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Literatura Gregório de Matos, também conhecido como "Boca do Inferno", foi um dos maiores poetas brasileiros do período do Barroco¹. Ele nasceu em 23 de dezembro de 1636 na cidade de Salvador, Bahia¹. Gregório de Matos é famoso por seus sonetos satíricos, onde ataca, muitas vezes, a sociedade baiana da época¹. Ele criticou diversos aspectos da sociedade, do governo e da Igreja Católica¹. A obra de Gregório de Matos reúne mais de 700 textos de poemas líricos, satíricos, eróticos e religiosos¹. Esses poemas, inseridos no movimento do barroco, reúnem pitorescos jogos de palavras, variedade de rimas, além de uma linguagem popular e termos da língua tupi e outras línguas africanas¹. Aqui estão dois sonetos de Gregório de Matos para melhor compreender seu estilo e linguagem: **À cidade da Bahia** ``` A cada canto um grande conselheiro. que nos quer governar cabana, e vinha, não sabem governar sua cozinha, e podem governar o mundo inteiro. Em cada porta um freqüentado olheiro, que a vida do vizinho, e da vizinha pesquisa, escuta, espreita, e esquadrinha, para a levar à Praça, e ao Terreiro. Muitos mulatos desavergonhados, trazidos pelos pés os homens nobres, posta nas palmas toda a picardia. Estupendas usuras nos mercados, todos, os que não furtam, muito pobres, e eis aqui a cidade da Bahia. ``` **Contemplando nas cousas do mundo** ``` Neste mundo é mais rico, o que mais rapa: Quem mais limpo se faz, tem mais carepa: Com sua língua ao nobre o vil decepa: O Velhaco maior sempre tem capa. Mostra o patife da nobreza o mapa: Quem tem mão de agarrar, ligeiro trepa; Quem menos falar pode, mais increpa: Quem dinheiro tiver, pode ser Papa. A flor baixa se inculca por Tulipa; Basta um pouco de pejo na carúncia, se de barato a honra se despeja: quem tem Capa sempre algum manto deixa: só o direito não tem sapência. Pois quem o quer tomar por inocência, achará que mais fede, quanto mais beija: e mais cuidado, havemos de ter de quem reja ver-nos a opinião na consciência. Mas eu na verdade vos asseguro, que este nosso Brasil em pouco dura, pois que os próprios naturais o roubam. Não tem Rei, que nos valha, porque o ouro, o Castelhano o rouba, e o Brasílico escusa, e quem o furta muito, muito sobra. Esse soneto é um exemplo da poesia satírica de Gregório de Matos, onde ele critica a sociedade de sua época. Ele usa uma linguagem direta e muitas vezes chocante para expressar seu descontentamento com a corrupção e a hipocrisia que via ao seu redor. Além de sua poesia satírica, Gregório de Matos também é conhecido por sua poesia lírico- filosófica. Esses poemas são caracterizados por uma profunda reflexão sobre a vida, a morte, o amor e a religião. Eles são marcados por um forte sentimento de melancolia e desilusão, que é típico do movimento barroco. Aqui está um exemplo de um de seus sonetos lírico-filosóficos: **A Jesus Cristo Nosso Senhor** ``` Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado, Da vossa piedade me despido; Porque quanto mais tenho delinquido, Vos tenho a perdoar mais empenhado. Se basta a vos irar tanto pecado, A abrandar-vos sobeja um só gemido; Que a mesma culpa, que vos há ofendido, Vos tem para o perdão lisonjeado. Se uma ovelha perdida e já cobrada Glória tal e prazer tão repentino Vos deu, como afirmais na Sacra História: Eu sou, Senhor, ovelha desgarrada; Cobrai-a; e não queirais, Pastor Divino, Perder na vossa ovelha a vossa glória. Este soneto é um exemplo da poesia lírico-filosófica de Gregório de Matos, onde ele expressa sua fé e sua busca por perdão. Ele usa uma linguagem rica e imagética para expressar seus sentimentos e pensamentos mais profundos. O Barroco foi um movimento artístico e cultural que surgiu no final do século XVI, na Itália, e se espalhou pela Europa. Ele é caracterizado por uma estética dramática, exuberante e emocional, com uso intenso de contrastes de luz e sombra, e uma linguagem rica e ornamentada. regório de Matos, também conhecido como "Boca do Inferno", foi um dos maiores poetas brasileiros do período do Barroco. Ele nasceu em 23 de dezembro de 1636 na cidade de Salvador, Bahia. Gregório de Matos é famoso por seus sonetos satíricos, onde ataca, muitas vezes, a sociedade baiana da época. Ele criticou diversos aspectos da sociedade, do governo e da Igreja Católica. A poesia satírica de Gregório de Matos é conhecida por sua linguagem direta e muitas vezes chocante. Ele usava essa forma de poesia para expressar seu descontentamento com a corrupção e a hipocrisia que via ao seu redor. Seus poemas satíricos são marcados por um forte senso de humor e ironia. Gregório de Matos Conhecido como "Boca do Inferno", foi um dos maiores poetas brasileiros do período do Barroco. Ele é famoso por seus sonetos satíricos e lírico-filosóficos. Poesia Lírico-Filosófica Esses poemas são caracterizados por uma profunda reflexão sobre a vida, a morte, o amor e a religião. Eles são marcados por um forte sentimento de melancolia e desilusão, que é típico do movimento barroco. Um exemplo é o soneto "A Jesus Cristo Nosso Senhor". poesia satírica de Gregório de Matos é conhecida por sua linguagem direta e muitas vezes chocante. Ele usava essa forma de poesia para expressar seu descontentamento com a corrupção e a hipocrisia que via ao seu redor. Seus poemas satíricos são marcados por um forte senso de humor e ironia. Gregorio de Matos usava uma linguagem rica e ornamentada, típica do Barroco. Ele também incorporava termos da língua tupi e outras línguas africanas em seus poemas. Gregório de Matos viveu durante o período colonial brasileiro, e muitos de seus poemas refletem a sociedade e a cultura dessa época. Ele frequentemente criticava a Igreja Católica, o governo e a sociedade em geral em seus poemas. Gregório de Matos é considerado um dos fundadores da literatura brasileira. Sua obra teve um grande impacto na literatura brasileira e ele é frequentemente estudado em cursos de literatura e história brasileira.
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