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Mayra Rodrigues _ Medicina Veterinária _ UFES Estrutura: mucosa, submucosa, muscular e serosa. Função: captação de alimento, redução das fibras, absorção e digestão. Mecanismo de defesa próprio: bactérias comensais Vias digestivas anteriores: cavidade oral, dentes, tonsilas, glândulas salivares, língua e esôfago. Vias digestivas posteriores: pré-estômagos, estômago e intestino. Cavidad� ora� Barreira de defesa: epitélio estratificado pavimentoso Saliva: emoliente, tamponante, lisozimas e IgA Microbiota oral Tonsilas Anomalias do desenvolvimento o ● Palatosquise ou fenda palatina: não fusão do palato duro e mucosa → Genética ou induzida (traumatismo ou tóxica) ⤷Leitões e bezerros (genético) ⤷Suínos e ovinos (tóxica) ⤷Felinos (traumática) → Consequências: falsa via do alimento rinite, infecção respiratória e pneumonia → Neonato cirurgia → Animais de produção normalmente já chega no vet com pneumonia ● Queilosquise ou lábio leporino: não fusão do processo maxilar e do processo nasal medial superior → Geralmente vem associado com a fenda palatina →Corrigido cirurgicamente ● Bragnatismo: subdesenvolvimento (hipoplasia) Maxila (Superior)→ cães e suínos Mandíbula (inferior)→bov e equinos ● Prognatismo: crescimento acima do normal da mandíbula ● Incompatíveis com a vida: → Agnatia: ausência de mandíbula →Microglossia: língua reduzida → Aglossia: ausência de língua Pigmentações e alteração de cor . ● Melanose: acúmulo de melanócitos→ comum em cães senis ● Icterícia: difusamente corada de amarelo→ afecções hepáticas ou hemolíticas ● Cianose: vermelho-azulado escuro (cardíaco, circulatório ou respiratório) ● Palidez: anemia ou post mortem Alterações inflamatórias . ● Estomatites: processo inflamatório da cavidade oral → Faringite, glossite, gengivite e tonsilite →Importância: econômica, dor, anorexia, baixa produção e sanidade ● Estomatite superficial: restrita ao epitélio ● Estomatite catarral: candida →Placas brancacentas irregulares e pseudomembranoso ● Estomatite vesicular: febre aftosa, BVD, FCM, estomatite vesicular, calicivirose felina →Vesículas em cavidade oral, patas, úbere, esôfago e rúmen →Sinais clínicos: salivação, úlceras, claudicação ⚠ Infecção via aerógena→ sangue→ camadas germinativas do tec ep→ multiplicação viral→ vesículas (bolhas)→ forma a vesícula →zoonose ● Estomatite papular: ectima contagioso →Comum em animais jovens →Zoonose →Perda de ep superficial → Áreas circulares vermelho-claras Mayra Rodrigues _ Medicina Veterinária _ UFES ● Estomatite erosiva e ulcerativa: pode observar na FCM, herpesvirus ↑morbidade e mortalidade →Sinais clínicos: + opacidade de córnea →Pode se observar sinais nervosos ⚠Obs: Podem evoluir para estomatites profundas: tecido conjuntivo⚠ Neoplasias . ● Papiloma: papilomavirus → Benigno: lesão ao se alimentar, infecção secundária, imunossupressão →Autolimitante ● Melanoma: maligno, infiltrativo, crescimento rápido pigmentado, metastático Glândula� salivare� ● Aptialismo: ausência de produção de saliva (ruminantes) ● Ptialismo: excesso de produção de saliva (sialorréia) →Medicamento, intoxicação →Corpos estranhos nas glândulas salivares → Sialólitos (cálculos salivares): deposição de minerais (carbonato de cálcio)- comum em equinos Esôfag� Órgão oco com presença de lúmen que liga a faringe ao estômago Peristaltismo: condução do alimento Ruminantes: peristaltismo reverso (para poder ruminar) ● Estenose : estreitamento do lúmen do esôfago →Congênito: persistência do arco aórtico direito →Consequência: megaesôfago→ atonia, flacidez e dilatação do lúmen do esôfago →Causas: bloqueio parcial do lúmen do esofago por persistência do arco aórtico direito ● Obstrução: corpo estranho →Complicações: necrose, ulceração, perfuração e morte Alterações inflamatórias . ● Esofagites →Química: refluxo, produtos químicos (lambeduras), corpos estranhos → Vírus: BVD, FCM → Parasitárias: espirocercose, gasterophilus →Macroscopia: hiperemia de mucosa e úlcera Neoplasias . ● Papilomas : focal ou difuso ● Carcinoma de células escamosas: samambaia ● Osteossarcoma e fibrossarcoma: em consequência de Spirocerca lupi Pr�- estômag� d� ruminante� ~ Rúmen, retículo e omaso ~ → É uma câmara de fermentação e absorção, composto por epitélio escamoso estratificado queratinizado e digerem celulose, fermentação de CH. →Microbiota: bactérias gram- e protozoários Alterações de conteúdo . ● Timpanismo: falha na eructação→ acúmulo excessivo de gases devido a não eliminação - Como acontece: Tem uma dilatação do rúmen que aumenta a pressão intra abdominal, causando compressão do diafragma o que inibe os movimentos respiratórios e compressão de veia cava. Há comprometimento da hemodinâmica de vísceras abdominais e redirecionamento do fluxo sanguíneo para áreas craniais. Causa morte por insuficiência respiratória, hemorragia e hemoptise. ● Timpanismo primário ou espumoso: falha na primeira fase da eructação →Ingestão de proteínas solúveis de plantas leguminosas ou aumento da viscosidade do líquido ruminal →Aumento de tensão superficial →Macroscopia: vai ver espuma ● Timpanismo secundário ou gasoso: atonia ruminal, obstrução do cárdia ou obstrução esofágica →Macroscopia: vai ver alguma obstrução, ou atonia ruminal (não tem motilidade do rúmen) Mayra Rodrigues _ Medicina Veterinária _ UFES Corpo estranho→ obstrução . ● Tricobezoários: pelos ● Fitobezoários: fibras ● Perfurantes: pregos, fio de arame, grampos etc ● Retículo: retocolite, reticuloperitonite, reticulopericardite traumática Alterações inflamatórias . ● Rumenite Bezerros: falha na goteira esofágica →Frequentemente associada a acidose lática →Rumenite papular: áreas circulares avermelhadas. Causada pelo parapoxvirus. ● Acidose lática Aumento na ingestão de CH0 que diminui o pH ruminal, aumentando os ácidos graxos dissociados. Favorecendo a proliferação de streptococcus e aumentando ainda mais o ácido lático. Devido a isso, têm queda do pH novamente (5,0 a 4,5) e a prolif lactobacilos (+ác lático). Diminui o pH (4,5-4,0), até a atonia ruminal. Há uma parada reflexa da salivação e diminuição do bicarbonato, aumenta-se o H+ do rúmen, gerando aumento de pressão osmótica que leva à desidratação, choque hipovolêmico e uremia. →Consequências: morte (forma aguda), queda produção (forma crônica) →Perde a barreira de defesa de mucosa: propício para ruminite →Macroscopia: mucosa hiperêmica, com edema, conteúdo ruminal líquido amarelado, de odor ácido, pH igual ou menor que 5 Neoplasias . Papilomas, fibropapilomas, CCE, linfoma (pouco frequente no rúmen) Estômag� � abomas� ● Dilatação gástrica → Primária: nutricional→ fermentação→ come muito de uma vez → Secundária: obstrução, espasmos e atonia pode evoluir para uma torção gástrica ou vólvulo: consequência da dilatação →Macroscopia: estômago repleto de gás, isquemia, hemorragia, órgãos fora da estrutura anatômica (pode mover o baço tb)→ animal pode morrer antes por choque neurogênico Alterações inflamatórias . ● Ulcerativa: ocorre pelo desequilíbrio entre os efeitos líticos dos ácido clorídricos →Bordas avermelhadas, pode ser perfurada ● Parasitárias: hemoncose→ rompe a primeira camada de proteção do órgão (abomaso)→ inflamação do órgão Neoplasias . Adenocarcinomas, CCE, leiomioma, fibroma, linfoma Intestin�� Obstruções . ● Mecânica - não estrangulante: apenas o impedimento do trânsito intestinal →Estreitamento congênito ou adquirido, corpo estranho, parasitos, compressão externa ● Nervosa - não estrangulante: Íleo paralítico ou adinâmico →Causa: irritação peritoneal (cirurgias, manuseio das vísceras, peritonite) →Plexo mioentérico →Consequência: dilatação e ruptura gástrica (EQ) ● Intussuscepção - estrangulante: também impede circulatório, com isquemia →Causa: inaparente ou corpos estranhos lineares, parasitismo intenso, cirurgia intestinal prévia, enterite e lesões intramurais (abscessos, tumores) →Compressãode vasos mesentéricos→ ínfero venoso, inflamação das serosas em contato Obs: as invaginações post mortem diferem das verdadeiras invaginações pela ausência de alterações circulatórias e aderências ● Hérnias umbilical: sempre vai ser porção do intestino que vai evaginar num orificio já existente, presença de saco herniado Ex: alça intestinal indo pro saco escrotal Uma alça intestinal se pronunciando no lúmen pequeno pode ser umbilical, escrotal, diafragmática, frouxidão do diafragma Obs: hérnia não encarcerada se apertar ela volta Mayra Rodrigues _ Medicina Veterinária _ UFES →Macroscopia: dilatação e congestão ● Eventração: ruptura em qualquer região abdominal, pode ser por traumatismo ou deiscência de ponto, às vezes sai só peritônio ● Evisceração: ruptura de músculo e pele e o intestino sai ● Obstrução vascular- estrangulante Tromboembolismo strongylus vulgaris → Arterite verminótica →Outros vasos que estão ali no intestino conseguem suprir porque a artéria está obstruída Alteração inflamatória . ● Duodenite, jejunite, ileitem cecite, colite, procite ● Enterite: catarral, hemorrágica, fibrinosa, necrótica, ulcerativa, granulomatosa → Causa: bacterianas: salmonella, e.coli, clostridium, mycobacterium, rhodococcus ⤷ virais: rotavírus, BVD, FCM ⤷ fúngica: candidíase, zigomicetos, pitiose ⤷parasitárias: coccidios, giardia, ascarídeos, cestoides →hemorrágica e necrótica: Clostridium spp. →secreção sanguinolenta Peritôni� Alterações congênitas : ● Não fechamento de peritônio →Conteúdo: hidroperitônio, uroperitonio, hemoperitônio, pioperitônio ● Inflamatório: peritonite
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