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Sequência Didática: Advérbio

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@portuguessemtedio
Sequência
didática:
ADVÉRBIO
Comece convidando um aluno para ficar diante da turma. O aluno
não deverá ter nenhum acessório, somente os elementos básicos:
fardamento e tênis por exemplo.
Pergunte à turma o que a aparência/estilo do aluno demonstra.
Em seguida dê ao aluno alguns acessórios como bolsa, relógio, anel,
pulseira, colar, óculos etc.
Quando o aluno estiver com todos os acessórios, pergunte à turma
se o estilo dele mudou e qual a mensagem que o novo visual traz.
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SEQUÊNCIA DIDÁTICA - ADVÉRBIO
OBJETIVO
1º PASSO
A partir disso relacione ao conteúdo, explicando que nas orações
existem palavras que funcionam como modificadores de outras.
Da mesma forma que os acessórios colocados no colega
modificaram seu visual, há palavras que fazem o mesmo, que deixam
a oração negativa, duvidosa ou intensa.
Logo depois dê os seguintes exemplos: "Eu te amo", "Eu te amo
muito."
Nesse momento destaque a palavra modificadora, dizendo tratar-se
de um advérbio e dando o seu conceito.
Perceber o advérbio como um modificador de sentido por meio de
análise de frases e textos.
Dê aos alunos a cópia da música "Advérbio", da banda Sujeito
Simples e ouça com eles duas vezes.
Depois analise com a turma os exemplos mostrados na música,
enfatizando as palavras que o advérbio modifica e também suas
circunstâncias.
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SEQUÊNCIA DIDÁTICA - ADVÉRBIO
2º PASSO
Advérbio é a palavra invariável
Que modifica o verbo, um adjetivo ou um outro advérbio
Modificando o verbo fica assim:
O garoto vai cantar
O garoto vai cantar bem
Modificando o adjetivo fica assim:
A garota está feliz
A garota está bastante feliz
Modificando o advérbio fica assim:
Todos eles estão indo bem
Todos eles estão indo muito bem
O advérbio pode ser de lugar: aqui, ali, longe, perto
Pode ser de tempo: cedo, tarde, amanhã, depois
Pode ser de modo: assim, depressa, à toa, ao léu
Pode ser de negação: não, tão pouco, nunca, jamais
Pode ser de dúvida: talvez, provavelmente, porventura
Pode ser de afirmação: sim, certamente, com certeza
Pode ser de intensidade: muito, pouco, menos, mais
Quanto, quase, tanto
Advérbio - Banda Sujeito Simples
Leia com os alunos algumas estrofes do poema "O sentimento dum
Ocidental", de Cesário Verde, analisando as expressões que
apresentam circunstâncias.
Coloque no quadro mais exemplos de orações com advérbios e peça
a participação de alguns alunos para identificar a classe de palavra e
seu valor semântico.
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SEQUÊNCIA DIDÁTICA - ADVÉRBIO
3º PASSO
 AVE - MARIAS?
Nas nossas ruas, ao anoitecer,
Há tal soturnidade, há tal melancolia,
Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia
Despertam-me um desejo absurdo de sofrer.
O céu parece baixo e de neblina,
O gás extravasado enjoa-me, perturba-me;
E os edifícios, com as chaminés, e a turba
Toldam-se duma cor monótona e londrina.
Batem os carros de aluguer, ao fundo,
Levando à via-férrea os que se vão. Felizes!
Ocorrem-me em revista, exposições, países:
Madrid, Paris, Berlim, Sam Petersburgo, o mundo!
Semelham-se a gaiolas, com viveiros,
As edificações somente emadeiradas:
Como morcegos, ao cair das badaladas,
Saltam de viga em viga, os mestres carpinteiros.
VERDE, Cesário (2001). Poesia completa. Lisboa: Dom Quixote. 1855-1886 p. 123-132.
Fixação do texto de Joel Serrão
O Sentimento Dum Ocidental
Cesáreo Verde ficou conhecido por ser um poeta impressionista, ou
seja, seus poemas poderiam despertar sensações próprias dos
órgãos de sentido. Nesse trecho, a qualidade da descrição nos leva a
imaginar as ruas citadas:
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SEQUÊNCIA DIDÁTICA - ADVÉRBIO
3º PASSO - SOBRE O POEMA
Onde acontece a ação?
Quando acontece a ação?
Onde acontece a ação?
Onde acontece a ação?
Quando acontece a ação?
Nas nossas ruas,
ao anoitecer,
ao fundo,
à via - férrea
ao cair das badaladas
Enfatize novamente o conceito de advérbio e as palavras que ele
modifica. Apresente outros exemplos:
A cidade cresceu rapidamente. Como cresceu?
Circunstância de modo verbo
A cidade está muito grande.
Intensifica a característica
Circunstância de
intensidade 
 
adjetivo
Intensifica a circunstância
Circunstância de
intensidade 
 
advérbio
de modo
A cidade cresceu muito rapidamente.
Leria com a turma o texto "Que tipo de classe gramatical você é?
Advérbio, , muito prazer!", de Silvana Marcelo, associando a tudo que foi
apresentado durante a aula.
Assim os alunos não só compreenderão o conceito de advérbio, como
também se colocarão no lugar de uma classe gramatical, entendendo a
língua como um fator humano.
@portuguessemtedio
SEQUÊNCIA DIDÁTICA - ADVÉRBIO
4º PASSO 
 Se eu fosse uma classe gramatical, desejaria ser o advérbio. Não
porque sou invariável, pelo contrário,vario muito - por indicar circunstância, e
essa varia, como varia! Além disso, modifico...há, se modifico! Altero frases,
palavras (verbos, adjetivos e até "euzinho" mesmo - o advérbio). Assim são as
pessoas, precisam modificar suas ações, suas características - a si mesmas.
além disso, posso transformar a frase mais proferida do mundo "Eu te amo"
em mensagens extraordinárias: Eu te amo muito, Eu te amo devagar, Eu te
amo silenciosamente, Eu te amo à noite, ao amanhecer, aqui, ali e sempre...
Tenho, ainda, o poder do desprezo. Eu te amo pouco, Talvez nem ame; na
verdade eu não te amo. Nunca te amei. 
 Sou eu que intensifico tudo o que se diz, as verdades e as mentiras.
 Posso fazer muito virar pouco e tudo virar nada, basta que eu seja
sempre empregado corretamente. Determino onde as coisas mais e menos
importantes irão acontecer. Adorando viajar, levo a imaginação aos lugares
mais inusitados, que podem ser acolá; talvez ali; sim, adiante; depois; mais ao
longe; nos seus sonhos. Por que não?
 Importante, é claro, mas nada sem as minhas amigas morfológicas,
principalmente aquelas as quais modifico. Sou parte deste fio que é a frase,
dou força ao texto, que é a teia, para criar belas mensagens. Posso ser
também dispensável. (Fazer o quê?) Sou o ADVÉRBIO, muito prazer!
(Texto de Silvana Marcelo)
Que tipo de classe gramatical você é?
ADVÉRBIO, MUITO PRAZER!
Finalize a aula com um exercício em grupos a partir do texto "Viver com
menos", disponível em: <http://revistaplaneta.terra.com.br>.
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SEQUÊNCIA DIDÁTICA - ADVÉRBIO
5º PASSO 
 De quantos objetos você precisa para ter uma vida tranquila? Certamente o kit essencial
inclui peças de roupas, celular, cartões de crédito, móveis e eletrodomésticos como cama,
geladeira, fogão, computador, e uma casa para guardar tudo isso. Talvez você também tenha um
carro e acredite que para levar uma vida plena só precisa de mais aquela casa na praia. Se
dinheiro não for um empecilho, a lista pode aumentar. Não é preciso ir muito longe para perceber
que vivemos cercados por uma enorme quantidade de objetos e acabamos gastando boa parte
do tempo cuidando de sua manutenção: um carro que quebra, o smartphone sem sinal, a tevê
que ficou muda e – graças a Deus – ainda não saiu da garantia. E lá vamos atrás da assistência
técnica ou de uma loja.
 O objetivo pode ser tornar a vida mais fácil e confortável, mas muitas vezes acabamos
reféns de nossos próprios objetos de desejo. “Um dos lugares que ostentam as consequências do
consumo excessivo são os engarrafamentos. Diante do sonho do carro próprio, as pessoas
preferem ficar presas num engarrafamento do que andar de transporte público”, exemplifica
Estanislau Maria, assessor técnico de conteúdo do Instituto Akatu, entidade que trabalha pelo
consumo consciente. Estanislau não tem dúvidas de que nosso papel de consumidor precisa ser
repensado. “Vivemos na sociedade do excesso e do desperdício. É o modelo de vida norte-
americano do pós-guerra, que herdamos no Brasil”, afirma.
 Mas de quantas dessas coisas de fato precisamos e quantas não são apenas desperdícios
de espaço, de dinheiro e de tempo? Algumas pessoas levaram esse questionamentoa sério e
decididam repensar seus hábitos de consumo. Elas apostam numa teoria simples: quanto menos
coisas possuímos, mais descomplicada e feliz será a vida. A psicóloga Marina Paula está nessa
turma. “Sempre procurei questionar essa ideia que ouvimos o tempo todo, de que temos que ter
um determinado produto”, explica a jovem de 28 anos, moradora de Curitiba. Depois de refletir
sobre o que lia em blogs pela internet, ela decidiu que estava pronta para colocar em prática um
desafio pessoal: ficar um ano sem comprar. É claro que algumas exceções estavam
contempladas, como alimentos, remédios e produtos de limpeza. Mas os itens que ela estava
acostumada a adquirir todo mês, como livros, revistas, DVDs, roupas, produtos de beleza e
utensílios domésticos, foram sumariamente cortados.
 No fim de maio de 2012, o teste foi concluído. Olhando para trás, Marina recorda que o mais
difícil não foi resistir à tentação de lojas e promoções, mas adquirir novos hábitos.
“Surpreendentemente, o mais difícil foi preencher o tempo que eu gastava comprando. De
repente me vi com todo esse tempo livre, que antes gastava em passeios no shopping e em
outras lojas”, relembra. Aos poucos, os minutos que ela ganhou foram sendo direcionados para
atividades que lhe traziam bem-estar, como curtir os amigos. De certa maneira, a psicóloga acha
que trocou a aquisição de novos bens materiais por um pouco mais de felicidade. “Essa proposta
mudou meus hábitos de consumo. Hoje eu chego às lojas com uma visão diferente”, conta.
 
Viver com menos
Alguns nadam contra a corrente do consumismo e pregam que a vida com poucos bens
materiais é bem mais satisfatória. Por Larissa Veloso
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 Simplicidade
 Como cidadã do século XXI, Marina contou a sua experiência no blog Um ano sem compras
(umanosemcompras.blogspot.com.br) e acabou inspirando Luciana Monte, funcionária pública de
34 anos que mora em Brasília. Ela decidiu passar o ano de 2012 também em dieta de consumo.
“Nunca fui tremendamente consumista, mas eu realmente comprava muito mais do que
precisava. Meu guarda-roupa estava lotado, várias peças ainda tinham etiqueta e outras
acabavam sendo doadas depois de pouquíssimo uso. Também tinha vários DVDs e livros ainda
lacrados. Eu comprava muito mais do que precisava, as coisas iam se acumulando e eu não as
aproveitava – e continuava comprando”, conta.
 Por que compramos coisas que sabemos que não iremos usar? Para Mário René,
coordenador da pós-graduação em ciência do consumo na Escola Superior de Propaganda e
Marketing (ESPM), a diferença entre o que precisamos e o que desejamos acaba se confundindo
na cabeça do consumidor em meio à enxurrada de publicidade que recebemos todos os dias. “Os
objetos que compramos geralmente se encaixam em três categorias: a das necessidades, a dos
desejos e outra que eu gosto de chamar de ‘necejos’, os objetos de desejo que, por imposição da
publicidade, acabam se tornando uma necessidade”, define Mário.?
 Tão necessários que, no início, Luciana Monte teve que lutar contra a corrente do marketing.
“Eu estava acostumada a passear uma ou duas vezes por semana no shopping, e quase sempre
voltava com alguma coisinha. Parei de frequentar esses ambientes nos primeiros meses do
desafio, pra não cair em tentação. Também retirei o meu e-mail de vários cadastros de lojas online
que oferecem promoções tentadoras e fazem você pensar que precisa aproveitá-las”, relembra.
Apesar do esforço, no final do desafio, o balanço – não só financeiro – foi positivo. “Foi proveitoso
para desfazer hábitos de consumo e reavaliar onde quero gastar meu dinheiro. Será que preciso
de mais um vestido ou é melhor fazer uma poupança para a próxima viagem?”, explica.
 Marina e Luciana são, mesmo que inadvertidamente, representantes do minimalismo, um
movimento que não é novo, mas tem ganhado força com dezenas de blogs sobre o assunto.
 Como toda corrente de pensamento, o minimalismo – também conhecido como “consumo
mínimo” ou “simplicidade voluntária” – não é uniforme, mas flexível e sem manual. Alguns, por
exemplo, acreditam que é preciso ir além do período sabático.
disponível em: <http://revistaplaneta.terra.com.br>
 
@portuguessemtedio
 1- Revele o objetivo desse texto.
Espera-se que o aluno perceba que o objetivo do texto é convencer o leitor a refletir
sobre o consumismo, conscientizando-o a viver com menos.
 
 2 - De acordo com o texto, apresente o motivo pelo qual as pessoas consomem mais do
que devem.
De acordo com o texto as pessoas consomem mais do que devem porque querem
tornar sua vida mais confortável, ficando reféns dos seus próprios desejos.
 
Questões sobre o texto "Viver com Menos"
 3 - Releia este trecho:
"Como cidadã do século XXI, Marina contou a sua experiência no blog Um ano sem
compras (umanosemcompras.blogspot.com.br) e acabou inspirando Luciana Monte,
funcionária pública de 34 anos que mora em Brasília. Ela decidiu passar o ano de 2012
também em dieta de consumo."
Agora indique:
a) a circunstância de lugar da ação de contar. ( no blog)
b) a circunstância de lugar da ação de morar. (em Brasília)
c) a circunstância de modo da ação de passar o ano de 2012. (em dieta de consumo)
 
 4 - Deste trecho, transcreva uma circunstância de modo, uma de lugar e uma de
tempo.
"Surpreendentemente, o mais difícil foi preencher o tempo que eu gastava comprando.
De repente me vi com todo esse tempo livre, que antes gastava em passeios no
shopping e em outras lojas", relembra.
Modo: surpreendentemente
Lugar: no shopping
Tempo: de repente
 
 5 - Leia as acepções do advérbio hoje neste verbete:
(ho.je) adv. 1.No dia em que se situa quem fala ou escreve; neste dia. 2.Presentemente,
na atualidade.
Em "Essa proposta mudou meus hábitos de consumo. Hoje eu chego às lojas com uma
visão diferente", a palavra hoje assume qual dos sentidos acima? Justifique.
Espera-se que o aluno perceba que a palavra "hoje" no trecho assume o sentido 2, visto
que refere-se a uma ação atual, rotineira.
 
@portuguessemtedio
Textos para os
alunos
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Letra da música "Advérbio"
Advérbio - Banda Sujeito Simples
Advérbio é a palavra invariável
Que modifica o verbo, um adjetivo ou um outro
advérbio
Modificando o verbo fica assim:
O garoto vai cantar
O garoto vai cantar bem
Modificando o adjetivo fica assim:
A garota está feliz
A garota está bastante feliz
Modificando o advérbio fica assim:
Todos eles estão indo bem
Todos eles estão indo muito bem
O advérbio pode ser de lugar: aqui, ali, longe, perto
Pode ser de tempo: cedo, tarde, amanhã, depois
Pode ser de modo: assim, depressa, à toa, ao léu
Pode ser de negação: não, tão pouco, nunca, jamais
Pode ser de dúvida: talvez, provavelmente,
porventura
Pode ser de afirmação: sim, certamente, com certeza
Pode ser de intensidade: muito, pouco, menos, mais
Quanto, quase, tanto
Advérbio - Banda Sujeito Simples
Advérbio é a palavra invariável
Que modifica o verbo, um adjetivo ou um outro
advérbio
Modificando o verbo fica assim:
O garoto vai cantar
O garoto vai cantar bem
Modificando o adjetivo fica assim:
A garota está feliz
A garota está bastante feliz
Modificando o advérbio fica assim:
Todos eles estão indo bem
Todos eles estão indo muito bem
O advérbio pode ser de lugar: aqui, ali, longe, perto
Pode ser de tempo: cedo, tarde, amanhã, depois
Pode ser de modo: assim, depressa, à toa, ao léu
Pode ser de negação: não, tão pouco, nunca, jamais
Pode ser de dúvida: talvez, provavelmente,
porventura
Pode ser de afirmação: sim, certamente, com certeza
Pode ser de intensidade: muito, pouco, menos, mais
Quanto, quase, tanto
Advérbio - Banda Sujeito Simples
Advérbio é a palavra invariável
Que modifica o verbo, um adjetivo ou um outro
advérbio
Modificando o verbo fica assim:
O garoto vai cantar
O garoto vai cantar bem
Modificando o adjetivo fica assim:
A garota está feliz
A garota está bastante feliz
Modificando o advérbiofica assim:
Todos eles estão indo bem
Todos eles estão indo muito bem
O advérbio pode ser de lugar: aqui, ali, longe, perto
Pode ser de tempo: cedo, tarde, amanhã, depois
Pode ser de modo: assim, depressa, à toa, ao léu
Pode ser de negação: não, tão pouco, nunca, jamais
Pode ser de dúvida: talvez, provavelmente,
porventura
Pode ser de afirmação: sim, certamente, com certeza
Pode ser de intensidade: muito, pouco, menos, mais
Quanto, quase, tanto
Advérbio - Banda Sujeito Simples
Advérbio é a palavra invariável
Que modifica o verbo, um adjetivo ou um outro
advérbio
Modificando o verbo fica assim:
O garoto vai cantar
O garoto vai cantar bem
Modificando o adjetivo fica assim:
A garota está feliz
A garota está bastante feliz
Modificando o advérbio fica assim:
Todos eles estão indo bem
Todos eles estão indo muito bem
O advérbio pode ser de lugar: aqui, ali, longe, perto
Pode ser de tempo: cedo, tarde, amanhã, depois
Pode ser de modo: assim, depressa, à toa, ao léu
Pode ser de negação: não, tão pouco, nunca, jamais
Pode ser de dúvida: talvez, provavelmente,
porventura
Pode ser de afirmação: sim, certamente, com certeza
Pode ser de intensidade: muito, pouco, menos, mais
Quanto, quase, tanto
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Poema "Sentimento Dum Ocidental"
AVE - MARIAS?
 
Nas nossas ruas, ao anoitecer,
Há tal soturnidade, há tal melancolia,
Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia
Despertam-me um desejo absurdo de sofrer.
 
O céu parece baixo e de neblina,
O gás extravasado enjoa-me, perturba-me;
E os edifícios, com as chaminés, e a turba
Toldam-se duma cor monótona e londrina.
 
Batem os carros de aluguer, ao fundo,
Levando à via-férrea os que se vão. Felizes!
Ocorrem-me em revista, exposições, países:
Madrid, Paris, Berlim, Sam Petersburgo, o mundo!
 
Semelham-se a gaiolas, com viveiros,
As edificações somente emadeiradas:
Como morcegos, ao cair das badaladas,
Saltam de viga em viga, os mestres carpinteiros.
 
VERDE, Cesário (2001). Poesia completa. Lisboa: Dom Quixote. 1855-1886 p. 123-
132. Fixação do texto de Joel Serrão
AVE - MARIAS?
 
Nas nossas ruas, ao anoitecer,
Há tal soturnidade, há tal melancolia,
Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia
Despertam-me um desejo absurdo de sofrer.
 
O céu parece baixo e de neblina,
O gás extravasado enjoa-me, perturba-me;
E os edifícios, com as chaminés, e a turba
Toldam-se duma cor monótona e londrina.
 
Batem os carros de aluguer, ao fundo,
Levando à via-férrea os que se vão. Felizes!
Ocorrem-me em revista, exposições, países:
Madrid, Paris, Berlim, Sam Petersburgo, o mundo!
 
Semelham-se a gaiolas, com viveiros,
As edificações somente emadeiradas:
Como morcegos, ao cair das badaladas,
Saltam de viga em viga, os mestres carpinteiros.
 
VERDE, Cesário (2001). Poesia completa. Lisboa: Dom Quixote. 1855-1886 p. 123-
132. Fixação do texto de Joel Serrão
AVE - MARIAS?
 
Nas nossas ruas, ao anoitecer,
Há tal soturnidade, há tal melancolia,
Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia
Despertam-me um desejo absurdo de sofrer.
 
O céu parece baixo e de neblina,
O gás extravasado enjoa-me, perturba-me;
E os edifícios, com as chaminés, e a turba
Toldam-se duma cor monótona e londrina.
 
Batem os carros de aluguer, ao fundo,
Levando à via-férrea os que se vão. Felizes!
Ocorrem-me em revista, exposições, países:
Madrid, Paris, Berlim, Sam Petersburgo, o mundo!
 
Semelham-se a gaiolas, com viveiros,
As edificações somente emadeiradas:
Como morcegos, ao cair das badaladas,
Saltam de viga em viga, os mestres carpinteiros.
 
VERDE, Cesário (2001). Poesia completa. Lisboa: Dom Quixote. 1855-1886 p. 123-
132. Fixação do texto de Joel Serrão
AVE - MARIAS?
 
Nas nossas ruas, ao anoitecer,
Há tal soturnidade, há tal melancolia,
Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia
Despertam-me um desejo absurdo de sofrer.
 
O céu parece baixo e de neblina,
O gás extravasado enjoa-me, perturba-me;
E os edifícios, com as chaminés, e a turba
Toldam-se duma cor monótona e londrina.
 
Batem os carros de aluguer, ao fundo,
Levando à via-férrea os que se vão. Felizes!
Ocorrem-me em revista, exposições, países:
Madrid, Paris, Berlim, Sam Petersburgo, o mundo!
 
Semelham-se a gaiolas, com viveiros,
As edificações somente emadeiradas:
Como morcegos, ao cair das badaladas,
Saltam de viga em viga, os mestres carpinteiros.
 
VERDE, Cesário (2001). Poesia completa. Lisboa: Dom Quixote. 1855-1886 p. 123-
132. Fixação do texto de Joel Serrão
@portuguessemtedio
Que tipo de classe gramatical você é?
ADVÉRBIO, MUITO PRAZER!
 Se eu fosse uma classe gramatical, desejaria ser o advérbio. Não porque sou invariável, pelo
contrário,vario muito - por indicar circunstância, e essa varia, como varia! Além disso, modifico...há,
se modifico! Altero frases, palavras (verbos, adjetivos e até "euzinho" mesmo - o advérbio). Assim
são as pessoas, precisam modificar suas ações, suas características - a si mesmas.
além disso, posso transformar a frase mais proferida do mundo "Eu te amo" em mensagens
extraordinárias: Eu te amo muito, Eu te amo devagar, Eu te amo silenciosamente, Eu te amo à
noite, ao amanhecer, aqui, ali e sempre... Tenho, ainda, o poder do desprezo. Eu te amo pouco,
Talvez nem ame; na verdade eu não te amo. Nunca te amei. 
sou eu que intensifico tudo o que se diz, as verdades e as mentiras.
 Posso fazer muito virar pouco e tudo virar nada, basta que eu seja sempre empregado
corretamente. Determino onde as coisas mais e menos importantes irão acontecer. Adorando
viajar, levo a imaginação aos lugares mais inusitados, que podem ser acolá; talvez ali; sim, adiante;
depois; mais ao longe; nos seus sonhos. Por que não?
 Importante, é claro, mas nada sem as minhas amigas morfológicas, principalmente aquelas as
quais modifico. Sou parte deste fio que é a frase, dou força ao texto, que é a teia, para criar belas
mensagens. Posso ser também dispensável. (Fazer o quê?) Sou o ADVÉRBIO, muito prazer!
(Texto de Silvana Marcelo)
Que tipo de classe gramatical você é?
ADVÉRBIO, MUITO PRAZER!
 Se eu fosse uma classe gramatical, desejaria ser o advérbio. Não porque sou invariável, pelo
contrário,vario muito - por indicar circunstância, e essa varia, como varia! Além disso, modifico...há,
se modifico! Altero frases, palavras (verbos, adjetivos e até "euzinho" mesmo - o advérbio). Assim
são as pessoas, precisam modificar suas ações, suas características - a si mesmas.
além disso, posso transformar a frase mais proferida do mundo "Eu te amo" em mensagens
extraordinárias: Eu te amo muito, Eu te amo devagar, Eu te amo silenciosamente, Eu te amo à
noite, ao amanhecer, aqui, ali e sempre... Tenho, ainda, o poder do desprezo. Eu te amo pouco,
Talvez nem ame; na verdade eu não te amo. Nunca te amei. 
sou eu que intensifico tudo o que se diz, as verdades e as mentiras.
 Posso fazer muito virar pouco e tudo virar nada, basta que eu seja sempre empregado
corretamente. Determino onde as coisas mais e menos importantes irão acontecer. Adorando
viajar, levo a imaginação aos lugares mais inusitados, que podem ser acolá; talvez ali; sim, adiante;
depois; mais ao longe; nos seus sonhos. Por que não?
 Importante, é claro, mas nada sem as minhas amigas morfológicas, principalmente aquelas as
quais modifico. Sou parte deste fio que é a frase, dou força ao texto, que é a teia, para criar belas
mensagens. Posso ser também dispensável. (Fazer o quê?) Sou o ADVÉRBIO, muito prazer!
(Texto de Silvana Marcelo)
@portuguessemtedio
 De quantos objetos você precisa para ter uma vida tranquila? Certamente o kit essencial
inclui peças de roupas, celular, cartões de crédito, móveis e eletrodomésticos como cama,
geladeira, fogão, computador, e uma casa para guardar tudo isso. Talvez você também tenha um
carro e acredite que para levar uma vida plena só precisa de mais aquela casa na praia. Se
dinheiro não for um empecilho, a lista pode aumentar. Não é preciso ir muito longe para perceber
que vivemos cercados por uma enorme quantidade de objetos e acabamos gastando boaparte
do tempo cuidando de sua manutenção: um carro que quebra, o smartphone sem sinal, a tevê
que ficou muda e – graças a Deus – ainda não saiu da garantia. E lá vamos atrás da assistência
técnica ou de uma loja.
 O objetivo pode ser tornar a vida mais fácil e confortável, mas muitas vezes acabamos
reféns de nossos próprios objetos de desejo. “Um dos lugares que ostentam as consequências do
consumo excessivo são os engarrafamentos. Diante do sonho do carro próprio, as pessoas
preferem ficar presas num engarrafamento do que andar de transporte público”, exemplifica
Estanislau Maria, assessor técnico de conteúdo do Instituto Akatu, entidade que trabalha pelo
consumo consciente. Estanislau não tem dúvidas de que nosso papel de consumidor precisa ser
repensado. “Vivemos na sociedade do excesso e do desperdício. É o modelo de vida norte-
americano do pós-guerra, que herdamos no Brasil”, afirma.
 Mas de quantas dessas coisas de fato precisamos e quantas não são apenas desperdícios
de espaço, de dinheiro e de tempo? Algumas pessoas levaram esse questionamento a sério e
decididam repensar seus hábitos de consumo. Elas apostam numa teoria simples: quanto menos
coisas possuímos, mais descomplicada e feliz será a vida. A psicóloga Marina Paula está nessa
turma. “Sempre procurei questionar essa ideia que ouvimos o tempo todo, de que temos que ter
um determinado produto”, explica a jovem de 28 anos, moradora de Curitiba. Depois de refletir
sobre o que lia em blogs pela internet, ela decidiu que estava pronta para colocar em prática um
desafio pessoal: ficar um ano sem comprar. É claro que algumas exceções estavam
contempladas, como alimentos, remédios e produtos de limpeza. Mas os itens que ela estava
acostumada a adquirir todo mês, como livros, revistas, DVDs, roupas, produtos de beleza e
utensílios domésticos, foram sumariamente cortados.
 No fim de maio de 2012, o teste foi concluído. Olhando para trás, Marina recorda que o mais
difícil não foi resistir à tentação de lojas e promoções, mas adquirir novos hábitos.
“Surpreendentemente, o mais difícil foi preencher o tempo que eu gastava comprando. De
repente me vi com todo esse tempo livre, que antes gastava em passeios no shopping e em
outras lojas”, relembra. Aos poucos, os minutos que ela ganhou foram sendo direcionados para
atividades que lhe traziam bem-estar, como curtir os amigos. De certa maneira, a psicóloga acha
que trocou a aquisição de novos bens materiais por um pouco mais de felicidade. “Essa proposta
mudou meus hábitos de consumo. Hoje eu chego às lojas com uma visão diferente”, conta.
 
Viver com menos
Alguns nadam contra a corrente do consumismo e pregam que a vida com poucos bens materiais
é bem mais satisfatória. 
 Por Larissa Veloso
Leia atentamente este texto:
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 Simplicidade
 Como cidadã do século XXI, Marina contou a sua experiência no blog Um ano sem compras
(umanosemcompras.blogspot.com.br) e acabou inspirando Luciana Monte, funcionária pública de
34 anos que mora em Brasília. Ela decidiu passar o ano de 2012 também em dieta de consumo.
“Nunca fui tremendamente consumista, mas eu realmente comprava muito mais do que
precisava. Meu guarda-roupa estava lotado, várias peças ainda tinham etiqueta e outras
acabavam sendo doadas depois de pouquíssimo uso. Também tinha vários DVDs e livros ainda
lacrados. Eu comprava muito mais do que precisava, as coisas iam se acumulando e eu não as
aproveitava – e continuava comprando”, conta.
 Por que compramos coisas que sabemos que não iremos usar? Para Mário René, coordenador da
pós-graduação em ciência do consumo na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), a
diferença entre o que precisamos e o que desejamos acaba se confundindo na cabeça do
consumidor em meio à enxurrada de publicidade que recebemos todos os dias. “Os objetos que
compramos geralmente se encaixam em três categorias: a das necessidades, a dos desejos e
outra que eu gosto de chamar de ‘necejos’, os objetos de desejo que, por imposição da
publicidade, acabam se tornando uma necessidade”, define Mário.?
 Tão necessários que, no início, Luciana Monte teve que lutar contra a corrente do marketing. “Eu
estava acostumada a passear uma ou duas vezes por semana no shopping, e quase sempre
voltava com alguma coisinha. Parei de frequentar esses ambientes nos primeiros meses do
desafio, pra não cair em tentação. Também retirei o meu e-mail de vários cadastros de lojas online
que oferecem promoções tentadoras e fazem você pensar que precisa aproveitá-las”, relembra.
Apesar do esforço, no final do desafio, o balanço – não só financeiro – foi positivo. “Foi proveitoso
para desfazer hábitos de consumo e reavaliar onde quero gastar meu dinheiro. Será que preciso
de mais um vestido ou é melhor fazer uma poupança para a próxima viagem?”, explica.
 Marina e Luciana são, mesmo que inadvertidamente, representantes do minimalismo, um
movimento que não é novo, mas tem ganhado força com dezenas de blogs sobre o assunto.
 Como toda corrente de pensamento, o minimalismo – também conhecido como “consumo
mínimo” ou “simplicidade voluntária” – não é uniforme, mas flexível e sem manual. Alguns, por
exemplo, acreditam que é preciso ir além do período sabático.
 
disponível em: <http://revistaplaneta.terra.com.br>
 
@portuguessemtedio
 1- Revele o objetivo desse texto.
 
 2 - De acordo com o texto, apresente o motivo pelo qual as pessoas consomem mais do
que devem.
 
Questões sobre o texto "Viver com Menos"
 3 - Releia este trecho:
"Como cidadã do século XXI, Marina contou a sua experiência no blog Um ano sem
compras (umanosemcompras.blogspot.com.br) e acabou inspirando Luciana Monte,
funcionária pública de 34 anos que mora em Brasília. Ela decidiu passar o ano de 2012
também em dieta de consumo."
Agora indique:
a) a circunstância de lugar da ação de contar. 
b) a circunstância de lugar da ação de morar. 
c) a circunstância de modo da ação de passar o ano de 2012. 
 
 4 - Deste trecho, transcreva uma circunstância de modo, uma de lugar e uma de
tempo.
"Surpreendentemente, o mais difícil foi preencher o tempo que eu gastava comprando.
De repente me vi com todo esse tempo livre, que antes gastava em passeios no
shopping e em outras lojas", relembra.
Modo: 
Lugar: 
Tempo: 
 
 5 - Leia as acepções do advérbio hoje neste verbete:
(ho.je) adv. 1.No dia em que se situa quem fala ou escreve; neste dia. 2.Presentemente,
na atualidade.
Em "Essa proposta mudou meus hábitos de consumo. Hoje eu chego às lojas com uma
visão diferente", a palavra hoje assume qual dos sentidos acima? Justifique.

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