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INTRODUÇÃO À GENÉTICA Profa.: Dra. Noeli S. M. Silva • Genética é a ciência responsável pelo estudo da transmissão das características biológicas de geração à geração e das propriedades moleculares que possibilitam tal transmissão. • Gregor Mendel: Pai da Genética. • Estudos simples: ervilhas e cruzamentos. • 7 características: cor das flores, cor das sementes, forma das sementes, forma das vagens, altura das plantas, posição das flores nos ramos e cor das vagens. INTRODUÇÃO À GENÉTICA 1ª Lei - Herança Mono-híbrida ou Monofatorial: 1) As características observadas devem ser determinadas por fatores que ocorrem aos pares em um indivíduo; 2) Cada um dos parentais carrega um destes fatores em seus respectivos gametas; 3) Os gametas carregando tais fatores se encontram aleatoriamente na formação do zigoto. 2ª Lei - Segregação Independente dos Fatores: Fatores que condicionam duas ou mais características se segregavam independentemente na formação dos gametas e se combinam ao acaso, de forma a estabelecer todas as possíveis combinações entre si. INTRODUÇÃO À GENÉTICA Experimentos de Mendel: Teoria da herança particulada: as características são determinadas por unidades discretas que são transmitidas da linhagem parental para os descentes e que são herdadas ao longo das gerações. INTRODUÇÃO À GENÉTICA Dominância: gene expresso com um único alelo (dose simples: A_) – suficiente para manifestar determinada característica. Recessividade: gene expresso apenas em com ambos alelos (dose dupla: aa). Fenótipo: refere-se às características observáveis de um organismo (morfologia, desenvolvimento, comportamento, etc.) Genótipo: refere-se à informação presente no genoma (genes). INTRODUÇÃO À GENÉTICA • Genética e estatística: Quadro de Punnet INTRODUÇÃO À GENÉTICA Exceções às leis de Mendel: • Polialelia – alelos múltiplos. • Co-dominância – participação de dominância de mais de um alelo. • Dominância incompleta – fenótipo intermediário. • Alelos letais – em homozigose levam à morte. INTRODUÇÃO À GENÉTICA • Penetrância – manifestação do genótipo. • Expressividade – percentual populacional que expressa determinada característica, ainda que presente no genótipo. INTRODUÇÃO À GENÉTICA Embora o genótipo seja determinante para a manifestação de uma característica física, o ambiente é capaz de modular e alterar consideravelmente a expressão e a uniformidade de um carácter. • Interação gênica – capaz de modular determinadas características a partir da interação de dois ou mais genes, que podem estar ou não localizados em regiões próximas. • Epistáticas: um par de genes inibe outro par que se localiza em uma região diferente no material genético para que este não manifeste seu caráter hereditário. • Nº de fenótipos entre os descendentes será menor que o possível. • Não- epistáticas: genes com separação independente que agem em conjunto a fim de determinar um fenótipo. INTRODUÇÃO À GENÉTICA • Pleiotropia - um único par de genes condiciona mais de um carácter simultaneamente. • Herança complementar - pares de genes atuam de forma complementar e geram fenótipos diferentes para uma determinada característica, resultando em uma manifestação diferente do que seria esperado caso cada um dos genes atuasse separadamente. • Herança quantitativa ou poligenia - interação de múltiplos genes que causa uma variação contínua em termos de fenótipos esperados, sendo observados níveis intermediários. INTRODUÇÃO À GENÉTICA BASES FÍSICAS E QUÍMICAS DA HERANÇA Profa.: Dra. Noeli S. M. Silva • Célula: unidade básica que propicia a vida (uni e pluricelulares). • Macromoléculas: proteínas, carboidratos, lipídeos e ácidos nucleicos. • DNA e RNA: transmissão e decodificação genética. • Procariotos: carioteca ausente. • Eucariotos: carioteca presente. BASES FÍSICAS E QUÍMICAS DA HERANÇA • Citoplasma: organelas. • Núcleo: material genético. • Cromossomos: filamentos condensados de DNA (-) associados às proteínas histonas (+). • Procariotos: ribossomos. • fissão binária. • Eucariotos: ribossomos, lisossomos, mitocôndrias, retículo endoplasmático liso e rugoso, aparelho de Golgi e peroxissomos. • Mitose e meiose. BASES FÍSICAS E QUÍMICAS DA HERANÇA Ácidos nucleicos: DNA: fosfato + base nitrogenada (A, T, C e G) + desoxirribose. RNA: fosfato + base nitrogenada (A, U, C e G) + ribose. BASES FÍSICAS E QUÍMICAS DA HERANÇA Decodificação da informação genética. Fonte: autoria própria. BASES FÍSICAS E QUÍMICAS DA HERANÇA BASES FÍSICAS E QUÍMICAS DA HERANÇA Tranmissão -> divisão celular -> replicação do DNA. Duas fases principais: interfase e fase M. Interfase: as células eucarióticas crescem, se desenvolvem e se preparam para a fase M. Fase M: ocorre o processo de divisão celular. Mitose: células somáticas que apresentam cromossomos aos pares (2n), também conhecidas como diploides. Fonte: Pierce (2016, online). Mitose: 1 célula-mãe -> 2 células-filhas: 2n-> 2n. Meiose: células germinativas (reprodutivas - óvulo e espermatozoide) e não apresentam os cromossomos aos pares (n, haploides). 1 célula-mãe -> 4 células-filhas > 2n -> n. 2 processos de divisão celular: meiose I e II. BASES FÍSICAS E QUÍMICAS DA HERANÇA Meiose I: replicação do DNA, pareamento cromossômico e recombinação gênica (crossing-over) dos cromossomos homólogos que combinam genes herdados de dois progenitores, por meio de quebras nos cromossomos e troca de fragmentos entre as cromátides irmãs. Há também a separação dos cromossomos homólogos ao acaso. Meiose II: segregação das cromátides-irmãs origina 4 novas células. BASES FÍSICAS E QUÍMICAS DA HERANÇA Diferenças entre Mitose e meiose: Meiose: células-filhas relativamente diferentes da célula-mãe com um número de cromossomos haploides – permutação gênica. 2 processos de divisão celular: meiose I e II. linkage ou ligação gênica: genes que se localizam em um mesmo cromossomo e não se segregam independentemente no momento de formação das células-filhas haploides. BASES FÍSICAS E QUÍMICAS DA HERANÇA VARIAÇÕES CROMOSSÔMICAS E HERANÇA LIGADA AO SEXO Profa.: Dra. Noeli S. M. Silva Divisão celular: material genético em forma de cromossomos. Divisão e segregação: novos núcleos celulares somáticos (mitose) ou germinativos (meiose). Erros na meiose: variações estruturais ou numéricas dos cromossomos. VARIAÇÕES CROMOSSÔMICAS E HERANÇA LIGADA AO SEXO Meiose: quatro células-filhas haploides - 23 cromossomos cada. 46 cromossomos: 22 pares autossômicos e 1 par sexual). Fonte: National Human Genome Research Institute (online) VARIAÇÕES CROMOSSÔMICAS E HERANÇA LIGADA AO SEXO Centrômero: constrição primária. Telômero: estabilidade estrutural dos cromossomos. *Metacêntrico, submetacêntrico, telocêntrico e acrocêntrico. Eucromatina (região transcrita) e heterocromatina (região condensada e não transcrita). Fonte: autoria própria. Variações cromossômicas em número ou estrutura: relocação, perda ou ganho de material genético. Relocação: translocação do material genético. inversão do material genético. Perda: deleção de um segmento ou a perda completa de um cromossomo. Ganho: duplicação de uma região cromossômica ou ainda pela presença de um cromossomo adicional. VARIAÇÕES CROMOSSÔMICAS E HERANÇA LIGADA AO SEXO Fonte: Adaptado de Griffiths; Miller; Suzuki; Lewontin; Gelbart (2016, online) Estrutura - morfologia • Deleção, duplicação, inversão ou translocação. Número – duplicação, pareamento ou divisão • Euploidia e aneuploidia. • Euploidia: presença de conjuntos cromossômicos extras (comum em plantas mas rara em animais e inexistente em humanos). • Aneuploidia: alteração numérica de parte do genoma, alterando em geral somente um único cromossomo. Aos indivíduos que apresentam um cromossomo a mais ou a menos, inteiros ou em forma de segmentos, são ditos aneuplóides. Variações cromossômicas: distúrbios. Síndrome de Down: trissomia do cromossomo autossômico21. Fonte: Snustad & Simmons (2017, online). VARIAÇÕES CROMOSSÔMICAS E HERANÇA LIGADA AO SEXO Cariótipo Fórmula cromossômica Síndrome Frequência estimada ao nascimento Fenótipo 47, +21 2n +1 Down 1/700 Mãos largas e curtas com prega palmar, baixa estatura, hiperflexibilidade das articulações, retardo mental, cabeça larga, face redonda, boca aberta com língua, prega epicântrica. 47, +13 2n +1 Patau 1/20.000 Deficiência mental e surdez, convulsões musculares leves, fenda labial e/ou palatina, anomalias cardíacas, calcanhar proeminente. 47, +18 2n+1 Edward 1/8.000 Mal formação congênita de muitos órgãos, orelhas malformadas e de implantação baixa, micrognatia, boca e nariz pequenos com aparência geral de duende, deficiência mental, rim em ferradura ou duplo, esterno curto. 45, X ou X0 2n-1 Turner 1/2500 (sexo feminino) Mulher com atraso no desenvolvimento sexual, geralmente estéril, baixa estatura, pescoço alado, anormalidades cardiovasculares, deficiência auditiva. 47, XXY 2n + 1 Klinefelter* 1/500 (sexo masculino) Homem subfértil com testículos pequenos, mamas desenvolvidas, voz aguda feminina, membros longos. 47, XXX 2n +1 Triplo-X 1/700 (sexo feminino) Mulher com órgãos genitais geralmente normais e fertilidade limitada, retardo mental leve. Variações estruturais Síndrome de Cri-du-chat: deleção de uma pequena região do braço curto de um dos cromossomos 5, acarretando em um grave retardo mental e físico, com um choro similar ao miado de um gato. Síndrome de Williams: deleção de um segmento contendo dezessete genes no cromossomo 7, gerando indivíduos com desenvolvimento incomum do sistema nervoso central. Hemofilia tipo A: inversão de um pequeno segmento no cromossomo X que é responsável por gerar indivíduos com problemas na coagulação sanguínea e com quadros graves de hemorragias. VARIAÇÕES CROMOSSÔMICAS E HERANÇA LIGADA AO SEXO Dimorfismo sexual: masculinos ou femininos. • Fêmeas: par de cromossomos sexuais idênticos - cromossomos X. • Sexo homogamética. • Machos: par cromossômico sexual não idêntico composto por um cromossomo X e um Y (cromossomo Y significativamente menor do que o X). • Sexo heterogamético. VARIAÇÕES CROMOSSÔMICAS E HERANÇA LIGADA AO SEXO • Características ligadas ao sexo: características relacionadas ao cromossomo X. • Características restritas ao sexo: características relacionadas ao Y. • Genes holândricos: presentes no cromossomo Y os quais são responsáveis pelos padrões de herança restritos ao sexo. • Determinação sexual: presença do gene da região determinante do sexo no cromossomo Y (gene SRY). VARIAÇÕES CROMOSSÔMICAS E HERANÇA LIGADA AO SEXO MUTAÇÃO GENÉTICA Profa.: Dra. Noeli S. M. Silva Mutação: processo simples capaz de alterar o genoma e gerar diversidade genética nos indivíduos. 2 tipos diferentes: transição e transversão. Transição: uma base purínica é substituída por outra base purínica ou uma base pirimidínica é substituída por outra base pirimidínica. Transversão: uma base purínica é trocada por uma pirimidínica ou vice-versa. MUTAÇÃO GENÉTICA Outras classificações: Direta: ocasiona alterações fenotípicas quando em comparação ao fenótipo selvagem. Reversa: altera um genótipo mutante de volta ao padrão selvagem. Silenciosa: altera um códon para um códon similar o qual especifica para o mesmo aminoácido - redundância de códons diferentes especificando para o mesmo aminoácido. Não silenciosa: alteração de uma base no DNA altera a sequência codante e o aminoácido a ser inserido na proteína. Letais: podem levar à morte do indivíduo. MUTAÇÃO GENÉTICA Mutações não silenciosas - 2 tipos: • Mutação neutra: altera a sequência de aminoácidos nas proteínas sem alterar a função das mesmas de forma significativa. • Aminoácidos possuem propriedades estruturais/funcionais similares. • Mutação de perda de função: ocasiona a perda total ou parcial da função proteica. • Alteração estrutural da proteína -> o que impossibilita sua correta atuação. MUTAÇÃO GENÉTICA Mutações somáticas: ocorrem nas células somáticas e não são herdadas - somente as células descendentes delas herdarão tal alteração. Mutações germinativas: ocorrem nas células germinativas e são transmitidas das células gaméticas à prole. Espontânea x exposição à agentes mutagênicos* *Luz ultravioleta (UV) e a prática do tabagismo. MUTAÇÃO GENÉTICA 3 fontes de variação genética: mutações, fluxo gênico e recombinação gênica. Fluxo gênico ou migração: movimento de indivíduos e, consequentemente, de gametas entre as diferentes populações. • Fator limitante-> barreira física entre as populações, o fluxo gênico possibilita a mistura de genes resultando em uma subpopulação mais diversificada geneticamente. Recombinação gênica: por meio do processo de crossingover existente na meiose há a geração de indivíduos diferentes nas populações. MUTAÇÃO GENÉTICA Alterações genéticas -> alterações fenotípicas -> doenças -> genes controlam a bioquímica celular. • Erros inatos do metabolismo (EIM): doenças genéticas relacionadas diretamente ao metabolismo. • Patologias relacionadas a um defeito na síntese, degradação, armazenamento ou transporte de biomoléculas por enzimas, comprometendo as vias metabólicas. • ~10% das doenças genéticas: manifestação em diferentes faixas etárias e apresenta geralmente padrões de herança autossômica. MUTAÇÃO GENÉTICA INTRODUÇÃO A GENÉTICA DE POPULAÇÕES Profa.: Dra. Noeli S. M. Silva As populações naturais possuem considerável variação genética, tanto a nível intra-populacional quanto a nível inter-populacional. Fundamental para o processo de sobrevivência, adaptação e evolução das espécies. Genética de populações - Ciência que estuda a variação genética presente nas populações. População natural - conjunto de indivíduos cruzantes que ocupa uma dada área geográfica num dado momento. Ponto de vista genético - populações são unidades potencialmente evolutivas, que se reproduzem e que possuem frequências gênicas específicas. INTRODUÇÃO A GENÉTICA DE POPULAÇÕES Genes estão presentes em uma população num dado momento e são transmitidos de geração a geração, ao acaso e em novas combinações alélicas. Os indivíduos de uma mesma população se relacionam entre si por acasalamento, descendência ou ascendência e, sempre que as frequências gênicas são alteradas significativamente em uma determinada população ocorre a Evolução. Quanto maior o número de diferentes alelos de uma população, maior a probabilidade de existir variação na geração seguinte, maior o seu potencial de adaptação e, consequentemente, maior o potencial evolutivo. Teorema do equilíbrio de Hardy-Weinberg “Em uma população infinitamente grande, em que os cruzamentos ocorrem ao acaso e sobre o qual não há atuação de fatores evolutivos, as frequências gênicas e genotípicas permanecem constantes ao longo das gerações”. • Análise comparativa entre as frequências obtidas na prática e na teoria auxiliam a compreender se uma população se encontra em equilíbrio ou se está evoluindo. • E, posteriormente estudar os processos que estão relacionados a tal evolução. INTRODUÇÃO A GENÉTICA DE POPULAÇÕES A teoria de Hardy-Weinberg refere-se à populações em equilíbrio, contudo dificilmente a frequência dos alelos tende a se manter constante em cada geração. • As populações evoluem ao longo das gerações; • Os alelos gênicos se distribuem de forma aleatória e são susceptíveis à mutações; • Os genótipos não são transmitidos a taxas uniformes devido à seleção; • As populações não são infinitamente grandes; • Os cruzamentos não são ao acaso, existe deriva genética; • As populações não estão isoladas, existindo fluxo gênico. Tais fatores alteram o equilíbrio das populações, modificando as frequências gênicas e propiciando o processo de especiação e evolução. INTRODUÇÃO A GENÉTICA DE POPULAÇÕES Variabilidade genética é extremamente importante a nível evolutivo e de conservaçãode espécies, principalmente porque a perda ou diminuição dessa variabilidade pode ocasionar: • Diminuição do tamanho médio dos indivíduos; • Aumento das taxas de deformidades; • Diminuição das taxas reprodutivas; • Diminuição da resistência às doenças. INTRODUÇÃO A GENÉTICA DE POPULAÇÕES Locus gênico - Região genômica onde existe o sítio de um único nucleotídeo ou um segmento com muitos nucleotídeos. Variações genéticas possíveis de serem observadas no locus gênico: • Polimorfismo de nucleotídeo simples (SNP); • Microssatélites. INTRODUÇÃO A GENÉTICA DE POPULAÇÕES SNP • Polimorfismo em que ocorrem variantes em um único nucleotídeo e são as variantes mais estudadas a nível populacional e genômico. • A maior parte apresenta dois alelos, sendo SNP comuns os que apresentam uma frequência igual ou maior a 5% para o alelo menos recorrente e os SNP raros os que apresentam frequência inferior a 5%. • Podem ocorrer nas regiões codantes (éxons), não codantes (íntrons) e em regiões reguladoras. INTRODUÇÃO A GENÉTICA DE POPULAÇÕES SNP • Podem ser classificados como: • Sinônimos, se os alelos diferentes codificarem o mesmo aminoácido; • Não sinônimos se os alelos gerarem aminoácidos diferentes; • Sem sentido se um alelo codificar um aminoácido e o outro um códon de parada de tradução. INTRODUÇÃO A GENÉTICA DE POPULAÇÕES Microssatélites • São loci importantes em análises genéticas; • Apresentam um padrão conservado de sequência curto com 2 a 6 pares de base de comprimento, repetido múltiplas vezes com alelos e números diferentes de repetições; • Apresentam 20 ou mais alelos, com alta taxa de mutação por geração e estão abundantemente presentes nos seres humanos (> 1 milhão); • Podem ser encontrados nos éxons, íntrons, regiões reguladoras e em sequências não funcionais de DNA. INTRODUÇÃO A GENÉTICA DE POPULAÇÕES GENÉTICA MOLECULAR Profa.: Dra. Noeli S. M. Silva • Genética se relaciona de maneira interdisciplinar com outras áreas; • Biologia Molecular: diagnóstico e tratamento de doenças, além do melhoramento genético e análise de biomarcadores; • Quando em conjunto com a Biologia Molecular, a Genética passa a ser conhecida como Genética molecular; • Genética molecular pode contribuir em diferentes áreas. GENÉTICA MOLECULAR Tecnologia do DNA recombinante - Engenharia Genética • Expansão do estudo dos genes - analisar, editar, combinar e atribuir funções para as diferentes regiões do DNA. • Ampliar as técnicas de clonagem molecular a fim de se estudar fragmentos específicos, ou genes completos, e verificar a presença de determinadas alterações genéticas relacionadas a doenças específicas. • Clonagem molecular - amplificação de um segmento de DNA a partir de uma técnica conhecida como PCR: enzima DNA polimerase + iniciadores (primers). • Uso abundante na Biotecnologia. GENÉTICA MOLECULAR Genômica - enfoque genético responsável pelas análises das sequências de DNA que compõem o material hereditário dos organismos. Genoma - coleção das moléculas de DNA presentes em um organismo: sequências gênicas e não gênicas. GENÉTICA MOLECULAR Terapia gênica - aplicação da Genética em terapias para o tratamento de doenças. • Adição de uma cópia normal do gene (selvagem) ao genoma de um indivíduo que apresenta cópias anômalas deste gene (com alterações). • A introdução desse material à célula, ou ao organismo, geralmente visa à obtenção do produto gênico que está ausente de forma que o indivíduo retorne ao fenótipo normal. GENÉTICA MOLECULAR Biomarcadores - Genética forense, diagnóstico de doenças e testes de paternidade. RFLP - polimorfismo de comprimento de fragmento de restrição • Testagem de paternidade dos indivíduos. • Análise da presença de microssatélites do tipo VNTR (número variável de repetições em tandem) e do tamanho dos mesmos com o uso de enzimas de restrição, as quais clivam regiões específicas do DNA que são visualizadas e comparadas por eletroforese. GENÉTICA MOLECULAR Melhoramento de plantas • Grandes avanços na adição ou melhoria de propriedades das plantas e frutos têm sido obtidos. • Organismos geneticamente modificados (OGM). • Transgênicos. GENÉTICA MOLECULAR Sequenciamento - obtenção da sequência de diferentes genes e genomas. • Permitiu a aplicação da Genética em diversos ramos de estudo. • Primeiro sequenciamento genômico - bactéria Haemophilus influenzae (1995). • 2003 - Projeto genoma humano: • Depósito completo da sequência ~ três bilhões pb. • Diferentes cientistas ao redor do mundo. GENÉTICA MOLECULAR Sequenciamento Análise comparativa direta entre as diferentes espécies: Inferir aspectos evolutivos: níveis de conservação sequencial e divergência funcional. Obtenção das sequencias: tecnologia de sequenciamento de DNA, robótica e informática. GENÉTICA MOLECULAR Sequenciamento • Síntese de DNA in vitro através do uso de primers que se anelam e flanqueiam as regiões a serem amplificadas. • Obtenção de fragmentos de DNA com uma mesma extremidade em comum (ou seja com o mesmo nucleotídeo) e que terminam em todas as posições possíveis, gerando as cadeias de nucleotídeos. • 2’-desoxirribonucleotídeos (dNTPs) e 2’,3’-didesoxirribonucleotídeos (ddNTPs)- em proporções 100 vezes menores de ddNTPs. GENÉTICA MOLECULAR Sequenciamento • Os segmentos de DNA são separados conforme o tamanho da cadeia e os nucleotídeos marcados por fluorescência são identificados por feixes de laser, ou outros sinais luminosos. • Identificar a sequência dos mesmos na molécula de DNA de interesse. Avanços em Robótica: rapidez e automatização. Avanços em banco de dados: armazenamento (NCBI). GENÉTICA MOLECULAR
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