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Gripe Espanhola: Pandemia de 1918

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PRINCIPAIS PANDEMIAS DO MUNDO.
A gripe espanhola aconteceu entre 1918 e 1919, atingindo todos os continentes e deixou cerca de 50 milhões de mortos, o local de origem é desconhecido, porém sabe-se que ela se iniciou de uma mutação do vírus Influenza. 
A gripe espanhola espalhou-se pelo mundo, principalmente, por conta da movimentação de tropas no período da Primeira Guerra Mundial, os primeiros casos foram registrados nos Estados Unidos e o primeiro paciente foi o soldado Albert Gitchell, que foi hospitalizado com sintomas de gripe, em 11 de março de 1918. Ao passas dos dias mais de mil soldados da instalação militar localizada no estado do Kansas na qual Albert pertencia foram internados com os mesmos sintomas. No Brasil o primeiro caso foi em setembro de 1918, espalhando-se por todas as regiões do país e causando a morte de 35 mil brasileiros (ELL; SILVA; UBARANA; CABRINI, 2020). 
 	A gripe espanhola alastrou-se pelo mundo em três ondas a primeira onda que foi iniciada em março de 1918, a segunda onda em agosto de 1918 e a terceira onda que começou em janeiro de 1919. Dentre as três ondas, a segunda ficou conhecida por ser a mais contagiosa e por possuir os maiores índices de mortalidade (KIND; CORDEIRO, 2020).
Conforme a doença foi se dissipando pelo mundo o sistema de saúde entrou em colapso devido à grande quantidade de pessoas doentes, por ser uma doença nova e a medicina até então não tinha conhecimento suficiente a doença não tinha não tinha um tratamento adequado.
Devido a essas condições medidas emergenciais, como a improvisação de hospitais e de leitos para atender as pessoas que adoeciam, os pacientes mais graves e que desenvolviam infecções sofriam consideravelmente, pois, não existiam antibióticos para realizar o tratamento deles.
Por ser uma doença contagiosa, muitos locais adotaram medidas de isolamento social. Assim, foram decretados o fechamento de escolas, igrejas, comércio e repartições públicas em diferentes locais, inclusive no Brasil. Em alguns deles, como nos Estados Unidos, adotou-se o uso de máscaras para reduzir-se o contágio. Muitos locais incentivaram a população a entrar em quarentena (SOUZA, 2005).
A diferenças sociais evidenciou que combate contra a gripe espanhola presenciado em locais como a Europa e a América do Norte não o foi em locais como a Ásia e a África, em grande parte ainda colonizados pelos europeus, o que fez com que milhões de pessoas morressem neles. Algumas teorias que tentaram explicar a mortalidade da doença pela classe social, em alguns locais, como a Índia, ela pode ser aplicada entre os milhões de mortos de gripe espanhola no país a maioria pertencia às castas mais baixas (MAHONY, 2012).
Escolhi a gripe espanhola pelas semelhanças com a pandemia atual, o que chama atenção é que apesar de um longo período de distancia entre uma pandemia e outra, quase um século que as coisas não mudaram. A pandemia atual evidenciou questões sociais que eram vistas em 1919, pessoas com condições sociais inferiores apesar de estarmos no século XXI não podem ficam em casa seguro e longe de isolamento, tem que pegar ônibus, metro e até comércios lotados de pessoas. 
Outro fato é de como as pessoas negam a doença, não falando somente de questões políticas, mas de pessoas que em determinado período parece estar psicologicamente fartos e deixam de seguir as medidas de segurança impostas pelo governo, no caso quando o governo não é composto de pessoas negacionistas que vão na contra mão de medidas sanitárias e influenciam as pessoas de maneira negativa. 
REFERÊNCIAS
ELL, Erica; SILVA, Denise Oliveira e; UBARANA, Juliana; CABRINI, Danielle. Fragmentos da gripe espanhola em versos e poesias. 2020. Disponível em: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/42445. Acesso em: 25 mar. 2020.
KIND, Luciana; CORDEIRO, Rosineide. NARRATIVAS SOBRE A MORTE: A GRIPE ESPANHOLA E A COVID-19 NO BRASIL. 2020. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1807-0310/2020v32240740. Acesso em: 25 mar. 2020.
MAHONY, Mary Ann. Epidemia como desafio sociopolítico: uma gripe espanhola na Bahia. Hist. cienc. saude-Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 19, n. 4, pág. 1341-1343, dezembro de 2012. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-59702012000400014&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 25 mar. 2020.
SOUZA, Christiane Maria Cruz de. A gripe espanhola em Salvador, 1918: cidade de becos e cortiços. Hist. cienc. saude-Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 12, n. 1, p. 71-99, Apr.  2005.   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-59702005000100005&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 25 mar. 2020.

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