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Curso Online: Português Básico 1 Ortografia............................................................................................................2 Classes Gramaticais...........................................................................................7 Flexão................................................................................................................12 Análise Sintática................................................................................................14 Concordância Verbal.........................................................................................18 Concordância Nominal......................................................................................21 Regência Verbal...............................................................................................23 Regência Nominal............................................................................................24 Crase................................................................................................................25 Semântica........................................................................................................29 Colocação Pronominal......................................................................................31 Emprego de certas palavras..............................................................................35 Pontuação..........................................................................................................37 Referências Bibliográficas.................................................................................41 2 ORTOGRAFIA A ortografia da língua portuguesa é o sistema de escrita padrão usado para representar a língua portuguesa. A ortografia do português usa o alfabeto latino de 26 letras complementado por sinais diacríticos. Atualmente, a ortografia oficial da língua portuguesa é aquela consubstanciada no Acordo Ortográfico de 1990, que entrou em vigor no ano de 2009 e é a norma legal que rege a ortografia oficial em Portugal, desde maio de 2015, em Cabo Verde desde outubro de 2015 e no Brasil, a partir de 31 de dezembro de 2015. O princípio fonético dos alfabetos estipula que cada letra deve representar um único som, e que cada som deve ser representado por uma única letra. Na prática, a relação entre letras e sons é imperfeita na maioria das línguas, sendo impossível de ser plenamente atingida em idiomas como o português, nos quais o número de fonemas é maior que o número de grafemas que os representem. A ortografia portuguesa tem, por um lado, sons representados por mais de uma letra, e, por outro, letras que podem representar mais de um som. Algumas dessas irregularidades existem para todos os falantes do português, mas a maioria só vale para alguns dialetos. Irregularidades supradialetais Duplas homofônicas G ou J : quando vêm antes de e e i, são pronunciados da mesma forma. Seu uso é determinado somente pela origem das palavras. O J é preferido no lugar do G na escrita de palavras indígenas brasileiras e nas palavras africanas, como acarajé, jiboia, jiló, pajé, Jirau, caboje (ou caborje), jenipapo, Jequiriti, jerimum (por essa regra, as cidades de Bagé e Mogi das Cruzes deveriam ser grafadas com J, mas os habitantes dessas cidades preferiram manter a grafia histórica, com G). https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_portuguesa https://pt.wikipedia.org/wiki/Alfabeto_latino https://pt.wikipedia.org/wiki/Alfabeto_latino https://pt.wikipedia.org/wiki/Diacr%C3%ADtico https://pt.wikipedia.org/wiki/Acordo_Ortogr%C3%A1fico_de_1990 https://pt.wikipedia.org/wiki/2009 https://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal https://pt.wikipedia.org/wiki/Cabo_Verde https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/Alfabeto https://pt.wikipedia.org/wiki/Bag%C3%A9 https://pt.wikipedia.org/wiki/Mogi_das_Cruzes 3 O G é preferido no lugar do J na escrita de palavras de origem árabe, como agi (peregrino que faz o Haje, a peregrinação a Meca), alfageme, alfange, álgebra, algema, algeroz, algibebe, algibeira, almargem, argelino (e Argel e Argélia), auge, gengibre, gergelim, gesso, gibão, Gibraltar, Gidá (segunda maior cidade da Arábia Saudita), ginete, giz, girafa, hégira X ou CH: o X é preferido em palavras de origem indígena, africana e árabe: abacaxi, maxixe, orixá, xadrez, xamã, xará, xavante, xaria , xador, xingar, enquanto o CH é preferido nas adaptações de palavras do latim ou de outras línguas derivadas do latim, ou mesmo germânicas: achar, chave, chuva, flecha, mancha, gaúcho, salsicha, etc. S ou SS ou X : o x em muitas palavras soa como a letra s, tanto em seu valor sonoro (como em exemplo e exumação) como em seu valor surdo (como em próximo). Polifonias E e O : cada uma dessas letras representa duas vogais diferentes, uma aberta (/ɛ/ e /ɔ/) e outra fechada (/e/ e /o/). Na escrita, geralmente não há indicação, como se verifica na homografia de besta /ɛ/ (arma antiga também chamada de balestra) e besta /e/ (animal quadrúpede). QU e GU : desde 1945 em Portugal e 2009 no Brasil, essas sequências antes de E ou I podem representar tanto /k/ e /g/ quanto /kw/ e /gw/. O U é pronunciado em equino (relativo a cavalo), mas não em equino (ouriço-do-mar do gênero Echinus). X : entre vogais, pode ter quatro valores: /ʃ/, /ks/, /z/ e /s/ (peixe, sexo, exemplo, próximo). O dicionário Houaiss reconhece também um valor fonético adicional, /gz/, existente somente como uma de três possibilidades de pronúncia no prefixo hexa (como em hexaedro). Letras mudas H : letra sem valor fonético próprio em português. Aparece nos dígrafos ch, lh e nh, em algumas interjeições, e em começo de palavra para preservar a escrita de origem (em latim era escrito para representar o som /h/, como nas línguas germânicas atuais). https://pt.wikipedia.org/wiki/Haje https://pt.wikipedia.org/wiki/Meca https://pt.wikipedia.org/wiki/Argel https://pt.wikipedia.org/wiki/Arg%C3%A9lia https://pt.wikipedia.org/wiki/Gibraltar https://pt.wikipedia.org/wiki/Gibraltar https://pt.wikipedia.org/wiki/Gid%C3%A1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Gid%C3%A1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Charia https://pt.wikipedia.org/wiki/Xador 4 Irregularidades dialetais As irregularidades seguintes ocorrem na pronúncia de algumas regiões, mas não de outras. Homofonias B vs. V : no norte de Portugal e na Galiza, b e v são ambos pronunciados como o b no restante do mundo lusófono, tornando boa e voa homófonos. E vs. I, O vs. U : em posição átona, e pode ser pronunciado como i, e o, como u, tornando júri homófono de jure (exceto em partes do Sul do Brasil e em Portugal). A ocorrência desse fenómeno fora de fim de palavra (tornando cumprimento homófono de comprimento) é um traço frequentemente associado ao português europeu, mas também ocorre em muitos dialetos brasileiros, embora em menor escala. L vs. U : em quase todo o Brasil, l em fim de sílaba é pronunciado como u, tornando mal e mau homófonos. LI vs. LHI : em algumas regiões do Brasil, ambos são pronunciados como "lhi", tornando velinha e velhinha homófonos. S/SS vs. C/Ç : pronunciadas identicamente na maior parte do mundo, ainda se diferenciam em partes do norte de Portugal (especificamente Trás-os- Montes e Alto Minho): c ( antes de e ou i)/ç são pronunciados /s/ (como no Brasil e no sul de Portugal), enquanto s/ss represent m o som distinto s um fonema que acusticamente parece estar entre o "s" de saia e o "x" de xadrez, e que é o som da letra S também no espanhol de Castela). Isso faz com que paço e passo não sejam pronunciados da mesma forma. No galego (considerado por muitos uma variante da língua galego-portuguesa, tal como o português, ainda na atualidade), c antes de e e i pode pronunciar-se como θo fonem do dígr fo "th" em inglês). Na ortografia portuguesa, o Ç foi abolido em começo de palavra onde etimologicamente deveria figurar: sapato, em vez de çapato. O Ç é sempre preferido em lugar de SS na escrita de línguas ágrafas, como as indígenas brasileiras, ou na transliteração, como do árabe (Iguaçu, madraçal, Moçambique). https://pt.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%A1s-os-Montes https://pt.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%A1s-os-Montes https://pt.wikipedia.org/wiki/Alto_Minho https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_galega 5 S vs. Z : originalmente, e ainda nos dialetos transmontanos e alto-minhotos, se pronunciam distintamente; nessas regiões, z se pronunci e s entre vog is um som intermedi rio entre o de zero e o j de jarro). No português padrão, cozer é homófono de coser, e paz, de pás. A ortografia portuguesa desautorizou o uso de z em fim de sílaba átona ou antes de consoante, exceto nos advérbios em -mente (como vorazmente). Assim, escreve-se Cádis em vez de Cádiz e asteca em lugar de azteca. SC/SÇ/XC : no português europeu padrão, essas sequências são pronunciadas /ʃs/. No Brasil e em partes de Portugal, são pronunciadas assim como C/Ç, tornando decente e descente homófonos. X vs. CÇ : nos dialetos em que ç é homófono a s, o cç de ficção não se diferencia do x de fixo. X vs. CH : originalmente, e ainda em regiões do norte de Portugal (especificamente Alto-Minho e Trás-os-Montes), além da Galiza, x representa /ʃ/, enquanto ch representa /tʃ/; no resto da Lusofonia, ambos representam /ʃ/, tornando xá e chá homófonos. Como regra de aplicação, o x é usado depois de ditongos (caixa, trouxa), depois de en- (enxurrada, enxoval) exceto quando a palavra é derivada de outra já com ch (cheio-encher-enchimento, charco-encharcar), nas palavras de origem indígena, africana ou asiática (xará, muxoxo, xeque), e nas palavras de origem inglesa originalmente escritas com sh (xampu, xerife, sendo chute uma exceção consagrada pelo uso). X vs. S : no Brasil, extrato e estrato se pronunciam da mesma forma, sendo o X e o S equivalentes. Em Portugal, no entanto, podem ser pronunciadas diferentemente. Nesse país, o prefixo "ex" varia de pronúncia entre /eis/ e /is/, enquanto "es" só se pronuncia /is/. Segundo Gonçalves Viana, a pronúncia varia entre dialetos, entre indivíduos e entre contextos de fala num mesmo indivíduo. Ditongos: os ditongos decrescentes ai, ei, oi e ou têm pronúncia variável nos países de língua portuguesa; em grande parte dos dialetos, um ou mais deles podem ser pronunciados como monotongos, tornando cera homófono de seira. Por outro lado, em muitos dialetos do Brasil, certos monotongos podem ser pronunciados como ditongos, fazendo más ser pronunciado como mais. Polifonias http://cvc.instituto-camoes.pt/hlp/geografia/mapa02.html https://pt.wikipedia.org/wiki/Ditongo https://pt.wikipedia.org/wiki/Povos_amer%C3%ADndios https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81sia https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_inglesa https://pt.wikipedia.org/wiki/Monotonga%C3%A7%C3%A3o 6 S entre consoante e vogal: irregularmente, S tem valor sonoro ([z] ou em obséquio e em palavras com o prefixo trans- seguido de vogal, como transação, transe, trânsito e transobjetivo. A regra é o S ter valor surdo entre consoante e vogal, como se verifica em observar. Muitos falantes o pronunciam sonoro em subsídio e subsistência, embora essa pronúncia seja tradicionalmente considerada incorreta. O S soa surdo em palavras formadas pelo prefixo trans- e outra palavra iniciada por S, como transexual (trans + sexual) ou transiberiano (trans + siberiano); nesses casos, só não se grafa SS porque esse dígrafo só é permitido entre vogais. Em consequência disso, é necessário que o falante conheça a etimologia da palavra para inferir a pronúncia de palavras como transeção. Ess irregul rid de n o e iste p r os g legos que n o costum m sonori r o c s se pronunci k s e n o k Letras mudas Consoantes mudas: nos países que não o Brasil, até a entrada em vigor do Acordo Ortográfico, em 2009, eram grafadas consoantes que não eram pronunciadas, na maior parte dos casos, c e p nas sequências cç, ct, pç e pt. Em muitos casos era possível prever a partir da fala a articulação dessas consoantes nos casos em que marcavam a abertura da vogal precedente. Mesmo nesses casos, no entanto, não era possível saber se a letra a articular era c ou p tendo como referência somente a fala. Fonemas não grafados Em muitos dialetos, certos encontros consonantais são frequentemente desfeitos na oralidade com a introdução de uma vogal epentética entre as consoantes. Essa vogal não é registrada na escrita. No Brasil o fonema introduzido é /i/, fazendo com que segmento seja pronunciado assim como seguimento. https://pt.wikipedia.org/wiki/Acordo_Ortogr%C3%A1fico_de_1990 https://pt.wikipedia.org/wiki/Ep%C3%AAntese 7 CLASSES GRAMATICAIS Na gramática da língua portuguesa, a classificação mais tradicional divide as palavras em dez classes. O substantivo e o verbo podem ser entendidos como classes importantes em uma frase, pois geralmente estes elementos são a base para outras relações, ou mesmo constituintes que são necessários para o entendimento básico da ideia de uma frase. As classes artigo, numeral, pronome, adjetivo e advérbio geralmente especificam o substantivo e o verbo, são "classes adjuntas". As classes preposição, conjunção, pronome, servem para ligar, relacionar outras palavras, são "classes conectivas". Além destas classes, há uma que serve para expressar sentimentos: a interjeição. Além disso, há as palavras denotativas, que apesar de serem semelhantes a advérbios, não possuem uma classificação específica. As classes são divididas entre as variáveis: substantivo, artigo, adjetivo, numeral, pronome e verbo As classes são divididas também entre as invariáveis: advérbio, preposição, conjunção, interjeição. Contudo, a classificação tradicional é apontada por linguistas como sendo inconsistente ou inadequada para o português de hoje (e para a maior parte das línguas a que é aplicada). Bagno, por exemplo, aponta o fato de a classe dos pronomes ser formada por palavras que se comportam de modo https://pt.wikipedia.org/wiki/Gram%C3%A1tica_da_l%C3%ADngua_portuguesa https://pt.wikipedia.org/wiki/Palavra_denotativa https://pt.wikipedia.org/wiki/Palavra_denotativa https://pt.wikipedia.org/wiki/Substantivo https://pt.wikipedia.org/wiki/Artigo_(gram%C3%A1tica) https://pt.wikipedia.org/wiki/Adjetivo https://pt.wikipedia.org/wiki/Numeral https://pt.wikipedia.org/wiki/Pronome https://pt.wikipedia.org/wiki/Verbo https://pt.wikipedia.org/wiki/Adv%C3%A9rbio https://pt.wikipedia.org/wiki/Preposi%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Conjun%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Interjei%C3%A7%C3%A3o 8 sintaticamente diverso e deixar de incluir outras com comportamento parecido ao de alguns de seus subgrupos. O próprio autor propõe as seguintes classes para o português: nome, verbo, verbinominal, índice de pessoa, mostrativo, quantificador, advérbio, preposição, conjunção. A classe gramatical ou classe de palavras é assunto da morfologia. A classificação da palavra segundo a sua distribuição sintática e morfológica. O verbo é responsável por exprimir um processo que acontece no tempo, servindo para indicar: Ação: andar, correr, pular, comer, falar, beber, gritar etc.; Existência: havia; Estado: está; Desejo: querer; Alteração de estado: ficou (Ex.: Mariana ficou com medo); Conveniência: convém. (Ex.: Aquela ação não convém ao advogado); Fenômenos da natureza: amanheceu,choveu, escureceu, nevou etc. https://pt.wikipedia.org/wiki/Nome https://pt.wikipedia.org/wiki/Formas_nominais_do_verbo https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=%C3%8Dndice_de_pessoa&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Mostrativo https://pt.wikipedia.org/wiki/Quantificador https://pt.wikipedia.org/wiki/Morfologia_(lingu%C3%ADstica) https://pt.wikipedia.org/wiki/Palavra https://pt.wikipedia.org/wiki/Sintaxe https://pt.wikipedia.org/wiki/Morfologia_(lingu%C3%ADstica) 9 O termo substantivo refere-se à palavra que dá nome aos seres de maneira geral, sejam eles animados (pessoas, animais etc.) ou inanimados (objetos etc.). O substantivo possui variações de gênero, número e grau, sendo classificados na Língua Portuguesa em: Substantivo derivado; Substantivo comum; Substantivo coletivo; Substantivo concreto; Substantivo primitivo; Substantivo próprio; Substantivo composto; Substantivo abstrato; Substantivo simples. Trata-se da palavra que é anteposta ao substantivo, empregada para determiná-lo de forma exata de acordo com suas flexões, o que indicará número e gênero. Desse modo, os artigos são classificados como: Definidos: o, a, os, as. Indefinidos: um, uma, uns, umas. O adjetivo serve para caracterizar o substantivo ou demais palavras que possuem mesmo valor de substantivo. O adjetivo aponta um estado, atributo, aspecto, propriedade ou maneira de ser dos seres (sejam eles animados ou inanimados). Por fazer referência aos substantivos, o adjetivo admite flexão de gênero, número e grau. https://www.figuradelinguagem.com/gramatica/substantivo-comum/ 10 A preposição consiste numa palavra invariável (não acompanha gênero, número e grau), exercendo a função de ligar dois termos da mesma oração, fazendo a subordinação de um ao outro. As preposições classificam-se em: Acidentais: conforme, exceto, afora, durante etc. Essenciais: após, trás, a, perante, entre, sobre, desde etc. Pertencente também às 10 classes gramaticais, o numeral serve para indicar uma quantidade precisa de seres ou a posição que um determinado ser ocupa em uma série. Essa classe gramatical é classificada em: Ordinais (indicação de sucessão): primeiro, quarto, nono etc.; Cardinais (indicação de quantidade precisa): dez, vinte, um, sete etc.; Fracionários (indicação de partes iguais em que se subdivide um todo): meio, um quarto, cinco avos etc.; Multiplicativos (indicação de multiplicação) triplo, dobro, quíntuplo etc. Verbo Toda palavra que indica ação, estado ou fenômeno da natureza. 11 Na maioria dos idiomas, os verbos são classificados em: Verbos transitivos: Designam ações voluntárias, causadas por um ou mais indivíduos, e que afetam outro(s) indivíduo(s) ou alguma coisa, exigindo um ou mais objetos na ação. Podendo ser transitivo direto, quando não exigir preposição depois do verbo, ou transitivo indireto, quando exigir preposição depois do verbo. Ou ainda transitivo direto e indireto. Verbos intransitivos: Designam ações que não afetam outros indivíduos. Exemplo: andar, nadar, voar etc. Verbos impessoais: São verbos que designam ações involuntárias. Geralmente (mas nem sempre) designam fenômenos da natureza e, portanto, não têm sujeito nem objeto na ação. Exemplo: chover, anoitecer, nevar, haver (no sentido de existência) etc. Verbos de ligação: São os verbos que não designam ações; apenas servem para ligar o sujeito ao predicativo. Exemplo: ser, estar, parecer, permanecer, continuar, andar, tornar- se, ficar, viver, virar etc. Conjugações São paradigmas de flexão existentes na grande maioria dos idiomas flexionais, a partir dos quais todas as formas verbais derivam. Em português existem três conjugações: Primeira conjugação: pertencem a esta conjugação os verbos cuja vogal temática é a (cantar, falar, pensar, brincar, conversar, etc.). Segunda conjugação: pertencem a esta conjugação os verbos cuja vogal temática é e (vender, ler, correr, etc.). https://pt.wiktionary.org/wiki/cantar https://pt.wiktionary.org/wiki/falar https://pt.wiktionary.org/wiki/pensar https://pt.wiktionary.org/wiki/brincar https://pt.wiktionary.org/wiki/vender https://pt.wiktionary.org/wiki/ler https://pt.wiktionary.org/wiki/correr 12 Terceira conjugação: pertencem a esta conjugação os verbos cuja vogal temática é i (partir, dormir, pedir, conseguir, etc.). FLEXÃO Na gramática, flexão ou inflexão é a modificação de uma palavra para expressar diferentes categorias gramaticais, como modo, tempo, voz, aspecto, pessoa, número, gênero e caso. A conjugação é a flexão dos verbos; a declinação é a flexão de substantivos, adjetivos e pronomes. Uma flexão expressa uma ou mais categorias gramaticais com um prefixo, sufixo ou infixo explícito ou outra modificação interna, como uma mudança da vogal. Por exemplo, o latim ducam, que significa "eu vou levar", inclui um sufixo explícito -am, expressando pessoa (primeira), número (singular) e tempo (futuro). A utilização deste sufixo é uma flexão. Línguas que têm algum grau de inflexão são as chamadas línguas sintéticas. Estas podem ser altamente flexionadas, como o latim, ou pouco flexionadas, como o inglês. Os idiomas que são tão flexionados que uma sentença pode consistir de uma única palavra altamente flexionada (como muitas línguas indígenas americanas) são chamados de línguas polissintéticas. As línguas em que cada flexão transmite apenas uma única categoria gramatical, como o finlandês, são conhecidas como línguas aglutinantes, enquanto que as línguas em que uma flexão única pode transmitir várias funções gramaticais (como ambos os casos nominativo e plural, como no latim e no alemão) são chamadas de línguas flexivas. Idiomas como o mandarim, que nunca usam inflexões, são chamados de analíticos ou isolantes. As palavras podem ser alteradas através de morfemas. No campo da linguística este fenômeno é conhecido como flexão. Em outras palavras, as palavras têm uma série de possíveis alterações; para isso é necessário a união de morfemas flexivos a uma base. Para formar palavras existem dois processos diferentes: flexão e derivação. No primeiro caso, não se cria uma nova palavra, enquanto que no segundo é possível um novo termo. Desta maneira, através da derivação se junta uma base ou lexema com um morfema derivativo. https://pt.wiktionary.org/wiki/partir https://pt.wiktionary.org/wiki/dormir https://pt.wiktionary.org/wiki/pedir https://pt.wiktionary.org/wiki/conseguir https://pt.wikipedia.org/wiki/Gram%C3%A1tica https://pt.wikipedia.org/wiki/Palavra https://pt.wikipedia.org/wiki/Tempo_verbal https://pt.wikipedia.org/wiki/Voz_verbal https://pt.wikipedia.org/wiki/Aspecto_gramatical https://pt.wikipedia.org/wiki/Pessoa_gramatical https://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAmero_(gram%C3%A1tica) https://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%AAnero_gramatical https://pt.wikipedia.org/wiki/Caso_gramatical https://pt.wikipedia.org/wiki/Modo_verbal https://pt.wikipedia.org/wiki/Verbo https://pt.wikipedia.org/wiki/Declina%C3%A7%C3%A3o_(gram%C3%A1tica) https://pt.wikipedia.org/wiki/Substantivo https://pt.wikipedia.org/wiki/Adjetivo https://pt.wikipedia.org/wiki/Pronome https://pt.wikipedia.org/wiki/Prefixo https://pt.wikipedia.org/wiki/Sufixo https://pt.wikipedia.org/wiki/Infixo https://pt.wikipedia.org/wiki/Vogal https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADnguas_sint%C3%A9ticas https://pt.wikipedia.org/wiki/Latim https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_inglesa https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADnguas_polissint%C3%A9ticas https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_finlandesa https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADnguas_aglutinantes https://pt.wikipedia.org/wiki/Caso_nominativo https://pt.wikipedia.org/wiki/Plural https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_alem%C3%A3 https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADnguas_flexivashttps://pt.wikipedia.org/wiki/Mandarim https://conceitos.com/linguistica/ 13 A partir do adjetivo branco, pode-se criar uma qualidade abstrata adicionando um substantivo derivativo (ura) e desta maneira formar a palavra brancura. Exemplos simples de flexão: 1 A p l vr ―br nco‖ tem um b se m is especific mente bl nc A p rtir del é necess ri um fle o de gênero e outr de número Assim com um ― ‖ e um ―s‖ form mos p l vr br nc s 2) Na p l vr ―m estro‖ temos um le em ou b se m estr e m is um morfema flexivo de gênero masculino. 3) As formas verbais também aplicam o mesmo processo. Assim, a forma ―c nt ri ‖ est compost pelo le em c nt m is o morfem fle ivo ri 4 As form s verb is ―tr er tr go e trou e‖ têm o mesmo le em m s c d uma apresenta um morfema flexivo específico. As duas maneiras para formar palavras obedece ao fato de que existem dois tipos de morfemas: os flexivos e os derivativos Nos primeiros se adiciona uma informação do tipo gramatical, podendo ser morfemas flexivos nominais ou morfemas flexivos verbais. Em compensação, os morfemas derivativos proporcionam uma mudança de significado e isso faz com que o adjetivo se torne um substantivo (por exemplo, branco e brancura) ou pela introdução de um prefixo (por exemplo, o prefixo pre e a palavra dizer formam o termo prever). O estudo de flexão e da derivação faz parte da morfologia, um aspecto da linguística que é a disciplina que estuda a estrutura da linguagem. Em suma, a morfologia se concentra na estrutura e na formação de palavras, já a linguística estuda a estrutura de uma língua. https://conceitos.com/qualidade/ https://conceitos.com/morfema/ https://conceitos.com/processo/ https://conceitos.com/informacao/ https://conceitos.com/estudo/ https://conceitos.com/disciplina/ https://conceitos.com/estrutura/ https://conceitos.com/linguagem/ 14 ANÁLISE SINTÁTICA A análise sintática consiste em uma das áreas mais importantes estudadas na Língua Portuguesa. Essa análise consiste numa área da gramática responsável por estudar a função e ligação de cada elemento na formação dos períodos. Em outras palavras, a análise sintática trata da relação lógica entre as palavras da frase. A análise detalhada de cada elemento da frase permite observar como as palavras se relacionam com outras por meio de mecanismos como a concordância e a regência, elaborando frases com sentido completo. Frase = todo enunciado linguístico com sentido completo, que estabelece uma comunicação de acordo com o contexto no qual os interlocutores estão inseridos. Tipos de Frase Declarativas Afirmam ou negam algo de maneira objetiva. Exemplo: A novela começou agora. Interrogativas Quando o enunciador desconhece algo e pergunta ao interlocutor. Exemplo: Quando ela chegou? Imperativas 15 Exprimem uma ordem, solicitação ou conselho. Exemplo: Não deixe de fazer a tarefa. Exclamativas Exprimem surpresa, admiração ou espanto. Exemplo: Que lindo este lugar! Optativas Exprimem desejo. Exemplo: Que Deus o abençoe! Para compreendermos a importância da análise sintática, vejamos todos os itens estudados nessa área. Oração Consiste na frase ou membro de frase que se organiza ao redor de um verbo ou de uma locução verbal. Exemplo: Choveu muito em São Paulo. Período Trata-se da frase constituída por uma ou mais orações. O período pode ser classificado em simples (formado por uma única oração) ou composto (formado por mais de uma oração). 16 Exemplo (período simples): O preço dos combustíveis continua alto. Exemplo (período composto): É necessário que ele volte e assuma o cargo que abandonou. Sujeito É o elemento a respeito do qual se informa algo, sendo que o sujeito geralmente pode ser substituído por um pronome pessoal. Sujeito simples Possui somente um núcleo. Exemplo: Muitos atletas brasileiros atuam na Europa. Atletas = núcleo do sujeito. Sujeito composto Possui mais de um núcleo. Exemplo: Bezerros, bois e vacas estavam misturados. Bezerros, bois e vacas = núcleos do sujeito. Sujeito determinado https://pt.wikipedia.org/wiki/Pronome_pessoal 17 Aquele que pode ser reconhecido gramaticalmente, ocorrendo geralmente com o sujeito simples e com o sujeito composto. Sujeito indeterminado Aquele que ocorre quando a informação contida no predicado se refere a um elemento que não se pode (ou não se quer) revelar. Predicado Conforme já vimos, o predicado refere-se à informação propriamente dita sobre o sujeito. Predicação verbal Refere-se à relação existente entre o verbo e o seu sujeito, sendo que os verbos podem ser lexicais ou de ligação. No que se refere aos verbos lexicais, eles podem ser classificados em intransitivos ou transitivos. Predicativo De acordo com a análise sintática, consiste no termo da oração que funciona como núcleo nominal do predicado, havendo: Predicativo do sujeito: é o elemento do predicado que se refere ao sujeito mediante um verbo (de ligação ou não). Predicativo do objeto: termo da oração que se relaciona ao objeto, atribuindo- lhe uma característica. 18 CONCORDÂNCIA VERBAL Chama-se concordância verbal à flexão do verbo para concordar com o sujeito gramatical. Para tal, o verbo se flexiona em número e em pessoa. Flexão em número: Singular (um sujeito); Plural (vários sujeitos). Flexão em pessoa: 1.ª (quem fala: eu e nós); 2.ª (com quem se fala: tu e vós); 3.ª (de quem se fala: ele e eles). Concordância com verbos impessoais Com verbos impessoais o verbo deverá ser conjugado sempre na 3.ª pessoa do singular, visto não possuírem sujeito. Concordância com o verbo ser como impessoal Quando o verbo ser se apresenta sem sujeito na indicação de noções temporais e distâncias é um verbo impessoal. A concordância verbal é feita de acordo com o numeral. Concordância com partícula apassivadora se Quando a palavra se atua como partícula apassivadora, transforma o objeto direto no sujeito paciente de uma oração na voz passiva. Deverá então ser feita a concordância com esse sujeito. 19 Concordância com partícula de indeterminação do sujeito se A palavra se é um pronome indefinido, indeterminador do sujeito, quando a frase é formada por um objeto indireto ou por verbos intransitivos. Havendo um sujeito indeterminado, a concordância verbal deverá ser sempre feita com a 3.ª pessoa do singular. Concordância com infinitivo pessoal ou flexionado O infinitivo deverá ser flexionado sempre que houver um sujeito definido, quando se quiser definir o sujeito e quando o sujeito da segunda oração for diferente. Concordância com infinitivo impessoal ou não flexionado O infinitivo não deverá ser flexionado: quando não houver um sujeito definido, quando o verbo tiver regência de uma preposição, com sentido imperativo, quando o sujeito da segunda oração for igual, em locuções verbais e com lguns verbos que n o form m locuç o verb l ver sentir m nd r … Concordância com os pronomes relativos que e quem Com o pronome que, o verbo deverá concordar com o antecedente do pronome. Com o pronome quem, o verbo poderá concordar com o antecedente do pronome ou ficar na 3.ª pessoa do singular. Concordância com a maioria, a minoria, a maior parte, a metade,… A concordância no singular é considerada a mais correta com as expressões: a m iori minori m ior p rte met de … Contudo o verbo poder fic r no singular ou no plural. Concordância com as conjunções ou e nem Quando as conjunções ou e nem transmitem ideia de inclusão, o verbo deverá aparecer no plural. Quando transmitem ideia de exclusão, o verbo deverá aparecer no singular.20 Concordância com nem um nem outro e ou um ou outro Com as expressões nem um nem outro e ou um ou outro, a concordância deverá ser feita preferencialmente no singular, embora possa também ser feita no plural. Quando há uma ação recíproca, o verbo deverá aparecer sempre no plural. Concordância com tudo, nada, o, isto, isso e aquilo Quando as palavras tudo, nada, o, isto, isso e aquilo são o sujeito da frase, o verbo ser faz concordância com o predicativo do sujeito. Concordância com os verbos dar, bater e soar Com os verbos dar, bater e soar a concordância pode ser feita de acordo com o sujeito ou de acordo com o numeral, quando o destaque é dado ao verbo. Concordância com o verbo parecer Quando o verbo parecer vem seguido de outro verbo no infinitivo, pode ocorrer a flexão do verbo parecer em singular ou plural e a não flexão do infinitivo, bem como a não flexão do verbo parecer, que se mantém na 3.ª pessoa do singular, e flexão do infinitivo para o plural. Concordância verbal é a flexão do verbo em conformidade ao número e pessoa do sujeito da oração. As orações de exemplo "João faz o dever de casa" e "Os alunos fazem o dever de casa" trazem os verbos na mesma flexão número-pessoal de seus https://pt.wikipedia.org/wiki/Sujeito https://pt.wikipedia.org/wiki/Ora%C3%A7%C3%A3o_gramatical 21 sujeitos oracionais — respectivamente, na terceira pessoa do singular (sujeito "João" e verbo "faz") e na terceira pessoa do plural (sujeito "os alunos" e verbo "fazem"). CONCORDÂNCIA NOMINAL Concordância nominal consiste na adaptação de um nome ao outro, harmonizando-se nas suas flexões com as palavras de que dependem. Na gramática da língua portuguesa, a concordância nominal se dá pela relação entre um substantivo, pronome ou mesmo numeral substantivo e as demais palavras que a eles se ligam para caracterizá-los — sejam artigos, adjetivos, pronomes adjetivos e numerais adjetivos. Em geral pode-se dizer que artigo, o adjetivo, o pronome e o numeral devem concordar em gênero (masculino/feminino) e número (singular/plural) com o substantivo a que se refere. Adjetivos antepostos aos substantivos concordam com o mais próximo, porém se exerce a função de predicativo pode concordar de duas maneiras: com o mais próximo ou ir para o plural. No caso do adjetivo vir após vários substantivos a concordância já muda, pois se os substantivos forem do mesmo gênero há duas possibilidades: ir para o plural ou assumir o gênero do substantivo. É comum ouvirmos ou lermos diariamente mensagens que expressam a falta de preocupação com as concordâncias nominal e verbal. Por isso, proponho uma rápida revisão sobre concordância nominal, que é o acordo entre o nome (substantivo) e seus modificadores (artigo, pronome, numeral, adjetivo) quanto ao gênero (masculino ou feminino) e o número (plural ou singular). Exemplo: ―Eu n o sou m is um profission l nest empres gr ndios ‖ Observe que de cordo com n lise d or ç o o termo ―nest ‖ é junç o d preposiç o ―em‖ com o pronome ―est ‖ e port nto concord com o subst ntivo feminino empres o mesmo tempo em que o djetivo ―gr ndios ‖ também faz referência ao substantivo e concorda em gênero (feminino) e número (singular). https://pt.wikipedia.org/wiki/Nome https://pt.wikipedia.org/wiki/Palavra https://pt.wikipedia.org/wiki/Gram%C3%A1tica_da_l%C3%ADngua_portuguesa https://pt.wikipedia.org/wiki/Substantivo https://pt.wikipedia.org/wiki/Pronome https://pt.wikipedia.org/wiki/Numeral https://pt.wikipedia.org/wiki/Artigo_(gram%C3%A1tica) https://pt.wikipedia.org/wiki/Adjetivo https://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%AAnero_gramatical https://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAmero_(gram%C3%A1tica) https://pt.wikipedia.org/wiki/Plural 22 É a harmonização em gênero (masculino ou feminino) e número (singular ou plural) entre o adjetivo ou palavra de valor adjetivo (artigo, numeral, pronome adjetivo) e o substantivo a que se refere. As primeiras (denominadas palavras regidas ou subordinadas) acomodam-se à flexão da última (denominada palavra regente ou subordinante). ―Apen s um alto morro ruiu‖; b ―Apen s uma alta montanha ruiu‖; c ―Os dois ltos morros ruír m‖; d) ―As du s lt s montanhas ruír m‖ Para os problemas mais corriqueiros, a primeira regra de capital importância sobre o assunto é que, quando um mesmo adjetivo (a tanto equivalendo as demais palavras de valor adjetivo) qualifica dois ou mais substantivos e vem depois deles, pode o adjetivo ir para o plural ou concordar com o substantivo mais próximo. ―O aluno e a aluna estudiosos s ír m‖ correto ; b ―O aluno e a aluna estudiosa s ír m‖ correto ; c ―A aluna e o aluno estudioso s ír m‖ correto Com as comodidades da vida moderna, ocorreram mudanças de hábitos alimentares em todos os níveis sociais. ―mud nç s de h bitos liment res‖ é o sujeito da oração, e a regra diz que o verbo concorda em número e em pessoa com o seu sujeito. ―A pr tic di ri de esportes‖ é o sujeito da oração, como ele se dirige a um verbo de ligação que traz depois de si um predicativo representado por um 23 adjetivo, temos que envolver aí concordância nominal e verbal. Então a frase correta deveria ser: ―A pr tic di ri de esportes nem sempre É SUFICIENTE p r control r os ltos níveis de colesterol em jovens ‖ REGÊNCIA VERBAL Na gramática e na teoria linguística, regência se refere à relação entre a palavra e seus dependentes. Alguém pode discernir entre pelo menos três conceitos de regência: a noção tradicional de caso de regência, a definição altamente especializada de regência em alguns modelos de geração de sintaxe e uma noção mais ampla em dependências gramaticais. A regência verbal é a relação sintática de dependência que se estabelece entre o verbo — termo regente — e o seu complemento — termo regido. A regência determina se uma preposição é necessária para ligar o verbo a seu complemento. A regência verbal indica a relação que um verbo (termo regente) estabelece com o seu complemento (termo regido) através do uso ou não de uma preposição. Na regência verbal os termos regidos são o objeto direto (sem preposição) e o objeto indireto (preposicionado). Exemplos de regência verbal preposicionada assistir a; obedecer a; avisar a; agradar a; morar em; apoiar-se em; transformar em; morrer de; constar de; sonhar com; indignar-se com; ensaiar para; apaixonar-se por; cair sobre. https://pt.wikipedia.org/wiki/Gram%C3%A1tica https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Teoria_lingu%C3%ADstica&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Caso_de_reg%C3%AAncia&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Gram%C3%A1tica_gerativa https://pt.wikipedia.org/wiki/Sintaxe https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Depend%C3%AAncias_gramaticais&action=edit&redlink=1 24 REGÊNCIA NOMINAL Regência nominal é o campo da gramática que estuda a relação de sentido que se dá entre os nomes e os respectivos termos regidos por esse nome. Em português, alguns nomes (substantivos, adjetivos e advérbios) exigem mais de um complemento precedido por preposição. Tal complemento exerce a função de integrar o sentido da palavra completada, enriquecendo assim a semântica da oração em questão. O conjunto de complemento regido pela preposição é denominado "complemento nominal", no qual a preposição é definida pela "regência nominal". O complemento nominal pode estar representado por: substantivo, pronome, numeral, palavra ou expressão substantivada, ou oração subordinada substantiva completiva nominal. A regência nominal indica a relação que um nome (termo regente) estabelece com o seu complemento (termo regido) através do uso de uma preposição.Exemplos de regência nominal favorável a; apto a; livre de; sedento de; intolerante com; compatível com; interesse em; perito em; mau para; pronto para; respeito por; responsável por. A regência nominal ocorre quando um nome necessita obrigatoriamente de uma preposição para se ligar ao seu complemento nominal. Exemplos de regência nominal com preposição: https://pt.wikipedia.org/wiki/Gram%C3%A1tica https://pt.wikipedia.org/wiki/Nome https://pt.wikipedia.org/wiki/Substantivos https://pt.wikipedia.org/wiki/Adjetivos https://pt.wikipedia.org/wiki/Adv%C3%A9rbios https://pt.wikipedia.org/wiki/Preposi%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Complemento_nominal https://pt.wikipedia.org/wiki/Substantivo https://pt.wikipedia.org/wiki/Pronome https://pt.wikipedia.org/wiki/Numeral https://pt.wikipedia.org/wiki/Substantiva%C3%A7%C3%A3o 25 Sempre tive muito medo de baratas. Seu pai está furioso com você! Sinto-me grato a todos. CRASE Crase é um dos metaplasmos por supressão de fonemas a que as palavras podem estar sujeitas à medida que uma língua evolui. O termo crase significa fusão, junção. Em português, a crase é o nome que se dá à contração da preposição "a" com: artigo feminino "a" ou "as"; o "a" dos pronomes "aquele"(s), "aquela"(s), "aquilo", "aqueloutro"(s) e "aqueloutra"(s); o "a" do pronome relativo "a qual" e "as quais"; o "a" do pronome demonstrativo "a" ou "as". O sinal que indica a fusão, que indica ter havido crase de dois aa é o acento grave. Acentua-se a preposição a quando, substituindo-se a palavra feminina por uma masculina, o a torna-se ao. As palavras terra, casa e distância são casos especiais de crase. A preposição "a" antes da palavra casa (lar) só recebe o acento grave quando vier acompanhada de um modificador, caso contrário não ocorre a crase. Já com a palavra terra (chão firme, oposto de bordo) só ocorre crase quando vier acompanhada de um modificador — da mesma maneira que existe a expressão "a bordo", enquanto que com a palavra terra (terra natal ou planeta) sempre ocorre crase. Quanto à palavra distância, só haverá crase se esta estiver especificada. Para saber se a crase é aplicável, ou seja, se deve ser usada a contração à (com acento grave) em vez da preposição a (sem acento), aplique- se uma das regras de verificação: https://pt.wikipedia.org/wiki/Metaplasmo https://pt.wikipedia.org/wiki/Fonema https://pt.wikipedia.org/wiki/Casa https://pt.wikipedia.org/wiki/Terra https://pt.wikipedia.org/wiki/Acento_grave 26 1) Substitui-se a preposição a por outra preposição, como em ou para; se, com a substituição, o artigo definido a permanecer, então a crase é aplicável. Exemplos: Pedro viajou à Região Nordeste. Com crase, porque equivale a Pedro viajou para a Região Nordeste. Pedro viajou a Uberaba. Sem crase, porque equivale a Pedro viajou para Uberaba. 2) Troca-se o complemento nominal, após "a", de um substantivo feminino para um substantivo masculino; se, com a troca, for necessário o uso da combinação ao, então a crase é aplicável. Exemplos: Prestou relevantes serviços à comunidade. Com crase, porque ao se trocar o complemento — Prestou relevantes serviços ao povo — aparece a combinação ao. Chegarei daqui a uma hora Sem crase, porque ao se trocar o complemento — Chegarei daqui a um minuto — não aparece a combinação ao. Obs.: a crase não ocorre antes de palavras masculinas; antes de verbos, de pronomes pessoais, de nomes de cidade que não utilizam o artigo feminino, da palavra casa quando tem significado do próprio lar, da palavra terra quando tem sentido de solo e de expressões com palavras repetidas (dia a dia). A crase é facultativa nos seguintes casos: Antes de nome próprio feminino: Refiro-me à (a) Luciana. Se o nome estiver qualificado, a crase será obrigatória. Exemplo: O prêmio Nobel da paz foi dado à bela Beatriz. Em referência a pessoas com quem não se tem intimidade, a crase é proibida. Exemplo: Fizemos homenagem a Anita Garibaldi. 27 Antes de pronome possessivo feminino no singular (minha, tua, sua, dela, nossa e vossa), desde que seja pronome adjetivo: Dirija-se à (a) sua fazenda. Exceções: 1) A crase será obrigatória se este for um pronome possessivo substantivo. Exemplo: Dê mais valor à sua presença do que à minha. 2) Com pronomes possessivos no plural, não se trata de uma escolha entre as/às, mas sim de uma simples preposição (a) ou sua combinação com o artigo no plural (às): Juntamos a fotografia a/às suas notas. Depois da preposição até: Dirija-se até à (a) porta. A palavra 'até' pode ser usada como palavra denotativa de inclusão - sinônima de também, mesmo ou inclusive - situação em que NÃO possui a variante 'até a'. Exemplo: Conheço até os filmes antigos. Tendo por princípio basilar que a palavra "à" é o feminino de "ao", não existe crase onde também não cabe o uso de "ao". Portanto, nas seguintes situações: Antes de verbos no infinitivo: Preços a combinar. Antes de substantivos masculinos, salvo no já supracitado caso de estar subentendida a expressão "à moda de": Passear a cavalo Antes de numerais, exceto horas: De 10 a 100 Encontramos o produto numa faixa de preço que vai de R$120,00 a R$ 150,00. O caminho vai de 20 a 30 quilômetros até o lugarejo. 28 Antes de plural sem o emprego do artigo definido "as", no sentido genérico: a brilhantes psicólogas a soluções Exceção: Quando tomados em sentido específico, são precedidos do artigo as e admitem a crase: às rigorosas análises, às reivindicações. Após o uso de preposições: Ante a descoberta o cientista gritou. Após a voz de prisão o bandido entregou os comparsas. Contra a ação do governo, João realizou um protesto. Entre substantivos idênticos: Dosava a medicação gota a gota Os adversários estavam cara a cara. À exceção de: É preciso declarar guerra à guerra! É preciso dar mais vida à vida! Antes de topônimos de cidades que não admitem "a": Vou a Salvador. Vou a Lisboa. Vou a Madri. À exceção de: Quando o lugar está determinado com um adjunto adnominal, assim como ocorre com "casa" e "terra", a crase é obrigatória em topônimos que não admitem artigo Vou à Lisboa dos poetas. https://pt.wikipedia.org/wiki/Termos_da_ora%C3%A7%C3%A3o 29 Vou à Brasília de Oscar Niemeyer. SEMÂNTICA A semântica contrapõe-se com frequência à sintaxe, caso em que a primeira se ocupa do que algo significa, enquanto a segunda se debruça sobre as estruturas ou padrões formais do modo como esse algo é expresso (por exemplo, as relações entre predicados e seus argumentos). Dependendo da concepção de significado que se tenha, têm-se diferentes semânticas. A semântica formal, a semântica da enunciação ou argumentativa e a semântica cognitiva, descrevem o mesmo fenômeno, mas com conceitos e enfoques diferentes. Na língua portuguesa, o significado das palavras leva em consideração: Sinonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados iguais ou semelhantes, ou seja, os sinônimos. Exemplos: Cômico - engraçado / Débil - fraco, frágil / Distante - afastado, remoto. Antonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados diferentes, contrários, isto é, os antônimos: Exemplos. Economizar - gastar / Bem - mal / Bom - ruim. Homonímia: É a relação entre duas ou mais palavras que, apesar de possuírem significados diferentes, possuem a mesma estrutura fonológica, ou seja, os homônimos. As homônimas podem ser: Homógrafas: palavras iguais na escrita e diferentes na pronúncia. Exemplos: gosto (substantivo) - gosto / (1ª pessoa singular presente indicativo do verbo gostar) / sua (pronome) de você, de si - sua (verbo) de suar; Homófonas: palavras iguaisna pronúncia e diferentes na escrita. Exemplos: cela (substantivo) - sela (verbo) / cessão (substantivo) - sessão (substantivo) / cerrar (verbo) - serrar ( verbo) / concerto (substantivo) - conserto (1ª pessoa singular presente indicativo do verbo consertar); https://pt.wikipedia.org/wiki/Sintaxe https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_portuguesa https://pt.wikipedia.org/wiki/Sinon%C3%ADmia https://pt.wikipedia.org/wiki/Anton%C3%ADmia https://pt.wikipedia.org/wiki/Homon%C3%ADmia https://pt.wikipedia.org/wiki/Hom%C3%B3fonas 30 Perfeitas: palavras iguais na pronúncia e na escrita. Exemplos: cura (verbo) - cura (substantivo) / verão (verbo) - verão (substantivo) / cedo (verbo) - cedo (advérbio); Paronímia: É a relação que se estabelece entre duas ou mais palavras que possuem significados diferentes, mas são muito parecidas na pronúncia e na escrita, isto é, os parônimos: Exemplos: cavaleiro - cavalheiro / absolver - absorver / comprimento - cumprimento/ aura (atmosfera) - áurea (dourada)/ conjectura (suposição) - conjuntura (situação decorrente dos acontecimentos)/ descriminar (desculpabilizar) - discriminar (diferenciar)/ desfolhar (tirar ou perder as folhas) - folhear (passar as folhas de uma publicação)/ despercebido (não notado) - desapercebido (desacautelado)/ geminada (duplicada) - germinada (que germinou)/ mugir (soltar mugidos) - mungir (ordenhar)/ percursor (que percorre) - precursor (que antecipa os outros)/ sobrescrever (endereçar) - subscrever (aprovar, assinar)/ veicular (transmitir) - vincular (ligar) / descrição - discrição / onicolor - unicolor. Polissemia: É a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar vários significados. Exemplos: Ele ocupa um alto posto na empresa. / Abasteci meu carro no posto da esquina. / Os convites eram de graça. / Os fiéis agradecem a graça recebida. Homonímia: Identidade fonética entre formas de significados e origem completamente distintos. Exemplos: São(Presente do verbo ser) - São (santo) Hiperônimo: é uma palavra que pertence ao mesmo campo semântico de outra mas com o sentido mais abrangente, podendo ter várias possibilidades para um único hipônimo. Por exemplo, a palavra flor está associada a todos os tipos de flores: rosa, dália, violeta, etc. Hipônimo: têm sentido mais restrito que os hiperônimos, ou seja, hipônimo é um vocábulo mais específico. Por exemplo: Observar, examinar, olhar, enxergar são hipônimos de ver. Hiperônimo e hipônimo são dois termos usados pela semântica moderna. São elementos importantes na coesão do texto evitando repetições através da retomada de ideias anteriores. Conotação e Denotação: Conotação: é o uso da palavra com um significado diferente do original, criado pelo contexto. Exemplos: Você tem um coração de pedra. https://pt.wikipedia.org/wiki/Paron%C3%ADmia https://pt.wikipedia.org/wiki/Polissemia https://pt.wikipedia.org/wiki/Hiper%C3%B4nimo 31 Denotação: é o uso da palavra com o seu sentido original. Exemplos: Pedra é um corpo duro e sólido, da natureza das rochas. A construção de um muro de pedras. COLOCAÇÃO PRONOMINAL Na sintaxe da língua portuguesa, o termo colocação pronominal diz respeito ao modo como se dispõem os pronomes em relação aos demais elementos de uma oração[1]. Dentre os fatores que determinam a ordem dos pronomes estão a função sintática do pronome na oração, o tempo verbal, a regência do verbo principal, a ocorrência de advérbios e de outros pronomes na mesma oração. Em português, distinguem-se os pronomes retos (eu, tu, ele/a, nós, vós, eles/as), os quais em geral expressam o sujeito da oração, dos pronomes oblíquos (me, mim, te, ti, etc...), que indicam uma entidade afetada pela ação descrita pelo verbo[2]. Grande parte da variação na colocação se dá no uso dos pronomes oblíquos, sobretudo nos pronomes oblíquos átonos: me, te, se, nos, vos, o, a, lhe, os, as, lhes. Não possuem acento próprio. São clíticos. Posições clíticas dos pronomes oblíquos átonos Os pronomes oblíquos átonos portugueses são considerados morfemas com características sintáticas de palavra, mas dependentes fonologicamente do verbo ou sintagma verbal. Na gramática tradicional, há três posições relativas do pronome pessoal em relação ao verbo: Posição clítica Localização Nome Exemplo Pronome proclítico Antes do verbo Próclise Isso não se faz. Pronome mesoclítico No meio do verbo Mesóclise Chamar-me-iam de louco. https://pt.wikipedia.org/wiki/Sintaxe https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_portuguesa https://pt.wikipedia.org/wiki/Pronome https://pt.wikipedia.org/wiki/Ora%C3%A7%C3%A3o_(gram%C3%A1tica) https://pt.wikipedia.org/wiki/Ora%C3%A7%C3%A3o_(gram%C3%A1tica) https://pt.wikipedia.org/wiki/Pronome_pessoal https://pt.wikipedia.org/wiki/Sujeito-Verbo-Objeto https://pt.wikipedia.org/wiki/Tempo_verbal https://pt.wikipedia.org/wiki/Reg%C3%AAncia_verbal https://pt.wikipedia.org/wiki/Adv%C3%A9rbio https://pt.wikipedia.org/wiki/Sujeito-Verbo-Objeto https://pt.wikipedia.org/wiki/Caso_obl%C3%ADquo https://pt.wikipedia.org/wiki/Caso_obl%C3%ADquo https://pt.wikipedia.org/wiki/Coloca%C3%A7%C3%A3o_pronominal#cite_note-2 https://pt.wikipedia.org/wiki/Cl%C3%ADtico https://pt.wikipedia.org/wiki/Morfema https://pt.wikipedia.org/wiki/Fonologia https://pt.wikipedia.org/wiki/Sintagma https://pt.wikipedia.org/wiki/Gram%C3%A1tica_da_l%C3%ADngua_portuguesa https://pt.wikipedia.org/wiki/Pronome_pessoal https://pt.wikipedia.org/wiki/Verbo 32 Pronome enclítico Depois do verbo Ênclise Quero-lhe muito bem. Próclise Denomina-se próclise a colocação dos pronomes oblíquos átonos antes do verbo. Proibição Não deve ser usada no início de oração ou período, com uma exceção feita à licença poética. Ex.: Se faz justiça com as próprias mãos naquele lugar. Correção: Faz-se justiça com as próprias mãos naquele lugar. Note que uma oração pode iniciar-se a meio de uma frase, por exemplo, depois de uma vírgula, ponto e vírgula, dois-pontos, exclamação, interrogação ou reticências. Ex.: Naquele lugar, se faz justiça com as próprias mãos. Correção: Naquele lugar, faz-se justiça com as próprias mãos. Nos infinitivos há uma tendência à ênclise, mas também é possível a próclise. A ênclise só é mesmo rigor quando o pronome tem a forma o (principalmente no feminino a) e o infinitivo vem regido da preposição a. Ex.: Se soubesse, não continuaria a lê-lo. Existem determinadas palavras da língua que são consideradas "atratores" dos pronomes pessoais oblíquos átonos, pois, nos enunciados em que elas ocorrem, esses pronomes devem ficar em posição proclítica com relação ao verbo que complementam. Mesóclise Em gramática, denomina-se mesóclise ou tmese a colocação do pronome oblíquo átono no meio do verbo. https://pt.wikipedia.org/wiki/Pronome_obl%C3%ADquo_%C3%A1tono https://pt.wikipedia.org/wiki/Ora%C3%A7%C3%A3o_(gram%C3%A1tica) https://pt.wikipedia.org/wiki/Frase https://pt.wikipedia.org/wiki/Gram%C3%A1tica https://pt.wikipedia.org/wiki/Pronome https://pt.wikipedia.org/wiki/Verbo 33 Utiliza-se quando o verbo está no futuro do presente ou no futuro do pretérito e não há, antes do verbo, palavra que justifique o uso da próclise. É uma colocação exclusiva da linguagem formal e da modalidade literária, não ocorrendo em uma fala espontânea. Ex.: Convidar-me-ão para a solenidade de posse da nova diretoria. Convidar-te-ia para viajar comigo, se pudesse. Se houver pronome pessoal reto ou palavra que justifique o uso da próclise, desfaz-se a mesóclise. Ex.: Sempre te convidaria para viajar comigo, se pudesse. (O advérbio ''sempre'' exige o uso de próclise.) Hoje me convidarão para a solenidade de posse da nova diretoria. (O advérbio ''hoje'' exige o uso de próclise.) Origem da mesóclise A origem da mesóclise se relaciona à formação de uma construção inovadora de futuro analítico(formado por mais de uma palavra), no período do latim vulgar. Essa forma de futuro analítico se compunha do verbo principal no infinitivo e pelo verbo *avere h bēre no latim clássico) no presente do indicativo. Sendo o futuro analítico uma forma composta, era possível colocar o pronome entre os dois verbos. Com a evolução da língua, o verbo *avere como auxiliar foi assimilado ao verbo principal, mas manteve-se a possibilidade de deixar o pronome em posição mesoclítica. Ou seja: caballos comprar ei (comprarei cavalos) Ter + ei ⇒ terei Ter + ás ⇒ terás Ter + á ⇒ terá Ter + emos ⇒ teremos Ter + eis ⇒ tereis Ter + ão ⇒ terão Ter + havia ⇒ teria Ter + havias ⇒ terias https://pt.wikipedia.org/wiki/Tempo_verbal https://pt.wikipedia.org/wiki/Tempo_verbal https://pt.wikipedia.org/wiki/Verbo https://pt.wikipedia.org/wiki/Latim_vulgar https://pt.wikipedia.org/wiki/Latim_vulgar https://pt.wikipedia.org/wiki/Latim_cl%C3%A1ssico 34 Ter + havia ⇒ teria Ter + havíamos ⇒ teríamos Ter + havíeis ⇒ teríeis Ter + haviam ⇒ teriam Ênclise Em gramática, denomina-se ênclise a colocação dos pronomes oblíquos átonos depois do verbo. É usada principalmente nos casos: Quando o verbo inicia a oração; Quando o verbo está no imperativo afirmativo; Quando o verbo está no infinitivo impessoal; Quando o verbo está no gerúndio (sem a preposição em ou palavra atrativa) Não deve ser usada quando, o verbo está no futuro do presente ou no futuro do pretérito. Neste caso utiliza‐se a mesóclise. Os pronomes oblíquos átonos o, a, os, as assumem as formas lo, la, los, las quando estão ligados a verbos terminados em r, s ou z. Nesse caso, o verbo perde sua última letra e a nova forma deverá ser re- acentuada de acordo com as regras de acentuação da língua. Por exemplo: "tirar-a" torna-se "tirá-la"; "faz-os" torna-se "fá-los"; "comes-o" torna-se "come-lo" (não há mudança de acentuação); "Vou comer-o" torna-se "vou comê-lo". No caso de verbos terminados em m, õe ou ão, ou seja, sons nasais , os pronomes o, a, os, as assumem as formas no, na, nos, nas, e o verbo é mantido inalterado. Por exemplo: "peguem-os" torna-se "peguem-nos"; "põe-as" torna-se "põe-nas". https://pt.wikipedia.org/wiki/Gram%C3%A1tica https://pt.wikipedia.org/wiki/Pronome https://pt.wikipedia.org/wiki/Verbo 35 No português brasileiro vernáculo (mas não no padrão), o pronome reto substitui o oblíquo — por exemplo: "peguem eles!", não se usa muito o pronome em posição enclítica. EMPREGO DE CERTAS PALAVRAS À custa de À custa de equivale às locuções a expensas de e com o emprego de. Exemplos: O país cresceu à custa de empréstimos internacionais. Realizei meu sonho à custa de muito suor. Observação 1. A palavra custas não forma locução. Por isso, evite a expressão no plural (às custas de). Observação 2: A palavra custas (no plural) indica despesas de um processo criminal ou cível. Exemplo: As custas processuais foram calculadas sobre o valor do acordo. Acerca de / A cerca de / Cerca de / Há cerca de Acerca de equivale a sobre, a respeito de. Exemplo: Falou acerca da produção do algodão colorido. A cerca de / cerca de são locuções que equivalem a perto de, aproximadamente. Exemplos: As mudas devem ser plantadas a cerca de 30 cm umas das outras. Cerca de 50 espécies de cultivares foram cadastradas. 36 Há cerca de é locução que equivale a faz aproximadamente. Exemplo: Eles saíram há cerca de 40 minutos. Aonde / Onde Aonde é advérbio que se usa com verbo de movimento (principalmente chegar, ir, voltar, levar, retornar, dirigir-se, que são construídos com a preposição a); equivale sempre a para onde. Exemplo: Não sei aonde você vai. Onde indica permanência/localização. Exemplo: Não sei onde ele está. Ao nível de / Em nível (de) / A nível (de) Ao nível de é locução que tem o sentido exclusivo e literal de à mesma altura de. Exemplo: O Rio de Janeiro está ao nível do mar. Em nível (de) e a nível (de) são locuções que devem ser evitadas por ser um modismo desnecessário. Na maioria das vezes, essas locuções são dispensáveis ou podem ser substituídas por: com relação a, no que se refere a, como, no plano, no âmbito. Exemplos: Foi avaliado como presidente da associação. (CERTO) Foi avaliado em nível de presidente da associação. (ERRADO) Em relação à educação, o país vai mal. (CERTO) A nível de educação, o país vai mal. (ERRADO) 37 Foi um resultado excepcional no âmbito nacional. (CERTO) Foi um resultado excepcional a nível nacional. (ERRADO) Foi um resultado excepcional em nível nacional. (ERRADO) PONTUAÇÃO Pontuação é um ramo ou recurso da ortografia, que permite expressar exclusivamente na língua escrita um espectro de matizes rítmicas e melódicas características da língua falada, pelo uso de um conjunto sistematizado de sinais sintáticos (sinais gráficos e não gráficos). Ou seja, a pontuação têm por finalidade assinalar as pausas e as entonações da linguagem falada na linguagem escrita, separando expressões e orações que precisam ser destacadas. Os sinais de pontuação são marcações gráficas que servem para compor a coesão e a coerência textual além de ressaltar a clareza e especificidades semânticas e pragmáticas. Existem alguns sinais. São eles: Ponto (.) — Usa-se no final do período, indicando que o sentido está completo. Também usado nas abreviaturas (Dr., Exa., Sr.). Exemplo: Ele foi ao médico e levou uma injeção. Vírgula (,) — Marca uma pequena pausa e também uma separação de membros de uma frase, nem sempre correspondente às pausas (mais arbitrárias) do texto falado. É usada como marca de separação para: o aposto; o vocativo; o atributo; os elementos de um sintagma não ligados pelas conjunções e, ou, nem; as orações coordenadas assindéticas (não ligadas por conjunções); as orações relativas; as orações intercaladas; as orações subordinadas e as adversativas introduzidas por mas, contudo, todavia, entretanto e porém. Deve-se evitar o uso desnecessário da vírgula, pois ela https://pt.wikipedia.org/wiki/Ortografia https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua https://pt.wikipedia.org/wiki/Escrita https://pt.wikipedia.org/wiki/Ritmo https://pt.wikipedia.org/wiki/Melodia https://pt.wikipedia.org/wiki/Fala https://pt.wikipedia.org/wiki/Coes%C3%A3o_textual https://pt.wikipedia.org/wiki/Coer%C3%AAncia_e_coes%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Ponto_final https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%ADrgula 38 dificulta a leitura do texto. Por outro lado, ela não deve ser esquecida quando obrigatória. Exemplo: Andava pelos cantos, e gesticulava, falava em voz alta, ria e roía as unhas. Ponto e vírgula (;) — Sinal intermediário entre o ponto e a vírgula, que indica que o sentido da frase será complementado. Representa uma pausa mais longa que a vírgula e mais breve que o ponto. É usado em frases constituídas por várias orações, algumas das quais já contêm uma ou mais vírgulas; também para separar frases subordinadas dependentes de uma subordinante; como substituição da vírgula na separação da oração coordenada adversativa da oração principal. Dois pontos (:) — Os dois pontos são um sinal de pontuação. Indicam um prenúncio, comunicam que se aproxima um enunciado. Correspondem a uma pausa breve da linguagem oral e a uma entoação descendente (ao contrário da entoação ascendente da pergunta). Anunciam: Antes de um discurso direto (fala) de uma personagem, nos diálogos de um texto: Então ele disse: - Estou cansado de tanta confusão! Antes de um esclarecimento e resumo: E foi assim que aconteceu: elas foram embora mais cedo. Antes de uma citação: Como firmou Desc rtes: ―Penso logo e isto‖ Antes de um e emplo e observação.: Observação: cada atleta deverá trazer uma camiseta colorida. Antes de uma enumeração,para mostrar itens de uma justa posição: Quando um navio está prestes a afundar, entram no bote salva-vidas primeiro: crianças, idosos e adultos. Ponto de interrogação (?) — Usa-se no final de uma interrogação (pergunta) Ponto de exclamação (!) — Usa-se no final de qualquer frase que exprime sentimentos, emoções, dor, admiração, ironia, surpresa e estados de espírito. https://pt.wikipedia.org/wiki/Ponto_e_v%C3%ADrgula https://pt.wikipedia.org/wiki/Dois_pontos https://pt.wikipedia.org/wiki/Ponto_de_interroga%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Ponto_de_exclama%C3%A7%C3%A3o 39 Reticências (…) — Podem marcar uma interrupção de pensamento, indicando que o sentido da oração ficou incompleto, ou uma introdução de suspense, depois da qual o sentido será completado. No primeiro caso, a sequência virá em maiúscula -- uma vez que a oração foi fechada com um sentido vago proposital e outra será iniciada à parte. No segundo caso, há continuidade do pensamento anterior, como numa longa pausa dentro da mesma oração, o que acarreta o uso normal de minúscula para continuar a oração. Exemplos: Ah, como era verde o meu jardim... Não se fazem mais daqueles. Foi então que Manoel retornou... mas com um discurso bastante diferente! Aspas (« » ou ― ‖) — Usam-se para delimitar citações; para referir títulos de obras; para realçar uma palavra ou expressão. Parênteses "( )" — Marcam uma observação ou informação acessória intercalada no texto. Travessão (—) — Marca: o início e o fim das falas em um diálogo, para distinguir cada um dos interlocutores; as orações intercaladas; as sínteses no final de um texto. Também usado para substituir os parênteses. Meia‐risca (–) — Separa extremidades de intervalos. Parágrafo — Constitui cada uma das secções de frases de um escritor; começa por letra maiúscula, um pouco além do ponto em que começam as outras linhas. Colchetes ([]) — utilizados na linguagem científica. https://pt.wikipedia.org/wiki/Retic%C3%AAncias https://pt.wikipedia.org/wiki/Aspas https://pt.wikipedia.org/wiki/Par%C3%AAnteses https://pt.wikipedia.org/wiki/Travess%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Meia%E2%80%90risca https://pt.wikipedia.org/wiki/Par%C3%A1grafo https://pt.wikipedia.org/wiki/Colchetes 40 Asterisco (*) — empregado para chamar a atenção do leitor para alguma nota (observação). Barra (/) — aplicada nas abreviações das datas e em algumas abreviaturas. Hífen (−) — usado para ligar elementos de palavras compostas e para unir pronomes tonos verbos menor do que Mei −Risc A pontuação é o processo e o resultado de pontuar (usar sinais que delimitam a ortografia em cada oração). Os sinais de pontuação são aqueles que permitem marcar o final de uma frase e estabelecer pausas. Desta forma, pode-se hierarquizar as diferentes proposições, organizar os conteúdos e conferir uma estrutura a um discurso. O uso da pontuação depende de múltiplas questões, incluindo o estilo pessoal do emissor. É importante, de qualquer forma, respeitar certas regras básicas para que a mensagem seja coerente e possa ser compreendida pelo ouvinte. https://pt.wikipedia.org/wiki/Asterisco https://pt.wikipedia.org/wiki/Barra_(sinal) https://pt.wikipedia.org/wiki/H%C3%ADfen https://conceito.de/ser 41 Referências Bibliográficas Sobre o autor: Wikipédia, a enciclopédia livre. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ortografia_da_l%C3%ADngua_portuguesa Pesquisa equipe IEstudar em: 30/01/2020 Sobre o autor: Wikipédia, a enciclopédia livre. 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