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Sobre algumas espécies do gênero Eustala (Araneae, Araneidae) do Brasil

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Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 100(3):267-274, 30 de setembro de 2010
Sobre algumas espécies do gênero Eustala (Araneae, Araneidae)...
Sobre algumas espécies do gênero Eustala (Araneae, Araneidae)
do Brasil
Maria Rita M. Poeta, Maria Aparecida L. Marques & Erica Helena Buckup
Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, Rua Dr. Salvador França, 1427, 90690-000 Porto Alegre, RS,
Brasil. (maria.poeta@acad.pucrs.br; maria-marques@fzb.rs.gov.br; erica@fzb.rs.gov.br)
ABSTRACT. On some species of the genus Eustala (Araneae, Araneidae) from Brazil. Two species of Eustala Simon, 1895
from Rio Grande do Sul, Brazil are described: Eustala belissima sp. nov. and Eustala crista sp. nov., based on males and females. The
female of Eustala itapocuensis Strand, 1916, and the males of E. nasuta Mello-Leitão, 1939, E. perfida Mello-Leitão, 1947 and E. secta
Mello-Leitão, 1945 are described for the first time. New records from Brazil are listed for Eustala illicita (O. P.-Cambridge, 1889) and
E. sagana (Keyserling, 1893).
KEYWORDS. Spiders, taxonomy, new species, distribution, Neotropical.
RESUMO. Duas espécies de Eustala Simon, 1895 são descritas do Rio Grande do Sul, Brasil: Eustala belissima sp. nov. e Eustala crista
sp. nov., representadas por ambos os sexos. A fêmea de E. itapocuensis Strand, 1916 e os machos de E. nasuta Mello-Leitão, 1939, E.
perfida Mello-Leitão, 1947 e E. secta Mello-Leitão, 1945, são descritos pela primeira vez. Novas ocorrências do Brasil são listadas para
Eustala illicita (O. P.-Cambridge, 1889) e E. sagana (Keyserling, 1893).
PALAVRAS-CHAVE. Aranhas, taxonomia, novas espécies, distribuição, Neotropical.
Para o Brasil, estão registradas 19 espécies de
Eustala Simon, 1895, a maioria conhecida apenas por um
dos sexos (PLATNICK, 2010). POETA et al. (2010)
acrescentaram duas espécies ao elenco do Rio Grande
do Sul, Eustala levii e E. palmares, com base em machos
e fêmeas, além de descrever os machos de E. taquara
(Keyserling, 1892) e E. albiventer (Keyserling, 1884).
As espécies Eustala nasuta da Guiana, E. secta da
Argentina e E. perfida do Paraná, Brasil, propostas
respectivamente por MELLO-LEITÃO (1939, 1945, 1947) e
E. itapocuensis de Santa Catarina, Brasil, descrita por
STRAND (1916), até o momento, eram conhecidas apenas
por um dos sexos. Neste trabalho, complementam-se as
descrições destas quatro espécies de Eustala anteriormente
citadas. São descritas e ilustradas duas espécies novas,
com base em ambos os sexos. Para o Brasil, ocorrências
adicionais são registradas para Eustala illicita (O. P.-
Cambridge, 1889) e E. sagana (Keyserling, 1893).
MATERIAL E MÉTODOS
A terminologia das estruturas do epígino e do palpo
segue LEVI (1977). Ilustrações foram realizadas sob
estereomicroscópio com câmara-clara. Medidas são
expressas em milímetros. O material examinado está
depositado na coleção de aranhas do Museu de Ciências
Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, Porto
Alegre, Rio Grande do Sul (MCN) (E. H. Buckup, curadora).
Eustala belissima sp. nov.
(Figs 1, 4-9)
Tipos. Holótipo , parátipo , Cambará do Sul, Rio
Grande do Sul, Brasil, 11-19.IV.1994, M. A. L. Marques
col. (MCN 46389). Parátipos: , 4 , Cambará do Sul, 11-
19.IV.1994, M. A. L. Marques col. (MCN 25409); , 11-
19.IV.1994, M. A. L. Marques col. (MCN 46388).
Etimologia. O nome específico é um adjetivo alusivo
ao belo aspecto da aranha.
Diagnose. O palpo dos machos de Eustala
belissima, similar ao da maioria das espécies do gênero
com apófise terminal longa, distingue-se pelo êmbolo com
uma conspícua projeção mediana (Figs 4, 5). A fêmea (Figs
6-9) separa-se das espécies similares, com epígino de base
anelada, pelo escapo relativamente curto e largo e pela
placa mediana com sulco mediano-longitudinal posterior,
em vista ventral (Fig. 6).
Macho (holótipo). Carapaça amarela, área ocular,
dos olhos médios, saliente e estreita, região cefálica com
pigmento branco. Clípeo baixo, com altura de
aproximadamente meio diâmetro dos olhos médios
anteriores. Esterno amarelo, acinzentado junto às
margens. Pernas amarelas com manchas castanhas nos
fêmures e tíbias, metatarsos e tarsos castanhos; tíbias
com robustas macrocerdas. Abdômen subtriangular, mais
longo do que largo; dorso branco com ângulos laterais
anteriores conspícuos, região anterior com faixa irregular
escurecida, salpicada de preto; fólio bem demarcado a
partir dos três quartos posteriores. Ventre reticulado de
branco com duas manchas castanhas esmaecidas.
Medidas. Comprimento total 3,3. Carapaça
comprimento 1,9, largura 1,5. Pernas, fórmula 1243.
Comprimento perna I: fêmur 2,9; patela + tíbia 3,1;
metatarso 2,1; tarso 0,8; comprimento total 8,9. Patela +
tíbia II 2,0; III 1,0; IV 1,5.
Fêmea (parátipo, MCN 46389). Abdômen mais largo
do que longo, reticulado de branco, com faixa transversal
anterior pontuada de preto, que se estende lateralmente
até as fiandeiras. Coloração como a do macho, exceto
carapaça com maior extensão de pigmento branco (Fig. 9).
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Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 100(3):267-274, 30 de setembro de 2010
POETA et al.
Medidas. Comprimento total 4,7. Carapaça
comprimento 1,7, largura 1,7. Pernas, fórmula 1243.
Comprimento perna I: fêmur 2,5; patela + tíbia 3,0;
metatarso 1,7; tarso 0,7; comprimento total 7,9. Patela +
tíbia II 2,2; III 1,2; IV 1,8.
Variação. Machos (n=3): comprimento total: 3,2-3,7;
carapaça: 1,9-2,0, largura 1,5-1,6. Fêmeas (n=5):
comprimento total: 4,1-5,4; carapaça: 1,7-2,0, largura 1,5-
2,0. No abdômen, o fólio pode estar reduzido ou ausente.
Distribuição geográfica. Brasil (Rio Grande do Sul)
(Fig. 1).
Material examinado. BRASIL, Rio Grande do Sul: Bom
Jesus, 2 , 01.IV.1988, A. B. Bonaldo col. (MCN 17401); (Fazenda
Aver), , , 24.III.1989, A. B. Bonaldo col. (MCN 18421); Vacaria,
, 23.V.1981, A. A. Lise col. (MCN 17822); Estrela Velha, ,
06.V.1998, A. L. H. Silva col. (MCN 29376); Caxias do Sul (Vila
Oliva), , 04.IV.1975, A. A. Lise col. (MCN 2549).
Eustala crista sp. nov.
(Figs 1, 10-15 )
Tipos. Holótipo , parátipo , Iraí, Rio Grande do
Sul, Brasil, 18.XI.1975, A. A. Lise col. (MCN 3060, 3058,
respectivamente). Parátipos: , Estrela Velha, Rio Grande
do Sul, 21.X.1998, A. B. Bonaldo col. (MCN 29546); ,
20.X.1998, A. B. Bonaldo col. (MCN 29570); 2 , 27.X.1998,
A. B. Bonaldo col. (MCN 31505); , Maquiné, Rio Grande
do Sul, 08.IV.1995, L. Moura col. (MCN 26542).
Etimologia. O substantivo específico refere-se à
conspícua projeção tegular do palpo.
Diagnose. O macho de Eustala crista é semelhante
aos das demais espécies do gênero que apresentam
apófises terminal e subterminal reduzidas, no entanto,
separa-se pela proeminente projeção tegular e forma do
condutor (Figs 10, 11). A fêmea (Figs 12-15) apresenta
epígino similar ao de E. latebricola (O. P.-Cambridge,
1889) e E. perfida pelo escapo curto com ápice
arredondado, em vista ventral (vide CHICKERING, 1955,
figs 78-80; LEVI, 2007), distingue-se dessas espécies pelo
escapo distintamente largo e anelado, em vista lateral
(Fig. 14).
Macho (holótipo). Carapaça amarelo-escura, laterais
manchadas de castanho; região cefálica estreita
levemente projetada. Esterno amarelo com manchas cinza
nas margens. Pernas amarelas com bandas castanhas.
Abdômen oval com ângulos anteriores quase inconspícuos,
dorso com fólio e margem anterior castanho-escura. Ventre
cinza com mancha mediana branca.
Medidas. Comprimento total 5,2. Carapaça
comprimento 2,7, largura 2,4. Pernas, fórmula 1243.
Comprimento perna I: fêmur 4,7; patela + tíbia 5,2;
metatarso 3,1; tarso 1,2; comprimento total 14,2. Patela +
tíbia II 3,4; III 1,7; IV 3,0.
Fêmea (parátipo, MCN 3058). Coloração semelhante
a do macho, exceto carapaça com pigmento branco. Dorso
do abdômen com fólio em escudo; ângulos laterais
obtusos (Fig. 15).
Medidas. Comprimento total 5,9. Carapaça
comprimento 2,1, largura 1,9. Pernas, fórmula 1243.
Comprimento perna I: fêmur 4,2; patela + tíbia 4,5;
metatarso 2,5; tarso 1,0; comprimento total 12,2. Patela +
tíbia II 3,5; III1,5; IV 2,7.
Nota. Machos e fêmeas foram colecionados juntos
em quatro localidades.
Figuras 1-3. Distribuição geográfica das espécies de Eustala. Escalas:
500 km.
Eustala belissima
Eustala crista
Eustala itapocuensis
Eustala perfida
Eustala secta
Eustala nasuta
Eustala illicita
Eustala sagana
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Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 100(3):267-274, 30 de setembro de 2010
Sobre algumas espécies do gênero Eustala (Araneae, Araneidae)...
Variação. Machos (n=5): comprimento total: 5,0-5,5;
carapaça: 2,7-2,8, largura 2,3-2,5. Fêmeas (n=5):
comprimento total: 4,8-5,9; carapaça: 2,0-2,4, largura 1,8-
2,0. Fólio com maior ou menor quantidade de pigmento.
Em vista lateral, o ápice do escapo pode ser mais triangular.
Distribuição geográfica. Brasil (Paraná, Santa
Catarina, Rio Grande do Sul) (Fig. 1).
Material examinado. BRASIL, Paraná: Almirante
Tamandaré, , 28.X.1984, E. C. Costa col. (MCN 12515); Santa
Catarina: Rancho Queimado, , 13-15.I.1995, L. Moura col.
(MCN 26332); , 15-18.XI.1995, A. B. Bonaldo col. (MCN 26774);
Rio Grande do Sul: Derrubadas (Parque Estadual do Turvo), ,
28-31.X.2003, R. Ott col. (MCN 37577); , , 19-22.X.2004, R.
Ott col. (MCN 38608, 38615); São Valentim, , 16.X.1976, S.
Scherer col. (MCN 4702); Estrela Velha, 2 , 20, 21.X.1998, A. B.
Bonaldo col. (MCN 29546, 29571); , 2 , 27, 28.X.1999, A. B.
Bonaldo col. (MCN 31506, 31507, 31525); Encantado, ,
24.V.1986, A. D. Brescovit col. (MCN 15126); Canela, ,
20.X.1997, E. H. Buckup col. (MCN 28898); , , 23-25.X.1998,
L. Moura col. (MCN 29859, 29862); São Francisco de Paula, , ,
04.XI.1998, A. H. Silva col. (MCN 29699, 29700); Montenegro,
AT
Ast
C
E
AM
PT PT
E
5
6 7
4
8 9
PL PL
PM
Ast
Figuras 4-9. Eustala belissima sp. nov. Palpo: 4, mesial; 5, ventral; epígino: 6, ventral; 7, posterior; 8, lateral; 9, corpo da fêmea (AM,
apófise média; ASt, apófise subterminal; AT, apófise terminal; C, condutor; E, êmbolo; PL, placa lateral; PM, placa mediana; PT, projeção
tegular). Escalas: Figs 4-8, 0,1 mm; Fig. 9, 1,5 mm.
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Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 100(3):267-274, 30 de setembro de 2010
POETA et al.
, 12.VIII.2002, V. Wolf et al. col. (MCN 37130); Campo Bom, ,
19, 20.V.1986, C. J. Becker col. (MCN 15079); Porto Alegre, ,
04.IX.1977, A. A. Lise col. (MCN 6464); Viamão (Morro do Côco),
, 04.VIII.1975, A. A. Lise col. (MCN 3946); Maquiné, ,
08.IV.1995, L. Moura col. (MCN 26542); Cristal (Mata ciliar do
rio Camaquã), , 14.XI.2007, E. N. L. Rodrigues col. (MCN 46412).
Eustala itapocuensis Strand, 1916
(Figs 1, 16-21)
Eustala itapocuensis STRAND, 1916:107, holótipo , Joinville, Santa
Catarina, Brasil (Forschunginstitut und Naturmuseum
Senckenberg, SMF). Examinado por H. W. Levi em 1976 (vide
LEVI, 2007); ROEWER, 1942:765; BONNET, 1956:1840; PLATNICK,
2010.
Diagnose. Eustala itapocuensis é similar a E.
nasuta pela região cefálica estreita e área dos olhos
médios anteriores projetada, em vista dorsal (Fig. 21; vide
LEVI, 2007). O macho distingue-se pelo palpo com apófise
terminal e subterminal menores, comparativamente, a
Eustala nasuta, e pela forma do condutor (Figs 16, 17). A
Figuras 10-21. Eustala crista sp. nov. Palpo: 10, mesial; 11, ventral; epígino: 12, ventral; 13, posterior; 14, lateral; 15, corpo da fêmea.
Eustala itapocuensis Strand, 1916. Palpo: 16, mesial; 17, ventral; epígino: 18, ventral; 19, posterior; 20, lateral; 21, corpo da fêmea.
Escalas: Figs 10, 11, 0,25 mm; Figs 12-14, 16-20, 0,1 mm; Figs 15, 21, 1,5 mm.
10 11
15
12 13 14
16 17
21
20
1918
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Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 100(3):267-274, 30 de setembro de 2010
Sobre algumas espécies do gênero Eustala (Araneae, Araneidae)...
fêmea (Figs 18-20) separa-se das demais pelo escapo
anelado, piramidal, com ápice largo e curto em vista
ventral (Fig. 18) e, em vista posterior, pela margem anterior
da placa mediana elevada no centro (Fig. 19).
Macho (Triunfo, Rio Grande do Sul, MCN 44005).
Carapaça com região cefálica estreita, levemente projetada
entre os olhos medianos, amarelo-clara, com pigmento
branco central; região torácica com quatro pontuações
pretas. Esterno amarelo com pigmento branco anterior.
Pernas amarelas, bandadas de castanho. Abdômen oval,
dorso com fólio e margens escurecidas. Ventre
acinzentado com manchas laterais escuras, pigmento
branco próximo às fiandeiras e mancha mediana branca
quase indistinta.
Medidas. Comprimento total 5,5. Carapaça
comprimento 2,7, largura 2,2. Pernas, fórmula 1243.
Comprimento perna I: fêmur 3,5; patela + tíbia 4,5;
metatarso 3,2; tarso 1,1; comprimento total 12,3. Patela +
tíbia II 3,2; III 1,6; IV 2,9.
Fêmea (Maquiné, Rio Grande do Sul, MCN 26543).
Projeção cefálica como a do macho. Abdômen
subtriangular, mais longo do que largo, com ângulos
laterais salientes e pequeno tubérculo apical posterior.
Colorido como o do macho, exceto pela ausência de
pigmento branco na carapaça (Fig. 21).
Medidas. Comprimento total 7,3. Carapaça
comprimento 2,6, largura 2,0. Pernas, fórmula 1243.
Comprimento perna I: fêmur 3,1; patela + tíbia 3,9;
metatarso 2,5; tarso 1,1; comprimento total 10,6. Patela +
tíbia II 3,0; III 1,6; IV 2,4.
Nota. A associação de machos e fêmeas,
colecionados em Capão do Leão, foi efetuada com base
na forma da região cefálica, estreita e projetada entre os
olhos médios anteriores (Fig. 21) e tamanho corporal.
Variação. Machos (n=3): comprimento total: 5,4-5,5;
carapaça: 2,7-3,1, largura 2,2-2,4. Fêmeas (n=5):
comprimento total: 5,2-7,3; carapaça: 2,4-2,6, largura 1,8-
2,0. O pigmento branco pode ou não estar presente na
carapaça e no esterno.
Distribuição geográfica. Brasil (Santa Catarina, Rio
Grande do Sul) (Fig. 1).
Material examinado. BRASIL, Santa Catarina: Rancho
Queimado, , 15-18.XI.1995, A. B. Bonaldo col. (MCN 26771);
Rio Grande do Sul: Eldorado do Sul (Parque Estadual Delta do
Jacuí), 4 , 05-07.I.2000, A. B. Bonaldo col. (MCN 31807);
Triunfo, , 15.IX.1977, E. H. Buckup col. (MCN 6582); (Parque
Copesul de Proteção Ambiental), , 14.II.2008, R. Moraes col.
(MCN 44005); Maquiné, , 08.IV.1995, L. Moura col. (MCN
26543); Barra do Ribeiro (Fazenda Boa Vista), , 12.V.2003, Equipe
Probio col. (MCN 35577); Capão do Leão (Horto Botânico Irmão
Teodoro Luís, em ninhos de vespas), 2 , 2 , 25.V.2001, E. N. L.
Rodrigues col. (MCN 46397).
Eustala perfida Mello-Leitão, 1947
(Figs 2, 22-26)
Eustala perfida MELLO-LEITÃO, 1947:243, fig. 11, holótipo , Volta
Grande, Paraná, Brasil, B. Hertel col. (depositado no Museu
Paranaense, atualmente Museu de História Natural Capão da
Imbuia, Curitiba, n° 2495). Holótipo examinado por H. W. Levi
em 1988 (vide LEVI, 2007); BRIGNOLI, 1983:270; PLATNICK, 2010.
Diagnose. O palpo do macho de Eustala perfida é
similar ao de E. crista (Figs 10, 11) pela apófise subterminal
reduzida, distingue-se pela apófise terminal mais longa,
pelas duas pequenas projeções tegulares, em vista
ventral, e pela forma do condutor (Figs 22, 23). A fêmea
assemelha-se a E. crista pelo escapo curto e arredondado,
em vista ventral (Fig. 12), mas distingue-se desta pela placa
mediana ampla, mais longa do que larga, em vista ventral
(Fig. 24); em vista posterior, placas laterais gradativamente
convergentes (Fig. 25) e, em vista lateral, bordas das placas
laterais espessas e bem-demarcadas (Fig. 26).
Macho (Triunfo, RS, MCN 36072). Carapaça
amarela, região torácica com faixas laterais castanhas.
Olhos médios posteriores rodeados por losango preto.
Esterno amarelo-escuro com pigmento branco mediano.
Pernas amarelas com manchas anelares castanhas.
Abdômen oval, mais longo do que largo; dorso com
ângulos laterais e ápice posterior inconspícuos, fólio com
uma faixa mediano-longitudinal castanho-escura. Ventre
castanho com pontuações brancas e mancha branca
mediana.
Medidas. Comprimento total 5,7. Carapaça
comprimento 3,3, largura 2,5. Pernas, fórmula 1423.
Comprimento perna I: fêmur 3,2; patela + tíbia 4,0;
metatarso 2,7; tarso 1,2, comprimento total 11,1. Patela +
tíbia II 3,1; III 1,9; IV 3,4.
Fêmea (Triunfo, RS, MCN 36072). Carapaça amarela
comfaixas torácicas castanhas mais curtas e estreitas
que as do macho. Abdômen subtriangular, margens
laterais com três tubérculos pouco distintos e ápice
posterior inconspícuo. Demais aspectos semelhantes aos
do macho.
Medidas. Comprimento total 7,1. Carapaça
comprimento 2,9, largura 2,2. Pernas, fórmula 1243.
Comprimento perna I: fêmur 3,0; patela + tíbia 3,7;
metatarso 2,2; tarso 0,9; comprimento total 9,8. Patela +
tíbia II 3,3; III 1,7; IV 3,0.
Nota. Espécimes de ambos os sexos foram
colecionados juntos em três localidades e compartilham
o mesmo padrão de colorido.
Variação. Machos (n=5): comprimento total: 5,3-6,4;
carapaça: 2,9-3,3, largura 2,3-2,6. Fêmeas (n=5):
comprimento total: 6,6-7,1; carapaça: 2,7-3,2, largura 1,7-
2,5. Região cefálica pode apresentar área branca. Faixas
escuras nas laterais da carapaça das fêmeas algumas
vezes ausentes. Esterno com maior ou menor quantidade
de pigmento branco. O fólio pode estar desbotado. As
pregas do epígino podem ser mais ou menos distintas,
em vista ventral.
Distribuição. Brasil (Paraná, Santa Catarina, Rio
Grande do Sul) (Fig. 2).
Material examinado. BRASIL, Santa Catarina: Rancho
Queimado, 3 , 08-11.X.1994 (MCN 26176, 26179); 2 , 15-
18.XI.1995 (MCN 26772, 26773), todos coletados por A. B.
Bonaldo & L. Moura; Rio Grande do Sul: Iraí, , 19.XI.1975, A.
A. Lise col. (MCN 3141); São Valentim, , 16.X.1976, S. Scherer
col. (MCN 4660); Passo Fundo, , 12.X.1985, A. A. Lise col.
(MCN 14343); Bom Jesus, , 28-31.III.1998, A. B. Bonaldo col.
(MCN 29283); Cambará do Sul (Área de Preservação Ambiental
Celulose Cambará), 2 , 19-21.XII.1994, M. H. Galileo col. (MCN
25960); Caxias do Sul, , 04.X.1994, L. Moura col. (MCN 25905);
(Vila Oliva), 4 , 15.I.1974, F. R. Meyer col. (MCN 274); Canela,
, , 26.XII.1976, A. A. Lise col. (MCN 3712); Montenegro, 2 ,
07.VIII.1977, A. A. Lise col. (MCN 6122); Triunfo (Parque Copesul
de Proteção Ambiental), , 2 , 05.II.2003, R. Ott col. (MCN
35131, 35189, 35190); , 29, 30.IV.2003, R. Ott col. (MCN
35717); , 4 , 29.VII.2003, R. Ott & A. Barcellos col. (MCN
272
Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 100(3):267-274, 30 de setembro de 2010
POETA et al.
36072); 3 , 4 , 21.X.2003, R. Ott & L. Podgaiski col. (MCN
36444); , 25.I.1995, A. Franceschini col. (MCN 26488); Eldorado
do Sul (Parque Estadual Delta do Jacuí), 2 , 8 , 05-07.I.2000, A.
B. Bonaldo col. (MCN 31808); Viamão, , 11-14.IV.1983, A. A.
Lise col. (MCN 11550); , 08.II.1999, E. N. L. Rodrigues col.
(MCN 37428); (Parque Saint Hilaire), , 22.VII.1974, A. A. Lise
col. (MCN 2355).
Eustala secta Mello-Leitão, 1945
(Figs 2, 27-31)
Eustala secta MELLO-LEITÃO, 1945:238, fig. 11, holótipo , Puerto
Victoria, Misiones, Argentina, Zenzes col. (Museo La Plata, n°
16390). Examinado por H. W. Levi em 1974 (vide LEVI, 2007);
BRIGNOLI, 1983:270; PODGAISKI et al., 2007:6; PLATNICK, 2010.
Diagnose. Machos de Eustala secta distinguem-
se dos das demais espécies pelo palpo bem-diferenciado,
com a apófise subterminal posicionada acima da apófise
terminal; uma projeção tegular muito desenvolvida,
próxima ao ápice do címbio, outra no lado oposto,
bifurcada apicalmente e com prolongamento posterior;
êmbolo com uma lamela linguiforme; condutor laminar
membranáceo (Figs 27, 28). Fêmeas (Figs 29-31) separam-
Figuras 22-33. Eustala perfida Mello-Leitão, 1947. Palpo: 22, mesial; 23, ventral; epígino: 24, ventral; 25, posterior; 26, lateral. Eustala
secta Mello-Leitão, 1945. Palpo: 27, mesial; 28, ventral; epígino: 29, ventral; 30, posterior; 31, lateral. Eustala nasuta Mello-Leitão,
1939. Palpo: 32, mesial; 33, ventral (L, Lamela do êmbolo). Escalas: Figs 22, 23, 0,25 mm; Figs 24-33, 0,1 mm.
22
23 24 25
26 27 28
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33
32
L
273
Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 100(3):267-274, 30 de setembro de 2010
Sobre algumas espécies do gênero Eustala (Araneae, Araneidae)...
se pela forma do epígino que, em vista ventral, apresenta
escapo largo com fissura mediano-longitudinal e base
alargada com bordas arredondadas (Fig. 29), em vista
lateral, escapo muito estreito (Fig. 31).
 Macho (Derrubadas, Rio Grande do Sul, MCN
37578). Carapaça amarelo-clara, com manchas castanhas.
Esterno amarelo-claro com margem acinzentada. Pernas
amarelas com manchas anelares castanho-claras.
Abdômen oval, mais longo do que largo; dorso com fólio,
ápice posterior indistinto. Ventre amarelo-claro com
vestígio de pigmento branco na região mediana.
Medidas. Comprimento total 3,7. Carapaça
comprimento 2,4, largura 1,6. Pernas, fórmula 1243.
Comprimento perna I: fêmur 3,1; patela + tíbia 3,4;
metatarso 2,3; tarso 0,8; comprimento total 9,6. Patela +
tíbia II 2,3; III 1,1; IV 2,0.
Fêmea (Derrubadas, Rio Grande do Sul, MCN
38593). Carapaça amarela manchada de castanho. Esterno
amarelo-claro, com margens escurecidas. Pernas amarelo-
claras com bandas castanhas. Abdômen subtriangular,
dorso com margem anterior escurecida, com fólio. Ventre
cinza com mancha branca mediana.
Medidas. Comprimento total 2,8. Carapaça
comprimento 1,9, largura 1,6. Pernas, fórmula 1243.
Comprimento perna I: fêmur 2,8; patela + tíbia 3,0;
metatarso 2,0; tarso 0,8; comprimento total 8,6. Patela +
tíbia II 2,2; III 1,2; IV 2,0.
Nota. LEVI (1977) observou que, pelo epígino
peculiar, esta espécie poderia se tratar de uma Metazygia,
o que só poderia ser confirmado com a presença do
macho. A fêmea tem todas as características somáticas
de Eustala. Machos e fêmeas de Eustala secta,
colecionados juntos em duas localidades, foram
associados pelo tamanho, forma e aspecto corporal.
Variação. Machos (n=2): comprimento total: 3,3-3,7;
carapaça: 1,7-2,4, largura 1,4-1,6. Fêmeas (n=5):
comprimento total: 3,9-4,7; carapaça: 1,7-2,0, largura 1,4-
1,7. A carapaça pode ou não apresentar manchas escuras.
O padrão de colorido do dorso do abdômen varia,
podendo ser mais ou menos pigmentado; alguns
exemplares têm o fólio pouco aparente e as faixas pretas
e brancas anteriores podem estar ausentes. O ápice do
epígino pode ser pontudo ou mais arredondado.
Distribuição. Brasil (Goiás, Paraná, Rio Grande do
Sul); Argentina (Misiones) (Fig. 2).
Material examinado. BRASIL, Goiás: Minaçu (Usina
Hidrelétrica Serra da Mesa), , 18-30.XI.1996, A. B. Bonaldo & L.
Moura col. (MCN 28104); Paraná: Três Barras do Paraná, , ,
20-26.II.1993, A. B. Bonaldo col. (MCN 22998); Rio Grande do
Sul: Derrubadas (Parque Estadual do Turvo), , 29.XI.1978, H.
Bichoff col. (MCN 8442); , 11.IX.1976, S. Scherer col. (MCN
4621); 6 , 19-22.X.2003, R. Ott et al. col. (MCN 38593, 46996);
, , 28-31.X.2003, R. Ott et al. col. (MCN 37578, 37613).
Eustala nasuta Mello-Leitão, 1939
(Figs 3, 32, 33)
Eustala nasuta MELLO-LEITÃO, 1939:107, figs 5, 6, holótipo , Guiana,
O. W. Richards col. Examinado por H. W. Levi em 1973,
depositado no The Natural History Museum, Londres (vide LEVI,
2007). ROEWER, 1942:766; BONNET, 1956:1841; PLATNICK, 2010.
Diagnose. O macho de E. nasuta separa-se de
espécies similares com área ocular projetada (LEVI, 2007),
pelo êmbolo longo com lóbulo basal e ápice curto e pela
forma diferenciada do condutor, em vistas mesial e ventral
(Figs 32, 33). A fêmea de E. nasuta distingue-se pela
região ocular elevada e projetada e pela localização dos
olhos médios nesta projeção; epígino com escapo
anelado e placa mediana com um entalhe posterior, em
vista ventral (vide LEVI, 2007).
Macho (Minaçu, Goiás, MCN 28017). Carapaça
amarela-escura, com cerdas esparsas, região cefálica
estreitando-se gradualmente, área entre os olhos médios
projetada anteriormente. Olhos médios anteriores muito
afastados da borda do clípeo e olhos médios posteriores
circundados por losangos pretos. Esterno amarelo com
retículo branco anterior. Pernas amarelas, com manchas
escuras pouco definidas. Abdômen oval, dorso com fólio
e tubérculos marginais, inconspícuos, um tubérculo
mediano abaixo do ápice posterior. Ventre escuro com
mancha branca, esmaecida.
Medidas. Comprimento total 5,5. Carapaça
comprimento 2,7, largura 2,0. Pernas, fórmula 1243.
Comprimento perna I: fêmur 3,5; patela + tíbia 4,8;
metatarso2,5; tarso 0,8; comprimento total 11,6. Patela +
tíbia II 3,5; III 1,8; IV 3,2.
Fêmea (Santarém, Pará, MCN 25336). Aranha com
área cefálica distintamente projetada, semelhante a do
macho. Abdômen com três tubérculos posteriores (vide
LEVI, 2007). Dorso branco com bordas pretas, mancha
anterior longitudinal e mediana preta. Ventre com mancha
branca mediana, grande e arredondada.
Medidas. Comprimento total 8,7. Carapaça
comprimento 3,2, largura 3,0. Pernas, fórmula 1243.
Comprimento perna I: fêmur 3,5; patela + tíbia 5,7;
metatarso 2,9; tarso 1,0; comprimento total 13,1. Patela +
tíbia II 5,3; III 2,5; IV 4,7.
Nota. Macho e fêmeas foram associados pela
forma da região cefálica, muito projetada anteriormente,
onde estão inseridos os olhos médios, distantes da
borda do clípeo. Olhos laterais próximos a margem do
clípeo.
Variação. Fêmeas (n=3): comprimento total: 6,6-8,7;
carapaça: 3,0-3,2, largura 2,2-3,0. A carapaça pode ou não
apresentar pigmento branco, em “V”, na região cefálica.
Um exemplar apresenta o abdômen subtriangular.
Distribuição. Guiana; Brasil (Pará, Goiás, Bahia,
Mato Grosso do Sul) (Fig. 3).
Material examinado. BRASIL, Pará: Santarém, , 28.I.1994,
A. D. Brescovit col. (MCN 25336); Goiás: Minaçu (Usina
Hidroelétrica Serra da Mesa), , 09-20.XII.1996, A. Franceschini
col. (MCN 28017); Bahia: Camacan (Fazenda Matiapã), ,
14.X.1978, J. S. Santos col. (MCN 11079); Mato Grosso do Sul:
Pantanal (30 km de Miranda), , 30.VII.1982, A. Langguth col.
(MCN 25769).
Eustala illicita (O. P.-Cambridge, 1889)
(Fig. 3)
Epeira illicita O. P.-CAMBRIDGE, 1889:17, tipo , est. 6, fig. 16,
Yzabal, Guatemala, Sarg col.
Epeira cambridgii KEYSERLING, 1893:255, est. 13, fig. 190, síntipos
, Guatemala. Sinonimizada por F. O. P.-CAMBRIDGE, 1904:506.
Larinia illicita; SIMON, 1895:795.
Eustala illicita; F. O. P.-CAMBRIDGE, 1904:506, est. 48, fig. 5, , fig.
6, , Atoyac, México e Guatemala, depositados na coleção
274
Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 100(3):267-274, 30 de setembro de 2010
POETA et al.
Recebido em julho de 2010. Aceito em outubro de 2010. ISSN 0073-4721
Artigo disponível em: www.scielo.br/isz
Godman & Savin. Examinados por H. W. Levi em 1975, no The
Natural History Museum (LEVI, 2007). PETRUNKEVITCH, 1911:342;
CHICKERING, 1955:401, figs 6-11, , ; BONNET, 1956:1840;
PLATNICK, 2010.
Diagnose. Eustala illicita assemelha-se às
espécies do grupo E. fuscovitatta pelo abdômen
alongado. Machos distinguem-se pelo êmbolo conspícuo
e distinta forma das apófises terminal e subterminal (vide
LEVI, 2007). Fêmeas diferem das demais espécies do grupo
pela forma característica do escapo, semelhante a um
losango, em vista ventral (vide LEVI, 2007).
Distribuição. México (Atoyac); Guatemala (Yzabal);
Brasil (Roraima, Mato Grosso) (Fig. 3).
Material examinado. BRASIL, Roraima: Alto Alegre, Ilha
de Maracá, , 17.VII.1987, A. A. Lise col. (MCN 27494); Mato
Grosso: Chapada dos Guimarães, , 18.XI.1983, M. Hoffmann
col. (MCN 11981).
Eustala sagana (Keyserling, 1893)
(Fig. 3)
Epeira sagana KEYSERLING, 1893:254, est. 13, fig. 189, síntipos 
e , Rio de Janeiro, Brasil, E. Göldi col. Examinados por H. W.
Levi em 1976, no The Natural History Museum (LEVI, 2007).
Araneus saganus; PETRUNKEVITCH, 1911:314; BONNET, 1956:589.
Eustala sagana; ROEWER, 1942:766; PLATNICK, 2010.
Diagnose. Machos de Eustala sagana distinguem-
se dos das demais espécies, que apresentam o abdômen
alongado, pelo condutor com prolongamento posterior
estreito. Fêmea separa-se pelo escapo sem projeção basal,
em vista lateral, e pela placa mediana posteriormente
demarcada por uma depressão circular (vide LEVI, 2007;
KEYSERLING, 1893)
Distribuição. Brasil (Rio de Janeiro, São Paulo,
Paraná e Rio Grande do Sul) (Fig. 3).
Material examinado. BRASIL, São Paulo: Ubatuba (Praia
Domingas Dias), , 14.II.1988, A. B. Bonaldo col. (MCN 17336);
Paraná: Três Barras do Paraná, , 20-26.II.1993, A. B. Bonaldo
col. (MCN 22995); Morretes, , 28, 29.X.1993, A. B. Bonaldo
col. (MCN 26722); Rio Grande do Sul: Derrubadas (Parque
Estadual do Turvo), , 27.X.2002-01.XI.2002 (MCN 38713); 6
, 28-31.X.2003 (MCN 37541, 38106); , 19-22.X.2004 (MCN
38605), todos coletados por R. Ott; Tenente Portela, ,
11.IX.1976, S. Scherer col. (MCN 4565); Júlio de Castilhos, 2 ,
22.X.1998, L. Moura col. (MCN 30603); Estrela Velha, ,
20.X.1998, A. B. Bonaldo col. (MCN 29573); , 07.III.2001, R.
Ott col. (MCN 33677); , 30.X.2001, A. Franceschini col. (MCN
34109); Pinhal Grande, , 07.V.1998, M. A. L. Marques col. (MCN
29379); Farroupilha, , 25.II.2003, J. E. F. Dorneles col. (MCN
37518); São Francisco de Paula, , 04.XI.1998, A. B. Bonaldo col.
(MCN 29703); Candelária (Cerro do Botucaraí), , 05-09.II.2001,
A. Franceschini col. (MCN 33608); , 08, 09.X.2001, A.
Franceschini col. (MCN 34068); Morro Reuter, , 07.X.1967, A.
A. Lise col. (MCN 531); Pelotas, , 08.VIII.2003, E. N. L. Rodrigues
col. (MCN 37426).
Agradecimentos. À Diretora Executiva do MCN, Maria
de Lourdes Abruzzi A. de Oliveira pela disponibilização de
equipamentos. Ao CNPq pela bolsa de Iniciação Científica (PIBIC
- processo nº 105695/2009-2) à primeira autora.
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