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TCC - VERSAO FINAL - ATUACAO DO ENFERMEIRO NO ACOLHIMENTO E CLASSIFICACAO DE RISCO

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CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
LAÍS CAVALCANTE SOUTO DA SILVA
LAURA LAÍS DE ALMEIDA BARBOSA
RAFAELLA DOS SANTOS ALVES
RANNY EMILLY PESSOA DE SOUZA
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ACOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
João Pessoa/PB
2023
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
LAÍS CAVALCANTE SOUTO DA SILVA
LAURA LAÍS DE ALMEIDA BARBOSA
RAFAELLA DOS SANTOS ALVES
RANNY EMILLY PESSOA DE SOUZA
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ACOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
apresentado à banca de defesa do Curso
de Graduação em Enfermagem como
parte das exigências para obtenção do
título de Bacharel em Enfermagem.
Orientador(a): Prof. Dr. Itácio Queiroz de
Mello Padilha.
Coorientador: Me. Fernando Santos do
Nascimento.
João Pessoa/PB
2023
LISTA DE TABELAS
Tabela1- Artigos de Revistas Científicas selecionados na revisão bibliográfica.......12
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AACR – Avaliação e Classificação de Risco
ACCR – Acolhimento com Classificação de Risco
ATS – Australian Triage Scale
BNDENF – Base de Dados Bibliográficos Especializada na Área de Enfermagem do
Brasil
BVS – Biblioteca Virtual de Saúde
CTAS – Canadian Triage Scale
ESI – Emergency Severity Index
LILACS – Literatura Latino-americana em Ciências de Saúde
MTS – Manchester Triage System
PUBMED – National Library of Medicine
SCIELO – Scientific Eletronic Library Online
SUS – Sistema Único de Saúde
SUMÁRIO
RESUMO 5
INTRODUÇÃO 6
METODOLOGIA DA PESQUISA 7
RESULTADOS 9
DISCUSSÃO 15
ACOLHIMENTO HUMANIZADO X ENFERMAGEM 15
ACOLHIMENTO 16
ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO NO ACOLHIMENTO 17
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO: breve histórico 19
SISTEMAS DE TRIAGEM MAIS USADOS NO MUNDO 20
DEFINIÇÃO DO SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO 22
O PAPEL DO ENFERMEIRO 24
CONSIDERAÇÕES FINAIS 26
REFERÊNCIAS 27
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ACOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
LAÍS CAVALCANTE SOUTO DA SILVA
LAURA LAÍS DE ALMEIDA BARBOSA
RAFAELLA DOS SANTOS ALVES
RANNY EMILLY PESSOA DE SOUZA
RESUMO
As unidades de urgência e emergência são um dos meios de acesso ao Sistema
Único de Saúde (SUS) e são responsáveis por proporcionar assistência a toda e
qualquer pessoa que necessite de cuidado médico. No entanto, por ser um serviço
tão importante e significativo, é bastante procurado, havendo, consequentemente, a
existência de superlotação, em que muitas vezes, apresentam casos que não são
urgentes, com possibilidade de maior tempo de espera para o atendimento. O
presente estudo teve como objetivo geral discutir por meio de uma pesquisa
bibliográfica a atuação do enfermeiro no acolhimento com classificação de risco. De
modo específico, problematizar as atividades exercidas pelo enfermeiro frente ao
acolhimento; discorrer acerca das classificações de riscos; caracterizar o papel do
enfermeiro no momento da triagem. Em meio essa realidade enfrentada nas
unidades de saúde e mediante a prática dos estágios realizados no Curso de
Enfermagem, observou-se que o processo de triagem e acolhimento está presente
nas redes de atendimento do SUS, sendo uma função de total responsabilidade do
enfermeiro. Assim, foram selecionados 28 trabalhos, incluindo livros da área de
Enfermagem, produções literárias do Ministério da Saúde, portarias e artigos
científicos, disponíveis em bancos de dados do Google Acadêmico, SCIELO
(Scientific Electronic Library Online), Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), LILACS
(Literatura Latino-Americana em Ciências de Saúde), PUBMED (National Library of
Medicine) e BDENF (Base de Dados Bibliográficos Especializada na Área de
Enfermagem do Brasil). A análise da leitura apresentou que a função da triagem e
da classificação de risco é responsabilidade privativa do enfermeiro, profissional de
nível superior com conhecimento técnico científico para exercer a função, assim,
compete ao enfermeiro realizar os atendimentos com agilidade, coletando
informações a partir da escuta da história clínica, da queixa principal e a análise de
exame físico, no qual irá realizar o reconhecimento dos sinais que resultaram no
julgamento dos níveis de risco, para que os pacientes permaneçam em segurança e
tenham o atendimento ideal no tempo correto.
Palavras chaves: Enfermeiro. Acolhimento. Classificação de risco.
5
INTRODUÇÃO
As unidades de urgência e emergência são um dos meios de acesso ao
Sistema Único de Saúde (SUS) e são responsáveis por proporcionar assistência a
toda e qualquer pessoa em situações de risco, sejam elas de natureza clínica,
traumática ou psiquiátrica; com o objetivo de resolutividade destes casos no qual
necessitam de auxílio. É o local procurado pela população devido a sua garantia de
assistência adequada e atendimento ágil. No entanto, por ser um serviço tão
importante e significativo, é bastante procurado, havendo, consequentemente, a
existência de superlotação, em que muitas vezes, apresentam casos que não são
urgentes, com possibilidade de maior tempo de espera para o atendimento (PINTO;
RODOLPHO; OLIVEIRA, 2004).
A superlotação gera problemas organizacionais e como os atendimentos
aconteciam de acordo com a ordem de chegada, não tendo distinção acerca dos
critérios clínicos do paciente, consequências negativas eram desencadeadas. Em
razão disso, o Ministério da Saúde padronizou a forma de acolhimento e triagem
nestes serviços no Brasil, com o objetivo de organizar a demanda de pacientes
entendendo a gravidade do estado de saúde, gerenciando riscos e determinando se
o mesmo necessita de um atendimento imediato ou pode aguardar em segurança,
tornando o atendimento mais humanizado, sem levar em consideração a ordem de
chegada, mas sim, a gravidade clínica de cada caso, como forma de salvar o maior
número de vidas possíveis. (SANTOS, 2010).
Em meio essa realidade enfrentada nas unidades de saúde e mediante a
prática dos estágios nos quais realizamos no Curso de Enfermagem, pudemos
observar que o processo de triagem e acolhimento está presente nas redes de
atendimento do SUS, sendo uma função de total responsabilidade do enfermeiro.
Desta forma, o presente estudo tem como objetivo geral discutir a respeito da
atuação do enfermeiro no acolhimento com classificação de risco. De modo
específico, delineamos como objetivos: 1) Problematizar as atividades exercidas
pelo enfermeiro frente ao acolhimento; 2) Discorrer acerca das classificações de
riscos; 3) Caracterizar o papel do enfermeiro no momento da triagem. Diante desse
contexto, o referido estudo traz como questão norteadora: Qual o papel do
enfermeiro no acolhimento e classificação de risco?
6
O enfermeiro tem a função de acolher o paciente de forma humanizada e por
meio da escuta qualificada descobrir o motivo da busca pelo serviço de saúde.
Assim, inicia-se, paralelamente, o processo de classificação de risco da situação
apresentada e o estado geral do paciente, determinando a melhor forma de
atendimento e o tempo necessário, aspectos esses que em muitos casos são de
extrema importância para definir a sobrevivência.
De início, serão descritas as etapas do processo de acolhimento, o papel
desempenhado pela enfermagem, desde a chegada do paciente à unidade de saúde
de urgência e emergência, o primeiro contato com o profissional de enfermagem e
como proceder ao atendimento no local. Assim apresentaremos que o acolhimento
deve ser realizado de maneira humanizada junto ao paciente, em que o enfermeiro
precisa demonstrar domínio no manejo da situação e empatia através da escuta
qualificada, a qual representa extrema importância para a continuidade da
classificação.
Posteriormente, abordaremos acerca do procedimento da classificação de
risco, como ela foi originada levando em consideração o modelo de classificações
utilizadas em outros países como base para a criação da escala padronizada no
SUS, os critérios e as divisões apresentadas a fim de determinar os riscos que o
paciente corre após a chegada ao serviço de saúde, quanto tempo o paciente é
capazde esperar até o atendimento e demais medidas sobre o tratamento inicial
que serão tomadas a partir do processo de triagem feito pelo enfermeiro.
Por fim, nas “Considerações finais”, exporemos as conclusões que chegamos
com a pesquisa, além de propormos sugestões com a finalidade de melhorar o
processo de acolhimento com classificação de risco realizado pelo enfermeiro no
SUS e as condições do seu local de trabalho.
METODOLOGIA DA PESQUISA
Em relação à metodologia empregada, esta pesquisa é, quanto aos objetivos,
do tipo exploratória, e quanto aos procedimentos técnicos, é do tipo bibliográfica. No
que diz respeito à abordagem do problema, será uma pesquisa de caráter
qualitativo, pois, não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas.
7
Nossa pesquisa no enfoque dos objetivos configura-se como exploratória, por
que busca apresentar mais informações acerca do papel da enfermagem no
acolhimento e na classificação de risco. Prodanov e Freitas (2013) abordam sobre
pesquisa exploratória da seguinte forma, utiliza-se quando a pesquisa encontra-se
em fase preliminar, tendo como finalidade possibilitar mais informações a respeito do
tema no qual será investigado, permitindo sua definição e seu delineamento, ou
seja, facilitando a delimitação do tema de pesquisa.
No que se refere aos procedimentos técnicos, ou seja, a maneira pela qual
obtivemos os dados necessários para elaboração da pesquisa, definimos nossa
pesquisa como sendo bibliográfica, pois está sendo construída a partir de matérias
já existentes na área estudada.
De acordo com Prodanov e Freitas (2013, p. 54) a pesquisa bibliográfica é
entendida da seguinte maneira, é:
Elaborada a partir de material já publicado, constituído
principalmente de: livros, revistas, publicações em periódicos e
artigos científicos, jornais, boletins, monografias, dissertações, teses,
material cartográfico, internet, com objetivo de colocar o pesquisador
em contato direto com todo material já escrito sobre o assunto da
pesquisa.
Ressaltamos que nesse tipo de pesquisa, é essencial que o pesquisador
verifique a veracidade e confiabilidade dos dados obtidos, observando as possíveis
incoerências entre assuntos abordados em algumas obras.
Diante do exposto acima, salientamos que a pesquisa bibliográfica não é a
repetição de assuntos já expostos, seja escrito ou falado, mas sim, a reflexão de um
tema sobre um novo enfoque e/ou abordagem, objetivando conclusões inovadoras.
Sendo assim, os dados desta pesquisa foram compostos por literaturas
relacionadas à área em estudo, disponíveis em bancos de dados do Google
Acadêmico, SCIELO (Scientific Electronic Library Online), Biblioteca Virtual de
Saúde (BVS), LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciências de Saúde),
PUBMED (National Library of Medicine) e BDENF (Base de Dados Bibliográficos
Especializada na Área de Enfermagem do Brasil), além do Google Acadêmico,
utilizando os seguintes descritores: “Acolhimento”; “Classificação de risco”,
“Enfermagem”, “Atribuições à enfermagem” e “Assistência de Enfermagem”.
8
Para este estudo foram utilizados livros da área de Enfermagem, produções
literárias do Ministério da Saúde, portarias e artigos científicos, a busca dos
materiais foi realizada no período de agosto a setembro de 2023.
A busca resultou em 25 trabalhos publicados na íntegra entre os anos de
1987 a 2021. Essa seleção foi realizada a partir de leitura criteriosa dos materiais
acima descritos, no qual selecionamos as leituras que correspondiam ao tema
trabalhado, os critérios para a seleção desses materiais foram a partir das palavras
chaves: enfermeiro, acolhimento e classificação de risco.
Os artigos selecionados foram submetidos aos critérios de inclusão
atendendo os seguintes requisitos: publicado na língua portuguesa, língua
espanhola e língua inglesa, disponíveis na íntegra, dentro da temática proposta que
apresentaram ideias claras e coerentes com o assunto. Exclui-se, portanto, artigos
que não abordaram a temática.
Após a coleta dos dados, foi realizada a leitura de todo o material, compilando
as informações necessárias para compor a referida pesquisa. Em seguida, foi
realizada uma análise das informações objetivando estabelecer uma compreensão
do conteúdo, ordenando os dados de forma lógica para que possam expor as
respostas de maneira clara e objetiva. “A análise e a interpretação desenvolvem-se
das evidências observadas, de acordo com a metodologia, com relações feitas
através do referencial teórico e complementadas com o posicionamento do
pesquisador” (PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 112).
RESULTADOS
Nossos resultados e discussões foram baseados em artigos, onde houve a
leitura completa do material, posteriormente, foram classificados, separados por ano
de publicação e temáticas abordadas. Nosso estudo está dividido em tópicos que
discorrem acerca do acolhimento; a forma como a enfermagem participa do
acolhimento; a definição da classificação de risco; os principais sistemas de triagem
utilizados no mundo; e o papel do enfermeiro na classificação de risco.
Nas leituras realizadas, observamos uma semelhança entre as conclusões e
os conteúdos dos artigos acerca dos tópicos abordados, tornando as informações
complementares e satisfatórias.
9
Para descrever o que é o acolhimento e sua principal função na saúde,
tomamos por base, Shimazaki (2001), que discorre sobre o acesso de todas as
pessoas aos serviços de saúde, a escuta dos problemas de forma respeitosa e a
resposta com discurso positivo vindo do profissional responsável pelo atendimento;
Silva e Alves (2008), completa que o processo de acolhimento colabora para o
atendimento qualificado e humanizado, contudo, deve haver o trabalho
multiprofissional para os resultados serem mais eficientes. Por fim, Neto et al.
(2013), na sua pesquisa, discorre que o acolhimento não é apenas receber bem,
mas sim, garantir a assistência completa e a resolução adequada do problema e
para isso, o enfermeiro deve possuir capacitação específica, raciocínio crítico e
reflexivo.
Para entendermos como o acolhimento está inserido no meio da classificação
de risco e como pode ser uma ótima ferramenta para a enfermagem, utilizamos os
estudos de Silva, Barros e Torres (2012), que retrata a maior autonomia dos
enfermeiros após a implantação do acolhimento nos serviços de saúde, a confiança
e liberdade para decidir a conduta necessária na classificação de risco; Oliveira e
Guimarães (2013), apresenta que a classificação de risco promove a organização
das unidades de saúde e a segurança do paciente, onde serão atendidos pelo grau
de gravidade, gerando a valorização do usuário ao levar em consideração como
prioridade suas necessidades; Já, Damasceno et al. (2014), aborda que, com a
classificação de risco houveram melhorias do atendimento e no conforto, diminuindo
a superlotação e auxiliando no direcionamento do tratamento de cada usuário. Além
disso, também discorre acerca da habilidade de escuta qualificada e o correto
registro das queixas e histórias clínicas que irão auxiliar no diagnóstico e tratamento.
Para entendermos acerca da função da triagem e o papel da enfermagem
nela, utilizamos os estudos de Vinha, De Ângelis, Stecchini, Grieten (1987), no qual
apresentam que o serviço de triagem funciona de forma mais proveitosa quando
feito por enfermeiros, já que em sua formação é ensinado a dar assistência e
atenção aos pacientes, assim como questões de administrações, mantendo a ordem
no ambiente de trabalho, e o cumprimento com suas funções atribuídas; Já Bover e
Lisboa (2005), descrevem sobre o uso do formulário na triagem e classificação de
risco para o auxílio do profissional ao coletar dados importantes sobre as condições
de saúde do paciente, assim, registrando as reais condições do paciente e indicando
10
o grau de complexidade do seu estado de saúde; Becker, Lopes, Pinto et al. (2015),
realiza um estudo confirmando que a triagem quando realizada corretamente,
avaliando os riscosindividualizados, melhora a qualidade da assistência prestada e
a segurança do profissional e do paciente.
Em seguida, para discutirmos acerca da importância da classificação de risco,
tomamos por base os estudos de Jimenez (2003) que pontua sobre a coleta de
dados satisfatória para o reconhecimento de sinais que podem evoluir para níveis
altos de riscos, frisando a importância da correta classificação; Dias (2014), faz um
paralelo entre a classificação de risco e o acolhimento, onde relata que não é
objetivo da classificação de risco a compreensão do ser humano, a interação, o
diálogo e a escuta entre o usuário e o profissional, pois este é o papel do
acolhimento, sendo assim, um protocolo suprindo as necessidades do outro e se
completando, formando um atendimento mais humanizado; Ferreira et al. (2016),
problematiza que o número insuficiente de profissionais da saúde, uso de um
sistema não eficiente, falta de investimentos para formação dos profissionais, falha
na atenção aos casos graves, pouca estrutura para realização da classificação de
risco, entre outros, são questões que precisam ser discutidas, tais como assuntos
relativos a sobrecarga do profissional de enfermagem; Silva et al. (2017), confirma
que a busca pela qualidade do serviço com maior segurança do paciente, vem após
a análise do processo de trabalho e se aprimora com a implantação de medidas
educacionais para os profissionais.
Logo após, os estudos seguintes nos esclarecem acerca do Protocolo de
Manchester, bastante popular no Brasil e sua função na classificação de risco, dessa
forma, complementando as informações já inseridas. Martins, Cunâ e Freitas (2009),
Schellein, Ludwig-pistor e Bremerich (2009), Coutinho et al. (2012), Souza et al.
(2013), Bramatti, Ferreira e Silva (2021), discorrer em seus trabalhos que o sistema
de triagem de Manchester é funcional e confiável, e que pode ser utilizado em
serviços de saúde mediante o treinamento necessário para o profissional que o irá
realizar, também frisam a importância da auditoria para o aprimoramento e
nivelamento da equipe de trabalho. As pesquisas nos esclarecem acerca dos cinco
estágios que acometem o protocolo de Manchester e dos fluxogramas que auxiliam
os profissionais a fazer a discriminação entre as prioridades de acordo com sinais e
sintomas apresentados. Também é destacado que junto à implementação do
11
protocolo de Manchester, o uso da tecnologia e de um programa de software que
promove a documentação da classificação correta para cada paciente, auxilia na
diminuição do tempo entre o primeiro contato do paciente com a enfermagem e o
tratamento médico, sendo assim, priorizando os casos mais urgentes.
Para agregar e contextualizar a temática, tomamos como referência Pinto,
Rodolpho, Oliveira (2004), Santos (2010), Wehbe e Galvão (2011), que discorrem
sobre o funcionamento da urgência e emergência, o papel do enfermeiro e reforçam
que os profissionais de enfermagem são os mais indicados para realizar o
acolhimento nas unidades de saúde, ouvindo os pacientes, suas queixas e ofertando
a melhor resolutividade, contudo, o envolvimento de toda a equipe neste processo é
de suma importância.
Para falarmos sobre o estresse que acomete os profissionais enfermeiros,
utilizamos os autores Batista e Bianchi (2006), Barbosa e Batista (2015), que
indicaram que enfermeiros de unidade de emergência apresentam um nível
considerável de estresse, em que as atividades que mais exigem do profissional são
as que necessitam da administração de pessoas. Além disso, constatou-se que,
apesar da sua relevância em um serviço de urgência, longas jornadas de trabalho e
falta de recursos necessários, afetam os profissionais tornando situações simples
em mais estressantes.
Por fim, os estudos de Bittencourt, Hortale et al. (2009) contribuíram para a
abordagem acerca de intervenções para auxiliar a problemática da superlotação dos
serviços de urgência e emergência, os quais consistem em implantação de cursos
para os profissionais de enfermagem que lidam com acolhimento, triagem e
classificação de risco, pois, com a admissão correta a partir do nível de necessidade
do paciente pode-se evitar aglomerações e, assim, fica possível voltar a atenção e
recursos para os pacientes que realmente estão em situação de emergência.
Tabela 1 - Artigos de Revistas Científicas selecionados na revisão bibliográfica.
ESTUDO AUTORES TÍTULO DO ARTIGO ANO
01 VINHA, P. V. H.; DE
ANGELIS, J. A.;
Triagem de pacientes para consulta
feita por médicos e enfermeiras.
1987
12
STECCHINI, M. A. M.
F.; GRIETEN, E. M. V.
02 SHIMAZAKI, M. E. Acolhimento solidário: a saúde de
braços abertos.
2001
03 JIMÉNEZ, J. G. Clasificación de pacientes em los
servicios de urgencias y
emergencias.
2003
04 PINTO, I. C.;
RODOLPHO, F.;
OLIVEIRA, M. M.
Pronto atendimento: a percepção da
equipe de enfermagem quanto ao
seu trabalho no setor de recepção.
2004
05 BOVER, P.; LISBOA, M.
A. P. L. P.
Triagem de enfermagem em
pronto-socorro: proposta para
implantação em hospital privado.
2005
06 BATISTA, K. M.;
BIANCHI, R. F.
Estresse do enfermeiro em uma
unidade de emergência.
2006
07 SILVA, L. G.; ALVES, M.
S.
O acolhimento como ferramenta de
práticas inclusivas de saúde.
2008
08 BITTENCOURT, R. J;
HORTALE, V. A.
Intervenções para solucionar a
superlotação nos serviços de
emergência hospitalar: uma revisão
sistemática.
2009
09 MARTINS, H., M., G.;
CUNÃ, L. M. C. D.;
FREITAS, P.
Manchester (MTS) é mais do que
um sistema de triagem? Um estudo
da sua associação com mortalidade
e admissão a um grande hospital
português.
2009
10 SCHELLEIN, O.;
LUDWIG-PISTOR, F.;
BREMERICH, D. H.
Sistema de triagem Manchester:
Otimização de processos no
departamento de emergência
interdisciplinar.
2009
11 BEATO, M. F.;
MOREIRA, R. A.;
SOARES, S. F. C. P.;
OLIVEIRA, A. L.
A importância da classificação de
risco em um Pronto Socorro.
2010
13
12 SANTOS, N. C. M. Urgência e emergência para
enfermagem: do atendimento
pré-hospitalar (APH) à sala de
emergência.
2010
13 COUTINHO, Ana
Augusta Pires;
CECÍLIO, Luiz Carlos
de Oliveira; MOTA,
Joaquim Antônio César.
Classificação de risco em serviços
de emergência: uma discussão da
literatura sobre o Sistema de
Triagem de Manchester.
2012
14 WEHBE, G.; GALVÃO,
C. M.
O enfermeiro de unidade de
emergência de hospital privado:
algumas considerações.
2012
15 SILVA, Paloma Morais;
BARROS, Kelly Pereira;
TORRES, Heloísa de
Carvalho.
Acolhimento com classificação de
risco na atenção primária:
percepção dos profissionais de
enfermagem.
2012
16 OLIVEIRA, Daiani
Antunes de;
GUIMARÃES, Jaciane
Pinto.
A importância do acolhimento com
classificação de risco nos serviços
de emergência.
2013
17 SOUZA, C. C.; MATA, L.
R. F.; CARVALHO, E.
C.; CHIANCA, T. C. M.
Diagnósticos de enfermagem em
pacientes classificados nos níveis I
e II de prioridade do Protocolo de
Manchester.
2013
18 NETO, A. V. de L.;
NUNES, V. M. de A.;
FERNANDES, R. L.;
BARBOSA, I. M. L.;
CARVALHO, G. R. P.
Acolhimento e humanização da
assistência em pronto-socorro
adulto: percepções de enfermeiros.
2013
19 DAMASCENO, F. P. C. Acolhimento com classificação de
risco na rede de urgência e
emergência: perspectivas para
enfermagem.
2014
20 DIAS, E. S. S. Classificação de risco: dificuldades
enfrentadas pelos enfermeiros.
2014
14
21 BECKER, J. B.; LOPES,
M. C. B. T.; PINTO, M.
F.; CAMPANHARO, C .
R. V.; BARBOSA, D. A.;
BATISTA, R. E. A.
Triagem no serviço de emergência:
associação entre as suas categorias
e os desfechos do paciente.
2015
22 BARBOSA, D. A.;
BATISTA, R. E. A;
Triagem no serviço de emergência:
associação entre as suas categorias
e os desfechos do paciente.
2015
23 FERREIRA, Edinete
Bezerra; MELO, Laura
Beta Duarte;
BEZERRA, André Luiz
Dantas; ASSIS,
Elisangela Vilar de;
FEITOSA, Ankilma do
Nascimento Andrade;
SOUSA, Milena Nunes
Alves.
Acolhimento com classificação de
risco em serviços de urgência e
emergência hospitalar.
2016
24 SILVA, Joselito Adriano;EMI, Angélica Santos;
LEÃO, Eliseth Ribeiro;
LOPES, Maria Carolina
Barbosa Teixeira;
OKUNO, Meiry
Fernanda Pinto;
BATISTA, Ruth Ester
Assayag.
Índice de gravidade de emergência:
acurácia na classificação de risco.
2017
25 BRAMATTI, Rafaela;
FERREIRA, Oelinton T.;
SILVA, Rafaela K. B.
O papel do enfermeiro na
classificação de risco na urgência e
emergência.
2021
DISCUSSÃO
ACOLHIMENTO HUMANIZADO X ENFERMAGEM
Com o avanço da tecnologia na área da saúde e o aumento da
morbimortalidade através dos anos decorrentes de epidemias e endemias, o
15
atendimento de urgência ganhou mais relevância tendo um aumento significativo de
procura mostrando-se um serviço de grande importância mundialmente. Com o
crescente processo de novas promoções à saúde, o aumento da procura dos
serviços de urgência resultou na necessidade de serem adotados sistemas de
triagem que contribuam com a priorização clínica do atendimento visando à
facilidade e igualdade de acesso, determinando aqueles que precisam de cuidado
imediato (JIMÉNEZ, 2003).
Os serviços de urgência e emergência em especial estão sob constante crítica
em relação ao seu desempenho (BITTENCOURT; HORTALE, 2009). As exigências
nestas unidades por parte dos usuários estão cada vez maiores e mais presentes, o
que resultou na necessidade de mudanças de estratégias para gerar mais conforto e
praticidade para os pacientes e os profissionais.
Mediante essa realidade, o acolhimento é o primeiro passo para o
atendimento humanizado, sendo a forma de interagir com as pessoas que procuram
a unidade de saúde, ouvindo suas queixas e pedidos, construindo vínculos,
ofertando resolutividade e responsabilidade nos serviços, a fim de que se sintam
confortáveis e bem recebidos. Muitos pacientes que procuram os consultórios e
hospitais estão fragilizados em situação de vulnerabilidade e desconforto por causa
de doenças e sintomas, portanto, esse diferencial de tratamento e escuta ganha
mais importância, pois, eles deixam de ser números ou fichas, para serem
reconhecidos como indivíduos que estão recebendo atenção. Sendo assim, o
acolhimento por estar incluído nas principais etapas do atendimento fortalece as
relações entre profissionais da saúde e usuários do serviço, no qual contribui para
um trabalho em equipe de qualidade e resolubilidade dos problemas (OLIVEIRA;
GUIMARÃES, 2013).
ACOLHIMENTO
Segundo o Ministério da Saúde, acolhimento é um processo que deve ocorrer
em articulação com as várias diretrizes propostas para as mudanças nos processos
de trabalho e gestão dos serviços: clínica ampliada, cogestão, ambiência,
valorização do trabalho em saúde. O acolhimento como ato ou efeito de acolher
16
expressa uma ação de aproximação, um estar com e perto de, ou seja, uma atitude
de inclusão de estar em relação com algo ou alguém (BRASIL, 2004).
O acolhimento está relacionado ao modo no qual o paciente será atendido,
espera-se que seja de forma acolhedora, atenciosa e respeitosa, que os
profissionais escutem suas angústias e procurem a melhor maneira de solucionar as
circunstâncias relativas ao paciente e seus familiares. 
Na percepção de Martins et al. (2009), o acolhimento é atender a todos que
procuram os serviços de saúde, ouvindo seus pedidos e assumindo uma postura
capaz de acolher, escutar e compactuar, dando respostas mais adequadas às
necessidades dos usuários hospitalizados e de seus familiares, sendo estes
considerados os indivíduos que necessitam de cuidados em saúde no cenário
hospitalar.
Para Shimazaki (2001), o acolhimento é a humanização do atendimento onde
refere-se ao acesso de todas as pessoas, escuta de problemas de forma respeitosa
e devolvendo um discurso positivo de resolução do problema em questão, dando
atenção necessária para junto ao atendimento propriamente dito em função da
melhora e do bem estar do usuário.
ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO NO ACOLHIMENTO
Quando o paciente chega ao serviço, é função do enfermeiro acolher, de
forma humanizada, esse usuário e, através da escuta qualificada e critérios clínicos,
iniciar a consulta prévia e a classificação de risco. Esse protocolo servirá como guia
para todo o decorrer do tratamento dos pacientes e vai orientar acerca das
condições em que se encontra, se há risco iminente de vida e tempo máximo para
realização do atendimento (DAMASCENO et al., 2014).
O processo de triagem, inicialmente, é onde um funcionário da unidade da
saúde, geralmente enfermeiro ou técnico de enfermagem, houve por meio da escuta
qualificada as informações fornecidas pelo paciente acerca de dados básicos (nome,
idade, etc.), queixas atuais que o fizeram se deslocar para a unidade, histórico
familiar e uma breve avaliação de parâmetros clínicos colhendo dados importantes
dos sinais vitais (temperatura, pressão arterial, frequência cardíaca, tipo de dor, nível
de consciência, uso de remédios, drogas e álcool, etc.). Estes dados são registrados
17
na ficha de atendimento e será fundamental na ajuda de como o profissional irá
incluir este paciente na classificação de risco utilizada para receber a ajuda
necessária. O atendimento finaliza com o encaminhamento do paciente para a área
específica de atendimento (COUTINHO; CECÍLIO; MOTA, 2012).
Segundo Santos (2010), a tomada de decisão é um passo importante na
triagem realizada pelo enfermeiro, onde ele usará de ferramentas de interpretação,
discriminação e, por fim, avaliação, das queixas e histórias relatadas pelo paciente,
diferenciando quem necessita de um atendimento imediato, de quem está estável.
No Protocolo de Manchester, é seguido um passo a passo descrito em um
fluxograma que auxilia na tomada de decisões.
Imagem 1 – Fluxograma de atendimento.
Fonte: Adaptado de “Acolhimento com Avaliação e Classificação de Risco: um paradigma
ético-estético no fazer em saúde”, (ABBES; MASSARO, 2004).
18
Wehbe e Galvão (2012) enfatizam que é notável a importância que o
enfermeiro exerce na classificação de risco, com foco na atenção que o profissional
atribui para todo e qualquer paciente através da escuta qualificada, concretizando o
uso do acolhimento em conjunto com a tomada de decisão, para classificar de
maneira correta e priorizar o atendimento no serviço de urgência e emergência. Por
estar em primeiro contato com o paciente, este profissional deve ter total controle do
conhecimento teórico e habilidade prática que possam permitir e facilitar a
distribuição da prioridade de atendimento.
Em contrapartida, Beato (2010), ressalta que existem dificuldades perante
estas funções dentro da triagem. O estresse causado na urgência e emergência,
ansiedade de receber pacientes em estados, às vezes críticos, preocupações com
mudanças do estado clínico, pressão provocada por relações conflituosas com os
próprios pacientes e com a própria equipe de trabalho.
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO: breve histórico
Os serviços de emergência dos hospitais públicos e privados do nosso país,
por muitas vezes se tornam a porta de entrada de pacientes a assistência de saúde,
onde buscam um atendimento rápido e fácil, devido à deficiência ao acesso a um
sistema regular de saúde integral, contudo as superlotações das emergências
resultam num desequilíbrio organizacional e de distribuição de recursos. Por estas
razões, o Ministério da Saúde buscou soluções para amenizar estes agravantes e
assim, surgiu o Protocolo de Acolhimento por Classificação de Risco liderado pela
enfermagem (BRASIL, 2014).
Utilizado no acolhimento hospitalar como avaliação inicial, a triagem e
classificação de risco é o primeiro contato entre o paciente e o profissional, utilizada
com o objetivo para organizar a demanda de pacientes entendendo a gravidade do
estado de saúde, gerenciando riscos e determinando se o paciente necessita de um
atendimento imediato ou pode aguardar em segurança, tornando o atendimento
mais humanizado sem levar em consideração a ordem de chegada, mas sim, a
gravidade clínica (SILVA; BARROS; TORRES, 2012).
Segundo Ferreira etal. (2016, p. 24):
19
A implantação do Protocolo de Manchester permite que os atendimentos
sejam realizados com mais eficiência, já que, em se tratando de saúde, o
tempo pode representar a diferença entre salvar uma vida e perder um
paciente. Além disso, como o sistema prevê uma organização adequada
das prioridades, podem-se encaminhar pacientes para outras unidades
médicas, de maneira que a demanda pode ser compartilhada entre as
unidades médicas próximas, se for o caso. (FERREIRA et al., 2016, p. 24).
O Ministério da Saúde afirma que esta avaliação de classificação de risco é
atribuída ao profissional de enfermagem, que necessita ter o conhecimento e a
linguagem clínica para uma avaliação inicial rápida, precisa e padronizada durante a
consulta, assim, planejar os cuidados mais adequados de acordo com o que é
ofertado pela unidade de saúde. Colocando como responsabilidade do profissional a
rapidez que essas tomadas de decisões serão feitas e o nível da priorização do
atendimento, pode ser apresentada certa dificuldade em manejar as etapas do
processo, diminuindo a qualidade deste serviço e do atendimento (SOUZA et al.,
2013).
O sistema de triagem foi inicialmente utilizado nos campos de batalhas para
identificar rapidamente os soldados feridos e separar os que necessitavam de
atendimento médico urgente, agilizando o tratamento. Jean Dominique Larrey,
cirurgião do exército napoleônico durante a revolução francesa, foi o responsável por
criar os primeiros modelos de classificação. Estes modelos foram sendo
aperfeiçoados por anos e aplicados à população a partir da década de 60, quando a
procura pelos serviços de urgência foi aumentando e as mudanças de práticas
médicas mais aperfeiçoadas, então surgiu à necessidade de organização da
demanda a partir da classificação dos doentes (COUTINHO; MOTA; CECÍLIO,
2012).
Após a década de 90, Schellein, Ludwig-pistor e Bremerich (2009, p. 01),
relataram que:
O objetivo era melhorar a satisfação do paciente e a qualidade do
tratamento, otimizando recursos humanos, diagnósticos e espaciais. Em
particular, o foco estava em transmitir a avaliação inicial da prioridade do
tratamento para o pessoal de enfermagem. Um sistema estruturado de
triagem de avaliação primária (sistema de triagem de Manchester, MTS) foi
implementado pelo qual uma priorização de pacientes pelo qual uma
priorização de pacientes baseada em sintomas em cinco categorias pode
ser alcançada. (SCHELLEIN; LUDWIG-PISTOR; BREMERICH, 2009, p. 01).
20
SISTEMAS DE TRIAGEM MAIS USADOS NO MUNDO
A palavra triagem deriva do francês “triage” que se refere à classificação em
grupos. A triagem se mostra como um sistema eficiente ao reduzir o tempo de
atendimento. Para os autores Bove e Lisboa (2005), este sistema deve classificar os
pacientes utilizando os termos de urgência e emergência, e não apenas urgência,
assim, determinando a ordem de atendimento por prioridade. A triagem deve conter
um formulário para que o profissional encarregado de coletar dados importantes
acerca da história clínica do paciente e suas principais queixas. O formulário deve
oferecer espaço para colar as etiquetas mostrando o grau de complexidade, os
quais são: vermelho: emergência; amarelo: urgência; verde: não urgente. 
Os protocolos mais utilizados para a realização da classificação de risco, nos
serviços de urgência e emergência, em nível mundial, são: o Australasian Triage
Scale (ATS), Canadian Triage & Acuity Scale (CTAS), Índice de Gravidade de
Emergência (ESI - Emergency Severity Index) e o Manchester Triage System (MTS),
todos organizados em cinco níveis.
No Índice de Gravidade de Emergência ou Emergency Severity Index, os
pacientes são classificados de acordo com a gravidade da doença, por meio da
estimativa do número de recursos necessários para o atendimento. Segundo esse
sistema, pacientes menos graves utilizam menos recursos e são classificados como
4 ou 5, devendo ser atendidos em até 30 minutos, enquanto os casos mais graves
estão propensos a utilizar maior quantidade de recursos, sendo classificados como
prioridade, os riscos 1 necessitam de atendimento médico imediato e os
classificados como 2 e 3 necessitam de atendimento em até 15 minutos (PINTO;
RODOLPHO; OLIVEIRA, 2004).
A Escala de Triagem Australiana, criada em meados dos anos 70, é uma
classificação de risco que busca determinar o tempo máximo de atendimento para
cada tipo de caso, foi adotada como sistema de triagem oficial do país no ano de
1990. A categoria 1 possui risco de vida e requer atendimento imediato, a 2 em até
10 minutos, as categorias 3 e 4 podem esperar até 30 e 60 minutos,
respectivamente, enquanto que a categoria 5 é referente a pacientes não urgentes
(BECKER; LOPES; PINTO et al., 2015).
21
A Escala Canadense de Triagem e Acuidade é utilizada desde a década de
90 e possui um sistema de tempo e cores. A cor azul se refere ao protocolo de
reanimação imediata, vermelho são casos emergentes com espera de até 15
minutos, amarelo quer dizer urgente em até 30 minutos, verde com tempo de espera
de 60 minutos e branco são os casos não urgentes, 120 minutos (PINTO;
RODOLPHO; OLIVEIRA, 2004).
No Brasil, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), após a
implementação da Política Nacional de Humanização, o uso do Protocolo de
Manchester nos serviços de saúde ficou ainda mais popular mostrando relevância,
tendo como pioneiro neste método o estado de Minas Gerais, onde ocorreu o
primeiro curso sobre o Manchester Triage System e em 2008 o protocolo começou a
ser utilizado no estado e em todo o território brasileiro. 
Manchester ocorre através de protocolos onde é estruturado por 52
fluxogramas: 7 são específicos para crianças e 2 para catástrofes. Os fluxogramas
contêm sinais e sintomas que diferenciam as prioridades relacionadas à queixa
apresentada pelo paciente. Eles são divididos em gerais e específicos. Os gerais se
referem a todos os pacientes sem discriminação entre eles e que apresentam
características comuns como: dor, risco de morte, hemorragias, agravamentos. Os
específicos são para todos os pacientes que tendem a se relacionar e adquirirem as
mesmas características e condições especiais (BECKER; LOPES; PINTO et al.,
2015).
A partir da identificação das principais queixas do cliente, a classificação de
risco é feita e o paciente é incluído em um dos cincos níveis diferentes com tempo
alvo de atendimento: emergente (vermelho), situação de risco e deve ter
atendimento de imediato, muito urgente (laranja), tempo de espera até 10 minutos,
urgente (amarelo), no máximo 60 minutos, pouco urgente (verde), atendimento em
até 120 minutos e não urgente (azul), espera até 240 minutos (BECKER, LOPES,
PINTO et al., 2015).
DEFINIÇÃO DO SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
A classificação de risco servirá para separar os pacientes em grupos de
riscos, qual o profissional da unidade irá atendê-lo e determinar o tempo de espera
22
para o atendimento principal e dando a prioridade e atenção necessária aos casos
mais graves, principalmente em centros de urgência e emergência, e evitando o
congestionamento nesses locais ofertando uma forma mais organizada, padronizada
e ágil no atendimento e, consequentemente, as pessoas que estão aguardando
poderão também saber quanto tempo levará para o seu atendimento. (FERREIRA et
al., 2016).
O objetivo principal da classificação de risco é promover meios de aumentar a
qualidade da assistência ofertada pelo profissional de enfermagem e reduzir o fluxo
de pacientes que procuram um serviço de saúde, garantindo que a organização seja
devidamente mantida e as áreas da unidade sejam separadas de maneira clara e
objetiva, evidenciando os níveis de risco correspondentes (DAMASCENO et al,
2014).
A Classificação de risco ou triagem surgiu, portanto, como uma estratégia
dinâmica para identificar e distribuir os usuários nos serviços corretos de cuidados,
minimizando os riscos que as superlotações podem acarretar e diminuir o tempo deespera para os pacientes que mais necessitam de atenção tornando o atendimento
humanizado e de melhor acolhimento. (FERREIRA et al., 2016).
Para Jiménez (2003), os objetivos da classificação de risco segundo o
protocolo de Manchester são:
● Identificar o mais rápido possível os pacientes em situação de risco de morte.
● Determinar o local mais adequado para o tratamento do doente que necessita
do serviço de emergência.
● Reduzir o número de pessoas nas áreas de tratamento do serviço de
emergência, para melhoria do fluxo de pacientes.
● Garantir a reavaliação dos pacientes.
● Informar aos pacientes e famílias qual serviço ele necessita e o tempo
estimado de espera.
● Assegurar as prioridades em função do nível de classificação.
● Contribuir com informações que ajudem a definir a complexidade do serviço,
eficiência, consumo de recursos e satisfação do usuário.
● Priorizar o acesso ao atendimento e não fazer diagnóstico.
23
A classificação de risco do protocolo de Manchester, de acordo com Martins,
Cunã e Freitas (2009), é dividida em cinco estágios, que são:
● Vermelho: é a classificação atribuída às pessoas com risco iminente de
morte. Exemplos disso são casos de traumatismo, acidentes automobilísticos,
parada cardiorrespiratória, infarto agudo do miocárdio, choque, entre outros.
● Laranja: esta cor refere-se a pacientes com casos graves e que podem
evoluir para morte, embora esteja mais estável que o anterior. Exemplos disso
são casos de queimaduras moderadas, dispneia, trauma cranioencefálico
sem perda de consciência, entre outros.
● Amarelo: esta cor é atribuída a pacientes sem risco imediato e de gravidade
moderada. Exemplos disso são casos de cefaléia intensa, convulsões,
alterações de sinais vitais, entre outros.
● Verde: classificação de casos pouco urgentes, casos menos graves e que
podem ser encaminhados para as unidades de atenção básica. Exemplos
disso são casos de asma, enxaqueca, pacientes hipertensos e diabéticos,
curativos, entre outros.
● Azul: esta cor refere-se aos pacientes que devem ser encaminhados para
unidade básica demais próxima de sua casa. Exemplos disso são casos de
resfriados, queixas crônicas, escoriações, pré-natal, entre outros.
Ao realizar a triagem conforme o protocolo de Manchester, a instituição de
saúde deve ofertar infraestrutura e equipamentos necessários. São eles:
estetoscópio, termômetro, esfigmomanômetro, glicosímetro, relógio, oxímetro,
prontuários, pulseiras ou etiquetas.
A utilização correta das etapas sugeridas pelo Protocolo de Manchester, traz
um resultado positivo controlando os problemas causados pelo modelo tradicional de
organização, que seria o atendimento de acordo com a ordem de chegada dos
pacientes. Estas etapas são baseadas em padrões internacionais de atendimento
nas emergências hospitalares, no qual prioriza o atendimento de urgências clínicas
(DIAS, 2014).
Neste contexto, a enfermagem tem sido a mais solicitada para realizar a
classificação de risco, tendo em vista que esta função deverá ser atribuída pelo
profissional de saúde de nível superior mediante treinamento específico, a fim de se
24
familiarizar com a utilização de protocolos e saber avaliar o grau de queixas dos
pacientes (BRASIL, 2014).
O PAPEL DO ENFERMEIRO
Com a implementação do acolhimento com avaliação e classificação de risco
(AACR), em 2008, a triagem passou a ser realizada por profissionais da saúde de
nível superior com treinamento qualificado, priorizando a redução do tempo de
espera, a detecção de casos que podem se agravar se o atendimento não for
realizado no tempo correto, a assistência adequada reduzindo os riscos e o
direcionamento dos recursos utilizados pelo paciente (SILVA et al., 2017).
De acordo com a Resolução Nº 661/2021 do Conselho Federal de
Enfermagem, em seu Art. 1°, a função da triagem e da classificação de risco é
responsabilidade privativa do enfermeiro, profissional de nível superior com
conhecimento técnico científico para exercer a função, além de um consultório com
condições e equipamentos adequados para a classificação. Determina, ainda, que o
tempo médio para cada classificação é de 4 minutos e estabelece um limite de até
15 classificações por hora para o profissional.
De acordo com a pesquisa feita pelos autores Vinha, De Ângelis, Stecchini,
Grieten (1987) foi apontado que, o enfermeiro durante sua formação aprende ter
uma visão geral acerca das principais necessidades do paciente, sejam elas físicas,
psicológicas ou sociais. Diferente do profissional médico onde sua formação está
voltada para o diagnóstico e o tratamento o que não seria de bom proveito na
triagem.
O enfermeiro em questão deve realizar os atendimentos com agilidade,
coletando informações a partir da escuta da história clínica, da queixa principal e a
análise de exame físico, no qual irá realizar o reconhecimento dos sinais que
resultaram no julgamento dos níveis de risco, para que os pacientes permaneçam
em segurança e tenham o atendimento ideal no tempo correto. Portanto, é
importante a correta distribuição do protocolo para a rápida tomada de decisão
(JIMENEZ, 2003).
25
Ao colocar em prática esse sistema organizacional, no primeiro contato entre
o enfermeiro e o paciente, o mesmo deve saber ouvir de forma humanitária as
queixas que levaram o paciente a procurar o serviço hospitalar. É preciso que o
profissional use de suas habilidades para transmitir tranquilidade para que o
atendimento seja ágil com as tomadas de decisões corretas e de forma segura
(FERREIRA et al., 2016).
O enfermeiro é o profissional que possui uma maior competência para a
execução do acolhimento e classificação de risco de maneira adequada, devido a
sua capacidade para identificação de sinais e sintomas por meio da escuta
qualificada, da queixa principal do paciente, uso do raciocínio clínico e tomada de
decisão rápida e eficaz. Portanto, é necessário ter enfermeiros devidamente
treinados, que dominem a habilidade para tomada de decisões rápidas e adequadas
na classificação de risco (NETO et al., 2013). Dessa forma, fica clara a capacidade
do enfermeiro para avaliar os riscos apresentados pelo paciente, embora a
capacitação seja essencial para o desempenho dessa função inerente à rotina de
todo e qualquer profissional de enfermagem.
Para tanto, se faz necessário que o enfermeiro esteja preparado através de
conhecimento técnico e científico para diversas situações e intercorrências, e saiba
interpretar sinais psicológicos, físicos e aspectos sociais que influenciam
diretamente, preenchendo o contexto de vida do usuário. Dessa forma, a avaliação
intuitiva através do pré-julgamento a partir da aparência física e modos de se portar,
pode ser um aliado para o direcionamento deste paciente para o tratamento correto
(FERREIRA et al., 2016).
Para os autores Silva e Alves (2008), é indispensável atuação de uma equipe
multiprofissional na triagem, contudo, a enfermagem é a mais qualificada e deve
estar na linha de frente desenvolvendo o acolhimento e realizando todo o processo.
Neste cenário, o trabalho multiprofissional em um serviço de saúde não pode ser
dispensado, pois assim, as chances de maior resolutividade diante dos problemas
são mais fáceis. Portanto a enfermagem possui habilidade e competência no serviço
de acolhimento com classificação de risco, no serviço de urgência e emergência.
Porém, a ajuda de outros profissionais nesta atividade é de suma importância
(PINTO; RODOLPHO; OLIVEIRA, 2004).
26
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Observamos, por meio deste trabalho, que os estudos analisados a partir da
proposta do tema apresentado evidenciaram ainda mais a importância do
profissional de enfermagem está na linha de frente no atendimento e na aplicação
dos protocolos referentes à classificação de risco no ambiente hospitalar.
No decorrer desse estudo, percebemos que a sua principal função é receber
os pacientes e, por meio da escuta qualificada e atenção aos detalhes
apresentados, promovero acolhimento dessas pessoas ao serviço de urgência e
emergência, além do preenchimento da ficha de admissão e classificação de risco
desse paciente, avaliando a situação em que se encontram, o risco apresentado e o
tempo necessário para realização do atendimento. Dessa forma, o serviço de
triagem mantém uma organização com ordem de prioridade que tem como principal
objetivo salvar a maior quantidade de vidas e promover atendimento para todos.
Compreendemos a partir dessa pesquisa que o Acolhimento com
Classificação de Risco (ACCR) foi um grande divisor de água dentro dos serviços de
emergência, sendo um sistema executado pelo enfermeiro, no qual tem total
respaldo e capacitação para classificar o paciente no primeiro contato com a
unidade. Destacamos que no Brasil, é utilizado o Protocolo de Manchester que veio
com a finalidade de reorganizar o atendimento nas emergências através do sistema
de cores versus tempo, o que possibilitou maior agilidade nos atendimentos.
Embora todos os autores que utilizamos neste estudo falam positivamente
acerca do acolhimento, classificação de risco e o papel do enfermeiro, todos
também destacam o estresse gerado a partir desta função.
Para melhoria nessa área de atuação destacamos a necessidade de
capacitação e reflexão contínua para os profissionais, de forma a aprimorar os
conhecimentos, incentivar a padronização de condutas dos enfermeiros e o
planejamento nas ações que visem o aumento da satisfação por parte dos
funcionários das unidades de saúde e dos pacientes que utilizam dos serviços
oferecidos por essas unidades.
27
Sugerimos que os profissionais da saúde despertem interesse pela temática e
através de bases científicas produzam inovações que vão ser grandes aliadas aos
profissionais e pacientes, tendo em vista que, mesmo havendo muitos estudos na
íntegra, poucos são atuais e não propõem melhorias.
Em suma, acreditamos que o presente trabalho contribuiu de forma
significativa para a formação acadêmica das autoras, visto que, por meio dele,
aprofundamos nosso conhecimento acerca do atendimento com classificação de
risco nas unidades de saúde e o papel desempenhado pelo enfermeiro frente a essa
atividade.
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