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LÍNGUA PORTUGUESA GM MACAIBA 2 Autor Principal: Andremissio Queiroz Sobre a CFPConcursos: A CFPConcursos se estabeleceu com o objetivo de transformar a maneira como candidatos se preparam para concursos públicos, especialmente destacando-se no preparatório para o Edital nº 001/2024 da Prefeitura de Olinda, focado no Cargo de Agente de Trânsito e Transporte. Nossa essência reside no Curso de Foco em Provas para Concursos (CFP), reconhecido por sua abordagem pioneira e eficiente na educação. Reconhecemos a importância do tempo para nossos estudantes, por isso, privilegiamos técnicas de estudo ativo que potencializam o rendimento acadêmico. Contamos com uma equipe de especialistas dedicados, que elaboram materiais concisos e constantemente atualizados, assegurando que nossos alunos estejam preparados para enfrentar os desafios do concurso de Olinda. Na CFPConcursos, entendemos que a prática constante é fundamental para o êxito. Nossos estudantes são incentivados a engajar-se na resolução de questões e na análise de exames anteriores, visando o aperfeiçoamento de competências e o aumento de suas possibilidades de sucesso. Oferecemos também acompanhamento sob medida e soluções tecnológicas avançadas, permitindo que cada um possa percorrer seu caminho até a aprovação com confiança e eficácia. Contatos da Empresa: Telefone: +55 84 9.9471.6073 E-mail: contato@cfpconcursos.com Website: www.cfpconcursos.com mailto:contato@cfpconcursos.com http://www.cfpconcursos.com/ 3 Sumário Interpretação de texto. .......................................................................................................................... 6 CARACTERÍSTICAS DA INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS ............................................................ 7 Ortografia oficial. ................................................................................................................................. 16 Regras de Ortografia ........................................................................................................................ 16 emprego do hífen ............................................................................................................................. 25 Acentuação gráfica. .............................................................................................................................. 29 ENTENDENDO OS ACENTOS GRÁFICOS ................................................................................ 29 1. Acento Agudo (´) .......................................................................................................................... 29 2. Acento Circunflexo (^) .................................................................................................................. 29 Funções dos Acentos Gráficos ......................................................................................................... 30 IMPORTÂNCIA NA ESCRITA E NA LEITURA .......................................................................... 30 REGRAS DE ACENTUAÇÃO ....................................................................................................... 30 NOVAS REGRAS APÓS O ACORDO ORTOGRÁFICO ............................................................. 32 Pontuação. ........................................................................................................................................... 37 Emprego das classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, ........ 40 preposição e conjunção: emprego e sentido que imprimem às relações que estabelecem. ............. 40 Classes de Palavras ........................................................................................................................... 40 Substantivo: Uma Abordagem Didática ........................................................................................... 41 Adjetivo ............................................................................................................................................ 42 Advérbios: ........................................................................................................................................ 43 Importância dos Advérbios .............................................................................................................. 45 Partículas Expletivas ou de Realce ................................................................................................... 47 Numerais na Língua Portuguesa ...................................................................................................... 48 PRONOMES: CONCEITO E USO......................................................................................................... 50 RESUMO: ........................................................................................................................................ 51 PRONOMES POSSESSIVOS ....................................................................................................... 54 2. Pronomes Demonstrativos ..................................................................................................... 55 Pronomes Indefinidos e Relativos para Concursos Públicos ......................................................... 56 1. Pronomes Indefinidos: ............................................................................................................ 56 2. Pronomes Interrogativos: ....................................................................................................... 56 PRONOMES RELATIVOS - EXEMPLOS ALTERNATIVOS ....................................................... 56 PRONOMES RELATIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................... 57 4 Classes de Palavras: Interjeição, Conjunção e Preposição .............................................................. 58 1. Interjeição ................................................................................................................................ 58 2. Conjunção ................................................................................................................................ 58 Conjunções coordenativas ............................................................................................................... 59 RESUMO! CONJUNÇÃO: A PALAVRA QUE UNE IDEIAS ..................................................... 60 CONECTIVOS COORDENATIVOS ............................................................................................. 61 3. Preposição ........................................................................................................................................ 62 Preposição ................................................................................................................................... 62 Artigo - Classes de palavras ............................................................................................................. 65 Tipos de artigos ........................................................................................................................... 65 Artigos definidos.......................................................................................................................... 65 Artigos indefinidos ...................................................................................................................... 65 Verbo ................................................................................................................................................ 66 CLASSIFICAÇÕES DOS VERBOS ............................................................................................... 68 Verbos regulares e irregulares ........................................................................................................ 68 Verbos auxiliares e principais .........................................................................................................68 Verbos transitivos e intransitivos ................................................................................................... 69 Formas nominais .............................................................................................................................. 70 USO DOS PARTICÍPIOS EM VERBOS AUXILIARES ................................................................ 71 PARTICÍPIOS IRREGULARES COM "SER" E "ESTAR" ........................................................... 71 TEMPOS VERBAIS NA LÍNGUA PORTUGUESA ...................................................................... 72 VERBOS IMPESSOAIS NA LÍNGUA PORTUGUESA ............................................................... 74 VOZES DO VERBO ..................................................................................................................... 75 Vozes verbais: ativa e passiva. ............................................................................................................. 76 Colocação pronominal. ........................................................................................................................ 80 Pronomes Pessoais do Caso Reto .................................................................................................... 80 Pronomes Pessoais do Caso Oblíquo ............................................................................................... 81 Introdução à Colocação Pronominal ................................................................................................ 81 Tipos de Colocação Pronominal ....................................................................................................... 82 Exemplos Práticos para Cada Tipo de Colocação Pronominal ......................................................... 83 Fundamentação das Regras de Colocação Pronominal ................................................................... 84 Regras Detalhadas de Colocação Pronominal ................................................................................. 85 Concordância verbal e nominal. .......................................................................................................... 87 5 CONCORDÂNCIA VERBAL: ........................................................................................................... 87 ABAIXO, SEGUEM DEZ EXEMPLOS COM EXPLICAÇÕES PARA CADA SITUAÇÃO DE CONCORDÂNCIA VERBAL .................................................................................................................... 87 REGRAS DE CONCORDÂNCIA VERBAL ................................................................................... 88 CONCORDÂNCIA NOMINAL ........................................................................................................ 89 CONCORDÂNCIA NOMINAL COM VÁRIOS SUBSTANTIVOS .............................................. 89 CONCORDÂNCIA NOMINAL COM ADJETIVOS ..................................................................... 90 CONCORDÂNCIA NOMINAL COM É PERMITIDO E É PROIBIDO: ...................................... 91 CONCORDÂNCIA NOMINAL COM MESMO E PRÓPRIO: .................................................... 91 Regência verbal e nominal. .................................................................................................................. 92 REGÊNCIA NOMINAL .................................................................................................................... 92 REGÊNCIA VERBAL ........................................................................................................................ 93 VERBOS E SUAS REGÊNCIAS: .................................................................................................. 94 Crase. .................................................................................................................................................... 95 Regras Básicas .................................................................................................................................. 96 Casos Facultativos e Proibidos ......................................................................................................... 96 I - Casos Proibidos de Uso da Crase (15 casos) ................................................................................ 97 II - Casos Especiais de Uso da Crase (7 casos) .................................................................................. 98 III - Casos Facultativos de Uso da Crase (3 casos) ............................................................................ 98 IV - Casos Obrigatórios de Uso da Crase (5 casos) ........................................................................... 98 Quando usar a crase......................................................................................................................... 98 Uso facultativo da crase: .................................................................................................................. 99 Exemplos novos que ilustram o uso facultativo da crase: ............................................................... 99 Quando NÃO usar a crase: ............................................................................................................. 100 Exemplos reformulados para quando NÃO usar a crase: .............................................................. 100 Sinônimos, antônimos e parônimos. ................................................................................................. 100 Sinônimos ....................................................................................................................................... 100 Antônimos ...................................................................................................................................... 101 Parônimos ...................................................................................................................................... 101 Sentido próprio e figurado das palavras. ........................................................................................... 101 Sentido Próprio .............................................................................................................................. 102 Sentido Figurado ............................................................................................................................ 102 6 INTERPRETAÇÃO DE TEXTO. A compreensão e interpretação de textos são habilidades fundamentais para a leitura eficaz, cada uma com características próprias. Compreensão de Textos • Objetivo: Compreender o texto significa entender seu conteúdo de maneira objetiva. • Foco: Concentra-se no que está explicitamente escrito. • Processo: Envolve a identificação de fatos, argumentos, e informações concretas apresentadas. • Expressões-Chave: • "Segundo o autor…" • "Segundo o texto…" • "O texto informa que…" • "No texto…" • "O autor afirma que…" • "De acordo com o autor…" • "De acordo com o texto…" Essas expressões indicam que a resposta ou interpretação deve ser baseada diretamente no que está escrito, sem adição de suposições ou inferências pessoais. Interpretação de Textos • Objetivo: Interpretar um texto envolve relacionar suas ideias com a realidade, indo além do que está explicitamente escrito. • Foco: Baseia-se na análise subjetiva e nas inferências que podem ser feitas a partir do texto. • Processo: Inclui entender as nuances, o contexto, as intenções do autor, e as implicações das ideias apresentadas. • Subjetividade: A interpretação pode variar de leitor para leitor, pois depende das experiências pessoais, conhecimento prévio e perspectiva individual. Exemplo Prático: Compreensão: “O texto afirma que a floresta amazônica é vital para o ecossistema global”. Interpretação: “Isso sugere que a destruição da Amazônia poderia ter consequências devastadoras para o climamundial”. 7 1. Contexto de Leitura: Interno e Externo • Contexto Interno: Refere-se ao que está explícito no texto, aquilo que é diretamente observado durante a leitura. Inclui o vocabulário, a estrutura das frases, e as informações claramente apresentadas pelo autor. • Contexto Externo: Envolve conhecimentos externos que auxiliam na interpretação do texto. Estes conhecimentos podem ser históricos, culturais ou referentes à atualidade e são fundamentais para a compreensão das entrelinhas do texto. 2. Compreensão e Interpretação Textual ATENÇÃO!!!! Compreensão: Ato de entender o que está escrito, de captar o sentido das palavras e frases conforme apresentadas pelo autor. Interpretação: Processo de buscar significados que podem não estar explicitamente escritos no texto, mas que são sugeridos através de elementos implícitos, culturais, e da experiência pessoal do leitor. 3. Diferença entre Compreensão e Interpretação • Exemplo prático: • Frase: "Infelizmente, meu marido continua trabalhando fora do país”. • Compreensão: A mulher está insatisfeita com a situação. • Interpretação: Pode-se inferir que o marido talvez não tenha encontrado emprego no país de origem ou que ganhe mais trabalhando no exterior. IMPORTANTE: sempre leia a questão do concurso primeiro. Isso cria uma expectativa e foco na hora de ler o texto. Sabendo o que procurar, você pode economizar tempo e entender melhor o que é pedido. A interpretação de textos é um processo que vai além da simples leitura das palavras escritas. Ela envolve uma análise mais profunda e pessoal do conteúdo, exigindo do leitor a habilidade de conectar as ideias do texto com a realidade e seu próprio conhecimento. Vamos detalhar este processo: CARACTERÍSTICAS DA INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS • Conexão com a Realidade: As ideias do texto são relacionadas com situações e conhecimentos do mundo real. • Conclusões Subjetivas: O leitor deduz o que o autor quis dizer, muitas vezes indo além das palavras explicitamente escritas. • Análise Crítica: Envolve a formação de uma opinião ou julgamento sobre o texto com base nas inferências e conexões feitas. 8 Importância do Conhecimento Prévio • Base para Interpretação: O entendimento e a familiaridade com o assunto tratado no texto enriquecem a interpretação, permitindo análises mais profundas e conexões mais significativas. Expressões Indicativas de Interpretação "Conforme o texto, podemos concluir…" "Pela leitura do texto é possível perceber…" "É possível inferir que através…" "O texto permite levantar a hipótese de que…" "Conclui-se do texto que…" "O texto encaminha o leitor para…" Estas expressões sinalizam que a resposta requer uma interpretação que pode não estar diretamente declarada no texto. Dicas para uma Boa Interpretação 1. Leitura Atenta: Leia e, se necessário, releia o texto para captar todas as nuances. 2. Destacar Informações Chave: Grife partes importantes que podem ser fundamentais para a interpretação. 3. Diferenciar Fato de Opinião: Identifique o que é informação concreta (compreensão) e o que é inferência ou perspectiva (interpretação). 4. Análise de Transições: Observe as mudanças de parágrafo para identificar conclusões ou a continuação de ideias. 5. Atenção à Pontuação: As vírgulas e outros sinais de pontuação podem alterar significativamente o sentido de uma frase ou parágrafo. Os tipos de textos, também conhecidos como gêneros textuais, são formas de expressão escrita que se diferenciam conforme sua estrutura, estilo e finalidade. Vou detalhar cada um dos gêneros mencionados, para que você tenha uma compreensão clara e acessível sobre eles: 1. Narrativo • Características: Apresenta uma SEQUÊNCIA DE EVENTOS, envolvendo personagens, tempo e espaço. Geralmente tem uma estrutura de introdução, desenvolvimento, clímax e conclusão. • Exemplos: Romances, contos, crônicas, fábulas, novelas. 9 2. Descritivo • Características: Foca na DESCRIÇÃO de pessoas, lugares, objetos ou sentimentos, detalhando suas características para que o leitor possa visualizá-los. • Exemplos: Diários, classificados de jornais, cardápios, currículos. 3. Dissertativo-Argumentativo • Características: Visa CONVENCER o leitor sobre um ponto de vista, apresentando argumentos lógicos e consistentes. Inclui uma introdução do tema, desenvolvimento com argumentação e conclusão. • Exemplos: Editoriais, manifestos, sermões. 4. Dissertativo-Expositivo • Características: Tem como objetivo INFORMAR e EXPLICAR um tema ou ideia, sem a intenção de persuadir o leitor. Usa comparações e diferentes pontos de vista. • Exemplos: Textos jornalísticos, resumos escolares, enciclopédias. 5. Injuntivo • Características: Destina-se a INSTRUIR o leitor, aconselhando ou sugerindo ações. Permite certa liberdade na interpretação das instruções. • Exemplos: Bulas de remédios, receitas de bolo, manuais de instrução. 6. Prescritivo • Características: Similar ao injuntivo, mas com uma abordagem mais direta e autoritária, exigindo que as instruções sejam seguidas rigorosamente. • Exemplos: Leis, editais de concursos. Cada um desses gêneros discursivos possui características únicas que os diferenciam e os tornam adequados para diversas formas de expressão e comunicação. Vamos explorar cada um deles para entender melhor suas particularidades: 1. Romance • Características: Narração EXTENSA, com personagens fictícios e tramas complexas. Inclui uma história central e várias secundárias, com linguagem estilizada e emocional. • Foco: Emoção, profundidade de personagens, e desenvolvimento de múltiplas tramas. 2. Conto • Características: Narrativa BREVE e LINEAR, focada em uma única ação, espaço, e conjunto limitado de personagens. Direciona-se rapidamente para um desfecho. 10 • Foco: Concisão, intensidade de uma única trama, sem desenvolvimento de histórias secundárias. 3. Novela • Características: Extensão INTERMEDIÁRIA entre o conto e o romance. Combina uma história principal com várias secundárias, e utiliza um ritmo narrativo mais rápido que o romance. • Foco: Flexibilidade na trama, com mais desenvolvimento do que um conto, mas menos complexo que um romance. 4. Crônica • Características: Texto BREVE, focado no cotidiano e na experiência comum, frequentemente com ironia ou lirismo. Não enfatiza a sequência temporal. • Foco: Cotidiano, reflexões pessoais, com um tom mais conversacional e informal. 5. Poesia • Características: Uso CRIATIVO e ESTILIZADO da linguagem para expressar emoções, ideias ou contar histórias, frequentemente com uso de metáforas e simbolismos. • Foco: Beleza linguística, expressão de sentimentos e pensamentos de forma artística. 6. Editorial • Características: Texto dissertativo-argumentativo que reflete a OPINIÃO do editor ou da publicação, abordando temas atuais e relevantes. • Foco: Opinião fundamentada, discussão de temas contemporâneos. 7. Entrevista • Características: DIÁLOGO entre entrevistador e entrevistado, focado na obtenção e apresentação de informações ou opiniões. • Foco: TROCA DE INFORMAÇÕES, visões pessoais sobre temas específicos. 8. Receita • Características: INSTRUÇÕES passo a passo para preparar um prato, incluindo ingredientes e métodos. Estilo injuntivo, mas com certa liberdade de adaptação. • Foco: Clareza e precisão nas instruções, facilitando a replicação do prato. 9. Cantiga de Roda 11 • Características: MÚSICAS ou VERSOS populares, geralmente acompanhados de danças ou brincadeiras em círculo, usados principalmente no contexto infantil. • Foco: Educação e entretenimento infantil, facilitando o aprendizado da leitura e escrita. ATENÇÃO: Leitura Atenta das Questões e Alternativas: Antes de ler o texto, leia as questões e as alternativas. Isso te dá uma ideia do que procurar no texto, economizando tempo. Conhecimento Geral e Atualidades:Muitos textos de concursos são baseados em atualidades. Use seu conhecimento geral para identificar alternativas que parecem incompatíveis com o senso comum ou informações amplamente conhecidas. Eliminação de Alternativas: Ao analisar as alternativas, descarte aquelas que são claramente erradas ou que não fazem sentido com base no que você já sabe. Isso aumenta suas chances de acertar, mesmo sem uma leitura detalhada do texto. Leitura Estratégica: Quando precisar ler o texto, faça-o estrategicamente. Foque nas partes do texto que estão diretamente relacionadas às questões. Prática e Simulações: Pratique com provas anteriores. Quanto mais você prática, mais desenvolve a habilidade de identificar rapidamente as informações chave nos textos e questões. Gestão do Tempo: Administre seu tempo de forma eficaz. Se uma questão está tomando muito tempo, passe para a próxima e retorne a ela mais tarde, se possível. Confiança e Intuição: Em alguns casos, confiar na sua intuição pode ser útil, especialmente em questões de interpretação onde duas alternativas parecem corretas. 12 QUESTÃO 1 Prova: IDECAN - 2017 - SEJUC-RN - Agente Penitenciário Texto associado Acorrentados Quem coleciona selos para o filho do amigo; quem acorda de madrugada e estremece no desgosto de si mesmo ao lembrar que há muitos anos feriu a quem amava; quem chora no cinema ao ver o reencontro de pai e filho; quem segura sem temor uma lagartixa e lhe faz com os dedos uma carícia; quem se detém no caminho para ver melhor a flor silvestre; quem se ri das próprias rugas; quem decide aplicar-se ao estudo de uma língua morta depois de um fracasso sentimental; quem procura na cidade os traços da cidade que passou; quem se deixa tocar pelo símbolo da porta fechada; quem costura roupa para os lázaros; quem envia bonecas às filhas dos lázaros; quem diz a uma visita pouco familiar: Meu pai só gostava desta cadeira; quem manda livros aos presidiários; quem se comove ao ver passar de cabeça branca aquele ou aquela, mestre ou mestra, que foi a fera do colégio; quem escolhe na venda verdura fresca para o canário; quem se lembra todos os dias do amigo morto; quem jamais negligencia os ritos da amizade; quem guarda, se lhe deram de presente, o isqueiro que não mais funciona; quem, não tendo o hábito de beber, liga o telefone internacional no segundo uísque a fim de conversar com amigo ou amiga; quem coleciona pedras, garrafas e galhos ressequidos; quem passa mais de dez minutos a fazer mágicas para as crianças; quem guarda as cartas do noivado com uma fita; quem sabe construir uma boa fogueira; quem entra em delicado transe diante dos velhos troncos, dos musgos e dos liquens; quem procura decifrar no desenho da madeira o hieróglifo da existência; quem não se acanha de achar o pôr-do-sol uma perfeição; quem se desata em sorriso à visão de uma cascata; quem leva a sério os transatlânticos que passam; quem visita sozinho os lugares onde já foi feliz ou infeliz; quem de repente liberta os pássaros do viveiro; quem sente pena da pessoa amada e não sabe explicar o motivo; quem julga adivinhar o pensamento do cavalo; todos eles são presidiários da ternura e andarão por toda a parte acorrentados, atados aos pequenos amores da armadilha terrestre. (CAMPOS, Paulo Mendes. O anjo bêbado. Rio de Janeiro: Sabiá, 1969.) Acerca da estrutura textual é possível afirmar que Alternativas A) o narrador surpreende pela objetividade com que trata os fatos apresentados. B) por meio da exposição de fatos, a progressão textual é comprometida propositalmente. C) por meio da narrativa, o texto produz um efeito de “estranhamento” a partir de marcas subjetivas. D) o tema abordado é explorado a partir da exposição de fatos e dinâmica narrativa, predominantemente. A alternativa C, que é apontada como correta no gabarito, destaca a produção de um efeito de "estranhamento" decorrente do uso marcante de subjetividade. Isso se alinha com a forma como o texto é construído, com sua natureza poética e enfática nas emoções e reflexões interiores. Essa subjetividade é evidenciada pelo emprego de expressões conotativas, ricas em significados e sentimentos, como "quem se desata em sorriso à visão de uma cascata", que evoca uma resposta emocional intensa e pessoal a um evento simples e natural. 13 QUESTÃO 2 Prova: IDECAN - 2017 - SEJUC-RN - Agente Penitenciário Texto associado Acorrentados Quem coleciona selos para o filho do amigo; quem acorda de madrugada e estremece no desgosto de si mesmo ao lembrar que há muitos anos feriu a quem amava; quem chora no cinema ao ver o reencontro de pai e filho; quem segura sem temor uma lagartixa e lhe faz com os dedos uma carícia; quem se detém no caminho para ver melhor a flor silvestre; quem se ri das próprias rugas; quem decide aplicar-se ao estudo de uma língua morta depois de um fracasso sentimental; quem procura na cidade os traços da cidade que passou; quem se deixa tocar pelo símbolo da porta fechada; quem costura roupa para os lázaros; quem envia bonecas às filhas dos lázaros; quem diz a uma visita pouco familiar: Meu pai só gostava desta cadeira; quem manda livros aos presidiários; quem se comove ao ver passar de cabeça branca aquele ou aquela, mestre ou mestra, que foi a fera do colégio; quem escolhe na venda verdura fresca para o canário; quem se lembra todos os dias do amigo morto; quem jamais negligencia os ritos da amizade; quem guarda, se lhe deram de presente, o isqueiro que não mais funciona; quem, não tendo o hábito de beber, liga o telefone internacional no segundo uísque a fim de conversar com amigo ou amiga; quem coleciona pedras, garrafas e galhos ressequidos; quem passa mais de dez minutos a fazer mágicas para as crianças; quem guarda as cartas do noivado com uma fita; quem sabe construir uma boa fogueira; quem entra em delicado transe diante dos velhos troncos, dos musgos e dos liquens; quem procura decifrar no desenho da madeira o hieróglifo da existência; quem não se acanha de achar o pôr-do-sol uma perfeição; quem se desata em sorriso à visão de uma cascata; quem leva a sério os transatlânticos que passam; quem visita sozinho os lugares onde já foi feliz ou infeliz; quem de repente liberta os pássaros do viveiro; quem sente pena da pessoa amada e não sabe explicar o motivo; quem julga adivinhar o pensamento do cavalo; todos eles são presidiários da ternura e andarão por toda a parte acorrentados, atados aos pequenos amores da armadilha terrestre. (CAMPOS, Paulo Mendes. O anjo bêbado. Rio de Janeiro: Sabiá, 1969.) “[...] todos eles são presidiários da ternura e andarão por toda a parte acorrentados, atados aos pequenos amores da armadilha terrestre.” O fragmento destacado anteriormente promove, no contexto, Alternativas A) a compreensão do sentido das sequências anteriores. B) uma quebra de expectativa causando surpresa ao leitor. C) a continuidade do mesmo procedimento estrutural anterior. D) uma segmentação do texto de caráter opositivo aos fatos anteriores. 14 QUESTÃO 3 Prova: IDECAN - 2017 - SEJUC-RN - Agente Penitenciário Texto associado Acorrentados Quem coleciona selos para o filho do amigo; quem acorda de madrugada e estremece no desgosto de si mesmo ao lembrar que há muitos anos feriu a quem amava; quem chora no cinema ao ver o reencontro de pai e filho; quem segura sem temor uma lagartixa e lhe faz com os dedos uma carícia; quem se detém no caminho para ver melhor a flor silvestre; quem se ri das próprias rugas; quem decide aplicar-se ao estudo de uma língua morta depois de um fracasso sentimental; quem procura na cidade os traços da cidade que passou; quem se deixa tocar pelo símbolo da porta fechada; quem costura roupa para os lázaros; quem envia bonecas às filhas dos lázaros; quem diz a umavisita pouco familiar: Meu pai só gostava desta cadeira; quem manda livros aos presidiários; quem se comove ao ver passar de cabeça branca aquele ou aquela, mestre ou mestra, que foi a fera do colégio; quem escolhe na venda verdura fresca para o canário; quem se lembra todos os dias do amigo morto; quem jamais negligencia os ritos da amizade; quem guarda, se lhe deram de presente, o isqueiro que não mais funciona; quem, não tendo o hábito de beber, liga o telefone internacional no segundo uísque a fim de conversar com amigo ou amiga; quem coleciona pedras, garrafas e galhos ressequidos; quem passa mais de dez minutos a fazer mágicas para as crianças; quem guarda as cartas do noivado com uma fita; quem sabe construir uma boa fogueira; quem entra em delicado transe diante dos velhos troncos, dos musgos e dos liquens; quem procura decifrar no desenho da madeira o hieróglifo da existência; quem não se acanha de achar o pôr-do-sol uma perfeição; quem se desata em sorriso à visão de uma cascata; quem leva a sério os transatlânticos que passam; quem visita sozinho os lugares onde já foi feliz ou infeliz; quem de repente liberta os pássaros do viveiro; quem sente pena da pessoa amada e não sabe explicar o motivo; quem julga adivinhar o pensamento do cavalo; todos eles são presidiários da ternura e andarão por toda a parte acorrentados, atados aos pequenos amores da armadilha terrestre. (CAMPOS, Paulo Mendes. O anjo bêbado. Rio de Janeiro: Sabiá, 1969.) Em relação ao conto de Paulo Mendes Campos, analise as afirmativas a seguir. I. O cotidiano é apresentado sob uma nova perspectiva, saindo do comum, do habitual. II. A subjetividade característica do gênero textual apresentado é reforçada, também, pela escolha do campo semântico utilizado no texto. III. O tema abordado é constituído a partir de elementos descritivos que compõem um cenário em que o próprio leitor pode se reconhecer, tendo em vista a universalidade da matéria tratada. Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s) Alternativas A) I. B) III. C) I e II. D) II e III. 15 Respostas 1: C 2: A 3: C Questão 1 Alternativa correta: C) por meio da narrativa, o texto produz um efeito de “estranhamento” a partir de marcas subjetivas. Comentário: O texto "Acorrentados" de Paulo Mendes Campos, ao descrever uma série de ações e sentimentos cotidianos, evoca uma atmosfera de subjetividade intensa. Esta característica é destacada na alternativa C, onde se menciona o "estranhamento" produzido pelo texto. Campos consegue isso ao detalhar ações simples e profundamente humanas, criando uma narrativa que é ao mesmo tempo familiar e intrigante. A subjetividade se manifesta na forma como essas ações são descritas, evocando emoções e reflexões internas que transcendem a objetividade dos fatos. O texto, portanto, se destaca por sua habilidade em explorar a complexidade das experiências humanas de maneira poética e introspectiva. Questão 2 Alternativa correta: A) a compreensão do sentido das sequências anteriores. Comentário: O trecho final do texto "todos eles são presidiários da ternura e andarão por toda a parte acorrentados, atados aos pequenos amores da armadilha terrestre" serve como uma conclusão que amarra todos os elementos apresentados anteriormente. Ao descrever os personagens como "presidiários da ternura", o autor fornece uma compreensão mais profunda do sentido de suas ações. Este momento revela a essência da mensagem do texto: a ideia de que as pequenas ações e sentimentos do cotidiano, embora possam parecer insignificantes, na verdade aprisionam os indivíduos em uma armadilha de emoções profundas e significativas. Questão 3 Alternativa correta: C) I e II. Comentário: As afirmativas I e II estão corretas e capturam bem a essência do texto de Paulo Mendes Campos. A primeira afirmativa aponta para a apresentação do cotidiano sob uma nova perspectiva, algo claramente evidente na maneira como o texto traz à tona a profundidade e complexidade dos momentos mais simples da vida. A segunda afirmativa destaca a subjetividade do texto, ampliada pela escolha do campo semântico. Campos utiliza palavras e frases que carregam uma carga emocional significativa, permitindo uma leitura mais rica e introspectiva das situações cotidianas apresentadas. Juntas, essas afirmativas ressaltam a habilidade do autor em transformar o ordinário em algo extraordinariamente profundo e reflexivo. 16 ORTOGRAFIA OFICIAL. A Ortografia é a área da língua que se dedica ao estudo e à definição das formas corretas de escrita das palavras. A origem da palavra "ortografia" é grega, sendo composta por "ortho", que significa "correto", e "grafo", que denota "escrita". Assim, ortografia é literalmente a "escrita correta". A Ortografia está intrinsecamente relacionada com a Fonologia, que estuda os fonemas ou os sons da língua. Além dessas duas áreas, a Morfologia, que estuda a formação das palavras, e a Sintaxe, que se dedica à organização das palavras nas frases, complementam o conjunto de conhecimentos essenciais da gramática. O estudo da Ortografia não é uma ciência exata e estático. Ele é influenciado pela etimologia (origem das palavras) e pela fonologia. Ademais, com o intuito de padronizar e unificar a escrita, os falantes de uma mesma língua estabelecem acordos ortográficos. Estes acordos definem convenções para escrever palavras de maneira uniforme em diferentes regiões onde a língua é falada. REGRAS DE ORTOGRAFIA Muitos candidatos possuem dúvidas em relação à grafia correta de determinadas palavras, principalmente aquelas escritas com x ou ch, h, s ou z, g ou j. Vamos nos ater ao uso do "x" e "ch": a) Uso do x: • Após DITONGOS: como em caixa, deixa e peixe. • Seguindo a sílaba -me: por exemplo, mexer, mexido e mexicano. • Em palavras de origem INDÍGENA ou AFRICANA: xará, xavante, xingar. • Depois da sílaba inicial -en: enxofre, enxada, enxame são exemplos. b) Exceções: Por mais que haja regras, a língua portuguesa é repleta de exceções. Como exemplo: • "Mecha", que se refere a uma porção de cabelo, é escrito com "ch". • O verbo "encher" e seus derivados, como enchente, encharcar e enchido, também são escritos com "ch". 17 Comparativo entre x e ch: Escreve-se com x Escreve-se com ch bexiga bochecha bruxa boliche caxumba broche elixir cachaça faxina chuchu graxa colcha lagartixa fachada mexerico mochila xerife salsicha xícara tocha Lembre-se: a língua é viva e, por vezes, complexa. Estar atento às regras e exceções é fundamental para escrever corretamente. Boa sorte em seus estudos! Ortografia: Uso Correto do "h", "s" e "z" 1. Uso do "h" O "h" é uma letra peculiar da língua portuguesa, pois, em muitos casos, NÃO tem valor fonético, ou seja, não é pronunciado. Vejamos as situações em que o "h" é utilizado: a) Interjeições: É comum encontrar o "h" no final de algumas interjeições, expressando emoções ou reações. Exemplos: Ah!, Oh!, Uh!. b) Etimologia: Algumas palavras possuem "h" por questões etimológicas (origem da palavra). Exemplos são: habilidade, hoje e homem. c) Dígrafos: O "h" aparece em combinações específicas de letras, chamadas dígrafos, que representam um único som. São eles: ch (flecha), lh (vermelho) e nh (manha). d) Palavras compostas: Em certas palavras compostas, usa-se o "h" como elemento de ligação, como em: mini-hotel, sobre-humano e super-homem. 18 Exceção: Há de se destacar que o termo "Bahia", quando refere-se ao estado brasileiro, leva a letra "h". No entanto, quando falamos do acidente geográfico "baía", a palavra é escrita sem o "h". 2. Uso do "s" e "z" Estas duas letras podem gerar dúvidas, pois possuem sons similares em muitos contextos. Vamos desvendar suas especificidades: a) Uso do "s": • Sufixos -oso/-osa: Usados em adjetivos que indicam grande quantidade, estado ou circunstância.Exemplos: bondoso, feiosa, oleoso. • Sufixos -ês, -esa, -isa: Indicativos de origem, título ou profissão. Por exemplo: marquês, francesa, poetisa. • Após ditongos: Como em coisa, maisena e lousa. • Verbos "pôr" e "querer": Em algumas formas destes verbos, como pôs, quis e quiseram. b) Uso do "z": • Sufixos -ez/-eza: Formam substantivos a partir de adjetivos, transformando características em substantivações. Exemplos: magro - magreza, belo - beleza. • Sufixo -izar: Este sufixo forma verbos. Exemplos são: atualizar, batizar e hospitalizar. Comparativo entre "s" e "z": Escreve-se com s Escreve-se com z alisar amizade análise aprazível atrás azar através azia aviso desprezo gás giz groselha prazer invés rodízio jus talvez uso verniz 19 Conhecer e praticar as regras ortográficas é fundamental para uma escrita clara e correta. Estude com dedicação e sucesso em seu concurso! Ortografia: Uso Correto do "g" e "j" A escrita correta das palavras é essencial para uma comunicação eficaz e para evitar ambiguidades. Neste contexto, as letras "g" e "j" podem gerar dúvidas, dado que, em certas circunstâncias, possuem sons semelhantes. Aqui, apresentaremos um guia claro e conciso sobre quando usar cada uma delas. 1. Uso do "g" a) Palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: Estas terminações são exclusivas do "g". Exemplos incluem presságio, régio, litígio, relógio e refúgio. b) Substantivos terminados em -gem: Como alavancagem, vagem e viagem. 2. Uso do "j" O "j" aparece frequentemente em palavras de origem indígena e africana, como: a) Origem indígena: Alguns exemplos são pajé, jerimum e canjica. b) Origem africana: Jabá, jiló e jagunço são ilustrativos deste grupo. 3. Observações importantes a) Conjugação do verbo "viajar": No Presente do Subjuntivo, o verbo "viajar" é conjugado com "j", como em (Que) eles/elas viajem. b) Alteração do "g" para "j" em certas conjugações verbais: Quando os verbos, no infinitivo, têm "g" antes de "e" ou "i", e precisam ser conjugados com terminações que começam com "a" ou "o", o "g" muda para "j" para manter o mesmo som. Por exemplo: afligir transforma-se em aflija ou aflijo; eleger em elejam ou elejo; e agir em ajam ou ajo. c) Sobre a cidade de "Mogi das Cruzes": A grafia correta é com "g". Os seus habitantes são chamados de "mogianos". No entanto, é válido destacar a existência da palavra "mojiano", que, segundo o dicionário Michaelis, se refere ao que é relativo ou pertencente à região atendida pela antiga Estrada de Ferro Mojiana (de São Paulo a Minas Gerais). Comparativo entre "g" e "j": Escreve-se com g Escreve-se com j angélico anjinho estrangeiro berinjela gengibre cafajeste geringonça gorjeta gim jeito gíria jiboia ligeiro jiló 20 sargento laje tangerina sarjeta tigela traje Dominar as regras de ortografia é um passo crucial para alcançar a excelência na escrita e, consequentemente, ter um desempenho notável em concursos públicos. Dedique-se e tenha sucesso em suas provas! Sessão Definição: A palavra sessão, grafada com "SS", refere-se a um período determinado de tempo destinado à realização de alguma atividade específica. Essas atividades podem incluir reuniões deliberativas, apresentações ou espetáculos em cinemas e teatros, ou ainda encontros terapêuticos. Exemplo: "Fomos assistir à última sessão de Mulher Maravilha." Seção / Secção Definição: O termo seção, escrito com "ç", está associado ao ato de cortar ou dividir algo em partes. Além disso, é comumente utilizado para denotar as divisões internas em repartições públicas ou em diferentes áreas de uma organização. A grafia secção, com o "c" mudo, é aceita e utilizada com o mesmo significado. Exemplo: "Você encontra esse livro na seção/secção de romances." Cessão Definição: A palavra cessão, iniciada com a letra "c", indica o ato de ceder, ou seja, transferir a posse, o direito ou qualquer prerrogativa de algo para outra pessoa. Esse termo está diretamente ligado ao verbo ceder. Exemplo: "Autorizei a cessão dos direitos autorais." 21 Domínio da Ortografia Oficial Mas/Mais: • Mas é uma conjunção adversativa, usada para introduzir uma ideia de oposição ou contraste. Funciona como um "entretanto" ou "no entanto". Exemplo: Estudou muito, mas não passou no teste. • Mais é um advérbio de intensidade, que indica aumento ou acréscimo. Também pode ser um pronome indefinido. Exemplo: Ele queria mais tempo para terminar o trabalho. Onde/Aonde: • Onde se refere a um lugar em que algo ou alguém está ou um evento acontece. Exemplo: Onde você colocou as chaves? • Aonde tem a ver com movimento, é utilizado com verbos que expressam a ideia de direção. Exemplo: Aonde ele vai após a aula? Que/Quê: • Que pode ser pronome, conjunção ou partícula expletiva, e não é acentuado. Exemplo: Disse que viria cedo. • Quê é um monossílabo tônico, geralmente usado em interjeições ou quando é substantivado, e leva acento. Exemplo: Do que você está falando? Não entendi o quê. Mal/Mau: • Mal pode ser um advérbio, oposto de bem, ou um substantivo, indicando algo prejudicial ou uma doença. Exemplo: Ele se sentiu mal após a refeição. (advérbio) A malária é um mal que afeta muitas pessoas. (substantivo) • Mau é um adjetivo e significa algo que não é bom, de qualidade ruim. Exemplo: Esse é um mau momento para conversar. 22 O Uso do Prefixo "Mal" na Ortografia Oficial O prefixo "mal", quando utilizado na língua portuguesa, apresenta regras específicas para sua aplicação, que dependem da letra inicial da palavra que se segue. Essas regras são essenciais para garantir a correta grafia das palavras, refletindo precisão e adequação no uso da língua. Regra Geral Como regra geral, "mal" funciona como um prefixo que se une à palavra seguinte. A decisão sobre o uso do hífen depende da letra inicial desta palavra subsequente. Quando Usar o Hífen O hífen é usado com o prefixo "mal" nas seguintes situações: • Antes de Vogal: Exemplos incluem "mal-entendido" e "mal-educado". • Antes de H: Como em "mal-humorado". • Antes de L: Palavras como "mal-lavado" seguem esta regra. Essas situações refletem a harmonia sonora e a clareza na escrita, facilitando a leitura e a compreensão dos termos. Quando Não Usar o Hífen Em contrapartida, o hífen não é utilizado nos casos em que a palavra subsequente ao "mal" inicia com qualquer outra letra que não seja vogal, "h", ou "l". Nesses contextos, a palavra se une diretamente ao prefixo, sem a necessidade do hífen e sem aglutinação. Exemplos notáveis incluem: • "Malcriado" • "Malfeito" • "Malsucedido" Esta regra simplifica a escrita e mantém a consistência na formação de palavras compostas com o prefixo "mal". Exceções e Observações É importante observar que, embora as regras sejam claras, a aplicação do prefixo "mal" e o uso do hífen podem gerar dúvidas. O entendimento e a memorização dessas diretrizes são cruciais para a correta aplicação nas diversas situações de escrita. 23 Ao Encontro de/De Encontro a: • Ao encontro de expressa a ideia de estar de acordo com, ou mover-se na direção de algo ou alguém. Exemplo: Ela veio ao encontro dos meus objetivos ao propor essa solução. • De encontro a implica oposição ou confronto. Exemplo: Suas palavras foram de encontro às minhas expectativas. Domínio da Ortografia Oficial para Concursos De Encontro A / Ao Encontro De: • De encontro a indica um choque ou desacordo. Exemplo: As críticas dele foram de encontro aos princípios do grupo. • Ao encontro de expressa compatibilidade ou suporte a algo. Exemplo: Sua ajuda veio ao encontro das minhas necessidades. Afim / A fim: • Afim: refere-se a coisas parecidas ou que têm afinidade entre si. Exemplo: Gostos musicais afins facilitam uma amizade. • A fim: expressa um objetivo ou intenção. Exemplo:Estou a fim de aprender um novo idioma. A par / Ao par: • A par: estar informado sobre algo. Exemplo: Fiquei a par das novidades do projeto. • Ao par: na economia, indica equivalência entre duas moedas. Exemplo: O euro está ao par com o dólar hoje? Demais / De mais: 24 • Demais: muito, em excesso ou também pode significar 'os outros'. Exemplo: Aquela torta estava doce demais. • De mais: o oposto de de menos, algo que está sobrando. Exemplo: Comprei bilhetes de mais para o concerto. Senão / Se não: • Senão: usado para indicar uma exceção ou retificação. Exemplo: Ninguém pode resolver este problema, senão você. • Se não: condição de que algo não ocorra. Exemplo: Se não chover, iremos ao parque. Na medida em que / À medida que: • Na medida em que: equivalente a porque, explica a razão. Exemplo: Na medida em que o tempo passava, ficava mais nervoso. • À medida que: indica uma relação de proporção, algo que acontece simultaneamente com outra coisa. Exemplo: À medida que o dia clareava, o frio diminuía. Diferenciação entre "Mal" e "Mau" e o Uso Correto dos "Porquês" Para candidatos que buscam a aprovação em concursos públicos, o domínio da língua portuguesa é fundamental. Entre as dúvidas mais recorrentes, encontramos a diferenciação entre "mal" e "mau", bem como o uso apropriado dos "porquês". A seguir, elucidaremos esses temas. 1. Mal x Mau • Mal: Oposto de "bem". Pode atuar como substantivo quando acompanhado de artigo ou pronome (Ex: Sofro desse mal desde os dez anos). Como advérbio, modifica verbos ou adjetivos (Ex: Chegou em casa e mal olhou para o marido). • Mau: Oposto de "bom". Atua como adjetivo (Ex: Os maus exemplos não devem ser seguidos). Dica rápida: Ao se deparar com a dúvida entre "mal" e "mau", faça a substituição por "bem" ou "bom", respectivamente. Isso ajudará a identificar qual é o termo adequado para o contexto. 25 2. Uso dos Porquês Estes se dividem em quatro categorias: • Porque (junto e sem acento): Indica causa ou explicação e é usado em respostas. Equivale a "pois", "uma vez que", entre outros. Exemplo: Não vou ao shopping porque estou me sentindo mal. • Por que (separado e sem acento): Utilizado em perguntas ou quando há relação com um termo anterior da frase. Pode ser substituído por "por qual razão". Exemplo: Por que você não cumpriu o acordo de venda? • Por quê (separado e com acento): Surge no final de frases interrogativas. Exemplos: Você deixou o caderno em casa por quê?; Não entendi o motivo por quê. • Porquê (junto e com acento): Atua como substantivo, indicando motivo, razão ou causa. Geralmente vem acompanhado de artigos, numerais ou pronomes. Exemplo: Quero saber os porquês da sua ausência. Em resumo: • Porque: Explicações e causas. • Por que: Perguntas e relações. • Por quê: Final de interrogações. • Porquê: Motivo ou causa como substantivo. Esteja atento a essas diferenciações, pois elas são frequentemente cobradas em provas e avaliações. A prática constante de leitura e escrita, aliada a exercícios específicos, certamente auxiliará na fixação desses conceitos. Sucesso nos estudos e no concurso! EMPREGO DO HÍFEN O emprego do hífen no português segue regras específicas, sendo um tópico frequentemente abordado em provas de concursos. Baseado nas informações encontradas no Estratégia Concursos, aqui está um resumo das principais regras para o uso do hífen, que refletem o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa em vigor desde 2013: 1. Quando não usar o hífen: Não se usa o hífen em palavras onde o prefixo (ou falso prefixo) termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente. Exemplos incluem "autoestrada" e "autoescola". Uma exceção a essa regra é quando o segundo elemento começa com 'h', como em "anti-higiênico" e "super-homem". 2. Quando usar o hífen: O hífen deve ser usado quando o prefixo (ou falso prefixo) termina em vogal e o segundo elemento começa com a mesma vogal. Por exemplo, "anti-inflamatório" e "micro-ondas". No entanto, há exceções para prefixos átonos como co-, pre-, re-, e pro-, onde o hífen não é utilizado, como em "coordenar" e "reescrita". 26 3. Compostos sem hífen: Certos compostos que perderam a noção de composição não levam hífen, como "mandachuva" e "paraquedas". Contudo, compostos que formam uma unidade semântica e não possuem elemento de ligação mantêm o hífen, como "guarda-chuva" e "segunda-feira", bem como nomes de espécies botânicas e zoológicas. 1. Quando não usar o hífen: • Prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com vogal diferente: • Autoescola (auto + escola) • Autoajuda (auto + ajuda) • Extraoficial (extra + oficial) • Exceção com 'h': • Anti-higiênico (anti + higiênico) • Super-homem (super + homem) 2. Quando usar o hífen: • Prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com a mesma vogal: • Anti-inflamatório (anti + inflamatório) • Micro-ondas (micro + ondas) • Exceções para prefixos átonos (sem hífen): • Coordenar (co + ordenar) • Reescrever (re + escrever) 3. Compostos sem hífen onde se perdeu a noção de composição: • Mandachuva (originalmente "manda" + "chuva") • Paraquedas (de "para" + "quedas") 4. Compostos com hífen mantendo unidade semântica: • Guarda-chuva (guarda + chuva) • Segunda-feira (segunda + feira) • Beija-flor (beija + flor, nome de uma espécie) 27 QUESTÃO 1 Prova: IDECAN - 2023 - Prefeitura de Maracanaú - CE - Fiscal de Urbanismo Assinale a opção correta quanto à ortografia oficial. Alternativas A) Prevenir o suicídio de jovens negros é algo esequível. B) Uma mesma palavra pode ou não ser considerada uma injúria racial; depende da assepção em que ela é empregada. C) O aumento no número de psicólogos no Sistema Único de Saúde (SUS) é imprescindível para prevenir o suicídio das pessoas mais pobres. D) Precisamos sucitar nos nossos governantes a preocupação com este índice absurdo de suicídios entre jovens negros. COMENTÁRIO: A alternativa correta (C) está gramaticalmente correta e segue as normas da ortografia oficial da língua portuguesa. A frase "O aumento no número de psicólogos no Sistema Único de Saúde (SUS) é imprescindível para prevenir o suicídio das pessoas mais pobres." não apresenta erros de ortografia e transmite uma mensagem clara sobre a importância do reforço no atendimento psicológico dentro do SUS como medida preventiva contra o suicídio, especialmente entre as camadas mais vulneráveis da população. Vamos analisar as demais alternativas para entender os erros cometidos: • A) "Prevenir o suicídio de jovens negros é algo esequível." O erro está na palavra "esequível", que deveria ser escrita como exequível, significando algo que pode ser realizado ou executado. • B) "Uma mesma palavra pode ou não ser considerada uma injúria racial; depende da assepção em que ela é empregada." A palavra "assepção" está incorretamente grafada; o correto seria acepção, que se refere ao significado que uma palavra pode adquirir em diferentes contextos. • D) "Precisamos sucitar nos nossos governantes a preocupação com este índice absurdo de suicídios entre jovens negros." O erro encontra-se na palavra "sucitar", cuja grafia correta é suscitar, significando provocar, induzir ou causar. 28 QUESTÃO 2 Prova: IDECAN - 2023 - Prefeitura de Fortaleza - CE - Guarda Municipal Texto associado Na verdade, quando esse tipo de fotossíntese surgiu na Terra, há cerca de 2 bilhões de anos, os organismos que a utilizavam foram tão bem-sucedidos que se multiplicaram rapidamente, causando um excesso de O2 na atmosfera. (linhas 40 a 42) Assinale a alternativa com a grafia correta do contrário da palavra sublinhada no período acima. Alternativas A) malsucedidos B) mal sucedidos C) mal-sucedidos D) mau-sucedidos GABARITO: A MAL, quando usado como prefixo (neste caso,deve ser indissociável da palavra-base), une-se por meio do hífen apenas antes de VOGAL e H. Sendo assim, escreve-se mal-afamado e mal-humorado; porém MALSUCEDIDO. https://www.qconcursos.com/usuario/perfil/cordeirodiogo40 https://www.qconcursos.com/usuario/perfil/cordeirodiogo40 29 ACENTUAÇÃO GRÁFICA. A acentuação gráfica é uma parte fundamental do estudo da língua portuguesa para candidatos a concursos públicos. Este conteúdo visa descomplicar as regras, facilitando o entendimento e a memorização. ENTENDENDO OS ACENTOS GRÁFICOS Os acentos gráficos são sinais utilizados na escrita da língua portuguesa com o principal objetivo de indicar a pronúncia correta das vogais em determinadas palavras, especialmente em relação à sua intensidade e à sua altura (aberto ou fechado). Eles desempenham um papel crucial na diferenciação de significados (homógrafas) e na correta articulação das palavras. Vamos detalhar um pouco mais sobre cada um deles: 1. ACENTO AGUDO (´) O acento agudo é utilizado para indicar que a vogal sobre a qual ele é aplicado deve ser pronunciada com um timbre aberto. Ele pode incidir sobre as vogais "a", "e", "i", "o", "u", e também sobre o "y" em empréstimos linguísticos. Exemplos: • "Café" indica que o "e" é aberto. • "Sábado" mostra que o "a" deve ser pronunciado abertamente. 2. ACENTO CIRCUNFLEXO (^) O acento circunflexo é usado para marcar vogais que possuem um timbre mais fechado. Ele pode ser aplicado sobre as vogais "a", "e", "o", denotando não apenas a tonalidade fechada da vogal, mas, em alguns casos, também a sua função gramatical na frase. • Exemplos: • "Vôo" sinaliza que o "o" é fechado. • "Têm" (plural de tem) usa o acento para distinguir número. 30 FUNÇÕES DOS ACENTOS GRÁFICOS Diferenciação de Palavras Homógrafas: Alguns acentos ajudam a diferenciar palavras que se escrevem da mesma forma, MAS possuem significados diferentes. Exemplo: "pode" (presente do indicativo) e "pôde" (pretérito perfeito do indicativo). Indicação da Sílaba Tônica: Acentos gráficos são fundamentais para indicar qual é a sílaba tônica de uma palavra, ou seja, a sílaba que deve ser pronunciada com mais intensidade. Isso é crucial em uma língua com tantas variações de tonicidade como o português. Orientação Quanto ao Timbre: Os acentos agudo e circunflexo orientam o leitor sobre o timbre da vogal, o que influencia diretamente na pronúncia correta da palavra. IMPORTÂNCIA NA ESCRITA E NA LEITURA A correta utilização dos acentos gráficos é essencial para a clareza da comunicação escrita, evitando ambiguidades e garantindo a pronúncia adequada das palavras. Para falantes e aprendizes da língua portuguesa, o domínio dos acentos é um passo importante para a competência linguística, tanto na escrita quanto na leitura. Em resumo, os acentos gráficos não são meros detalhes na língua portuguesa; eles são elementos essenciais que contribuem para a riqueza e a precisão do idioma, afetando significativamente a forma como as palavras são compreendidas e utilizadas. REGRAS DE ACENTUAÇÃO Monossílabos Tônicos Primeiramente, é importante saber o que é uma palavra monossílaba, bem como saber a diferença entre monossílabos átonos e tônicos. Monossílabos átonos são palavras pronunciadas com pouca intensidade e que contém apenas uma sílaba. Além disso, nunca são acentuados, por exemplo: a, nos, com, me, de, lhe, mas, no, quem, se, sem, sob etc. Por sua vez, os monossílabos tônicos são pronunciados com maior intensidade, como: meu, bom, cá, dor, mar, pé, sol, nó, voz, flor, há etc., e podem ou não ter acento. OBSERVAÇÃO: O mesmo monossílabo pode ser átono em uma oração, mas tônico em outra. Vejamos: Ela não sabe o assunto, mas pode aprender. (monossílabo átono “mas”, sinônimo de “porém”) Infelizmente trago más notícias. (monossílabo tônico “más”, contrário de “boas”) Acentuam-se graficamente os monossílabos tônicos terminados em DITONGOS ABERTOS: -A(S) CHÁ(S), MÁ(S) -E(S) PÉ(S), VÊ(S) -O(S) SÓ(S), PÔS 31 Oxítonas As OXÍTONAS, palavras onde a ÚLTIMA SÍLABA É TÔNICA, devem ser acentuadas graficamente em alguns casos específicos: Oxítonas terminadas em -A, -E e -O, seguidas ou não de -S: DICA DE OURO: TIL não é acento! Trata-se de sinal gráfico (~) que indica nasalização. Além disso, nem sempre assinala a sílaba tônica. Vejamos: em “órgão”, a sílaba tônica é “ór”, e o til é usado apenas para indicar um som nasal; já em “ilusão”, o til serve tanto para nasalizar quanto para indicar a sílaba tônica da palavra. Ex.: Crachá, aliás, pajé, vocês, mocotó, cipós Oxítonas terminadas -EM ou -ENS: Ex.: Mantém (singular), mantêm (plural), além, armazéns, parabéns Oxítonas terminadas em ditongos abertos -ÉU, -ÉI ou -ÓI, seguidos ou não de -S: Exemplos: Mausoléu, chapéus, fiéis, anéis, herói, anzóis Paroxítonas O que define a acentuação de uma PAROXÍTONA, palavra onde a PENÚLTIMA SÍLABA É TÔNICA, é a sua terminação. Vejamos abaixo as regras de acentuação: 1. Paroxítonas terminadas em -R, -L, -N, -X, -PS: Ex.: Caráter, esfíncter, fóssil, réptil, líquen, lúmen, tórax, córtex, bíceps, fórceps 2. Paroxítonas terminadas em -Ã(S), -ÃO(S): Ex.: Órfã, órfãs, ímã, ímãs, órgão, órgãos, sótão, sótãos, bênção, bênçãos 3. Paroxítonas terminadas em -UM, -UNS: -ÉU(S) CÉU, VÉU -ÉI(S) MÉIS, GÉIS -ÓI(S) DÓI, SÓIS 32 Ex.: Fórum, fóruns, quórum, quóruns, álbum, álbuns 4. Paroxítonas terminadas em -ON, -ONS: Ex.: íon(s), próton(s), elétron(s), nêutron(s) 5. Paroxítonas terminadas em -US: Ex.: Ânus, vírus, ônus, húmus, bônus, tônus, Vênus 6. Paroxítonas terminadas em -I(S) Ex.: Cáqui, bílis, júri, oásis, beribéri, biquíni, cútis, grátis, lápis, táxi 7. Paroxítonas terminadas em DITONGO ORAL, seguido ou não de -S ⤷ exemplos de ditongos orais: ai, ia, iu, ui, eu, éu, ue, ei, éi, ie, oi, ói, io, au, ua, ao Ex.: Tênue, Nódoa, Imundície, Lírio, Cerimônia, Túneis, fizésseis DICA DE OURO: Todas as paroxítonas serão acentuadas, menos as terminadas em -A(S), -E(S), -O(S), -EM, -ENS. Resumindo: são acentuadas as paroxítonas terminadas em -I(S), -US, -Ã(S), -ÃO(S), -ON, -ONS, -UM, - UNS, -L, -N, -R, -X, -PS. Proparoxítonas As regras de acentuação das PROPAROXÍTONAS, palavras onde a ANTEPENÚLTIMA SÍLABA É TÔNICA, instituem que elas sejam SEMPRE ACENTUADAS. Ex.: Líquido, lâmpada, ácaro, pássaro, trânsito, tática, exército, médico, bárbaro, árvore. Portanto, não esqueça: TODAS AS PROPAROXÍTONAS SÃO ACENTUADAS! NOVAS REGRAS APÓS O ACORDO ORTOGRÁFICO O Acordo Ortográfico trouxe mudanças significativas: • Ditongos abertos em paroxítonas (-oi, -ei) não são mais acentuados. Exemplos: ideia, asteroide. • Vogais -i e -u precedidas de ditongo em paroxítonas perderam o acento. Exemplos: baiuca, boiuno. • Vogal tônica fechada -o de -oo em paroxítonas não é mais acentuada. Exemplos: voo, magoo. • Hiato de paroxítona terminado em -em com -e tônico não é mais acentuado. Exemplos: leem, deem. 33 • Uso do trema foi eliminado em palavras portuguesas, mantendo-se apenas em nomes próprios estrangeiros. Exemplos: frequência, bilingue. O domínio das regras de acentuação gráfica é essencial para a correta utilização da língua portuguesa, sendo um ponto crucial em provas de concursos públicos. A prática constante e o estudo direcionado das regras facilitam a memorização e aplicação correta da acentuação em diferentes contextos. Ditongos abertos -oi e -ei em palavras paroxítonas Em palavras paroxítonas, os ditongos abertos -oi e -ei deixaram de ser acentuados. Exemplos: JÓIA → JOIA ALCALÓIDE →ALCALOIDE ANDRÓIDE → ANDROIDE ASTERÓIDE → ASTEROIDE IDÉIA →IDEIA ASSEMBLÉIA →ASSEMBLEIA Vogais -i e -u precedidas de ditongo em paroxítonas Em palavras paroxítonas, as vogais -i e -u precedidas de ditongo deixaram de ser acentuadas. Exemplos:FEÚRA → FEIURA BAIÚCA →BAIUCA BOCAIÚVA →BOCAIUVA TAOÍSMO →TAOISMO Vogal tônica fechada -o de -oo em paroxítonas Nas palavras paroxítonas, a vogal tônica fechada -o de -oo deixa de ser acentuada. Exemplos: ENJÔO → ENJOO VÔO →VOO PERDÔO →PERDOO 34 Hiato de paroxítona cuja terminação é -em Deixam de ser acentuadas as palavras paroxítonas cuja terminação é -em, e que possuem -e tônico em hiato. Isso ocorre com a terceira pessoa do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo. Exemplos: VÊEM→VEEM LÊEM→LEEM CRÊEM→CREEM DÊEM→DEEM Paroxítonas homógrafas O acento diferencial deixou de ser usado em paroxítonas homógrafas. As homógrafas são palavras que têm a mesma grafia, mas apresentam significados diferentes. Exemplos: (VERBO PARAR) PÁRA→PARA (SUBSTANTIVO) PÊLO→PELO Antes do Acordo Ortográfico, a flexão do verbo “parar” era acentuada para que fosse diferenciada da preposição “para”. Depois do Acordo, ambas são escritas sem acento. Exemplos: Antes do Acordo Ortográfico: Ele sempre pára nessa loja para comprar chiclete. Depois do Acordo Ortográfico: Ele sempre para nessa loja para comprar chiclete. No caso do substantivo “pelo”, a acentuação aplicada antes do Acordo Ortográfico estabelecia adiferença em relação à palavra “pelo”, que tem função de preposição. Confira abaixo. Exemplos: Antes do Acordo Ortográfico: Passei a mão pelo pêlo do cachorro. Depois do Acordo Ortográfico: Passei a mão pelo pelo do cachorro. Palavras com trema O uso do trema foi suprimido em palavras portuguesas ou aportuguesadas. 35 Exemplos: LINGÜIÇA→LINGUIÇA EQÜINO→EQUINO ENXÁGÜE→ENXÁGUE FREQÜÊNCIA→FREQUÊNCIA O trema mantém-se APENAS em nomes próprios estrangeiros ou em palavras deles derivadas. Exemplos: Müller; Mülleriano; Hübner; Hübneriano. QUESTÃO 1 Prova: IDECAN - 2022 - IBGE - Agente Censitário de Pesquisas por Telefone Sobre a acentuação das palavras destacadas nas orações a seguir, considere o excerto abaixo: - “Nós, humanos, temos uma coisa, até um sinal de inteligência nas espécies, que são os jogos, nossa capacidade lúdica”. Assinale a alternativa correta. Alternativas A) “Espécies” é uma palavra que só recebe acento quando escrita no plural. B) As três palavras são acentuadas por serem paroxítonas terminadas em vogal C) “Lúdica” e “inteligência” recebem acento por serem proparoxítonas terminadas na letra A. D) “Inteligência” e “espécies” recebem acento por serem paroxítonas terminadas em ditongo crescente. E) há três palavras Proparoxítonas acentuadas por terem ditongo decrescente em sua composição. 36 QUESTÃO 2 Prova: IDECAN - 2022 - IBGE - Agente Censitário de Pesquisas por Telefone Assinale a opção que apresente palavras que recebem acentos pelos mesmos motivos que as palavras “saudável”, “alcoólicas” e “saúde”. Alternativas A) inútil – ilícito – recaída. B) repórter – êxtase – saída. C) viável – essência – álbum. D) amável – salário – hipnótico. E) água – avião – balão. Respostas 1: D 2: A QUESTÃO 1 Tema: Acentuação Gráfica Resposta Correta: D) “Inteligência” e “espécies” recebem acento por serem paroxítonas terminadas em ditongo crescente. Comentário: A alternativa D é correta porque aborda corretamente a regra de acentuação para as palavras "inteligência" e "espécies". Ambas são paroxítonas terminadas em ditongo crescente, o que justifica o uso do acento gráfico. Vamos entender melhor cada palavra: • Inteligência: Esta palavra é acentuada por ser uma paroxítona terminada em ditongo crescente "ên- cia". Não se trata da quantidade de sílabas nem especificamente por terminar em "a", mas pela presença do ditongo crescente. • Espécies: Similarmente, "espécies" é acentuada por ser uma paroxítona que termina em ditongo crescente "éi-es". A regra se aplica independentemente de a palavra estar no singular ou plural. As demais alternativas apresentam erros conceituais: • A) Faz uma afirmação incorreta sobre o motivo do acento em "espécies". • B) Ignora que "lúdica" é uma proparoxítona, e não uma paroxítona. • C) Erroneamente classifica "lúdica" e "inteligência" apenas como proparoxítonas por terminarem em "a", sem considerar a real regra aplicável. 37 • E) Confunde a natureza das palavras, sugerindo a existência de ditongos decrescentes onde não há. QUESTÃO 2 Tema: Acentuação Gráfica Resposta Correta: A) inútil – ilícito – recaída. Comentário: A alternativa A é a correta, pois as palavras "inútil", "ilícito" e "recaída" são acentuadas seguindo a mesma lógica que "saudável", "alcoólicas" e "saúde", baseada nas regras de acentuação da língua portuguesa. Vamos analisar: • Saudável é acentuada por ser paroxítona terminada em "l". • Alcoólicas e saúde são acentuadas por serem oxítonas terminadas em "a" e "e" seguidas de ditongo, respectivamente. As palavras na alternativa A seguem princípios semelhantes: • Inútil: acentuada por ser paroxítona terminada em "l". • Ilícito: não segue a mesma regra de acentuação que as palavras na questão, mas a inclusão parece visar a diversidade de regras de acentuação. • Recaída: acentuada por ser paroxítona terminada em ditongo. PONTUAÇÃO. Os sinais de pontuação são ferramentas essenciais na construção textual, não apenas por uma questão de norma culta, mas porque são eles que conferem ritmo, clareza e precisão ao que queremos comunicar. No contexto de concursos públicos, onde cada detalhe pode ser decisivo, ter domínio sobre a pontuação é fundamental. Ponto Final (.) É o sinal de parada completa. Encerra declarações, comandos ou indica a conclusão de uma ideia. Seu uso correto é sinal de clareza de pensamento e organização textual. Vírgula (,) A vírgula é talvez o sinal mais versátil e, por isso, o mais complexo. Sua função primordial é separar itens em uma lista, isolar expressões explicativas ou contrastantes e delimitar orações dentro de uma 38 sentença. O segredo está em usá-la para refletir as pausas naturais do discurso e garantir a precisão semântica. Onde usar: • Na enumeração: "Comprei maçãs, peras, bananas e laranjas." • Para isolar adjuntos adverbiais deslocados: "Hoje, vou ao cinema." • Antes de conjunções como mas, porém, contudo, todavia: "Quero ir, mas estou cansado." Onde não usar: • Entre o sujeito e o verbo: "O menino, corre todos os dias" está errado. • Entre o verbo e seus objetos: "Eu gosto, de chocolate" está errado. Dois Pontos (:) Servem para anunciar uma citação, uma fala, uma enumeração ou uma explicação que se seguirá. Eles preparam o leitor para algo importante que está por vir. Reticências (...) Usadas para indicar suspensão ou interrupção do pensamento, surpresa, dúvida ou emoção. Em textos narrativos, podem criar um efeito de suspense ou deixar algo subentendido. Parênteses (()) Servem para inserir informações complementares ou secundárias, que não se encaixam diretamente no fluxo do texto principal, mas que oferecem dados adicionais interessantes ou explicativos. Ponto de Exclamação (!) Expressa surpresa, admiração, espanto ou qualquer outra emoção intensa. Na preparação para concursos, entender a força que este sinal imprime pode ajudar a evitar seu uso excessivo. Ponto de Interrogação (?) Delimita frases interrogativas diretas, que são aquelas em que a pergunta é feita de maneira explícita. Em concursos, é importante não deixar dúvidas quanto à natureza da frase. 39 Ponto e Vírgula (;) Marca uma pausa mais prolongada do que a vírgula e menos definitiva do que o ponto. É útil para separar itens complexos em uma lista ou orações que já contêm vírgulas. Travessão (—) Além de introduzir falas de personagens em textos narrativos, pode substituir a vírgula ou parênteses para dar ênfase ou isolar elementos explicativos. Aspas (" ") Usadas para destacar trechos citados de outros autores, expressões populares,gírias ou qualquer elemento que se destaque do texto normal. Em contextos formais como concursos, indicam precisão e respeito pela fonte original. 40 EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS: SUBSTANTIVO, ADJETIVO, NUMERAL, PRONOME, VERBO, ADVÉRBIO, PREPOSIÇÃO E CONJUNÇÃO: EMPREGO E SENTIDO QUE IMPRIMEM ÀS RELAÇÕES QUE ESTABELECEM. CLASSES DE PALAVRAS Quando falamos em linguagem, precisamos entender as várias categorias que organizam as palavras dentro da língua portuguesa. Essas categorias, conhecidas como classes gramaticais ou classes de palavras, são fundamentais para compreendermos a estrutura e o funcionamento do nosso idioma. Definição: A classe de palavras, em sua essência, tem o objetivo de classificar e organizar as palavras conforme a função que desempenham dentro de uma frase ou texto. Por exemplo, palavras que denotam ação geralmente são verbos. Principais Classes: Há dez classes de palavras em nossa língua: 1. Verbo 2. Substantivo 3. Adjetivo 4. Pronome 5. Advérbio 6. Preposição 7. Conjunção 8. Artigo 9. Numeral 10. Interjeição Dessas classes, algumas são variáveis, o que significa que podem alterar sua forma para indicar gênero (masculino ou feminino) e número (singular ou plural). As classes variáveis são: substantivo, artigo, adjetivo, verbo, pronome e numeral. Por outro lado, as classes invariáveis não apresentam variações de gênero ou número. São elas: advérbio, preposição, conjunção e interjeição. Exemplos Práticos: Vamos entender melhor através de exemplos: • Substantivo: pode variar em gênero e número. Ex.: gato (singular) e gatos (plural). • Artigo: pode variar em gênero e número. Ex.: o (masculino singular), a (feminino singular), os (masculino plural) e as (feminino plural). • Verbo: varia apenas em número. Ex.: corre (singular) e correm (plural). 41 • Advérbio: é invariável. Ex.: rapidamente. Conclusão: Compreender as classes de palavras é fundamental para qualquer candidato que almeja ter sucesso em concursos públicos. Saber distinguir entre elas e conhecer suas características pode ser o diferencial na hora de resolver questões de gramática e interpretação de texto. Lembre-se: a prática leva à perfeição! Portanto, continue estudando, faça exercícios relacionados ao tema e, caso surja alguma dúvida, não hesite em buscar esclarecimentos. Boa sorte nos estudos! SUBSTANTIVO: UMA ABORDAGEM DIDÁTICA O substantivo é uma das classes de palavras mais fundamentais na estrutura da língua portuguesa. Ele tem a função de nomear tanto as coisas reais quanto as irreais. Vamos aprofundar nosso entendimento sobre essa classe gramatical, observando suas subdivisões e características. 1. Classificação Quanto à Formação: • Substantivo Simples: É formado por uma única palavra ou radical. Exemplo: "sol". • Substantivo Composto: Compreende duas ou mais palavras ou radicais que se unem para formar um novo termo. Exemplos: "girassol" e "guarda-chuva". 2. Classificação Quanto à Especificidade: • Substantivo Comum: Nomeia de forma genérica. Exemplo: "caneta". • Substantivo Próprio: Refere-se a nomes específicos, como marcas ou nomes de pessoas. Exemplo: "Bic" (referindo-se a uma marca de caneta). 4. Classificação Quanto à Concretude: 5. • Substantivo Concreto: Refere-se a palavras que têm existência própria e não dependem de outra para subsistir. Exemplo: "ar". • Substantivo Abstrato: Relaciona-se com sentimentos ou ações derivadas de verbos. Exemplos: "amor", "leitura" (derivado do verbo ler). 42 4. Classificação Quanto à Formação: • Substantivo Primitivo: É a palavra na sua forma original. Exemplo: "dente". • Substantivo Derivado: Origina-se a partir de um substantivo primitivo. Exemplos: "dentista", "dentadura". 5. Classificação Quanto ao Coletivo: Trata-se da representação de um conjunto de seres da mesma espécie. Exemplos: "arquipélago" (conjunto de ilhas) e "molho" (conjunto de chaves). 6. Classificação Quanto ao Gênero: • Substantivo Biforme: Apresenta duas formas distintas para masculino e feminino. Exemplo: "menino" e "menina". • Substantivo Uniforme: É subdividido em: • Comum de Dois Gêneros: O gênero é determinado pelo artigo. Exemplo: "o estudante" (masculino) e "a estudante" (feminino). • Sobrecomum: A palavra, apesar de possuir gênero gramatical, pode se referir a ambos os sexos. Exemplo: "a criança" (pode ser menino ou menina). • Epiceno: São aqueles que se determinam quanto ao sexo por meio das palavras "macho" e "fêmea". Exemplo: "tatu macho" e "tatu fêmea". Vale ressaltar que um substantivo pode ser classificado de várias formas ao mesmo tempo, dependendo de sua função no contexto. Com este estudo, espera-se que o candidato esteja mais preparado para abordar questões sobre substantivos em concursos públicos. Mantenha o foco nos estudos e boa sorte! ADJETIVO O adjetivo é uma classe de palavra cuja principal função é caracterizar o substantivo, fornecendo- lhe qualidades, características ou estados. Ele atua, em sua maioria, junto a substantivos ou pronomes, promovendo uma descrição ou qualificação dessas palavras. 2. Posicionamento e Mudança de Sentido A posição do adjetivo em relação ao substantivo pode influenciar no sentido da oração. Vejamos alguns exemplos: "Os meninos arteiros quebraram um vaso." Adjetivo: "arteiros". Caracteriza "meninos" indicando que são travessos. "O homem simples sempre pede ajuda." 43 Adjetivo: "simples". Refere-se ao caráter humilde do homem. "O simples homem sempre pede ajuda." Adjetivo: "simples". Neste contexto, sugere que se refere a qualquer homem, sem destacar uma característica específica. Observação: Embora as frases "O homem simples" e "O simples homem" usem o mesmo adjetivo, a mudança de posição altera o sentido da descrição. No primeiro caso, o foco é no caráter humilde do homem, enquanto no segundo, indica generalização. 3. Transformação de Substantivo em Adjetivo Em certas ocasiões, uma palavra que é, por natureza, um substantivo, pode funcionar como adjetivo, atribuindo características a outro termo. Exemplo: • "O urso pescou no rio." (Aqui, "urso" é um substantivo.) • "Meu amigo é um urso." (Neste contexto, "urso" funciona como adjetivo, atribuindo uma característica ao amigo.) ADVÉRBIOS: O advérbio é uma categoria gramatical fundamental em muitos idiomas, incluindo o português. Sua principal função é modificar o significado de outras palavras ou expressões, principalmente verbos, adjetivos e até outros advérbios. Além disso, pode modificar uma frase inteira, oferecendo um contexto adicional ou esclarecendo a intenção do falante.~ 1. Modificando Verbos • Um advérbio pode alterar ou precisar a forma como a ação de um verbo é realizada. Por exemplo: • Original: "Ela canta." • Com advérbio: "Ela canta bem." 2. Modificando Adjetivos • Advérbios podem intensificar ou atenuar a qualidade expressa por um adjetivo. Por exemplo: • Original: "O carro é rápido." • Com advérbio: "O carro é muito rápido." 44 3. Modificando Outros Advérbios • Advérbios também podem modificar outros advérbios, ajustando ou enfatizando o grau. Por exemplo: • Original: "Ele trabalha rapidamente." • Com advérbio: "Ele trabalha muito rapidamente." 4. Modificando Frases Inteiras • Quando um advérbio modifica uma frase inteira, ele geralmente confere uma nuance de sentido ou uma circunstância adicional. Por exemplo: • Original: "Choveu ontem." • Com advérbio: "Infelizmente, choveu ontem." Classificação dos Advérbios Advérbios são classificados de acordo com o tipo de modificação que realizam. Algumas das categorias mais comuns incluem: Tempo: agora, antes, depois. Lugar: aqui, lá, perto. Modo: bem, mal, assim. Intensidade: muito, pouco, bastante. Afirmação: sim, certamente, realmente. Negação: não, nunca, jamais. Dúvida:
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