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vigilancia epidemiologica

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Vigilância epidemiológica 
Conceitos 
● “Sistema de coleta, análise, interpretação e disseminação de 
informações relativas à saúde coletiva” 
● É a aplicação da epidemiologia aos serviços de saúde 
Lei 8.080/90 (SUS): “um conjunto de ações que proporciona o 
conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança 
nos fatores determinantes e condicionantes de saúde 
individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e 
adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou 
agravos” 
● 
História e conceitos 
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Funções 
● Coleta, processamento, análise e interpretação de dados 
Investigação epidemiológica 
Recomendação, implementação e avaliação de ações de 
controle 
Retroalimentação e divulgação de informações 
● 
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● 
História e conceitos 
Vigilância 
Epidemiológica 
Planejamento 
Organização 
Operacionalização 
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Histórico geral 
● 
Séc. XIV: quarentena para infectados com a peste 
Navios asiáticos nos portos até morte dos doentes 
1881 (Itália): notificação compulsória de D. Infecciosas 
1901 (EUA): notificação de varíola, tuberculose, cólera em 
todos os estados 
Início como “vigilância de pessoas”; passou a “vigilância de 
doenças e agravos da população” 
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● 
História e conceitos 
Histórico no Brasil 
Administração sanitária do período 1892-1918 
● Organização e efetividade 
Sustentava-se em três pilares: 
- Polícia Sanitária 
- Campanhas 
- Pesquisa 
História e conceitos 
Emílio Ribas 
Carlos Chagas 
Oswaldo Cruz 
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Histórico no Brasil 
● 
História e conceitos 
Cartum do início do século XX 
Os três grandes males, a varíola, a peste bubônica e a febre amarela 
trocam impressões sobre as campanhas que lhes move Oswaldo 
Cruz: 
Febre amarela — Mas... Oswaldo é um talento. Descobriu que o 
mosquito é meu servidor e não faz outra coisa a não ser matar 
mosquitos — é um meirinho! 
Peste bubônica — Qual; faz coisa melhor: caça ratos com a 
trompeta e caixa. É um gatão! 
Varíola — Pois com o meu aparecimento, não querendo ele 
responsabilizar as moscas e baratas, deu para matar as pobres 
crianças com ferros envenenados, a tal vacina obrigatória. É um 
pavão! 
Tipo de dados 
● Dados ambientais, demográficos e socioeconomicos 
- núm. de habitantes, nascimentos e óbitos 
- renda, escolaridade, ocupação 
- pluviometria, temperatura, umidade, cobertura vegetal 
● Dados de morbidade 
- sistemas de informação, investigação epid., 
laboratoriais 
● Dados de mortalidade 
- sistema de informação (SIM) 
dados 
Coleta de dados: sistemas de informação 
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Fontes de dados 
1. Notificação compulsória de casos 
2. Prontuários médicos 
3. Atestados de óbitos e registro de anatomia patológica 
4. Resultados laboratoriais 
5. Registros de bancos de sangue 
6. Investigação de casos e epidemias 
7. Inquéritos comunitários 
8. Distribuição de vetores e reservatórios 
9. Uso de produtos biológicos 
10. Notícias veiculadas na imprensa 
Coleta de dados: sistemas de informação 
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Notificação compulsória de casos 
● Base do nosso sistema de vigilância 
Comunicação oficial de ocorrências às autoridades 
Geram indicadores do quadro epidemiológico 
Revelam falhas de medidas de controle prévias 
Servem de base para investigações epidemiológicas 
Lista Nacional de Doenças e Agravos de Notificação 
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Coleta de dados: sistemas de informação 
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Coleta de dados: sistemas de informação 
Sistemas de informação 
● Sistemas de Informação em Saúde (SIS) 
Coleta e análise de dados para planejamento 
Situação de saúde a nível local 
Superar tendências à centralização 
Nível local (municípios e estados) 
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Coleta de dados: sistemas de informação 
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Sistemas de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) 
● Desenvolvido entre 1990 e 1993 
Alimentado principalmente por notificação e investigação 
Mas estados e municípios tem autonomia 
FIN: Ficha Individual de Notificação 
FII: Ficha Individual de Investigação 
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Coleta de dados: sistemas de informação 
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Ficha Individual de Notificação (FIN) 
● Preenchida para cada paciente suspeito de doença ou agravo 
de notificação compulsória 
● Notificação negativa: informar que não ocorreu, diferenciando 
da falta de notificação por desatenção/falha 
● Notificação de surtos: 
- casos de agravos inusitados 
- casos agregados, ausentes na lista de notificação compulsória 
Coleta de dados: sistemas de informação 
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Ficha Individual de Investigação (FII) 
● Para informação mais detalhada 
Formulários específicos 
Serve para investigar: 
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- fonte da infecção 
- mecanismos de transmissão 
Coleta de dados: sistemas de informação 
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Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) 
Implantado em 1975 
● Declaração de óbito (DO): emissão e distribuição pelo MS 
Causas básicas codificadas: registro feito no local 
Dados processados pelo município 
Fonte primária de dados de incidência e diagnóstico (falhas no 
SINAN) e secundária (contém dados sobre a pessoa, tempo, 
local, tratamento, etc) 
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● 
Coleta de dados: sistemas de informação 
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RepfiDl ica Fecżerativa cî<z Nrazi l 
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Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) 
● Implantado em 1990 
Dados sobre gravidez, parto e condições de nascidos vivos 
Declaração de Nascidos Vivos (DN) 
● 
● 
Coleta de dados: sistemas de informação 
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Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS) 
● Concebido em 1984 
Informações de 70% das internações do Brasil 
Importante fonte sobre agravos que requerem internação 
Também revela situação de saúde e gestão de serviços 
Autorização de Internação Hospitalar (AIH): 
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- CID, diagnóstico, alta, procedimentos, idade, sexo, etc 
Coleta de dados: sistemas de informação 
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Outros sistemas nacionais 
● Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA/SUS) 
- não apresenta CID do diagnóstico 
● Sistema de Informações da Atenção Básica (SIAB) 
- áreas de cobertura dos programas de Agentes Comunitários e 
Saúde da Família 
● Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunização 
(SI-PNI) 
- cobertura vacinal (rotina e campanha), taxa de abandono, etc 
● Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água 
para Consumo Humano (Siságua) 
● Dados do IBGE, IPEA, Ministério do Trabalho 
Coleta de dados: sistemas de informação 
Porque e quando investigar 
 
 
● Por que investigar epidemiologicamente um surto? 
- identificar o agente etiológico 
- encontrar a fonte da infecção (paciente, local) e taxa de 
ataque específica 
- recomendações para impedir disseminação da doença 
Investigação epidemiológica 
Porque e quando investigar 
 
 
1) Doenças prioritárias 
- das doenças notificáveis, algumas representam maior risco 
- notificação prioritária: feita mais cedo 
 
 
2) Número de casos em excesso 
- diagrama de controle aponta números muito fora do previsto 
- melhor quando se acompanha grupos populacionais 
expecíficos, de baixa incidência 
Investigação epidemiológica 
Porque e quando investigar 
3) Fonte comum de infecção 
- epidemias ligadas a fonte comum de exposição 
alimento) 
- rápido crescimento requer medidas corretivas imediatas 
(água, 
4) Quadro clínico grave 
- aumento de número de casos graves de uma doença 
- maior letalidade, internações, falta ao trabalho, etc 
Investigação epidemiológica 
Porque e quando investigar 
 
 
5) Doenças desconhecida na região 
- ocorrência de casos raros ou inéditos 
- às vezes nem há confirmação diagnósticaInvestigação epidemiológica 
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Investigando casos 
1) O diagnóstico está correto? 
- confirmar diagnóstico 
2) De quem foi contraída a infecção? 
- identificar a fonte de contágio 
3) Qual a via de disseminação da infecção? 
- Identificar via de transmissão 
4) Que outras pessoas podem ter sido infectadas? 
- Identificar contactantes e demais casos 
5) Quem pode vir a ser infectado? 
- Proteger os suscetíveis 
Investigação epidemiológica 
Definição 
Lei 8.080: 
“Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de 
ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à 
saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes 
do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da 
prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo: 
 
 
I.- o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, 
se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e 
processos,da produção ao consumo; 
II.- o controle da prestação de serviços que se relacionam direta 
ou indiretamente com a saúde.” 
Vigilância sanitária 
ANVISA 
 
 
Lei 9.782/99: 
“promover a proteção da saúde da população por intermédio do 
controle sanitário da produção e da comercialização de produtos 
e serviços submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos 
ambientes, dos processos, dos insumos e das tecnologias a eles 
relacionados, bem como o controle de portos, aeroportos e 
fronteiras.” 
Vigilância sanitária 
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ANVISA 
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● 
Licenciamento de estabelecimentos 
Julgamento de irregularidades 
Aplicação de penalidades (ação e normativa e ação educativa) 
● Alimentos 
Medicamentos (controle de qualidade, propaganda, 
farmacovigilância) 
Produtos médico-odontológicos, hospitalares e laboratoriais 
Saneantes e desinfetantes 
Cosmético 
Regulação de Mercado 
Controle sanitário dos portos, Aeroportos e Fronteiras 
Serviços de interesse à saúde 
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● 
Vigilância sanitária 
Riscos a serem controlados 
● Riscos ambientais: água, esgoto, 
transmissores de doenças, poluição do ar, do solo e 
lixo, vetores e 
de 
recursos hídricos, transporte de produtos perigosos, etc. 
● Riscos ocupacionais: processo de produção, substâncias, 
intensidades, carga horária, ritmo e ambiente de trabalho. 
Riscos decorrentes de tratamento médico e uso de 
serviços de saúde: sangue e hemoderivados, medicamentos, 
radiações ionizantes, procedimentos e serviços de saúde. 
● 
● Riscos institucionais: creches, escolas, hotéis, portos, 
aeroportos, fronteiras, estações ferroviárias e rodoviárias, etc. 
Riscos sociais: transporte, alimentos, substâncias psicoativas, 
grupos vulneráveis, necessidades básicas insatisfeitas; 
Vigilância sanitária 
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