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3/26/24, 2:01 PM wlldd_231_u2_res_soc_amb https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=natalileitesilveira%40gmail.com&usuarioNome=NATALI+DE+OLIVEIRA+LEITE+SILVEIRA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3923018&ativ… 1/31 Imprimir INTRODUÇÃO Estudante, é uma alegria tê-lo conosco em mais uma aula da disciplina de Responsabilidade Social e Ambiental. A nossa temática será sobre o sistema de proteção e governança ambiental internacional. Ela permitirá que você compreenda o processo de reconhecimento e a�rmação da proteção ambiental no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU). Por meio das conferências da ONU, discussões, como mudanças do clima, sustentabilidades e outras, passaram a fazer parte do nosso dia a dia pro�ssional. Além disso, há a aplicabilidade dos documentos internacionais no ordenamento jurídico brasileiro, em um diálogo cada vez mais recorrente para que os desa�os ambientais sejam enfrentados por todos os Estados. Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. Aula 1 PROTEÇÃO AMBIENTAL INTERNACIONAL A nossa temática será sobre o sistema de proteção e governança ambiental internacional. 35 minutos GOVERNANÇA E PROTEÇÃO AMBIENTAL Aula 1 - Proteção ambiental internacional Aula 2 - Desenvolvimento sustentável Aula 3 - Políticas públicas ambientais Aula 4 - Responsabilidade em matéria ambiental Referências 152 minutos 3/26/24, 2:01 PM wlldd_231_u2_res_soc_amb https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=natalileitesilveira%40gmail.com&usuarioNome=NATALI+DE+OLIVEIRA+LEITE+SILVEIRA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3923018&ativ… 2/31 Portanto, você, como futuro pro�ssional, a partir dessa aula, compreenderá a estrutura internacional de proteção ao meio ambiente e a relação com o direito brasileiro. Vamos juntos no estudo do sistema internacional de proteção ao meio ambiente? A PROTEÇÃO AMBIENTAL INTERNACIONAL O arcabouço da proteção e da governança ambiental tem os seus aspectos mais importantes nas instâncias internacionais, pois as questões ambientais não estão limitadas às de�nições de fronteiras entre países, o u seja, os desa�os são transfronteiriços ou transnacionais e discuti-los e enfrentá-los exige a cooperação comum entre os Estados. As deliberações são estabelecidas nos arranjos das organizações supranacionais. A temática ambiental entrou na agenda global na década de 1960, a partir das preocupações com os efeitos da explosão demográ�ca mundial e do aumento da poluição. Em um período de forte expansão do comércio e das atividades econômicas, houve a constatação dos limites desse crescimento, que se tornou um assunto de debates entre pesquisadores e atores das instâncias internacionais. O sistema internacional contemporâneo é relativamente recente, com origem no �nal da Segunda Guerra Mundial, com a Conferência de São Francisco, de 1945, que aprovou a Carta de São Francisco, de criação da Organização das Nações Unidas (ONU). O propósito primordial da ONU é o de garantir a paz mundial, mas também o de “conseguir uma cooperação internacional para resolver os problemas internacionais de caráter econômico, social, cultural ou humanitário [...]” e de “ser um centro destinado a harmonizar a ação das nações para a consecução desses objetivos comuns” (BRASIL, 1945, [s. p.]). Nota-se, pois, que a ONU se tornou, assim, o centro das discussões globais, atuando por meio de seus conselhos – Segurança; Econômico e Social; outros –, de suas comissões – Direitos Humanos (que desde 2006 se transformou em Conselho) e outras – e de suas agências especializadas – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco); Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO); Fundo Monetário Internacional (FMI). Além da ONU, organizações foram criadas em âmbito regional, como a Organização dos Estados Americanos (OEA), em 1948, pelos países das Américas. Na Europa, foram criados o Conselho da Europa, em 1949, e a Comissão Europeia, em 1951. Esses compõem, hoje, o arcabouço da União Europeia, a qual, por sua vez, foi criada em 1993. No que se refere ao direito internacional, em que os principais sujeitos são os Estados, é preciso destacar o papel da ONU, que se tornou os lócus de formação de um arcabouço de normas e instituições em várias áreas, como direitos humanos, educação, cultura e meio ambiente. Com essa perspectiva, a discussão entre Estados é fundamental para a formação de normas ambientais internacionais, com o objetivo comum de proteção ao meio ambiente em todas as suas dimensões. Vários problemas ambientais são de caráter transnacional e exigem ações multilaterais e cooperativas (BURSZTYN; BURSZTYN, 2012). A formalização da proteção ambiental no âmbito internacional se dá essencialmente por meio de dois tipos de atos: tratados e declarações. Os tratados são �rmados entre Estados e podem ser bilaterais (dois Estados) ou multilaterais (vários Estados). Um tratado possui força jurídica vinculante, assim, é chamado de hard law. Os tratados podem ser globais, quando estabelecidos em organizações de abrangência mundial (por exemplo, 3/26/24, 2:01 PM wlldd_231_u2_res_soc_amb https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=natalileitesilveira%40gmail.com&usuarioNome=NATALI+DE+OLIVEIRA+LEITE+SILVEIRA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3923018&ativ… 3/31 ONU), ou regionais, quando �rmados por países de uma determinada região do mundo ou em uma organização delimitada geogra�camente (por exemplo, OEA). Os tratados de direito ambiental frequentemente recebem a denominação de convenção, porque costumam ser oriundos de conferências especí�cas para debater temáticas ambientais. Já as declarações, no direito ambiental, não têm força jurídica vinculante, são chamadas de soft law, ou seja, não são normas impositivas, mas formam os princípios do direito internacional. Esses são gradativamente reconhecidos nas instâncias internacionais e nacionais. Portanto, ao estudar o direito ambiental, esses dois tipos de atos são os mais frequentes. Os tratados em matéria ambiental costumam ter algumas características, como: (i) os países signatários se submetem às regras comuns; (ii) os países adotam uma cooperação interestatal, por meio de agências internacionais ou órgãos especí�cos que são criados; (iii) o conteúdo dos tratados depende do estágio atual do conhecimento cientí�co; (iv) os tratados podem comportar obrigações diferenciadas entre países (BURSZTYN; BURSZTYN, 2012). Os tratados ambientais são compromissos para enfrentar questões, como poluição, diversidade biológica, mudança do clima, �orestas, entre outros, que são reveladores de como as dinâmicas ambientais não respeitam fronteiras de Estados. Exige-se deles a cooperação e a articulação comum para o enfrentamento dos desa�os ambientais. Por evidente, esse é um processo complexo, com di�culdades, porque a estrutura do direito internacional foi construída em observância a um dos pressupostos do Estado moderno, a soberania. E isso signi�ca a autodeterminação sobre os seus territórios para dispor livremente de suas riquezas e de seus recursos naturais. Além disso, a autodeterminação está diretamente ligada ao desenvolvimento, que é um argumento presente entre os países, em especial, os emergentes, marcados pela desigualdade em múltiplas dimensões – econômica, social, ambiental. A cooperação para lidar com os problemas ambientais deve equacionar esses desa�os. Isso demonstra a complexidade dos debates nas instâncias internacionais. A partir da década de 1970, há o franco desenvolvimento do direito internacional do meio ambiente, que ocorreu com as conferências no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU), como veremos a seguir. A expressão Antropoceno é objeto de questionamentos. O geógrafo norte-americano Jason Moore prefere o vocábulo Capitoloceno, porque, segundo ele, não é possível atribuir à espécie humana a condição de forçageológica, mas, sim, ao sistema capitalista que, por seu caráter expansionista, é o causador da mudança de era geológica (MOORE, 2016). Outros usam o termo Ocidentaloceno, porque a responsabilidade pelos desdobramentos atuais é dos países ricos do norte global, e esses não podem ser atribuídos às nações mais pobres (UNESCO, 2018; COSTA, 2022); ou ainda Tecnoceno, porque as mudanças em curso e suas consequências foram a partir do desenvolvimento tecnológico e tem o poder de alcançar todas as condições de vida para as gerações futuras (COSTA, 2021). Apesar dos questionamentos, a expressão Antropoceno se popularizou e tornou-se não só a designação de um novo tempo geológico mas também uma metáfora dos novos tempos em curso. Em uma ou em outra perspectiva, o Antropoceno traz a discussão sobre os limites de um planeta �nito, tanto de espaço quanto de recursos naturais. Além disso, se sistemas econômicos e sociais continuarem na mesma sistemática, passaremos de um cenário de crise para uma provável e desa�adora emergência ecológica, afetando a vida como um todo.
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