagem, 6 Motoristas haviam sido assassinados e 1 
se encontrava desaparecido. As mulheres na situação do trabalho como motorista 
de aplicativo ficam muito expostas a passar por situações desagradáveis e 
perigosas, que vão desde a piadinhas e propostas indecentes até tentativas de 
forçar uma possível relação sexual ou se aproveitarem da vulnerabilidade naquele 
momento e realizarem assaltos. 
Segundo reportagem do Uol, desde que a crise econômica se instalou no 
Brasil, diversos profissionais aderiram aos aplicativos de transporte ou entrega para 
pagar os seus boletos, a recuperação dos empregos tem sido tão lenta que muitos 
estão recorrendo a chamada “uberização” do trabalho. De acordo com Renan Pieri, 
da FGV, os mais jovens foram os pioneiros na migração para essa área de trabalho, 
pois no momento que as empresas iniciam as suas demissões, eles muitas vezes 
são os primeiros a serem desligados pois na maioria dos casos ainda não ocupam 
funções imprescindíveis dentro da organização, muitos desses profissionais que 
recorreram a essa forma de trabalho possuem nível superior completo e formações 
complementares mas não conseguem retornar aos seus postos de trabalho ou nem 
mesmo serem inseridos no mercado de trabalho para sua primeira experiência. 
 
29 
 
Há uma grande parcela de motoristas de aplicativo com mais de 50 anos, 
muitos declaram que estão na função atual pelo fato de possuírem dificuldade de 
voltarem para o mercado de trabalho formal, eles possuem, normalmente, uma 
vasta experência na sua área, sendo que são considerados muitas vezes 
ultrapassados por conta das novas tecnologias existentes e são substituidos por 
jovens sem experiência entretanto com mais por dentro das inovações da área, 
dessa forma a solução encontrada é o mercado informal dos aplicativos de 
transporte para levar o sustento a suas residências. 
 Uma parcela dos aposentados em nosso território brasileiro acabam se 
sentindo inúteis depois de conseguir esse benefício, pois trocam muitas vezes uma 
rotina agitada pela calmaria da sua casa e da vida pacata, a solução encontrada 
por muitos são os aplicativos de transporte, além do retorno financeiro, 
proporcionam novamente um sentido na sua vida, pois eles se sentem úteis em 
estar ajudando outras pessoas, em estar trabalhando novamente e por fim, 
conhecendo diversas histórias e locais que nunca tinha visto antes na sua longeva 
vida. 
 
5.2 Perfil Financeiro dos Motoristas 
 
Quando os aplicativos de transporte particulares se instalaram no Brasil, foi 
oferecida a idéia de que seria um complemento de renda para os seus parceiros, mas 
pela situação e desemprego constante em nosso país, os aplicativos passaram a ser 
a renda principal de muitas famílias, pois há muita dificuldade de inserção ou 
reinserção no mercado de trabalho, segundo reportagem do G1.com disponibilizada 
em 27/10/2022, 13,7 milhões de Brasileiros estão desempregados de acordo com o 
Instuto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), isso representa aproximadamente 
13,2% da população. 
No que tange a horas trabalhadas, um trabalhador do mercado formal tem a 
jornada de trabalho estabelecida em lei pela Constituição Federal, em seu art. 7.º, é 
de 8 horas de trabalho diária, os motoristas de aplicativo estão necessitando trabalhar 
mais horas que um trabalhador do mercado formal para conseguirem uma renda 
satisfatória ou nem tanto para alguns. 
Os motoristas possuem uma responsabilidade muito grande sobre a sociedade 
pois estão responsáveis por vidas no momento que conduzem o seu veículo, não 
 
30 
 
somente a sua vida e a dos passageiros assim como também de toda a população 
que está ao seu redor, muitos dos que trabalham acima de 12 horas informaram que 
vão até onde corpo aguentar, muitas das vezes trabalhando por 15,16,18 horas 
diárias, podemos encontrar facilmente no YouTube conteúdo de motoristas que 
trabalharam por 24 horas seguidas nos aplicativos. 
Quando começamos a estudar mais a fundo as condições de trabalho dos 
motoristas de aplicativo, podemos encontrar as explicações para essa carga de 
horário de trabalho tão alta que a maioria segue, no quadro 08, temos a comparação 
entre a tabela de valores de 2014 e a de 2021 do principal aplicativo de transporte, a 
Uber. 
 
Gráfico 13: Tabela comparativa da tarifa da uber para os motoristas 
Tabela de Valores da Uber do Brasil 
Mês 
Janeiro de 
2015 
Novembro de 
2021 
Percentual 
Valor da Bandeirada R$ 2,00 R$ 2,22 Aumento de 10% 
Valor do KM rodado R$ 1,40 R$ 1,60 
Aumento de 
14,29% 
Valor do minuto rodado R$ 0,15 R$ 0,18 Aumento de 20% 
Desconto 25% 25% Manteve 
 
Como referência, o litro da gasolina no Rio de Janeiro em 2015 era R$ 3,265 
enquanto em Novembro de 2021 o valor médio da gasolina no Estado chegou a R$ 
7,649 tendo como resultado um aumento de 135,28%, por outra lado, a Uber 
aumentou os valores em 14% apenas durante todo esse período. 
De acordo com reportagem publicada pelo UOL, os motoristas de Uber em São 
Paulo rodam até 60 horas semanais para conseguirem um lucro de R$3.000,00 
mensais, podemos realizar essa comparação com os motoristas de Niterói, pois os 
valores das receitas e custos são semelhantes, eles trabalham em média 12 horas 
por dia útil, isso equivale a 4 horas diárias adicionais em relação a carga horária de 
um trabalho normal e 16 horas semanais a mais que a cargahorário semanal de 44 
horas de acordo com a regulamentação trabalhista. 
 
31 
 
Muitos motoristas eram empresários ou microempresários e hoje sustentam a 
família dirigindo o seu veículo pela cidade, esses profissionais, na maioria dos casos, 
precisou encerrar o seu CNPJ por não ser mais algo rentável, a crise econômica que 
assombra o país a alguns anos ocasionou a decadência de muitos negócios, mas o 
principal fato que agravou e na maioria dos casos decretou o fechamento desses 
negócios foi a pandemia, muitos empresários e comerciantes que já não estavam em 
situação confortável foram pegos de surpresa com as consequências do Corona Vírus 
e precisaram fechar as suas empresas ou comércios, e na maioria dos casos 
acumulando dívidas que necessitam ser pagas, a solução encontrada por muitos 
foram os aplicativos de transporte. 
 O mercado dos serviços navais e serviços relacionados a Petrobras também 
ficam em evidência quando conversamos com os motoristas sobre o ramo de trabalho 
que ele é oriundo, após a Operação Lava Jato da Polícia Federal, que foi uma das 
maiores iniciativas de combate à corrupção e lavagem de dinheiro da história recente 
do Brasil, muitas empresas do ramo fecharam as portas e estão até hoje devendo os 
direitos a esses ex funcionários, pela dificuldade de abertura de vagas em novas 
empresas por conta da diminuição da carga de serviços muitos profissionais se viram 
obrigados a recorrer aos aplicativos de transporte para conseguir sustentar os seus 
dependentes, por outro lado, esses profissionais são os que tem mais esperanças de 
retomarem os seus postos de trabalho, para eles com o investimento de alguma 
empresa multinacional do ramo o mercado voltará a contratar, dificilmente serão 
oferecidos salários equiparados com alguns anos atrás, mas ainda sim eles 
identificam ser uma alternativa mais rentável e seguro que o serviço informal que hoje 
exercem. 
Há diversos motoristas que possuem formação na área da Sáude e da 
Educação, pessoas que são qualificadas para cuidar e educar a população estão 
desperdiçando o seu dom trabalhando nos aplicativos de transporte, em qualquer 
lugar do munícipio de Niterói e até mesmo na cidade do Rio de Janeiro nós vemos 
pessoas reclamando do atendimento na rede pública de saúde, da falta de 
profissionais nas UPA’s e clínicas, pessoas reclamando da falta de professores na 
rede pública de ensino, na qualidade dos colégios municipais/estaduais, por conta 
dessas condições que o sistema público também oferece para os profissionais que 
muitos deles estão fora do ramo nesse momento, a estrutura precária para se 
 
32 
 
trabalhar, a falta de apoio e a baixíssima remuneração são os principais motivos dessa 
escolha profissional. 
 
5.3 Característica dos Veículos 
 
A maior parte dos motoristas possuem veículo próprio para exercer o seu 
serviço nos aplicativos, a forma mais popular que utilizam para conseguir o seu carro 
é por meio do financiamento bancário, estima-se que os motoristas gastam o 
equivalente a 40% do seu lucro mensal com o custo do seu trabalho, esse gasto 
envolve prestação, combustível, manutenção, seguro, IPVA, lavagens, alimentação, 
entre outros. Há uma parcela dos motoristas que por conta do auto custo para manter 
o veículo preferem alugar de terceiros ou de locadoras, pois na maioria das vezes o 
IPVA e o seguro ficam por conta do locador e a manutenção é dividida 50% para 
locatário e 50% para o locador no caso dos aluguéis com pessoa física e 100% do 
locador no caso dos aluguéis nas locadoras regulamentadas ficando a cargo do 
motorista apenas o pagamento do aluguel, outra explicação utilizada pelos que 
preferem rodar com carros alugados é o fato de o seu veículo particular se depreciar 
muito rodando pela cidade, aumento a quilometragem e dificultando a revenda futura, 
com isso, os obrigando a vender os veículos bem abaixo do valor de mercado. 
As locadoras de veículo vem sendo preteridas pelas pessoas físicas que 
alugam os seus carros, pois a maioria dos motoristas estão dando preferência pelos 
profissionais que alugam seus automóveis particulares, a explicação se dá pelo fato 
de as locadoras não utilizarem Gás Natural Veícular em seus veículos, com o aumento 
do valor do combustível líquido e os aumentos precários da tabela de preço dos 
aplicativos, os motoristas estão descartando a possibilidade de trabalhar com veículos 
que consumam apenas o combustível líquido, preferindo dessa forma os veículos 
particulares de pessoa física que possuem Gás Natural Veícular e são anunciados em 
redes sociais e no boca a boca nos pontos de apoio que os motoristas utilizam durante 
o dia a dia. 
 
5.4 Escala de Satisfação e Motivação 
 
Os motoristas de aplicativo, na sua grande maioria, não estão satisfeitos com 
as condições atuais de trabalho, as principais queixas são relacionadas as tarifas que 
 
33 
 
são consideradas muito baixas considerando a alta dos combustíveis e o custo do seu 
trabalho. Outro ponto a se considerar é a falta de segurança no seu trabalho, é 
frequente observarmos durante reportagens na TV ou internet casos de motoristas 
assaltados, sequestrados e até mortos por usuários das plataformas, os motoristas 
sentem falta de um apoio dos aplicativos nessas questões, sentem falta de serem 
ouvidos. 
Novos recursos de segurança foram adicionados nas plataformas no decorrer 
desses 8 anos que elas estão instaladas no país, sendo que ainda possuem 
vulnerabilidades que as mentes criminosas conseguem fraudar para utilizar os 
aplicativos para realizar crimes, recentemente foi apresentada a categoria entregas 
nos aplicativos, onde o motorista busca uma encomenda na origem e realiza a entrega 
no destino, sem levar nenhum passageiro, apenas a encomenda, usuários estão 
utilizando esse recurso para fazer transporte de drogas e armas, o motorista acaba 
realizando essa corrida sem saber do risco que está correndo, pois se for parado em 
uma blitz ele será levado para delegacia para averiguação e em muitos casos 
provavelmente será detido até que seja investigado a origem do material ilícito 
encontrado no veículo. 
Na reportagem do site O Tempo, temos um relato da família de um motorista 
que aceitou uma corrida no Rio de Janeiro com destino a Minas Gerais, a corrida era 
no aplicativo da 99 na modalidade Pop, que se caracteriza pelo transporte de 
passageiros e suas bagagens, a passageira levava consigo 4kg de drogas divididas 
em 2 mochilas no banco traseiro do veículo, eles foram paradas pela Policia 
Rodoviária Federal na altura de Juiz de Fora e após a constatação do material nas 
mochilas foram levados para a delegacia e acabaram presos na audiência de 
custódia, a passageira se manteve calada e mesmo com o motorista apresentando o 
aplicativo e mostrando que estava em corrida naquele momento foi levado para a 
Penintenciária, a 99 informou que estava cooperando com a polícia na investigação, 
enquanto isso até a ultima atualização da reportagem, o motorista já se encontrava 
preso por 1 mês, esse é o receio de outros profissionais pela fragilidade e exposição 
que a sua atividade propõe, e mesmo estando com tudo certo e a corrida ativa no 
aplicativo, se tiver algo ilícito dentro do seu carro ele pode sofrer as consequências 
mesmo sem saber do que se trata. 
 
 
 
34 
 
6 Conclusão 
 
O tema deste trabalho foi escolhido em razão de sua atualidade e pouco estudo 
por parte da sociedade, os motoristas são vistos por muitas pessoas como invisíveis, 
elas entram no carro do profissional, o destino já está inserido no aplicativo, ao chegar 
no ponto que desejam saem do carro e seguem a sua vida, em diversas ocasiões sem 
ao menos cumprimentar aquele trabalhador, sem trocar uma palavra com ele e buscar 
saber o ser humano que está por trás daquele motorista de aplicativo 
O desenvolvimento do presente estudo possibilitou um entendimento sobre o 
perfil dos motoristasde aplicativo da cidade de Niterói, também foi permitido 
entendermos sobre os motivos que os fizeram escolher essa profissão no momento 
delicado de recessão trabalhista na qual o nosso País está passando. 
Analisou-se os direitos trabalhistas do profissional do mercado formal em 
comparação aos trabalhadores do mercado informal citado, a proposta apresentada 
pelos aplicativos é de que seja uma parceria entre as partes, na qual os profissionais 
tem a autonomia de utilizar os aplicativos para complemento de renda nos dias e 
horários que deseja sem uma imposição de carga horária mínima, no Brasil com a 
dificuldade de inserção no mercado de trabalho, os aplicativos são na maioria dos 
casos a renda principal e única daqueles profissionais, que para atingir os seus 
objetivos de faturamento necessitam ficar por 12 ou até mais horas seguidas no 
volante, uma carga de trabalho de pelo menos 50% acima do permitido pela CLT mas 
que pelo fato do seu trabalho não haver uma regulamentação não há fiscalização 
quanto a isso, os aplicativos mantem a versão de parceria e realizam todos os trâmites 
encontrados para que não sejam caracterizadas relações de emprego entre eles e os 
motoristas. 
Foi identificado no decorrer deste trabalho há necessidade de um maior apoio 
jurídico das empresas de transporte particular para os motoristas em casos de 
ocorrências no momento em que estão com passageiros vinculados aos aplicativos, 
foi apresentado um caso de um motorista que está preso pelo fato do passageiro está 
com drogas em uma mochila no momento em que eles foram abordados, sendo que 
o profissional não possui autonomia para revistar a bagagem dos passageiros e 
decidir se seguirá ou não com a viagem, desse modo ele não deve se responsabilizar 
pelos materiais que estão na posse do cliente que está no seu carro, e as empresas 
devem dar esse suporte para os motoristas, apresentando para a Justiça todos os 
 
35 
 
dados da solicitação que precedeu a ocorrência para provar a inocência do seu 
prestador de serviço. 
A conclusão é que os motoristas de aplicativo não estão satisfeitos com as 
condições de trabalho na qual são submetidos mas devido a falta de oportunidades 
no mercado de trabalho essa é a única solução encontrada por eles para haver uma 
renda que os possibilite de ter uma vida digna e sustentar a si mesmo e sua família, 
as principais reclamações são a falta de segurança, que nao é algo exclusivo da 
profissão, pois o Estado do Rio de Janeiro apresenta índices altíssimas de 
criminalidade e a segurança pública sendo deixada de lado pelos governantes, e a 
baixa tarifa, pois os combustíveis estão tendo aumentos significativos nos últimos 
tempos e as tarifas tendo aumentos mínimos e atrasados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ABILIO, Ludmila Costhek. Uberização: A era do trabalhador just-in-time, Estudos 
Avançados v.34, n 38 p. 111-126, jan./abr. 2020. Disponível: 
https://www.scielo.br/pdf/ea/v34n98/0103-4014-ea-34-98-111.pdf Acesso: 23 de 
Novembro de 2020. 
 
PASSOS, Saionara da Silva. LUPATINI, Marcio. A contrareforma trabalhista e a 
precarização das relaçoes de trabalho no Brasil, Revista katálysis v. 23, n 1, p. 
132-142. Florianópolis Jan/Abr 2020. Disponível: 
https://www.scielo.br/pdf/rk/v23n1/1982-0259-rk-23-01-132.pdf Acesso: 26 de 
Novembro de 2020. 
 
REIS, Mauricio. Uma Análise da Transição dos Jovens para o Primeiro Emprego no 
Brasil, Revista Brasileira de Economia v. 69, n 1, p. 125-143, Rio de Janeiro 
Jan./Mar. 2015. Disponível: 
https://www.scielo.br/pdf/rbe/v69n1/0034-7140-rbe-69-01-0125.pdf Acesso: 23 de 
Novembro de 2020. 
 
MOSSI, Thays Wolfarth. Lutas trabalhistas como lutas minoritárias: a questão da 
dignidade do trabalhador terceirizado, Sociologias v. 21, n 50 p. 236-259, Porto 
Alegre Jan./Abr. 2019. Disponível: 
https://www.scielo.br/pdf/soc/v21n50/1807-0337-soc-21-50-236.pdf Acesso: 26 de 
Novembro de 2020. 
 
ANDRE, Robson Gomes. DA SILVA, Rosana Oliveira. NASCIMENTO, Rejane 
Prevot. Revista Eletrônica de Ciência Administrativa v. 18, n. 1, p. 7-34, Jan./Mar 
2019. Disponível: 
https://docplayer.com.br/126919403-Precario-nao-e-mas-eu-acho-que-e-escravo-
analise-do-trabalho-dos-motoristas-da-uber-sob-o-enfoque-da-precarizacao-
1.html#show_full_text Acesso: 26 de Novembro de 2020. 
HIGA, Paulo. Taxi ou Uber? Um comparativo dos preços das corridas em cinco 
cidades. Tecnoblog.Net, 2015. Disponível: https://tecnoblog.net/188610/taxi-ou-
uber-preco-qual-mais-barato/ Acesso em 02 de Junho de 2021. 
MACHINE. Quantos motoristas de aplicativo tem no Brasil? Machine.global, 2019. 
Disponível: https://machine.global/motoristas-de-aplicativo-no-brasil/ Acesso em 26 
de Novembro de 2021. 
Seis Mortos e um desaparecido: violência assusta motoristas de aplicativo no Rio. 
Extra.globo, 2021. Disponível: https://extra.globo.com/casos-de-policia/seis-mortos-
um-desaparecido-violencia-assusta-motoristas-de-aplicativos-no-rio-rv1-1-
25239507.html Acesso em 26/11/2021. Acesso em 26 de Novembro de 2021. 
Desemprego cai para 13,2% em agosto, mas ainda atinge 13,7 milhões, aponta IBGE. 
G1.globo, 2021. Disponível: 
https://g1.globo.com/economia/noticia/2021/10/27/desemprego-fica-em-132percent-
em-agosto-aponta-ibge.ghtml. Acesso em 29 de Novembro de 2021. 
 
37 
 
Trabalhamos para reinventar a forma como o mundo se locomove. Uber, 2021, 
Disponível em: https://www.uber.com/br/pt-br/about/. Acesso em 02 de Dezembro de 
2021. 
Caso Lava Jato, entenda o caso. MPF, 2019. Disponível em: 
http://www.mpf.mp.br/grandes-casos/lava-jato/entenda-o-caso. Acesso em 05 de 
Dezembro de 2021. 
FILGUEIRAS, Vitor Araujo. LIMA, Uallace Moreira. DE SOUZA, Ilan Fonseca. Os 
Impactos Jurídicos, Econômicos e Sociais da Reformas Trabalhistas. DOSSIÊ: A 
Reforma Trabalhista no Brasil e no Mundo. v. 32, n. 86, 2019. Disponível em: 
https://www.scielo.br/j/ccrh/a/dsTTpszR6L9KNY4ShBCWTDw/?lang=pt Acesso em 
11 de Dezembro de 2021. 
DE ALMEIDA, Maria Goretti. CARMO, Larissa de Andrade. DA SILVA, Seffra Renata 
Ramos. O Trabalho informal como alternativa no mundo de trabalho. IV Seminários 
Cetros: Neodesenvolvimento, Trabalho e Questão Social, 2013. Disponível em: 
http://www.uece.br/eventos/seminariocetros/anais/trabalhos_completos/69-12758-
08072013-174708.pdf. Acesso em 11 de Dezembro de 2021. 
GLOMB, Marcia. A vulnerabilidade do trabalho informal: qual a influência da 
pandemia?. Glomb, 2020. Disponível em: http://glomb.com.br/seu-direito/artigo-a-
vulnerabilidade-do-trabalho-informal-qual-a-influencia-da-pandemia/. Acesso em 12 
de Dezembro de 2021. 
DROPPA, Alisson. BIAVASCHI, Magda Barros. TEIXEIRA, Marilane Oliveira. A 
TERCEIRIZAÇÃO NO CONTEXTO DA REFORMA TRABALHISTA: conceito amplo e 
possibilidades metodológicas. Caderno CRH, [S. l.], v. 34, p. e021030, 2021. DOI: 
10.9771/ccrh.v34i0.45060. Disponível em: 
https://periodicos.ufba.br/index.php/crh/article/view/4506. Acesso em 3 de Janeiro de 
2022. 
Trabalho temporário: entenda como funciona essa contratação. iFractal. Disponível 
em: https://ifractal.com.br/blog/trabalho-temporario/. Acesso em 3 de Janeiro de 2022. 
SABADINI, Maurício S.; NAKATANI, Paulo. Desestruturação e informalidade do 
mercado de trabalho no Brasil. Revista Venezolana de Conyuntura, Caracas, n.2, 
jul./dez., 2002. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/364/36480212.pdf. Acesso em 
04 de Janeiro de 2022. 
DURÃES, Bruno Rodrigues. Do Trabalho Informal Tradicional ao Uberizado: história, 
inovação e pandemia. NAU Social, [S. l.], v. 11, n. 21, p. 361–375, 2020. DOI: 
10.9771/ns.v11i21.38671. Disponível em: 
https://periodicos.ufba.br/index.php/nausocial/article/view/3867. Acesso em: 04 de 
Janeiro de 2022. 
CACCIAMALI, Maria Cristina. Globalização e processo de informalidade. Economia 
e Sociedade, Campinas, SP, n. 1, p. 153-174, 2016. Disponível em: 
https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/article/view/8643124. Acesso 
em 04 deJaneiro de 2022. 
 
38 
 
ABDALA, Vitor. Taxa de informalidade do mercado de trabalho sobe para 40%, diz 
IBGE. Agência Brasil, 2021. Disponível em: 
https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2021-07/taxa-de-informalidade-no-
mercado-de-trabalho-sobe-para-40-diz-ibge. Acesso em 05 de Janeiro de 2022. 
TARGINO, Ivan. VASCONCELOS, Emanuelle Alícia Santos de Vasconcelos. A 
informalidade no mercadode trabalho Brasileiro: 1993-2013. Revista da Abet, 14(1), 
141-161, 2015. Disponível em: 
https://periodicos.ufpb.br/index.php/abet/article/view/25705/13881. Acesso em 05 de 
Janeiro de 2022. 
DEDECCA, Claudio Salvadori. Baltar, Paulo Eduardo de Andrade. Mercado de 
trabalho e informalidade nos anos 90. Estudos Econômicos, São Paulo, n. 27, p. 65-
84, 1997. Disponível em: file:///C:/Users/LCA034/Downloads/161319-
Texto%20do%20artigo-364604-1-10-20190821.pdf. Acesso em 05 de Janeiro de 
2022. 
LULA, Waltimar Batista Rodrigues. DELMIRO, Patrícia Carla de Sousa Rocha. DINIZ, 
Moniele de Fátima. O trabalho informal de rua no município de Campina Grande – A 
estratégia de sobrevivência. XVI ENCONTRO NACIONAL DA ABET, 2018. 
Disponível em: file:///C:/Users/LCA034/Downloads/ARTIGO.WALTIMAR2.ABET.pdf. 
Acesso em 05 de Janeiro de 2022. 
REIS, Mauricio. Uma análise da transição dos jovens para o primeiro emprego no 
Brasil. REVISTA BRASILEIRA DE ECONOMIA, Rio de Janeiro, v. 69, n. 1 / p. 125 – 
143, 2015. Disponível em: 
https://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rbe/article/view/16257/45033. Acesso em 
05 de Janeiro de 2022. 
MONTE, Paulo Aguiar do. ARAÚJO, Tarcisio Patrício de. LIMA, Roberto Alves. 
Primeiro emprego e reemprego: Análise de inserção ocupacional e duração de 
desemprego no Brasil metropolitano. REVISTA ECONOMIA & 
DESENVOLVIMENTO, Vol. 4, n. 1, p. 133-171, 2005. Disponível em: 
https://periodicos.ufpb.br/index.php/economia/article/view/3837/3049. Acesso em 05 
de Janeiro de 2022. 
BELL, David N.F., BLANCHFLOWER, David G. Young people an the great recession, 
OXFORD REVIEW OF ECONOMIC POLICY, Vol. 27, Issue 2, Pages 241-267, 2011. 
Disponível em: https://academic.oup.com/oxrep/article-
abstract/27/2/241/429358?redirectedFrom=fulltext. Acesso em 05 de Janeiro de 2022. 
PEREIRA, Maria Cecília; BRITO, Mozar José de. Desemprego e subjetividade no 
contexto brasileiro: uma análise interpretativa sob a ótica dos excluídos do mercado 
de trabalho industrial. Rev. Mal-Estar Subj., Fortaleza, v. 6, n. 1, p. 143-
181, mar. 2006 . Disponível em: 
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-
61482006000100009. Acesso em 05 de janeiro de 2022. 
BARROS, Luana de. RAYMUNDO, Taiuani Marquine. Envelhecimento, trabalho e 
tecnologia: motoristas de aplicativos como possibilidade laboral para a população 50+. 
 
39 
 
Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, v. 29, e2039, 2021. Disponível em: 
https://www.scielo.br/j/cadbto/a/5dRzLndGWt49LgZmMypxRgs/?lang=pt. Acesso em 
05 de Janeiro de 2022. 
PRONI, Marcelo Weishaupt. Teorias do desemprego: um guia de estudo. Instituto de 
Economia UNICAMP, n.256, 2015. Disponível em: 
https://www.eco.unicamp.br/images/arquivos/artigos/3409/TD256.pdf. Acesso em 05 
de Janeiro de 2022. 
BALTAR, Paulo. Crescimento da Economia e Mercado de Trabalho no Brasil. 
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, 2015. Disponível em: 
http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/3596/1/td_2036.pdf. Acesso em 05 de 
Janeiro de 2022. 
CARVALHO, Felipe Santos Estrela de. SILVA, João Victor Marques da. Direito do 
Trabalho em crise estrutural: Discursos e práticas desregulatórias em tempos de 
austeridade neoliberal. Livro TTDPS, p. 33-60, 2021. Disponível em: 
https://ppgd.ufba.br/sites/ppgd.ufba.br/files/livro_ttdps_-15.04.21.pdf. Acesso em 05 
de Janeiro de 2022. 
RODRIGUES, Nara Letícia Pedroso Ramos. MOREIRA, Amanda Sorce. LUCCA, 
Sergio Roberto de. O presente e o futuro do trabalho precarizado dos trabalhadores 
por aplicativo. Cadernos de Saúde Pública, 37(11), 2021. Disponível em: 
https://www.scielo.br/j/csp/a/XRNXxkSN4k6Y9svCKk4SbSK/?lang=pt&format=pdf. 
Acesso em 05 de Janeiro de 2022. 
LEME, Ana Carolina Reis Paes. RODRIGUES, Bruno Alves. JÚNIOR, José Eduardo 
de Resende Chaves. O Caso Uber e o Conceiro por Progamação de carona para o 
século XIX. Tecnologias Disruptivas e a Exploração do Trabalho Humano, 2017. 
Disponível em: 
https://www.academia.edu/41536873/O_Caso_Uber_e_o_Controle_por_Programa%
C3%A7%C3%A3o_de_carona_para_o_S%C3%A9culo_XIX. Acesso em 05 de 
Janeiro de 2022. 
KALIL, Renan Bernardi. A Regulação do Trabalho via Plataformas Digitais. Série 
Direito, Economia e Sociedade, 2020. Disponível em: 
file:///C:/Users/LCA034/Downloads/OpenAccess-Kalil-9786555500295.pdf. Acesso 
em 05 de Janeiro de 2022. 
SILVESTRE, Mayã de Souza Noberto. A possibilidade de vínculo empregatício 
entre o motorista e o aplicativo uber, 34, 2017, Artigo Científico, Bacharel em 
Direito, Curso de Direito da Faculdade Doctum, Vitória, 2017. Disponível em: 
https://dspace.doctum.edu.br/bitstream/123456789/1712/1/Artigo%20-
 
40 
 
%20A%20possibilidade%20de%20V%C3%ADnculo%20Empregat%C3%ADcio%20e
ntre%20o%20Motorista%20e%20o%20Aplicativo%20Uber%20-
%20May%C3%A3%20de%20Souza%20Noberto%20Silvestre.pdf. Acesso em 05 de 
Janeiro de 2022. 
SANTANA, Giovanna Baratelle. O desemprego no Brasil em tempos de pandemia, 
Direito.net, 2021. Disponível em: 
https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/12117/O-desemprego-no-Brasil-em-
tempos-de-pandemia. Acesso em 05 de Janeiro de 2022. 
MARQUES, Pedro. Uber com diploma. UOL. São Paulo, 03 de Agosto de 2019. 
Disponível em: https://economia.uol.com.br/reportagens-especiais/profissionais-com-
faculdade-viram-uber/. Acesso em 17 de Janeiro de 2022. 
SANTIAGO, Henrique. Motorista de Uber em SP roda até 60h por semana para lucrar 
R$3.000 no mês. UOL. São Paulo, 02 de Outubro de 2021. Disponível em: 
https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2021/10/02/motorista-uber-sao-paulo-
quanto-ganha.htm. Acesso em 17 de Janeiro de 2022. 
MENEZES, Bruno. Motorista está preso há um mês por tráfico em MG, mas drogas 
eram de passageira. OTEMPO. Juiz de Fora, 21 de Julho de 2021. Disponível em: 
https://www.otempo.com.br/cidades/motorista-esta-preso-ha-um-mes-por-trafico-em-
mg-mas-drogas-eram-de-passageira-1.2516125. Acesso em 18 de Janeiro de 2022.

Continue navegando

Outros materiais