Buscar

Corrida e Marcha: Definições e Fases

Prévia do material em texto

Universidade de São Paulo
Escola de Educação Física e Esporte de Ribeirão Preto
Ribeirão Preto
2023
Programa de Esporte Individual I: 
Corridas
Prof. Dr. Enrico F. Puggina
Definições de Corrida e Marcha
Corrida: 
✓ Presença de fase aérea.
Marcha: 
✓ Há sempre um pé em contato com o terreno.
✓ “A marcha e a corrida são movimentos cíclicos em que dois passos consecutivos ou um passo duplo realizam um ciclo 
completo” (Schmolinsky, 1982).
✓ “Padrão de locomoção no qual o peso é transferido de uma perna para outra. Há um período de voo entre a saída 
do chão do pé da perna de trás e o toque no chão do pé da perna da frente” (Barbanti, 2011).
Schmolinsky, 1982
Novacheck, 1997
Fases da Corrida
Novacheck, 1997
Solicitação Muscular na Corrida
Novacheck, 1997
As maiores fontes de força para o movimento de correr são:
1. Os extensores do quadril durante a segunda metade da fase de balanço e a primeira fase do apoio;
2. Os flexores do quadril ao final da fase de apoio posterior;
3. Os extensores do joelho, abdutores do quadril e flexores plantares durante a fase de apoio.
Solicitação Muscular na Corrida
Fases da Corrida
Suspensão Apoio
Schmolinsky, 1982
Entrada da Passada
Schmolinsky, 1982
P R
100m Florence.avi
Finalização da Passada
Schmolinsky, 1982
RP
Fases da Corrida
✓ O instante em que o ponto de contato com o solo está exatamente na vertical com o centro de gravidade é o 
instante de separação entre as fases;
Schmolinsky, 1982
✓ No instante de separação das fases da corrida, a perna de balanço passa pela outra, cujo pé apoia o peso do corpo;
✓ Ao término da fase de apoio anterior do pé da frente, termina também a fase de balanço posterior da perna oposta, 
iniciando-se a fase de balanço à frente;
✓ Na fase final de apoio posterior, o joelho da fase de balanço à frente atinge o ponto mais alto de sua trajetória; 
✓ Logo após a fase de impulsão, inicia-se a fase de balanço posterior.
Modificado de Schmolinsky, 1982
Fase Início Fim Funções
Apoio à frente Contato com o solo
Instante de 
verticalidade
Apoio: absorção do 
peso do corpo
Apoio Posterior
Instante de 
verticalidade
Ao retirar o pé do solo
Apoio: 
desenvolvimento da 
força de impulsão
Balanço Atrás
Ao levantar o pé do 
solo
Instante de 
verticalidade
Condução e 
relaxamento
Balanço à Frente
Instante de 
verticalidade
Contato com o solo
Condução: entrada da 
passada
Fases da Corrida
Winter e Bishop, 1992
Fases da Corrida
1. Apoio à Frente:
I. Absorção de impacto e controle do colapso vertical durante as 
fases de absorção do peso.
2. Balanço à Frente (anterior):
I. Controle do equilíbrio e da postura da parte superior do corpo.
3. Balanço atras (posterior):
1. Geração de energia associada com a propulsão para cima e 
para frente.
4. Balanço atras e Apoio Posterior:
I. Controle das oscilações de direção do centro de massa do corpo.
Entrada da Passada – “Calcanhar”
Entrada da Passada – “Planta/Ponta”
Entrada da Passada – ?????
Importância da Força de Impulsão
✓ O avanço do corredor é conseguido às custas, principalmente, das ações consecutivas e alternadas de 
impulsão da fase de apoio posterior;
✓ Ações sinérgicas ocorrem na perna de balanço e nos membros superiores. 
Schmolinsky, 1982
100m Florence.avi
Variáveis Determinantes do Rendimento nas Corridas
Anderson, 1996
Cinemática:
 
✓ Comprimento da passada;
✓ Pouca oscilação vertical do centro de massa;
✓ Ângulo mais agudo na flexão do joelho na fase de 
balanço posterior;
✓ Mobilidade articular dos membros inferiores;
✓ Grande velocidade angular na flexão plantar no final da 
fase de apoio posterior;
Variáveis Determinantes do Rendimento nas 
Corridas
Anderson, 1996
Cinemática:
 
✓ Pequena amplitude de movimentação dos membros 
superiores;
✓ Baixo pico de força de reação do solo;
✓ Pouca rotação dos ombros no eixo transverso;
✓ Maior excursão angular dos quadris e os ombros sobre o 
eixo transversal no plano sagital ;
✓ Utilização de energia elástica armazenada.
Variáveis Determinantes do Rendimento nas 
Corridas
Anderson, 1996
Antropometria:
 
✓ Estatura;
➢ Homens < média < Mulheres. 
✓ Ectomorfia ou Ectomesomorfia;
✓ Baixa porcentagem de gordura;
✓ Morfologia de membros inferiores;
✓ Quadril estreito;
✓ Pés menores que a média populacional.
VO2máx? Vlan? Aerodinâmica?
Tam et al., 2012
Etiologia das Lesões em Corredores:
Taunton et al., 2002
Etiologia das Lesões em Corredores:
Taunton et al., 2002
Algumas verdades:
Fredericson & Misra, 2007
1. Corredores mais experientes correm menor risco de se lesionarem.
2. O risco de se lesionar aumenta muito com o volume de treino (65Km/sem).
3. A lesão mais comum para ambos os sexos é a síndrome patelofemural.
Corridas de Velocidade
Provas:
✓ 100m (masculino e feminino);
✓ 200m (masculino e feminino);
✓ 400m (masculino e feminino).
Divisões:
✓ Saída;
✓ Aceleração;
✓ Velocidade Máxima;
✓ Resistência de Velocidade;
✓ Chegada.
Corridas de Velocidade
Saída:
✓ Curta;
✓ Longa.
Comandos:
✓ Aos seus lugares (marcas);
✓ Prontos;
✓ Tiro.
Regra:
✓ desclassificação na 1ª saída falsa;
✓ Record não homologado com velocidade do 
vento maior que 2m/s à favor.
https://www.youtube.com/watch?v=3nbjhpcZ9_g
https://www.youtube.com/watch?v=Mrt9yZL8dbI
Corridas de Velocidade
Aceleração:
✓ Tempo de contato com o solo tende a diminuir à medida em que o atleta acelera;
✓ Comprimento da passada aumenta à medida em que o atleta acelera.
• Em média, retirada do pé de 
contato do chão acontece a 
aproximadamente 39 a 36% do 
ciclo de corrida para corridas de 
fundo e de velocidade 
respectivamente;
• Corredores mais velozes iniciar o 
próximo balanço a apenas 22% do 
ciclo de corrida.
Novacheck, 1997
Aceleração
0-10m 10-20m 20-30m 30-40m 40-50m 50-60m 60-70m 70-80m 80-90m 90-100m
Carl Lewis 5,31 9,26 10,87 11,24 11,9 11,76 11,9 12,05 11,49 11,63
Leroy Burrell 5,46 9,43 10,99 11,36 11,49 11,63 11,49 11,9 11,24 11,49
Dennis Mitchell 5,56 9,35 10,75 11,36 11,49 11,49 11,63 11,63 11,36 11,24
Linford Christie 5,41 9,43 10,87 11,24 11,76 11,63 11,63 11,76 11,11 11,36
Frank Fredericks 5,38 9,43 10,87 11,24 11,49 11,49 11,63 11,76 11,24 11,26
Ray Stewart 5,52 9,35 10,99 11,24 11,63 11,49 11,36 11,49 11,11 11,11
Robson Caetano 5,24 9,43 10,75 11,24 11,36 11,24 11,24 11,49 11,11 11,11
Bruny Surin 5,31 8,2 10,87 11,11 11,24 11,11 11,36 11,49 10,99 10,87
5
7
9
11
13
V
e
lo
c
id
a
d
e
 (
m
/s
)
Corridas de Velocidade
Velocidade Máxima e Resistência de Velocidade:
✓ Estabilização da amplitude de passada (velocidade máxima);
✓Momento em que a passada apresenta maior amplitude (resistência de velocidade);
✓ Incapacidade coordenativa de manutenção da velocidade de movimento.
6
7
8
9
10
11
V
el
oc
id
ad
e 
(m
/s
)
Homens 8,15 10,05 9,92 9,65 9,32 9,04 8,53 7,81
Mulheres 7,42 8,96 8,8 8,41 8,1 7,95 7,56 6,95
50m 100m 150m 200m 250m 300m 350m 400m
♀
♂
7,5
8
8,5
9
9,5
10
10,5
0-100m 100-200m 200-300m 300-400m
V
e
lo
c
id
a
d
e
 (
m
/s
)
Johnson
Parrela
Cardenas
Young
Pettigrew
Richardson
Haughton
Baulch
Reynolds
Schonlebe
0-100m
(m/s)
100-200m
(m/s)
200-300m
(m/s)
300-400m
(m/s)
Tempo Final
(s)
Johnson 9,01 9,88 9,58 8,68 43,18
Parrela 8,99 9,99 9,16 8,20 44,29
Cardenas 9,10 9,80 9,16 8,20 44,31
Young 8,96 9,83 9,42 8,06 44,36
Pettigrew 9,09 9,81 9,12 8,07 44,54
Richardson 9,11 9,71 9,10 8,08 44,65
Haughton 9,08 9,79 9,07 7,80 45,07
Baulch 9,04 9,80 8,96 7,86 45,18
Reynolds 8,97 9,76 9,43 8,86 43,28
Schonlebe 9,00 9,72 9,06 8,41 44,33
0-100m
(m/s)
100-200m
(m/s)
200-300m
(m/s)
300-400m
(m/s)
Tempo Final
(s)
Freeman 8,20 8,62 8,21 7,30 49,67
Rucker 8,06 8,61 8,21 7,39 49,74
Grahan 8,26 8,71 7,98 7,25 49,92
Ogunkoya 8,24 8,68 8,14 7,10 50,03
Merry 8,17 8,57 8,03 7,07 50,52
Nazarova 8,14 8,47 7,80 7,30 20,61
Breuer 8,07 8,55 8,05 7,06 50,67
Kotlyarova 7,99 8,51 7,94 7,21 50,72
Bryzgina 8,38 8,72 8,29 7,59 48,65Koch 8,25 8,87 8,74 7,51 48,15
6,5
7
7,5
8
8,5
9
0-100m 100-200m 200-300m 300-400m
V
e
lo
c
id
a
d
e
 (
m
/s
)
Freeman
Rucker
Grahan
Ogunkoya
Merry
Nazarova
Breuer
Kotlyarova
Bryzgina
Koch
Corridas de Velocidade
Chegada:
✓ 3 últimas passadas;
✓ Projeção da cabeça e tórax para frente. 
Corridas com Barreiras
Provas:
✓ 100m (feminino);
✓ 110m (masculino);
✓ 400m (masculino e feminino).
Altura da Barreira:
✓ 100m – 76cm;
✓ 110m – 106cm;
✓ 400m masculino – 91cm;
✓400m feminino – 76cm.
Corridas com Barreiras
Fases:
✓ Saída;
✓ Aproximação à primeira 
barreira;
✓ Impulsão;
✓ Transposição;
✓ Corrida entre barreiras;
✓ Corrida Terminal (chegada).
Schmolinsky, 1982
https://www.youtube.com/watch?v=kbPgmKAP75A
Corrida com Obstáculo
Prova:
✓ 3000m Steeplechase.
Característica:
✓ 3000m;
✓ 4 obstáculos normais (91,4cm p/ 
homens e 76,2cm p mulheres);
✓ 1 fosso.
https://www.youtube.com/watch?v=4res5nbn_nA
Corridas de Meio Fundo e Fundo
Provas:
✓ 800m (masculino e feminino);
✓ 1500m (masculino e feminino);
✓ 5000m (masculino e feminino);
✓ 10000m (masculino e feminino);
✓ 20 e 50Km (masculino);
✓ 10 e 20Km (feminino);
✓ Provas de rua.
	Slide 1
	Slide 2
	Slide 3
	Slide 4
	Slide 5
	Slide 6
	Slide 7: Entrada da Passada
	Slide 8: Finalização da Passada
	Slide 9
	Slide 10
	Slide 11
	Slide 12: Entrada da Passada – “Calcanhar”
	Slide 13: Entrada da Passada – “Planta/Ponta”
	Slide 14: Entrada da Passada – ?????
	Slide 15: Importância da Força de Impulsão
	Slide 16: Variáveis Determinantes do Rendimento nas Corridas
	Slide 17: Variáveis Determinantes do Rendimento nas Corridas
	Slide 18: Variáveis Determinantes do Rendimento nas Corridas
	Slide 19: VO2máx? Vlan? Aerodinâmica?
	Slide 20: Etiologia das Lesões em Corredores:
	Slide 21: Etiologia das Lesões em Corredores:
	Slide 22: Algumas verdades:
	Slide 23
	Slide 24
	Slide 25
	Slide 26
	Slide 27
	Slide 28
	Slide 29
	Slide 30
	Slide 31
	Slide 32
	Slide 33
	Slide 34
	Slide 35
	Slide 36

Continue navegando

Outros materiais