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Tópico 05 Genética humana Mitose e Meiose 1. Introdução Uma célula se reproduz por uma sequência ordenada de eventos que duplicam seus componentes e depois as dividem. Este ciclo é o mecanismo essencial pelo qual todos os organismos vivos se reproduzem (ALBERTS, BRUCE et al, 2017). O processo de divisão celular inicia-se ao final do período G2 da interfase e permite que uma célula-mãe dê origem a duas células filhas diploides ou 2n (mitose) e/ou quatro células haploides ou n (meiose). Mitose e Meiose. 2. Mitose A palavra “mitose” é derivada da palavra grega “mitoc” (mitos) ou “fios deformados”, referindo-se às projeções celulares que se formam durante a divisão celular. É a etapa mais curta do ciclo celular e é variável entre os tipos de células. Essa divisão leva a uma separação equivalente dos cromossomos da célula mãe (cada cromossomo é constituído por duas cromátides irmãs resultantes da duplicação do DNA durante a fase S da interfase) para a formação de dois novos núcleos que se dividem para formar duas novas células filhas individuais, durante a citocinese. A mitose ocorre em todas as células vegetais e animais, assim como as células que se reproduzem assexuadamente (herança uniparental). A mitose é importante para a manutenção do conjunto cromossômico (estabilidade genética da espécie), no desenvolvimento e crescimento do organismo (multicelulares), renovação celular, regeneração e cicatrização. lustração de biologia, a reprodução assexuada é um tipo de reprodução pela qual os descendentes nascem de um único organismo e herdam os genes desse genitor apenas (herança uniparental). Segundo De Robertis et al, 2014, a mitose é dividida em cinco fases: prófase, prometáfase, metáfase, anáfase e telófase. A citocinese (clivagem celular) é a fase posterior à mitose, é quando ocorre a divisão do citoplasma da célula mãe resultando em das duas células-filhas geneticamente idêntica. Prófase – possui como característica o início da condensação pelo enrolamento/espiralização da cromatina (30nm de diâmetro) até formar os cromossomos. Essa condensação torna os cromossomos visíveis individualmente e estes são compostos pelas suas duas cromátides irmãs (duplicadas na fase S da interfase) unidas pelo centrômero. A condensação dos cromossomos é importante para evitar o emaranhamento e o rompimento do material genético durante a distribuição para as células filhas. No citoplasma, os dois centrossomos formam o fuso mitótico como centros nucleadores da polimerização de tubulina (α e β) em microtúbulos. Prometáfase – é uma curta fase de transição entre a prófase e metáfase; o envoltório nuclear fragmenta-se liberando os cromossomos que irão se associar ao fuso acromático, o qual ajudará na separação das cromátides irmãs para as futuras células filhas. Metáfase – os cromossomos estão no seu grau máximo de condensação. Os cromossomos ficam alinhados na região equatorial da célula e formam a placa metafásica. Completa- se o desenvolvimento do fuso acromático e algumas fibrilas ligam-se aos centrômeros. A junção do fuso acromático com o centrômero forma o cinetócoro (uma placa proteica a qual as fibras do fuso se fixam). Anáfase – os microtúbulos das fibras cinetocóricas começam a encurtar e isso promove a separação dos centrômeros e a migração das cromátides irmãs (ou cromossomos filhos), para os polos opostos. As fibrilas encurtam-se e começam a afastar-se a partir do processo de clivagem dos centrômeros. Os cromossomos filhos que antes pertenciam ao mesmo cromossomo, agora separados, constituem dois cromossomos independentes (simples). Telófase – os cromossomos filhos chegam aos respectivos polos da célula e, consequentemente, ocorre o desaparecimento dos microtúbulos e cinetocóricos. Na telófase, a carioteca vai se reconstituindo (dois núcleos), os cromossomos vão descondensando, os nucléolos vão se reorganizando. Os cromossomos descondensam e tornam-se menos visíveis (cromatina). Citocinese – momento de individualização das duas células- filhas. Nas células animais, ocorre com a constrição na região equatorial da célula mãe, resultando no surgimento de duas células filhas com partes iguais do conteúdo do citoplasma. Para que ocorra a constrição na região equatorial da célula mãe, os filamentos de actina e miosina formam o anel contrátil, por dentro da membrana plasmática, que promove a invaginação e constrição, resultando em duas células filhas. Durante essa fase, ocorre a distribuição dos componentes citoplasmáticos e organelas entre as células filhas. Segundo Alberts, Bruce et al (2017), a citocinese nas células vegetais envolve a formação de uma nova parede celular que inicia a sua formação no início da telófase. Esse processo é coordenado pelo fragmoplasto, o qual é formado por microtúbulos interpolares no equador do antigo fuso mitótico. Pequenas vesículas derivadas do complexo de Golgi são transportadas juntamente com os microtúbulos, para os fragmoplasto. Aqui, elas se fusionam para gerar uma estrutura em forma de disco delimitada por membrana, que se expande para fora por meio de fusão de outra vesícula até alcançar a membrana plasmática e a parede celular original, dividindo, assim, a célula em duas. Mais tarde, as microfibrilas de celulose são depositadas na matriz para completar a construção da nova parede celular. De acordo com Nussbaum e Willard (2002), as mutações cromossômicas são classificadas quanto ao fato de os cromossomos apresentarem perdas ou excesso de suas partes – “as mutações cromossômicas estruturais”, assim como cromossomos inteiros, ou ainda, conjuntos inteiros de cromossomos – “as cromossômicas numéricas”. Ainda há casos em que pode ocorrer a mistura de linhagens de células normais e células alteradas em um mesmo indivíduo – “o mosaicismo”. Essa condição pode ser estrutural ou numérica. É causado por uma mutação pós-zigótica, que progride até um subconjunto de células adultas. Esta condição origina-se em eventos mitóticos, mas também pode ocorrer durante a meiose. O mecanismo de formação mais comum é a não disjunção das cromátides irmãs durante a anáfase mitótica pós-zigótica. O mosaicismo pode ocorrer em células somáticas e/ou células germinativas. No mosaicismo somático, normalmente, o indivíduo não apresenta fenótipos alterados e não é herdado. 2% da Síndrome de Down é do tipo mosaica, no qual o indivíduo apresenta duas linhagens de células com cariótipos diferentes: 47, XX/XY+21 e 46, XX/XY, no qual há um maior predomínio de células com cariótipo normal. Mitose e citocinese. Lâmina de mitose celular na ponta da raiz da cebola. Assista ao vídeo: Ciclo Celular – Mitose 3. Meiose A palavra “meiose” é derivado do grego “meioum” que significa “redução”. Segundo De Robertis et al (2014), a meiose é um processo de divisão celular pelo qual uma célula (produtora de gameta e/ou esporos) diploide origina quatro células haploides (possui um único conjunto completo de cromossomos). Nos organismos que se reproduzem sexuadamente, a fusão dos gametas (masculino e feminino – herança biparental) origina a ✅ FASES DA MITOSE | DIVISÃO CELULAR✅ FASES DA MITOSE | DIVISÃO CELULAR Assista ao vídeo: MITOSE E MEIOSE | DIVISÃO CELULAR ✅ MITOSE E MEIOSE | DIVISÃO CELULAR | I✅ MITOSE E MEIOSE | DIVISÃO CELULAR | I…… https://www.youtube.com/watch?v=4rSWqt0RRiA https://www.youtube.com/watch?v=JzvBnjQJRKs célula zigoto (diploide), que se desenvolve constituído um novo organismo. A meiose surgiu para manter constante o número de cromossomo de uma espécie; através de duas divisões consecutivas (meiose I e II), o número de cromossomos de cada gameta é reduzido pela metade (haplóide), permitindo, assim, a recuperação do número diploide após a fecundação. A meiose também permite a recombinação gênica (crossing over). Esse evento é de importância evolutiva, pois, no sucesso da perpetuação das espécies, seria vantajosa a variabilidade genética, permitindouma maior probabilidade de adaptação dos indivíduos às variáveis do meio ambiente. A meiose envolve duas divisões celulares consecutivas (meiose I e meiose II) com somente uma duplicação dos cromossomos. As fases e subfases sucessivas da meiose estão esquematizados abaixo: Meiose I e II Meiose I Segundo De Robertis et al (2014), a interfase, que precede a Meiose I, é idêntica à da mitose e a célula aumenta o seu volume, tamanho e número de organelas. Na primeira fase, ocorre o emparelhamento dos pares de cromossomos homólogos e há a troca de material genético (ou crossing-over), antes de separar- se em duas células filhas. Cada um dos núcleos destas células filhas tem só metade do número original de cromossomos da célula mãe. Esta meiose é dividida em 05 fases: prófase I, prometafase I, metáfase I, anáfase I e telófase I. A prófase I da meiose é subdividida em 05 subfase: leptóteno, zigóteno, paquíteno, diplóteno e diacinese. A citocinese (clivagem celular) é a fase posterior à meiose I (quando ocorre a divisão do citoplasma da célula mãe, resultando em das duas células-filhas haploides. Prófase I Fase de longa duração, devido aos fenômenos que nela ocorrem e que não são observados na mitose. Por essa razão, ela pode ser dividida em cinco subfases: leptóteno, zigóteno, paquíteno, diplóteno e diacinese. 1. Leptóteno (do grego, leptos = delgado) – inicia-se a condensação dos cromossomos. O nucléolo e a membrana nuclear começam a desorganizar e os centrossomos começam a migrar para os polos da célula e formar o fuso acromático. 2. Zigóteno (do grego, zygón = par ou parelha) – aproximação dos cromossomos homólogos (CH), sendo esse denominado de sinapse (fenômeno essencial da meiose I). O pareamento é altamente específico, envolvendo a formação de uma estrutura proteinácea especial denominada de complexo sinaptonémico (CS). 3. Paquíteno (do grego, pachys = grosso) – quando todos os cromossomos homólogos do genoma estiverem pareados em sinapse pelos seus complexos sinaptonêmicos. Estes pares são denominados de bivalentes, já que cada cromossomo do par é formado por duas cromátides-irmãs. Ao longo desta fase, surgem nódulos de recombinação gênica no meio dos CS. Tais nódulos de recombinação são formados por complexos de proteínas enzimáticas responsáveis pela permuta de material genético entre as cromátides homólogas, evento definido como recombinação genética ou crossing-over. Os cromossomos homólogos duplicados se combinam e cruzam. O crossing-over é o processo que pode originar recombinação genética. Para De Robertis et al (2014) durante a formação deste complexo, surgem pontos de contato entre as cromátides dos CH. Estes cruzamentos são chamados de quiasmas, dos quais pode ocorrer quebra das cromátides, levando a trocas de segmentos, processo denominado de crossing- over ou permuta gênica. Esse processo permite a troca de segmentos de material genético provocando o surgimento de novas sequências de genes ao longo dos cromossomos. Se em um cromossomo há vários genes combinados seguindo certa sequência, após a ocorrência do crossing-over, a combinação não será mais a mesma. Portanto, à combinação entre os genes alelos “A/B” e “a/b” no par de homólogos muda. Se a distância de A e B for considerável, é grande a chance de ocorrer uma permuta. Nessa combinação, o gene A e B encontram-se em um mesmo cromossomo, enquanto a e b estão no CH. Caso aconteça a combinação, surgirá uma nova combinação gênica. Os cromossomos homólogos duplicados se combinam e cruzam. O crossing-over é o processo que pode originar recombinação genética. 4. Diplóteno (do grego, diplóos = duplo) – quando ocorre o começo da separação dos homólogos. Eles começam um processo de repulsão, embora ainda fiquem ligados pelos quiasmas, pontos onde ocorreu a recombinação gênica entre as cromátides homólogas e que os mantêm ainda unidos. Na gametogênese feminina, em humanos, a fase de diplóteno pode se estender por anos. Os ovócitos I estacionam nesta fase ao sétimo mês do desenvolvimento fetal e podem assim permanecer até a puberdade. Em peixes, anfíbios, répteis e aves, é no Diplóteno que várias regiões dos cromossomos se descondensam para realizar transcrição intensa, permitindo a síntese de substâncias que serão armazenadas no citoplasma do ovócito em maturação. Essa descondensação é tão expressiva que os pares bivalentes podem ser chamados de cromossomos plumosos ou em escova. 5. Diacinese (do grego dia = através) – Os CH desprendem-se do envoltório nuclear e novamente acontece a condensação. Os quiasmas são mantidos. Ocorre a migração dos centrossomos e o início da formação do fuso acrossômico. Muitos eventos são comuns à prófase da mitose, exceto o fato de o material genético, na prófase I da meiose, haver sofrido recombinação. Prometáfase I É onde a condensação cromossômica chega ao seu máximo, implicando na desorganização da carioteca e do nucléolo. Surgem as placas cinetocóricas nas regiões organizadoras de microtúbulos, associadas aos centrômeros de cada cromátide nos pares bivalentes. Com o crescimento das fibras polares do fuso, os microtúbulos alcançam os cinetócoros dos bivalentes, sendo que aqui as cromátides-irmãs apresentam seus cinetócoros voltados para o mesmo polo, fazendo com que o alinhamento dos bivalentes no plano equatorial posicione cada cromossomo do par voltado para pólos distintos da célula-mãe. Metáfase I Os CH (duas cromátides-irmãs unidas pelo centrômero) têm seus cinetócoros ancorados ao fuso e estão perfeitamente alinhados por seus centrômeros na placa metafásica (esta placa é então formada pelos pares de CH, chamados de bivalentes). Anáfase I É iniciada pelo encurtamento do fuso que, por tração, separa os CH do par bivalente para polos opostos, deslizando lentamente os quiasmas que os mantinham unidos para as extremidades das cromátides homólogas. Ao final da Anáfase I, cada conjunto de moléculas de DNA que migrou para os polos da célula-mãe levou consigo apenas metade do número de moléculas do genoma original. Embora ainda estejam duplicadas e recombinadas, suas cópias formam conjuntos haploides – a Meiose I é definida como reducional. Telófase I Caracteriza-se pela descondensação normalmente incompletas dos cromossomos, seguida da reconstituição da carioteca em torno dos conjuntos haplóides dos núcleos-filhos. A reconstituição da carioteca pode ser completa ou incompleta, quando alguns cromossomos preservam sua ligação às fibras do fuso, de seu centro celular. Citocinese Pode ser completa e desigual, como nas fêmeas humanas, onde uma das células-filhas, denominada ovócito II, é viável e seguirá em Meiose II, enquanto a outra preserva pouco citoplasma e, por isso, é denominada corpúsculo polar I, sendo rapidamente absorvida no ovário. Já na gametogênese masculina, a citocinese pode ser incompleta e igualitária, gerando dois espermatócitos II viáveis, mas não sendo incomum a preservação de pontes citoplasmáticas entre essas células-filhas resultantes, provavelmente, facilitando a sincronização das divisões que ocorrem em cada segmento do epitélio germinativo dos túbulos seminíferos. Fases da meiose I: prófase I, metáfase I, anáfase I, telófase I e citocinese. Meiose II Segundo De Robertis et al (2014), entre a Meiose I e a Meiose II segue-se uma Interfase II incompleta, onde as poucas regiões das cromátides-irmãs que mostram descondensação produzem novos componentes do citoplasma, como organelas e citoesqueleto. Com a retomada da transcrição de RNA pela descondensação dos organizadores nucleolares, é possível a visualização dos nucléolos. Nessa interfase, não ocorre a duplicação do DNA. A Meiose II é bem mais rápida e segue os mesmos passos da Mitose, exceto o fato de o material genético ter passado pela recombinação gênica e cada conjunto de moléculas de DNA ter apenas metade do número de moléculas do genoma (haplóide), mesmo ainda duplicados.A finalidade da meiose II é separar as cromátides irmãs desses conjuntos haploides. A meiose II é dividida em cinco fases: prófase II, prometáfase II, metáfase II, anáfase II e telófase II, seguidas da citocinese. Prófase II – é breve; inicia-se a condensação dos cromossomos, desorganização da carioteca e nucléolo; são formadas novas fibras do fuso meiótico. Prometáfase II – é uma curta fase de transição entre a prófase II e metáfase II da meiose, na qual o envoltório nuclear fragmenta-se liberando os cromossomos que irão se associar ao fuso meiótico. Metáfase II – nessa fase, os cromossomos estão no seu grau máximo de condensação; os cromossomos (independentes) ficam alinhados na região equatorial da célula e formam a placa metafásica; nessa fase, os cinetócoros são posicionados um de cada lado do cromossomo, associados aos centrômeros de cada cromátide-irmã, portanto, cada cromátide-irmã distinta (recombinação) é ancorada às fibras polares originadas de pólos opostos da célula-mãe. Nas mulheres, os ovócitos I que estavam estacionados desde o período fetal no Diplóteno da Prófase I, estimulados pelos hormônios sexuais produzidos a partir da puberdade, progridem até a Metáfase II e, neste estádio, são ovulados como ovócitos II; estes ovócitos II concluem a Meiose II somente se forem fertilizados. Anáfase II – os microtúbulos das fibras cinetocóricas começam a encurtar e isso promove a separação dos centrômeros e a migração das cromátides irmãs ou cromossomos filhos (cópias recombinantes dos cromossomos homólogos haplóides), para os polos opostos da célula – Meiose II é dita como equacional, pois conserva o número de cromossomos das células haploides. Telófase II – os cromossomos filhos chegam aos respectivos polos da célula e, consequentemente, ocorre o desaparecimento dos microtúbulos e cinetocóricos; na telófase, a carioteca vai se reconstituindo (dois núcleos haplóides); os cromossomos vão descondensando; os nucléolos vão se reorganizando; os cromossomos descondensam e tornam-se menos visíveis. Citocinese – momento de individualização das duas células- filhas ainda haplóides, portanto, com características genéticas distintas da célula-mãe, devido à recombinação ocorrida entre os cromossomos parentais, com troca de material genético entre suas cromátides homólogas. Na gametogênese feminina, novamente, a citocinese é desigual, gerando uma única célula-filha viável e um segundo corpúsculo polar, igualmente reabsorvido. Na gametogênese masculina, as quatro células-filhas geradas, denominadas espermátides, são viáveis. Duas originadas de cada espermatócito II, surgido ao final da Meiose I e sua formação dá conclusão ao processo definido por espermatogênese. No processo seguinte, denominado de espermiogênese, cada espermátide seguirá um processo de diferenciação para sua transformação em espermatozóides e seu desprendimento do corpo das células de Sertoli para a luz do túbulo seminífero é o processo definido por espermiação. Assista ao vídeo: Meiose: Crossing over e variabilidade genética. Animação 3D Meiose: Crossing over e variabilidade genéticMeiose: Crossing over e variabilidade genétic…… https://www.youtube.com/watch?v=rFCdh-Xpb9c 4. A meiose anormal e sua relação com as mutações cromossômicas As mutações cromossômicas são resultantes de qualquer modificação que interfira no número de cromossomo e/ou na sequência de seus genes (estrutural do cromossomo) que produz Assista ao vídeo: Meiose e Crossing Over (Legendado) Meiose e Crossing Over (Legendado)Meiose e Crossing Over (Legendado) Assista ao vídeo: Ciclo Celular: Meiose Meiose - dublado (pt-br)Meiose - dublado (pt-br) https://www.youtube.com/watch?v=0g-akaMXxJ0 https://www.youtube.com/watch?v=I1cD-fnimu0 uma inviabilidade celular, durante o processo de formação dos gametas (meiose). Segundo Thompson et. al (2016), as aneuploidias são alterações que não envolvem todo o conjunto de cromossomo da célula, mas sim, um cromossomo específico. As principais aneuploidias são: Síndrome de Down, trissomia do 13 e do 18, Turner e Klinefenter. As aneuploidias são resultantes de erros na não-disjunção durante a meiose (M) celular I e/ou II materna, com maior frequência durante a MI, pois a gametogênese feminina é um processo longo, em que a primeira divisão inicia-se no período pré-natal, é interrompida no nascimento em prófase I e só finaliza por ocasião de cada ovulação, caso o ovócito 2º seja fecundado. A não-disjunção paterna é menos comum; entretanto, existem exceções nos casos de homens com cariótipo 47, XXY, em que a origem materna e paterna está dividida igualmente. A não disjunção pode ser primária, erro durante a gametogênese de um indivíduo cromossomicamente normal e produz gametas anormais, e/ou secundário, onde um indivíduo cromossomicamente anormal produz gametas alterados. Caso o erro acontece na MI, o gameta que apresentará o cromossomo extra terá dois cromossomos de um mesmo par em vez de uma cópia apenas, e estes cromossomos, um de origem materna e o outro de origem paterna, apresentam duas cromátides irmãs. Quando o erro acontece na MII, o gameta com o cromossomo extra tem duas cópias de um mesmo cromossomo que apresenta a mesma origem parietal. Quando o erro acontece na MI, todos os gametas resultantes serão afetados; já na disjunção durante a MII, apenas 50% serão anormais. As monossomias também resultam da mesma forma. Quando a não disjunção acontece na anáfase da mitose após a formação do zigoto, o indivíduo apresentara mais de uma linhagem celular, onde podemos evidenciar o mosaicismo por aneuploidias. As mutações que envolvem a estruturas dos cromossomos resultam de uma ou mais rupturas transversais em um ou mais cromossomos, seguidas de uma reconstituição cromossômica anormal durante a prófase I da meiose (Crossing over desigual). Essas alterações resultam num rearranjo estrutural equilibrado e em rearranjo não-equilibrado, originado trissomia ou monossomia parcial. Além disso, os rearranjos estruturais podem ser do tipo intracromossomal (no mesmo cromossomo) e do tipo intercromossomal (mais de um cromossomo). As principais mutações estruturais equilibradas e não equilibradas são: deleção, duplicação, isocromossomo, translocação e inversão. Essas quebras cromossômicas podem acorrer espontaneamente ou serem induzidas pela ação de agentes mutagênicos. Não disjunção na meiose – formação das doenças das síndromes cromossômicas numéricas. 5. Conclusão Uma célula se reproduz por uma sequência ordenada de eventos que duplicam seus componentes e depois as dividem. Este ciclo é o mecanismo essencial pelo qual todos os organismos vivos se reproduzem (Alberts, Bruce et al, 2017). O processo de divisão celular inicia-se ao final do período G2 da interfase e permite que uma célula-mãe dê origem a duas células filhas diploides ou 2n (mitose) e/ou quatro células haploides ou n (meiose). A mitose promove uma separação equivalente dos cromossomos da célula mãe para a formação de dois novos núcleos que se dividem para formar duas novas células filhas individuais, durante a citocinese. As suas principais funções são: manutenção do conjunto cromossômico, no desenvolvimento e crescimento do organismo, renovação celular, regeneração e cicatrização. A meiose é um processo de divisão celular pelo qual uma célula diploide origina quatro células haploides. As fases da meiose I e II são: prófase, prometáfase, metáfase, anáfase e telófase. A Prófase I da meiose é dividida em cinco subfases: leptóteno, zigóteno, paquíteno, diplóteno e diacinese. É no paquíteno que ocorre a recombinação genica. Na primeira fase da meiose, ocorre o emparelhamento dos pares de cromossomos homólogos para permitir crossing-over. Na anáfase I, separam-se os pares de CH, formando 2 conjuntos haploides (reducional). Anáfase II promove a separação das cromátides irmãs dos cromossomos haploides (equacional). Já na anáfase damitose, ocorre uma separação equivalente dos cromossomos (02 cromátides) da célula mãe para formar duas células filhas geneticamente idênticas. As principais funções da meiose são: manter constante o número de cromossomo de uma espécie e permitir a recombinação gênica (crossing over). As mutações cromossômicas numéricas aneuploidias são resultantes de erros na não-disjunção durante a meiose (M) celular I e/ou II materna e/ou paterna. As mutações que envolvem a estruturas dos cromossomos resultam de uma ou mais rupturas transversais em um ou mais cromossomos, seguidas de uma reconstituição cromossômica anormal durante a prófase I da meiose (Crossing over). 6. Referências ALBERTS, Bruce et al. Fundamentos da biologia celular. 4. ed. Porto Alegre, RS: Artmed, 2017. XXVI, 838 p. DE ROBERTIS, E. M. F.; HIB, José. De Robertis bases da biologia celular e molecular. 4. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2014. XIV, [1], 389 p. NUSSBAUM, Robert L.; MCINNES, Roderick R.; WILLARD, Huntington F. Thompson & Thompson genética médica. 6. ed. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2002. XII, 387 p. NUSSBAUM, Robert L.; MCINNES, Roderick R.; WILLARD, Huntington F. Thompson & Thompson genética médica. 8. ed. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2016. XII, 525 p. PIMENTEL, Márcia Mattos Gonçalves; GALLO, Cláudia Vitória de Moura; SANTOS-REBOUÇAS, Cíntia Barros. Genética essencial. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2013. XV, 296 p. (Essencial). YouTube. (2016, Jun, 30). Ciclo Celular – Mitose. 6min11seg. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch? v=-49ob_duCcM. Acesso em: 15 Dez. 2018. YouTube. (2015, Fev, 14). Bio é vida – Divisão Celular (Vídeo UNICAMP) .10min05seg. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=Xy1iqpxQBDY. Acesso em: 15 Dez. 2018. YouTube. (2015, Fev, 23). Meiose: Crossing over e variabilidade genética. Animação 3D. 6min45seg. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=rFCdh- Xpb9c. Acesso em: 15 Dez. 2018. YouTube. (2015, Ago, 13). Assista ao vídeo: Meiose e Crossing Over (Legendado) 1min42seg. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=0g-akaMXxJ0. Acesso em: 15 Dez. 2018. YouTube. (2016, Jun, 30). Ciclo Celular: Meiose. 5min25seg. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch? v=FBCW70X0ERo. Acesso em: 15 Dez. 2018. Parabéns, esta aula foi concluída! Mínimo de caracteres: 0/150 O que achou do conteúdo estudado? Péssimo Ruim Normal Bom Excelente Deixe aqui seu comentário Enviar
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