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Psicopatia e Sistema Penal

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PSICOPATAS CRIMINOSOS E O SISTEMA PENAL BRASILEIRO 
 
CRIMINAL PSYCHOPATHS AND THE BRAZILIAN CRIMINAL SYSTEM 
 
Clícia Maria de Oliveira Tobias1 
 
Larissa Yasmin Santos Queiroz2 
 
 
Resumo: A psicopatia, denominada como transtorno de personalidade antissocial atribui ao 
psicopata um nível de frieza e crueldade tão patente que transparece aos atos criminosos por 
estes praticados. Em razão de no Brasil não haver uma legislação específica que se atente a 
estes casos, nota-se que a justiça brasileira se desatentou acerca da atenção necessária a esses 
indivíduos acometidos por este transtorno. Da mesma forma, não existe no país uma 
uniformidade nas decisões jurídicas quanto à sanção que deve ser aplicada aos psicopatas 
criminosos, os quais podem se destinar às punições: ou são tidos como imputáveis sofrendo 
aplicação de pena privativa de liberdade, ou são considerados semi-imputáveis com fulcro no 
artigo 26, parágrafo único, do Código Penal, podendo receber ou a redução de pena prevista 
neste, ou a aplicação da medida de segurança. Em decorrência do transtorno de personalidade 
que os psicopatas possuem, estes não conseguem assimilar como deveriam a sanção imposta a 
eles e muito menos se arrepender das barbaridades que cometem, motivo este pelo qual a pena 
ou medida de segurança não cumprem suas finalidades. Ao contrário disso, quando 
encarcerados manipulam os companheiros de cela, mostram falso arrependimento, o que 
difere totalmente da realidade, como também organizam e incentivam desordem nos 
presídios, pois são muito dissimulados e têm poder de convencimento. Conclui-se que a 
psicopatia é incurável, por se tratar de transtorno na área cerebral e funcional do portador, os 
quais em decorrência disso são impiedosos e insensíveis, diferentemente de quem não porta 
tal transtorno. Dessa forma, pelo exposto nota-se que é preciso que o país se atente mais no 
que tange às penalizações mais rigorosas dos psicopatas criminosos, uma vez que a atual 
punição destinada a eles é fraca sendo prova disso, o nível de reincidência destes. Podendo 
ainda o Brasil se espelhar em países do exterior, que já tratam esses indivíduos com atenção, 
mais rigor, o que torna a sanção mais eficiente e garante mais segurança à sociedade, 
garantindo à esta seus direitos fundamentais. 
 
Palavras-chave: Psicopatia. Limbo jurídico. Sistema penal brasileiro e sistemas 
internacionais. 
 
Abstract: Psychopathy, known as antisocial personality disorder, attributes to the psychopath 
a level of coldness and cruelty so patent that it can be seen in the criminal acts committed by 
 
1 Acadêmica do curso da Instituição de Ensino Superior (IES) da rede Ânima Educação. E-mail: 
cliciatobias@outlook.com. Artigo apresentado como requisito parcial para a conclusão do curso de Graduação 
em Direito da Instituição de Ensino Superior (IES) da rede Ânima Educação. 2021. Orientador: Profª. Rosimaire 
Cássia dos Santos, Especialista. 
2 Acadêmica do curso da Instituição de Ensino Superior (IES) da rede Ânima Educação. E-mail: larissa-
fze@hotmail.com. Artigo apresentado como requisito parcial para a conclusão do curso de Graduação em 
Direito da Instituição de Ensino Superior (IES) da rede Ânima Educação. 2021. Orientador: Profª. Rosimaire 
Cássia dos Santos, Especialista. 
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them. As there is no specific legislation in Brazil that addresses these cases, it is noted that the 
Brazilian justice has failed to pay attention to the necessary attention to these individuals 
affected by this disorder. Likewise, there is no uniformity in legal decisions in any country 
regarding the sanction that should be applied to criminal psychopaths, who may be aimed at 
punishment: either are considered imputable, suffering from the application of the necessary 
penalty of liberty, or are considered semi-attributable with the fulcrum of article 26, sole 
paragraph, of the Penal Code, being able to receive either the reduction of penalty provided 
for in this, or the application of the security measure. Due to the personality disorder that 
psychopaths have, they cannot assimilate how to characterize the sanction imposed on them, 
much less regret the atrocities they commit, which is why the penalty or security measure 
does not fulfill its purposes. On the contrary, when incarcerated they manipulate their 
cellmates, show false repentance, which is totally different from reality, as well as organizing 
and encouraging disorder in prisons, as they are very secretive and have the power to 
convince. It is concluded that psychopathy is incurable, as it is a disorder in the brain and 
functional area of the patient, who as a result are ruthless and insensitive, unlike those who do 
not have such disorder. Thus, from the above, it is noted that the country needs to pay more 
attention to the stricter penalties for criminal psychopaths, since the current punishment aimed 
at them is weak proof of this, the level of recurrence of these. It is also possible for Brazil to 
mirror itself in countries abroad, which already treat these countries accordingly with 
attention, more rigor, which makes the sanction more efficient and guarantees more security 
to society, guaranteeing its fundamental rights. 
 
Keywords: Psychopathy. Legal limbo. Brazilian penal system and international systems. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O presente trabalho foi realizado através de reprodução bibliográfica, e tem por escopo 
o estudo da psicopatia através de suas características peculiares, o tratamento no sistema penal 
brasileiro aos infratores portadores da psicopatia e o reflexo da reincidência criminal na 
sociedade. 
Primordialmente discorre-se acerca da criminologia clínica, cuja é a ciência que 
analisa o comportamento do criminoso, os fatores internos e fatores externos que levam um 
indivíduo a delinquir. 
Nesse ínterim, busca-se analisar as sanções penais aplicadas a eles pela justiça 
brasileira, uma vez que atualmente cabe ao Juiz, com fulcro no artigo 26 do Código Penal, 
reputá-los imputáveis, sofrendo a aplicação da pena privativa de liberdade, ora semi-
imputáveis, recebendo aplicação da medida de segurança ou a redução de pena prevista no 
parágrafo único do artigo 26 do Código Penal. 
Adiante, estuda-se as características ligadas aos psicopatas homicidas, em virtude do 
grau de perversidade e desprezo que estes possuem, levando-os a delinquir de maneiras 
brutais, provocando grande comoção social. Bem como demonstra relevância na medida em 
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que procura provar que a distinção em punições e tratamentos de apenados portadores e não 
portadores da sociopatia deve ser realizada. 
Trata-se também sobre a psicopatia, sendo esta biologicamente elucidada como uma 
alteração no sistema límbico do cérebro, onde, por uma falha de comunicação entre duas 
estruturas, responsáveis por regular as emoções e o comportamento social, acarreta nestes 
indivíduos um comportamento insensível. É abarcado acerca do limbo jurídico e a psicopatia, 
trazendo as características dos psicopatas como a ausência de emoções, compaixão ou culpa, 
acompanhados da incapacidade que possuem de absorver o objetivo da punição, impede a 
eficácia das sanções penais a eles aplicadas. Conclui-se deste título que a psicopatia é 
incurável e que àqueles criminosos que a possuem, necessitam de uma atenção especial no 
que tange à sanção penal. 
Trata-se ao decorrer do trabalho, de um projeto de lei que versa sobre a criação de 
comissão técnica, autônoma da administração prisional, criando a possibilidade da realização 
do exame criminológico do condenado psicopata à pena restritiva de liberdade. 
Destarte, passa-se a comparação do sistema penal brasileiro aos estrangeiros, e 
conclui-se que o Brasil está muito aquém de exercer o objetivo dos presídios, bem como a 
penalização dos homicidas psicopatas. Dessa forma, por conseguintechega-se ao 
questionamento de qual forma seria a punição adequada e eficaz para psicopatas homicidas 
dentro do direito penal brasileiro e o que fazer para que se possa prevenir a prática de crimes 
bem como reduzir a reincidência criminal. 
Intentando argumentar a problemática exposta, o presente trabalho tem como principal 
objetivo esquadrinhar as características psíquicas e comportamentais destes indivíduos, bem 
como analisar a eficácia da punibilidade aplicada a estes pela justiça brasileira. 
 
2 CRIMINOLOGIA CLÍNICA 
 
A criminologia clínica é a ciência que, através de métodos e técnicas de investigação, 
visa analisar o comportamento criminoso e as verdadeiras motivações, fatores internos e 
principalmente fatores exógenos que levaram tal indivíduo a delinquir. 
Tem por objetivo estudar o indivíduo submetido ao cárcere por meio de estratégias e 
métodos de intervenção de modo que o indivíduo possa ser reintegrado e ressocializado, 
retornando à sociedade e deixando seu aspecto “enfermo”. 
Neste sentido, a criminologia clínica influencia diretamente na execução penal e na 
individualização da pena. Nesse sentido, salienta Alvino Augusto de Sá: 
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Seja qual for á concepção que se tenha de Criminologia Clínica, ela deverá 
dar subsídios para se enfrentarem estas três questões: análise da conduta que o direito 
criminal define como criminosa e da pessoa que a praticou (ou, numa linguagem de 
viés crítico, da pessoa que foi selecionada pelo sistema punitivo), a análise do cárcere 
e suas vicissitudes e a discussão em torno das estratégias de intervenção. Assim, o 
critério sobre o qual se baseou a sequência dos temas são essas três questões 
enfrentadas pela Criminologia Clínica e Psicologia Criminal [...] 
 
Três questões deverão ser obrigatoriamente abordadas dentro dos métodos de 
investigação: primeiro, deve ser analisada a conduta tipificada como crime, bem como o 
agente que a praticou. Depois, a eficácia do cárcere e suas inconstâncias, abordando possíveis 
estratégias de intervenção cabíveis dentro do contexto criminal do indivíduo. 
 
3 CULPABILIDADE 
 
A culpabilidade é o juízo que é feito sobre a reprovabilidade da conduta do agente, 
considerando suas circunstâncias pessoais, como por exemplo a sua capacidade. 
O objeto da culpabilidade está no agente, diferentemente do fato típico (fato estar 
previsto na lei) e da ilicitude (fato contrário ao ordenamento jurídico). 
Existem algumas teorias que buscam explicar a culpabilidade. O Código Penal 
Brasileiro (CPB) adota a teoria limitada. Esta, basicamente considera como elementos da 
culpabilidade a imputabilidade, a potencial consciência da ilicitude e a exigibilidade de 
conduta diversa. O base da imputabilidade penal, pode ser definida como a capacidade mental 
do agente de entender o caráter ilícito da conduta. Existe as causas de exclusão da 
inimputabilidade, conforme previsto no artigo 26 e 27 do Código Penal, que dispõe: 
 
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento 
mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente 
incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse 
entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em 
virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto 
ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de 
determinar-se de acordo com esse entendimento. 
 
Sendo o agente completamente incapaz de entender o caráter ilícito do fato, este é 
isento de pena. Não sendo inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato, terá sua 
pena reduzida de 1/3 a 2/3: “Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente 
inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial. (Redação dada 
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pela Lei nº. 7.209, de 11.7.1984)”. 
O menor responderá perante ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e não ao 
CPB. A imputabilidade penal do agente deve ser aferida o momento do fato criminoso. 
 
4 O CONCEITO DE PSICOPATIA, PSICOPATAS E SOCIOPATAS 
 
A psicopatia se caracteriza pelo distúrbio mental grave em que o enfermo apresenta 
comportamentos antissociais e amorais sem demonstração de arrependimento ou remorso, 
incapacidade para amar e se relacionar com outras pessoas com laços afetivos profundos, 
possuindo egocentrismo extremo, além de não se sentirem culpados pelos vários importunos 
causados a si mesmo e a outrem, em função de suas ações irresponsáveis. Os que portam a 
referida patologia, geralmente são indivíduos que apresentam uma disposição permanente do 
caráter no sentido da agressividade, da crueldade e da malignidade. 
A propósito: 
 
Os psicopatas são indivíduos que possuem um distúrbio de personalidade, onde 
existem anomalias no sistema límbico, área do cérebro onde são processadas as 
emoções. Esse distúrbio provoca ausência de empatia, afetividade, compaixão, 
atributos necessários para o convívio social, resultando numa vida repleta de delitos, 
na maioria das vezes brutais e que provocam grande comoção social. (SOUSA, 
2010, p. 26). 
 
O Código Penal brasileiro não trata especificamente sobre o tratamento penal do 
psicopata, pois a psicopatia não é tratada como doença e sim um desvio de personalidade, o 
que dificulta o julgamento destes infratores. Atualmente a execução penal Brasileira não 
diferencia o tratamento dado ao condenado comum do tratamento dado ao condenado que 
possui tal patologia. 
Já a sociopatia, muitas vezes confundida com a psicopatia por ambas se tratarem de 
um desvio de personalidade, é relacionada a fatores externos como educação e contato com a 
sociedade, ou seja, diferente da psicopatia, a sociopatia é adquirida durante a vida. 
Não sabe ao certo, as causas do desenvolvimento da sociopatia. Acredita-se que pode 
ter relações com fatores genéticos, mas há também indícios de que esta se dá por fatores 
ambientais, principalmente na infância do agente. Acredita-se que estes elementos estejam 
relacionados fortemente com o aparecimento deste transtorno em tais indivíduos. 
Os sociopatas, não sentem apego às coisas morais, e são capazes de simular 
sentimentos para manipular o outro. Possuem incapacidade em controlar seus sentimentos 
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negativos, o que os tornam detectáveis com mais facilidade e os impede de ter um 
relacionamento estável. 
 
4.1 PISCOPATAS X SOCIOPATAS 
 
A maior diferença entre estes dois agentes apesar de serem bastante semelhantes, é que 
os psicopatas são mais frios e calculistas, enquanto os sociopatas tendem a agir de forma mais 
impulsiva e irresponsável. Psicopatas tendem a ser manipuladores e mentirosos natos. Por 
isso, aparentam ter uma vida normal e relações sociais saudáveis. Os sociopatas muitas das 
vezes, adquirem a habilidade ardilosa ao decorrer da vida. 
 
5 LIMBO JURÍDICO E PSICOPATIA 
 
A ausência de norma jurídica específica para tratamento dos psicopatas no sistema 
penal brasileiro gera uma grande insegurança jurídica no que tange esses indivíduos, restando 
ao juiz avaliar e julgá-lo como imputável, semi-imputável ou inimputável. 
Acerca da breve análise da mente desses indivíduos que presentes neste trabalho, é 
possível observar que estes não se enquadram na semi-imputabilidade tampouco na 
inimputabilidade por não possuírem nenhuma limitação de entendimento, sendo assim 
inteiramente capazes de entender a ilicitude do fato cometido. 
Outrossim, estes não possuem discernimento suficiente para compreender o caráter 
educativo da pena imposta, uma vez que não sentem remorso ou culpa, muitos destes são 
devolvidos para a sociedade cometendo atrocidades piores ou iguais as que cometiam antes do 
tratamento recebido pelo sistema jurídico. 
Quando mantidos em cárcere junto a criminosos comuns, pela facilidade depersuasão 
e manipulação, utilizam colegas de cela como meio de obterem vantagens pessoais. Ana 
Beatriz Barbosa (2020, p. 188) elucida que os psicopatas: “[...] são intratáveis, sob o ponto de 
vista da ressocialização”. 
Isto posto, sendo a psicopatia uma patologia incurável, cabe uma análise adentro das 
punições aplicadas em outros países para uma possível adequação do nosso sistema jurídico 
no tratamento desses criminosos. 
 
6 PROJETO DE LEI 6.858/2010 
 
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 Trata-se de um projeto de lei criado pelo ex Deputado Federal Marcelo Itagiba. O 
referido projeto versa a criação de comissão técnica, autônoma da administração prisional, 
criando a possibilidade da realização do exame criminológico do condenado psicopata à pena 
restritiva de liberdade. 
 Hodiernamente o Projeto de Lei 6858/2010, encontra-se arquivado. 
 Em síntese, o projeto visa alterar a Lei no 7.210/1984 (LEP) e propõe a criação de 
comissão técnica autônoma, independente da administração prisional, para que a realização de 
exame criminológico do condenado a pena privativa de liberdade seja realizada no momento 
em que o mesmo adentrar no estabelecimento prisional e também em casos de progressão de 
regime, nas hipóteses que especifica, como também requisito obrigatório para progressão de 
regime e também da liberdade do condenado psicopata. 
 Itagiba propõe que o exame seja realizado por uma equipe técnica independente da 
administração prisional para não relacionar diretores ou responsáveis pelos presídios. Por 
último mas não menos importante, sua previsão é a de que o cumprimento da pena do agente 
psicopata ocorra separadamente dos presos comuns. 
 No que se refere ao parecer relacionado a diferenciação entre os criminosos, além da 
falta de estrutura, ao identificar os psicopatas para tratá-los em ambiente penitenciário 
adequado, diminuiria a força da influência destes sistemas carcerários e possibilitaria a 
reabilitação dos criminosos comuns mais eficaz, uma vez que a convivência daqueles com 
estes, os influenciam a delinquir ainda mais, seja em cárcere ou após a liberdade. 
 Em virtude dos conflitos existentes pelo atual tratamento de psicopatia no direito penal 
podemos definir como um sistema jurídico controverso e inseguro. 
 O projeto vem sanar aquilo que tem sido objeto de muitas críticas, mormente a de que 
o exame é um ponto frágil do sistema por promover falhas importantes no que concerne a 
segurança de decisões judiciais que autorizam a saída do condenado do sistema prisional. 
Com a determinação legal de que a Comissão Técnica que realizará o exame criminológico 
não estará ligada ou subordinada aos diretores ou responsáveis pelos presídios, a isenção da 
qualificação adotada para o preso estará, ao nosso ver, garantida. Com este propósito o projeto 
modifica o artigo 6º e cria o 8º-A, na LEP. 
 A aprovação do Projeto de Lei 6.858/2010 ocasiona segurança jurídica quanto a 
realização de exame criminológico nos apenados desta patologia por profissionais habilitados, 
em caráter obrigatório, bem como em benefícios progressão de regime concedidos aos 
condenados. É de extrema importância que esse projeto de Lei seja aprovado e aplicado no 
sistema penal brasileiro, uma vez que com isso, acarretará uma maior segurança nos presídios 
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e na sociedade de forma geral. 
 Além do avanço na LEP, a aprovação deste Projeto também diminuirá muito a 
reincidência criminal no país, em relação aos índices atuais. 
 
7 A FORMA DE TRATAMENTO DADO PELO SISTEMA PENAL BRASILEIRO 
 
A imputabilidade do psicopata se destacou como principal fonte de estudos da 
psiquiatria forense, bem como do Direito Penal, buscando sedimentar o transgressor 
psicopata, uma vez que ele se coloca constantemente em ações contrárias ao direito. 
A Lei nº. 10.216/01 – Lei de Reforma Psiquiátrica, foi um divisor de águas no 
território brasileiro, pois trouxe expressa a necessidade do respeito a pessoa humana com 
transtornos mentais, em detrimento às legislações anteriores que usam o método de ‘exclusão 
social’ como forma de evitar algum tipo de ‘perturbação a ordem’ e que não se importavam 
em oferecer tratamento adequado para modulação do estado psíquico do agente. 
É essencial compreender que o estudo se faz com atenção à Constituição Federal, em 
observância aos direitos fundamentais, princípios e garantias inerentes ao Estado Democrático 
de Direito. E por essa razão, o estudo do psicopata pela Ciência Jurídica deve ser feito com 
enfoque especial, no intuito de proteger a sociedade. 
O artigo 26, parágrafo único, do Código Penal, dispõe sobre a redução de pena de um 
a dois terços, se o agente, em detrimento de incompleto desenvolvimento mental ou 
perturbação de sua saúde mental, não era, no tempo da ação delitiva, inteiramente capaz de 
compreender o caráter ilícito de sua ação. 
Em análise ao artigo acima citado, fica claro que a intenção do legislador era de deixar 
facultado ao juiz à escolha de reduzir ou não a pena ou adequar o agente na semi-
imputabilidade, aplicando ou uma pena privativa de liberdade ou uma medida de segurança. 
Segundo Manuel Cancio Meliá (2013, p. 533), a psicopatia é: “[...] uma constante 
antropológica, pois está presente em todas as épocas e em todas as culturas, em uma 
porcentagem da população em torno de 0,5% a 1,5% dos homens podem ser considerados 
psicopatas, sendo um fenômeno quase que exclusivamente masculino”. Esses dados são 
complementados pela Psiquiatra Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva (2014, p. 54), que: “[...] 
segundo a classificação da DSM-IV-TR, o Transtorno da Personalidade Anti-social é de cerca 
de 3% em homens e 1% em mulheres”. 
No âmbito dos sistemas prisionais, segundo Manuel Cancio Meliá (2013, p. 533): 
 
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[...] cerca de 15% a 25% da população carcerária é composta de indivíduos 
psicopatas. Robert D. Hare alerta que, nas prisões dos Estados Unidos da América, 
em torno de 20% dos detentos de ambos os sexos são psicopatas, e que, esses 
indivíduos seriam responsáveis por mais de 50% dos crimes graves cometidos. 
 
Assim, não é possível negar a existência e a dimensão do problema, bem como, a 
necessidade de enfrentá-lo. 
Ainda dentro da gravidade da situação, surge a questão do prognóstico de reincidência, 
aliado à ineficácia geral do tratamento. Segundo Espinosa (2013), e confirmado por Silva 
(2008), estudos revelam que no período de um ano após saírem da prisão, a taxa de 
reincidência geral é cerca de três vezes maior que a dos demais criminosos, chegando a ser 
quatro vezes maior nos crimes associados à violência. Com o passar do tempo, a tendência 
dessa taxa é o crescimento, atingindo no quarto e quinto ano níveis de 80% a 90%. Ademais, 
a reincidência dentre aqueles que receberam “tratamento”, afirma Manuel de Juan Espinosa, 
seria de 86%, enquanto entre os que não foram “tratados” estima-se a reincidência em 52%. 
 Os psicopatas presos, analisa Robert D. Hare (2013, p. 65), aprendem a: “[...] utilizar 
as instituições correcionais em proveito próprio, forjando uma imagem positiva de si mesmos 
diante dos que irão decidir sobre a condicional”. Por conta disso, explica-se a constatação de 
Manuel de Juan Espinosa (2013, p. 580), no sentido de que: “[...] eles apresentam uma 
probabilidade 2,5 vezes maior, em relação aos demais detentos, de serem postos em liberdade 
ou de obterem a liberdade condicional”. 
 
 
8 MEDIDAS DE SEGURANÇA 
 
Com fulcro no artigo 26 do Código Penal, o juiz poderá determinar a medida de 
segurança, que consiste em aplicar uma sanção com intuito preventivo e indicativo para 
tratamento destinado aos semi-imputáveis ou inimputáveis, buscando evitar a reincidência 
criminal. 
Neste sentido, abaixo mencionado o alerta de Afrânio Silva Jardim, considerado como 
um dos maiores processualistas do Brasil: 
 
[...] a psicopatia não é uma doença mental, e que seu portador tem consciência plena 
da ilicitude de seusatos, bem como autodeterminação para praticá-los ou não. Assim 
não incidiram nas regras do artigo 26 do Código Penal [...] a jurisprudência pátria é 
oscilante nesta questão, talvez por falta de conhecimento mais técnico e aprofundado 
da psicopatia, uma verdadeira “máscara” para o poder judiciário não especializado. 
 
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Existem dois tipos de medida de segurança, a medida detentiva e a medida restritiva. 
A primeira, é a qual é utilizada a internação, destinada aos casos mais graves, onde o acusado 
deverá ficar internado no hospital de custódia e tratamento psiquiátrico, sendo aplicada apenas 
nos crimes com pena de reclusão, prevista assim no art. 96, I, CP. Aos casos mais brandos, é 
aplicada a medida de segurança restritiva, que consiste no tratamento ambulatorial, no qual 
acusado é encaminhado para atendimento e acompanhamento. GRECO (2017), neste sentido: 
 
[..] independente desta disposição legal, o julgador tem a faculdade de optar 
pelo tratamento que melhor se adapte ao inimputável, não importando se o fato 
definido como crime é punido com pena de reclusão ou de detenção. [...] 
 
No mesmo sentido, Nucci (2014) defende que caso o juiz identifique que no momento 
do crime o indivíduo não estava plenamente consciente de seus atos, poderá determinar a 
medida de segurança, todavia, se entender que se enquadra como semi-imputabilidade poderá 
deferir medida de segurança ou pena privativa de liberdade reduzida. 
 
9 COMPARATIVO ENTRE A FORMA DE TRATAMENTO DO SISTEMA 
BRASILEIRO E SISTEMAS INTERNACIONAIS 
 
Os EUA, Austrália, Holanda, Noruega e China utilizam o instrumento denominado 
“Psychopathy checklist” ou PCL- R que foi criado pelo psicólogo canadense, Robert Hare, a 
fim de avaliar os riscos de uma reincidência criminal e o grau de periculosidade do indivíduo. 
Este teste é composto por 20 itens, numa escala de avaliação aplicada através de uma 
entrevista semiestruturada, na qual um profissional habilitado deve pontuar cada pergunta 
entre 0 e 2 pontos, com duração máxima de uma hora e meia. Ao término deste, deverá ser 
avaliado se o indivíduo possui tendências psicopáticas, a possibilidade de cometer atos 
violentos ou de reincidir. 
A Inglaterra e os Estados Unidos lidam com a psicopatia desde seus primeiros 
indícios. Segundo estudos realizados pelo FBI, boa parte dos psicopatas desencadeia a 
patologia inicialmente matando animais e, por este dado, matadores de animais são tratados e 
julgados de forma diferenciada nesses países, provocando-os a adotar uma medida preventiva 
acerca da psicopatia, detendo estes indivíduos desde os primeiros indícios da patologia. 
Atualmente no Brasil ainda não existe essa averiguação já percebida e questionada em 
outros países. Ao abarcar nessa temática analisa-se que, em um dos psicopatas mais famoso 
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do Brasil, Pedrinho Matador, afirmou que desde a infância, em Minas Gerais, matava 
macacos e pacas. Em entrevista recente, em formato de poadcast para o NowFlow (05/2021), 
Pedrinho afirmou ter matado mais de 100 pessoas. Está em liberdade desde 2018, após 
cumprir 42 anos de reclusão. Atualmente possui um canal no YouTube, onde comenta crimes 
atuais e diz não ter a intenção de voltar a praticar crimes, desde que ninguém perturbe a 
integridade daqueles que ama. 
Pode-se observar que o ordenamento brasileiro está muito aquém no que tange a 
aplicação de sanção eficaz para psicopatas, o que faz de a reincidência ser recorrente como já 
abarcado neste texto. 
Países como Alemanha, Estados Unidos, Suécia, Dinamarca entre outros realizam a 
aplicação de hormônios femininos a estes indivíduos, reduzindo o nível de testosterona e, 
consequentemente, a libido sexual. Assim configura-se a Castração Química, sendo uma 
modalidade de pena aos crimes sexuais cometidos em série nestes países. (MOTA, 2018). 
Na França existe uma inovação, sendo a castração química. Nesta, há um grupo para 
acompanhar o apenado, sendo composto de médicos-psicólogos, para que ao avalie com 
constância. Este projeto do presidente do país seria destinado aos reincidentes de crimes de 
cunho sexual que houvessem cumprido parte de sua pena e, posteriormente, optassem pelo 
tratamento. 
Um outro procedimento utilizado pelos Estados Unidos, em vários de seus estados, 
bem como pelo Canadá, é a criação de leis especificas para psicopatas. Isso demonstra que 
esses países já compreenderam a gravidade dos crimes que podem ser cometidos por pessoas 
com personalidades e condutas psicopatas e que, por este motivo, merecem uma visão 
individualizada, a fim de evitar a reincidência: 
 
Quanto a se discutir eventual liberação pela suspensão da medida de segurança, 
quase há um consenso, com poucas discórdias em torno dele, no sentido de que tais 
formas extremas de psicopatia que se manifestam através da violência são intratáveis 
e que seus portadores devem ser confinados. Deve-se a propósito deste pensamento 
considerar que os portadores de personalidade psicopática são aproximadamente de 
três a quatro vezes propensos a apresentar recidivas de seu quadro do que os não 
psicopatas. (PALOMBA, 2003, p. 186). 
 
No Brasil, o Projeto de Lei nº. 6.858/10 está aguardando apreciação do Plenário. Se 
aceito, criará comissão técnica independente da administração prisional e a execução da pena 
do condenado psicopata, com exames criminológicos aos condenados à pena privativa de 
liberdade, nas hipóteses que especifica. 
Quanto à possibilidade de prisão perpetua, muito há de se ressalvar. Nos Estados 
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Unidos, Canadá e alguns países da Europa, há previsão na lei acerca da prisão perpetua com 
cela de isolamento. Se forem menores de idade, a despeito do que ocorre no Brasil. Existe 
também a possibilidade desses tipos de criminosos ficarem presos por tempo indeterminado 
em países como Itália, Suécia e Reino Unido. No Brasil, no entanto, não há estrutura para 
acolher estes assassinos contumazes. Com isso, criminosos de altíssima periculosidade são 
liberados e voltam a reincidir. (LEITE, 2018). 
Já um caso jurídico no Brasil que merece atenção por possuir traços da prisão perpétua 
é o de Francisco Costa Rocha, com alcunha de Chico Picadinho. Em 1996, após ter relações 
sexuais com a vítima, ele a esquartejou. Foi condenado, mas pós oito anos ganhou a liberdade 
e matou outra vítima da mesma forma. Foi condenado e terminou de cumprir sua pena em 
novembro de 1998, e desde então, sua situação encontra-se indefinida, por não haver 
imposição de pena ou aplicação de medida de segurança, é mantido sob custódia com a 
justificativa de “interdição civil”. Nesse caso, é possível observar que a constatação da 
personalidade psicótica e do sadismo de Chico Picadinho deixaram claro a alta probabilidade 
de reincidência nos crimes. 
Por isso, para preservar a sociedade, embora não haja prisão perpetua no Brasil, 
Francisco Costa Rocha está segregado da sociedade, em um hospital de Custódia em Taubaté, 
SP por tempo indeterminado. A Revista Época (2010), tratou a respeito: 
 
O caso Chico Picadinho se encaixa numa espécie de limbo jurídico. Pensando em 
proteger a sociedade de um criminoso que matou e esquartejou duas mulheres, a 
Justiça recorreu a um artifício questionável. Na prática, ele continua preso, já que a 
Casa de Custódia é um estabelecimento penal, destinado a pessoas que cumprem 
penas – o que já não é o caso em questão, uma vez que ele cumpriu integralmente a 
sentença a que foi condenado. 
 
Por mais esta análise, nota-se que o ordenamento jurídico brasileiro caminha em 
passos lentos no que tange a penalização eficaz contra homicidas psicopatas. Devendo com 
urgência, se espelhar nos países que já contornaram tal problemática, para a busca de soluções 
mais eficazes. 
 
10 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Este estudo teve como objetivo geral analisar a efetividade do tratamento penal 
oferecido aos psicopatas pelo sistema jurídico brasileiro, em especial aospsicopatas 
homicidas. 
13 
 
 
É importante destacar-se que a temática é pertinente aos estudos desenvolvidos no 
âmbito do direito penal pois, os crimes cometidos por agentes portadores de psicopatia são na 
maioria das vezes bárbaros, calculados, às vezes em série e em sua maioria são passíveis de 
comoção social. Há uma ligação da Criminologia Clínica com o tema deste trabalho, pois 
ambas adentram na esfera criminal, o tema é de extrema importância para o direito penal bem 
como para a prevenção de crimes. Possui relevância no âmbito pessoal pois os crimes 
praticados por psicopatas, está além do que mostra a mídia. Estes em sua maioria desalmados, 
aproveitam dos seus talentos em adquirir confiança, para tardiamente agir com crueldade, 
comumente sem arrependimento de seus atos praticados. É de extrema relevância o 
conhecimento das atitudes dos portadores desse desvio de personalidade, pois 
consequentemente apresentam manipulações e perigo. 
No que tange as sanções aplicadas em outros países a estes indivíduos, nota-se que o 
Canadá se encontra a frente neste aspecto, com a criação de um programa específico para os 
psicopatas, tratando-os em ambiente distinto dos outros criminosos apenados. Nos EUA, 
assim como no Brasil, não existe distinção de tratamento entre psicopatas homicidas e não 
psicopatas. Entretanto, a Flórida, ao aplicar a pena de morte, impede que este indivíduo 
retorne a sociedade e cometa mais delitos. 
Com fulcro na Constituição Federal de 1988, o sistema jurídico brasileiro é proibido 
de aplicar pena de morte ou de caráter perpétuo. O limbo jurídico ocorre justamente nessa 
temática, pois a ausência de uma norma brasileira específica acarreta violações a norma 
vigente atual, como exposto no caso Chico Picadinho. Efetua-se que o Brasil não está 
preparado para lidar com psicopatas homicidas, sendo de extrema urgência a criação de uma 
norma jurídica específica para regulamentar tal questão, levando em conta as particularidades 
que carregam os psicopatas, sendo essa a única forma de surtir efeitos eficazes no tratamento 
destes indivíduos. 
Portanto, é indispensável a criação de um novo regime jurídico voltado para os 
psicopatas homicidas de modo a julgá-los e tratá-los de forma diferente dos criminosos 
comuns, conforme proposto no Projeto de Lei nº. 6.858/10, que atualmente encontra-se 
arquivado. É de suma importância que este projeto seja avaliado, e que outros sejam criados 
neste sentido. Pois, trará com isso maior ordem e segurança nos presídios, e principalmente na 
sociedade. 
É indispensável a separação dos psicopatas homicidas dos presos comuns, devendo 
estes permanecer em ambiente distinto, que disponha de agentes capacitados para lidar com 
seu alto grau de manipulação e acompanhamento médico/psicológico, afim de assegurar a 
14 
 
 
dignidade da pessoa humana e a segurança da sociedade. 
Vale salientar que a criação de uma instituição prisional voltada a atender os 
indivíduos psicopatas deve respeitar a dignidade destes e não os expor a uma situação de 
abandono, conquanto criminosos, devem ser assegurados a estes todos os direitos inerentes a 
dignidade da pessoa humana. 
Do mesmo modo, faz se necessária a relativização do tempo máximo de cumprimento 
de pena proposto pela CF, uma vez que, muitos destes indivíduos não estão aptos a retornar 
para a sociedade após o cumprimento da pena proposto pelo ordenamento jurídico brasileiro. 
 
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11 de julho de 1984, Lei de Execução Penal, para criar comissão técnica independente da 
administração prisional e a execução da pena do condenado psicopata, estabelecendo a 
realização de exame criminológico do condenado a pena privativa de liberdade, nas hipóteses 
que especifica. Câmara dos Deputados, 2010. Disponível em: 
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