Prévia do material em texto
Universidade Federal Fluminense Escola de Engenharia Curso de Graduação em Engenharia de Telecomunicações Luisa Nunes Azevedo Vanessa Sodré Nunes de Almeida Análise de cobertura de sinais nas faixas de 700 MHz e 3500 MHz em ambientes com vegetação do tipo praça urbana Niterói – RJ 2020 1 Luisa Nunes Azevedo Vanessa Sodré Nunes de Almeida Análise de cobertura de sinais nas faixas de 700 MHz e 3500 MHz em ambientes com vegetação do tipo praça urbana Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Engenharia de Teleco- municações da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção do Grau de Engenheiro de Telecomunicações. Orientador: Prof. Dr. Pedro Vladimir Gonzalez Castellanos Niterói – RJ 2020 ii . . iii Luisa Nunes Azevedo Vanessa Sodré Nunes de Almeida Análise de cobertura de sinais nas faixas de 700 MHz e 3500 MHz em ambientes com vegetação do tipo praça urbana Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Engenharia de Teleco- municações da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção do Grau de Engenheiro de Telecomunicações. Aprovado em 26 de agosto de 2020. BANCA EXAMINADORA Prof. Dr. Pedro Vladimir Gonzalez Castellanos - Orientador Universidade Federal Fluminese - UFF Profa. Dra. Leni Joaquim de Matos Universidade Federal Fluminese - UFF Prof. Dr. Mauŕıcio Weber Benjó da Silva Universidade Federal Fluminese - UFF Prof. Dr. Tadeu Nagashima Ferreira Universidade Federal Fluminese - UFF Niterói – RJ 2020 iv Resumo A quinta geração de redes móveis, aparece com a pretensão de tornar mais dinâ- mica, veloz e confiável a comunicação através de sistemas móveis. Por conta disso, o 5G surge como tecnologia de comunicação com as caracteŕısticas necessárias para a implan- tação de tecnologias que estão em destaque no dias atuais, tais como: IOT (Internet of Things), indústria 4.0 e smart cities. Nos próximos anos devem se estabelecer no Brasil os pilares necessários para a implementação da tecnologia 5G. Neste contexto, este trabalho se propõe a analisar a cobertura do sinal rádio com portadoras pertencentes à mesma faixa de frequências em que se espera que estas redes operem em solo brasileiro, a saber, 700 MHz e 3,5 GHz, num ambiente com vegetação. Diversos modelos de predição são considerados nas análises, de modo a estabelecer qual deles propicia melhor modelagem para o ambiente investigado e definir quais seriam os ajustes ideais para descrever tal ambiente. Palavras-chave: Propagação em ambientes com vegetação. Propagação em 700 MHz. Propagação em 3,5 GHz. Modelos de Propagação. v Abstract The fifth generation of mobile networks came out with the intention to make the communication through mobile systems easier, faster and more reliable. Because of that, the 5G emerges with necessary support to implement these technologies that are high- lighted nowadays such as: IOT (Internet of things), industry 4.0 and smart cities. In the next few years, the necessary infraestructure for the implementation of 5G technology should be established in Brazil.In this context,the main purpose of this work is to analyze the radio signal coverage in vegetative areas with the same frequency range that will be used in national territory, in this type of network. Several prediction models are considered in this analysis in order to establish which one provides a better modeling for the investigated environment and define which propa- gation model would be ideal to describe the experiment. Keywords: Propagation in vegetated environments. Propagation at 700 MHz. Propagation at 3.5 GHz .Propagation model. vi Agradecimentos Agradeço a minha dupla, que compartilhou comigo não só as aflições que cercaram o desenvolvimentos deste trabalho, mas também, grande partes das alegrias e frustrações que estiveram presentes na longa estrada que foi a graduação. Agradeço também ao professor Pedro, que foi resiliente e soĺıcito conosco. Além disso, aproveito para expressar minha gratidão a todos os outros bons professores que tive na graduação e na vida. Sou extremamente grata a minha mãe, que foi e segue sendo meu principal apoio em, absolutamente, todos os desafios que a vida me impõe. Agradeço ainda ao restante da minha famı́lia: meu pai, meus tios e minha vó por estarem sempre tão dispońıveis e dispostos a ajudar. Por fim, agradeço profundamente às pessoas que conheci no PET-Tele, pois con- tribúıram de forma valiosa para que eu conseguisse chegar ao fim deste curso. Luisa Nunes Azevedo vii Agradecimentos Primeiramente agradeço a minha parceira e amiga Luisa Nunes Azevedo por todos esses anos de conv́ıvio durante minha passagem pela Universidade Federal Fluminense. Ao Prof. Dr. Pedro Vladimir Gonzalez Castellanos pela paciência e dedicação quanto à orientação deste trabalho. Agradeço imensamente a minha mãe (in memoriam) por todos os ensinamentos passados e pelo carinho que me foi dado. Também sou muito grata ao meu pai, por sua paciência e compreensão, além de estar sempre ao meu lado nos momentos felizes, assim como nos momentos mais dif́ıceis. Agradeço à Universidade Federal Fluminense por propiciar um ambiente favorável para minha aprendizagem. A todos que fizeram parte desta incŕıvel jornada. Vanessa Sodré Nunes de Almeida Lista de Figuras 1.1 Tendência de crescimento global de dispositivos e conexões [4]. . . . . . . . 3 1.2 Tendência de crescimento na média de velocidade alcançada pelas redes, em ńıvel Global [4]. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 1.3 Distribuição de áreas verdes na região metropolitana do estado do Rio de Janeiro [14]. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 2.1 Representação da reflexão em uma interface. . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 2.2 Ilustração do Prinćıpio de Huygens [16]. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 2.3 Representação das zonas de Fresnel [17]. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 2.4 Ilustração do efeito da refração na propagação do sinal [18]. . . . . . . . . . 12 2.5 Ilustração do efeito da dispersão na propagação do sinal [18]. . . . . . . . . 12 3.1 Divisão dos modelos de predição de propagação. . . . . . . . . . . . . . . . 13 3.2 Exemplo de cenário, onde modelo de Weissberger pode ser aplicado [?]. . . 17 3.3 Gráfico Atenuação espećıfica γ versus Frequência[23]. . . . . . . . . . . . . 19 4.1 Vista aérea tridimensional do entorno da praça Nilo Peçanha. . . . . . . . 21 4.2 Vista aérea da praça Nilo Peçanha explicitando as rotas utilizadas na me- dição [25]. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 4.3 Percurso da Rota 1 [25]. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 4.4 Diagrama de blocos do setup de transmissão. . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 4.5 Setup de transmissão localizado no portão do Campus Praia Vermelha [25]. 24 4.6 Antena OMNI I-ATO-380-6000 utilizada na transmissão do sinal [27]. . . . 27 4.7 Diagrama de irradiação horizontal da antena utilizada na transmissão [27]. 27 4.8 Diagrama de irradiação vertical da antena utilizada na transmissão [27]. . . 28 4.9 Diagrama de blocos do Setup de recepção [25]. . . . . . . . . . . . . . . . . 29 4.10 Setup de recepção montado na Praça Nilo Peçanha [25]. . . . . . . . . . . . 30 viii ix 4.11 Antena Multi Band Omni MA-CQ27-1X utilizada na recepção do sinal [25]. 31 5.1 Divisão da rota em trechos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 5.2 Gráfico comparativo de potência recebida medida em 705 MHz e 3500 MHz - Trecho 1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35 5.3 Gráfico comparativo de potência recebida medida em 705MHz e 3500 MHz - Trecho 2. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36 5.4 Gráfico comparativo de path loss em 705 MHz e 3500 MHz - Trecho 1. . . 37 5.5 Gráfico comparativo de path loss em 705 MHz e 3500 MHz - Trecho 2. . . 38 5.6 Gráfico de path loss em função da distância - Trecho 1 (705 MHz). . . . . . 40 5.7 Gráfico de path loss em função da distância - Trecho 1 (3500 MHz). . . . . 41 5.8 Gráfico de atenuação pela vegetação em função da distância - Trecho 2 (700 MHz). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 5.9 Gráfico de atenuação pela vegetação em função da distância - Trecho 2 (3500 MHz). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 5.10 Gráfico de modelos ajustados - Trecho 2 (705 MHz). . . . . . . . . . . . . . 46 5.11 Gráfico de modelos ajustados - Trecho 2 (3500 MHz). . . . . . . . . . . . . 47 x Lista de Tabelas 3.1 Valores de expoente de perda de percurso em diversos tipos de ambiente [15]. 16 4.1 Especificações técnicas do amplificador ZHL-16W-43+ [26]. . . . . . . . . . 25 4.2 Especificações técnicas do Antena OMNI I-ATO-380-6000 [27]. . . . . . . . 26 4.3 Resumo de ganhos e perdas do setup de transmissão [25]-[27]. . . . . . . . 28 4.4 Valores de EIRP. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 4.5 Especificações técnicas da Antena Multi Band Omni MA-CQ27-1X [28]. . 32 4.6 Resumo de ganhos e perdas do setup de recepção [25],[28]. . . . . . . . . . 32 5.1 Path loss médio medido. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 5.2 Expoente de perda de percurso η. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39 5.3 Erro RMS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45 5.4 Erro RMS modelos ajustados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 A.1 Equações ajustadas - Trecho 2. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56 Sumário Resumo iv Abstract v Agradecimentos vi Agradecimentos vii Lista de Figuras ix Lista de Tabelas x 1 Introdução 1 1.1 Justificativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 1.2 Estado da Arte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 2 Mecanismos de Propagação 8 2.1 Reflexão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 2.2 Difração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 2.3 Refração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 2.4 Dispersão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 3 Modelos de Predição 13 3.1 Modelo de propagação no espaço livre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 3.2 Modelo Log-distance . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 3.3 Modelos de predição em ambientes com vegetação . . . . . . . . . . . . . . 16 3.3.1 Weissberger . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 3.3.2 Early ITU . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 xi xii 3.3.3 Chen and Kuo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 3.3.4 ITU-RP.833 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 3.3.5 FITU-IR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 4 Ambiente de Medições 21 4.1 Setup de Transmissão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 4.2 Setup de recepção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 5 Manipulação dos dados 33 5.1 Análise . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35 5.1.1 Ajuste dos modelos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45 6 Conclusão 48 Referências Bibliográficas 50 Apêndice A Equações Ajustadas 55 Apêndice B Código Fonte 57 Caṕıtulo 1 Introdução O advento dos sistemas de comunicação wireless, ou seja, sistemas que efetuam a transferência de dados sem que haja a necessidade de meios de transmissão confinados como cabo, fibra óptica, par trançado, etc, propiciou a difusão de telefonia móvel a ńıvel global. Este tipo de sistema surgiu graças à união do trabalho de diferentes cientistas que estudaram o funcionamento e a aplicação das ondas eletromagnéticas para este objetivo, todavia, a origem mais comum dada a este tipo de sistema é relacionada ao italiano Guglielmo Marconi, quem teria desenvolvido o primeiro telégrafo sem fio, ainda no século XIX [1], [2]. No contexto das telecomunicações, os anos 1980 trouxeram a primeira geração de telefonia móvel, chamada de 1G. Esta tecnologia baseava-se na transmissão de sinais de voz feita de forma analógica e utilizava-se de torres de rádio para efetuar tais transmissões, o que tornava a comunicação insegura. Na década seguinte, surge a segunda geração de telefonia móvel, que implementa a comunicação digital e é embasada pelo GSM (Global System for Mobile Communications), tendo como principais tecnologias o CDMA (Code Division Multiple Access) e o TDMA (Time Division Multiple Access). O 2G introduziu as SMS (do inglês, Short Message Service), conhecidas como mensagens de texto, como uma opção de comunicação viável [3]. O 3G foi implementado nos anos iniciais do século vigente. Esta foi a geração que viabilizou o acesso à internet, ao GPS e à TV através dos dispositivos móveis, já que uma de suas principais caracteŕısticas é a transferência de dados a altas taxas. Existem diversos tipos de tecnologias que nortearam a implantação e o desenvolvimento das redes 2 3G, tais como: CDMA-2000 (Code Division Multiple Access-2000 ), WCDMA (Wideband Code Division Multiple Access) e GSM EDGE (Enhanced Data Rates For GSM ) [3]. A geração seguinte foi chamada de 4G. Esta geração difere da anterior, basicamente por ser focada principalmente na transferência de dados. Justamente por isso, a quarta geração atinge velocidades bem maiores do que a anterior [3]. Esta tecnologia é a vigente na grande maioria dos dispositivos móveis em uso ao redor do globo terrestres [4]. A próxima geração de sistemas de comunicação móvel padronizada pela ITU (In- ternational Telecommunication Union), através do IMT-2020 (International Mobile Tele- communications-2020), é o 5G, que se apresenta como um catalisador no envio de infor- mações por meio de sistemas móveis. Este tipo de rede oferecerá transmissão de dados a altas taxas, maiores larguras de banda, suporte a uma quantidade maior de usuários usufruindo da mesma infraestrutura e maior diretividade do sinal. Estas caracteŕısticas propiciam avanços de sistemas que necessitam de transmissões extremamente confiáveis e com baixa latência, como a telemedicina e os véıculos autônomos, por exemplo [3]. Sendo assim, o 5G se torna um dos requisitos para o estabelecimento da indústria 4.0, Internet das Coisas e das almejadas cidades inteligentes. O 3GPP (3rd Generation Partnership Project) definiu três cenários principais que o 5G deve atender. São eles: eMBB (Enhanced Mobile Broadband), URLLC (Ultra Reli- able Low Latency Communications) e mMTC (massive Machine Type Communications). O eMBB descreve o contexto de aprimoramento da banda larga móvel, uma demanda crescente por parte das aplicações atuais, que será atendida já na fase inicial de implan- tação das redes. O URLLC diz respeito aos cenários em que é necessário uma menor latência em todo o fluxo do sistema, para satisfazer aplicações cŕıticas que necessitam de comunicação muito confiável e com baixa latência. Por fim, mMTC se refere à necessidade de que as redes 5G consigam suportar as requisições dos dispositivos de IoT (Internet of Things, ou Internet das coisas), que estarão em número crescente pelos próximos anos [5]. Para seu funcionamento,o 5G se apoiará em um conjunto de tecnologias. Um dos elementos desse conjunto são as chamadas ondas milimétricas, que descrevem, basi- camente, a utilização de frequências muito mais altas do que as usuais para transmitir o sinai. Este procedimento será adotado para contornar o problema da sobrecarga das faixas de frequência mais baixas, dado o aumento no número de dispositivos se integrando à rede e do consumo de banda. O grande problema da ondas milimétricas é o seu curto 3 alcance. Visando contornar esta questão, o 5G implementará as small cells, ou seja, es- tações de tamanho reduzido que terão a responsabilidade de cobrir um raio menor. Para as redes de quinta geração, ainda está previsto o MIMO (Multiple Input Multiple Out- put) massivo, através do qual, as estações poderão suportar cerca de 100 antenas, o que significa que muitos mais usuários serão atendidos ao mesmo tempo. A desvantagem do massive MIMO é que todas essas antenas podem provocar interferências entre si. As- sim, será necessária a adoção de um mecanismo que faça com que o feixe da antena seja mais diretivo, o beamforming, que será combinado com o rastreamento de feixe. Dessa forma, os sinais serão agrupados em feixe, o que ajudará a contornar o problema da queda de potência das ondas milimétricas em relação à distância, e fará com que determinado feixe esteja atrelado a um usuário em espećıfico. Por fim, os dispositivos das redes 5G contarão com transceptores capazes de transmitir e receber dados na mesma frequência, simultaneamente [6]. O Annual Internet Report, da Cisco, forneceu um panorama dos acessos à internet entre 2018 e 2023. Nele, estima-se que, no mundo todo, o tráfico via rede 5G cresça cerca de 100 vezes entre 2019 e 2023, chegando a operar em 11% dos dispositivos no ano final. Na contramão disso, os acessos via 3G ou tecnologias anteriores diminuirá de mais da metade dos acessos, em 2018, para algo em torno de 30%, como pode ser observado na Figura 1.1 [4]. Figura 1.1: Tendência de crescimento global de dispositivos e conexões [4]. Ainda de acordo com o relatório da Cisco, a média de velocidade das conexões 4 utilizadas em smartphones será impulsionada pela implantação do 5G até 2023 e a média de velocidade das redes da quinta geração será mais de 10 vezes maior do que a média das velocidades alcançadas através dos outros tipos de rede. O gráfico da Figura 1.2 ilustra isso. Figura 1.2: Tendência de crescimento na média de velocidade alcançada pelas redes, em ńıvel Global [4]. Recentemente, na China, o 5G foi utilizado como aliado no tratamento de doentes infectados pelo novo Coronav́ırus (COVID-19). Um rede 5G implementada pela ZTE e pela China Telecom permitiu que médicos do West China Hospital e pesquisadores da Universidade de Sichuan fizessem o diagnóstico e indicação de tratamento aos pacientes de forma remota fornecendo suporte a outros hospitais do território [7]. Embora já seja realidade em páıses como Estados Unidos, Coréia do Sul e China, no Brasil, acredita-se que o chamado leilão do 5G acontecerá somente em 2021. Este evento será o responsável por definir como serão repartidas as faixas de frequências utilizadas para a operação da quinta geração de redes móveis no páıs. As licenças de operação que estarão em disputa dizem respeito às faixas de 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz. Espera-se que as vencedoras do leilão sejam responsabilizadas por fornecer cobertura à malha rodoviária brasileira, objetivando que isso possibilite o monitoramento, em tempo real, das estradas [8]-[10]. Para que o 5G ou qualquer outra tecnologia de transmissão móvel seja implemen- tada com sucesso, é necessário que seja efetuado estudo de cobertura do sinal, princi- 5 palmente, nas faixas de frequência em que tal tecnologia opera e em diferentes tipos de ambiente. Em geral, para se avaliar o comportamento dos sinais wireless são utilizados mo- delos de predição espećıficos ou adaptados para o tipo de ambiente e/ou terreno e faixa de frequência que se pretende estudar. 1.1 Justificativa O desenvolvimento urbano sustentável é uma pauta que está em evidência nos últimos anos. A Nova Agenda Urbana lançada, em 2016, pelo programa ONU-Habitat busca nortear as poĺıticas e ações que devem ser implementadas para que as áreas urbanas consigam se desenvolver de modo sustentável [11]. No documento, a priorização dos espaços públicos verdes é tratada como um dos ind́ıcios de que as cidades estejam no caminho certo para se desenvolver com sustentabilidade [12]. Originalmente, os parques, praças e jardins públicos eram utilizados como ambiente de lazer e descanso somente. Atualmente, percebeu-se que a importância dada a esses locais deve considerar mais do que os fins recreativos dos mesmo. A presença de áreas verdes nos ambientes urbanos possibilita o reoxigenação do ar, amenização da temperatura local, atenuação de rúıdos sonoros e ainda trazem um efeito paisaǵıstico para as cidades, além de fornecerem um espaço para o lazer da população [13].Dessa forma, a implantação e manutenção de áreas verdes deve ser parte integrante do plano de crescimento dos munićıpios. Na região metropolitana do estado do Rio de Janeiro, que inclui 19 munićıpios cujas distâncias ao centro variam entre 10 km e 80 km, acredita-se que 36,27% do território seja ocupado por áreas verdes, segundo cartografia divulgada pela Câmara Metropolitana, em 2017. Dessas áreas verdes, 16,47% são provenientes de locais protegidos, tais como parques e reservas [14]. A distribuição das áreas verdes no estado do Rio de Janeiro pode ser observada no mapa da Figura 1.3. 6 Figura 1.3: Distribuição de áreas verdes na região metropolitana do estado do Rio de Janeiro [14]. Neste contexto, e considerado a proximidade da implantação das redes 5G em solo brasileiro, este trabalho se propõe a estudar o comportamento dos sinais na faixa de frequência em que operaram as redes da quinta geração no Brasil, ou seja, 700 MHz e 3,5 GHz em um ambiente que contenha vegetação. Para tanto, foram utilizadas as medições efetuadas na praça Nilo Peçanha, localizada próximo ao campus Praia Vermelha da Universidade Federal Fluminense. 1.2 Estado da Arte Este trabalho será desenvolvido como uma ramificação da pesquisa desenvolvida pelo Mestre em Engenharia Elétrica e de Telecomunicações, Diogo Augusto Bêtta, que em sua dissertação propôs modelagem de canal para ambiente com vegetação t́ıpica de parque urbano. Em sua análise, o Diogo analisou o comportamento de um sinal de onda cont́ınua transmitido em 5 frequências distintas por uma antena nas alturas de 1,7 e 4,2 metros. As frequências das portadoras utilizadas foram: 705, 1790, 2400, 3500 e 4000 MHz. Para angariar os dados utilizados em seu trabalho o aluno buscou configurar um cenário em que o sistema de transmissão permanecesse fixo e a estrutura de recepção se 7 deslocasse em velocidade próxima a de um transeunte no interior de uma praça arborizada. Em seguida, já de posse dos dados, as medidas foram setorizadas e analisadas. Como já era esperado, de acordo com a teoria de propagação, notou-se que tanto a maior concentração da vegetação, quanto o aumento da frequência do sinal fizeram com que a atenuação fosse maior. De forma geral, desconsiderando-se a segregação do percurso em rotas, o modelo Log-distance apresentou-se como o que melhor descreveu o comportamento do sinal onde o transmissor e receptor se encontravam parcialmente em linha de visada. Por outro lado, considerando a segregação das rotas, o trecho que apresentava mais obstrução por vegetação foi melhor caracterizado pelos modelos propostos, calculados com base nos ajustes de dados efetuado através do software Matlab R©. Caṕıtulo 2 Mecanismos de PropagaçãoDe maneira geral, a forma como as ondas eletromagnéticas se propagam pelo meio é definida pelos efeito de diversos fenômenos que, neste contexto, são chamados de meca- nismos de propagação. Sendo assim, a perda média do sinal e, por conseguinte, a potência do sinal recebido são norteadas pelo impacto desses mecanismos no sinal transmitido. Os três mecanismos básicos de propagação são reflexão, difração e dispersão. Um fator importante em como será a influência dos mecanismos sobre a onda está na faixa de frequência em que a transmissão está sendo feita. Neste trabalho, tratare- mos das frequências de 705 MHz e 3,5 GHz, que pertencem à faixa UHF (Ultra High Frequency). 2.1 Reflexão A reflexão ocorre quando o sinal encontra algum obstáculo, cujas dimensões sejam maiores do que seu comprimento de onda. Neste cenário, uma parte da onda eletromag- nética é transmitida e outra parte é refletida. Usualmente, nos cálculos é considerado o coeficiente de reflexão de Fresnel, representado pela letra Γ, para representar a intensi- dade do campo elétrico refletido. Este coeficiente está relacionado às caracteŕısticas do material e da onda, por exemplo, frequência, polarização e ângulo de incidência. A imagem da figura F.1 ilustra o efeito da reflexão em uma interface. 9 Figura 2.1: Representação da reflexão em uma interface. 2.2 Difração A difração é o mecanismo que propicia a propagação dos sinais mesmos em ambi- ente com presença de obstruções e zonas de sombreamento. Este fenômeno é justificado pelo Prinćıpio de Huygens, que discorre sobre o fato de que cada ponto em uma frente de onda atua como uma fonte para a produção de novas ondas, ou seja, o campo óptico de cada ponto na frente de onda secundária é o resultado da soma dos campos irradia- dos pela fontes secundárias. No fim, a frente de onda secundária total é o invólucro das onda originadas pelas fontes secundárias [15], [16]. Na Figura 2.2 tem-se a ilustração do Prinćıpio de Huygens. 10 Figura 2.2: Ilustração do Prinćıpio de Huygens [16]. Mais especificamente, na difração ocorre que, ao se deparar com um obstáculo que possua superf́ıcie irregular, o raio é desviado, de modo a contornar o objeto e, justamente por isso que há a presença de sinal nas regiões de sombra. Esse mecanismo embasa toda a teoria da geometria por zona de Fresnel. Dado que a partir da análise da defasagem entre o caminho percorrido pelas frentes de onda que difratam na interface do obstáculo e o caminho direto, que poderia ser feito caso a transmissão estivesse ocorrendo em linha de visada, chega-se no conceito dos elipsóides de revolução concêntricos que constituem as zonas de Fresnel. Essas zonas descrevem porções do espaço onde o percurso das ondas secundárias supera em nλ 2 o comprimento do percurso em linha de visada. 11 Figura 2.3: Representação das zonas de Fresnel [17]. O cálculo do raio das Zonas de Fresnel é feito através da equação: rn = √ nλd1d2 d1 + d2 (2.1) onde n é um inteiro que representa o número da zona de Fresnel, λ é o comprimento de onda utilizado na transmissão, d1 é a distância entre transmissor e obstrução e d2 é a distância entre a obstrução e o receptor. Nos cálculos de enlaces para sistemas móveis, o bloqueio da comunicação devido à perda por difração não ocorre se, pelo menos, 55% da primeira zona de Fresnel estiver desobstrúıda. 2.3 Refração A refração é o fenômeno em que a luz ou sinal é transmitido de um meio para o outro. Durante esse troca de meio, há uma variação da velocidade de propagação da onda em decorrência da mudança do seu comprimento de onda. Quando a troca de meio acontece, uma parcela do sinal é absorvida pelo meio material e a outra continua sendo propagada. Um efeito imediato deste evento é a mudança de percurso do sinal, que por sua vez implica na alteração da área de cobertura, podendo causar eventuais interferências entre os sinais propagantes. A imagem da Figura 2.4 ilustra o mecanismo de refração. 12 Figura 2.4: Ilustração do efeito da refração na propagação do sinal [18]. 2.4 Dispersão Esse fenômeno ocorre quando as ondas eletromagnéticas se chocam com obstáculos de mesma ou de menor dimensão que o comprimento de onda, sendo o comprimento de onda do sinal o parâmetro mais adequado para estabelecer que tipo de obstáculo se trata, se é de mesma ou de menor ordem. Esse espalhamento do sinal é produzido por superf́ıcies rugosas, pequenos objetos e irregularidades do próprio canal. A imagem da Figura 2.5 ilustra o mecanismo da dispersão. Figura 2.5: Ilustração do efeito da dispersão na propagação do sinal [18]. Caṕıtulo 3 Modelos de Predição Os modelos de predição de propagação são recursos utilizados no estudo de cober- tura de sinais. Eles são usados tanto no ambiente acadêmico, quanto no mundo corpora- tivo, servindo de base para programas que possibilitam a automação do estudo ou sendo manualmente aplicados. Os modelos são aplicados em diversos estágios de implantação da rede. No ińıcio, eles auxiliam na avaliação de viabilidade e, posteriormente, podem ser utilizados na análise de interferência entre sinais. De maneira geral, os modelos de predição podem ser divididos da forma que é retratada na Figura 3.1. Figura 3.1: Divisão dos modelos de predição de propagação. Os modelos determińısticos, também chamados de teóricos, são aqueles que se baseiam em algumas das formulações, que dizem respeito à propagação das ondas eletro- 13 14 magnéticas, para definir o ńıvel de sinal recebido em determinado ponto. Por se basearem em conceitos teóricos, estes modelos costumam ser bastante precisos em suas predições e podem ser aplicados a diversos tipos de cenários, entretanto, comumente exigem um mapeamento completo do ambiente em que a propagação está ocorrendo e, por conse- guinte, necessitam de maiores recursos computacionais [19],[20]. Já os modelos emṕıricos são aqueles elaborados com base em medições e observações efetuadas num determinado tipo de ambiente. Estes modelos são, em geral, de fácil aplicação, pois seus resultados finais são obtidos em forma de gráficos e/ou expressões, que fornecem a perda mediana sofrida pelo sinal. Justamente por serem baseados em campanhas de medições num am- biente espećıfico, é comum que este tipo de modelo seja aplicado com o aux́ılio de fatores de correção, buscando abranger um número maior de cenários distintos daquele em que foram aferidos os valores [19]-[21]. Na obtenção dos modelos estocásticos, o ambiente de estudo é particionado em uma série de variáveis aleatórias, que serão utilizadas em uma posterior análise de pro- babilidade. Modelos assim, geralmente, dependem da conjuntura do ambiente no exato momento da medição. Os modelos estocásticos fazem uso de função de densidade de probabilidade para fornecer a perda de caminho predita [20]. Neste trabalho, foram selecionados um total de 8 modelos dentre os dispońıveis na bibliografia. Estes modelos foram escolhidos de modo a atender os cenários e rotas percorridos na campanha de medições. 3.1 Modelo de propagação no espaço livre O modelo de propagação no espaço livre é utilizado para calcular a atenuação média sofrida pelo sinal em ambientes onde há visada direta. A visada direta acontece em cenários onde não há obstrução entre transmissor e receptor, ou seja, neste modelo considera-se como fator determinante na queda de potência do sinal apenas a distância entre os pontos de partida e chegada do sinal. No espaço livre, o expoente de perda de percurso η é igual a 2, o que significa que a potência diminui proporcionalmente ao quadrado da distância entre transmissor e receptor. Para o cálculo da potência recebida a uma determinada distânciada antena trans- 15 missora, utiliza-se a equação de Friis, conforme descrita abaixo: Pr(d) = PtGtGrλ 2 (4π)2d2L (3.1) onde: Pr é a potência recebida, Pt é a potência transmitida, d é a distância entre os pontos de transmissão e recepção, Gt é o ganho da antena transmissora, Gr é o ganho da antena receptora, λ é o comprimento de onda utilizado na transmissão e L representa a perda do sinal com a distância [15]. Geralmente, o objeto de interesse ao utilizar modelos de predição é o valor da perda de percurso sofrida pelo sinal. Para facilitar a aplicação, a equação de Friis pode ser empregada em escala logaŕıtmica: LB = 32, 44 + 20log10(f) + 20log10(d) (3.2) onde f é a frequência em MHz, d é a distância em km, Gr e Gt são os ganhos das antenas receptora e transmissora, respectivamente. 3.2 Modelo Log-distance O modelo Log-distance se apoia nos mesmos prinćıpios do modelo do espaço livre de Friis, entretanto, leva em conta as reflexões no ambiente, levando a uma variação de queda do sinal com a distância. Assim, este modelo se baseia na ideia de que se existe um ponto d0 de referência, onde a potência recebida, Pr(d0), é conhecida, então as potências recebidas, Pr(d), nos pontos em que d > d0, devem estar relacionadas com o valor de Pr(d0). O valor de atenuação sofrido pelo sinal no modelo Log-distance pode ser calculado através da equação abaixo: PL(d)[dB] = PL(d0) + 10ηlog( d d0 ) +Xσ (3.3) onde PL(d0) é a perda de percurso sofrida pelo sinal a uma distância de referência d0 (em dB), d é a distância para a qual a perda de percurso está sendo calculada, η é o expoente de perda de percurso e Xσ é uma variável aleatória com distribuição gaussiana, média 0 e desvio padrão σ. Os valores do expoente de perda de percurso, η, são definidos de acordo com o tipo de ambiente em que o sinal está se propagando, como mostrado na Tabela 3.1. 16 Ambiente Expoente de perda η Espaço livre 2 Área urbana 2,7 a 3,5 Área urbana sombreada 3 a 5 Linha de visão do prédio 1,6 a 1,8 Obstrúıdo em prédio 4 a 6 Obstrúıdo em fábrica 2 a 3 Tabela 3.1: Valores de expoente de perda de percurso em diversos tipos de ambiente [15]. 3.3 Modelos de predição em ambientes com vegeta- ção Quando se trata de ambientes com cobertura vegetal, torna-se mais dif́ıcil elaborar um modelo de propagação que leve em consideração todos os parâmetros necessários para calcular a atenuação que o sinal recebido sofre. Nestes cenários, é posśıvel encontrar três tipos de obstáculos : 1) árvore isolada; 2)fileira de árvores ; 3) parques e bosques urbanos. Em ambientes que apresentam obstruções como as citadas acima , o sinal sofre reflexão, difração, espalhamento, absorção e despolarização. Além disso, é preciso levar em consideração outros parâmetros tais como, alturas das antenas de recepção e transmissão, condições atmosféricas e densidade da vegetação. O fato de haver inúmeras variáveis que precisam ser contabilizadas, faz com que a criação de um modelo seja uma tarefa bastante árdua. Nos próximos tópicos serão introduzidos modelos que contemplam a propagação de sinais em ambientes com vegetação. A perda total de um sinal que se propaga em uma área coberta por vegetação é dada pela equação abaixo: LT = LB + LF (3.4) onde: LB é a perda básica, calculada principalmente pela propagação no espaço livre, e LF é a perda provocada pela folhagem. 17 3.3.1 Weissberger O modelo de Weissberger propõe uma modelagem de decaimento exponencial mo- dificado que calcula a atenuação adicional do sinal em ambientes que possuem a presença de uma ou mais árvores, como retratado na Figura 3.2. Figura 3.2: Exemplo de cenário, onde modelo de Weissberger pode ser aplicado [?]. Esta modelagem foi projetada com base em modelos de decaimento exponencial com frequências na faixa entre 230 MHz e 96 GHz. A perda, em dB, provocada pela folhagem das árvores é modelada pelas equações abaixo: L(dB) = 0, 45f 0,284d, 0 ≤ d ≤ 14metros (3.5) L(dB) = 1, 33f 0,284d0,588, 14 ≤ d ≤ 400metros (3.6) onde L é a perda em excesso (ao espaço livre), em dB, f é a frequência de transmissão em GHz (gigahertz) e d é o percurso sobre as árvores em m (metros). 3.3.2 Early ITU O modelo de Weissberger inspirou o desenvolvimento de um outro modelo chamado de early ITU model, também chamado de ITU vegetation model. O modelo é válido para sinais com frequências entre 200 MHz e 95 GHz e distâncias entre a antena transmissora e a antena receptora menor que 400 m. Este modelo foi criado em 1988, pela União Internacional de Telecomunicações, e é expresso por: AITU−R = 0, 2f 0,3d0,6 (3.7) 18 onde: AITU−R é a perda adicional, devida à vegetação, em decibel (dB), f é a frequência de transmissão em MHz (megahertz) e d é o percurso sobre as árvores em m (metros). 3.3.3 Chen and Kuo Esta modelagem foi desenvolvida através de sucessivas medições realizadas usando frequências entre 1 e 100 GHz. O modelo é embasado na teoria geométrica da difração, na qual o ambiente se caracteriza por uma floresta composta por quatro camadas: ar, solo, troncos e copa das árvores. Para polarização vertical: Lv = (0, 001f + 0, 2)d+ 0, 5f + 3 (3.8) Para polarização horizontal: Lh = (0, 0002f + 0, 2)d+ 0, 03f + 2 (3.9) onde d é a distância, em metros, e f é a frequência, em GHz. 3.3.4 ITU-RP.833 Dependendo das circunstâncias, a atenuação em detrimento da vegetação deve ser levada em consideração, entretanto, as numerosas situações e condições de vegetação posśıveis dificultam bastante uma modelagem genérica para estes casos. Visando atender vários cenários, elaborou-se a recomendação ITU-R P.833. A primeira situação retratada nesta recomendação é um enlace de rádio em que apenas um terminal esteja localizado dentro de um bosque ou vegetação extensa, a perda devido à vegetação pode ser caracterizada pela equação seguinte: Aev = Am[1 − e −dγ Am ] (3.10) onde d é o comprimento do caminho dentro da floresta em metros, γ é atenuação espećıfica para caminhos vegetativos muito curtos em dB/m, Am é a atenuação máxima em dB para um terminal dentro de um tipo espećıfico e profundidade de vegetação. É importante ressaltar que o parâmetro Am depende das espécies presentes e da densidade da vegetação. Além disso, o padrão da antena que se localiza dentro da área 19 verde junto com a distância vertical entre a antena e o topo da vegetação também contri- buem para o cálculo de Am. Por último, o valor de γ depende das espécies e da densidade da vegetação. O gráfico da Figura 3.3 retrata os valores t́ıpicos obtidos para a atenuação espećıfica (γ) através de sucessivas medições realizadas na faixa de frequência entre 30 MHz e 30 GHz para as polarizações vertical (V) e horizontal (H). Figura 3.3: Gráfico Atenuação espećıfica γ versus Frequência[23]. Para exemplificar como a variável Am depende da flora local, foi montado um experimento em um parque com árvores tropicais no Rio de Janeiro com frequências na faixa de 900 a 1800 MHz com a altura média das árvores de 15 m e a antena receptora com altura de 2,4 metros [23]. Através dessas medições chegou-se à seguinte equação: Am = 0, 18f 0,752 (3.11) onde f é a frequência em MHz. A equação (3.11) não se aplica a um enlace cujo o obstáculo é constitúıdo por uma única obstrução vegetativa em que ambos os terminais se localizam 20 fora da zona de vegetação. Em razão disso, a recomendação ITU-R P.833 elaborou um modelo que contempla esse tipo de situação. Em VHF e UHF, a atenuação espećıfica tem valores relativamente pequenos, espe- cialmente onde a parte vegetativa do enlace é reduzido. Esse cenário pode ser modelado por duas equações, uma para frequências até 1 GHz e outra para situaçõesacima deste limiar. Igual ou abaixo de 1 GHz Em sistemas cuja frequência de transmissão é igual ou inferior a 1 GHz, a equação para a atenuação excessiva é dada por: Aet = dγ (3.12) onde d é o comprimento do caminho dentro da copa da árvore, em metros (m), γ é a atenuação espećıfica para caminhos vegetativos muito curtos, em dB/m. 3.3.5 FITU-IR Este modelo é uma adequação do ITU-IR (Early ITU model), onde a sazonalidade da vegetação é levada em consideração. Dependendo da estação do ano, a folhagem torna-se mais densa ou menos densa, o que faz grande diferença na feitura dos cálculos. As equações que deverão ser adicionadas à perda no espaço livre são [24]: LFITUcomfolhas = 0, 37f 0,18d0,59 (3.13) LFITUsemfolhas = 0, 39f 0,39d0,25 (3.14) onde LFITU é a atenuação, em dB, que deve ser adicionada à perda no espaço livre, d é distância em metros (m) entre a antena transmissora e receptora, f é a frequência de operação do sistema em MHz. Caṕıtulo 4 Ambiente de Medições As medições foram realizadas em um dia de céu claro e sem sinal de precipitações, no qual havia um trânsito relevante de véıculos, porém baixo fluxo de transeuntes nas redondezas da localidade selecionada. O local eleito foi a praça Nilo Peçanha situada a cerca de 20 metros da entrada do Campus onde está a Escola de Engenharia da Universidade Federal Fluminense, o Campus Praia Vermelha, como pode ser observado na Figura 4.1. A praça é utilizada como opção de lazer e recreação para os moradores do bairro de São Domingos, onde está localizada. Em seu interior há o Restaurante Jambeiro, que costuma ser o grande responsável pelo fluxo de pessoas no interior da praça. Figura 4.1: Vista aérea tridimensional do entorno da praça Nilo Peçanha. Em termos de cobertura vegetal, a praça possui tanto plantas rasteiras quanto 21 22 árvores de grande porte. A distribuição da vegetação em seu interior é irregular, dado que há áreas onde há maior concentração vegetal e áreas de clareiras pensadas para facilitar o trânsito dos frequentadores do lugar. Para facilitar a obtenção e análise das medidas, o Mestre em Engenharia Elétrica e de Telecomunicações pela Universidade Federal Fluminense, Diogo Bêtta, aferiu o sinal recebido em duas rotas distinta, que podem ser observadas na Figura 4.2. Figura 4.2: Vista aérea da praça Nilo Peçanha explicitando as rotas utilizadas na medição [25]. A rota 1 vai desde a entrada da praça, na Rua Passo da Pátria, até um dos portões laterais, que dá acesso à Rua Desembargador Geraldo Toledo percorrendo uma distância de, aproximadamente, 57 metros. Esta rota é constitúıda, então, por um percurso reto que se estende da entrada principal até o centro da praça, em seguida tem-se um trecho curvo voltado para o lado esquerdo e, por fim, o último segmento do caminho é novamente retiĺıneo. Em termos de cobertura vegetal, o primeiro terço desta rota é constitúıdo por um corredor cercado por árvores dos lados esquerdo e direito. Já na porção central da praça, a cobertura vegetal encontra-se prioritariamente na lateral esquerda. No terço final da rota, a vegetação volta a formar um corredor e obstrui o sinal que chega ao receptor. 23 O percurso da rota 1 pode ser visualizado na Figura 4.3. Figura 4.3: Percurso da Rota 1 [25]. A segunda rota difere da primeira basicamente por possuir, após o segmento reti- ĺıneo entre o portão principal e a parte central da praça, um trecho curvo voltado para o lado direito da praça e por ter seu final próximo ao portão que dá acesso à Rua Presidente Domiciano. Neste trabalho trataremos de analisar o comportamento do sinal no percurso referente à rota 1. 4.1 Setup de Transmissão O setup de transmissão foi montado segundo o diagrama de blocos exibido na Figura 4.4. Figura 4.4: Diagrama de blocos do setup de transmissão. Visando facilitar o uso da energia fornecida pela Universidade Federal Fluminense, o sistema de transmissão foi posicionado próximo ao portão principal do Campus Praia 24 Vermelha. Foram efetuadas as transmissões de cinco sinais de onda cont́ınua sem modu- lação nas seguintes frequências: 705, 1790, 2400, 3500 e 4000 MHz. Estes sinais partiram de uma antena transmissora nas alturas de 1,7 e 4,2 metros. Todavia, neste trabalho trataremos única e exclusivamente da análise dos sinais nas portadoras 705 MHz e 3,5 GHz transmitidos à altura de 1,7 metros do solo. A foto do setup de transmissão pode ser visualizada na Figura 4.5. Figura 4.5: Setup de transmissão localizado no portão do Campus Praia Vermelha [25]. Para gerar os sinais, foi utilizado o Gerador Vetorial de Sinal MG3700A, produzido pela empresa japonesa Anritsu. Este gerador possui taxa amostral de 512000 amostras/- canal e transmite sinais na faixa de 250 kHz até 6 GHz. Para as portadoras de 705 MHz e 3,5 GHz, o gerador foi utilizado com ńıvel de potência de sáıda de 1,84 dBm e -14,85 dBm, respectivamente. O amplificador de potência utilizado no sistema foi o amplificador ZHL-16W-43+ da Mini Circuits. Segundo as informações do fabricante, ele fornece ganho entre 40 e 50 dB para uma faixa de frequência que começa em 1800 MHz e termina em 4000 MHz. A Tabela 4.1 mostra com mais detalhe suas especificações técnicas. 25 Especificações Técnicas - Amplificador ZHL-16W-43+ Parâmetros Mı́nimo Intermediário Máximo Range de frequência (MHz) 1800 - 4000 Ganho (dB) 40 45 50 Tensão de alimentação DC (V) - 28 30 Figura de rúıdo (dB) - 6,0 - Tabela 4.1: Especificações técnicas do amplificador ZHL-16W-43+ [26]. Apesar das informações do datasheet, foi verificado no Laboratório de Antenas e Propagação da UFF (LAProp) que o amplificador atendia a frequência de 705 MHz com 40 dB e que para a faixa de 3,5 GHz o ganho real era de 45,8 dB. A alimentação do amplificador foi feita por uma fonte digital modelo PS-5000 produzida pela Icel. Para irradiar o sinal foi utilizada a antena OMNI I-ATO-380-6000 da Radio Fre- quency System (RFS), que é uma antena omnidirecional de polarização linear e vertical. Ela viabiliza ganhos que variam de 1 a 6 dB para uma variação de frequências indo de 380 MHz a 6 GHz. Na Tabela 4.2 podem ser vistas as especificações e na Figura 4.6 a foto da antena. 26 Especificações Técnicas - Antena OMNI I-ATO-380-6000 Tipo do produto Antena Omnidirecional Aplicação Interior Range de frequência (MHz) 380 - 6000 MHz Número de portas de entrada 1 Impedância (em Ω) 50 Ganho (em dB) 1,0 para a faixa 360 - 806 MHz 4,0 para a faixa 806 - 960 MHz 5,0 para as faixas 1395 - 1432 MHz e 1710 - 2170 MHz 6,0 para as faixas 2400 - 2500 MHz, 3400 - 3700 MHz e 4900 - 6000 MHz Potência total de entrada (W) 50 Polarização Linear e vertical Largura de feixe horizontal (em graus) 360 Material do elemento radiante Alumı́nio Tabela 4.2: Especificações técnicas do Antena OMNI I-ATO-380-6000 [27]. 27 Figura 4.6: Antena OMNI I-ATO-380-6000 utilizada na transmissão do sinal [27]. Os diagramas de irradiação vertical e horizontal da antena podem ser vistos nas Figuras 4.7 e 4.8. Figura 4.7: Diagrama de irradiação horizontal da antena utilizada na transmissão [27]. 28 Figura 4.8: Diagrama de irradiação vertical da antena utilizada na transmissão [27]. Para conectar os equipamentos, anteriormente citados, foi necessário o emprego de cabos coaxiais. Para ligar o gerador de sinais com o amplificador de potência foi utilizado cabo Anritsu de 1 metro. Já na conexão do amplificador com a antena foi empregado o cabo de 1,5 metros da R&S. Estes cabos atribúıram perdas ao sistema, conforme Tabela 4.3. A Tabela 4.3 descreve, de forma resumida, os ganhos e perdas inseridos no sistema pela estrutura de transmissão. Portadoras (MHz) 705 3500 Potência de sáıda do transmissor (dBm) 1,84 -14,85 Ganhos (dB) Amplificador40 45,8 Antena 1 6 Perdas (dB) Cabo Anritsu 1,8 3,7 Cabo R&S 1,8 3,4 Tabela 4.3: Resumo de ganhos e perdas do setup de transmissão [25]-[27]. 29 Partindo dos valores da Tabela 4.3, o cálculo de EIRP (do inglês, Effective Isotropic Radiated Power) gera os resultados exibidos na Tabela 4.4. Portadoras (MHz) 705 3500 EIRP (dBm) 39,24 29,85 Tabela 4.4: Valores de EIRP. 4.2 Setup de recepção O setup de recepção foi montado segundo o diagrama de blocos exibido na Figura 4.9. Figura 4.9: Diagrama de blocos do Setup de recepção [25]. Para alimentar o sistema de recepções foi utilizada a energia do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal Fluminense (SINTUFF), que fica na Rua Desembargador Geraldo Toledo, ao lado da praça Nilo Peçanha. Para auxiliar o deslocamento do sistema de recepção pelas rotas de medição estabelecidas, um carrinho foi utilizado como base para a montagem do mesmo. A foto do setup de recepção pode ser observada na Figura 4.10. 30 Figura 4.10: Setup de recepção montado na Praça Nilo Peçanha [25]. Para auxiliar na análise e na obtenção das medidas, foi utilizado o analisador de sinal MS2692A da Anritsu. Este equipamento opera na faixa que vai de 50 Hz até 26,5 GHz e possui uma memória interna, que foi utilizada para arquivar os dados obtidos nas medições. Também operando como analisador espectral, foi configurado em modo span zero, onde a janela de observação do sinal passa a se resumir à frequência central e a potência oriunda passa a ser analisada no tempo. Neste modo, são empregadas 10001 amostras por varredura a cada 60 segundos. Sendo assim, tem-se, aproximadamente, 166,7 amostras/segundo. Na recepção do sinal, foi utilizada a antena Multi Band Omni MA-CQ27-1X pro- duzida pela Mars Antennas, cuja foto pode ser visualizada na Figura 4.11. Assim como a transmissora, a antena receptora possui polarização linear e vertical e é omnidirecional. Ela é aplicável a portadoras de 380 MHz até 6 GHz, com ganho variando entre 1 e 6 dB, como mostra a Tabela 4.5. 31 Figura 4.11: Antena Multi Band Omni MA-CQ27-1X utilizada na recepção do sinal [25]. 32 Especificações Técnicas - Antena MULTI BAND OMNI MA-CQ27-1X Tipo do produto Antena Omnidirecional Aplicação Interior Range de frequência (MHz) 380 - 6000 MHz Número de portas de entrada 1 Impedância (em Ω) 50 Ganho (em dB) 1,0 para a faixa 380-617 MHz ; 617-698 MHz 3,0 para a faixa 698-960 MHz 5,0 para a faixa 1.395-2.3 GHz 6,0 para as faixas 2.3-2.7 GHz; 3.3-3.8 GHz; 4.9-6 GHz Potência total de entrada (W) 50 Polarização Linear e vertical Largura de feixe horizontal (em graus) 360 Material do elemento radiante Alumı́nio Tabela 4.5: Especificações técnicas da Antena Multi Band Omni MA-CQ27-1X [28]. No circuito de recepção, foi necessário ainda o emprego de um cabo coaxial Anritsu de 1 metro para ligar o analisador espectral à antena. A perda que este cabo introduziu no sistema para a faixa de 705 MHZ foi 1,8 dB e 3,7 dB, em 3,5 GHz. A Tabela 4.6 mostra, de maneira resumida, ganhos e perdas do setup de recepção. Portadoras (MHz) 705 3500 Ganhos fornecidos pela antena (dB) 3 6 Perdas pelo cabo coaxial (dB) 1,8 3,7 Tabela 4.6: Resumo de ganhos e perdas do setup de recepção [25],[28]. Caṕıtulo 5 Manipulação dos dados Visando tornar a análise dos dados e posterior aplicação dos modelos mais asserti- vas, a rota analisada foi dividida em dois trechos distintos. O primeiro trecho abrange as amostras que distam entre 30 e 62 metros da estrutura de transmissão e dizem respeito ao percurso inicial da rota, que se encontra praticamente em situação de visada entre transmissor e receptor. Já o segundo trecho, trata da parte da rota em que há uma maior quantidade de vegetação obstruindo o caminho percorrido pelo sinal e engloba distâncias ao transmissor que variam entre 62 e 73 metros. A imagem da Figura 5.1 mostra a divisão da rota em trechos. Figura 5.1: Divisão da rota em trechos. 33 34 Para efetuar os cálculos, gerar os gráficos e fazer o ajuste dos dados utilizou-se o software Matlab R©. Além das medidas aferidas pelo analisador espectral, que estavam ar- mazenadas em arquivos de extensão MAT, os ganhos descritos nos datasheets dos diversos dispositivos citados na seção 4, os valores de potência entregue pelo gerador de sinais e as frequências das portadoras serviram de input para que fossem geradas as análises. Como o comportamento do sinal nos trechos foi influenciado de formas distintas pela vegetação, foram empregados dois procedimentos de análise distintos. Para o trecho 1, foram empregados os seguintes passos: 1. Avaliar variabilidade do ńıvel de potência recebida; 2. Calcular a perda de percurso medida; 3. Calcular a perda no Espaço Livre; 4. Encontrar o expoente de perda; 5. Calcular a perda de percurso predita pelo modelo Log-distância, considerando o expoente de perda encontrado. Já para o trecho 2, o procedimento foi o que segue: 1. Avaliar variabilidade do ńıvel de potência recebida; 2. Calcular a perda de percurso medida; 3. Calcular a perda no Espaço Livre; 4. Calcular a atenuação devida à vegetação a partir das medições; 5. Calcular a atenuação adicional definida pelos modelos de predição em ambientes com vegetação; 6. Calcular o erro quadrático médio dos modelos de predição em comparação aos dados das medições; 7. Definir modelo que melhor se ajusta ao ambiente de medições. 8. Calcular parâmetros das equações ajustadas dos modelos. 9. Definir quais destas equações descrevem o melhor ajuste aos dados medidos. 35 5.1 Análise A análise dos dados teve ińıcio com a construção dos gráficos de potência recebida em função da distância entre o transmissor e o receptor, que podem ser visualizados nas Figuras 5.2 e 5.3. A elaboração destes gráfico surgiu da necessidade de verificar a variabilidade do sinal em larga escala. Figura 5.2: Gráfico comparativo de potência recebida medida em 705 MHz e 3500 MHz - Trecho 1. 36 Figura 5.3: Gráfico comparativo de potência recebida medida em 705 MHz e 3500 MHz - Trecho 2. Tanto no gráfico do trecho 1, quanto no do trecho 2, independente de qual seja a frequência da portadora, é posśıvel perceber que a tendência do ńıvel do sinal é diminuir, conforme há o aumento da distância. Como o segundo trecho diz respeito a um inter- valo menor de distância, aproximadamente 11 metros, a tendência de queda ficou menos evidente, apesar de seguir presente. A partir das especificações dos equipamentos utilizados no setup de transmissão, foram encontrados os valores da potência efetiva transmitida que, conforme descrito na tabela 4.4, resultaram em 39,24 dBm para a frequência de 705 MHz e 29,85 dBm para 3,5 GHz. Seguindo o procedimento de análise estabelecido, subtraindo-se o ganho fornecido pela antena de recepção dos ńıveis de potência obtidos nas medições e somando ao resul- tado a perda atribúıda pelo cabo utilizado na conexão do analisador espectral à antena, foram obtidos os valores de potência recebida. 37 De posse dos valores de potência efetiva transmitida e recebida, a path loss sofrida pelo sinal foi calculada e serviu de insumo para a construção dos gráficos comparativos do perda de percurso, que podem ser visualizados nas Figuras 5.4 e 5.5, e da Tabela 5.1, que exibe os valores de path loss médio em cada um dos trechos. Figura 5.4: Gráfico comparativo de path loss em 705 MHz e 3500 MHz - Trecho 1. 38 Figura 5.5: Gráfico comparativo de path loss em 705 MHz e 3500 MHz - Trecho 2. Path loss médio (dB) Portadoras (MHz) 705 3500 Trecho 1 70,82 91,96 Trecho 2 86,15 107,18 Tabela 5.1: Path loss médio medido. A Tabela 5.1 ratifica o comportamento sinalizado no gráfico de que atenuação foi maior em 3.5 GHz do que em 705 MHz e também cresceu do trecho 1 parao trecho 2. A diferença entres os trechos se deve, principalmente, à atenuação adicional atribúıda pela vegetação no segundo trecho. Já o aumento da atenuação na frequência maior ocorreu por conta da diminuição do comprimento de onda e consequente redução do alcance e da capacidade do sinal de transpassar obstáculos. Seguindo a análise, foram calculados os valores de perda no Espaço Livre, através da equação de Friis. 39 Posteriormente, os dados da path loss medida foram empregados no ajuste que resultou no valor do expoente de perda (η). Tal ajuste foi embasado pela equação 3.3, onde foram utilizados como referência a menor distância do trecho e o quantitativo de atenuação no Espaço Livre para tal ponto. Os valores de η encontrados podem ser visualizados na Tabela 5.2. Expoente de perda de percurso η Portadoras (MHz) 705 3500 Trecho 1 3,01 4,09 Trecho 2 19,88 26,34 Tabela 5.2: Expoente de perda de percurso η. A análise da Tabela 5.2 demonstra que o expoente de perda cresceu com a frequên- cia, o que coincide com o que foi apurado em relação à investigação dos quantitativos de perda de percurso. Vale ressaltar que para a frequência de 705 MHz, o expoente encon- trado para o trecho 1 ficou dentro do intervalo definido para uma área urbana sombreada, vide tabela 3.1. Para o trecho 2, como já foi sinalizado anteriormente, há de se considerar a atenuação devido à vegetação, o que implica que o modelo Log-distância não seja por si só adequado para a caracterização do ambiente, isso fica explicitado pelos valores de expoentes de perda encontrados neste cenário. Finalizando o estudo de atenuação do trecho 1, foram gerados os gráficos de path loss em função da distância exibindo as curvas da atenuação calculada pelo modelo de Friis e pelo modelo Log-distance, que foi ajustado segundo os expoentes de perda da Tabela 5.2. Tais gráficos podem ser observados nas Figuras 5.6 e 5.7. 40 Figura 5.6: Gráfico de path loss em função da distância - Trecho 1 (705 MHz). 41 Figura 5.7: Gráfico de path loss em função da distância - Trecho 1 (3500 MHz). As Figuras 5.6 e 5.7 mostram que o modelo Log-distance oferece um bom ajuste tanto para o sinal cuja portadora de transmissão foi 705 MHz, quanto para a frequência de 3,5 GHz. Evoluindo para a análise do trecho 2, a perda no espaço livre foi subtráıda da atenuação medida para que se obtivesse atenuação adicional devida à vegetação da praça. Os quantitativos resultantes deste cálculo serão empregados no ajuste proposto para os modelos de propagação, em ambiente com vegetação, citados na seção 2 do caṕıtulo 3 deste documento. O modelo Weissberger, cujo desenho foi feito para definir o decaimento do ńıvel de potência do sinal de portadoras na faixa de 230 MHz até 96 GHz, foi aplicado por meio da equação 3.6, já que a distância que o sinal percorreu na copa das árvores foi maior do que 14 metros. Este modelo chegou próximo da atenuação sofrida pelo sinal na frequência 705 MHz, mas não configurou o melhor ajuste. Já para a frequência de 3500 MHz, a curva de Weissberger ficou distante da atenuação calculada. 42 Por outro lado, o modelo Early ITU, empregado por meio da equação 3.7, su- bestimou ligeiramente a atenuação real sofrida pelo sinal, quando analisado para o sinal transmitido em 705 MHz. Para a transmissão em 3500 MHz, também houve subestimação da atenuação provocada pela cobertura vegetal da praça. A equação 3.13, designada para a aplicação da modelagem FITU-IR em ambientes com folhas, descreveu ńıveis de perda relativamente próximas quando comparado com a atenuação em decorrência da vegetação medida para frequência de 705 MHz. O modelo FITU-IR para ambientes sem folhagem apresentou resultados similares aos que foram entregues pelo Early ITU em 3,5 GHz e próximos aos gerados pelo FITU-IR para cenários em que há presença de folhas, no contexto da menor frequência.Esse resultado se deve ao fato da altura da antena ser bem menor do que a altura da copa das árvores e devido a isso, atenuação do sinal se dá em função da vegetação rasteira e do tronco das árvores.Por isso,o modelo FITU-IR para ambientes sem folhagem se adequou melhor aos dados medidos. O modelo Chen and Kuo foi aplicado por meio da equação 3.8, já que as antenas utilizadas nas medições possúıam polarização vertical. A faixa de aplicação indicada para este modelo são frequências que variam entre 1 e 100 GHz, porém o modelo se aproximou significativamente da perda imposta pela vegetação na frequência de 705 MHz. Embora a frequência mencionada esteja fora da faixa para a qual a modelagem foi proposta, a frequência de 705 MHz é próxima de 1 GHz, o que pode justificar essa proximidade entre os valores preditos pelo modelo e os medidos. Já para a frequência de 3,5 GHz, apesar da mesma estar dentro do intervalo de frequência em que o modelo deve ser aplicado, a previsão definida pelo modelo não foi tão boa, quanto em 700 MHz. Por fim, o modelo definido pela recomendação ITU-RP.833 foi o que menos se aproximou dos dados medidos para a frequência de 705 MHz. A curva de atenuação em decorrência da vegetação medida a as curvas geradas pela aplicação dos modelos Weissberger, Early ITU, Chen and Kuo , ITU-RP.833-2, FITU-IR com folhas e FITU-IR sem folhas podem ser observadas nas Figuras 5.8 e 5.9. 43 Figura 5.8: Gráfico de atenuação pela vegetação em função da distância - Trecho 2 (700 MHz). 44 Figura 5.9: Gráfico de atenuação pela vegetação em função da distância - Trecho 2 (3500 MHz). Para definir o modelo que melhor se ajustou às medidas efetuadas, foi calculado o erro RMSE (do inglês Root Mean Square Error) dos modelos, em relação à atenuação medida. A equação utilizada no cálculo do erro foi a seguinte: ERRORMS = √∑n i=1(Xpredi −Xmedi) 2 n (5.1) Onde Xpredi são os valores preditos de ńıvel de sinal, Xmedi são os valores medidos de ńıvel de sinal e n é o número de amostras. Os resultados oriundos do cálculos dos erros estão descritos na Tabela 5.3. 45 RMSE Trecho Modelo 705 MHz 3500 MHz Trecho 1 Espaço Livre (Friis) 10,47 16,15 Log-distance 3,82 6,67 Trecho 2 Weissberger 7,98 7,02 Early ITU 5,87 5,45 Chen and Kuo 6,31 10,22 ITU-RP.833-2 8,58 - FITU-IR com folha 7,88 9,55 FITU-IR sem folha 7,94 5,29 Tabela 5.3: Erro RMS. Considerando os dados da Tabela 5.3, em 705 MHz, o modelo mais adequado para descrever o comportamento do sinal no trecho 2 foi o Early ITU sendo seguido pelo modelo Chen and Kuo. Além disso, ainda considerando a menor frequência, o modelo ITU-RP.833-2 foi o que resultou em valores de atenuação mais distantes dos medidos. Paralelamente, para 3,5 GHz, o modelo Early ITU seguiu sendo o que mais se aproximou dos dados medidos, enquanto a modelagem Chen and Kuo foi a que ficou mais distante disso. Em relação aos valores de Erro RMS encontrado para os modelos Friis e Log- distância quando comparados com o path loss medido no trecho 1, nota-se que, como já havia sido sinalizado anteriormente através da observação das curvas geradas, o Log- distance fornece um ajuste bastante satisfatório para o trecho 1, o que não pode ser afirmado para o trecho 2. 5.1.1 Ajuste dos modelos Utilizando a ferramenta Curve Fitting Toolbox provida pelo software Matlab R© foi posśıvel estabelecer novos parâmetros para os modelos utilizados no estudo, de modo a elaborar novas equações que estariam ajustadas ao ambiente de medições aqui analisado. O ajuste dos dados medidos pela equação do modelo Weissberger mostrou que a troca dos parâmetros 0,284 e 0,5888 por 9,284 e 1,416, respectivamente, forneceria valores de atenuação mais coniventes com o ambiente averiguado em 705 MHz. Já no caso da 46 segunda portadora, o ajuste foi alcançado pela adoção dos parâmetros-1,300 e 1,104 no lugar de 0,284 e 0,5888. Aplicar os parâmetros 1,416 e 1,104 como expoentes da distância na equação 3.7 resulta em um ajuste do modelo Early ITU para 705 e 3500 MHz, respectivamente. Já o ajuste do expoente de frequência é efetuado com a inserção dos parâmetros -0,206, no caso da menor frequência, e 0,032 no caso da maior. A inserção dos fatores -0,300 e -0,043 como expoentes da frequência e dos termos 1,416 e 1,104 como expoentes da distância resultam em ajustes dos modelo FITU-IR com folhas para a atenuação medida. O ajuste do modelo ITU-RP.833-2 resultou em γ = 0, 299 para 705 MHz. As equações geradas pelo ajuste do modelo Chen and Kuo podem ser observadas na Tabela A.1, juntamente com as equações referentes aos ajustes dos outros modelos. As curvas geradas pelas equações ajustadas podem ser observadas nas Figuras 5.10 e 5.11. Figura 5.10: Gráfico de modelos ajustados - Trecho 2 (705 MHz). 47 Figura 5.11: Gráfico de modelos ajustados - Trecho 2 (3500 MHz). O cálculo do erro RMS entre o ajuste dos modelos e os dados medidos resultaram nos valores exibidos na Tabela 5.4. RMSE Trecho Modelo 705 MHz 3500 MHz Trecho 2 Weissberger 5,349 5,156 Early ITU 5,349 5,157 Chen and Kuo 5,649 5,161 ITU-RP.833-2 5,364 - FITU-IR com folha 5,349 5,156 Tabela 5.4: Erro RMS modelos ajustados. Caṕıtulo 6 Conclusão Partindo dos dados coletados pelo mestre em telecomunicações Diogo Augusto Bêtta Magalhães no desenvolvimento de sua dissertação de mestrado, onde elaborou uma modelagem para o canal de propagação de um ambiente com vegetação caracteŕıstica de parques e praças urbanas, este trabalho se propôs a analisar o comportamento do sinal nas frequências de 700 MHz e 3,5 GHz. Durante a formulação do trabalho foram estudados diversos modelos de predição que consideram a atenuação da cobertura vegetal na transmissão dos sinais, tais como Weissberger, Early ITU, Chen and Kuo, ITU-RP833-2 e FITU-IR, além dos tradicionais modelos de Friis e Log-distance, que calculam a perda de percurso básica sofrida pelo sinal. A análise consistiu em investigar, dentre os modelos acima citados, quais são os que mais se adequam aos dados do ambiente sondado. Para tanto, os modelos foram aplicados tendo como parâmetros as caracteŕısticas dos dispositivos utilizados e do cenário onde as medições foram efetuadas. Um dos primeiros resultados alcançados foi o valor do expoente de perda (η), que ratificou a dedução inicial de que no, trecho 2, a perda sofrida pelo sinal tinha como uma de suas componentes a relevante atenuação adicional introduzida pela interferência da vegetação na linha de visada do sistema. Para chegar à conclusão de qual o modelo melhor se adequou ao experimento, foi calculado o Erro RMSE para cada um, conforme apresentado na Tabela 5.3. Pode-se observar que tanto para a frequência de 705 MHz quanto para a de 3500MHz o modelo que melhor se ajustou foi o Early-ITU, ambos levando em consideração o trecho 2. Para o trecho 1, o modelo Log-distance se ajustou melhor à curva de perda de percurso medida, 49 tanto para os dados medidos em 705 MHz, quanto em 3,5 GHz De acordo com os gráficos plotados, é posśıvel notar que os modelos, aparente- mente, não se adequaram tão bem à curva traçada a partir dos dados medidos de atenu- ação pela vegetação no trecho 2, provavelmente pelo fato de que muitos parâmetros não foram levados em consideração pelos modelos de predição, como, por exemplo, a altura das antenas de transmissão e recepção, a densidade de vegetação, dentre outras variáveis. O fato da vegetação não ser regular e o fato de haver inúmeras espécies de árvores que se diferenciam uma das outras, contribuiu para que uma modelagem mais precisa seja uma tarefa um tanto quanto dif́ıcil. Por fim, considerando as equações ajustadas da tabela A.1, o resultado que mais se aproximou aos dados medidos em 3,5 GHz foi a curva gerada pelo ajuste dos modelos Weissberger e FITU-IR com folhas, que diferiram do valor RMSE do modelo Early ITU apenas na terceira casa decimal. Já para a frequência de 705 MHz, os ajustes que mais se aproximaram foram os referentes aos modelos Early ITU e Weissberger e FITU-IR com folhas. 50 Referências Bibliográficas [1] Titanic, Marconi And The Wireless Telegraph Dispońıvel em: <https://www.sciencemuseum.org.uk/objects-and-stories/titanic- marconi-and-wireless-telegraph>. Acesso em: 11 mar. 2020. [2] MAITRA, Animesh.Who Invented Wireless Telegraphy? Dispońıvel em: <https://www.researchgate.net/publication/282357815 Who Invented Wireless Telegraphy>. Acesso em: 11 mar. 2020. [3] PANDEY, Sachi; KUMAR, Manoj; PANWAR, Atendra; ISHITA, Singh. A Survey: Wireless Mobile Technology Generations With 5G. Dispońıvel em: <https://www.ijert.org/research/a-survey-wireless-mobile- technology-generations-with-5g-IJERTV2IS4073.pdf>. Acesso em: 11 mar. 2020. [4] Cisco Annual Internet Report, 2018-2023 Dispońıvel em: <https://www.cisco.com/c/en/us/solutions/collateral/executive- perspectives/annual-internet-report/white-paper-c11-741490.html>. Acesso em: 15 mar. 2020. [5] 5G: What Are EMBB, URLLC And MMTC? Dispońıvel em: <https://www.mediatek.com/blog/5g-what-are-embb-urllc-and- mmtc>. Acesso em: 19 mar. 2020. [6] MAITRA, Animesh.Everything You Need To Know About 5G. Dispońıvel em: <https://spectrum.ieee.org/video/telecom/wireless/everything-you- 51 need-to-know-about-5g>. Acesso em: 14 mar. 2020. [7] Zte Helps China Telecom Realize China’s First 5g Remote Diagnosis Of New Coronavirus Pneumonia . Microwave Journal, 2020. Dispońıvel em: <https://www.microwavejournal.com/articles/33454-zte- helps-china-telecom-realize-chinas-first-5g-remote-diagnosis-of-new-coronavirus- pneumonia>. Acesso em: 21 mar. 2020. [8] Anatel Abre Prazo de 45 Dias para Discutir Regras do Leilão 5G. G1, 2020 Dispońıvel em: <https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/02/17/anatel-abre- prazo-de-45-dias-para-discutir-regras-do-leilao-5g.ghtml>. Acesso em: 15 mar. 2020. [9] Anatel faz hoje audiência pública para discutir leilão de 5G. Agência Brasil, 2020. Dispońıvel em: <https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2020-03/anatel-faz- hoje-audiencia-publica-para-discutir-leilao-de-5g>. Acesso em: 15 mar. 2020. [10] 5G Vai Chegar Primeiro Aos Smartphones e Às Casas. Estadão, 2019. Dispońıvel em: <https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,5g-vai-chegar- primeiro-aos-smartphones-e-as-casas,70003136993>. Acesso em: 19 mar. 2020. [11] ONU-habitat Lança Versão Em Português da Nova Agenda Urbana. Na- ções Unidas Brasil, 2019. Dispońıvel em: <https://nacoesunidas.org/onu-habitat-lanca-versao-em-portugues- da-nova-agenda-urbana/>. Acesso em: 21 mar. 2020. [12] Nova Agenda Urbana. Dispońıvel em: <http://habitat3.org/wp-content/uploads/NUA-Portuguese- Brazil.pdf?fbclid=IwAR2koIM7MtgBh6i57G4fxWeWpbK52Jr7sXIrGdBbJF81bF2GSz 52 Y527FWdAY>. Acesso em: 21 mar. 2020. [13] LIMA, Valéria; AMORIM, Margarete Cristiane de Costa Trindade. A Importância Das Áreas Verdes Para A Qualidade Ambiental Das Cidades. Dispońıvel em: <http://revista.fct.unesp.br/index.php/formacao/article/viewFile/835/849>. Acesso em: 22 mar. 2020. [14] Região Metropolitana Do Rio Tem 36,2% De Área Verde, Revela Pesquisa. O Globo, 2017. Dispońıvel em: <https://oglobo.globo.com/rio/regiao-metropolitana-do-rio-tem-362- de-area-verde-revela-pesquisa-21542421>. Acesso em: 23 mar. 2020. [15] RAPPAPORT, T.S.Comunicações sem Fio: Prinćıpios e Práticas.Pearson, 2a edição, 2009. [16] Prinćıpio de Huygens. Dispońıvel em: <http://efisica.if.usp.br/otica/universitario/difracao/huygens/>. Acesso em: 30 mar. 2020. [17] What Is The Fresnel Zone . Dispońıvel em: <https://www.everythingrf.com/community/what-is-the-fresnel- zone>. Acesso em: 02 abr. 2020. [18] Redes Wireless - Parte III. Dispońıvel em: <https://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/paulocfarias/redeswireless003.asp>. Acesso em: 14 abr. 2020. [19] ABHAYAWARDHANA, V.S.;WASSELT, I.J.; CROSBY, D.; SELLARS, M.P.; BROWN, M.G.Comparison Of Empirical Propagation Path Loss Models For Fixed Wireless Access Systems. [20] RANI, Poja; CHAUHAN, Vinit; KUMAR, Sudhir; SHARMA, Dinesh.A Review On Wireless Propagation Models. 53 [21] BARIZON, Ben-Hur. Medidas de Propagação em 2.4 GHz para o planeja- mento de redes locais de acesso sem fio. Dissertação (mestrado) – Pontif́ıcia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Departamento de Engenharia Elétrica, 2004. Dispońıvel em: <https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/5688/56883.PDF > . Acessoem : 23mar.2020. [22] SILVA, Jean Carneiro Da. Influência Da Vegetação No Desvanecimento E Na Perda De Percurso De Enlaces De Radiocomunicação Uhf Na Faixa De 700 MHz. Dissertação (mestrado) – Pontif́ıcia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Departamento de Engenharia Elétrica, 2014. Dispońıvel em: <https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/24783/24783 5.PDF. Acesso em: 14 abr. 2020. [23] Recomendation ITU-R 833 . Dispońıvel em: <https://www.itu.int/dms pubrec/itu-r/rec/p/R-REC-P.833-2- 199910-S!!PDF-E.pdf>. Acesso em: 14 abr. 2020. [24] MELLO, Bruno Ricardo Santanna. Modelo de Propagação para Ambiente de Parque Urbano. 2012. Dissertação - Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica e de Telecomunicações da Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2012. Dispońıvel em: <https://app.uff.br/riuff/bitstream/1/10573/1/DM BRUN0 MELLO 2012.pdf>. Acesso em: 14 abr. 2020. [25] MAGALHÃES, Diogo Augusto Bêtta. Análise de Cobertura e Modelagem do Sinal na Faixa 700 - 4000 MHz. 2020. Dissertação - Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica e de Telecomunicações da Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2020. [26] Especificações Técnicas Do Amplificador ZHL-16W-43+. Dispońıvel em: <https://www.minicircuits.com/pdfs/ZHL-16W-43+.pdf>. Acesso em: 29 jul. 2020. [27] Especificações Técnicas Da Antena OMNI I-ATO-380-6000. Dispońıvel em: <http://products.rfsworld.com//WebSearchECat/datasheets/?q=I- 54 ATO1-380/6000>. Acesso em: 29 jul. 2020. [28] Especificações Técnicas Da Antena MULTI BAND OMNI MA-CQ27-1X. Dispońıvel em: <https://mars-antennas.com/product/ma-cq27-1x/.pdf>. Acesso em: 30 jul. 2020. Apêndice A Equações Ajustadas 55 56 M o d el o 70 5 M H z 35 00 M H z W ei ss b er ge r L (d B ) = 1, 33 f 9 ,2 8 4 d 1 ,4 1 6 L (d B ) = 1, 33 f − 1 ,3 0 0 d 1 ,1 0 4 E ar ly IT U L (d B ) = 0, 2f − 0 ,2 0 6 d 1 ,4 1 6 L (d B ) = 0, 2f 0 ,0 3 2 d 1 ,1 0 4 F IT U -I R co m fo lh as L (d B ) = 0, 37 f − 0 ,3 0 0 d 1 ,4 1 6 L (d B ) = 0, 37 f − 0 ,0 4 3 d 1 ,1 0 4 IT U -R P .8 33 -2 L (d B ) = 0, 29 9d - C h en an d K u o L v (d B ) = (1 06 ,3 0f − 74 ,6 6) d − 0, 10 f + 3 L v (d B ) = (− 13 ,7 0f − 47 ,5 1) d − 1, 48 f Tabela A.1: Equações ajustadas - Trecho 2. Apêndice B Código Fonte c l c ; %Limpa a j an e l a de comandos c l o s e a l l ; %Fecha todas as j a n e l a s que es t ive rem aber ta s c l e a r a l l ; %Limpa todas as v a r i a v e i s %%%% Parametros c a r a c t e r i s t i c o do ambiente de medicoes %%%% c l c ; %Limpa a j an e l a de comandos c l o s e a l l ; %Fecha todas as j a n e l a s que es t ive rem aber ta s c l e a r a l l ; %Limpa todas as v a r i a v e i s %%%% Parametros c a r a c t e r s t i c o s do ambiente de m e d i e s %%%% f1 = 705 ; %F r e q u n c i a 1 em MHZ f2 = 3500 ; %F r e q u n c i a 2 em MHZ h tx = 1 . 7 ; %Altura da antena %%%% Parametros dos d i s p o s i t i v o s em 705 MHz %%%% pot tx 705 = 1 . 8 4 ; %potenc ia de transmissao em dBm em 705 MHz g tx 705 = 1 ; %Ganho f o rn e c i do pe la antena t ransmi s so ra em 705 MHz g amp 705 = 40 ; %Ganho f o rn e c i do pe lo amp l i f i c ado r em 705 MHz p tx 705 = 3 . 6 ; %Perda nos cabos de transmissao em 705 MHz g rx 705 = 3 ; %Ganho f o rn e c i do pe la antena r e c ep to ra em 705 MHz p rx 705 = 1 . 8 ; %Perda nos cabos de Recepcao em 705 MHz gama1 = 0 . 2 ; %atenuacao e s p e c f i c a em 705 MHz %%%% Parametros dos d i s p o s i t i v o s em 3500 MHz %%%% pot tx 3500 = −14.85; %potenc ia de transmissao em dBm em 3500 MHz g tx 3500 = 6 ; %Ganho f o rn e c i do pe la antena t ransmis so ra em 3500 MHz g amp 3500 = 45 . 8 ; %Ganho f o rn e c i do pe lo amp l i f i c ado r em 3500 MHz 57 58 p tx 3500 = 3 .7+3 .4 ; %Perda nos cabos t ransmissao em 3500 MHz g rx 3500 = 6 ; %Ganho f o rn e c i do pe la antena r e c epto ra em 3500 MHz p rx 3500 = 3 . 7 ; %Perda nos cabos de Recepcao em 3500 MHz gama2 = 0 . 7 ; %atenuacao e s p e c f i c a em 3500 MHz %%%% Valores do expoente de perda de percurso %%%% nt1 705 = 3 . 0 1 ; %Valor do expoente de perda de percurso para o t recho 1 em 705 MHz nt2 705 = 19 . 8 8 ; %va lo r do expoente de perda de percurso para o t recho 2 em 705 MHz nt1 3500 = 4 . 0 9 ; %va lo r do expoente de perda de percurso para o t recho 1 em 3500 MHz nt2 3500 = 26 . 3 4 ; %va lo r do expoente de perda de percurso para o t recho 2 em 3500 MHz %%%% Manipulacao dados do trecho 1 em 705 MHz %%%% arq t1 705 = load ( ’ R1H1F1 trecho1 .mat ’ ) ; %Carrega arquivo do trecho 1 com transmissao em 705 MHz t1 705 = arq t1 705 . t recho1 ; %Atr ibu i as i n f o r m a e s do arquivo a uma va r i a v e l d i s t t 1 7 0 5 = t1 705 ( : , 1 ) ; %Separa os va l o r e s de Di s tanc ia pot t1 705 = t1 705 ( : , 2 ) ; %Separa os va l o r e s de potenc ia %%%% Manipulacao Dados do trecho 2 em 705 MHz %%%% arq t2 705 = load ( ’ R1H1F1 trecho2 .mat ’ ) ; %Carrega arquivo do trecho 2 com transmissao em 705 MHz t2 705 = arq t2 705 . t recho2 ; %Atr ibu i as i n f o r m a e s do arquivo a uma va r i a v e l d i s t t 2 7 0 5 = t2 705 ( : , 1 ) ; %Separa os va l o r e s de Di s tanc ia pot t2 705 = t2 705 ( : , 2 ) ; %Separa os va l o r e s de potenc ia %%%% Manipulacao dados do trecho 1 em 3500 MHz %%%% arq t1 3500 = load ( ’ R1H1F4 trecho1 .mat ’ ) ; %Carrega arquivo do trecho 1 com transmissao em 3500 MHz t1 3500 = arq t1 3500 . t recho1 ; %Atr ibu i as i n f o r m a e s do arquivo a uma va r i a v e l d i s t t 1 3 500 = t1 3500 ( : , 1 ) ; %Separa os va l o r e s de Di s tanc ia pot t1 3500 = t1 3500 ( : , 2 ) ; %Separa os va l o r e s de potenc ia 59 %%%% Manipulacao dados do trecho 1 em 3500 MHz %%%% arq t2 3500 = load ( ’ R1H1F4 trecho2 .mat ’ ) ; %Carrega arquivo do trecho 2 com transmissao em 3500 MHz t2 3500 = arq t2 3500 . t recho2 ; %Atr ibu i as i n f o r m a e s do arquivo a uma va r i a v e l d i s t t 2 3 500 = t2 3500 ( : , 1 ) ; %Separa os va l o r e s de Di s tanc ia pot t2 3500 = t2 3500 ( : , 2 ) ; %Separa os va l o r e s de potenc ia %%%% Calcu lo s das po tenc i a s e f e t i v a s de transmissao , potenc ia nominal receb ida , path l o s s medidos%%%% e i rp 705 = pot tx 705 + g amp 705 + g tx 705 − p tx 705 ; %potenc ia e f e t i v a t ransmi t ida em 705 MHz po t t 1 r i 7 0 5 = pot t1 705 + p rx 705 − g rx 705 ; %potenc ia nominal r e c eb ida no trecho 1 em 705 MHz p l t 1 705 = e i rp 705 − po t t 1 r i 7 0 5 ; %Path l o s s s o f r i d o pe lo s i n a l no t recho 1 em 705 MHz po t t 2 r i 7 0 5 = pot t2 705 + p rx 705 − g rx 705 ; %potenc ia nominal r e c eb ida no trecho 2 em 705 MHz p l t 2 705 = e i rp 705 − po t t 2 r i 7 0 5 ; %Path l o s s s o f r i d o pe lo s i n a l no t recho 1 em 705 MHz e i rp 3500 = pot tx 3500 + g amp 3500 + g tx 3500 − p tx 3500 ; %potenc ia e f e t i v a t ransmi t ida em 3500 MHz po t t 1 r i 3 5 00 = pot t1 3500 + p rx 3500 − g rx 3500 ; %potenc ia nominal r e c eb ida no trecho 1 em 3500 MHz p l t1 3500 = e i rp 3500 − po t t 1 r i 3 5 00 ; %Path l o s s s o f r i d o pe lo s i n a l no t recho 1 em 3500 MHz po t t 2 r i 3 5 00 = pot t2 3500 + p rx 3500 − g rx 3500 ; %potenc ia nominal r e c eb ida no trecho 2 em 3500 MHz p l t2 3500 = e i rp 3500 − po t t 2 r i 3 5 00 ; %Path l o ss s o f r i d o pe lo s i n a l no t recho 1 em 3500 MHz %%% Calculo do path l o s s medio medido %%% pl medio t1 705 = mean ( p l t 1 705 ) ; %%path l o s s medio para o t recho 1 em 705 MHz pl medio t2 705 = mean ( p l t 2 705 ) ; %%path l o s s medio para o t recho 2 em 705 MHz pl medio t1 3500 = mean ( p l t 1 3500 ) ; %%path l o s s medio para o t recho 1 em 3500 MHz 60 pl medio t2 3500 = mean ( p l t 2 3500 ) ; %%path l o s s medio para o t recho 2 em 3500 MHz %%%% Apl icacaoo dos modelos de propagacaoo %%%% e l t 1 7 0 5 = 32.44 + 20∗ l og10 ( f 1 ) + 20∗ l og10 ( d i s t t 1 7 0 5 /1000) ; %E s p a o Livre t recho 1 em 705 MHz ld t1 705 = e l t 1 7 0 5 (1 ) + 10∗ nt1 705 ∗ l og ( d i s t t 1 7 0 5 / d i s t t 1 7 0 5 (1 ) ) ; %Log −Dis tanc ia t recho 1 em 705 MHz e l t 2 7 0 5 = 32.44 + 20∗ l og10 ( f 1 ) + 20∗ l og10 ( d i s t t 2 7 0 5 /1000) ; %E s p a o Livre t recho 2 em 705 MHz ld t2 705 = e l t 2 7 0 5 (1 ) + 10∗ nt2 705 ∗ l og ( d i s t t 2 7 0 5 / d i s t t 2 7 0 5 (1 ) ) ; %Log −Dis tanc ia t recho 2 em 705 MHz we i s s t 2 705 = 1.33 ∗ ( f 1 /1000) ˆ (0 . 284 ) ∗ d i s t t 2 7 0 5 . ˆ ( 0 . 5 8 8 ) ; %Weissberg t recho 2 em 705 MHz ea r l y t 2 705 = 0 .2 ∗ f 1 ˆ ( 0 . 3 ) ∗ d i s t t 2 7 0 5 . ˆ ( 0 . 6 ) ; %Early ITU trecho 2 em 705 MHz chenkuo t2 705 = (0 . 001∗ ( f 1 /1000) +0.2) ∗( d i s t t 2 7 0 5 ) + (0 . 5 ∗ ( f 1 /1000) ) + 3 ; %Chen and Kuo em 705 MHz rp8332 t2 705 = d i s t t 2 7 0 5 ∗gama1 ; %R e c om e n d a o ITU−RP.833−2 em 705 MHz f i tu comfo lha t2 705 = 0.37 ∗ f 1 ˆ ( 0 . 1 8 ) ∗ d i s t t 2 7 0 5 . ˆ ( 0 . 5 9 ) ; %FITU−IR com fo l ha em 705 MHz f i t u s em fo l ha t 2 705 = 0.39 ∗ f 1 ˆ ( 0 . 3 9 ) ∗ d i s t t 2 7 0 5 . ˆ ( 0 . 2 5 ) ; %FITU−IR sem fo l ha em 705 MHz e l t 1 3500 = 32.44 + 20∗ l og10 ( f 2 ) + 20∗ l og10 ( d i s t t 1 3 500 /1000) ; %E s p a o Livre t recho 1 em 3500 MHz ld t1 3500 = e l t 1 3500 (1 ) + 10∗ nt1 3500 ∗ l og ( d i s t t 1 3 500 / d i s t t 1 3 500 (1 ) ) ; %Log−Dis tanc ia t recho 1 em 3500 MHz e l t 2 3500 = 32.44 + 20∗ l og10 ( f 2 ) + 20∗ l og10 ( d i s t t 2 3 500 /1000) ; %E s p a o Livre t recho 2 em 3500 MHz ld t2 3500 = e l t 2 3500 (1 ) + 10∗ nt2 3500 ∗ l og ( d i s t t 2 3 500 / d i s t t 2 3 500 (1 ) ) ; %Log−Dis tanc ia t recho 2 em 3500 MHz we i s s t2 3500 = 1.33 ∗ ( f 2 /1000) ˆ (0 . 284 ) ∗ d i s t t 2 3 500 . ˆ ( 0 . 5 8 8 ) ; %Weissberg t recho 2 em 3500 MHz ea r l y t 2 3500 = 0 .2 ∗ f 2 ˆ ( 0 . 3 ) ∗ d i s t t 2 3 500 . ˆ ( 0 . 6 ) ; %Early ITU trecho 2 em 3500 MHz chenkuo t2 3500 = (0 . 001∗ ( f 2 /1000) +0.2) ∗( d i s t t 2 3 500 ) + (0 . 5∗ ( f 2 /1000) ) + 3 ; %Chen and Kuo em 3500 MHz f i tucomfo lha t2 3500 = 0.37 ∗ f 2 ˆ ( 0 . 1 8 ) ∗ d i s t t 2 3 500 . ˆ ( 0 . 5 9 ) ; %FITU−IR com fo l ha em 3500 MHz 61 f i t u s em fo l ha t 2 3500 = 0.39 ∗ f 2 ˆ ( 0 . 3 9 ) ∗ d i s t t 2 3 500 . ˆ ( 0 . 2 5 ) ; %FITU−IR sem fo l ha em 3500 MHz %%%% Calcu lo s de atenuacao devida a vegetacao %%%% atv t2 705 = p l t 2 705 − e l t 2 7 0 5 ; %atenuacao devida v e g e t a o em 705 MHz atv t2 3500 = p l t2 3500 − e l t 2 3500 ; %atenuacao devida v e g e t a o em 3500 MHz %%% Ajuste l i n e a r dos dados %%% po l p l t 1 7 05 = p o l y f i t ( d i s t t 1 705 , p l t1 705 , 1 ) ; %Co e f i c i e n t e s do p o l i n m i o do a ju s t e do path l o s s do trecho 1 em 705 MHz p l t 1 a j u s t 7 0 5 = po lyva l ( po l p l t 1 705 , d i s t t 1 7 0 5 ) ; %Ajuste do path l o s s do trecho 1 em 705 MHz po l p l t 2 7 05 = p o l y f i t ( d i s t t 2 705 , p l t2 705 , 1 ) ; %Co e f i c i e n t e s do p o l i n m i o do a ju s t e da atenuacao t o t a l do t recho 2 em 705 MHz p l t 2 a j u s t 7 0 5 = po lyva l ( po l p l t 2 705 , d i s t t 2 7 0 5 ) ; %Ajuste da atenuacao t o t a l do t recho 2 em 705 MHz po l a tv t2 705 = p o l y f i t ( d i s t t 2 705 , atv t2 705 , 1 ) ; %Co e f i c i e n t e s do pol inomio do a ju s t e da atenuacao pe la v e g e t a o do trecho 2 em 705 MHz a tv t 2 a j u s t 7 05 = po lyva l ( po l a tv t2 705 , d i s t t 2 7 0 5 ) ; %Ajuste da atenuacao pe la v e g e t a o do trecho 2 em 705 MHz po l po t t1 705 = p o l y f i t ( d i s t t 1 705 , pot t1 705 , 1 ) ; %Co e f i c i e n t e s do p o l i n m i o do a ju s t e da potenc ia r e ceb ida do trecho 1 em 705 MHz po t t 1 a ju s t 705 = po lyva l ( po l pot t1 705 , d i s t t 1 7 0 5 ) ; %Ajuste da potenc ia r e ceb ida do trecho 1 em 705 MHz po l po t t2 705 = p o l y f i t ( d i s t t 2 705 , pot t2 705 , 1 ) ; %Co e f i c i e n t e s do p o l i n m i o do a ju s t e da potenc ia r e ceb ida do trecho 2 em 705 MHz po t t 2 a ju s t 705 = po lyva l ( po l pot t2 705 , d i s t t 2 7 0 5 ) ; %Ajuste da potenc ia r e ceb ida do trecho 2 em 705 MHz po l p l t 1 3500 = p o l y f i t ( d i s t t 1 3500 , p l t1 3500 , 1 ) ; %Co e f i c i e n t e s do p o l i n m i o do a ju s t e do path l o s s do trecho 1 em 3500 MHz p l t 1 a j u s t 3 5 0 0 = po lyva l ( po l p l t 1 3500 , d i s t t 1 3 500 ) ; %Ajuste do path l o s s do t recho 1 em 3500 MHz po l p l t 2 3500 = p o l y f i t ( d i s t t 2 3500 , p l t2 3500 , 1 ) ; %Co e f i c i e n t e s do p o l i n m i o do a ju s t e da atenuacao t o t a l do t recho 2 em 3500 MHz p l t 2 a j u s t 3 5 0 0 = po lyva l ( po l p l t 2 3500 , d i s t t 2 3 500 ) ; %Ajuste da atenuacao t o t a l do t recho 2 em 3500 MHz 62 po l a tv t2 3500 = p o l y f i t ( d i s t t 2 3500 , atv t2 3500 , 1 ) ; %Co e f i c i e n t e s do p o l i n m i o do a ju s t e da atenuacao pe la v e g e t a o do trecho 2 em 3500 MHz a tv t2 a ju s t 3500 = po lyva l ( po l a tv t2 3500 , d i s t t 2 3 500 ) ; %Ajuste da atenuacao pe la v e g e t a o do trecho 2 em 3500 MHz po l po t t1 3500 = p o l y f i t ( d i s t t 1 3500 , pot t1 3500 , 1 ) ; %Co e f i c i e n t e s do p o l i n m i o do a ju s t e da potenc ia r e ceb ida do trecho 1 em 3500 MHz po t t 1 a ju s t 3500 = po lyva l ( po l pot t1 3500 , d i s t t 1 3 500 ) ; %Ajuste da potenc ia r e ceb ida do trecho 1 em 3500 MHz po l po t t2 3500 = p o l y f i t ( d i s t t 2 3500 , pot t2 3500 , 1 ) ; %Co e f i c i e n t e s do p o l i n m i o do a ju s t e da potenc ia r e ceb ida do trecho 2 em 3500 MHz po t t 2 a ju s t 3500 = po lyva l ( po l pot t2 3500 , d i s t t 2 3 500 ) ; %Ajuste da potenc ia r e ceb ida do trecho 2 em 3500 MHz %%%% A p l i c a o dos modelos a ju s tados em 705 MHz %%%% we i s s a j u s t t 2 7 0 5 = 1.33 ∗ ( f 1 /1000) ˆ (9 . 284 ) ∗ d i s t t 2 7 0 5 . ˆ ( 1 . 4 1 6 ) ; % Weissberg a justado em 705 MHz e a r l y a j u s t t 2 7 0 5 = 0 .2 ∗ f 1 ˆ(−0.206)∗ d i s t t 2 7 0 5 . ˆ ( 1 . 4 1 6 ) ; %Early ITU ajustado em 705 MHz chenkuo a jus t t2 705 = (106 . 3∗ ( f 1 /1000) −74.660)∗ d i s t t 2 7 0 5 + (−0.105∗( f 1 /1000) )+3; %Chen and Kuo ajustado em 705 MHz rp8332 a ju s t t2 705 = d i s t t 2 7 0 5 ∗0 . 2 99 ; %R e c om e n d a o ITU−RP.833−2 a justado em 705 MHz f i t u c om fo l h a a j u s t t 2 7 05 = 0.37 ∗ f 1 ˆ(−0.300) ∗ d i s t t 2 7 0 5 . ˆ ( 1 . 4 1 6 ) ; % FITU−IR com fo l ha a justado em 705 MHz %%%% A p l i c a o dos modelos a ju s tados em 3500 MHz %%%% we i s s a j u s t t 2 3 500 = 1.33 ∗ ( f 2 /1000) ˆ(−1.300)∗ d i s t t 2 3 500 . ˆ ( 1 . 1 0 4 ) ; % Weissberg a justado em 3500 MHz ea r l y a j u s t t 2 3 5 0 0 = 0 .2 ∗ f 2 ˆ (0 . 032 ) ∗ d i s t t 2 3 500 . ˆ ( 1 . 1 0 4 ) ; %Early ITU ajustado em 3500 MHz chenkuo a jus t t2 3500 = (13 .700∗ ( f 2 /1000) −47.51)∗ d i s t t 2 3 500 + (−1.479∗( f 2 /1000) )+3; %Chen and Kuo ajustado em 3500 MHz f i t u c om fo l ha a j u s t t 2 3500 = 0.37 ∗ f 2 ˆ(−0.043) ∗ d i s t t 2 3 500 . ˆ ( 1 . 1 0 4 ) ; % FITU−IR com fo l ha a justado em 3500 MHz %%%% C l c u l o s de Erro RMS %%%% r e s e r r e l 7 0 5 = e l t 1 7 0 5 − p l t 1 705 ; %Re s d u o do modelo E s p a o Livre no trecho 1 em 705 MHz 63 e r r e l 7 0 5 = sq r t (mean ( ( r e s e r r e l 7 0 5 . ˆ 2 ) ) ) ; %Erro RMS do modelo E s p a o Livre no trecho 1 em 705 MHz r e s e r r l d 7 0 5 = ldt1 705 − p l t 1 705 ; %Re s d u o do modelo Log−d i s t anc e no trecho 1 em 705 MHz e r r l d 7 0 5 = sq r t (mean ( ( r e s e r r l d 7 0 5 . ˆ 2 ) ) ) ; %Erro RMS do modelo Log− d i s t anc e no trecho 1 em 705 MHz r e s e r r w e i s s 7 0 5 = we i s s t 2 705 − atv t2 705 ; %Re s d u o do modelo Weissberger no trecho 2 em 705 MHz e r r we i s s 7 05 = sq r t (mean ( ( r e s e r r w e i s s 7 0 5 . ˆ 2 ) ) ) ; %Erro RMS do modelo Weissberger no trecho 2 em 705 MHz r e s e r r e a r l y 7 0 5 = ea r l y t 2 705 − atv t2 705 ; %Re s d u o do modelo Early ITU no trecho 2 em 705 MHz e r r e a r l y 7 0 5 = sq r t (mean ( ( r e s e r r e a r l y 7 0 5 . ˆ 2 ) ) ) ; %Erro RMS do modelo Early ITU no trecho 2 em 705 MHz re s e r r chenkuo 705 = chenkuo t2 705 − atv t2 705 ; %Re s d u o do modelo Chen and Kuo no trecho 2 em 705 MHz err chenkuo 705 = sq r t (mean ( ( r e s e r r chenkuo 705 . ˆ 2 ) ) ) ; %Erro RMS do modelo Chen and Kuo no trecho 2 em 705 MHz r e s e r r rp8332 705 = rp8332 t2 705 − atv t2 705 ; %Re s d u o da r e c om e n d a o ITU−RP.833−2 no trecho 2 em 705 MHz er r rp8332 705 = sq r t (mean ( ( r e s e r r rp8332 705 . ˆ 2 ) ) ) ; %Erro RMS da r e c om e n d a o ITU−RP.833−2 no trecho 2 em 705 MHz r e s e r r f i t u c om f o l h a 7 0 5 = f i tu comfo lha t2 705 − atv t2 705 ; %Re s d u o do modelo FITU−IR sem fo l ha no trecho 2 em 705 MHz e r r f i t u c om fo l ha 705 = sq r t (mean ( ( r e s e r r f i t u c om f o l h a 7 0 5 . ˆ 2 ) ) ) ; %Erro RMS do modelo FITU−IR com fo l ha no trecho 2 em 705 MHz r e s e r r f i t u s em f o l h a 7 0 5 = f i t u s em fo l ha t 2 705 − atv t2 705 ; %Re s d u o do modelo FITU−IR sem fo l ha no trecho 2 em 705 MHz e r r f i t u s em f o l h a 7 05 = sq r t (mean ( ( r e s e r r f i t u s em f o l h a 7 0 5 . ˆ 2 ) ) ) ; %Erro RMS do modelo FITU−IR sem fo l ha no trecho 2 em 705 MHz r e s e r r e l 3 5 0 0 = e l t 1 3500 − p l t1 3500 ; %Re s d u o do modelo E s p a o Livre no trecho 1 em 3500 MHz e r r e l 3 5 0 0 = sq r t (mean ( ( r e s e r r e l 3 5 0 0 . ˆ 2 ) ) ) ; %Erro RMS do modelo E s p a o Livre no trecho 1 em 3500 MHz r e s e r r l d 3 5 0 0 = ld t1 3500 − p l t1 3500 ; %Re s d u o do modelo Log−d i s t anc e no trecho 1 em 3500 MHz e r r l d 3500 = sq r t (mean ( ( r e s e r r l d 3 5 0 0 . ˆ 2 ) ) ) ; %Erro RMS do modelo Log− d i s t anc e no trecho 1 em 3500 MHz 64 r e s e r r w e i s s 3 5 0 0 = we i s s t2 3500 − atv t2 3500 ; %Re s d u o do modelo Weissberger no trecho 2 em 3500 MHz e r r we i s s 3 500 = sq r t (mean ( ( r e s e r r w e i s s 3 5 0 0 . ˆ 2 ) ) ) ; %Erro RMS do modelo Weissberger no trecho 2 em 3500 MHz r e s e r r e a r l y 3 5 0 0 = ea r l y t 2 3500 − atv t2 3500 ; %Re s d u o do modelo Early ITU no trecho 2 em 3500 MHz e r r e a r l y 3 5 0 0 = sq r t (mean ( ( r e s e r r e a r l y 3 5 0 0 . ˆ 2 ) ) ) ; %Erro RMS do modelo Early ITU no trecho 2 em 3500 MHz re s e r r chenkuo 3500 = chenkuo t2 3500 − atv t2 3500 ; %Re s d u o do modelo Chen and Kuo no trecho 2 em 3500 MHz err chenkuo 3500 = sq r t (mean ( ( r e s e r r chenkuo 3500 . ˆ 2 ) ) ) ; %Erro RMS do modelo Chen and Kuo no trecho 2 em 3500 MHz r e s e r r f i t u c om f o l h a 3 5 0 0 = f i tucomfo lha t2 3500 − atv t2 3500 ; %Re s d u o do modelo FITU−IR sem fo l ha no trecho 2 em 3500 MHz e r r f i t u comfo l ha 3500 = sq r t (mean ( ( r e s e r r f i t u c om f o l h a 3 5 0 0 . ˆ 2 ) ) ) ; %Erro RMS do modelo FITU−IR com fo l ha no trecho 2 em 3500 MHz r e s e r r f i t u s em f o l h a 3 5 0 0 = f i t u s emfo l ha t 2 3500 − atv t2 3500 ; %Re s d u o do modelo FITU−IR sem fo l ha no trecho 2 em 3500 MHz e r r f i t u s em f o l h a 3500 = sq r t (mean ( ( r e s e r r f i t u s em f o l h a 3 5 0 0 . ˆ 2 ) ) ) ; %Erro RMS do modelo FITU−IR sem fo l ha no trecho 2 em 3500 MHz r e s e r r w e i s s 7 0 5 a j u s t = we i s s a j u s t t 2 7 0 5 − atv t2 705 ; %Re s d u o do modelo Weissberger a justado no trecho 2 em 705 MHz e r r w e i s s 7 0 5 a j u s t = sq r t (mean ( ( r e s e r r w e i s s 7 0 5 a j u s t . ˆ 2 ) ) ) ; %Erro RMS do modelo Weissberger a justado no trecho 2 em 705 MHz r e s e r r e a r l y 7 0 5 a j u s t = e a r l y a j u s t t 2 7 0 5 − atv t2 705 ; %Re s d u o do modelo Early ITU ajustado no trecho 2 em 705 MHz e r r e a r l y 7 0 5 a j u s t = sq r t (mean ( ( r e s e r r e a r l y 7 0 5 a j u s t . ˆ 2 ) ) ) ; %Erro RMS do modelo Early ITU ajustado no trecho 2 em 705 MHz r e s e r r ch enkuo 705 a ju s t = chenkuo a jus t t2 705 − atv t2 705 ; %Re s d u o do modelo Chen and Kuo ajustado no trecho 2 em 705 MHz er r chenkuo 705 a ju s t = sq r t (mean ( ( r e s e r r ch enkuo 705 a ju s t . ˆ 2 ) ) ) ; %Erro RMS do modelo Chen and Kuo ajustado no trecho 2 em 705 MHz r e s e r r r p 8 3 3 2 7 0 5 a j u s t = rp8332 a ju s t t2 705 − atv t2 705 ; %Re s d u o da r e c om e n d a o ITU−RP.833−2 a justado no trecho 2 em 705 MHz e r r rp8332 705 a ju s t = sq r t (mean ( ( r e s e r r r p 8 3 3 2 7 0 5 a j u s t . ˆ 2 ) ) ) ; %Erro RMS da r e c om e n d a o ITU−RP.833−2 a justado no trecho 2 em 705 MHz r e s e r r f i t u c om f o l h a 7 0 5 a j u s t = f i t u c om fo l h a a j u s t t 2 7 05 − atv t2 705 ; % Re s d u o do modelo FITU−IR sem fo l ha a justado no trecho 2 em 705 MHz 65 e r r f i t u c om f o l h a 7 0 5 a j u s t = sq r t (mean ( ( r e s e r r f i t u c om f o l h a 7 0 5 a j u s t . ˆ 2 ) ) ) ; %Erro RMS do modelo FITU−IR com fo l ha a justado no trecho 2 em 705 MHz r e s e r r w e i s s 3 5 0 0 a j u s t = we i s s a j u s t t 2 3 500 − atv t2 3500 ; %Re s d u o do modelo Weissberger a justado no trecho 2 em 3500 MHz e r r we i s s 3 5 0 0 a j u s t = sq r t (mean ( ( r e s e r r w e i s s 3 5 0 0 a j u s t . ˆ 2 ) ) ) ; %Erro RMS do modelo Weissberger a justado no trecho 2 em 3500 MHz r e s e r r e a r l y 3 5 0 0 a j u s t = ea r l y a j u s t t 2 3 5 0 0 − atv t2 3500 ; %Re s d u o do modelo Early ITU ajustado no trecho 2 em 3500 MHz e r r e a r l y 3 5 0 0 a j u s t = sq r t (mean ( ( r e s e r r e a r l y 3 5 0 0 a j u s t . ˆ 2 ) ) ) ; %Erro RMS do modelo Early ITU ajustado no trecho 2 em 3500 MHz r e s e r r ch enkuo 3500 a ju s t = chenkuo a jus t t2 3500 − atv t2 3500 ; %Re s d u o do modelo Chen and Kuo ajustado no trecho 2 em 3500 MHz er r chenkuo 3500 a ju s t = sq r t (mean ( ( r e s e r r ch enkuo 3500 a ju s t . ˆ 2 ) ) ) ; %Erro RMS do modelo Chen and Kuo ajustado no trecho 2 em 3500 MHz r e s e r r f i t u c om f o l h a 3 5 0 0 a j u s t = f i t u c om fo l ha a j u s t t 2 3500 − atv t2 3500 ; %Re s d u o do modelo FITU−IR sem fo l ha a justado no trecho 2 em 3500 MHz e r r f i t u c om f o l h a 3 50 0 a j u s t = sq r t (mean ( ( r e s e r r f i t u c om f o l h a 3 5 0 0 a j u s t . ˆ 2 ) ) ) ; %Erro RMS do modelo FITU−IR com fo l ha a justado no trecho 2 em 3500 MHz %%% Graf i co comparativo de potenc ia r e ceb ida no trecho 1 %%%% f i g u r e (1 ) p l o t ( d i s t t 1 705 , pot t1 705 , ’ . k ’ ) ; hold on ; p l o t ( d i s t t 1 705 , po t t1 a ju s t 705 , ’ r ’ ) ; hold on ; p l o t ( d i s t t 1 3500 , pot t1 3500 , ’ . c ’ ) ; hold on ; p l o t ( d i s t t 1 3500 , po t t1 a ju s t 3500 , ’b ’ ) ; %ax i s ( [ 2 9 63 −100 −10]) ; x l ab e l ( ’ D i s tanc ia [m] ’ ) ; y l ab e l ( ’ potenc ia Recebida [dBm] ’ ) ; l egend ( ’ potenc ia r e ceb ida medida em 705 MHz ’ , ’ Ajuste Linear 705 MHz ’ , ’ potenc ia r e ceb ida medida em 3 ,5 GHz ’ , ’ Ajuste Linear 3 ,5 GHz ’ ) ; t i t l e ( ’ potenc ia Recebida X Dis tanc ia − Trecho 1 ’ ) ; saveas ( gcf , ’CompPotTrecho1 . png ’ ) %%% Graf i co comparativo de potenc ia r e ceb ida no trecho 2 %%%% f i g u r e (2 ) 66 p lo t ( d i s t t 2 705 , pot t2 705 , ’ . k ’ ) ; hold on ; p l o t ( d i s t t 2 705 , po t t2 a ju s t 705 , ’ r ’ ) ; hold on ; p l o t ( d i s t t 2 3500 , pot t2 3500 , ’ . c ’ ) ; hold on ; p l o t ( d i s t t 2 3500 , po t t2 a ju s t 3500 , ’b ’ ) ; %ax i s ( [ 6 1 . 7 73 .3 −100−30]) ; x l ab e l ( ’ D i s tanc ia [m] ’ ) ; y l ab e l ( ’ potenc ia Recebida [dBm] ’ ) ; l egend ( ’ potenc ia r e ceb ida medida em 705 MHz ’ , ’ Ajuste Linear 705 MHz ’ , ’ potenc ia r e ceb ida medida em 3 ,5 GHz ’ , ’ Ajuste Linear 3 ,5 GHz ’ ) ; t i t l e ( ’ potenc ia Recebida X Dis tanc ia − Trecho 2 ’ ) ; saveas ( gcf , ’CompPotTrecho2 . png ’ ) %% Graf i co de atenuacao do trecho 1 em 705 MHz %%%% f i g u r e (3 ) p l o t ( d i s t t 1 705 , p l t1 705 , ’ . k ’ ) ; hold on ; p l o t ( d i s t t 1 705 , e l t 1 705 , ’b ’ ) ; hold on ; p l o t ( d i s t t 1 705 , ld t1 705 , ’ g ’ ) ; %ax i s ( [ 3 0 62 50 105 ] ) ; x l ab e l ( ’ D i s tanc ia [m] ’ ) ; y l ab e l ( ’ Path Loss [ dB ] ’ ) ; l egend ( ’ atenuacao Medida ’ , ’ E s p a o Livre ’ , ’ Log−Dis tanc ia ’ ) ; t i t l e ( ’ Path Loss ( Perda de Percurso ) − Trecho 1 (705MHz) ’ ) ; saveas ( gcf , ’ PlTrecho1705 . png ’ ) %%% Graf i co de atenuacao do trecho 2 em 705 MHz %%%% f i g u r e (4 ) p l o t ( d i s t t 2 705 , atv t2 705 , ’ . k ’ ) ; hold on ; p l o t ( d i s t t 2 705 , we i s s t2 705 , ’ r ’ ) ; hold on ; p l o t ( d i s t t 2 705 , ea r l y t2 705 , ’m’ ) ; hold on ; p l o t ( d i s t t 2 705 , chenkuo t2 705 , ’ y ’ ) ; hold on ; 67 p lo t ( d i s t t 2 705 , rp8332 t2 705 , ’b ’ ) ; hold on ; p l o t ( d i s t t 2 705 , f i tucomfo lha t2 705 , ’ k ’ ) ; hold on ; p l o t ( d i s t t 2 705 , f i t u s emfo lha t2 705 , ’−−c ’ ) ; ax i s ( [ 6 2 73 5 55 ] ) ; x l ab e l ( ’ D i s tanc ia [m] ’ ) ; y l ab e l ( ’ atenuacao [dB ] ’ ) ; l egend ( ’ atenuacao Medida ’ , ’ Weissberger ’ , ’ Early ITU ’ , ’Chen and Kuo ’ , ’ITU RP833−2 ’ , ’F−ITU com f o l h a s ’ , ’F−ITU sem f o l h a s ’ ) ; t i t l e ( ’ atenuacao pe la v e g e t a o − Trecho 2 (705MHz) ’ ) ; saveas ( gcf , ’ PlVegTrecho2705 . png ’ ) %%% Graf i co de path l o s s do trecho 2 %%%% f i g u r e (5 ) p l o t ( d i s t t 2 705 , p l t2 705 , ’ . k ’ ) ; hold on ; p l o t ( d i s t t 2 705 , p l t 2 a j u s t 705 , ’ r ’ ) ; p l o t ( d i s t t 2 705 , e l t 2 705 , ’b ’ ) ; hold on ; p l o t ( d i s t t 2 705 , ld t2 705 , ’ g ’ ) ; ax i s ( [ 6 2 73 60 120 ] ) ; x l ab e l ( ’ D i s tanc ia [m] ’ ) ; y l ab e l ( ’ Path Loss [ dB ] ’ ) ; l egend ( ’ atenuacao Medida ’ , ’ Ajuste Linear ’ , ’ E s p a o Livre ’ , ’ Log−Dis tanc ia ’ ) ; t i t l e ( ’ Path Loss ( Perda de Percurso ) − Trecho 2 (705MHz) ’ ) ; saveas ( gcf , ’ PlTrecho2705 . png ’ ) %%% Graf i co de potenc ia do trecho 1 em 3500 MHz %%%% f i g u r e (6 ) p l o t ( d i s t t 1 3500 , pot t1 3500 , ’ . k ’ ) ; hold on ; p l o t ( d i s t t 1 3500 , po t t1 a ju s t 3500 , ’ r ’ ) ; ax i s ( [ 3 0 62 −95 −50]) ; x l ab e l ( ’ D i s tanc ia [m] ’ ) ; y l ab e l ( ’ potenc ia Recebida [dBm] ’ ) ; l egend ( ’ potenc ia medida ’ , ’ Ajuste Linear ’ ) ; t i t l e ( ’ potenc ia Recebida X Dis tanc ia − Trecho 1 (3500MHz) ’ ) ; 68 saveas ( gcf , ’ PrTrecho13500 . png ’ ) %%% Graf i co de potenc ia do trecho 2 em 3500 MHz %%%% f i g u r e (7 ) p l o t ( d i s t t 2 3500 , pot t2 3500 , ’ . k ’ ) ; hold on ; p l o t ( d i s t t 2 3500 , po t t2 a ju s t 3500 , ’ r ’ ) ; ax i s ( [ 6 2 73 −100 −60]) ; x l ab e l ( ’ D i s tanc ia [m] ’ ) ; y l ab e l ( ’ potenc ia Recebida [dBm] ’ ) ; l egend ( ’ potenc ia medida ’ , ’ Ajuste Linear ’ ) ; t i t l e ( ’ potenc ia Recebida X Dis tanc ia − Trecho 2 (3500MHz) ’ ) ; saveas ( gcf , ’ PrTrecho23500 . png ’ ) %% Graf i co de atenuacao do trecho 1 em 3500 MHz %%%% f i g u r e (8 ) p l o t ( d i s t t 1 3500 , p l t1 3500 , ’ . k ’ ) ; hold on ; p l o t ( d i s t t 1 3500 , e l t 1 3500 , ’b ’ ) ; hold on ; p l o t ( d i s t t 1 3500 , ld t1 3500 , ’ g ’ ) ; ax i s ( [ 3 0 62 55 130 ] ) ; x l ab e l ( ’ D i s tanc ia [m] ’ ) ; y l ab e l ( ’ Path Loss [ dB ] ’ ) ; l egend ( ’ atenuacao Medida ’ , ’ E s p a o Livre ’ , ’ Log−Dis tanc ia ’ ) ; t i t l e ( ’ Path Loss ( Perda de Percurso ) − Trecho 1 (3500MHz) ’ ) ; saveas ( gcf , ’ PlTrecho13500 . png ’ ) %%% Graf i co de atenuacao do trecho 2 em 3500 MHz %%%% f i g u r e (9 ) p l o t ( d i s t t 2 3500 , atv t2 3500 , ’ . k ’ ) ; hold on ; p l o t ( d i s t t 2 3500 , we i s s t2 3500 , ’ r ’ ) ; hold on ; p l o t ( d i s t t 2 3500 , ea r ly t2 3500 , ’m’ ) ; hold on ; p l o t ( d i s t t 2 3500 , chenkuo t2 3500 , ’ y ’ ) ; hold on ; p l o t ( d i s t t 2 3500 , f i tucomfo lha t2 3500 , ’ k ’ ) ; 69 hold on ; p l o t ( d i s t t 2 3500 , f i tu s emfo lha t2 3500 , ’−−c ’ ) ; ax i s ( [ 6 2 73 10 55 ] ) ; x l ab e l ( ’ D i s tanc ia [m] ’ ) ; y l ab e l ( ’ Path Loss [ dB ] ’ ) ; l egend ( ’ atenuacao Medida ’ , ’ Weissberger ’ , ’ Early ITU ’ , ’Chen and Kuo ’ , ’F−ITU com f o l h a s ’ , ’F−ITU sem f o l h a s ’ ) ; t i t l e ( ’ atenuacao pe la v e g e t a o − Trecho 2 (3500MHz) ’ ) ; saveas ( gcf , ’ PlVegTrecho23500 . png ’ ) %% Graf i co de path l o s s do t recho 2 %%%% f i g u r e (10) p l o t ( d i s t t 2 3500 , p l t2 3500 , ’ . k ’ ) ; hold on ; p l o t ( d i s t t 2 3500 , p l t 2 a ju s t 3500 , ’ r ’ ) ; p l o t ( d i s t t 2 3500 , e l t 2 3500 , ’b ’ ) ; hold on ; p l o t ( d i s t t 2 3500 , ld t2 3500 , ’ g ’ ) ; ax i s ( [ 6 2 73 60 140 ] ) ; x l ab e l ( ’ D i s tanc ia [m] ’ ) ; y l ab e l ( ’ Path Loss [ dB ] ’ ) ; l egend ( ’ atenuacao Medida ’ , ’ Ajuste Linear ’ , ’ E s p a o Livre ’ , ’ Log−Dis tanc ia ’ ) ; t i t l e ( ’ Path Loss ( Perda de Percurso ) − Trecho 2 (3500MHz) ’ ) ; saveas ( gcf , ’ PlTrecho23500 . png ’ ) %%% Graf i co comparativo de atenuacao do trecho 1 %%%% f i g u r e (11) p l o t ( d i s t t 1 705 , p l t1 705 , ’+k ’ ) ; hold on ; p l o t ( d i s t t 1 705 , p l t 1 a j u s t 705 , ’ r ’ ) ; hold on ; p l o t ( d i s t t 1 3500 , p l t1 3500 , ’ ∗c ’ ) ; hold on ; p l o t ( d i s t t 1 3500 , p l t 1 a ju s t 3500 , ’b ’ ) ; ax i s ( [ 3 0 62 50 130 ] ) ; x l ab e l ( ’ D i s tanc ia [m] ’ ) ; y l ab e l ( ’ Path Loss [ dB ] ’ ) ; 70 l egend ( ’ atenuacao medida em 705 MHz ’ , ’ Ajuste Linear 705 MHz ’ , ’ atenuacao medida em 3500 MHz ’ , ’ Ajuste Linear 3500 MHz ’ ) ; t i t l e ( ’ Path Loss ( Perda de percurso ) − Trecho 1 ’ ) ; saveas ( gcf , ’ PlTrecho17053500 . png ’ ) %%% Graf i co comparativo de atenuacao do trecho 2 %%%% f i g u r e (12) p l o t ( d i s t t 2 705 , p l t2 705 , ’+k ’ ) ; hold on ; p l o t ( d i s t t 2 705 , p l t 2 a j u s t 705 , ’ r ’ ) ; hold on ; p l o t ( d i s t t 2 3500 , p l t2 3500 , ’ ∗c ’ ) ; hold on ; p l o t ( d i s t t 2 3500 , p l t 2 a ju s t 3500 , ’b ’ ) ; ax i s ( [ 6 2 73 70 140 ] ) ; x l ab e l ( ’ D i s tanc ia [m] ’ ) ; y l ab e l ( ’ Path Loss [ dB ] ’ ) ; l egend ( ’ atenuacao medida em 705 MHz ’ , ’ Ajuste Linear 705 MHz ’ , ’ atenuacao medida em 3500 MHz ’ , ’ Ajuste Linear 3500 MHz ’ ) ; saveas ( gcf , ’ PlTrecho27053500 . png ’ ) t i t l e ( ’ Path Loss ( Perda de percurso ) − Trecho 2 ’ ) ; %% Graf i co de atenuacao do trecho 2 em 705 MHz %%%% f i g u r e (13) p l o t ( d i s t t 2 705 , atv t2 705 , ’ . c ’ ) ; hold on ; p l o t ( d i s t t 2 705 , we i s s a j u s t t 2 705 , ’+m’ ) ; hold on ; p l o t ( d i s t t 2 705 , e a r l y a j u s t t 2 7 05 , ’−−k ’ ) ; hold on ; p l o t ( d i s t t 2 705 , chenkuo ajust t2 705 , ’ g ’ ) ; hold on ; p l o t ( d i s t t 2 705 , rp8332 a jus t t2 705 , ’b ’ ) ; hold on ; p l o t ( d i s t t 2 705 , f i t u comfo l ha a ju s t t 2 705 , ’ r ’ ) ; ax i s ( [ 6 2 73 5 55 ] ) ; x l ab e l ( ’ D i s tanc ia [m] ’ ) ; y l ab e l ( ’ atenuacao [dB ] ’ ) ; 71 l egend ( ’ atenuacao Medida ’ , ’ Weissberger a justado ’ , ’ Early ITU ajustado ’ , ’Chen and Kuo ajustado ’ , ’ITU RP833−2 a justado ’ , ’F−ITU com f o l h a s a justado ’ ) ; t i t l e ( ’ atenuacao pe la v e g e t a o − Trecho 2 (705MHz) ’ ) ; saveas ( gcf , ’ AjusteModelos705 . png ’ ) %% Graf i co de a j u s t e dos modelos t recho 2 em 3500 MHz %%%% f i g u r e (14) p l o t ( d i s t t 2 3500 , atv t2 3500 , ’ .c ’ ) ; hold on ; p l o t ( d i s t t 2 3500 , we i s s a ju s t t 2 3500 , ’b ’ ) ; hold on ; p l o t ( d i s t t 2 3500 , e a r l y a j u s t t 2 3500 , ’ r ’ ) ; hold on ; p l o t ( d i s t t 2 3500 , chenkuo ajust t2 3500 , ’m’ ) ; hold on ; p l o t ( d i s t t 2 3500 , f i t u comfo lha a ju s t t 2 3500 , ’−−k ’ ) ; ax i s ( [ 6 2 73 10 55 ] ) ; x l ab e l ( ’ D i s tanc ia [m] ’ ) ; y l ab e l ( ’ atenuacao [dB ] ’ ) ; l egend ( ’ atenuacao Medida ’ , ’ Weissberger a justado ’ , ’ Early ITU ajustado ’ , ’Chen and Kuo ajustado ’ , ’F−ITU com f o l h a s a justado ’ ) ; t i t l e ( ’ atenuacao pe la v e g e t a o − Trecho 2 (3500MHz) ’ ) ; saveas ( gcf , ’ AjusteModelos3500 . png ’ ) Resumo Abstract Agradecimentos Agradecimentos Lista de Figuras Lista de Tabelas Introdução Justificativa Estado da Arte Mecanismos de Propagação Reflexão Difração Refração Dispersão Modelos de Predição Modelo de propagação no espaço livre Modelo Log-distance Modelos de predição em ambientes com vegetação Weissberger Early ITU Chen and Kuo ITU-RP.833 FITU-IR Ambiente de Medições Setup de Transmissão Setup de recepção Manipulação dos dados Análise Ajuste dos modelos Conclusão Referências Bibliográficas Apêndice Equações Ajustadas Apêndice Código Fonte