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EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES EritrócitosEritrócitos Mamíferos: anucleadas, bicôncavas e sem organelas. Aves, Répteis, anfíbios e peixes: nucleadas. Composição: 61% de água. 32% de proteína (hemoglobina). 7% de carboidratos. 0,4% de lipídios. hemácias devem ser avaliadas quantohemácias devem ser avaliadas quanto Formato: As hemácias podem variar em formato dependendo da espécie e de possíveis condições de saúde. Em mamíferos, as hemácias são geralmente redondas e bicôncavas, mas podem apresentar variações em diferentes espécies. Tamanho: O tamanho das hemácias também pode variar entre as espécies e pode ser avaliado através do Volume Globular Médio (VGM) ou Volume Corpuscular Médio (VCM). Coloração: A coloração das hemácias pode ser avaliada através da Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM). Isso pode indicar se as hemácias são normocrômicas, hipocrômicas ou hipercrômicas. Alterações Morfológicas e Corpúsculos de Inclusão: Corpúsculos de Heinz: São estruturas redondas que se formam na membrana interna das hemácias devido à oxidação da hemoglobina. Gatos: Em gatos, os corpúsculos de Heinz não estão diretamente relacionados com anemia e são encontrados em cerca de 5% dos casos. Cães: Nos cães, a presença de corpúsculos de Heinz está associada a anemias hemolíticas, mas não é esperada em animais saudáveis. Esquistócitos: São fragmentos de hemácias com formatos diversos, causados por deterioração mecânica. Em situações de saúde, eles podem não ser importantes, mas em casos de CID (Coagulação Intravascular Disseminada) ou anormalidades microvasculares, sua presença pode ser significativa. Reticulócitos: São jovens glóbulos vermelhos que indicam uma resposta da medula óssea à intensidade da anemia. Em cães, sua presença é inferior a 1,5%, enquanto em gatos é rara. Ruminantes raramente apresentam reticulócitos, e em equinos eles não são observados. Agregados: jovens/ recente (12 horas) Ponteados: tempo já passou (10 dias), felinos. Eliptócitos ou Ovalócitos: São hemácias com formato alongado devido à membrana delgada. Em camelídeos, isso é considerado normal, mas em outras espécies pode indicar anemias hemolíticas. Esferócitos: São hemácias que perderam o formato bicôncavo devido à perda de membrana. São comuns em situações de AHIM (Anemia Hemolítica Imediata e Maciça). Dacriócitos: São hemácias com formato de lágrima devido ao estiramento da membrana. Podem ser observados em casos de anemias hemolíticas e fibrose medular Células em Alvo (Codócitos): Apresentam excesso de membrana, formando um anel central claro. São associadas a doenças hepáticas. Hemácias Crenadas: Apresentam projeções múltiplas na membrana. Podem estar presentes em casos de glomerulopatias, envenenamento crotálico, queimaduras graves, picadas de abelha, depleção de eletrólitos, gastroenterites em cães e cólica em equinos. A coleta inadequada de sangue, com uso excessivo de EDTA ou sangue envelhecido, também pode levar à formação de hemácias crenadas. Acantócitos: São hemácias com protuberâncias múltiplas. Estão associados a alterações na composição de colesterol e fosfolipídios, alterações hepáticas e hemangiossarcomas. São mais comuns em cães e gatos. Corpúsculo de Lentz: Causado pelo efeito citopático do vírus da cinomose, é uma inclusão eosinofílica presente também em leucócitos. Roleaux Eritrocitário: Refere-se à aglomeração das hemácias em pilhas, perdendo a capacidade de repulsão. Pode ocorrer em situações de doenças infeciosas e inflamatórias. Em equinos, é considerado fisiológico, enquanto em búfalos e felinos há uma tendência em formar o roleaux eritrocitário. Pontilhado Basofílico: Refere-se a pequenas inclusões basofílicas nas hemácias. Pode ser observado em casos de deseritropoiese, plumbismo e durante a regeneração eritrocitária em ruminantes. Aglutinação de Hemácias: Consiste na formação de grumos de hemácias, observados em casos de AHIM e transfusões incompatíveis. Erros pré-analíticos, como demora na coleta do material ou homogeneização inadequada, também podem levar à aglutinação das hemácias. ANEMIA NÃO É DIAGNÓSTICO. É uma condição clínico-hematológica caracterizada pela diminuição do número de eritrócitos e/ou dos níveis de hemoglobina no sangue, podendo ou não estar acompanhada de redução do hematócrito. Suspeita de Anemia Mascarada por Desidratação: Em alguns casos, a anemia pode estar mascarada pela desidratação, especialmente quando há sinais de regeneração sem anemia, desidratação clínica, hiperproteinemia e valores próximos ao limite inferior. Anemia Falsa por Hemodiluição: Pode ocorrer em situações como gestação, lactação, filhotes e fluidoterapia desbalanceada. Fatores Fisiológicos Relacionados ao Animal que Influenciam no Eritrograma: Idade (jovens têm maior atividade hematopoiética), sexo (machos geralmente têm maiores valores eritrocitários), altitude (pode aumentar os valores eritrocitários), raça (cavalos sanguíneos versus cavalos linfáticos), exercício (contração esplênica) e estado fisiológico (gestação e lactação). Etiologias Comuns de Anemia: Podem ser de origem infecciosa (como mycoplasmose, leptospirose, leishmaniose, erliquiose, babesiose e Anemia Infecciosa Equina - AIE), traumática (acidentes automobilísticos, cirurgias cruentas), ou oncogênica (leucemia associada ao vírus da FELV, hemangiossarcomas). Sinais Clínicos de Anemia: Incluem palidez de mucosas e órgãos, cianose, letargia, fraqueza, intolerância ao exercício, síncope, taquipneia e taquicardia. Classificação da Anemia: Pode ser feita levando em consideração vários aspectos, como o mecanismo fisiopatológico, valor do hematócrito, grau de regeneração medular, tamanho das hemácias, teor de hemoglobina e análise qualitativa celular. ANEMIASANEMIAS Valor do Hematócrito ou Volume Globular Grau de regeneração medular Regenerativa: Perda de sangue: Pico de resposta: 2-3 dias Manifestações: Reticulocitose Anisocitose (RDW) Policromasia Metarrubricítos Howell-Jolly Anemia por perda aguda de sangue: Fase Aguda: Perda de células e plasma Horas após: normocítica/crômica e hipoproteinemia Após 24-48h: Macrocítica e hipocrômica (reticulocitose) Quadros Hemolíticos: Primária: Idiopáticas ou autoimunes (Cocker Spaniel, Old English Sheepdog) Secundária: Doenças infecciosas, pós-vacinais, drogas Alterações Comuns: Hiperproteinemia/globulinemia Esferocitose Leucocitose e neutrofilia Trombocitopenia Podem Ser Arregenerativas: Hemólise aguda Mycoplasmose + FIV/FELV AHIM - precursores eritróides Arregenerativa: Para ter certeza, excluir processos agudos como: Doença inflamatória crônica DRC (Doença Renal Crônica) Alterações medulares Distúrbios endócrinos/nutricionais Condições Específicas: Discretas a moderadas Deficiência de eritropoietina Hipoplasia/aplasia eritroide ou total Mielofibrose Síndromes mielodisplásicas Hipoadrenocorticismo/tireoidismo Anorexia, dieta pobre, má absorção ou perdas Tamanho das Hemácias e Coloração: Volume Corpuscular Médio (VCM): Macrocítica Normocítica Microcítica Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM): Hipercrômica Normocrômica Hipocrômica Policitemia(eritrocitose)Policitemia(eritrocitose) Definição de Policitemia: A policitemia é uma condição caracterizada pela elevação da contagem de hemácias, do hematócrito e da concentração de hemoglobina no sangue. Isso pode ocorrer por aumento na produção de células vermelhas, diminuição do volume plasmático ou uma combinação de ambos. Classificação Simplificada: Policitemia Falsa (Relativa): Neste tipo de policitemia, não há uma verdadeira elevação dos índices eritrocitários. Em vez disso, ocorre hemoconcentração devido a fatores como desidratação ou contração esplênica. A hemoconcentração pode ser causada por desidratação devido a condições como vômitos, diarreia ou falta de ingestão adequada de líquidos. A contração esplênica pode ocorrer em resposta a estímulos como o estresse, resultando na liberação de células vermelhas armazenadas no baço. Além disso, pode haver um aumento dasproteínas no plasma sanguíneo, como ocorre em condições de inflamação. Os leucócitos e plaquetas geralmente permanecem dentro dos limites normais. Policitemia Verdadeira (Absoluta): Neste tipo de policitemia, há uma verdadeira elevação dos índices eritrocitários, resultando em aumento do número de hemácias circulantes. Pode ser classificada como primária ou secundária: Policitemia Primária: Também conhecida como policitemia vera, é uma condição caracterizada pelo aumento anormal da produção de células vermelhas pela medula óssea, muitas vezes associada a uma mutação genética. Nesses casos, o baço frequentemente apresenta aumento de tamanho Policitemia Secundária: Resulta de um estímulo para a produção de células vermelhas, como hipóxia (baixos níveis de oxigênio no sangue), que pode ocorrer em condições como doença pulmonar crônica, doença cardíaca congênita, alta altitude, tumores produtores de eritropoietina (EPO), entre outras. Sinais Clínicos da Policitemia: Os sinais clínicos da policitemia incluem: Cianose, devido à hipóxia causada pela diminuição da eficiência do transporte de oxigênio. Membranas mucosas hiperêmicas, resultantes do aumento da concentração de hemoglobina no sangue. Sinais secundários às complicações da trombose, que podem incluir hematêmese (vômito de sangue), epistaxe (sangramento nasal), hematoquezia (sangue nas fezes) e hematúria (sangue na urina). Poliúria (produção aumentada de urina), polidipsia (sede excessiva) e distúrbios do sistema nervoso central, que podem ocorrer devido à hiperviscosidade sanguínea. Valores de Hematócrito Compatíveis: O hematócrito é um indicador importante da concentração de células vermelhas no sangue. Valores elevados de hematócrito estão associados à policitemia. Os valores de hematócrito compatíveis com policitemia incluem: Um volume globular acima de 50% torna o sangue mais viscoso, dificultando o transporte de oxigênio. Hematócrito MAIOR que 60% é considerado sugestivo de policitemia. Hematócrito acima de 65% pode levar à hiperviscosidade sanguínea, diminuição da perfusão e comprometimento da oxigenação tecidual. Quando o hematócrito atinge 70%, há forte suspeita de policitemia primária. Erros de Coleta e Processamento: Alguns erros de coleta e processamento podem levar a resultados falsamente elevados de hematócrito, mimetizando a policitemia: Homogeneização inadequada da amostra pode resultar em medição de uma amostra concentrada, levando a resultados falsamente elevados. Em equinos, a sedimentação rápida das células vermelhas pode levar a resultados de hematócrito falsamente elevados. O preenchimento excessivo do tubo capilar do microhematócrito pode dificultar a concentração da amostra, resultando em valores de hematócrito artificialmente elevados. Resposta leucocitáriaResposta leucocitária Leucócitos: Os leucócitos, também conhecidos como glóbulos brancos, são células do sistema imunológico responsáveis por proteger o organismo contra infecções e outras doenças. Eles estão constantemente passando por alterações numéricas e/ou morfológicas em resposta a diferentes condições e estímulos no ambiente interno e externo do organismo. Alterações nos Leucócitos: As alterações nos leucócitos podem ser causadas por uma variedade de condições, incluindo doenças inflamatórias, parasitárias, bacterianas, neoplásicas e alérgicas. Essas condições podem afetar a produção, liberação, transporte, migração (diapedese) e consumo/destruição dos leucócitos. Avaliação do Estresse Agudo e Crônico: Os leucócitos são úteis na avaliação do estresse agudo e crônico no organismo, além de ajudarem a identificar condições como leucopenia pós- prandial, que ocorre após a alimentação Fármacos Mais Prescritos em Medicina Veterinária: Os fármacos mais prescritos em medicina veterinária incluem anti-inflamatórios, antiparasitários e antimicrobianos, os quais podem afetar a contagem e a função dos leucócitos. Ciclo de Vida dos Leucócitos: Produção: Os leucócitos são produzidos na medula óssea a partir de células-tronco hematopoiéticas. 1. Liberação: Após a maturação, os leucócitos são liberados na corrente sanguínea. 2. Transporte: Os leucócitos são transportados pelo sangue para os tecidos periféricos. 3. Migração (Diapedese): Eles migram dos vasos sanguíneos para os tecidos, atravessando a parede dos capilares em um processo chamado diapedese. 4. Consumo/Destruição: Uma vez nos tecidos, os leucócitos podem ser consumidos durante a resposta imune ou destruídos após cumprir sua função. 5. Especificidades do Leucograma: Inflamação Aguda e Infecções Bacterianas: Geralmente resultam em um estímulo neutrofílico, levando ao aumento do número de neutrófilos circulantes. Doenças Parasitárias e Alérgicas: Podem causar um estímulo eosinofílico, resultando em um aumento do número de eosinófilos no sangue periférico. Infecções Virais: Podem causar um aumento ou redução no número de linfócitos, dependendo da fase da infecção e da resposta imune do organismo. Interpretação do Leucograma: Numéricas (Quantitativas): Incluem a contagem global dos leucócitos, expressa em milhares por microlitro de sangue. Morfológicas (Qualitativas): Referem-se à avaliação da morfologia dos leucócitos, incluindo sua forma e tamanho. Contagem Diferencial dos Leucócitos: Fornecem a proporção de diferentes tipos de leucócitos presentes no sangue, expressa em porcentagem. Proporção Leucocitária: A proporção leucocitária varia entre as espécies animais: Carnívoros: Tendem a ter uma relação neutrófilo:linfócito (N:L) maior que 1. Equinos: Geralmente apresentam uma relação neutrófilo:linfócito (N:L) próxima a 1. Ruminantes: Tendem a ter uma relação neutrófilo:linfócito (N:L) menor que 1. Granulopoiese: Liberação do Compartimento de Reserva: Após o estímulo, os leucócitos podem ser liberados do compartimento de reserva da medula óssea. Em carnívoros, que possuem uma maior reserva medular, esse processo pode ocorrer em um período de algumas horas. Aumento da Produção: A produção de novos leucócitos, particularmente granulócitos, aumenta em resposta a estímulos como inflamação, infecções bacterianas e outros processos patológicos. Esse aumento na produção geralmente ocorre dentro de 2 a 4 dias após o estímulo. Aparecimento das Novas Células no Sangue: As novas células produzidas na medula óssea começam a aparecer na circulação sanguínea aproximadamente 5 dias após o início do estímulo. Essas células podem ser qualitativamente diferentes das células maduras, refletindo a resposta adaptativa do organismo ao estímulo. Granulocinética: Pool Circulante: Os leucócitos circulantes compreendem apenas uma parte do total de leucócitos no organismo. O baço, os linfonodos e outros tecidos linfoides também podem ser locais importantes de produção e armazenamento de leucócitos. Produção Fetal e Pós-Natal: Durante o desenvolvimento fetal, a medula óssea é o principal local de produção de leucócitos. Após o nascimento, outros órgãos linfoides, como o baço e os linfonodos, também podem contribuir significativamente para a produção de leucócitos. Recirculação Constante: Os leucócitos circulam continuamente pelo corpo, migrando dos vasos sanguíneos para os tecidos e de volta para a circulação sanguínea por meio do sistema linfático. Isso contribui para a resposta imune e para a remoção de patógenos e células danificadas. Linfopoiese: A linfopoiese refere-se à produção e maturação de linfócitos na medula óssea e nos órgãos linfoides periféricos, como o timo e os tecidos linfoides associados ao intestino. Vários fatores podem influenciar a linfopoiese, incluindo a espécie e a idade do animal, o tipo celular predominante, variações circadianas e sazonais, condições fisiológicas e estímulos hormonais como o cortisol e a epinefrina. Fatores Influenciadores na Contagem de Leucócitos: Espécie e Idade do Animal: Diferentes espécies e faixas etárias podem apresentar variações normais na contagem de leucócitos devido a diferenças na resposta imune e no desenvolvimento. Tipo Celular Predominante:Dependendo do estímulo ou condição, certos tipos de leucócitos podem ser predominantemente afetados, levando a alterações na contagem total de leucócitos. Variação Circadiana e Sazonal: A contagem de leucócitos pode variar ao longo do dia ou de acordo com as estações do ano devido a ritmos circadianos ou influências sazonais. Condição Fisiológica: Fatores como gravidez, exercício físico intenso ou estresse podem influenciar temporariamente a contagem de leucócitos. Efeito do Cortisol ou Epinefrina: Hormônios como o cortisol (liberado em resposta ao estresse) e a epinefrina podem afetar a produção e liberação de leucócitos pela medula óssea. Leucocitose: Definição: A leucocitose é caracterizada por um aumento global no número de glóbulos brancos no sangue, podendo ser causada por diversos fatores. Artefatos e Falsa Leucocitose: É importante estar atento a possíveis artefatos que podem levar a uma interpretação errônea da leucocitose, como metarrubricitose e autoaglutinação de hemácias, especialmente ao utilizar contadores eletrônicos. Causas e Implicações: A leucocitose pode ser causada por condições como infecções, inflamação, neoplasias, entre outras, e sua presença pode indicar a presença de uma resposta imune ativa no organismo. Leucopenia: Definição: A leucopenia é caracterizada por uma redução no número total de glóbulos brancos no sangue, podendo ser um sinal de comprometimento do sistema imunológico ou de outros problemas de saúde. Causas: Alterações medulares. Alterações periféricas. Redistribuição. Agentes químicos e físicos: Quimioterápicos, antibióticos, estrógeno, radiação. Condições patológicas: Inflamação aguda (bovinos e equinos). Doenças virais. Neoplasias hematopoiéticas. Infecções bacterianas graves (endotoxemia, sepse). Leucopenia em Grandes Animais: Por que a inflamação aguda pode gerar leucopenia? Aumento do fibrinogênio. Inversão da proporção N:L em ruminantes. Migração maciça de leucócitos. Pequena reserva medular. Tipo celular predominante (linfócitos). Aumento: Neutrofilia. Eosinofilia. Basofilia. Linfocitose. Monocitose. Alterações quantitativas na contagem diferencial de leucócitos: Diminuição: Neutropenia. Eosinopenia. Basopenia? Linfopenia. Monocitopenia. Neutrófilos: Funções: Primeira linha de defesa. Fagocitose de bactérias, fungos, leveduras, parasitas e vírus. Citotoxicidade celular e enzimas proteolíticas. Neutropenia: Causas: Inflamação aguda (grandes animais). Infecções virais. Endotoxemia (marginação). Intoxicação/drogas. Leucemia de outras linhagens. Neutrofilia: Causas: Inflamação, infecção. Necrose tecidual. Estresse. Hiperadrenocorticismo. Leucemia granulocítica. Distúrbios imunomediados. Leucocitose por neutrofilia: Causas: Inflamação, infecção. Leucocitose fisiológica (epinefrina) - dor, medo, exercício. Leucograma de estresse (glicocorticoide) - hiperadrenocorticismo, corticoterapia, gestação. Relação entre compartimento marginal e circulante: Estresse Agudo (adrenalina): Leucocitose fisiológica. Linfócitos: Funções: Imunidade celular (linfócitos T) - rejeição tecidual, hipersensibilidade tardia, organismos intracelulares, neoplasias. Imunidade humoral (linfócitos B e plasmócitos). Causas de linfocitose: Estimulação antigênica. Vacinação. Doenças virais. Doenças imunomediadas.. Leucemias: linfocitose acentuada com linfócitos atípicos. Causas de linfopenia: Estresse crônico. Corticoterapia. Hiperadrenocorticismo. Doenças virais. Drogas/radiação. Ruptura de vasos linfáticos, quilotórax Eosinófilos: Funções: Processo inflamatório agudo não se vê eosinófilos. Resposta alérgica. Resposta contra parasitos. Vida média: 4 a 6 horas (1 hora no cão). Eosinofilia: Causas: Síndromes hipereosinofílicas. Mastocitoma. Linfoma de células T. Hipoadrenocorticismo. Leucemia eosinofílica (rara) Eosinopenia: Causas: Estresse crônico. Hiperadrenocorticismo. Corticoterapia. Inflamação e infecção agudas. Basófilos: Menor quantidade entre todas as células. Processos alérgicos (histamina). Grandes sangramentos podem causar basofilia devido à agregação plaquetária. Possuem fatores quimiotáticos para os eosinófilos. Basofilia: Associada à eosinofilia. Reações de hipersensibilidade. Parasitas. Monócitos: Transformação em macrófagos nos tecidos. Microrganismos intracelulares: fungos, vírus e certas bactérias. Filtração de toxinas e bactérias (fígado e pulmão). Inflamação. Liberação de enzimas, IL-1, complemento. Remoção de debris celulares. Monocitose: Causas: Inflamação aguda ou crônica. Necrose tecidual. Anemias hemolíticas. Doenças granulomatosas, supurativas, imunomediadas. Parasitas. Leucemias (leucemia mielomonocítica). Reação Leucemoide: Leucocitose acentuada (~> 60.000/uL) cão. Resposta inflamatória exacerbada. Infecções localizadas graves. Anemia hemolítica imunomediada. Normalmente associado a um desvio à esquerda. Alterações tóxicas. Alterações Morfológicas dos Neutrófilos: Basofilia citoplasmática. Granulações Tóxicas. Vacuolizações citoplasmáticas. Corpúsculos de Döhle. Núcleo em rosca. Neutrófilos Tóxicos: Principais causas: toxinas bacterianas, principalmente de gram-negativas. Corpúsculo de Dohle: Condensação de vários grânulos tóxicos. Inclusão citoplasmática oval, azul pálida. Quase sempre na periferia. Monócitos Ativados: Monócitos com vacúolos em seu interior. Geralmente associados a resposta a hemoparasitos. Inclusões citoplasmáticas. Observadas em hemácias e leucócitos. Patognôminico do vírus da cinomose. Inclusão de Lentz (Erlichia canis): Mórulas Citoplasma Leucócitos e plaquetas Classificação da Anemia: Mecanismo fisiopatológico. Valor do hematócrito. Grau de regeneração medular. Tamanho das hemácias. Teor de hemoglobina. Análise qualitativa celular (observações de lâmina). Tipos de Anemia: Hemorrágicas. Hemolíticas. Hipoproliferativas. Anemia Regenerativa: Retorna ao normal. Anemia Arregenerativa: Repetir o hematócrito. Permanece elevado. Policitemia: Permanece elevado. Retorna ao normal. Hemogasometria hipóxia: Policitemia absoluta (secundária a hipóxia). Função renal: Neoplasia renal: Policitemia absoluta (secundária a EPO). EPO normal, sem causa detectável: Policitemia primária. PlaquetogramaPlaquetograma Plaquetas ou Trombócitos Definição: São fragmentos citoplasmáticos de megacariócitos. Funções: Formação de coágulos (homeostasia 1ª) Manter a integridade vascular Modular a resposta inflamatória Promover a cicatrização de feridas Função fagocítica em répteis e aves Trombocitopoiese: Cada megacariócito origina em média 8.000 plaquetas. Fatores estimulantes incluem: Fator estimulante de colônia megacariocítica, Fator estimulante da trombocitose, Trombopoietina e Interleucina 3. Alterações Numéricas das Plaquetas: Trombocitopenia: contagem abaixo do limite inferior de normalidade. Trombocitose: contagem acima do limite superior de normalidade. Valores de referência: Cães: 200-500.000 plaquetas/µL Gatos: 300-800.000 plaquetas/µL A trombocitopenia é a alteração mais comum. Mecanismos Fisiopatológicos da Trombocitopenia: Diminuição da produção medular.1. Destruição intra ou extra vascular.2. Consumo.3. Sequestro esplênico.4. Suspeita de Trombocitopenia e Trombocitopenia Pseudotrombocitopenia Trombocitopenias podem ser mascaradas pelo estresse transitório, especialmente em cães e equinos, associado à contração esplênica. O baço armazena uma parte significativa das plaquetas circulantes. Suspeite de pseudotrombocitopenia quando: Há possibilidade de coagulação in vitro. A coleta foi inadequada. A trombocitopenia é isolada, sem alterações clínicas ou laboratoriais associadas. Sinais clínicos incluem: Epistaxe. Sangramentos mucocutâneos, como petéquias, púrpuras e equimoses. Hemorragias graves espontâneas (raro em gatos). Possíveis causas de trombocitopenia incluem: Diminuição da produção medular, associada a condições como hipoplasia/aplasia de medula, intoxicação medicamentosa, doenças infecciosas, mielofibrose e reações imunomediadas. Aumento da destruição, como na trombocitopenia imunomediada,radiação ou administração de heparina. Aumento do consumo, relacionado a alterações do endotélio vascular, doenças inflamatórias, infecciosas e autoimunes, além da coagulação intravascular disseminada (CID). Sequestro esplênico de plaquetas, geralmente causado por esplenomegalia. Outras causas incluem torção esplênica e esplenomegalia por estase. É importante diferenciar entre perdas agudas ou crônicas de sangue e trombocitopenia verdadeira. A morfologia das plaquetas pode fornecer pistas diagnósticas, como a presença de macroplaquetas ou microplaquetas predominantes. A trombocitopenia não é necessariamente indicativa de erliquiose em cães. Pseudotrombocitopenia é uma causa comum de trombocitopenia em gatos. Trombocitose (Plaquetose) A trombocitose, caracterizada pelo aumento do número de plaquetas no sangue, pode ser de natureza primária ou secundária. Primária: É uma condição rara e está associada à proliferação neoplásica dos precursores de plaquetas. Secundária (reativa): Redução do "clearance" esplênico: Nesse caso, há uma diminuição na capacidade do baço de remover plaquetas da circulação sanguínea. Anemias regenerativas: Estímulos inespecíficos, como a regeneração da medula óssea em resposta a perdas sanguíneas, podem levar à trombocitose. Processos inflamatórios crônicos/agudos: Inflamações agudas ou crônicas podem desencadear uma resposta de trombocitose. As alterações morfológicas das plaquetas são importantes para entender a causa subjacente da trombocitose: Macroplaquetas: Indicam uma trombocitopoese ativa, sugerindo uma resposta à demanda aumentada por plaquetas. Microplaquetas: Podem indicar processos imunomediados. Agregados: Sua presença está frequentemente associada a erros pré- analíticos durante a coleta ou processamento da amostra. Além disso, é importante considerar as possíveis alterações funcionais das plaquetas. Trombocitopatias: Congênitas: São raras e geralmente envolvem defeitos genéticos na função plaquetária. Ação infecciosa: Algumas infecções, como a erliquiose, podem desencadear uma resposta de trombocitose. Drogas: O uso de certos medicamentos, como aspirina, pode levar à trombocitose. Acidentes ofídicos, uremia, doença hepática e neoplasias: Essas condições médicas também podem causar trombocitose como parte de sua fisiopatologia. Introdução: As efusões cavitárias são observadas com frequência na prática veterinária e são formadas pelo ultrafiltrado do sangue. Podem ocorrer em diversas cavidades corporais, como craniana, torácica (pleural e pericárdica), abdominal e pélvica. Formação e Composição: Os líquidos cavitários são constituídos principalmente por água, eletrólitos e uma pequena quantidade de proteínas. Sua cor pode variar, sendo transparente em carnívoros e amarelada em herbívoros devido ao caroteno. A quantidade de líquido cavitário é pequena e constitui uma substância fluida, serosa, passível de ser drenada. As causas e os tipos de efusões são diversas, incluindo trauma, neoplasia, distúrbios cardiovasculares, metabólicos, infecciosos e inflamatórios. As efusões não são consideradas doenças, mas sim sinais clínicos de doenças subjacentes que interferem no mecanismo de produção e remoção de fluidos. Classificação das Efusões: As efusões cavitárias são classificadas em três categorias: transudatos simples, transudatos modificados e exsudatos. A classificação é baseada em parâmetros como coloração, concentração de proteínas, densidade e quantidade celular predominante. Fisiologia dos Líquidos no Organismo: Existem diversos tipos de líquidos transcelulares presentes em cavidades revestidas por mesotélio ou epitélio, como pericárdio, intraocular, fluido cérebro-espinhal, líquido sinovial e bile. Eles são compostos por água, eletrólitos e uma pequena quantidade de proteínas. Formação dos Líquidos Cavitários: Os líquidos cavitários podem se formar por diferentes motivos, incluindo exsudato (reação inflamatória intensa), efusão quilosa (drenagem diminuída por aumento da pressão), efusão hemorrágica (lesão de vasos sanguíneos), transudato (aumento da pressão hidráulica vascular) e exsudato (presença de conteúdos alimentares, biliares ou urinários). Análise e Diagnóstico: A análise citológica, bioquímica e física dos líquidos cavitários é crucial para identificar a provável etiologia. Os parâmetros avaliados incluem cor, concentração de proteínas, densidade, quantidade celular e pH. Outros tipos de efusões incluem uroperitônio (urina na cavidade abdominal), peritonite biliar, peritonite infecciosa felina, efusão por doença cardíaca, efusão inflamatória, quilosa, neoplásica e infecciosa. Coleta e Análise de Fluidos Cavitários: A coleta de fluidos abdominais e torácicos é realizada por meio de abdominocentese ou paracentese, e a análise envolve avaliação macroscópica, citológica, bioquímica e física. Os métodos incluem refratômetro, provas químicas e análise citológica Análise de Líquidos CavitáriosAnálise de Líquidos Cavitários
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