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MANUAL DO PRODUTOR RURAL
EPI E INFRAESTRUTURA
SÉRIE BOAS PRÁTICAS
6
LIVRO
Aliança da Terra é uma organização não governamental que 
tem como objetivo atender as novas demandas do agronegócio, 
estruturando uma cadeia limpa e transparente do setor produtivo, 
buscando o equilíbrio entre a produção e a conservação 
ambiental.
Suas ações promovem o elo entre o setor produtivo, a 
ciência aplicada e a conservação ambiental, desenvolvendo 
parceiras para que o processo produtivo caminhe rumo ao 
conceito: Produzindo Certo.
MANUAL DO PRODUTOR RURAL
Apoio:
EPI E INFRAESTRUTURA
SÉRIE BOAS PRÁTICAS
LIVRO
6
Aliança da Terra
Ocimar Camargo Vilela
Presidente do Conselho Deliberativo
John Carter
Diretor Geral
Marcos Reis
Diretor Administrativo
Ana Francisca Carter
Gerente Administrativa
Aline Maldonado
Charton Jahn Locks
Gerentes Operacionais
Thiago Antunes de Melo
Vergínio Piacentini Neto
Revisão:
Charton Jahn Locks
Colaboração:
Cristhiane Mendes Simioli
Fábio Almeida Coelho
Fabrício de Freitas
Gustavo Henrique Ribeiro Guimarães
Jefferson Francisco da Costa
Vanessa Furtado dos Anjos
Projeto Gráfico
Érica Maria
Paulo Victor Costa Vieira
Produção Técnica:
Aline Maldonado Locks
2011 - Aliança da Terra
Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma ou por qualquer 
meio, desde que divulgadas as fontes.
Este material pode ser encontrado no site www.aliancadaterra.org.br
Ficha Técnica
Em 2004, a criação da Aliança da Terra introduzia no agronegócio o conceito Produzindo Certo, 
baseado no equilíbrio entre produção, responsabilidade social e conservação ambiental. Com 
objetivo de unir os produtores comprometidos com esse conceito, foi criado o Cadastro de 
Compromisso Socioambiental – CCS, um sistema de obtenção de dados e gerenciamento de 
informações socioambientais de propriedades rurais. 
A adesão ao CCS é voluntária e direcionada aos produtores que buscam desenvolver e 
implantar através da melhoria contínua uma gestão socioambiental em suas propriedades 
fortalecendo o conceito Produzindo Certo.
Em visita as propriedades rurais, uma das fases do CCS, os analistas e técnicos ambientais da 
Aliança da Terra observaram a falta de informações práticas e simplificadas para auxiliar a 
implantação de adequações nas propriedades rurais. Com o objetivo de fornecer orientações 
adequadas, a Aliança da Terra elaborou o Manual do Produtor Rural – Série 1, que abordará 8 temas:
Esperamos que o Manual do Produtor Rural seja um apoio a todos os produtores empenhados 
em promover o equilíbrio entre produção e conservação ambiental.
John Carter 
Diretor Geral
Aliança da Terra
ŸEquipamentos de proteção individual (EPI) 
ŸÁreas de vivência
ŸArmazenamento de agroquímicos
ŸArmazenamento de embalagens vazias de agroquímicos
ŸGerenciamento e disposição de resíduos sólidos
ŸÁrea de abastecimento e armazenamento de combustível
ŸÁreas de lavagem
ŸOficina mecânica
Apresentação
Equipamentos de proteção individual.............................................................. 
Áreas de vivência.............................................................................................
Armazenamento de agroquímicos...................................................................
Armazenamento de embalagens vazias de agroquímicos...............................
Gerenciamento e disposição de resíduos sólidos............................................
Área de abastecimento e armazenamento de combustível.............................
Áreas de lavagem............................................................................................
Oficina mecânica..............................................................................................
Referências bibliográficas................................................................................
08
12
13
22
27
33
40
44
47
Sumário
08Manual do Produtor Rural | Equipamentos de Proteção Individual - EPI
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO 
INDIVIDUAL - EPI1
O que é?
Equipamento de Proteção Individual - EPI é qualquer meio ou dispositivo utilizado por uma 
pessoa contra possíveis riscos a sua saúde e segurança durante o exercício de atividades laborais.
Legislação
O fornecimento de EPI ao trabalhador rural é obrigatório segundo os dispositivos da Norma 
Regulamentadora 31 - NR 31 do Ministério do Trabalho e Emprego. Todo EPI deve ser entregue ao 
funcionário e registrado o número do Certificado de Aprovação - CA do INMETRO, por meio da 
ficha modelo, conforme página 11.
Quai as obrigações do empregador e do empregado?
Empregador
Fornecer, monitorar, orientar e treinar o empregado quanto ao uso do EPI.
Empregado
Utilizar corretamente, conservar e comunicar ao empregador qualquer danificação no EPI que o 
torne impróprio para o uso.
 EPI UTILIZADO PELO TRABALHADOR
Manual do Produtor Rural | Equipamentos de Proteção Individual - EPI 09
PROTEÇÃO DA CABEÇA
Capacete de segurança para proteção contra impactos de objetos sobre o 
crânio.
Capacete de segurança para proteção contra riscos provenientes de 
fontes geradoras de calor nos trabalhos de combate a incêndio.
Chapéu de proteção contra sol e chuva.
Capuz de segurança para proteção contra respingos de produtos 
químicos.
PROTEÇÃO DOS OLHOS E DA FACE
 
Óculos de segurança para proteção dos olhos contra respingos de 
produtos químicos.
Óculos de segurança para proteção dos olhos contra impactos de 
partículas volantes.
Protetor facial de segurança para proteção da face contra respingos de 
produtos químicos.
Protetor facial de segurança para proteção da face contra impactos de 
partículas volantes.
 PROTEÇÃO DAS VIAS RESPIRATÓRIAS
Respirador com filtros para proteção contra poeiras, névoas e fumos.
Respirador e máscara de filtros para proteção contra produtos 
químicos.
Respirador de fuga para proteção contra agentes químicos em 
condições de escape de atmosferas imediatamente perigosa à vida e 
à saúde ou com concentração de oxigênio menor que 18 % em 
volume.
10Manual do Produtor Rural | Equipamentos de Proteção Individual - EPI
 PROTEÇÃO DO TRONCO
Vestimentas (avental, jaqueta, capa, macacão, etc .) para proteção 
contra riscos de origem térmica, mecânica, química, radioativa, 
meteorológica e umidade proveniente de operações com uso de 
água.
Cintas e correias de segurança contra quedas com diferença de nível.
 
PROTEÇÃO DOS OUVIDOS
Protetores auriculares contra ruídos excessivos.
PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES
Calçado de segurança para proteção contra agentes térmicos, 
cortantes e escoriantes.
Calçado de segurança para proteção contra respingos de produtos 
químicos.
Perneira de segurança para proteção contra ataque de animais 
peçonhentos.
 PROTEÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES
Luva e/ou manga de segurança para proteção contra materiais ou 
objetos abrasivos, escoriantes cortantes e perfurantes.
Luva e/ou manga de segurança para proteção contra materiais ou 
objetos aquecidos.
Luva e/ou manga de segurança para proteção contra produtos químicos, 
alergênicos e solventes orgânicos.
Luva e/ou manga de segurança para proteção contra choques elétricos.
Luva e/ou manga de segurança para proteção contra picadas de animais 
peçonhentos e trato com animais.
 EPI UTILIZADO PELO TRABALHADOR
FICHA DE ENTREGA DOS EPI'S
TERMO DE RESPONSABILIDADE PELA GUARDA E USO DE
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - E.P.I.
IDENTIFICAÇÃO DO FUNCIONÁRIO
Nome: _________________________________________________________________
Função: ________________________________________________________________
R e c e b i d a ( N O M E D A F A Z E N D A ) , o E P I 
__________________________________________________________________, C.A 
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ , M A R C A _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ , 
MODELO___________________________________________________ a título de empréstimo, 
para meu uso exclusivo e obrigatório nas dependências da Fazenda, e comprometendo-me a mantê-
los em perfeito estado de conservação, ficando ciente de que:
 1- Recebi treinamento quanto à necessidade na utilização dos referidos EPI's, a maneira correta de 
usá-los, guardá-los e higienizá-los, bem como da minha responsabilidade quanto a seu uso. 
2- Se o equipamento for danificado ou inutilizado por emprego inadequado, mau uso, negligência ou 
extravio, a empresa me fornecerá novo equipamento e cobrará o valor de um equipamento da 
mesma marca ou equivalente ao da praça. 
3- Fico proibido de dar ou emprestar o equipamento que estiver sob minha responsabilidade, só 
podendo fazê-lo se receber ordem por escrito da pessoa autorizada para tal fim.
4- Em caso de dano, inutilização ou extravio do equipamento deverei comunicar imediatamente ao 
setor competente.
5- Terminando os serviços ou no caso de rescisão do contrato de trabalho, devolverei o
equipamento completo e em perfeito estado de conservação, considerando-se o tempo do uso do 
mesmo, ao responsável.
6- Estando os equipamentos em minha posse, estarei sujeito a inspeções sem prévio aviso.
7- Fico ciente de que não utilizando o equipamento de proteção individual em serviço estarei sujeito 
as sanções disciplinares cabíveis que irão desde simples advertências até a dispensa por justa causa 
nos termos do Art. 482 da C.L.T. combinado com a NR-1, NR 31 e NR-6 da Portaria 3.214/78.
________________, ________de_________________de 2011.
Ciente: _______________________________________
 (COLOCAR AQUI O NOME DO FUNCIONÁRIO)
11Manual do Produtor Rural | Equipamentos de Proteção Individual - EPI
Ficha Modelo
Manual do Produtor Rural | Áreas de vivência 12
ÁREAS DE VIVÊNCIA2
O que é?
As áreas de vivência são destinadas a suprir as necessidades básicas humanas de alimentação, 
higiene, descanso, lazer, convivência e ambulatório, devendo ficar fisicamente separadas das 
áreas laborais. 
Legislação
Segundo a Norma Regulamentadora - NR31, as áreas de vivência devem atender aos seguintes 
requisitos mínimos:
instalações sanitárias;
locais para refeição;
alojamentos, quando houver permanência de trabalhadores no estabelecimento nos períodos 
entre as jornadas de trabalho;
local adequado para preparo de alimentos;
 lavanderias.
Ÿ
Ÿ
Ÿ
Ÿ
Ÿ
Quai as obrigações do empregador e do empregado?
Empregador
Assegurar condições dignas no meio ambiente do trabalho, não só durante a realização dos 
afazeres, mas também nos momentos de descanso, durante a jornada de trabalho.
Empregado
Zelar pelas áreas de vivência contribuindo para a manutenção da limpeza e higiene, observando 
as normas de conduta do seu local de trabalho.
Manual do Produtor Rural | Áreas de vivência 13
 ÁREAS DE VIVÊNCIA
INSTALAÇÕES SANITÁRIAS
Devem ter portas de acesso que impeçam a vista para dentro.
Devem ser separadas por sexo.
Devem estar situadas em locais de fácil e seguro acesso.
Devem dispor de água limpa e papel higiênico.
Devem estar ligadas a sistema de esgoto, fossa séptica ou sistema 
equivalente e possuir recipiente para coleta de lixo. A fossa séptica deve 
ser construída afastada das casas e do poço de água, em lugar livre de 
enchentes e a jusante do poço.
No que diz respeito à disponibilidade de água para banho, a norma exige 
que haja disponibilidade em conformidade com os usos e costumes da 
região.
Há ainda, na norma regulamentadora, determinações especiais para as 
instalações sanitárias nas frentes de trabalho. Sinalização educativa 
sobre o uso e organização dos sanitários é recomendada para orientação 
dos funcionários.
LOCAIS PARA PREPARO DAS REFEIÇÕES
 
Não podem ter contato direto com os alojamentos.
Devem possuir lavatórios, sistema de coleta de lixo e instalações sanitárias 
exclusivas para o pessoal que manipula alimentos.
Manual do Produtor Rural | Áreas de vivência 14
 ÁREAS DE VIVÊNCIA
 LOCAIS PARA REFEIÇÃO
Devem ter boas condições de higiene e conforto, água limpa para 
higienização, mesas, depósitos de lixo com tampas e se possível 
separados por classe.
Para as frentes de trabalho são exigidos abrigos que protejam os 
trabalhadores de intempéries durante as refeições.
Os refeitórios não podem ter ligação direta com alojamentos.
É recomendada a sinalização educativa sobre o uso e organização dos 
refeitórios para orientação dos funcionários.
Água potável deve ser disponível fresca e suficiente, disponibilizada 
em condições higiênicas, sendo proibida a utilização de copos 
coletivos.
ALOJAMENTO PARA SOLTEIROS
Devem ser construídos com uma distância mínima de 50 metros de 
construções destinadas para outros fins.
Devem possuir camas com colchão, separadas por no mínimo 1 
metro, sendo permitido o uso de beliches, limitados a duas camas 
na mesma vertical, com espaço livre de no mínimo 110 centímetros 
acima do colchão.
Deve ter armários individuais para guardar objetos pessoais, ter 
porta e janelas capazes de oferecer boas condições de vedação e 
segurança.
Deve ter recipiente para coleta de lixo.
Devem ser proibidos o uso de fogões, fogareiros ou similares.
Devem ser separados por sexo.
Manual do Produtor Rural | Áreas de vivência 15
 ÁREAS DE VIVÊNCIA
 ALOJAMENTO PARA CASAIS
Deve possuir capacidade dimensionada para uma família.
As paredes devem ser construídas em alvenaria ou madeira.
Os pisos devem ser de material resistente e lavável.
As condições sanitárias devem ser adequadas, a ventilação e 
iluminação suficientes.
O poço ou caixa de água vem ser protegidos contra contaminação.
As fossas sépticas devem ser construídas com uma distância mínima 
de 50 metros de construções destinadas para outros fins. 
É proibida, em qualquer hipótese, a moradia coletiva de famílias.
LAVANDERIAS
Devem ser instaladas em locais cobertos, ventilado e adequado para que 
os trabalhadores alojados possam cuidar de roupas de uso pessoal. 
Devem ser dotadas de tanques individuais ou coletivos e água limpa.
Essas recomendações, como se percebe, são requisitos mínimos, o que não impede que o 
empregador rural ou equiparado, disponibilize condições que permitam qualidade superior ao 
exigido na norma regulamentadora, no meio ambiente de trabalho que gerenciem.
16Manual do Produtor Rural | Armazenamento de agroquímicos 
ARMAZENAMENTO DE 
AGROQUÍMICOS3
Legislação
As normas para armazenamento de agroquímicos estão dispostas no Decreto n° 4074, de 04 de 
janeiro de 2002, que regulamenta a lei nº 7.802 de 11 de julho de 1989, que dispõe sobre a 
pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem, a rotulagem, o transporte, o 
armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a 
exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a 
inspeção e a fiscalização de agroquímicos e seus componentes e afins. 
A Norma Brasileira 9843 fixa condições exigíveis para o armazenamento adequado de 
agroquímicos, visando garantir a qualidade do produto, bem como a prevenção de acidentes. 
Essas normas aplicam-se aos usuários, fabricantes, transportadores e distribuidores de 
agroquímicos.
17
RECOMENDAÇÕES PARA CONSTRUÇÃO DA ÁREA DE ESTOCAGEM 
A área de estocagem, como o próprio nome diz, se destina ao 
armazenamento de produtos agroquímicos. Essas áreas devem:
Ser de alvenaria, com boa ventilação e boa iluminação, não permitindo 
o acesso de animais, conforme layout na página 20.
Ter afixados placas ou cartazes com símbolos de perigo em locais de 
boa visibilidade, é permitida a sinalização de perigo na área interna 
desde que visível logo na entrada do galpão.
Ser isolada com paredes e mantida fechada a chave.
Ter o piso cimentado e o telhado resistente e sem goteiras, para 
permitirque o depósito fique sempre seco.
Manter as instalações elétricas em bom estado de conservação para 
evitar curto circuito e incêndios.
Ficar num local livre de inundações e separado de fontes d'água e de 
outras construções, como residências e instalações para animais.
RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA
As portas devem permanecer trancadas para evitar a entrada de 
crianças, animais e pessoas não autorizadas.
As embalagens devem ser colocadas sobre pallets, evitando contato 
com o piso, as pilhas devem ser estáveis e afastadas das paredes e do 
teto, conforme layout na página 21.
Os produtos inflamáveis devem ser mantidos em local ventilado, 
protegido contra centelhas e outras fontes de combustão.
Não fazer estoque de produtos além das quantidades para uso em 
curto prazo como uma safra agrícola.
 ARMAZENAMENTO DE AGROQUÍMICOS
Manual do Produtor Rural | Armazenamento de agroquímicos 
18
Todos os produtos devem ser mantidos nas embalagens originais. Após 
remoção parcial do conteúdo, as embalagens devem ser novamente 
fechadas.
Nunca armazenar restos de produtos em embalagens sem tampa, com 
vazamentos ou sem identificação.
No caso de rompimento das embalagens, estas devem receber uma 
sobrecapa, preferencialmente de plástico transparente, com o objetivo 
de evitar o vazamento de produto.
Manter as embalagens e recipientes, principalmente as de vidro, longe 
de janelas e radiação solar.
Não armazenar alimentos, rações, materiais de almoxarifado ou outros 
diferentes produtos. Além da possibilidade de contaminação, há 
produtos, como iscas raticidas ou similares, que podem ser confundidas 
com alimentos.
É importante a manutenção da temperatura de armazenamento, 
conforme os limites indicados pelo fabricante.
Inspecionar regularmente as condições das embalagens e recipientes, 
verificando sinais de corrosão, deterioração, vazamentos e 
derramamento.
Na suspeita de deterioração, problemas de derramamentos e 
vazamentos, todos os produtos afetados, devem ser transferidos e 
isolados.
RECOMENDAÇÕES NO MANUSEIO
Os produtos devem ainda ser acompanhados das respectivas fichas 
de identificação enviadas pelos fabricantes.
É importante o rótulo permanecer sempre visível ao usuário.
O repasse para outras embalagens avulsas pode trazer riscos de 
acidentes, muitas vezes fatais, ao serem confundidas com 
embalagens de alimentos, refrigerantes, etc.
 ARMAZENAMENTO DE AGROQUÍMICOS
Manual do Produtor Rural | Armazenamento de agroquímicos 
19
 ARMAZENAMENTO DE AGROQUÍMICOS
Os rótulos deverão estar bem visíveis e em posição de fácil leitura, 
sempre voltados para o lado externo da pilha, a fim de facilitar a sua 
localização.
Numerar as embalagens sequencialmente (controle por fichas) ou 
separar por lotes segundo as datas de validade, para facilitar a 
utilização do produto em ordem cronológica de armazenamento 
(saída dos lotes mais antigos antes dos mais recentes).
Efetuar um controle permanente das datas de validade dos produtos, 
evitando que ultrapassem a do vencimento.
Levar em consideração que o prazo de validade da maior parte dos 
praguicidas é de dois anos.
Os produtos com validade vencida deverão ser mantidos em local 
isolado e protegidos, até a destinação final.
RECOMENDAÇÕES PARA ÁREA DE SERVIÇO OU DE 
PROTEÇÃO COLETIVA
A área de proteção coletiva é um espaço destinado para segurança 
daqueles que manuseiam os produtos agroquímicos. Essas áreas 
devem conter:
Chuveiro de emergência e lava-olhos. Se forem instalados em área 
externa, devem ficar próximos da porta.
A tubulação quando exposta, deve receber isolamento térmico para 
evitar aquecimento da água em seu interior.
Vestiário contendo chuveiro e armários individuais duplos (para 
evitar que haja mistura de roupas e/ou objetos pessoais com os de 
trabalho).
Armário para guardar Equipamentos de Proteção individual - EPIs, 
ferramentas, produtos de contenção de vazamento e materiais de 
limpeza.
Manual do Produtor Rural | Armazenamento de agroquímicos 
20
LAYOUT DA ÁREA DE ESTOCAGEM DE AGROQUÍMICOS 
E ÁREA DE SERVIÇO 
Manual do Produtor Rural | Armazenamento de agroquímicos 
21Manual do Produtor Rural | Armazenamento de agroquímicos 
LAYOUT DA ÁREA DE ESTOCAGEM DE AGROQUÍMICOS 
E ÁREA DE SERVIÇO 
22Manual do Produtor Rural | Armazenamento de embalagens vazias de agroquímicos
ARMAZENAMENTO DE 
EMBALAGENS VAZIAS DE 
AGROQUÍMICOS4
Legislação
dispõe sobre a 
pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem, a rotulagem, o transporte, o 
armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a 
exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a 
inspeção e a fiscalização de agroquímicos e seus componentes e afins. 
A Norma Brasileira 9843 fixa condições exigíveis para o armazenamento adequado de 
agroquímicos, visando garantir a qualidade do produto, bem como a prevenção de acidentes. 
Essas normas aplicam-se aos usuários, fabricantes, transportadores e distribuidores de 
agroquímicos.
As normas para armazenamento de agroquímicos estão dispostas no Decreto n° 4074, de 04 de 
janeiro de 2002, que regulamenta a lei nº 7.802 de 11 de julho de 1989, que
23
 ARMAZENAMENTO DE EMBALAGENS VAZIAS DE AGROQUÍMICOS
A REALIZAÇÃO DA TRÍPLICE LAVAGEM É UMA 
OBRIGAÇÃO DO PRODUTOR RURAL. 
RECOMENDAÇÃO PARA TRÍPLICE LAVAGEM MANUAL
Esvaziar totalmente o conteúdo da embalagem no tanque do 
pulverizador.
Adicionar água limpa à embalagem até 1/4 do seu volume.
Tampar bem a embalagem e agitar por 30 segundos.
Despejar a água da lavagem no tanque do pulverizador.
Repetir 03 vezes.
Inutilizar a embalagem plástica ou metálica, perfurando o fundo.
RECOMENDAÇÃO PARA TRÍPLICE LAVAGEM SOB PRESSÃO
Após o esvaziamento, encaixar a embalagem no local apropriado do 
funil instalado no pulverizador.
Acionar o mecanismo para liberar o jato de água limpa.
Direcionar o jato de água para todas as paredes internas da embalagem 
por 30 segundos.
A água de lavagem dever ser transferida para o interior do tanque do 
pulverizador.
Repetir 03 vezes.
Inutilizar a embalagem plástica ou metálica, perfurando o fundo.
Manual do Produtor Rural | Armazenamento de embalagens vazias de agroquímicos
24
RECOMENDAÇÃO PARA CONSTRUÇÃO DO DEPÓSITO DE 
EMBALAGENS VAZIAS
Após adequadamente lavadas, no campo, imediatamente após o seu 
esvaziamento e completamente esvaziadas da água de lavagem, as 
embalagens deverão ser armazenadas em local adequado, que deve 
ser:
Parcialmente isolado com parede de alvenaria de 1 metro de altura, o 
restante com tela e mantida fechada a chave.
Ter afixados placas ou cartazes com símbolos de perigo em locais de 
boa visibilidade.
Ter o piso cimentado e o telhado resistente e sem goteiras, para 
permitir que o depósito fique sempre seco.
RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA
As portas devem permanecer trancadas para evitar a entrada de 
crianças, animais e pessoas não autorizadas.
Antes do armazenamento da embalagem verificar se foi feita a 
tríplice lavagem. 
Não armazenar alimentos, rações, materiais de almoxarifado ou 
outros diferentes produtos.
RECOMENDAÇÕES NO MANUSEIO
As embalagens poderão ser armazenadas com ou sem suas 
respectivas tampas.
Neste último caso, as tampas deverão ser armazenadas, 
separadamente, em sacos plásticos novos e resistentes.
Após haver acumulado uma quantidade de embalagens que 
justifique o seu transporte de uma forma economicamente viável, 
elas deverão ser levadas para um Posto ou Central de Recebimento 
de Embalagens.
 ARMAZENAMENTO DE EMBALAGENS VAZIAS DE AGROQUÍMICOS
Manual do Produtor Rural | Armazenamento de embalagens vazias de agroquímicos
25
LAYOUT DA ÁREA DE ARMAZENAMENTO DE AGROQUÍMICOS
Manual do Produtor Rural | Armazenamento de embalagens vazias de agroquímicos
26Manual do Produtor Rural | Armazenamento de embalagens vazias de agroquímicos
LAYOUT DA ÁREA DE ARMAZENAMENTO DE AGROQUÍMICOS
27Manual do ProdutorRural | Gerenciamento e disposição dos resíduos sólidos
GERENCIAMENTO E DISPOSIÇÃO 
DOS RESÍDUOS SÓLIDOS5
O que é?
Resíduos sólidos (lixo) são os rejeitos provenientes de atividades humanas, consideradas pelos 
mesmos como inúteis, indesejáveis ou descartáveis. Resíduos sólidos gerados em propriedades 
rurais devem ser gerenciados de forma adequada, uma vez que dependendo da forma que são 
dispostos podem contaminar solo e água.
Separação dos resíduos sólidos e 
acondicionamento
A separação deve ser feita na fonte geradora, ou seja, nas casas, cantinas e alojamentos 
presentes na propriedade rural, bem como em outras instalações que gerem resíduos sólidos. 
Uma forma de separação simples, que pode ser adotada na propriedade rural, é a separação em 
resíduos úmidos (orgânico), resíduos secos (recicláveis), rejeitos e resíduos perigosos.
Resíduo úmido
Rejeito
Marrom
Cinza
REJEITO
TIPO DE
RESÍDUO
COR DO
RECIPIENTE
Resíduo seco Vermelho
SÍMBOLO
Me
PAPEL PLÁSTICO VIDRO METAL
Orgânicos
O resíduo perigoso não deverá ser disposto
em lixeiras convencionais.
Resíduo perigoso
28
GERENCIAMENTO E DISPOSIÇÃO DOS
 RESÍDUOS SÓLIDOS
RESÍDUOS ÚMIDOS
O resíduo úmido ou orgânico deve preferencialmente ser compostado, 
ou seja, transformado em adubo. Este composto pode ser usado para 
recuperação de solos desgastados, cultivos de alimentos, 
reflorestamentos, dentre outros. Caso essa não seja uma solução viável à 
propriedade, estes resíduos podem ser destinados ao aterro.
RESÍDUOS SECOS
Os resíduos secos devem preferencialmente ser destinados a centros de 
reciclagem ou reaproveitados dentro da propriedade. Caso essas não 
sejam soluções viáveis à propriedade, estes resíduos podem ser 
destinados ao aterro.
 REJEITOS
Rejeitos são resíduos que não podem ser mais reciclados ou 
reaproveitados e não apresentem outra possibilidade que não a 
disposição final. São exemplos de rejeitos: papel higiênico usado, 
fralda, papel, embalagens de alumínio ou filmes plásticos 
engordurados, etc.
RESÍDUOS PERIGOSOS
Os resíduos que se classificam como perigosos (Tabela 2), devem ser 
separados e acondicionados em local apropriado até serem 
destinados ao local adequado, por exemplo, centros de recebimento 
destes resíduos. Estes resíduos não podem em hipótese alguma ser 
destinados ao aterro da propriedade.
Manual do Produtor Rural | Gerenciamento e disposição dos resíduos sólidos
29
Tabela 2 - Exemplos de resíduos e sua classe, de acordo com a NBR 10.004/2004¹
¹ De acordo com a NBR 10.004/2004
COLETA E TRANSPORTE
No caso de propriedades rurais que não dispõem do serviço público de 
coleta de lixo o produtor deve definir uma pessoa para ficar 
encarregada dessa tarefa. Algumas recomendações para a coleta:
Devem ser feitas regularmente, para evitar o acúmulo de lixo nas 
residências e outros pontos de geração.
Deve ser realizada por pessoa capacitada, devidamente equipada 
com Equipamentos de Proteção Individual – EPI.
DISPOSIÇÃO FINAL / ATERRO
As propriedades rurais necessitam observar algumas regras para 
construção e manutenção da área destinada para a deposição de 
resíduos sólidos não perigosos.
O objetivo do aterro de resíduos para propriedade rural não é prevenir 
a poluição e sim, minimizar os seus impactos ao meio ambiente.
Recomendações para construção do aterro de resíduos para 
propriedade rural:
O aterro deve ser construído a uma distância mínima de 500 metros 
das residências/alojamento.
GERENCIAMENTO E DISPOSIÇÃO DOS
 RESÍDUOS SÓLIDOS
Manual do Produtor Rural | Gerenciamento e disposição dos resíduos sólidos
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O aterro deve ser construído em cota inferior ao local de captação de 
água da propriedade tal como poço artesiano, cisterna, roda d'água, 
ou a uma distância mínima de 500 metros destes pontos.
O aterro não pode ser construído em Área de Preservação 
Permanente - APP.
A área para instalação do aterro deve possuir características planas 
com inclinação máxima no entorno de 10%.
Devem ser evitadas áreas sujeitas a inundações e flutuações 
excessivas de lençol freático como as várzeas de rios, pântanos e 
mangues.
O aterro deve ser instalado em local de fácil acesso em qualquer 
época do ano.
Durante a construção de um novo aterro, finalizada a escavação, 
recomenda-se a compactação da base do aterro, isso pode ser feito, 
passando-se várias vezes com maquinário pesado sobre a área.
Os resíduos devem ser periodicamente cobertos com uma camada 
fina de terra para redução do mau cheiro e evitar a proliferação de 
animais vetores de doenças.
O aterro deve ser isolado por tela ou cerca viva e devidamente 
sinalizado, seu portão deve ser trancado para evitar a entrada de 
pessoas não autorizadas.
Não podem ser descartados no aterro, resíduos classificados como 
perigosos, de Classe I, de acordo com NBR 10.004/2.004.
As regiões de destinação dos resíduos, os chamados aterros para 
propriedade rurais, devem ser construídos e manejados de forma 
que os riscos a saúde, integridade física e a poluição ambiental sejam 
minimizados. Os procedimentos aqui descritos buscam contribuir 
para que estes objetivos sejam alcançados, e dessa forma aumentar 
a qualidade ambiental dentro da propriedade rural.
GERENCIAMENTO E DISPOSIÇÃO DOS
 RESÍDUOS SÓLIDOS
Manual do Produtor Rural | Gerenciamento e disposição dos resíduos sólidos
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LAYOUT DO LOCAL DE ARMAZENAMENTO E 
 
ATERRO
 PARA RESÍDUOS SÓLIDOS 
Manual do Produtor Rural | Gerenciamento e disposição dos resíduos sólidos
32Manual do Produtor Rural | Gerenciamento e disposição dos resíduos sólidos
LAYOUT DO LOCAL DE ARMAZENAMENTO E 
 
ATERRO
 PARA RESÍDUOS SÓLIDOS 
Manual do Produtor Rural | Área de abastecimento e armazenamento de combustível 33
ÁREA DE ABASTECIMENTO E 
ARMAZENAMENTO DE 
COMBUSTÍVEL6
As áreas de abastecimento representam uma possível fonte de poluição ao meio 
ambiente e seu manuseio e armazenagem também apresentam considerável grau de perigo.
São necessários alguns cuidados para evitar acidentes, e no caso de ocorrerem fazer com que 
sejam minimizados ao máximo seus efeitos indesejáveis.
Os resíduos misturados a combustíveis não devem chegar ao solo, cursos d'água ou aos 
lençóis freáticos, portanto as propriedades rurais que possuírem áreas de abastecimento devem 
obedecer as normas regulamentadoras para evitar uma possível contaminação e também 
contribuir para a segurança de seus funcionários e de sua propriedade.
Legislação
Essa orientação é para tanque de combustível acima de 250 litros, tendo como base a Associação 
Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, em especifico a NBR 7505-1 e 7505-4, que fixa as 
condições de armazenagem de líquidos inflamáveis e combustíveis em tanques estacionários.
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Tabela 3 - Placas de sinalização
 
Extintor Proibido fumar Líquido inflamável 
 
EXTINTOR
B
LÍQUIDOS
INFLAMÁVEIS
PROIBIDO
FUMAR
LÍQUIDO
INFLAMÁVEL
3
 ÁREA DE ABASTECIMENTO E ARMAZENAMENTO 
DE COMBUSTÍVEL
ÁREA DE ABASTECIMENTO
A área de abastecimento apresenta considerável risco ambiental e de 
acidente. Para minimizar possíveis impactos negativos, essa área deve:
Ser impermeabilizada.
Ser circundada por canaletas direcionadoras de fluxo, de ferro, com 
largura e profundidade mínima de 05 centímetros, com recuo da área 
impermeável em no mínimo 50 centímetros.
Na ligação das canaletas à tubulação deve-se instalar um ralo de 
espessura tal que o mesmo consiga segurar uma parte dos sólidos 
brutos, mas não obstrua o fluxo hídrico.
Ter a tubulação em aço ou ferro fundido nodular, para evitar que se 
danifique em caso de combustão do líquido drenado.
Possuir no mínimo um extintor de incêndio classe B, capaz de 
combater incêndios que ardem em superfícies e não deixam resíduos, 
o extintor não deve possuir obstáculos ao seu redor, evitando 
dificuldades de acesso.
Ser bem sinalizado, com placas instaladas em locais de fácil 
visualização (exemplos de placas de sinalização na Tabela 1).
Manual do Produtor Rural | Área de abastecimentoe armazenamento de combustível
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 ÁREA DE ABASTECIMENTO E ARMAZENAMENTO 
DE COMBUSTÍVEL
BACIA DE CONTENÇÃO
Este item tem a função de evitar a contaminação do solo, corpos d'água 
ou lençóis freáticos, caso ocorra o derramamento do óleo combustível 
armazenado no tanque. Para que sua função de proteção seja cumprida 
devem-se obedecer as seguintes normas:
A bacia de contenção deve ter volume igual ou superior ao volume do 
tanque de armazenamento acrescido do volume da base de 
sustentação do mesmo.
A construção da bacia de contenção deve ser feita em concreto, ou 
outro material quimicamente compatível, sendo impermeável. Esta 
estrutura deve resistir ao fogo por um período mínimo de 02 horas.
O piso da bacia de contenção deve possuir declividade mínima de 1% 
na direção do ponto de coleta do efluente (águas de lavagem da área 
e produto vazado em caso de acidente).
O ponto de coleta de efluente deve estar ligado a uma válvula, 
posicionado do lado externo da bacia. Esta válvula deve ser mantida 
fechada.
Deve possuir no mínimo uma via adjacente, que permita a passagem 
de um veículo de combate a incêndio. Esta via deve ter largura igual 
ou superior a 3 metros.
A área deve permitir fácil acesso de pessoas e equipamentos ao seu 
interior, tanto em situação normal como em caso de emergência.
A altura máxima da parede da bacia de contenção, medida pela parte 
interna, deve ser 3,2 metros, sendo que 0,2 metros devem ser 
utilizados para conter vazamentos em caso de movimentação do 
líquido, não podendo ser utilizado no cálculo do volume.
Deve estar a uma distância mínima de 4,5 metros de qualquer tipo de 
construção.
Manual do Produtor Rural | Área de abastecimento e armazenamento de combustível
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 ÁREA DE ABASTECIMENTO E ARMAZENAMENTO 
DE COMBUSTÍVEL
 SISTEMA DE TRATAMENTO DE EFLUENTE
O sistema de tratamento serve para separar a água utilizada na lavagem 
das áreas do óleo proveniente de possíveis vazamentos que podem 
ocorrer durante o abastecimento, evitando a contaminação do solo, 
corpos d'água e lençóis freáticos, bem como possibilitar o 
reaproveitamento do óleo combustível vazado para outros fins.
O sistema é composto por: caixa de retenção de areia, caixa separadora 
de água e óleo, caixa coletora de óleo, caixa de inspeção e sumidouro. 
Devem seguir as seguintes recomendações:
No caso de serem situadas em garagens ou em locais sujeito ao 
tráfego de veículo devem ser providas de tampas de ferro fundido 
reforçadas por padrão T-100. Se estiverem situadas em passeios ou 
áreas verdes podem ter suas tampas tanto em concreto como em
ferro fundido padrão T-33.
A caixa retentora deve ser construída em alvenaria, com espessura 
mínima de 20 centímetros, e o seu interior impermeabilizado. Deve 
possuir dimensões tal que comporte o volume de efluentes gerados 
no manuseio e utilização da área de abastecimento.
No caso de vazamento total ou parcial do tanque, um caminhão 
apropriado deve ser acionado para a captação do efluente gerado.
CAIXA DE RETENÇÃO DE AREIA
Serve para reter o material mais pesado, impedindo que materiais 
grosseiros passem para a caixa separadora de água e óleo. Deve ter 
dimensões que proporcionem baixa velocidade do fluxo líquido, para 
que haja a deposição de resíduos sólidos como areia, pedras, estopas, 
entre outros, no fundo da caixa. Para aumentar sua eficiência deve-se 
adaptar uma tampa furada no cano de saída da caixa, a fim de ajudar 
na filtragem dos sólidos em suspensão. A limpeza deve ser feita 
sempre que houver lavagem da área de abastecimento ou da bacia de 
contenção. Durante a época das chuvas, a manutenção deve ser 
periódica para evitar o entupimento. A limpeza da caixa consiste na 
retirada dos sólidos sedimentados.
Manual do Produtor Rural | Área de abastecimento e armazenamento de combustível
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 ÁREA DE ABASTECIMENTO E ARMAZENAMENTO 
DE COMBUSTÍVEL
CAIXA SEPARADORA DE ÁGUA E ÓLEO
É responsável pela separação do óleo combustível do restante do efluente. 
O óleo separa-se naturalmente da água, por ser menos denso, mantendo-
se na superfície. A captação da água ocorre através de um fecho hídrico 
instalado no fundo da caixa; essa tubulação deve ser vedada na parte 
superior para que não haja a entrada do óleo. A saída do óleo é composta 
por uma tubulação em formato de sifão, com a abertura voltada apara 
cima; esta tubulação deve ser instalada na parte superior da caixa e ser 
ligada a caixa coletora de óleo.
CAIXA COLETORA DE ÓLEO
Destina-se ao acúmulo do óleo combustível para posterior sucção e/ou 
reaproveitamento. Trata-se de uma caixa escavada no solo, que recebe o 
efluente através de um registro de gaveta. O escoamento do óleo 
combustível, da caixa separadora para a caixa coletora, deve ser feita de 
forma manual através da abertura do registro. O coletor pode ser um 
balde/tina impermeável com volume que possa acomodar todo o óleo 
escoado. Esse balde/tina deve possuir alça e tampa para transporte, ser 
adaptado com uma torneira em sua base, utilizada para separar a água que 
por acaso possa vir misturado a esse óleo. Esta água deve ser novamente 
enviada a caixa separadora, e o óleo enviado para o destino final.
CAIXA DE INSPEÇÃO
Serve para avaliar o funcionamento e a eficiência do sistema de 
tratamento. Deve ser construída em alvenaria. A ligação entre a caixa de 
inspeção e o sumidouro deve ter uma declividade que permita o fluxo 
hídrico entre os mesmos.
SUMIDOURO (FOSSA SÉPTICA)
É uma caixa em alvenaria, ou em manilha pré-moldada, que deve permitir 
a infiltração do efluente tratado no solo. Para a definição da profundidade 
do sumidouro deve ser observado o nível do lençol freático, sendo 
normalmente utilizada a profundidade de 1 metro. O sumidouro deve ser 
construído em cota inferior ao do poço de captação de água. Recomenda-
se acrescentar brita (cascalho) no fundo do sumidouro, para ajudar a 
infiltração do efluente no solo.
Manual do Produtor Rural | Área de abastecimento e armazenamento de combustível
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LAYOUT DO PROJETO CONSTRUTIVO DA BACIA DE CONTENÇÃO 
PARA TANQUE DE COMBUSTÍVEL
Manual do Produtor Rural | Área de abastecimento e armazenamento de combustível
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LAYOUT DO PROJETO CONSTRUTIVO DA BACIA DE CONTENÇÃO 
PARA TANQUE DE COMBUSTÍVEL
Manual do Produtor Rural | Área de abastecimento e armazenamento de combustível
Manual do Produtor Rural | Áreas de lavagem 40
ÁREAS DE LAVAGEM7
O que são?
Áreas de lavagem de veículos, conhecidos popularmente como “lava-jatos”, são locais em que 
uma grande quantidade de água entra em contato com resíduos de óleos lubrificantes, graxas, 
estopas, areia, pedras e sólidos em geral. Esses resíduos não devem chegar aos cursos d'água, 
lençóis freáticos e solos, portanto as propriedades rurais que possuírem “lava-jatos” devem 
instalar dispositivos de retenção de tais rejeitos.
41
SISTEMA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES 
O sistema de tratamento serve para separar o óleo e graxas da água 
usada na lavagem dos veículos, evitando a contaminação do meio 
ambiente bem como possibilitando o reaproveitamento do óleo para 
outros fins.
O sistema é composto de uma caixa de retenção de areia, uma caixa 
separadora de água e óleo, uma caixa coletora de óleo, uma caixa de 
inspeção e um sumidouro. Deve seguir as seguintes recomendações:
As caixas situadas em garagens ou locais sujeitos a tráfego de veículo 
deverão ser providas de tampas de ferro fundido reforçadas pelo 
padrão T-100.
Se as mesmas estiverem em passeios ou áreas verdes podem ter suas 
tampas tanto em concreto como em ferro fundido padrão T-33.
A caixa retentora de areia e a separadora de óleo devem ser 
impermeabilizadas no seu interior com espessura em alvenaria mínima 
de 20 cm.
Devem possuir dimensões que absorvam os efluentes gerados no 
manuseio e utilização da área de lavagem.propriedade, estes resíduos 
podem ser destinados ao aterro.
O sistema de tratamento deve possuir: Caixa de retenção de areia, 
caixa separadora de águae óleo, Caixa de coleta de óleo, Caixa de 
inspeção e sumidouro, conforme detalhados nas páginas 36,37 e 38.
 ÁREAS DE LAVAGEM
Manual do Produtor Rural | Áreas de lavagem 
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LAYOUT DO PROJETO CONSTRUTIVO DO SISTEMA DE TRATAMENTO 
PARA ÁREA DE LAVAGEM DE VEÍCULOS
Manual do Produtor Rural | Áreas de lavagem 
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LAYOUT DO PROJETO CONSTRUTIVO DO SISTEMA DE TRATAMENTO 
PARA ÁREA DE LAVAGEM DE VEÍCULOS
Manual do Produtor Rural | Oficina mecânica
Manual do Produtor Rural | Oficina mecânica 44
OFICINA MECÂNICA8
Nas oficinas mecânicas, durante o procedimento de lavagem de peças e equipamentos a água 
usada fica contaminada com resíduos de óleos lubrificantes, graxas, estopas, areias e sólidos em 
geral. Esses resíduos não devem chegar aos cursos d'água, lençóis freáticos e solos, portanto as 
propriedades rurais que possuírem esse estabelecimento devem instalar dispositivos de 
retenção de tais rejeitos.
O s
O sistema de tratamento deve possuir: Caixa de retenção de areia, caixa separadora de água e 
óleo, Caixa de coleta de óleo, Caixa de inspeção e semidouro, conforme detalhados nas páginas 
36,37 e 38.
istema de tratamento de efluentes é o mesmo detalhado na página 41.
LAYOUT DO PROJETO CONSTRUTIVO DO SISTEMA DE TRATAMENTO 
PARA OFICINA MECÂNICA
45Manual do Produtor Rural | Oficina mecânica
46Manual do Produtor Rural | Fonte Bibliográfica 
ABNT (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS). NBR 13.896. Aterros de Resíduos Não 
Perigosos: critérios para projetos, implantação e operação. 1997. 
ABNT (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS). NBR 10.004. Resíduos Sólidos: 
classificação. 2004.
CONAMA (CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE). Resolução N° 275. Estabelece o código de 
cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identi?cação de coletores e 
transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva. 2001. 
CONAMA (CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE). Resolução N° 404. Estabelece critérios e 
diretrizes para o licenciamento ambiental de aterro sanitário de pequeno porte de resíduos sólidos 
urbanos. 2008.
CONAMA (CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE). Resolução No 401.Estabelece os limites 
máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e baterias comercializadas no território 
nacional e os critérios e padrões para o seu gerenciamento ambientalmente adequado, e dá outras 
providências. 2008.
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, CASA CIVIL, SUBCHEFIA PARA ASSUNTOS JURIDICOS. Lei n° 12.305: 
Institui a Politica Nacional de Resíduos Sólidos. 2010.
NORMA REGULAMENTADORA No 31. Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, 
Silvicultura, Exploração Florestal e Aqüicultura. 2005.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ESCRITÓRIOS DA ALIANÇA DA TERRA
Goiânia - Av. das Indústrias, nº 601, Qd. 151, Lt. 47, Sala 203 - Setor Santa 
Genoveva - Cep: 74670-600 - Goiânia - Goiás - Brasil.
Fone/ Fax: 62 - 3945 6300
Cuiabá - Av. Miguel Sutil, 8000 - Ed. Comercial Santa Rosa Tower, Sala 1805 - 
Jardim Mariana - Cep: 78040-400 - Cuiabá - Mato Grosso - Brasil.
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Twitter: @aliancadaterra

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