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@portuguessemtedio Sequência didática: ADVÉRBIO Comece convidando um aluno para ficar diante da turma. O aluno não deverá ter nenhum acessório, somente os elementos básicos: fardamento e tênis por exemplo. Pergunte à turma o que a aparência/estilo do aluno demonstra. Em seguida dê ao aluno alguns acessórios como bolsa, relógio, anel, pulseira, colar, óculos etc. Quando o aluno estiver com todos os acessórios, pergunte à turma se o estilo dele mudou e qual a mensagem que o novo visual traz. @portuguessemtedio SEQUÊNCIA DIDÁTICA - ADVÉRBIO OBJETIVO 1º PASSO A partir disso relacione ao conteúdo, explicando que nas orações existem palavras que funcionam como modificadores de outras. Da mesma forma que os acessórios colocados no colega modificaram seu visual, há palavras que fazem o mesmo, que deixam a oração negativa, duvidosa ou intensa. Logo depois dê os seguintes exemplos: "Eu te amo", "Eu te amo muito." Nesse momento destaque a palavra modificadora, dizendo tratar-se de um advérbio e dando o seu conceito. Perceber o advérbio como um modificador de sentido por meio de análise de frases e textos. Dê aos alunos a cópia da música "Advérbio", da banda Sujeito Simples e ouça com eles duas vezes. Depois analise com a turma os exemplos mostrados na música, enfatizando as palavras que o advérbio modifica e também suas circunstâncias. @portuguessemtedio SEQUÊNCIA DIDÁTICA - ADVÉRBIO 2º PASSO Advérbio é a palavra invariável Que modifica o verbo, um adjetivo ou um outro advérbio Modificando o verbo fica assim: O garoto vai cantar O garoto vai cantar bem Modificando o adjetivo fica assim: A garota está feliz A garota está bastante feliz Modificando o advérbio fica assim: Todos eles estão indo bem Todos eles estão indo muito bem O advérbio pode ser de lugar: aqui, ali, longe, perto Pode ser de tempo: cedo, tarde, amanhã, depois Pode ser de modo: assim, depressa, à toa, ao léu Pode ser de negação: não, tão pouco, nunca, jamais Pode ser de dúvida: talvez, provavelmente, porventura Pode ser de afirmação: sim, certamente, com certeza Pode ser de intensidade: muito, pouco, menos, mais Quanto, quase, tanto Advérbio - Banda Sujeito Simples Leia com os alunos algumas estrofes do poema "O sentimento dum Ocidental", de Cesário Verde, analisando as expressões que apresentam circunstâncias. Coloque no quadro mais exemplos de orações com advérbios e peça a participação de alguns alunos para identificar a classe de palavra e seu valor semântico. @portuguessemtedio SEQUÊNCIA DIDÁTICA - ADVÉRBIO 3º PASSO AVE - MARIAS? Nas nossas ruas, ao anoitecer, Há tal soturnidade, há tal melancolia, Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia Despertam-me um desejo absurdo de sofrer. O céu parece baixo e de neblina, O gás extravasado enjoa-me, perturba-me; E os edifícios, com as chaminés, e a turba Toldam-se duma cor monótona e londrina. Batem os carros de aluguer, ao fundo, Levando à via-férrea os que se vão. Felizes! Ocorrem-me em revista, exposições, países: Madrid, Paris, Berlim, Sam Petersburgo, o mundo! Semelham-se a gaiolas, com viveiros, As edificações somente emadeiradas: Como morcegos, ao cair das badaladas, Saltam de viga em viga, os mestres carpinteiros. VERDE, Cesário (2001). Poesia completa. Lisboa: Dom Quixote. 1855-1886 p. 123-132. Fixação do texto de Joel Serrão O Sentimento Dum Ocidental Cesáreo Verde ficou conhecido por ser um poeta impressionista, ou seja, seus poemas poderiam despertar sensações próprias dos órgãos de sentido. Nesse trecho, a qualidade da descrição nos leva a imaginar as ruas citadas: @portuguessemtedio SEQUÊNCIA DIDÁTICA - ADVÉRBIO 3º PASSO - SOBRE O POEMA Onde acontece a ação? Quando acontece a ação? Onde acontece a ação? Onde acontece a ação? Quando acontece a ação? Nas nossas ruas, ao anoitecer, ao fundo, à via - férrea ao cair das badaladas Enfatize novamente o conceito de advérbio e as palavras que ele modifica. Apresente outros exemplos: A cidade cresceu rapidamente. Como cresceu? Circunstância de modo verbo A cidade está muito grande. Intensifica a característica Circunstância de intensidade adjetivo Intensifica a circunstância Circunstância de intensidade advérbio de modo A cidade cresceu muito rapidamente. Leria com a turma o texto "Que tipo de classe gramatical você é? Advérbio, , muito prazer!", de Silvana Marcelo, associando a tudo que foi apresentado durante a aula. Assim os alunos não só compreenderão o conceito de advérbio, como também se colocarão no lugar de uma classe gramatical, entendendo a língua como um fator humano. @portuguessemtedio SEQUÊNCIA DIDÁTICA - ADVÉRBIO 4º PASSO Se eu fosse uma classe gramatical, desejaria ser o advérbio. Não porque sou invariável, pelo contrário,vario muito - por indicar circunstância, e essa varia, como varia! Além disso, modifico...há, se modifico! Altero frases, palavras (verbos, adjetivos e até "euzinho" mesmo - o advérbio). Assim são as pessoas, precisam modificar suas ações, suas características - a si mesmas. além disso, posso transformar a frase mais proferida do mundo "Eu te amo" em mensagens extraordinárias: Eu te amo muito, Eu te amo devagar, Eu te amo silenciosamente, Eu te amo à noite, ao amanhecer, aqui, ali e sempre... Tenho, ainda, o poder do desprezo. Eu te amo pouco, Talvez nem ame; na verdade eu não te amo. Nunca te amei. Sou eu que intensifico tudo o que se diz, as verdades e as mentiras. Posso fazer muito virar pouco e tudo virar nada, basta que eu seja sempre empregado corretamente. Determino onde as coisas mais e menos importantes irão acontecer. Adorando viajar, levo a imaginação aos lugares mais inusitados, que podem ser acolá; talvez ali; sim, adiante; depois; mais ao longe; nos seus sonhos. Por que não? Importante, é claro, mas nada sem as minhas amigas morfológicas, principalmente aquelas as quais modifico. Sou parte deste fio que é a frase, dou força ao texto, que é a teia, para criar belas mensagens. Posso ser também dispensável. (Fazer o quê?) Sou o ADVÉRBIO, muito prazer! (Texto de Silvana Marcelo) Que tipo de classe gramatical você é? ADVÉRBIO, MUITO PRAZER! Finalize a aula com um exercício em grupos a partir do texto "Viver com menos", disponível em: <http://revistaplaneta.terra.com.br>. @portuguessemtedio SEQUÊNCIA DIDÁTICA - ADVÉRBIO 5º PASSO De quantos objetos você precisa para ter uma vida tranquila? Certamente o kit essencial inclui peças de roupas, celular, cartões de crédito, móveis e eletrodomésticos como cama, geladeira, fogão, computador, e uma casa para guardar tudo isso. Talvez você também tenha um carro e acredite que para levar uma vida plena só precisa de mais aquela casa na praia. Se dinheiro não for um empecilho, a lista pode aumentar. Não é preciso ir muito longe para perceber que vivemos cercados por uma enorme quantidade de objetos e acabamos gastando boa parte do tempo cuidando de sua manutenção: um carro que quebra, o smartphone sem sinal, a tevê que ficou muda e – graças a Deus – ainda não saiu da garantia. E lá vamos atrás da assistência técnica ou de uma loja. O objetivo pode ser tornar a vida mais fácil e confortável, mas muitas vezes acabamos reféns de nossos próprios objetos de desejo. “Um dos lugares que ostentam as consequências do consumo excessivo são os engarrafamentos. Diante do sonho do carro próprio, as pessoas preferem ficar presas num engarrafamento do que andar de transporte público”, exemplifica Estanislau Maria, assessor técnico de conteúdo do Instituto Akatu, entidade que trabalha pelo consumo consciente. Estanislau não tem dúvidas de que nosso papel de consumidor precisa ser repensado. “Vivemos na sociedade do excesso e do desperdício. É o modelo de vida norte- americano do pós-guerra, que herdamos no Brasil”, afirma. Mas de quantas dessas coisas de fato precisamos e quantas não são apenas desperdícios de espaço, de dinheiro e de tempo? Algumas pessoas levaram esse questionamentoa sério e decididam repensar seus hábitos de consumo. Elas apostam numa teoria simples: quanto menos coisas possuímos, mais descomplicada e feliz será a vida. A psicóloga Marina Paula está nessa turma. “Sempre procurei questionar essa ideia que ouvimos o tempo todo, de que temos que ter um determinado produto”, explica a jovem de 28 anos, moradora de Curitiba. Depois de refletir sobre o que lia em blogs pela internet, ela decidiu que estava pronta para colocar em prática um desafio pessoal: ficar um ano sem comprar. É claro que algumas exceções estavam contempladas, como alimentos, remédios e produtos de limpeza. Mas os itens que ela estava acostumada a adquirir todo mês, como livros, revistas, DVDs, roupas, produtos de beleza e utensílios domésticos, foram sumariamente cortados. No fim de maio de 2012, o teste foi concluído. Olhando para trás, Marina recorda que o mais difícil não foi resistir à tentação de lojas e promoções, mas adquirir novos hábitos. “Surpreendentemente, o mais difícil foi preencher o tempo que eu gastava comprando. De repente me vi com todo esse tempo livre, que antes gastava em passeios no shopping e em outras lojas”, relembra. Aos poucos, os minutos que ela ganhou foram sendo direcionados para atividades que lhe traziam bem-estar, como curtir os amigos. De certa maneira, a psicóloga acha que trocou a aquisição de novos bens materiais por um pouco mais de felicidade. “Essa proposta mudou meus hábitos de consumo. Hoje eu chego às lojas com uma visão diferente”, conta. Viver com menos Alguns nadam contra a corrente do consumismo e pregam que a vida com poucos bens materiais é bem mais satisfatória. Por Larissa Veloso @portuguessemtedio Simplicidade Como cidadã do século XXI, Marina contou a sua experiência no blog Um ano sem compras (umanosemcompras.blogspot.com.br) e acabou inspirando Luciana Monte, funcionária pública de 34 anos que mora em Brasília. Ela decidiu passar o ano de 2012 também em dieta de consumo. “Nunca fui tremendamente consumista, mas eu realmente comprava muito mais do que precisava. Meu guarda-roupa estava lotado, várias peças ainda tinham etiqueta e outras acabavam sendo doadas depois de pouquíssimo uso. Também tinha vários DVDs e livros ainda lacrados. Eu comprava muito mais do que precisava, as coisas iam se acumulando e eu não as aproveitava – e continuava comprando”, conta. Por que compramos coisas que sabemos que não iremos usar? Para Mário René, coordenador da pós-graduação em ciência do consumo na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), a diferença entre o que precisamos e o que desejamos acaba se confundindo na cabeça do consumidor em meio à enxurrada de publicidade que recebemos todos os dias. “Os objetos que compramos geralmente se encaixam em três categorias: a das necessidades, a dos desejos e outra que eu gosto de chamar de ‘necejos’, os objetos de desejo que, por imposição da publicidade, acabam se tornando uma necessidade”, define Mário.? Tão necessários que, no início, Luciana Monte teve que lutar contra a corrente do marketing. “Eu estava acostumada a passear uma ou duas vezes por semana no shopping, e quase sempre voltava com alguma coisinha. Parei de frequentar esses ambientes nos primeiros meses do desafio, pra não cair em tentação. Também retirei o meu e-mail de vários cadastros de lojas online que oferecem promoções tentadoras e fazem você pensar que precisa aproveitá-las”, relembra. Apesar do esforço, no final do desafio, o balanço – não só financeiro – foi positivo. “Foi proveitoso para desfazer hábitos de consumo e reavaliar onde quero gastar meu dinheiro. Será que preciso de mais um vestido ou é melhor fazer uma poupança para a próxima viagem?”, explica. Marina e Luciana são, mesmo que inadvertidamente, representantes do minimalismo, um movimento que não é novo, mas tem ganhado força com dezenas de blogs sobre o assunto. Como toda corrente de pensamento, o minimalismo – também conhecido como “consumo mínimo” ou “simplicidade voluntária” – não é uniforme, mas flexível e sem manual. Alguns, por exemplo, acreditam que é preciso ir além do período sabático. disponível em: <http://revistaplaneta.terra.com.br> @portuguessemtedio 1- Revele o objetivo desse texto. Espera-se que o aluno perceba que o objetivo do texto é convencer o leitor a refletir sobre o consumismo, conscientizando-o a viver com menos. 2 - De acordo com o texto, apresente o motivo pelo qual as pessoas consomem mais do que devem. De acordo com o texto as pessoas consomem mais do que devem porque querem tornar sua vida mais confortável, ficando reféns dos seus próprios desejos. Questões sobre o texto "Viver com Menos" 3 - Releia este trecho: "Como cidadã do século XXI, Marina contou a sua experiência no blog Um ano sem compras (umanosemcompras.blogspot.com.br) e acabou inspirando Luciana Monte, funcionária pública de 34 anos que mora em Brasília. Ela decidiu passar o ano de 2012 também em dieta de consumo." Agora indique: a) a circunstância de lugar da ação de contar. ( no blog) b) a circunstância de lugar da ação de morar. (em Brasília) c) a circunstância de modo da ação de passar o ano de 2012. (em dieta de consumo) 4 - Deste trecho, transcreva uma circunstância de modo, uma de lugar e uma de tempo. "Surpreendentemente, o mais difícil foi preencher o tempo que eu gastava comprando. De repente me vi com todo esse tempo livre, que antes gastava em passeios no shopping e em outras lojas", relembra. Modo: surpreendentemente Lugar: no shopping Tempo: de repente 5 - Leia as acepções do advérbio hoje neste verbete: (ho.je) adv. 1.No dia em que se situa quem fala ou escreve; neste dia. 2.Presentemente, na atualidade. Em "Essa proposta mudou meus hábitos de consumo. Hoje eu chego às lojas com uma visão diferente", a palavra hoje assume qual dos sentidos acima? Justifique. Espera-se que o aluno perceba que a palavra "hoje" no trecho assume o sentido 2, visto que refere-se a uma ação atual, rotineira. @portuguessemtedio Textos para os alunos @portuguessemtedio Letra da música "Advérbio" Advérbio - Banda Sujeito Simples Advérbio é a palavra invariável Que modifica o verbo, um adjetivo ou um outro advérbio Modificando o verbo fica assim: O garoto vai cantar O garoto vai cantar bem Modificando o adjetivo fica assim: A garota está feliz A garota está bastante feliz Modificando o advérbio fica assim: Todos eles estão indo bem Todos eles estão indo muito bem O advérbio pode ser de lugar: aqui, ali, longe, perto Pode ser de tempo: cedo, tarde, amanhã, depois Pode ser de modo: assim, depressa, à toa, ao léu Pode ser de negação: não, tão pouco, nunca, jamais Pode ser de dúvida: talvez, provavelmente, porventura Pode ser de afirmação: sim, certamente, com certeza Pode ser de intensidade: muito, pouco, menos, mais Quanto, quase, tanto Advérbio - Banda Sujeito Simples Advérbio é a palavra invariável Que modifica o verbo, um adjetivo ou um outro advérbio Modificando o verbo fica assim: O garoto vai cantar O garoto vai cantar bem Modificando o adjetivo fica assim: A garota está feliz A garota está bastante feliz Modificando o advérbio fica assim: Todos eles estão indo bem Todos eles estão indo muito bem O advérbio pode ser de lugar: aqui, ali, longe, perto Pode ser de tempo: cedo, tarde, amanhã, depois Pode ser de modo: assim, depressa, à toa, ao léu Pode ser de negação: não, tão pouco, nunca, jamais Pode ser de dúvida: talvez, provavelmente, porventura Pode ser de afirmação: sim, certamente, com certeza Pode ser de intensidade: muito, pouco, menos, mais Quanto, quase, tanto Advérbio - Banda Sujeito Simples Advérbio é a palavra invariável Que modifica o verbo, um adjetivo ou um outro advérbio Modificando o verbo fica assim: O garoto vai cantar O garoto vai cantar bem Modificando o adjetivo fica assim: A garota está feliz A garota está bastante feliz Modificando o advérbiofica assim: Todos eles estão indo bem Todos eles estão indo muito bem O advérbio pode ser de lugar: aqui, ali, longe, perto Pode ser de tempo: cedo, tarde, amanhã, depois Pode ser de modo: assim, depressa, à toa, ao léu Pode ser de negação: não, tão pouco, nunca, jamais Pode ser de dúvida: talvez, provavelmente, porventura Pode ser de afirmação: sim, certamente, com certeza Pode ser de intensidade: muito, pouco, menos, mais Quanto, quase, tanto Advérbio - Banda Sujeito Simples Advérbio é a palavra invariável Que modifica o verbo, um adjetivo ou um outro advérbio Modificando o verbo fica assim: O garoto vai cantar O garoto vai cantar bem Modificando o adjetivo fica assim: A garota está feliz A garota está bastante feliz Modificando o advérbio fica assim: Todos eles estão indo bem Todos eles estão indo muito bem O advérbio pode ser de lugar: aqui, ali, longe, perto Pode ser de tempo: cedo, tarde, amanhã, depois Pode ser de modo: assim, depressa, à toa, ao léu Pode ser de negação: não, tão pouco, nunca, jamais Pode ser de dúvida: talvez, provavelmente, porventura Pode ser de afirmação: sim, certamente, com certeza Pode ser de intensidade: muito, pouco, menos, mais Quanto, quase, tanto @portuguessemtedio Poema "Sentimento Dum Ocidental" AVE - MARIAS? Nas nossas ruas, ao anoitecer, Há tal soturnidade, há tal melancolia, Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia Despertam-me um desejo absurdo de sofrer. O céu parece baixo e de neblina, O gás extravasado enjoa-me, perturba-me; E os edifícios, com as chaminés, e a turba Toldam-se duma cor monótona e londrina. Batem os carros de aluguer, ao fundo, Levando à via-férrea os que se vão. Felizes! Ocorrem-me em revista, exposições, países: Madrid, Paris, Berlim, Sam Petersburgo, o mundo! Semelham-se a gaiolas, com viveiros, As edificações somente emadeiradas: Como morcegos, ao cair das badaladas, Saltam de viga em viga, os mestres carpinteiros. VERDE, Cesário (2001). Poesia completa. Lisboa: Dom Quixote. 1855-1886 p. 123- 132. Fixação do texto de Joel Serrão AVE - MARIAS? Nas nossas ruas, ao anoitecer, Há tal soturnidade, há tal melancolia, Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia Despertam-me um desejo absurdo de sofrer. O céu parece baixo e de neblina, O gás extravasado enjoa-me, perturba-me; E os edifícios, com as chaminés, e a turba Toldam-se duma cor monótona e londrina. Batem os carros de aluguer, ao fundo, Levando à via-férrea os que se vão. Felizes! Ocorrem-me em revista, exposições, países: Madrid, Paris, Berlim, Sam Petersburgo, o mundo! Semelham-se a gaiolas, com viveiros, As edificações somente emadeiradas: Como morcegos, ao cair das badaladas, Saltam de viga em viga, os mestres carpinteiros. VERDE, Cesário (2001). Poesia completa. Lisboa: Dom Quixote. 1855-1886 p. 123- 132. Fixação do texto de Joel Serrão AVE - MARIAS? Nas nossas ruas, ao anoitecer, Há tal soturnidade, há tal melancolia, Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia Despertam-me um desejo absurdo de sofrer. O céu parece baixo e de neblina, O gás extravasado enjoa-me, perturba-me; E os edifícios, com as chaminés, e a turba Toldam-se duma cor monótona e londrina. Batem os carros de aluguer, ao fundo, Levando à via-férrea os que se vão. Felizes! Ocorrem-me em revista, exposições, países: Madrid, Paris, Berlim, Sam Petersburgo, o mundo! Semelham-se a gaiolas, com viveiros, As edificações somente emadeiradas: Como morcegos, ao cair das badaladas, Saltam de viga em viga, os mestres carpinteiros. VERDE, Cesário (2001). Poesia completa. Lisboa: Dom Quixote. 1855-1886 p. 123- 132. Fixação do texto de Joel Serrão AVE - MARIAS? Nas nossas ruas, ao anoitecer, Há tal soturnidade, há tal melancolia, Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia Despertam-me um desejo absurdo de sofrer. O céu parece baixo e de neblina, O gás extravasado enjoa-me, perturba-me; E os edifícios, com as chaminés, e a turba Toldam-se duma cor monótona e londrina. Batem os carros de aluguer, ao fundo, Levando à via-férrea os que se vão. Felizes! Ocorrem-me em revista, exposições, países: Madrid, Paris, Berlim, Sam Petersburgo, o mundo! Semelham-se a gaiolas, com viveiros, As edificações somente emadeiradas: Como morcegos, ao cair das badaladas, Saltam de viga em viga, os mestres carpinteiros. VERDE, Cesário (2001). Poesia completa. Lisboa: Dom Quixote. 1855-1886 p. 123- 132. Fixação do texto de Joel Serrão @portuguessemtedio Que tipo de classe gramatical você é? ADVÉRBIO, MUITO PRAZER! Se eu fosse uma classe gramatical, desejaria ser o advérbio. Não porque sou invariável, pelo contrário,vario muito - por indicar circunstância, e essa varia, como varia! Além disso, modifico...há, se modifico! Altero frases, palavras (verbos, adjetivos e até "euzinho" mesmo - o advérbio). Assim são as pessoas, precisam modificar suas ações, suas características - a si mesmas. além disso, posso transformar a frase mais proferida do mundo "Eu te amo" em mensagens extraordinárias: Eu te amo muito, Eu te amo devagar, Eu te amo silenciosamente, Eu te amo à noite, ao amanhecer, aqui, ali e sempre... Tenho, ainda, o poder do desprezo. Eu te amo pouco, Talvez nem ame; na verdade eu não te amo. Nunca te amei. sou eu que intensifico tudo o que se diz, as verdades e as mentiras. Posso fazer muito virar pouco e tudo virar nada, basta que eu seja sempre empregado corretamente. Determino onde as coisas mais e menos importantes irão acontecer. Adorando viajar, levo a imaginação aos lugares mais inusitados, que podem ser acolá; talvez ali; sim, adiante; depois; mais ao longe; nos seus sonhos. Por que não? Importante, é claro, mas nada sem as minhas amigas morfológicas, principalmente aquelas as quais modifico. Sou parte deste fio que é a frase, dou força ao texto, que é a teia, para criar belas mensagens. Posso ser também dispensável. (Fazer o quê?) Sou o ADVÉRBIO, muito prazer! (Texto de Silvana Marcelo) Que tipo de classe gramatical você é? ADVÉRBIO, MUITO PRAZER! Se eu fosse uma classe gramatical, desejaria ser o advérbio. Não porque sou invariável, pelo contrário,vario muito - por indicar circunstância, e essa varia, como varia! Além disso, modifico...há, se modifico! Altero frases, palavras (verbos, adjetivos e até "euzinho" mesmo - o advérbio). Assim são as pessoas, precisam modificar suas ações, suas características - a si mesmas. além disso, posso transformar a frase mais proferida do mundo "Eu te amo" em mensagens extraordinárias: Eu te amo muito, Eu te amo devagar, Eu te amo silenciosamente, Eu te amo à noite, ao amanhecer, aqui, ali e sempre... Tenho, ainda, o poder do desprezo. Eu te amo pouco, Talvez nem ame; na verdade eu não te amo. Nunca te amei. sou eu que intensifico tudo o que se diz, as verdades e as mentiras. Posso fazer muito virar pouco e tudo virar nada, basta que eu seja sempre empregado corretamente. Determino onde as coisas mais e menos importantes irão acontecer. Adorando viajar, levo a imaginação aos lugares mais inusitados, que podem ser acolá; talvez ali; sim, adiante; depois; mais ao longe; nos seus sonhos. Por que não? Importante, é claro, mas nada sem as minhas amigas morfológicas, principalmente aquelas as quais modifico. Sou parte deste fio que é a frase, dou força ao texto, que é a teia, para criar belas mensagens. Posso ser também dispensável. (Fazer o quê?) Sou o ADVÉRBIO, muito prazer! (Texto de Silvana Marcelo) @portuguessemtedio De quantos objetos você precisa para ter uma vida tranquila? Certamente o kit essencial inclui peças de roupas, celular, cartões de crédito, móveis e eletrodomésticos como cama, geladeira, fogão, computador, e uma casa para guardar tudo isso. Talvez você também tenha um carro e acredite que para levar uma vida plena só precisa de mais aquela casa na praia. Se dinheiro não for um empecilho, a lista pode aumentar. Não é preciso ir muito longe para perceber que vivemos cercados por uma enorme quantidade de objetos e acabamos gastando boaparte do tempo cuidando de sua manutenção: um carro que quebra, o smartphone sem sinal, a tevê que ficou muda e – graças a Deus – ainda não saiu da garantia. E lá vamos atrás da assistência técnica ou de uma loja. O objetivo pode ser tornar a vida mais fácil e confortável, mas muitas vezes acabamos reféns de nossos próprios objetos de desejo. “Um dos lugares que ostentam as consequências do consumo excessivo são os engarrafamentos. Diante do sonho do carro próprio, as pessoas preferem ficar presas num engarrafamento do que andar de transporte público”, exemplifica Estanislau Maria, assessor técnico de conteúdo do Instituto Akatu, entidade que trabalha pelo consumo consciente. Estanislau não tem dúvidas de que nosso papel de consumidor precisa ser repensado. “Vivemos na sociedade do excesso e do desperdício. É o modelo de vida norte- americano do pós-guerra, que herdamos no Brasil”, afirma. Mas de quantas dessas coisas de fato precisamos e quantas não são apenas desperdícios de espaço, de dinheiro e de tempo? Algumas pessoas levaram esse questionamento a sério e decididam repensar seus hábitos de consumo. Elas apostam numa teoria simples: quanto menos coisas possuímos, mais descomplicada e feliz será a vida. A psicóloga Marina Paula está nessa turma. “Sempre procurei questionar essa ideia que ouvimos o tempo todo, de que temos que ter um determinado produto”, explica a jovem de 28 anos, moradora de Curitiba. Depois de refletir sobre o que lia em blogs pela internet, ela decidiu que estava pronta para colocar em prática um desafio pessoal: ficar um ano sem comprar. É claro que algumas exceções estavam contempladas, como alimentos, remédios e produtos de limpeza. Mas os itens que ela estava acostumada a adquirir todo mês, como livros, revistas, DVDs, roupas, produtos de beleza e utensílios domésticos, foram sumariamente cortados. No fim de maio de 2012, o teste foi concluído. Olhando para trás, Marina recorda que o mais difícil não foi resistir à tentação de lojas e promoções, mas adquirir novos hábitos. “Surpreendentemente, o mais difícil foi preencher o tempo que eu gastava comprando. De repente me vi com todo esse tempo livre, que antes gastava em passeios no shopping e em outras lojas”, relembra. Aos poucos, os minutos que ela ganhou foram sendo direcionados para atividades que lhe traziam bem-estar, como curtir os amigos. De certa maneira, a psicóloga acha que trocou a aquisição de novos bens materiais por um pouco mais de felicidade. “Essa proposta mudou meus hábitos de consumo. Hoje eu chego às lojas com uma visão diferente”, conta. Viver com menos Alguns nadam contra a corrente do consumismo e pregam que a vida com poucos bens materiais é bem mais satisfatória. Por Larissa Veloso Leia atentamente este texto: @portuguessemtedio Simplicidade Como cidadã do século XXI, Marina contou a sua experiência no blog Um ano sem compras (umanosemcompras.blogspot.com.br) e acabou inspirando Luciana Monte, funcionária pública de 34 anos que mora em Brasília. Ela decidiu passar o ano de 2012 também em dieta de consumo. “Nunca fui tremendamente consumista, mas eu realmente comprava muito mais do que precisava. Meu guarda-roupa estava lotado, várias peças ainda tinham etiqueta e outras acabavam sendo doadas depois de pouquíssimo uso. Também tinha vários DVDs e livros ainda lacrados. Eu comprava muito mais do que precisava, as coisas iam se acumulando e eu não as aproveitava – e continuava comprando”, conta. Por que compramos coisas que sabemos que não iremos usar? Para Mário René, coordenador da pós-graduação em ciência do consumo na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), a diferença entre o que precisamos e o que desejamos acaba se confundindo na cabeça do consumidor em meio à enxurrada de publicidade que recebemos todos os dias. “Os objetos que compramos geralmente se encaixam em três categorias: a das necessidades, a dos desejos e outra que eu gosto de chamar de ‘necejos’, os objetos de desejo que, por imposição da publicidade, acabam se tornando uma necessidade”, define Mário.? Tão necessários que, no início, Luciana Monte teve que lutar contra a corrente do marketing. “Eu estava acostumada a passear uma ou duas vezes por semana no shopping, e quase sempre voltava com alguma coisinha. Parei de frequentar esses ambientes nos primeiros meses do desafio, pra não cair em tentação. Também retirei o meu e-mail de vários cadastros de lojas online que oferecem promoções tentadoras e fazem você pensar que precisa aproveitá-las”, relembra. Apesar do esforço, no final do desafio, o balanço – não só financeiro – foi positivo. “Foi proveitoso para desfazer hábitos de consumo e reavaliar onde quero gastar meu dinheiro. Será que preciso de mais um vestido ou é melhor fazer uma poupança para a próxima viagem?”, explica. Marina e Luciana são, mesmo que inadvertidamente, representantes do minimalismo, um movimento que não é novo, mas tem ganhado força com dezenas de blogs sobre o assunto. Como toda corrente de pensamento, o minimalismo – também conhecido como “consumo mínimo” ou “simplicidade voluntária” – não é uniforme, mas flexível e sem manual. Alguns, por exemplo, acreditam que é preciso ir além do período sabático. disponível em: <http://revistaplaneta.terra.com.br> @portuguessemtedio 1- Revele o objetivo desse texto. 2 - De acordo com o texto, apresente o motivo pelo qual as pessoas consomem mais do que devem. Questões sobre o texto "Viver com Menos" 3 - Releia este trecho: "Como cidadã do século XXI, Marina contou a sua experiência no blog Um ano sem compras (umanosemcompras.blogspot.com.br) e acabou inspirando Luciana Monte, funcionária pública de 34 anos que mora em Brasília. Ela decidiu passar o ano de 2012 também em dieta de consumo." Agora indique: a) a circunstância de lugar da ação de contar. b) a circunstância de lugar da ação de morar. c) a circunstância de modo da ação de passar o ano de 2012. 4 - Deste trecho, transcreva uma circunstância de modo, uma de lugar e uma de tempo. "Surpreendentemente, o mais difícil foi preencher o tempo que eu gastava comprando. De repente me vi com todo esse tempo livre, que antes gastava em passeios no shopping e em outras lojas", relembra. Modo: Lugar: Tempo: 5 - Leia as acepções do advérbio hoje neste verbete: (ho.je) adv. 1.No dia em que se situa quem fala ou escreve; neste dia. 2.Presentemente, na atualidade. Em "Essa proposta mudou meus hábitos de consumo. Hoje eu chego às lojas com uma visão diferente", a palavra hoje assume qual dos sentidos acima? Justifique.
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