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Semiologia e farmacologia homeopática Prof.ª Caroline Deckmann Nicoletti Descrição O estudo integral do indivíduo, a sua relação com a farmacologia dos medicamentos homeopáticos e a atuação do farmacêutico nesse processo. Propósito A semiologia, ou seja, o conhecimento do ser humano em sua totalidade (mental, emocional e físico), somada à compreensão da farmacologia dos medicamentos homeopáticos, possibilita a prescrição acertada, racional e individualizada. Objetivos Módulo 1 Semiologia e anamnese homeopática Reconhecer as questões relacionadas à anamnese homeopática. Módulo 2 Leis de cura e miasmas Identificar as leis de cura e os miasmas e sua importância no processo de adoecimento. Módulo 3 Farmacologia homeopática Reconhecer a farmacologia dos medicamentos homeopáticos e os princípios da Lei de Arndt-Schultz. Introdução A homeopatia aborda os sinais e sintomas (semiologia) de forma bem extensa, compreende o indivíduo em sua magnitude, considerando todos os três níveis dinâmicos (mental, emocional e físico). Na busca pelo motivo do adoecimento são considerados aspectos diversos, não necessariamente relacionados ao órgão acometido, tais como: personalidade, preferências, histórico individual, entre outros, de modo a empregar o conjunto dos sintomas peculiares do doente para aferir o desequilíbrio orgânico. Esse desequilíbrio pode se apresentar em qualquer um dos níveis ou na falta de coesão entre eles. À luz disso, entende-se as leis de cura de Hering, segundo as quais o organismo preserva órgãos mais importantes e nobres, bem como a existência da cronificação das doenças e suas classificações miasmáticas. Para o entendimento da ação dos medicamentos, é importante saber da existência de ações primárias e das reações secundárias: uma refere-se à ação de substâncias sob o organismo – ação comum aos medicamentos alopáticos –; a segunda refere-se à reação do organismo frente a alguma ação externa, de modo a reequilibrar o organismo – a ação externa pode ser o medicamento homeopático. Além disso, para minimizar as reações patogenéticas, os medicamentos homeopáticos são diluídos e potencializados (sucussionados), ou seja, são dinamizados. 1 - Semiologia e anamnese homeopática Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer as questões relacionadas à anamnese homeopática. Semiologia homeopática As leis que regem a saúde são os pilares do conhecimento do profissional homeopata. A forma como entendemos a relação entre a substância e a energia da vida determina o modelo que usamos para descrever a saúde. Você lembra qual é o conceito de saúde? No primórdio, a definição de saúde era apenas a ausência de doença, porém a OMS (Organização Mundial da Saúde), em 1946, definiu saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social. Esse modelo passou a ser considerado e segurado no Brasil com o advento da Constituição Federal de 1988, que em seu artigo 196, reconhece o direito de toda a população à saúde, mediante ações que visem à redução do risco de doença e de outros agravos por meio de ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação, e parte do artigo 198, que dá ênfase ao atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas. Ou seja, além da prática homeopática, há um entendimento mundial e normatizado de que o indivíduo deve ser visto em sua integralidade, e seu sofrimento estará interligado ao meio (social, profissional, familiar). A saúde, portanto, não é um único ponto de equilíbrio, mas um estado dinâmico com pontos de equilíbrio variáveis. Remoção temporária de alguns sintomas não é o mesmo que cura. A relação diferente entre o profissional homeopata e paciente – na qual os sintomas descrevem a interface entre o paciente e seu ambiente, e a doença pode ser vista como um aspecto necessário para estar bem – convida a uma reflexão mais aprofundada sobre o paciente homeopático e o significado da doença. O modo como os sintomas surgem e comunicam as necessidades do paciente é mediado pelo que é chamado de vitalidade. As forças naturais que regem a vitalidade e as leis gerais de saúde passam a descrever as leis homeopáticas. Energia vital e a vitalidade A energia, princípio ou força vital é imaterial e, portanto, às vezes descrita como uma força "espírito" que se expressa nos organismos vivos como vitalidade. Atualmente, podemos falar sobre bem-estar geral, resistência e imunidade. Ao pensar em um organismo vivo como uma máquina, a força vital seria a bateria ou gerador e a vitalidade a corrente elétrica. Se imaginarmos um pião, a força vital pode ser pensada como o que o mantém girando, e a vitalidade como a força que lança as coisas para o contorno, ambas o mantêm equilibrado e ereto. Hahnemann (1755-1843) postula a força vital como a energia que mantém o equilíbrio orgânico. Pensando assim, as doenças não são mais do que manifestações do desequilíbrio da energia vital. Quando o organismo está desequilibrado, a força vital que anima o corpo se expressa por meio da vitalidade. A vitalidade estimula o organismo a restabelecer o equilíbrio por meio da produção de sintomas. Na época em que a homeopatia foi formulada (século 18), a ideia de vitalismo era comum. Segundo o vitalismo, os seres vivos possuem um princípio vital (diferente das propriedades físico-químicas e bioquímicas do corpo) que os mantêm atuantes. Vamos entender melhor a seguir alguns termos que estão relacionados à energia vital e vitalidade. Energia potencial É necessária para se livrar de uma doença. É semelhante à forma como a energia elétrica é necessária para operar um aparelho elétrico. Força vital A força vital pode ser pensada como uma bateria que precisa ser carregada estando sujeita a ser drenada. Vitalidade A vitalidade pode ser pensada como a corrente gerada quando a carga da bateria flui. Na saúde, a força vital integra e permite que as diferentes partes se coordenem, incluindo funções fisiológicas normais. A vitalidade permite que o corpo regule, equilibre e evolua, sendo ela a qualidade de vida intrínseca que conecta a mente e o corpo. Princípios da anamnese homeopática A anamnese é o ato que se caracteriza pela escuta atenta, interessada e isenta de julgamentos do relato do paciente. Ela deve ser registrada com a maior fidedignidade ao discurso pessoal e particular do paciente, do detentor do sofrimento. Só após concluída essa fase de relato espontâneo deve o profissional proceder um interrogatório, por meio de perguntas não diretivas. Mas o que são perguntas diretivas e não diretivas? Perguntas diretivas são as que induzem o paciente a respostas “prontas”, diferentemente das perguntas não diretivas, que são aquelas que podem surgir ao longo da entrevista, em que a resposta do paciente é livre e, muitas vezes, subjetiva. Veja alguns exemplos: Perguntas diretivas Você sente dor? A dor é latente? A dor de cabeça inicia-se ao levantar e se expor à luz do dia? Perguntas não diretivas O que você está sentindo? Como sua dor é? Quando ela tem início? O modo como o paciente responde, as palavras que o paciente utiliza para descrever seu sofrimento são fundamentais na decisão do medicamento prescrito. As perguntas que buscam conhecer as condições atuais de funcionamento do organismo, como um todo (relação com o clima, horários, sono, sede, desejos e aversões alimentares, sexualidade, suor, dentre outras) e a cada parte do ser humano (revisão de cada sistema e função) auxiliarão na tomada de decisão sobre o medicamento que o paciente utilizará. Como a anamnese se aplica à homeopatia? A anamnese homeopática visa elucidar, especificar e modalizar os sintomas relatados pelo paciente. Depois, investigar sua história familiar, seus hábitos e condições de vida, sua história patológica pregressa. O exame físico e os exames complementares não devem ter sua importância subestimada. O ouvinte (profissional de saúde) homeopático, normalmente napessoa do médico, deve ser sobretudo um bom clínico, capaz de fazer não só o diagnóstico homeopático e prescrever medicamentos homeopáticos, mas também de fazer o diagnóstico da doença e a condição clínica compreendida em sua totalidade (diagnóstico da entidade nosológica). Tais análises são importantes não apenas do ponto de vista da necessidade de comunicação com o paciente, seus familiares e o meio médico-sanitário em geral, mas também para o estabelecimento do prognóstico e a avaliação do caso em consultas subsequentes. A seguir, você verá o que deve ser considerado durante uma consulta de anamnese homeopática: Fatores gerais Clima, estações, a temperatura na qual melhoram ou pioram os sintomas. Preferências alimentares Preferência por doces e salgados. Até mesmo repulsa por determinado alimento. Medos Temores tangíveis e temores emocionais. Personalidade e temperamento Conforme sua característica emocional. O que se deve identificar na anamnese homeopática? Na anamnese, identificam-se os sintomas homeopáticos que podem ser mentais, gerais e locais. Para que um sintoma seja categorizado como homeopático, deve estar associado às ocorrências e condições que o provocam ou modificam. A valorização dos sintomas, além de considerar a hierarquia mental> geral> local, depende: De sua raridade: fator que torna o sintoma específico ao indivíduo e pouco comum no conjunto de pessoas portadoras de determinada doença; Intensidade: refere-se a quanto o sintoma perturba ou limita o indivíduo; Antiguidade: diz respeito ao tempo da existência dos sintomas na vida do paciente; Frequência; Duração. Confira a hierarquia dos locais dos sintomas em homeopatia: Hierarquia dos locais dos sintomas em homeopatia. Construído o conjunto de sintomas mais relevantes do paciente (síndrome mínima de valor máximo), procede-se a repertorização do caso, que conduz ao diagnóstico medicamentoso, ou seja, o medicamento a ser prescrito. James Tyler Kent (1849-1916), médico homeopata estadunidense, relacionou os graus de acometimento da energia vital às formas de evolução esperadas do caso. Essas conexões ficaram conhecidas como observações prognósticas de Kent. Confira a seguir: Paciente incurável Agravação prolongada em um declínio final (também pode ocorrer uma melhoria inicial, seguida de agravação e declínio). Paciente com lesão grave Agravação prolongada seguida de lenta melhora. Diagnóstico em homeopatia No processo de conhecimento do paciente (diagnose = conhecer por meio de), o profissional homeopata está interessado em construir uma imagem de seu paciente, sendo essa imagem a mais completa possível (totalidade sintomática), incluindo os sintomas gerais, mentais e particulares. Desse modo, obterá o diagnóstico homeopático (ou diagnóstico do doente ou diagnóstico do medicamento), pois, no método homeopático, o quadro que retrata o doente deve se superpor ao quadro que retrata um medicamento. Nesse momento, também se tem a decisão terapêutica. Para um correto diagnóstico homeopático, ou seja, para uma escolha assertiva do medicamento homeopático, é necessário: Que a anamnese contenha, de modo fidedigno e completo, o conjunto dos sintomas do paciente; Que o profissional homeopata saiba identificar, no conjunto de sintomas, os mais relevantes, hierarquizando-os e construindo uma síndrome mínima de valor máximo; Que se escolha um medicamento que corresponda à totalidade sintomática hierarquizada (repertorização); Que se observe, por meio da observação da matéria médica, qual dos medicamentos destacados na repertorização dos sintomas mais “se assemelha” com o paciente; Que se avalie a potência mais adequada em cada caso. Diagnóstico constitucional Paciente com lesão leve Agravação rápida e forte, seguida de rápida melhora. Paciente funcional Melhora sem agravação. Além do diagnóstico do medicamento, o homeopata procura observar características constitucionais de seu paciente, por meio do seu biotipo e da forma como seu organismo se desenvolve e trabalha, suas tendências funcionais e orgânicas. O diagnóstico constitucional ajuda frequentemente na escolha terapêutica, já que os medicamentos, assim como as pessoas, têm seus traços constitucionais, tornando pouco provável que um paciente possa se beneficiar do uso de um medicamento completamente estranho à sua constituição. Existem muitas classificações constitucionais, porém a mais adotada é a de Henri Bernard, que propôs três constituições básicas: Corpo é mais baixo e largo do que o padrão normal, dimensões encurtadas (brevilíneo), tendência a adoecer no sistema respiratório e de várias partes do tubo digestório e de suas glândulas anexas, como o fígado e pâncreas (órgãos originados do endoblasto), tendência a escleroses. Indivíduo de estatura mediana (normolíneo), tendência a adoecer músculos, o sangue, o esqueleto e os rins (órgãos originados do mesoblasto), variando tendências à esclerose e à desmineralização. Indivíduo com tronco e membros mais longos do que os normolíneos (longilíneo), tende a adoecer a epiderme e os anexos epidérmicos, vesículas olfativas e auditivas, lobos anteriores e intermediário da hipófise (órgãos originados do ectoblasto), tendência à desmineralização. Segundo Henri Bernard, a constituição fluórica é considerada uma constituição resultante de um desvio das outras três constituições base. O tipo fluórico é física e mentalmente irregular. Constituição carbônica Constituição sulfúrica Constituição fosfórica Diagnóstico miasmático ou diatésico Nessa etapa do diagnóstico, é avaliada a forma particular como o processo da doença está se instalando ou se desenvolvendo no organismo. A classificação de Hahnemann dos três miasmas crônicos é: Psora, Sicose e Sífilis. Posteriormente, Nebel e Vannier acrescentaram um quarto miasma ou diátese, o Tuberculinismo. Embora as constituições e as diáteses não se superponham, elas frequentemente são correlacionadas. A constituição descreve como é o organismo, já a diátese descreve o modo de adoecer. Detalharemos mais os miasmas no próximo módulo. Diagnóstico das entidades nosológicas O diagnóstico das entidades nosológicas utiliza as bases teóricas e metodológicas da medicina anatomopatológica contemporânea. Nesse contexto, busca-se saber como órgãos e tecidos estão lesados, que tipo de lesão cada qual apresenta, em que extensão e grau. Para um correto diagnóstico, o profissional homeopata utiliza a anamnese, o exame físico e, sempre que necessário, exames complementares. O diagnóstico correto das entidades nosológicas apresentado pelo paciente tem importância, inclusive, para avaliação prognóstica. Com base no diagnóstico das entidades nosológicas, avalia-se o grau de acometimento da energia vital e formula-se as observações prognósticas: como se espera que o paciente reaja ao tratamento? Como deve apresentar-se na próxima consulta, obedecidas as leis de cura? Repertório homeopático É totalmente inviável que o prescritor homeopata consulte ou tenha em mente a matéria médica em sua íntegra, por isso lança-se mão do Repertório Homeopático. Este é um compilado de listas de medicamentos com referências cruzadas no qual sintomas específicos são encontrados. O Repertório Homeopático poderá ser encontrado na forma de livro e atualmente ele existe na forma digital, como aplicativo para computadores. Um dos repertórios mais completos utilizados é o de James Tyler Kent. Trata-se de um trabalho monumental, que contribui enormemente para o processo de seleção de medicamentos. A confiabilidade do Repertório é oriunda do detalhamento no registro dos resultados dos experimentos e da profundidade do conhecimento de Kent. No entanto, ele não inclui tudo. Por isso, o Repertório não pode ser visto como referência absoluta, pois, afinal, trata-se de um instrumento indispensável, mas não deve ser, necessariamente, a palavra final. O propósito do Repertório é possibilitarque o profissional homeopata reveja rapidamente as drogas conhecidas como produtoras dos sintomas que estão sendo estudados no determinado caso. Devido à gradação dos sintomas, auxilia também a interpretar a intensidade dos sintomas. O Repertório leva o profissional a pensar sobre certos medicamentos que poderiam ser esquecidos. No entanto, é fundamental se atentar para o uso dessa ferramenta de modo mecânico, automático e impensado. A repertorização deve ser útil quando a informação estiver reunida, sendo importante a expertise, conhecimento e prática do profissional para a tomada de caso, gradação e avaliação dos sintomas. Qualquer prescrição deve ser baseada em estudo cuidadoso da matéria médica e na sua combinação do detalhe e da totalidade dos sintomas com a do medicamento. Ou seja, o Repertório é um auxiliar na tomada de decisão do medicamento simillimum (aquele com base na totalidade dos sintomas) a ser escolhido para aquele paciente. Anamnese e diagnóstico em homeopatia Veja as semelhanças e diferenças entre a farmacologia alopática e homeopática. Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 Sabemos que a origem vitalista é o modelo conceitual no qual a terapêutica homeopática se apoia. Sobre vitalismo, vitalidade e energia vital, é correto afirmar que A vitalidade é uma doutrina filosófica na qual os postulados terapêuticos homeopáticos foram embasados. B o vitalismo é o que dá forças aos seres vivos manterem-se no estado animado. C a energia vital integra e harmoniza os níveis físico, emocional e mental do ser humano. D a produção dos sintomas patológicos são a energia vital estimulando o reequilíbrio do orgânico. Parabéns! A alternativa C está correta. A energia ou força vital é, às vezes, descrita como uma força "espírito" que se expressa nos organismos vivos como vitalidade. Vitalismo é uma doutrina filosófica na qual os postulados terapêuticos homeopáticos foram embasados. A energia vital é o que dá forças ao ser vivo para manter-se nesse estado, integra e harmoniza os níveis físico, emocional e mental do ser humano. A produção dos sintomas patológicos é a vitalidade estimulando o reequilíbrio do orgânico. A homeopatia define saúde como um estado de equilíbrio do indivíduo (mental, emocional e físico) com o ambiente. Questão 2 A consulta homeopática costuma ser mais demorada em relação à consulta alopática. Isso ocorre por causa das premissas da anamnese homeopática. Sobre a anamnese homeopática, podemos afirmar que E a homeopatia define saúde como um estado de desequilíbrio do indivíduo (mental, emocional e físico) com o ambiente. A é importante que o profissional faça perguntas claras e objetivas para que seja possível fazer a repertorização precisa. B os gostos, sofrimentos e predileções são apenas especulações do prescritor na consulta homeopática. C na anamnese homeopática, os sintomas são hierarquizados, do mais importante para o menos importante, ou seja, geral, emocional, mental e local. D a importância dos sintomas será dada a partir da sua raridade, intensidade, antiguidade, frequência e duração. E o prognóstico de pacientes funcionais é uma agravação prolongada seguida de rápida melhora. Parabéns! A alternativa D está correta. A valorização dos sintomas depende da raridade, intensidade, antiguidade, frequência e duração. Na anamnese homeopática, é importante que o profissional tenha a escuta atenta e as perguntas não venham a induzir o paciente a respostas prontas, pois na homeopatia, para que seja feita a repertorização dos sintomas apresentados, o modo como eles são descritos faz muita diferença. Gostos, sofrimentos e predileções auxiliarão na tomada de decisão do medicamento a ser prescrito. Na anamnese homeopática, os sintomas são hierarquizados, do mais importante para o menos importante, ou seja, mental, geral e local. 2 - Leis de cura e miasmas Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car as leis de cura e os miasmas e sua importância no processo de adoecimento. Os níveis dinâmicos O indivíduo apresenta três níveis dinâmicos identificáveis: o físico, o emocional e o mental, nos quais a energia vital atua e equilibra, de modo a manter coesos esses três níveis. Hierarquia dos níveis dinâmicos identificáveis. Dentre esses três níveis, o nível mental é o mais importante, e o físico, o menos importante. Dentro de cada nível também há uma hierarquia. Por exemplo, no nível físico, o sistema respiratório é mais importante que a pele, no nível emocional a depressão é mais importante que uma irritabilidade, e no nível mental, delírios e paranoias são mais importantes que falta de concentração ou letargia. Muitas vezes, uma doença acometerá um órgão nobre, logo, a energia vital, na busca pelo reequilíbrio geral, tentará transferir para um nível periférico. Por exemplo, para eliminar uma bronquite, a força vital, não conseguindo eliminá-la, transferirá para um problema de pele. Temporariamente, a pele será a “válvula de escape” do organismo. Isso é muito frequente em doenças crônicas. Logicamente que poderá haver agravos. Em casos de pacientes com crise emocional crônica, poderá haver uma piora, por exemplo: uma angústia transformar-se em depressão. Nesse exemplo de agravo, o problema foi deslocado do emocional para o mental, pois a energia vital não teve força para expulsá-lo para o nível físico. Nesse caso, o uso de um medicamento homeopático apropriado ao paciente irá, ao fortalecer a vitalidade, restabelecer o equilíbrio dinâmico individual. Ao vermos problemas de pele, temos a imediata intenção de suprimi-los com o uso de medicamentos tópicos. No entanto, essa prática criará obstáculos à tentativa de cura promovida pela energia vital. Ao remover a totalidade dos sintomas antes de curar o problema base (original), dificultaremos a identificação do medicamento simillimum. Essa supressão dos sintomas levará ao retorno do problema/incômodo ou ainda resultará no aparecimento de uma enfermidade mais grave depois de um tempo. Às doenças causadas pela supressão dos sintomas e, consequentemente, que levaram a uma morbidade mais profunda e perigosa, dá-se o nome de metástases mórbidas. Um exemplo bem simples de entender é quando o paciente tem amigdalite recorrente e usa medicamentos alopáticos, tais como antibióticos, levando à supressão do quadro infeccioso. Nesse caso, sabe-se que muitas pessoas possuem em sua mucosa bucal as bactérias que levam à infecção das amigdalas. No entanto, nem todas essas pessoas a desenvolvem. O fato é que as amigdalites recorrentes poderão ter um problema de fundo emocional, que levou ao enfraquecimento da vitalidade. Nesses casos, o uso de antibióticos apenas inibirá os sintomas, que retornarão quando a flora for restabelecida. A antibioticoterapia é o tratamento de escolha na alopatia, mas há necessidade de considerar os outros níveis dinâmicos que possam estar envolvidos nesse sintoma. Na abordagem homeopática, ao considerar os níveis dinâmicos, o tratamento agirá curativamente, evitando, assim, o tratamento paliativo. Atenção! Alguns homeopatas fazem uso de medicamentos alopáticos quando os julgam necessários e tratam o sintoma aparente que incomoda o paciente, como o caso da amigdalite. No entanto, em seguida, administram o simillimum para o tratamento do indivíduo, de modo a reequilibrar os três níveis dinâmicos e fortalecer sua energia vital. Com o restabelecimento da energia vital, os microrganismos – as bactérias no caso da amigdalite – não encontrarão ambiente propício para invadir, se proliferar e causar a infecção. Leis de cura Como se dá a cura na homeopatia? A terapêutica homeopática é baseada em uma estrutura de leis descritas por filósofos e validadas ao longo de gerações por observadores e praticantes. Elas se aplicam a todos os organismos e seguem as leis que governam nosso ambiente, quer pensemos nele em termos de objetosou energia. Vamos verificar a seguir o que dizem essas leis e princípios que regem o nosso ambiente, e como eles se relacionam com a homeopatia: Você lembra da lei da ação e reação? Essa lei define que toda ação é acompanhada por uma reação igual e oposta. Quando uma força é direcionada em uma direção, uma força oposta opera na outra direção. Tal lei explica por que cada causa tem um efeito, por que certos estilos de vida produzem certos sintomas. A partir da Lei de Lavoisier (ou Lei de conservação das massas), podemos enunciar que nada é perdido, assim como nada é criado, apenas muda sua forma ou natureza. Assim, a energia mudará de cinética para potencial, compostos podem se quebrar em substâncias elementares, saúde e doença são aspectos da mesma coisa e nascimento e morte são considerados uma mudança de “estado”. Segundo esse pensamento, sempre existem no mundo duelos e dualidades, e não uma uniformidade constante. Assim, a mudança é uma constante e é inevitável. Sistemas complexos em decaimento do tempo; sistemas simples com o tempo tornam-se mais complexos. Organismos tentam se mover ou manter um estado estacionário, mas quando um estado 3ª Lei de Newton Lei de Lavoisier Pensamentos do filósofo Heráclito de Éfeso estacionário é alcançado, seja em definitivo ou por um período determinado, ele inevitavelmente se torna instável novamente. O psicólogo Peter Wason apresentou em 1960 o efeito denominado “viés de confirmação”. A partir desse efeito, pode-se afirmar que toda observação é afetada pelo meio a partir do qual a percepção está ocorrendo. Por exemplo, as coisas parecem diferentes quando vistas através do ar ou da água, e porque leva tempo para vermos as coisas, só as vemos como eram, e nunca como são. Duas pessoas terão visões diferentes das mesmas coisas. Segundo os pensamentos de Heisenberg, as mesmas leis que governam os objetos governam a energia. Toda matéria tem o potencial de mudar e toda mudança é uma expressão de energia, então a matéria tem uma “energia potencial dentro dela”, logo, nossos corpos são influenciados pela energia. Agora que você já conferiu as leis e princípios, segundos os filósofos, confira um pouco mais sobre a relação da 3ª Lei de Newton e a homeopatia: Aplicação do conceito de efeito-resposta na terapêutica homeopática, considerando a força vital. Abordagens de cura na homeopatia Na homeopatia, duas abordagens para a cura são possíveis: abordagem da causa e abordagem sintomática. Viés de confirmação de Peter Wason Pensamentos do físico quântico W. Heisenberg Na abordagem da causa, usar algo que atua na mesma direção que a causa pode estimular uma reação de cura, semelhante aos tratamentos de dessensibilização para doenças alérgicas e à estimulação da imunidade de um paciente por vacinação. Já na abordagem sintomática, um sintoma agudo, muitas vezes, pode ser apreciado como a maneira de uma pessoa tentar melhorar. Por exemplo, quando um paciente desenvolve intoxicação alimentar, ele fica com diarreia e vômito. Essa é a maneira do corpo de limpar a intoxicação alimentar o mais rápido possível. Os sintomas são o modo do corpo tentar retornar a um estado de equilíbrio e o tratamento funciona na mesma direção dos sintomas. As informações que o corpo precisa para se reequilibrar estão contidas em medicamentos que também podem causar diarreia e vômito. Assim, na seleção de um medicamento homeopático, busca-se o que mais se aproxime do quadro de sintomas. É como se a vitalidade produzisse sintomas na tentativa de reequilibrar o organismo na busca do estado saudável. No entanto, sem conseguir sozinho, requer um estímulo, pois não foi capaz de resolver espontaneamente. O medicamento homeopático tem a intenção de reforçar os mecanismos de defesa naturais, agindo no mesmo sentido da energia vital, ou seja, o tratamento homeopático procura não suprimir os sintomas. Lei dos semelhantes A lei dos semelhantes baseia-se em observações confiáveis de que, se uma substância produz sintomas quando ingerida por uma pessoa saudável, a mesma substância pode ajudar uma pessoa doente com um conjunto semelhante de sintomas. O registro dos sintomas produzidos quando uma substância é administrada a um indivíduo saudável é chamado de patogenesia. O Dr. Samuel Hahnemann observou que tomar Quina (Cinchona – que contém o quinino), usado na época para tratar a malária, produzia, em uma pessoa saudável, uma febre semelhante à malária. Ele usou com sucesso Quina para tratar homeopaticamente febres. Cinchona. Sendo assim, sua vida, pensamento e primeiros experimentos com a casca de Quina (Cinchona) foram registrados sistematicamente dando origem ao Organon da Arte Médica, que foi desenvolvido em seis edições. Esses são estudos essenciais para o estudante de Homeopatia! Vejamos outro exemplo: Os sintomas citados na matéria médica homeopática na patogenesia da Belladona, planta essa que Hahnemann (1801) usou para curar febre escarlatina: Olhos e face vermelha, pupilas dilatadas, clarões na cabeça com cefaleia viva, boca seca com repulsa à água, extremidades frias e insônia etc. Angústia, irritabilidade excessiva etc. Superexcitação e embotamento mental, delírio com alucinações visuais etc. O profissional homeopata prescreverá Belladona para paciente com faringite ou intoxicação alimentar, mesmo tratando-se de doenças bem Sintomas físicos Sintomas emocionais Sintomas mentais distintas, pois ambos os pacientes apresentam sintomas citados na matéria médica homeopática na patogenesia dessa droga. Na terapêutica homeopática, os sintomas sempre pertencem ao enfermo e estes indicarão o medicamento específico para o paciente – simillimum –, e não a doença. Os pacientes são analisados a partir de suas respostas específicas (sintomas particulares), as perturbações de sua energia vital. Logo, não receberão medicamentos para os sintomas/doença apresentada, como na alopatia, daí vem a afirmativa popular: “Homeopatia trata o doente, e não a doença”. Na prática homeopática, o medicamento tem a intenção de reforçar os mecanismos de defesa naturais e agir na mesma direção da energia vital, ou seja, não se pretende suprimir os sintomas. A primeira constatação de que a escolha do medicamento foi bem-sucedida é o aumento transitório dos sintomas, que na sequência desaparecem graças à cura do paciente. Ao longo dos anos, foi possível observar tendências dominantes no processo de cura das doenças crônicas, estas foram sistematizadas por Constantin Hering (1800-1880), um discípulo de Hahnemann. Esse processo é conhecido como “leis de cura” ou “leis de cura de Hering”. Confira a seguir: Aliviam-se primeiro os órgãos mais nobres, logo, a pele e mucosa (menos nobres) serão curadas ao final; O corpo exterioriza os sintomas, a melhoria ocorre de dentro para fora (do mental para o físico); A melhoria dos sintomas ocorre de cima para baixo; Antigos sintomas tendem a reaparecer; Os sintomas desaparecem na ordem inversa de seu aparecimento. Confira a seguir o processo das leis de cura. Leis de cura de Hering. A constatação de quaisquer dessas eventualidades ajuda na condução do tratamento homeopático. O profissional homeopata poderá suspender ou substituir conforme evolução do quadro clínico. Classi�cação das doenças Qual a diferença (na visão homeopata) entre as doenças? A homeopatia também classifica as doenças como agudas ou crônicas, porém, na alopatia esses termos estão vinculados ao tempo e à duração, enquanto na homeopatia é um pouco diferente. Para a homeopatia, alguns casos agudos são decorrência de estados crônicos ocultos. Reincidência de episódios agudos demonstra a existência de uma predisposição do indivíduo àquela doença. Portanto, para que o indivíduo recupere a saúde, é necessário o conhecimento, não apenas do quadro agudo momentâneo, mas suas características de base (de terreno) ou suas predisposições mórbidas. Para o tratamento de doenças agudasestuda-se todo o indivíduo, inclusive as questões mentais e emocionais, pois, para a homeopatia, o surgimento de quadros agudos advém de estresses físicos ou psicomentais preexistentes. Exemplo bastante corriqueiro são as crises de herpes que se instalam normalmente em períodos de estresse, como véspera de provas, junto ao período menstrual ou após uma ida à praia com exposição excessiva ao sol. A Homeopatia também distingue, dentro da classificação de doenças agudas, as doenças epidêmicas e infecções específicas. Como o caso de sarampo, febre amarela etc., que não dependem de estados miasmáticos para virem à tona, mas sim da suscetibilidade individual, ou seja, da condição da força vital. Nas doenças crônicas, a enfermidade é contínua ou intermitente, como no caso de doenças degenerativas (por exemplo, na artrite). Embora haja uma batalha entre doença e energia vital, com vitórias e derrotas do nosso organismo, a tendência geral da saúde é a descendente. Os medicamentos homeopáticos auxiliam a recuperação por meio do estímulo da energia vital, que afetada é incapaz de se restabelecer sozinha. Os medicamentos aprovisionam a força vital, para que ela livre o corpo da enfermidade e recupere o seu estado saudável. Para que ocorra essa alavanca na energia vital de forma eficiente, é necessária a coleta de informações do quadro de sintomas para que assim seja feita a escolha do medicamento homeopático mais exato possível, o simillimum. A teoria dos miasmas foi postulada por Hahnemann para explicar as doenças crônicas, visto que, muitas vezes, mesmo com a administração do simillimum, o organismo não responde de maneira satisfatória, apresentando recaídas. Observou-se que o quadro de sintomas era parcial e esporádico da verdadeira enfermidade que permanecia oculta. Miasmas Miasmas, ou diáteses crônicas, não são propriamente doenças, mas estados diatésicos que condicionam o organismo a apresentar certas enfermidades. Um indivíduo poderá ter um ou mais miasmas. A diátese crônica representa uma predisposição (adquirida ou genética) que os tecidos têm de reagir especificamente a determinado estímulo. Miasma nada mais é que um estado patológico crônico que evolui dentro de certos padrões, conforme a predisposição individual e a doença. Hahnemann postulou a existência de três dessas entidades miasmáticas: Psórica Sicótica Sifilíticos Nebel e Vannier acrescentaram o Tuberculinismo, um quarto miasma. O miasma mais importante de longe é a psora, pois segundo Hahnemann, ela foi responsável por 87% de todas as doenças humanas, enquanto os miasmas Sífilis e Sicose são a causa de todas as demais. Para Hahnemann a Psora é a única causa verdadeira e fundamental que produz todas as outras formas de doença, que, sob os nomes de debilidade nervosa, histeria, hipocondria, insanidade, melancolia, loucura, epilepsia e espasmos de todos os tipos, amolecimento dos ossos, ou raquitismo, escoliose e cifose, cárie, câncer, icterícia amarela e cianose, asma e supuração dos pulmões, surdez, catarata e amaurose, perda de sentido, dores de todo tipo etc., aparecem em nossa patologia como muitas doenças peculiares, distintas e independentes. Veja no quadro a seguir as características dos três principais miasmas. Psora Sequência mental: Alterações primárias do ego (ansiedade, medo, angústia). Afeta a emotividade. Tendências fisiopatológicas: Hiperfunção, transtornos reversíveis, hipersensibilidade (espirro, coriza). Melhoria miasmática: Eliminações fisiológicas de um modo geral. Agravação miasmática: Ao meio-dia antes da menstruação. Características cutâneas: Erupção vesiculosa pruriginosa. Medicamentos com patogenesias com semelhança miasmática: Sulphur. Nosódios miasmáticos: Psoribum. Sicose Sequência mental: Perversão afetiva (paradoxais), depressão com melancolia (afeta a memória, perverte os sentimentos e alimenta ideias fixas). Tendências fisiopatológicas: Perversão dos tecidos (tentativa de defesa do organismo –inflamação das mucosas), hiperplasias (tumores benignos). Melhoria miasmática: Excreções patológicas, formação verrucosa. Agravação miasmática: Da meia-noite ao amanhecer, supressão das verrugas. Características cutâneas: Condiloma, verrugas. Medicamentos com patogenesias com semelhança miasmática: Thuya occidentalis. Nosódios miasmáticos: Medorrihinum. Sí�lis Sequência mental: Abrange vários distúrbios intelectuais – afeta a inteligência. Reações agressivas-destrutivas. Tendências fisiopatológicas: Hipofunção, hipossensibilidade, transtornos irreversíveis (úlcera). Melhoria miasmática: Excreções patológicas, ulcerações cutâneas e mucosas. Agravação miasmática: Do ocaso até a meia-noite, transpiração normal, úlceras suprimidas. Características cutâneas: Cancro duro e úlceras. Medicamentos com patogenesias com semelhança miasmática: Mercurius solubilis. Nosódios miasmáticos: Luesinum. Afinal, miasmas constituem progressões (se mantidos os estresses interno e externo) fisiológicas do mesmo problema inicial. Veja a seguir as reações para o quadro de cada miasma. Quando esgotadas as tentativas de o organismo reequilibrar-se e eliminar as toxinas. As reações do quadro de Psora são: alergias e manifestações cutâneas, serosas e mucosas. O organismo altera a quantidade ou, ainda, bloqueia a eliminação de toxinas, originando novas formações. As reações do quadro de Sicose são: excrescências verrucosas (verrugas, condilomas etc.). Importante não confundir com a doença de mesmo nome. Trata- se de uma tentativa do organismo de adaptar-se ao estresse constante, sacrificando-se. A reação do quadro de Sífilis relaciona-se com destruição dos tecidos (úlceras, fístulas, furúnculos etc.). Atividade simultânea da Psora (exaltação das funções psíquicas e orgânicas) e da Sífilis (tendências destrutivas). As doenças crônicas são, segundo Hahnemann, resultado da invasão do corpo por miasmas através da pele. Se não fossem tratados ou – muito Psora Sicose Sífilis Tuberculinismo pior na visão de Hahnemann – suprimidos por tratamentos alopáticos, os miasmas se espalhariam por todo o corpo e causariam doenças crônicas. Essas condições geralmente ocorreriam apenas anos depois. Para evitar esse curso de eventos, muitos homeopatas empregam remédios antipsóricos, dos quais o mais importante é o enxofre. Hahnemann interpretou o miasma como uma infecção ou uma nuvem cheia de elementos causadores de doenças. Dessa forma, Hahnemann pode até ter antecipado a teoria dos germes das doenças, bem como princípios importantes de imunidade e prevenção de doenças, todos bem elucidados depois de sua morte. Isso parece particularmente claro nos seus comentários (1896, p. 851) sobre a cólera: A bordo dos navios [...] o miasma da cólera encontra um elemento favorável para sua multiplicação, e cresce em uma prole enormemente aumentada daquelas criaturas vivas excessivamente diminutas, invisíveis [...] a matéria contagiosa da cólera consiste muito provavelmente [...] este miasma agravado concentrado mata vários tripulantes; os outros, no entanto, estando frequentemente expostos ao perigo de infecção […] tornam-se fortalecidos contra ele e não mais suscetíveis de serem infectados. (HAHNEMANN, 1896, p. 851) Entidades miasmáticas: características e como identi�cá-las Veja as características dos miasmas e casos clínicos para demonstrar como esses estados podem ser identificados. Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 Sabemos que a força vital atua e equilibra os níveis dinâmicos do indivíduo. O desequilíbrio desses níveis é o grande causador das enfermidades. Considerando os níveis dinâmicos identificáveis, o nível de maior importância e o de menor importância são, respectivamente Parabéns! A alternativa B está correta. O nível mental é o mais importante, e o físico, o menos importante, logo, uma doença de pele ao ser suprimida poderá surgir em um local mais nobre,como o sistema respiratório. Questão 2 As diáteses crônicas, ou miasmas, são estados que condicionam o organismo a apresentar certas enfermidades. Estes poderão existir A físico e mental. B mental e físico. C físico e emocional. D emocional e físico. E mental e emocional. sozinhos ou correlacionados. Hahnemann sugeriu que haveria três desses estados diatésicos. Considerando os três miasmas, assinale a sentença que está correta. Parabéns! A alternativa D está correta. Perversão afetiva (paradoxais) e depressão com melancolia (perverte os sentimentos e alimenta ideias fixas) são características da Sicose. A Sífilis refere-se a estados de hipofunção e distúrbios de cunho intelectual, como o caso de ulcerações. Um exemplo do estado miasmático de Sicose é a verruga, sendo usualmente tratada com Thuya occidentalis. A A Psora refere-se a estados de hipofunção e distúrbios de cunho intelectual. B Um exemplo do estado miasmático de Sicótico é a erupção pruriginosa. C Ulcerações são fruto de transtornos de hiperfunção, característicos da Psora. D Perversão afetiva, depressão melancólica com perda da memória são características da Sicose. E Thuya occidentalis é um medicamento indicado para casos de Sífilis. 3 - Farmacologia homeopática Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer a farmacologia dos medicamentos homeopáticos e os princípios da Lei de Arndt-Schultz. Ações primárias e secundárias em homeopatia A partir de experimentos científicos, Hahnemann verificou que o uso de determinadas substâncias (drogas em homeopatia) em indivíduos sadios resultava em duas fases distintas e sequenciais de sintomas. Ele nomeou esses efeitos da seguinte forma: Efeito primário É caracterizado quando o agente atua sobre a vitalidade, afetando a força vital e consequentemente alterando a saúde (desequilíbrio da energia vital). Ou seja, é o efeito causado por uma substância que modifica, por determinado tempo (maior ou menor), a saúde do indivíduo. A patogenesia é proveniente da ação primária da droga ingerida. Efeito secundário É observado quando a força vital se opõe à ação primária sofrida. Trata- se de uma ação automática inerente ao poder de preservação da vida, e tem a intenção de restabelecer o estado normal do organismo. É a reação do próprio organismo ao estímulo que lhe é incômodo. Essa ação será de igual tamanho à força energética do medicamento homeopático ingerido. Patogenesia É o conjunto de sintomas físicos, emocionais e mentais apresentado pelo uso de determinada droga em indivíduos sadios. Droga Qualquer substância apropriada a promover alterações, somáticas e funcionais, em organismos vivos. Confira a seguir uma imagem dos efeitos: Ilustração do efeito primário e secundário no organismo. A partir do contato com o agente que causa desordem (droga – nas experimentações em indivíduo saudável), o efeito primário é observado, ou seja, os efeitos patogenéticos. Então, o organismo tende a se reequilibrar. Essa tentativa nada mais é do que o efeito secundário (reacionais). Esse efeito é a decorrência da reação homeostática do organismo, oposto aos sintomas primários, com a intenção de paralisá- los. Hipócrates (sec. V a.C.) já dizia: “A droga não faz a mesma coisa, neste instante e no instante seguinte, agindo de maneira contrária a ela mesma, no mesmo indivíduo, sendo essas ações opostas uma à outra.” Veja como esses efeitos podem ser caracterizados na farmacologia homeopática. Na farmacologia alopática, a partir do estudo da farmacodinâmica, estuda-se o efeito das substâncias no organismo e seus mecanismos de ação, interações, a sequência de eventos, o local de ação e os efeitos gerais. Logo, o efeito primário é resultado das interações fármaco- receptor-células alvo e as alterações orgânicas subsequentes, estes que podem ser agonistas (estimulante) ou antagonistas (inibitório), ou seja, as substâncias podem despertar ou modificar as funções do organismo, porém essas substâncias não têm a capacidade de criá-las. O efeito secundário, na farmacologia alopática, é denominado de efeito rebote ou paradoxal do organismo, representado por ações de hiperatividade ou supersensibilizações às substâncias administradas ao organismo, após diminuição do nível crônico ou sua metabolização completa (meia-vida). O efeito secundário é encarregado pela dessensibilização dos receptores, levando a tolerância do organismo à substância em uso, assim o efeito pelo uso contínuo fica reduzido, parcial ou totalmente. Como pode ser observado, as substâncias podem ser usadas terapeuticamente por meio da lei dos contrários e/ou por meio da lei dos semelhantes. Na primeira, o terapeuta deseja o efeito da sustância terapêutica, já no segundo o efeito desejado é do organismo. Observe a seguir um exemplo dos efeitos primários e secundários com o uso de adrenalina subcutânea: Efeito primário Efeito da adrenalina exógena no organismo: Vasoconstrição Aumento da pressão sanguínea Aumento dos batimentos cardíacos Efeito secundário O organismo produz acetilcolina (Mecanismo homeostático endógeno). Vasodilatação Diminuição da pressão sanguínea Diminuição dos batimentos cardíacos A ação primária é observada com doses elevadas; quando a concentração sanguínea diminui, a reação secundária é notada. Normalmente, a ação secundária é maior e de sentido oposto ao da ação primária. Para drogas de meia-vida curta e de ação imediata, uso constante torna- se evidente e o efeito rebote acontece rapidamente após a suspensão do uso. Já drogas de meia-vida longa, com excreção lenta, terão o efeito rebote demorado após a cessação do uso. Farmacologia dos opostos e dos semelhantes Como funciona a farmacologia dos opostos (contrários)? Hipócrates assumiu duas linhas de tratamento: a lei dos contrários e a lei dos semelhantes. Hahnemann fez referência a quatro formas diferentes de tratamento. Confira a seguir: Saiba mais Alopática Do grego, allo = diferente e pathos = sofrimento, o medicamento dessa terapêutica tende a desenvolver no indivíduo sadio sintomas diferentes dos apresentados pela doença a ser curada. Por exemplo: uso de antibióticos ou antiparasitário. Enantiopática Do grego, enantios = contrário, oposto e pathos = sofrimento; o medicamento produz no indivíduo sadio efeitos contrários (antipáticos) aos apresentados pelo doente. Por exemplo: uso de antitérmicos ou antiácidos. Homeopática Do grego, homonios = semelhante e pathos = sofrimento; o medicamento produz no indivíduo sadio sintomas semelhantes aos apresentados pelo doente. Por exemplo: uso de digitalina (para cardiopatias) e ergotina (para metrorragias). Isopática Do grego, isos = mesmo e pathos = sofrimento; o tratamento se dá pelo uso do mesmo princípio infeccioso que produziu a doença. Por exemplo: uso de vacinas ou dessensibilizantes. Erroneamente, chama-se a medicina convencional de alopatia e a classifica como a lei dos contrários. No tratamento pela lei dos contrários, um paciente com bradicardia, indisposição, fadiga e sonolência utilizará uma substância com efeito primário estimulante, o que neutralizará seus sintomas. Enquanto o paciente estiver sob efeito do produto estimulante, ele estará “curado”, mas o organismo buscará a homeostase, reagirá contra essa substância (efeito secundário), logo, o paciente voltará a sentir-se como inicialmente, ou pior (com sintomas mais fortes). Para evitar o efeito rebote, faz-se uso periódico do medicamento estimulante. Nesse modo de tratamento, não se levou em conta o fator inicial, por exemplo, uma depressão, que o levou aos sintomas de bradicardia, indisposição, fadiga e sonolência. Ou seja, não foi observado o motivo real, o uso do estimulante exigirá continuidade e, ao interromper seu uso, os sintomas se agravarão em função do efeito rebote. Isso leva ao uso crônico e à dependência. No final, além da depressão, terá agregado um problema extra: a dependência química.Hahnemann combateu o método terapêutico dos contrários (enantiopático), pois entende que ele prejudica os enfermos. Nos livros de Farmacologia, encontram-se outros exemplos típicos de intensificação dos sintomas da doença pela descontinuação ou retirada abrupta do medicamento. Tratamento pela lei dos contrários, efeito primário, secundário. Como funciona a farmacologia dos semelhantes? Para Hahnemann, o verdadeiro método de cura baseia-se no uso da lei dos semelhantes, que utiliza uma substância que provoca, no indivíduo sadio, sintomas semelhantes aos que se deseja curar no doente, para que o organismo, por meio da reação secundária, reaja contra a doença artificialmente provocada pela substância e, assim, o organismo se reequilibra. Utilizando o mesmo exemplo de antes, um paciente com bradicardia, indisposição, fadiga e sonolência utilizará uma substância com efeito primário depressor, o que estimulará o seu organismo a reagir contra esses sintomas. Enquanto o paciente estiver sob efeito do produto depressor, ele se sentirá pior, pela soma da doença e da substância ingerida. No entanto, o organismo buscará a homeostase, reagirá contra essa depressão, logo, o paciente voltará a estar estimulado (efeito secundário). Quando a substância depressora for eliminada e/ou parar de ser administrada, o paciente se sentirá melhor, pois foi o organismo que produziu os efeitos estimulantes. Tratamento pela lei dos semelhantes, efeito primário, secundário. Medicamentos dinamizados e Lei de Arndt-Schultz Sucussão e diluição de substâncias Inicialmente, Hahnemann não diluía e não potencializava as substâncias que administrava em seus pacientes, assim, o uso de drogas em altas concentrações levava ao agravo dos sintomas iniciais. Para minimizar esses efeitos, a homeopatia utiliza medicamentos diluídos e potencializados (sucussionados), ou seja, medicamentos dinamizados. Desse modo, os sintomas primários são raramente percebidos, exceto em pacientes muito suscetíveis. O medicamento dinamizado é o “empurrão” necessário para despertar a energia vital e movimentá-la no sentido da cura. A diluição das drogas de substâncias homeopáticas segue a 100-n (escala centesimal (CH) – criada por Hahnemann), sendo “n” o número de dinamizações (diluição + sucussão). A escala centesimal apresenta uma diluição maior que o número de Avogadro (6,02 x 1023), ou seja, os medicamentos homeopáticos facilmente ultrapassam esse número, e a partir da 12 CH, não há mais moléculas da droga original. No entanto, há “algo” que faz com que o organismo reaja à administração de potenciais diluições superiores a 100-12. Esse “algo” é a energia potencializada pelas sucussões (agitações) que transfere as informações medicamentosas para a solução. Uma das grandes problemáticas enfrentadas pela homeopatia são justamente as doses ínfimas ou até mesmo a ausência de moléculas da droga original, visto que os efeitos farmacológicos aumentam com o aumento da concentração dos fármacos. Contudo, o uso de substância em doses mínimas potencializadas (dinamizadas) leva a uma ação farmacológica contrária, ou seja, a ação secundária. Lei de Arndt-Schultz A Lei de Arndt-Schultz foi descoberta na década de 1880 pelo Dr. H.R. Arndt e pelo prof. H. Schultz, da Universidade de Greifswald, Alemanha. Ela retrata o fenômeno de que baixas concentrações de algumas drogas podem estimular sistemas biológicos, enquanto altas concentrações os inibem. Esse fenômeno foi observado em leveduras. Mais recentemente, o fenômeno ficou conhecido na farmacologia como hormese ou, ainda, como Lei Biológica Fundamental, que se resume em: Pequenas excitações provocam e despertam a energia vital; Excitações medianas aumentam a energia vital; Excitações fortes anulam, em parte, a energia vital; Excitações extremas anulam por completo (matam) a energia vital. Os homeopatas afirmam que a Lei de Arndt-Schultz explica o mesmo princípio da homeopatia: um remédio homeopático causa um sintoma em alta concentração que, em baixa concentração, supostamente cura. No entanto, a Lei de Arndt-Schultz não é suficientemente capaz de explicar o mecanismo dos medicamentos ultradiluídos, pois, para a sua aplicabilidade, é necessária a presença, mesmo que pequena (molecular), da substância. Vias de administração, eliminação e posologia Como administrar os medicamentos homeopáticos? Os medicamentos homeopáticos podem ser administrados pela epiderme, vias aéreas superiores e inferiores e pelas mucosas. No entanto, pela facilidade, a forma mais utilizada é a via oral. Nesse caso, é contraindicado que o medicamento seja engolido, mas sim deixado na boca para que se dissolva e seja absorvido pela mucosa bucal. A absorção por essa via é segura e rápida e a ação medicamentosa radiada para todo o organismo. A quantidade de substância presente na forma farmacêutica não influenciará, pois o que define a atividade farmacológica é a energia medicamentosa, que fará o organismo reagir, de acordo com a potência recebida. Desse modo, os medicamentos homeopáticos não se acumulam no organismo, logo, não sofrem eliminação ou efeito de primeira passagem. Todavia, poderão provocar ou acelerar a eliminação de toxinas pela pele (suor ou aparecimento de feridas diversas, diarreias, entre outros). Essas condições de eliminação não significam a eliminação completa. A cessação da administração do medicamento interromperá essa reação de eliminação. É importante destacar que o grau dessa reação é dependente da sensibilidade do organismo e do grau de dinamização do medicamento. Na medicina homeopática, a ação do medicamento não está relacionada à ponderabilidade da concentração, mas sim à capacidade de promover o estímulo da reação do organismo (reação secundária), a qual varia em cada indivíduo conforme o simillimum selecionado. A escolha da potência é determinada pela experiência clínica, pois não há uma padronização internacional sobre o desígnio da potência. Confira a seguir o que é necessário para um tratamento homeopático assertivo: 1. Escolha do simillimum que abranja a totalidade dos sintomas do paciente com o quadro patogenético da droga; 2. Escolha da potência; 3. Escolha da frequência da administração e da dose (dose única ou várias doses, várias vezes ao dia/semana), sua escolha será dependente do paciente (vitalidade, idade, sexo), doença e medicamento. O acompanhamento clínico é imprescindível para ajustar, se necessário, a dinamização mais indicada para cada paciente. Potência dos medicamentos homeopáticos. Farmacologia alopática x farmacologia homeopática Veja estudos de casos que demonstram as etapas da anamnese e como é feito o diagnóstico homeopático. Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 Hahnemann postulou a existência de dois tipos de ações, uma causada pelo meio externo e a outra pelo organismo, as quais denominamos ação primária e secundária, respectivamente. Marque a alternativa correta em relação a esses tipos de ação. Parabéns! A alternativa A está correta. O efeito primário é caracterizado pela atuação sobre a vitalidade e afeta a força vital. Já o efeito secundário é visto quando a força vital se opõe à ação primária sofrida. A patogenesia é um exemplo clássico de ação primária, pois a droga ingerida gera uma ação que afeta o equilíbrio da energia vital do indivíduo, sendo essa ação primária o foco da farmacologia alopática. Ao administrar adrenalina em um organismo, ele produzirá acetilcolina para neutralizar os efeitos da droga administrada. A esse efeito A As drogas causam no organismo diferentes efeitos em diferentes momentos, sendo uns opostos aos outros. B A patogenesia é um exemplo clássico de ação secundária. C O efeito causado por uma droga ingerida que afeta o seu equilíbrio é chamado de ação secundária. D A farmacologia alopática estuda fundamentalmente o efeito secundário. E Ao administrar adrenalina emum organismo, ele produzirá acetilcolina para neutralizar os efeitos da droga administrada, a esse efeito chamamos de ação primária. chamamos de ação secundária, pois é um efeito natural do organismo. Questão 2 Em 1988, Arndt e Schultz , em seus experimentos com leveduras, perceberam que baixas concentrações de determinadas substâncias estimulavam suas leveduras, enquanto altas concentrações as inibem. Muitos homeopatas fazem uso dessa premissa para explicar o uso de drogas ultradiluídas. Marque a alternativa correta sobre essa relação. Parabéns! A alternativa B está correta. A homeopatia utiliza medicamentos diluídos e sucussionados, ou seja, medicamentos dinamizados. A diluição das drogas homeopáticas tem a função de diminuir os agravos, a potencialização da energia vital se dá pela sucussão. Desde a diluição de 100-12, que é equivalente a 12 CH, não há mais moléculas da droga original, no entanto, muito se utiliza potências superiores a essas. A Lei de Arndt-Schultz diz que: “Para toda substância, pequenas doses estimulam, doses moderadas inibem e superdosagens matam”. A A diluição das drogas homeopáticas tem a função de potencializar a energia vital do medicamento e diminuir os agravos. B Dinamizar é o mesmo que sucussionar após diluir. C Desde a diluição de 10-12 não há mais moléculas da droga original. D Não se utiliza potências superiores a 12 CH, pois a partir dessa dinamização, não há mais moléculas da droga utilizada. E A Lei de Arndt-Schultz diz que: “Para toda substância, superdosagens estimulam, doses moderadas inibem e pequenas doses matam”. Considerações �nais Como vimos, o modo de ver o sujeito, enfermo ou não, é bem peculiar na terapêutica homeopática. O indivíduo é compreendido como um todo. Seu histórico, seus sentimentos, seus medos, fraquezas, gostos e desejos são considerados na hora da anamnese homeopática. A doença é tida apenas como um mero detalhe, pois entende-se que há um fator externo que está causando uma desordem no paciente, que por algum motivo a energia vital não está sendo capaz de vencer e voltar ao equilíbrio. Para promover a cura, o profissional homeopata utiliza drogas que apresentaram, em pessoas saudáveis, os mesmos sintomas que os da doença que lhes acomete (efeito primário). O uso dessas substâncias estimulará o organismo a reagir contra os sintomas da sua doença (efeito secundário). Outro ponto muito importante que foi visto é que as doenças podem apresentar-se em regiões menos nobres, como a pele, mas ser reflexo de desordens em níveis emocionais ou até mesmo mentais, e a supressão desses sintomas externos poderá levar à agravação em órgãos mais importantes ou até mesmo uma cronificação do estado doentio. Muito se tenta explicar o modo como a homeopatia funciona, no entanto, nenhuma teoria por si só é capaz de elucidar os fenômenos curativos dessa terapêutica milenar. Fato é, que mesmo não havendo mais moléculas da droga ponto de partida para a produção de altas dinamizações homeopáticas, os efeitos são percebidos clinicamente. Além disso, quanto mais diluído e sucussionado, mais o medicamento estará potencializado e terá seus efeitos sentidos em níveis superiores (mental). Podcast Para encerrar, ouça os principais conceitos sobre semiologia e farmacologia homeopática, de modo que se possa compreender e fixar os tópicos abordados. Explore + Confira o que separamos especialmente para você! Conheça a ABFH – Associação Brasileira de Farmacêuticos Homeopatas, inscreva seu e-mail para receber as últimas notícias, congressos e cursos ou, ainda, fique sabendo como conseguir o título de especialista. Pesquise o artigo Homeopatia: uma abordagem do sujeito no processo de adoecimento, no portal Scielo, e aprofunde o seu conhecimento nessa terapêutica milenar e tão fascinante. Referências BRASIL. Constituição Federal. Artigos 196 a 200. Brasília, DF, 1988. BRASIL. Farmacopeia Homeopática Brasileira. 3. ed. Brasília, DF: Anvisa, 2011. FONTES, O. L. Farmácia homeopática: teoria e prática. 3. ed. Barueri-SP: Manole, 2009. cap. 2 e 3, p. 23-58. HAHNEMANN, S. The Chronic Diseases. Their Specific Nature and Homoeopathic Treatment. Philadelphia: Boericke & Tafel, 1896. NICOLETTI , C. Homeopatia na prática. Belo Horizonte, 2021. OWEN, D. Principles and practice of homeopathy: the therapeutic and healing process. Churchill Livingstone: Elsevier, 2007. Material para download Clique no botão abaixo para fazer o download do conteúdo completo em formato PDF. Download material O que você achou do conteúdo? Relatar problema javascript:CriaPDF()
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