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Disposição final de resíduos sólidos urbanos

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VANDERSON FERREIRA PACHECO
Climatologia e MeteorologiaClimatologia e MeteorologiaDisposição final de resíduos sólidos urbanos
São Luís
2024
Introdução
Segundo dados do Relatório da Avaliação Regional da Gestão de Resíduos Sólidos na América Latina e no Caribe (OPS/OMS/AIDIS/BID, 2010), países como Chile e Colômbia encaminham, respectivamente, 81,5% e 81,8% de seus resíduos coletados para aterros sanitários. O mesmo relatório aponta um dado interessante, no qual o Uruguai, país com renda per capita de US$5.380,00 e IDH de 0,765, dispõe de apenas 3,8% de seus resíduos sólidos urbanos em aterros sanitários, enquanto que El Salvador, com renda mais baixa (US$2.280,00) e IDH de 0,659, dispõe 78,2% em aterros sanitários (OPS/OMS/AIDIS/BID, 2010). Portanto, é possível perceber que a disposição de resíduos sólidos urbanos é, em vários países, um grande desafio para os municípios. Mas, entenderemos melhor sobre os lixões, aterros controlados e aterros sanitários.
a presença de animais (ou até mesmo criação de animais), mau cheiro proveniente da decomposição dos resíduos, pessoas recolhendo lixo para vender para cooperativas de reciclagem ou para subsistência. Além disso, esses lugares não têm medidas de monitoramento ambiental e não apresentam técnicas para impedir os efeitos nocivos da má disposição de resíduos sólidos, tais como: 1. Poluição das águas superficiais e subterrâneas, devido ao escoamento do chorume. 2. Poluição dos solos por metais pesados e outras substâncias perigosas. 3. Poluição do ar causada por poeira, fumaça e mau cheiro. 4. Obstrução dos componentes de drenagem de águas pluviais, agravando alagamentos e enchentes. 5. Poluição visual, com impacto estético e emotivo (medo, nojo). 6. Presença de animais, colocando a integridade física das pessoas em risco. 7. Presença de pessoas vivendo e trabalhando em condições deploráveis e expostas a muitos riscos. Além disso, tem-se a degradação generalizada do local e depreciação do valor comercial dos imóveis próximos aos lixões.
Escolhendo o tipo de aterro segundo a forma de execução 
Descrição da situação-problema 
As atividades relacionadas à limpeza urbana competem aos municípios, sendo um dos principais desafios da gestão pública. Nas capitais e cidades maiores, mesmo contando com mais recursos, os gestores públicos enfrentam dificuldades devido às concentrações, às quantidades e às características dos resíduos sólidos, além da própria dinâmica urbana. Diante disso, muitos municípios brasileiros ainda não apresentam aterro sanitário para disposição dos seus resíduos. Nesse contexto, imagine a seguinte situação hipotética: você é funcionário público de um município, cuja gestão acaba de adquirir uma área para construção e implantação de um aterro sanitário. Sabe-se que a área é plana e seca e apresenta boa disponibilidade de material de cobertura. Diante dessa informação, você, enquanto profissional da área ambiental, indicaria a construção de qual tipo de aterro sanitário? Qual é a posição do aterro com relação a este terreno plano? 
Resolução da situação-problema 
Há fundamentalmente três métodos de executar um aterro sanitário, em função das circunstâncias locais, sendo elas: trincheira, rampa (escavação progressiva) e área. Para terrenos planos e que apresentam boa disponibilidade de material de cobertura, o método rampa é o mais indicado, uma vez que, na parte oposta à disposição dos resíduos, o material de cobertura é escorado, formando células que vão sendo encerradas ao final de cada jornada de trabalho. A rampa deve ser escavada no próprio solo, porém, 2 (dois) metros acima do lençol freático, no qual o lixo é compactado em camadas inclinadas de até 3 (três) ou 4 (quatro) metros de altura. Além disso, a posição do aterro, neste caso de terreno plano, deve ser acima do terreno, no qual os desníveis são criados com os próprios resíduos, sendo que a célula inicial substitui os desníveis naturais.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, R. M.; FERREIRA, J. A. A gestão de resíduos sólidos urbanos no Brasil frente às questões da globalização. Revista Eletrônica do Prodema - REDE, v. 6, n. 1, p. 7-22, 2011.
BRASIL. Lei no 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 e dá outras providências. Diário Oficial [da] União, Brasília, 03 ago. 2010.
BRASIL. Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental. Lançamento diagnóstico resíduos sólidos 2013. 2013. Disponível em: http://www.snis.gov.br/index.php/component/content/article?id=108 Acesso em: ago. 2015.
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