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EXAMES COMPLEMENTARES

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EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES
EritrócitosEritrócitos
Mamíferos: anucleadas, bicôncavas e sem
organelas. 
Aves, Répteis, anfíbios e peixes: nucleadas.
Composição:
61% de água. 
32% de proteína (hemoglobina). 
7% de carboidratos. 
0,4% de lipídios.
hemácias devem ser avaliadas quantohemácias devem ser avaliadas quanto
Formato: As hemácias podem variar em
formato dependendo da espécie e de possíveis
condições de saúde. Em mamíferos, as hemácias
são geralmente redondas e bicôncavas, mas
podem apresentar variações em diferentes
espécies.
Tamanho: O tamanho das hemácias também
pode variar entre as espécies e pode ser
avaliado através do Volume Globular Médio
(VGM) ou Volume Corpuscular Médio (VCM).
Coloração: A coloração das hemácias pode ser
avaliada através da Concentração de
Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM). Isso
pode indicar se as hemácias são
normocrômicas, hipocrômicas ou
hipercrômicas.
Alterações Morfológicas e Corpúsculos de
Inclusão: Corpúsculos de Heinz:
São estruturas redondas que se formam na
membrana interna das hemácias devido à
oxidação da hemoglobina.
Gatos: Em gatos, os corpúsculos de Heinz
não estão diretamente relacionados com
anemia e são encontrados em cerca de 5%
dos casos.
Cães: Nos cães, a presença de corpúsculos
de Heinz está associada a anemias
hemolíticas, mas não é esperada em animais
saudáveis.
Esquistócitos: São fragmentos de hemácias com
formatos diversos, causados por deterioração
mecânica. Em situações de saúde, eles podem
não ser importantes, mas em casos de CID
(Coagulação Intravascular Disseminada) ou
anormalidades microvasculares, sua presença
pode ser significativa.
Reticulócitos: São jovens glóbulos vermelhos
que indicam uma resposta da medula óssea à
intensidade da anemia. Em cães, sua presença é
inferior a 1,5%, enquanto em gatos é rara.
Ruminantes raramente apresentam
reticulócitos, e em equinos eles não são
observados.
Agregados: jovens/ recente (12 horas)
Ponteados: tempo já passou (10 dias),
felinos.
Eliptócitos ou Ovalócitos: São hemácias com
formato alongado devido à membrana delgada.
Em camelídeos, isso é considerado normal, mas
em outras espécies pode indicar anemias
hemolíticas.
Esferócitos: São hemácias que perderam o
formato bicôncavo devido à perda de
membrana. São comuns em situações de AHIM
(Anemia Hemolítica Imediata e Maciça).
Dacriócitos: São hemácias com formato de
lágrima devido ao estiramento da membrana.
Podem ser observados em casos de anemias
hemolíticas e fibrose medular
Células em Alvo (Codócitos): Apresentam
excesso de membrana, formando um anel
central claro. São associadas a doenças
hepáticas.
Hemácias Crenadas: Apresentam projeções
múltiplas na membrana. Podem estar presentes
em casos de glomerulopatias, envenenamento
crotálico, queimaduras graves, picadas de
abelha, depleção de eletrólitos, gastroenterites
em cães e cólica em equinos. A coleta
inadequada de sangue, com uso excessivo de
EDTA ou sangue envelhecido, também pode
levar à formação de hemácias crenadas.
Acantócitos: São hemácias com protuberâncias
múltiplas. Estão associados a alterações na
composição de colesterol e fosfolipídios,
alterações hepáticas e hemangiossarcomas. São
mais comuns em cães e gatos.
Corpúsculo de Lentz: Causado pelo efeito
citopático do vírus da cinomose, é uma inclusão
eosinofílica presente também em leucócitos.
Roleaux Eritrocitário: Refere-se à aglomeração
das hemácias em pilhas, perdendo a capacidade
de repulsão. Pode ocorrer em situações de
doenças infeciosas e inflamatórias. Em equinos,
é considerado fisiológico, enquanto em búfalos
e felinos há uma tendência em formar o roleaux
eritrocitário.
Pontilhado Basofílico: Refere-se a pequenas
inclusões basofílicas nas hemácias. Pode ser
observado em casos de deseritropoiese,
plumbismo e durante a regeneração
eritrocitária em ruminantes.
Aglutinação de Hemácias: Consiste na formação
de grumos de hemácias, observados em casos
de AHIM e transfusões incompatíveis. Erros
pré-analíticos, como demora na coleta do
material ou homogeneização inadequada,
também podem levar à aglutinação das
hemácias.
ANEMIA NÃO É DIAGNÓSTICO. É uma
condição clínico-hematológica caracterizada
pela diminuição do número de eritrócitos e/ou
dos níveis de hemoglobina no sangue, podendo
ou não estar acompanhada de redução do
hematócrito.
Suspeita de Anemia Mascarada por
Desidratação: Em alguns casos, a anemia
pode estar mascarada pela desidratação,
especialmente quando há sinais de
regeneração sem anemia, desidratação
clínica, hiperproteinemia e valores
próximos ao limite inferior.
Anemia Falsa por Hemodiluição: Pode
ocorrer em situações como gestação,
lactação, filhotes e fluidoterapia
desbalanceada.
Fatores Fisiológicos Relacionados ao Animal
que Influenciam no Eritrograma: Idade (jovens
têm maior atividade hematopoiética), sexo
(machos geralmente têm maiores valores
eritrocitários), altitude (pode aumentar os
valores eritrocitários), raça (cavalos sanguíneos
versus cavalos linfáticos), exercício (contração
esplênica) e estado fisiológico (gestação e
lactação).
Etiologias Comuns de Anemia: Podem ser de
origem infecciosa (como mycoplasmose,
leptospirose, leishmaniose, erliquiose,
babesiose e Anemia Infecciosa Equina - AIE),
traumática (acidentes automobilísticos,
cirurgias cruentas), ou oncogênica (leucemia
associada ao vírus da FELV,
hemangiossarcomas).
Sinais Clínicos de Anemia: Incluem palidez de
mucosas e órgãos, cianose, letargia, fraqueza,
intolerância ao exercício, síncope, taquipneia e
taquicardia.
Classificação da Anemia: Pode ser feita levando
em consideração vários aspectos, como o
mecanismo fisiopatológico, valor do
hematócrito, grau de regeneração medular,
tamanho das hemácias, teor de hemoglobina e
análise qualitativa celular.
ANEMIASANEMIAS
Valor do Hematócrito ou Volume Globular
Grau de regeneração medular
Regenerativa:
Perda de sangue:
Pico de resposta: 2-3 dias
Manifestações:
Reticulocitose
Anisocitose (RDW)
Policromasia
Metarrubricítos
Howell-Jolly
Anemia por perda aguda de sangue:
Fase Aguda:
Perda de células e plasma
Horas após: normocítica/crômica e
hipoproteinemia
Após 24-48h:
Macrocítica e hipocrômica
(reticulocitose)
Quadros Hemolíticos:
Primária:
Idiopáticas ou autoimunes (Cocker
Spaniel, Old English Sheepdog)
Secundária:
Doenças infecciosas, pós-vacinais,
drogas
Alterações Comuns:
Hiperproteinemia/globulinemia
Esferocitose
Leucocitose e neutrofilia
Trombocitopenia
Podem Ser Arregenerativas:
Hemólise aguda
Mycoplasmose + FIV/FELV
AHIM - precursores eritróides
Arregenerativa:
Para ter certeza, excluir processos agudos
como:
Doença inflamatória crônica
DRC (Doença Renal Crônica)
Alterações medulares
Distúrbios endócrinos/nutricionais
Condições Específicas:
Discretas a moderadas
Deficiência de eritropoietina
Hipoplasia/aplasia eritroide ou total
Mielofibrose
Síndromes mielodisplásicas
Hipoadrenocorticismo/tireoidismo
Anorexia, dieta pobre, má absorção ou
perdas
Tamanho das Hemácias e Coloração:
Volume Corpuscular Médio (VCM):
Macrocítica
Normocítica
Microcítica
Concentração de Hemoglobina Corpuscular
Média (CHCM):
Hipercrômica
Normocrômica
Hipocrômica
Policitemia(eritrocitose)Policitemia(eritrocitose)
Definição de Policitemia:
A policitemia é uma condição caracterizada pela
elevação da contagem de hemácias, do
hematócrito e da concentração de hemoglobina
no sangue. Isso pode ocorrer por aumento na
produção de células vermelhas, diminuição do
volume plasmático ou uma combinação de
ambos.
Classificação Simplificada:
Policitemia Falsa (Relativa):
Neste tipo de policitemia, não há uma
verdadeira elevação dos índices
eritrocitários. Em vez disso, ocorre
hemoconcentração devido a fatores
como desidratação ou contração
esplênica.
A hemoconcentração pode ser causada
por desidratação devido a condições
como vômitos, diarreia ou falta de
ingestão adequada de líquidos. A
contração esplênica pode ocorrer em
resposta a estímulos como o estresse,
resultando na liberação de células
vermelhas armazenadas no baço.
Além disso, pode haver um aumento dasproteínas no plasma sanguíneo, como
ocorre em condições de inflamação.
Os leucócitos e plaquetas geralmente
permanecem dentro dos limites
normais.
Policitemia Verdadeira (Absoluta):
Neste tipo de policitemia, há uma
verdadeira elevação dos índices
eritrocitários, resultando em aumento
do número de hemácias circulantes.
Pode ser classificada como primária ou
secundária:
Policitemia Primária: Também
conhecida como policitemia vera, é
uma condição caracterizada pelo
aumento anormal da produção de
células vermelhas pela medula
óssea, muitas vezes associada a uma 
mutação genética. Nesses casos, o baço
frequentemente apresenta aumento de
tamanho
Policitemia Secundária: Resulta de
um estímulo para a produção de
células vermelhas, como hipóxia
(baixos níveis de oxigênio no
sangue), que pode ocorrer em
condições como doença pulmonar
crônica, doença cardíaca congênita,
alta altitude, tumores produtores de
eritropoietina (EPO), entre outras.
Sinais Clínicos da Policitemia:
Os sinais clínicos da policitemia incluem:
Cianose, devido à hipóxia causada pela
diminuição da eficiência do transporte
de oxigênio.
Membranas mucosas hiperêmicas,
resultantes do aumento da
concentração de hemoglobina no
sangue.
Sinais secundários às complicações da
trombose, que podem incluir
hematêmese (vômito de sangue),
epistaxe (sangramento nasal),
hematoquezia (sangue nas fezes) e
hematúria (sangue na urina).
Poliúria (produção aumentada de urina),
polidipsia (sede excessiva) e distúrbios
do sistema nervoso central, que podem
ocorrer devido à hiperviscosidade
sanguínea.
Valores de Hematócrito Compatíveis:
O hematócrito é um indicador importante
da concentração de células vermelhas no
sangue. Valores elevados de hematócrito
estão associados à policitemia. Os valores de
hematócrito compatíveis com policitemia
incluem:
Um volume globular acima de 50%
torna o sangue mais viscoso,
dificultando o transporte de oxigênio.
Hematócrito MAIOR que 60% é
considerado sugestivo de policitemia.
Hematócrito acima de 65% pode levar à
hiperviscosidade sanguínea, diminuição
da perfusão e comprometimento da
oxigenação tecidual.
Quando o hematócrito atinge 70%, há
forte suspeita de policitemia primária.
Erros de Coleta e Processamento:
Alguns erros de coleta e processamento
podem levar a resultados falsamente
elevados de hematócrito, mimetizando a
policitemia:
Homogeneização inadequada da
amostra pode resultar em medição de
uma amostra concentrada, levando a
resultados falsamente elevados.
Em equinos, a sedimentação rápida das
células vermelhas pode levar a
resultados de hematócrito falsamente
elevados.
O preenchimento excessivo do tubo
capilar do microhematócrito pode
dificultar a concentração da amostra,
resultando em valores de hematócrito
artificialmente elevados.
Resposta leucocitáriaResposta leucocitária
Leucócitos:
Os leucócitos, também conhecidos como
glóbulos brancos, são células do sistema
imunológico responsáveis por proteger o
organismo contra infecções e outras doenças.
Eles estão constantemente passando por
alterações numéricas e/ou morfológicas em
resposta a diferentes condições e estímulos no
ambiente interno e externo do organismo.
Alterações nos Leucócitos:
As alterações nos leucócitos podem ser
causadas por uma variedade de
condições, incluindo doenças
inflamatórias, parasitárias, bacterianas,
neoplásicas e alérgicas. Essas condições
podem afetar a produção, liberação,
transporte, migração (diapedese) e
consumo/destruição dos leucócitos.
Avaliação do Estresse Agudo e Crônico:
Os leucócitos são úteis na avaliação do
estresse agudo e crônico no organismo,
além de ajudarem a identificar
condições como leucopenia pós-
prandial, que ocorre após a alimentação
Fármacos Mais Prescritos em Medicina
Veterinária:
Os fármacos mais prescritos em medicina
veterinária incluem anti-inflamatórios,
antiparasitários e antimicrobianos, os quais
podem afetar a contagem e a função dos
leucócitos.
Ciclo de Vida dos Leucócitos:
Produção: Os leucócitos são produzidos na
medula óssea a partir de células-tronco
hematopoiéticas.
1.
Liberação: Após a maturação, os leucócitos
são liberados na corrente sanguínea.
2.
Transporte: Os leucócitos são transportados
pelo sangue para os tecidos periféricos.
3.
Migração (Diapedese): Eles migram dos
vasos sanguíneos para os tecidos,
atravessando a parede dos capilares em um
processo chamado diapedese.
4.
Consumo/Destruição: Uma vez nos tecidos,
os leucócitos podem ser consumidos
durante a resposta imune ou destruídos
após cumprir sua função.
5.
Especificidades do Leucograma:
Inflamação Aguda e Infecções Bacterianas:
Geralmente resultam em um estímulo
neutrofílico, levando ao aumento do
número de neutrófilos circulantes.
Doenças Parasitárias e Alérgicas: Podem
causar um estímulo eosinofílico, resultando
em um aumento do número de eosinófilos
no sangue periférico.
Infecções Virais: Podem causar um aumento
ou redução no número de linfócitos,
dependendo da fase da infecção e da
resposta imune do organismo.
Interpretação do Leucograma:
Numéricas (Quantitativas): Incluem a
contagem global dos leucócitos, expressa
em milhares por microlitro de sangue.
Morfológicas (Qualitativas): Referem-se à
avaliação da morfologia dos leucócitos,
incluindo sua forma e tamanho.
Contagem Diferencial dos Leucócitos:
Fornecem a proporção de diferentes tipos
de leucócitos presentes no sangue, expressa
em porcentagem.
Proporção Leucocitária:
A proporção leucocitária varia entre as
espécies animais:
Carnívoros: Tendem a ter uma relação
neutrófilo:linfócito (N:L) maior que 1.
Equinos: Geralmente apresentam uma
relação neutrófilo:linfócito (N:L)
próxima a 1.
Ruminantes: Tendem a ter uma relação
neutrófilo:linfócito (N:L) menor que 1.
Granulopoiese:
Liberação do Compartimento de Reserva:
Após o estímulo, os leucócitos podem ser
liberados do compartimento de reserva da
medula óssea. Em carnívoros, que possuem
uma maior reserva medular, esse processo
pode ocorrer em um período de algumas
horas.
Aumento da Produção: A produção de novos
leucócitos, particularmente granulócitos,
aumenta em resposta a estímulos como
inflamação, infecções bacterianas e outros
processos patológicos. Esse aumento na
produção geralmente ocorre dentro de 2 a 4
dias após o estímulo.
Aparecimento das Novas Células no Sangue:
As novas células produzidas na medula
óssea começam a aparecer na circulação
sanguínea aproximadamente 5 dias após o
início do estímulo. Essas células podem ser
qualitativamente diferentes das células
maduras, refletindo a resposta adaptativa
do organismo ao estímulo.
Granulocinética:
Pool Circulante: Os leucócitos circulantes
compreendem apenas uma parte do total de
leucócitos no organismo. O baço, os
linfonodos e outros tecidos linfoides
também podem ser locais importantes de
produção e armazenamento de leucócitos.
Produção Fetal e Pós-Natal: Durante o
desenvolvimento fetal, a medula óssea é o
principal local de produção de leucócitos.
Após o nascimento, outros órgãos linfoides,
como o baço e os linfonodos, também
podem contribuir significativamente para a
produção de leucócitos.
Recirculação Constante: Os leucócitos
circulam continuamente pelo corpo,
migrando dos vasos sanguíneos para os
tecidos e de volta para a circulação
sanguínea por meio do sistema linfático.
Isso contribui para a resposta imune e para
a remoção de patógenos e células
danificadas.
Linfopoiese:
A linfopoiese refere-se à produção e
maturação de linfócitos na medula óssea e
nos órgãos linfoides periféricos, como o
timo e os tecidos linfoides associados ao
intestino.
Vários fatores podem influenciar a
linfopoiese, incluindo a espécie e a idade do
animal, o tipo celular predominante,
variações circadianas e sazonais, condições
fisiológicas e estímulos hormonais como o
cortisol e a epinefrina.
Fatores Influenciadores na Contagem de
Leucócitos:
Espécie e Idade do Animal: Diferentes
espécies e faixas etárias podem apresentar
variações normais na contagem de
leucócitos devido a diferenças na resposta
imune e no desenvolvimento.
Tipo Celular Predominante:Dependendo do
estímulo ou condição, certos tipos de
leucócitos podem ser predominantemente
afetados, levando a alterações na contagem
total de leucócitos.
Variação Circadiana e Sazonal: A contagem
de leucócitos pode variar ao longo do dia ou
de acordo com as estações do ano devido a
ritmos circadianos ou influências sazonais.
Condição Fisiológica: Fatores como
gravidez, exercício físico intenso ou
estresse podem influenciar
temporariamente a contagem de leucócitos.
Efeito do Cortisol ou Epinefrina: Hormônios
como o cortisol (liberado em resposta ao
estresse) e a epinefrina podem afetar a
produção e liberação de leucócitos pela
medula óssea.
Leucocitose:
Definição: A leucocitose é caracterizada por
um aumento global no número de glóbulos
brancos no sangue, podendo ser causada
por diversos fatores.
Artefatos e Falsa Leucocitose: É importante
estar atento a possíveis artefatos que
podem levar a uma interpretação errônea
da leucocitose, como metarrubricitose e
autoaglutinação de hemácias,
especialmente ao utilizar contadores
eletrônicos.
Causas e Implicações: A leucocitose pode
ser causada por condições como infecções,
inflamação, neoplasias, entre outras, e sua
presença pode indicar a presença de uma
resposta imune ativa no organismo.
Leucopenia:
Definição: A leucopenia é caracterizada por
uma redução no número total de glóbulos
brancos no sangue, podendo ser um sinal de
comprometimento do sistema imunológico
ou de outros problemas de saúde.
Causas:
Alterações medulares.
Alterações periféricas.
Redistribuição.
Agentes químicos e físicos:
Quimioterápicos, antibióticos,
estrógeno, radiação.
Condições patológicas:
Inflamação aguda (bovinos e equinos).
Doenças virais.
Neoplasias hematopoiéticas.
Infecções bacterianas graves
(endotoxemia, sepse).
Leucopenia em Grandes Animais:
Por que a inflamação aguda pode gerar
leucopenia?
Aumento do fibrinogênio.
Inversão da proporção N:L em ruminantes.
Migração maciça de leucócitos.
Pequena reserva medular.
Tipo celular predominante (linfócitos).
Aumento:
Neutrofilia.
Eosinofilia.
Basofilia.
Linfocitose.
Monocitose.
Alterações quantitativas na contagem
diferencial de leucócitos:
Diminuição:
Neutropenia.
Eosinopenia.
Basopenia?
Linfopenia.
Monocitopenia.
Neutrófilos:
Funções:
Primeira linha de defesa.
Fagocitose de bactérias, fungos,
leveduras, parasitas e vírus.
Citotoxicidade celular e enzimas
proteolíticas.
Neutropenia:
Causas:
Inflamação aguda (grandes animais).
Infecções virais.
Endotoxemia (marginação).
Intoxicação/drogas.
Leucemia de outras linhagens.
Neutrofilia:
Causas:
Inflamação, infecção.
Necrose tecidual.
Estresse.
Hiperadrenocorticismo.
Leucemia granulocítica.
Distúrbios imunomediados.
Leucocitose por neutrofilia:
Causas:
Inflamação, infecção.
Leucocitose fisiológica (epinefrina) -
dor, medo, exercício.
Leucograma de estresse
(glicocorticoide) -
hiperadrenocorticismo, corticoterapia,
gestação.
Relação entre compartimento marginal e
circulante:
Estresse Agudo (adrenalina): Leucocitose
fisiológica.
Linfócitos:
Funções:
Imunidade celular (linfócitos T) -
rejeição tecidual, hipersensibilidade
tardia, organismos intracelulares,
neoplasias.
Imunidade humoral (linfócitos B e
plasmócitos).
Causas de linfocitose:
Estimulação antigênica.
Vacinação.
Doenças virais.
Doenças imunomediadas..
Leucemias: linfocitose acentuada com
linfócitos atípicos.
Causas de linfopenia:
Estresse crônico.
Corticoterapia.
Hiperadrenocorticismo.
Doenças virais.
Drogas/radiação.
Ruptura de vasos linfáticos, quilotórax
Eosinófilos:
Funções:
Processo inflamatório agudo não se vê
eosinófilos.
Resposta alérgica.
Resposta contra parasitos.
Vida média: 4 a 6 horas (1 hora no cão).
Eosinofilia:
Causas:
Síndromes hipereosinofílicas.
Mastocitoma.
Linfoma de células T.
Hipoadrenocorticismo.
Leucemia eosinofílica (rara)
Eosinopenia:
Causas:
Estresse crônico.
Hiperadrenocorticismo.
Corticoterapia.
Inflamação e infecção agudas.
Basófilos:
Menor quantidade entre todas as células.
Processos alérgicos (histamina).
Grandes sangramentos podem causar
basofilia devido à agregação plaquetária.
Possuem fatores quimiotáticos para os
eosinófilos.
Basofilia:
Associada à eosinofilia.
Reações de hipersensibilidade.
Parasitas.
Monócitos:
Transformação em macrófagos nos tecidos.
Microrganismos intracelulares: fungos,
vírus e certas bactérias.
Filtração de toxinas e bactérias (fígado e
pulmão).
Inflamação.
Liberação de enzimas, IL-1, complemento.
Remoção de debris celulares.
Monocitose:
Causas:
Inflamação aguda ou crônica.
Necrose tecidual.
Anemias hemolíticas.
Doenças granulomatosas, supurativas,
imunomediadas.
Parasitas.
Leucemias (leucemia mielomonocítica).
Reação Leucemoide:
Leucocitose acentuada (~> 60.000/uL) cão.
Resposta inflamatória exacerbada.
Infecções localizadas graves.
Anemia hemolítica imunomediada.
Normalmente associado a um desvio à
esquerda.
Alterações tóxicas.
Alterações Morfológicas dos Neutrófilos:
Basofilia citoplasmática.
Granulações Tóxicas.
Vacuolizações citoplasmáticas.
Corpúsculos de Döhle.
Núcleo em rosca.
Neutrófilos Tóxicos:
Principais causas: toxinas bacterianas,
principalmente de gram-negativas.
Corpúsculo de Dohle:
Condensação de vários grânulos tóxicos.
Inclusão citoplasmática oval, azul pálida.
Quase sempre na periferia.
Monócitos Ativados:
Monócitos com vacúolos em seu interior.
Geralmente associados a resposta a
hemoparasitos.
Inclusões citoplasmáticas.
Observadas em hemácias e leucócitos.
Patognôminico do vírus da cinomose.
Inclusão de Lentz (Erlichia canis):
Mórulas
Citoplasma
Leucócitos e plaquetas
Classificação da Anemia:
Mecanismo fisiopatológico.
Valor do hematócrito.
Grau de regeneração medular.
Tamanho das hemácias.
Teor de hemoglobina.
Análise qualitativa celular (observações de
lâmina).
Tipos de Anemia:
Hemorrágicas.
Hemolíticas.
Hipoproliferativas.
Anemia Regenerativa:
Retorna ao normal.
Anemia Arregenerativa:
Repetir o hematócrito.
Permanece elevado.
Policitemia:
Permanece elevado.
Retorna ao normal.
Hemogasometria hipóxia: Policitemia
absoluta (secundária a hipóxia).
Função renal: Neoplasia renal: Policitemia
absoluta (secundária a EPO).
EPO normal, sem causa detectável:
Policitemia primária.
PlaquetogramaPlaquetograma
Plaquetas ou Trombócitos
Definição:
São fragmentos citoplasmáticos de
megacariócitos.
Funções:
Formação de coágulos (homeostasia 1ª)
Manter a integridade vascular
Modular a resposta inflamatória
Promover a cicatrização de feridas
Função fagocítica em répteis e aves
Trombocitopoiese:
Cada megacariócito origina em média 8.000
plaquetas.
Fatores estimulantes incluem: Fator
estimulante de colônia megacariocítica,
Fator estimulante da trombocitose,
Trombopoietina e Interleucina 3.
Alterações Numéricas das Plaquetas:
Trombocitopenia: contagem abaixo do
limite inferior de normalidade.
Trombocitose: contagem acima do limite
superior de normalidade.
Valores de referência:
Cães: 200-500.000 plaquetas/µL
Gatos: 300-800.000 plaquetas/µL
A trombocitopenia é a alteração mais
comum.
Mecanismos Fisiopatológicos da
Trombocitopenia:
Diminuição da produção medular.1.
Destruição intra ou extra vascular.2.
Consumo.3.
Sequestro esplênico.4.
Suspeita de Trombocitopenia e
Trombocitopenia Pseudotrombocitopenia
Trombocitopenias podem ser mascaradas
pelo estresse transitório, especialmente em
cães e equinos, associado à contração
esplênica.
O baço armazena uma parte significativa
das plaquetas circulantes.
Suspeite de pseudotrombocitopenia
quando:
Há possibilidade de coagulação in vitro.
A coleta foi inadequada.
A trombocitopenia é isolada, sem
alterações clínicas ou laboratoriais
associadas.
Sinais clínicos incluem:
Epistaxe.
Sangramentos mucocutâneos, como
petéquias, púrpuras e equimoses.
Hemorragias graves espontâneas (raro
em gatos).
Possíveis causas de trombocitopenia
incluem:
Diminuição da produção medular,
associada a condições como
hipoplasia/aplasia de medula,
intoxicação medicamentosa, doenças
infecciosas, mielofibrose e reações
imunomediadas.
Aumento da destruição, como na
trombocitopenia imunomediada,radiação ou administração de heparina.
Aumento do consumo, relacionado a
alterações do endotélio vascular,
doenças inflamatórias, infecciosas e
autoimunes, além da coagulação
intravascular disseminada (CID).
Sequestro esplênico de plaquetas,
geralmente causado por
esplenomegalia.
Outras causas incluem torção esplênica e
esplenomegalia por estase.
É importante diferenciar entre perdas
agudas ou crônicas de sangue e
trombocitopenia verdadeira.
A morfologia das plaquetas pode fornecer
pistas diagnósticas, como a presença de
macroplaquetas ou microplaquetas
predominantes.
A trombocitopenia não é necessariamente
indicativa de erliquiose em cães.
Pseudotrombocitopenia é uma causa
comum de trombocitopenia em gatos.
Trombocitose (Plaquetose)
A trombocitose, caracterizada pelo aumento do
número de plaquetas no sangue, pode ser de
natureza primária ou secundária.
Primária: É uma condição rara e está
associada à proliferação neoplásica dos
precursores de plaquetas.
Secundária (reativa):
Redução do "clearance" esplênico: Nesse
caso, há uma diminuição na capacidade
do baço de remover plaquetas da
circulação sanguínea.
Anemias regenerativas: Estímulos
inespecíficos, como a regeneração da
medula óssea em resposta a perdas 
sanguíneas, podem levar à trombocitose.
Processos inflamatórios crônicos/agudos:
Inflamações agudas ou crônicas podem
desencadear uma resposta de trombocitose.
As alterações morfológicas das plaquetas são
importantes para entender a causa subjacente
da trombocitose:
Macroplaquetas: Indicam uma
trombocitopoese ativa, sugerindo uma
resposta à demanda aumentada por
plaquetas.
Microplaquetas: Podem indicar processos
imunomediados.
Agregados: Sua presença está
frequentemente associada a erros pré-
analíticos durante a coleta ou
processamento da amostra.
Além disso, é importante considerar as
possíveis alterações funcionais das plaquetas.
Trombocitopatias:
Congênitas: São raras e geralmente
envolvem defeitos genéticos na função
plaquetária.
Ação infecciosa: Algumas infecções, como a
erliquiose, podem desencadear uma
resposta de trombocitose.
Drogas: O uso de certos medicamentos,
como aspirina, pode levar à trombocitose.
Acidentes ofídicos, uremia, doença hepática
e neoplasias: Essas condições médicas
também podem causar trombocitose como
parte de sua fisiopatologia.
Introdução: As efusões cavitárias são
observadas com frequência na prática
veterinária e são formadas pelo ultrafiltrado do
sangue. Podem ocorrer em diversas cavidades
corporais, como craniana, torácica (pleural e
pericárdica), abdominal e pélvica.
Formação e Composição: Os líquidos cavitários
são constituídos principalmente por água,
eletrólitos e uma pequena quantidade de
proteínas. Sua cor pode variar, sendo
transparente em carnívoros e amarelada em
herbívoros devido ao caroteno. A quantidade de
líquido cavitário é pequena e constitui uma
substância fluida, serosa, passível de ser
drenada. As causas e os tipos de efusões são
diversas, incluindo trauma, neoplasia,
distúrbios cardiovasculares, metabólicos,
infecciosos e inflamatórios. As efusões não são
consideradas doenças, mas sim sinais clínicos
de doenças subjacentes que interferem no
mecanismo de produção e remoção de fluidos.
Classificação das Efusões: As efusões cavitárias
são classificadas em três categorias:
transudatos simples, transudatos modificados e
exsudatos. A classificação é baseada em
parâmetros como coloração, concentração de
proteínas, densidade e quantidade celular
predominante.
Fisiologia dos Líquidos no Organismo: Existem
diversos tipos de líquidos transcelulares
presentes em cavidades revestidas por
mesotélio ou epitélio, como pericárdio,
intraocular, fluido cérebro-espinhal, líquido
sinovial e bile. Eles são compostos por água,
eletrólitos e uma pequena quantidade de
proteínas.
Formação dos Líquidos Cavitários: Os líquidos
cavitários podem se formar por diferentes
motivos, incluindo exsudato (reação
inflamatória intensa), efusão quilosa (drenagem
diminuída por aumento da pressão), efusão
hemorrágica (lesão de vasos sanguíneos),
transudato (aumento da pressão hidráulica
vascular) e exsudato (presença de conteúdos
alimentares, biliares ou urinários).
Análise e Diagnóstico: A análise citológica,
bioquímica e física dos líquidos cavitários é
crucial para identificar a provável etiologia. Os
parâmetros avaliados incluem cor,
concentração de proteínas, densidade,
quantidade celular e pH. Outros tipos de
efusões incluem uroperitônio (urina na
cavidade abdominal), peritonite biliar,
peritonite infecciosa felina, efusão por doença
cardíaca, efusão inflamatória, quilosa,
neoplásica e infecciosa.
Coleta e Análise de Fluidos Cavitários: A coleta
de fluidos abdominais e torácicos é realizada
por meio de abdominocentese ou paracentese, e
a análise envolve avaliação macroscópica,
citológica, bioquímica e física. Os métodos
incluem refratômetro, provas químicas e
análise citológica
Análise de Líquidos CavitáriosAnálise de Líquidos Cavitários

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