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QUINHENTISMO
CONTEXTO HISTÓRICO.
PROF: Naire E.E.E.P SANDRA CARVALHO COSTA
MEMBROS CONSTITUÍDOS:
Raylana; Ant. Gabriel; Alberto; Ant. Jerfeson; Eliel; 
Estevão; Esdras; Nathan.
Carta do Achamento do Brasil
Carta de Pero Vaz de Caminha, escrita a D. Manuel I em 1500, por 
altura da descoberta do Brasil pelo navegador Pedro Álvares 
Cabral. Este é um documento essencial e curiosíssimo de um 
momento supremo da História e da cultura portuguesas, e, como 
tal, um paradigma da literatura de viagens do Renascimento e da 
cultura nova, de base experimental e tendência crítica, na qual, 
segundo Jaime Cortesão, está contido o «fermento crítico» 
responsável pelo espírito filosófico do século XVIII.
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https://www.infopedia.pt/$historia?intlink=true
https://www.infopedia.pt/$literatura-de-viagens?intlink=true
https://www.infopedia.pt/$renascimento?intlink=true
https://www.infopedia.pt/$jaime-cortesao?intlink=true
Trata-se de uma verdadeira carta-narrativa, na qual são 
descritos a geografia, a fauna, a flora do Brasil, a aparência e 
a psicologia dos nativos, os momento e experiências de 
contacto dos portugueses e as reações mútuas, obviamente 
a partir de uma perspetiva etnocêntrica que estuda a nova 
terra e a população com o objetivo de colher algum 
proveito: «[Nesta terra] não pudemos saber que haja ouro, 
nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro, nem lho 
vimos. A terra, porém, em si é de muito bons ares [...]. Mas o 
melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será 
salvar esta gente».
https://www.infopedia.pt/$brasil?intlink=true
A própria «salvação» religiosa da população nativa é capitalizável, na medida 
em que os portugueses acalentavam então a noção de que a grandiosidade 
dos seus empreendimentos derivaria do facto de os feitos da sua História se 
relacionarem com a expansão da fé cristã, e portanto beneficiarem sempre 
da proteção de Deus. É a mesma conceção providencialista da História
portuguesa que encontramos em Os Lusíadas. A expansão era encarada, 
não só como o alargamento da civilização e da cultura em que o Homem de 
então mais perfeitamente realizava as suas potencialidades - a portuguesa -, 
mas também Deus mais dilatava no mundo a sua lei. Numa perspetiva 
humanista e neoplatónica, portanto, era através da expansão portuguesa 
que o Homem se aproximava cada vez mais do estatuto divino, o qual, aliás, 
se cumpre metaforicamente nos cantos finais de Os Lusíadas.
Deste modo, a Carta do Achamento do Brasil é um documento 
fundamental para a compreensão do Renascimento português, logo, 
também da História do mundo.
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https://www.infopedia.pt/$deus?intlink=true
https://www.infopedia.pt/$historia?intlink=true
https://www.infopedia.pt/$os-lusiadas?intlink=true
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https://www.infopedia.pt/$renascimento?intlink=true
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Costumes Culturais
Os indígenas que habitavam o Brasil em 1500 viviam da caça, da
pesca e da agricultura de milho, amendoim, feijão, abóbora, bata-
doce e principalmente mandioca. Esta agricultura era praticada de
forma bem rudimentar, pois utilizavam a técnica da coivara
(derrubada de mata e queimada para limpar o solo para o plantio).
Os índios domesticavam animais de pequeno porte como, por
exemplo, porco do mato e capivara. Não conheciam o cavalo, o boi
e a galinha. Na Carta de Caminha é relatado que os índios se
espantaram ao entrar em contato pela primeira vez com uma
galinha.
As tribos indígenas possuíam uma relação baseada em regras
sociais, políticas e religiosas. O contato entre as tribos acontecia
em momentos de guerras, casamentos, cerimônias de enterro e
também no momento de estabelecer alianças contra um inimigo
comum.
Os índios faziam objetos utilizando as matérias-primas da 
natureza. Vale lembrar que índio respeita muito o meio ambiente, 
retirando dele somente o necessário para a sua sobrevivência. 
Desta madeira, construíam canoas, arcos e flechas e suas 
habitações (oca). A palha era utilizada para fazer cestos, esteiras, 
redes e outros objetos. A cerâmica também era muito utilizada 
para fazer potes, panelas e utensílios domésticos em geral. Penas 
e peles de animais serviam para fazer roupas ou enfeites para as 
cerimônias das tribos. O urucum era muito usado para fazer 
pinturas no corpo.
Rituais indígenas 
Algumas tribos eram canibais como, 
por exemplo, os tupinambás que 
habitavam o litoral da região sudeste 
do Brasil. A antropofagia era 
praticada, pois acreditavam que ao 
comerem carne humana do inimigo 
estariam incorporando a sabedoria, 
valentia e conhecimentos. Desta 
forma, não se alimentavam da carne 
de pessoas fracas ou covardes.
Religião
Cada nação indígena possuía crenças e rituais
religiosos diferenciados. Porém, todas as tribos
acreditavam nas forças da natureza e nos
espíritos dos antepassados. Para estes deuses e
espíritos, faziam rituais, cerimônias e festas. O
pajé era o responsável por transmitir estes
conhecimentos aos habitantes da tribo. Algumas
tribos colocavam os corpos dos índios em
grandes vasos de cerâmica, onde além do
cadáver ficavam os seus objetos pessoais. Isto
demonstra que estas tribos acreditavam na vida
após a morte.
Diferenças de Culturas
Os portugueses achavam-se superiores aos indígenas e, portanto, deveriam 
dominá-los e colocá-los ao seu serviço. A cultura indígena era considera pelo 
europeu como sendo inferior e grosseira. Dentro desta visão, acreditavam que 
sua função era convertê-los ao cristianismo e fazer os índios seguirem a cultura
européia.Não reconhecendo nos nativos uma cultura própria, pretendiam torná-
los súditos do rei de Portugal e cristãos. Eram incapazes de entender os índios e 
o seu contexto sócio - cultural, reduzindo-os à condição de selvagens, de acordo 
com os padrões europeus. Estranharam muito o fato dos índios andarem nus, 
enquanto os indígenas também estranharam as vestimentas, barbas e as 
caravelas dos portugueses.Os portugueses aprenderam muitos costumes 
indígenas para se adaptar ao local e explorar as terras em busca de riquezas, 
como madeira e ouro. Eles utilizavam as canoas indígenas para explorar os rios 
e aprenderam a manejar o arco e a flecha para pescar e o tacape para caçar.
Objetivo da espedição
Diversos fatores possibilitaram a Grandes Navegações como o 
aprimoramento das técnicas de navegação, a necessidade de metais 
preciosos e de se descobrir um novo caminho marítimo para as Índias. 
Por fim, não podemos esquecer os motivos religiosos, algo 
importantíssimo naquela época. Com as explorações, a economia 
portuguesa buscava obter, principalmente, especiarias e ouro. Na 
questão geográfica, podemos mencionar que todo o litoral português era 
voltado para o oceano Atlântico e a posição geográfica do país 
colocava-o próximo de correntes marítimas importantes, tornando a 
navegação mais fácil.
Objetivo após a chegada ao Brasil
As notícias que chegavam a Dom Manuel não respondiam às expectativas da Coroa. 
Não apontavam a existência de metais preciosos, de especiarias, nem de outras riquezas 
de interesse no território onde, à primeira vista, apenas existiam nativos. Em sua carta ao 
rei Dom Manuel, Pero Vaz de Caminha, o escrivão da frota de Cabral, caracterizou a 
terra como um espaço virgem, sem riqueza imediata, mas com uma determinada e já 
precisa utilidade, servindo como ponto de apoio da carreira da Índia: "ter aqui esta 
pousada para estar na navegação de Calicute". Os governantes de Portugal reconheciam 
a vantagem estratégica de um território localizado no litoral atlântico-sul. Ele servia como 
escala dos navios rumo às riquezas das Índias e, sobretudo, ajudava a garantir o 
monopólioda Rota do Cabo, em direção às Índias. Dom Manuel tomou algumas 
iniciativas após o descobrimento. Em 1501, enviava uma expedição de reconhecimento 
comandada por Gaspar de Lemos. Américo Vespúcio, navegador italiano, de grandes 
conhecimentos náuticos, integrando a expedição, recolheu informações sobre o local e 
suas possíveis riquezas. Ainda em 1501, o rei de Portugal comunicava a descoberta da 
Ilha de Vera Cruz, depois chamada de Terra de Santa Cruz, aos reis de Espanha, Fernão 
de Aragão e Isabel de Castela, seus sogros e rivais.
https://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo01/desc_brasil.html#especiaria
https://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo01/desc_brasil.html#nativo
https://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo01/desc_brasil.html#monopolio
Por um longo período, a terra 
americana permaneceu quase que em 
abandono. A Índia continuava a ser o 
grande alvo das navegações marítimas 
portuguesas. Os interesses mercantil e 
religioso prevaleciam acima de 
qualquer outro. "A alternativa ao 
espaço índico, território das especiarias 
e pedras preciosas, é para todo o 
nosso século XVI, o Norte da África. 
Índia e Marrocos, por vezes, dão-se as 
mãos como meios para um fim mais 
histórico".
https://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo01/desc_brasil.html#mercantil
Objetivo da catequização dos índios 
As missões eram povoados indígenas criados e administrados por 
padres jesuítas no Brasil Colônia,entre os séculos 16 e 18. O 
principal objetivo era catequizar os índios. ... Para que adotasse a 
fé cristã, a população indígena tinha de ser instruída e ganhava 
conhecimentos de leitura e escrita. A catequização dos índios foi 
realizada pela Companhia de Jesus a qual era formada por 
jesuítas, queriam ensinar a religião católica e dessa forma difundir 
o catolicismo pelo mundo que na época perdia popularidade na 
Europa devido o aparecimento de outras religiões.
Eurocentrismo
O termo eurocentrismo é utilizado para abordar a posição de centralidade e 
dominação que a Europa tem em relação aos demais territórios. 
As características do eurocentrismo são a dominação pela força e 
superioridade bélica, imposição de língua e cultura nos territórios dominados 
e o uso da arquitetura europeia nos países conquistados. Os principais 
exemplos do eurocentrismo são: 
● Expansão marítima; 
● Conflitos armados; 
● Superioridades bélica; 
● Mortes dos resistentes a dominação; 
● Conquista de novos territórios; 
● Arquitetura europeia nos novos países por eles formados; 
● Imposição da cultura europeia e da língua do dominador. 
Etnocentrismo
O conceito de etnocentrismo, termo que surgiu nos estudos 
antropológicos, é posicionar um determinado grupo étnico como 
superior aos demais. 
Esse conceito vai muito além da questão de etnia, ele abrange 
também a questão da língua, da cultura, da religião, e muito mais. 
As principais características do etnocentrismo são: 
● noções de superioridade; 
● preconceito; 
● imposição de religiões e cultos como unicamente aceitos; 
● intolerância religiosa; 
● Racismo; 
● xenofobia. 
Autores do quinhentismo
Os principais autores do quinhentismo são:
● Pero Vaz de Caminha (1450-1500): português e escrivão da 
frota de Pedro Álvares Cabral (1467-1520).
● Hans Staden (1525-1579): alemão que passou nove meses 
prisioneiro dos índios tupinambás.
● Pe. Manuel da Nóbrega (1517-1570): padre português, chefe 
da primeira missão jesuítica no Brasil.
● Pe. José de Anchieta (1534-1597): jesuíta espanhol.
Obras do quinhentismo
As principais obras do quinhentismo são:
● A carta de Pero Vaz de Caminha.
● A carta de mestre João Faras.
● Relação do piloto anônimo.
● Cartas de Pe. Manuel da Nóbrega.
● Arte de gramática da língua mais usada na costa do Brasil (1595), de Pe. José de 
Anchieta.
● Duas viagens ao Brasil (1557), de Hans Staden.
● Auto da festa de São Lourenço (1583), texto teatral de Pe. José de Anchieta.
TODO O MATERIAL FOI ESTUDADO E RETIRADO DE:
mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/
descobrimento-brasil.htm
sohistoria.com.br/ef2/indios/p2.php
https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$carta
-do-achamento-do-brasil

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